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Atividade 3 TTI-M2-C05 Mariana de Fátima emprestará sua casa para a sua prima Isabel Maria. O imóvel está situado na Rua das Palmeiras, 56, Bairro São João, no município de Carazinho (Rio Grande do Sul). Ele tem 65 m², dois dormitórios com ampla sala de estar, cozinha e dois banheiros. Também conta com garagem para um veículo. Mariana procurou-o para elaborar um contrato, pois conhece a legislação brasileira e deseja resguardar-se de situações como um pedido de usucapião. Atividade Elabore o contrato que você considere adequado para a situação utilizando os dados fornecidos para o imóvel e as partes envolvidas. Não esqueça que, para o contrato ser válido, nele devem aparecer os dados pessoais de quem está envolvido. Após determinar o contrato mais adequado a ser celebrado na situação narrada, justifique o porquê da sua escolha. CONTRATO DE COMODATO Pelo presente instrumento particular de contrato, que tem como partes MARIANA DE FÁTIMA, Brasileira, solteira, Empresária, portadora da cédula de identidade RG 12345-6 SSP-RS, inscrita no CPF/MF sob o nº 123456789-10, residente e domiciliada na Rua das Palmeiras, 56, Bairro São João, no município de Carazinho, Rio Grande do Sul, doravante simplesmente chamada de COMODANTE, e de outro lado ISABEL MARIA, Brasileira, Solteira, Estudante, portadora da cédula de identidade RG 6543-1 SSP- RS, inscrita no CPF/MF sob o nº 654765862-01, residente e domiciliada na Rua das Palmeiras, 56, Bairro São João, no município de Carazinho, Rio Grande do Sul, doravante simplesmente chamada de COMODATÁRIA, têm por justo e acertado, o presente contrato de comodato, de acordo com as cláusulas e condições adiante elencadas: CLÁUSULA PRIMEIRA: O bem objeto do presente contrato de comodato, é uma residência localizada na Rua das Palmeiras, 56 – Bairro São João, Carazinho – RS, imóvel este de propriedade da COMODANTE, e que neste ato tem sua posse transferida à COMODATÁRIA, para que este possa usar e gozar do bem, respeitada a destinação residencial do imóvel. CLÁUSULA SEGUNDA: A COMODANTE dá à COMODATÁRIA, o imóvel objeto deste contrato pelo prazo determinado de 12 (doze) meses, tendo início nesta data, e encerrando-se no dia 15/07/2023, sendo que ao término deste, o presente contrato será automaticamente rescindido, independentemente de qualquer notificação ou aviso, devendo ser restituída a posse direta do imóvel à COMODANTE. CLÁUSULA TERCEIRA: Se após o término do prazo contratual, a COMODANTE, por liberalidade, consentir que a COMODATÁRIA permaneça sem oposição no imóvel por prazo superior a trinta dias, o contrato passará a viger por prazo indeterminado, podendo então ser rescindido mediante simples notificação extrajudicial da COMODATÁRIA, concedendo o prazo de trinta dias para desocupação voluntária, sob pena de caracterização de posse injusta. CLÁUSULA QUARTA: Não ocorrendo a devolução espontânea caracterizada, estará a posse injusta, autorizando a COMODANTE a intentar a ação judicial competente de reintegração de posse, sendo, todas as despesas processuais e honorários advocatícios dispendidos, integralmente ressarcidos pela COMODATÁRIA, sem prejuízo das multas e demais perdas e danos constatados. PARÁGRAFO ÚNICO: Estando a COMODATÁRIA constituída em mora na restituição do bem, deverá pagar multa moratória, a qual tem por escopo a penalização pelo atraso na devolução do bem, não configurando de maneira alguma, a conversão do contrato de comodato em locação. CLÁUSULA QUINTA: A COMODATÁRIA obriga-se a zelar pela integridade do bem como se seu fosse restituindo-o ao término do contrato, ou após, quando requisitado, nas mesmas condições em que o recebeu, respondendo por perdas e danos. Da mesma forma obriga-se a pagar as despesas com água, luz, tributos, bem como todas as demais que incidam sobre o imóvel, decorrentes de sua utilização. CLÁUSULA SEXTA: À exceção das benfeitorias necessárias, fica expressamente proibida a realização de qualquer benfeitoria na edificação, salvo se precedida de prévia e expressa autorização da COMODANTE. Neste caso não assistirá à COMODATÁRIA, nenhum direito à indenização ou exercício de direito de retenção, pois tais benfeitorias restarão definitivamente incorporados ao imóvel. PARÁGRAFO PRIMEIRO: Eventuais frutos oriundos do bem, no período de vigência do comodato, pertencerão e deverão ser entregues A COMODANTE logo que percebidos. PARÁGRAFO SEGUNDO: A COMODATÁRIA se obriga a atender todas as exigências do Poder Público, bem como a quitar todas as multas que der causa, sem