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Contrato de comodato

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Contrato de comodato 1
⚖
Contrato de comodato
Criado
Revisado
Empréstimo é o contrato pelo qual uma das partes entrega à outra uma coisa 
fungível ou infungível, com a obrigação de restituir.
As modalidades são de comodato, para empréstimo de uso de bem infungível, 
e mútuo para empréstimo de consumo de bem fungível.
O contrato de comodato sempre será gratuito, o contrato de mútuo pode ser 
gratuito ou oneroso.
O empréstimo é marcado pela fidúcia, a fé de que o bem será restituído.
Comodato/Empréstimo de uso
É um contrato unilateral, a título gratuito, pelo qual uma pessoa entrega coisa 
móvel ou imóvel e infungível a outrem, para ser usada temporariamente e 
depois restituída. 
Não existe uma contraprestação, pois é unilateral e gratuito.
Não ocorre a transferência do domínio, mas da posse direta para a 
utilização durante o período de tempo estabelecido.
Apr 26, 2021 716 PM
Contrato de comodato 2
Pode ter prazo ou destinação certo, que, após o cumprimento, encerra o 
contrato.
Sujeitos
Comodante: quem entrega a coisa.
Comodatário: quem recebe a coisa.
Características
Típico
Arts. 579 a 585.
Gratuidade 
É um contrato benéfico, pois apenas o comodatário experimenta benefício, 
uma vez que poderá usar (e possuir) coisa alheia infungível. Decorre do artigo 
579.
Infungibilidade
Pode ser infungível em decorrência de sua natureza ou por convenção das 
partes, conforme o artigo 579.
Unilateral
pois apenas o comodatário, posto experimente benefício, assume obrigação 
em face do comodante: deverá guardar e conservar a coisa como se fosse sua, 
devendo restituí-la ao final.
Transferência da posse direta
Não ocorre a transferência do domínio, mas apenas da posse direta.
Temporariedade
Pode ser por prazo final ou para destinação específica (a exemplo da duração 
da safra), só se encerrando após o cumprimento. Decorre do artigo 581.
Real
O contrato só se aperfeiçoa com a tradição (entrega) do objeto. Decorre do 
artigo 579. 
Contrato de comodato 3
A convenção em que se estipule a obrigação de emprestar coisa não fungível é 
promessa de comodato. Só é comodato aquela em que se cede o uso da coisa 
e não a em que se promete cedê-lo.
Intuitu personae
O comodato é contrato personalíssimo, de natureza individual, pois é pactuado 
em atenção à pessoa do comodatário, embora esta característica possa ser 
afastada pela vontade das partes.
Não solene
Não há forma prescrita.
Requisitos
Subjetivos
Capacidade genérica + específica.
A capacidade específica está no 580.
Tutores, curadores e administradores em geral dos bens alheios não podem 
celebrar comodato dos bens confiados à sua guarda sem autorização especial.
Objetivos
Bem infungível.
Forma
Não se exige forma especial. Segue o princípio do consensualismo.
Direitos e obrigações do comodatário
Decorre do artigo 582, e são, nuclearmente:
 Guardar e conservar a coisa emprestada, que significa usar e guardar como 
se sua fosse, visando a conservá-la bem
 Não desviar o uso da coisa do convencionado
 Usar a coisa de forma adequada, de acordo com a sua natureza
 Restituir a coisa
Contrato de comodato 4
O descumprimento resulta em resolução, por descumprimento contratual, e 
pode resultar em perdas e danos.
O final do artigo 582 dispõe:
O comodatário constituído em mora, além de por ela 
responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for 
arbitrado pelo comodante.
Ocorre a perpetuação da obrigação quando da constituição em mora. 
Quando sob mora, se a coisa perecer sob sua posse, deverá restituí-la, 
mesmo que por caso fortuito ou de força maior, visto que o instituto da 
mora não permite que se deixe de restituir em decorrência destes.
Risco de perda de coisa emprestada e coisa própria
A obrigação do comodato é tão forte que, conforme estabelecido no 583, se o 
comodatário, vendo risco sobre bem próprio e bem do comodante, preferir por 
salvar o seu, responderá pela perda do bem do comodante, mesmo que por 
caso fortuito ou força maior.
Exemplo interessante é trazido por Flávio Tartuce:
Pablo empresta um cavalo puro sangue para Rodolfo, que o 
coloca em um 
estábulo junto com outro cavalo de sua propriedade, um 
pangaré. Um raio atinge o estábulo que começa a pegar 
fogo, colocando os animais em risco. Como tem um apreço 
muito grande pelo pangaré, Rodolfo resolve salvá-lo, 
deixando o puro-sangue arder nas chamas. A consequência 
do caso em questão é a responsabilidade integral do 
comodatário Rodolfo) em relação ao comodante Pablo).
Como se pode perceber, a norma acaba penalizando a conduta egoísta do 
comodatário, sendo caso de responsabilização por eventos imprevisíveis e 
inevitáveis.
Perda da coisa sem culpa do comodatário
Contrato de comodato 5
É importante o conhecimento do artigo 238 do Código Civil, que diz:
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, 
sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o 
credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os 
seus direitos até o dia da perda.
Assim, se sob a posse direta do comodatário, porém sem sua culpa, o bem for 
perdido, o comodante não poderá exigir-lhe a restituição.
Despesas de conservação
Não pode o comodatário recobrar as despesas de caráter ordinário do 
comodante, conforme o artigo 584, mas apenas aquelas não relacionados ao 
seu uso do bem.
Conforme Maria Helena Diniz:
O comodatário pagará as despesas ordinárias (p. ex., taxa 
de luz, água e lixo, IPTU, abastecimento de veículo, 
lubrificação de máquinas, conserto de fechadura, troca, de 
vidro trincado) feitas com o uso e gozo do bem dado em 
comodato, não podendo recobrá-las do comodante RT 
481/177, mas poderá cobrar os dispêndios não relacionados 
com a fruição daquele bem (p. ex., multa por edificação 
irregular da casa emprestada) e as despesas extraordinárias 
e necessárias feitas em caso de urgência, podendo reter a 
coisa emprestada até receber o pagamento dessas 
despesas, por ser possuidor de boa-fé
Ainda, o comodatário, em regra, terá direito à indenização e o direito de 
retenção pelas benfeitorias necessárias e úteis, conforme prevê o art. 1.219 do 
CC. Além disso, poderá levantar as benfeitorias voluptuárias, se isso não 
danificar o bem, salvo acordo em contrário entre as partes.
Multiplicidade de comodatários
Contrato de comodato 6
Quando o bem é emprestado a mais de uma pessoa no mesmo momento, a 
obrigação é solidária, conforme o artigo 585. Portanto, o comodante poderá 
acionar qualquer um dos comodatários para restituir-lhe o bem em caso de 
perda.
Lembrar que a solidariedade não é presumida, mas decorre da lei ou da 
convenção das partes.
Direitos e obrigações do comodante
Não gera obrigação, pois o contrato é unilateral, conforme o 579.
Porém, pode surgir fato eventual que o obrigue a restituir despesas 
extraordinárias ao comodatário, como as citadas em outro momento.
Direitos
Exigir que conserve a coisa, usando de acordo com a finalidade do 
empréstimo
Exigir que efetue os gastos ordinários para a conservação.
Formas de extinção
Termo final acordado.
Descumprimento do contrato.
Distrato.
No caso de morte do comodatário, quando o comodato for personalíssimo, 
que é aquele que se destina ao uso exclusivo de determinada pessoa. Caso 
não haja estipulação em contrário, será este o tipo de comodato. Não 
poderá o bem passar à posse direta de sucessor do comodatário.

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