direito à restituição por parte do COMODANTE. CLÁUSULA SÉTIMA: Declara expressamente a COMODATÁRIA, que não possui qualquer vínculo de ordem trabalhista ou assemelhada com a COMODANTE. CLÁUSULA OITAVA: Em caso de o imóvel ser alienado a terceiros pela COMODANTE, ou ainda, em caso de ser dado em locação ou gravado por qualquer forma de obrigação real que importe na transferência da posse direta, o presente comodato estará automaticamente rescindido, nos termos da legislação vigente, concedido o prazo de 30 dias a contar de sua ciência, para sua desocupação pela COMODATÁRIA. CLÁUSULA NONA: Elegem as contratantes o foro da Comarca de situação do imóvel, para dirimir eventuais controvérsias oriundas do presente contrato, com renúncia de outros eventualmente privilegiados. E por estarem livremente justos e contratados, cientes da obrigação contraídas e das consequências de sua inobservância, assinam o presente instrumento em 2 (duas) vias de igual teor e forma, obrigando-se por si e por seus sucessores. Comodante ___________________________ MARIANA DE FÁTIMA RG: 12345-6 CPF: 123456789-10 Comodatária ___________________________ ISABEL MARIA RG: 6543-1 CPF: 654765862-01 Carazinho-RS,15 Julho de 2022. O contrato de comodato de imóvel pode ser tanto urbano quanto rural, o proprietário empresta, sem custo algum, o bem imóvel para uma pessoa morar. O comodatário não precisa pagar uma contraprestação, como no contrato de locação tradicional, mas permanecerá com as obrigações provenientes da relação com o imóvel, tais como zelar pela conservação do imóvel, utilizá-lo para os fins definidos no contrato e arcar com eventuais despesas de manutenção do bem por sua utilização. Em outras palavras, é o empréstimo não oneroso porque não se pode exigir o pagamento pelo bem que está sendo emprestado e não fungível entende-se que o objeto a ser devolvido deve ser o próprio imóvel, sem possibilidade de substituições ou deteriorações, sob pena de responder por perdas e danos. O Novo Código Civil define as peculiaridades desse tipo de contrato nos artigos 579 a 585. Dentre elas podemos citar: https://corpus927.enfam.jus.br/legislacao/cc-02 ▪ As Partes Comodante é a pessoa que cede o bem de forma gratuita. No outro lado da relação, temos o comodatário é a parte que recebe o bem emprestado. • O Prazo Em regra, o contrato de comodato dispõe de um prazo pré-definido ou, então, caso o prazo não venha a ser estabelecido, ele terá a duração pelo período de tempo necessário para o uso respectivo da coisa. Durante a vigência do contrato de comodato, o comodante (quem emprestou) não poderá suspender o empréstimo concedido, exceto em casos específicos que o juiz reconhecer uma necessidade imprevista e urgente. “Art. 581. Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado.” ▪ Obrigações Unilaterais O contrato de comodato é considerado um contrato unilateral, pois, apesar de haver duas partes interessadas, apenas o comodatário (quem recebe o bem) tem obrigações estabelecidas na lei. “artigo Art. 582. O comodatárioé obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante.” ▪ Concessão gratuita O comodato é uma modalidade de contrato gratuito, sem possibilidade de cobrança de contraprestação pecuniária pelo tempo de empréstimo e não há transferência da propriedade; Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz- se com a tradição do objeto. ▪ Bens não fungíveis Como previsto no artigo 579, o comodato é uma forma de empréstimo delimitada somente para coisas infungíveis, ou seja, que não podem ser substituídas, para garantir que tenham a finalidade de serem utilizadas por um certo tempo e depois devolvidas no estado que se encontravam. Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz- se com a tradição do objeto. ▪ Não solene / informal O contrato de comodato pode ser reconhecido por meio de um documento particular, de forma oral ou por escritura pública, pois independe de forma específica. ▪ Encerramento do contrato O encerramento do contrato de comodato se perfectibiliza com a tradição, ou seja, com a efetiva entrega do objeto para o proprietário. Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz- se com a tradição do objeto. ▪ Danos Ao final do contrato de comodato, se o bem objeto da relação não retornar nas condições que se esperavam, ou mesmo não ser devolvido no prazo estabelecido, o novo código civil estabelece que o comodatário deverá arcar com perdas e danos, e em caso de mora, com o aluguel da coisa até o momento da restituição. Art. 582. O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante.