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RESENHA CRÍTICA DA OBRA MORAL E ÉTICA: DIMENSÕES INTELECTUAIS E AFETIVAS, DE YVES DE LA TAILLE
O francês Yves de La Taille é um psicólogo e professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). A presente resenha crítica possui o objetivo de fazer uma análise da obra Moral e Ética: dimensões intelectuais e afetivas (2007) do autor acima citado.
Serão expostos de maneira simplificada os principais pontos desenvolvidos pelo autor no livro que trata de questões sobre à moral e a ética.
A obra de Yves de La Taille é dividida em três capítulos, onde o autor apresenta aos leitores significados diferentes sobre moral e ética. O primeiro capítulo esta intitulado como Moral e Ética, aqui o autor discorre sobre os dois conceitos, enquanto os demais capítulos do livro, intituladas de Saber fazer moral: a dimensão intelectual e Querer fazer moral: a dimensão afetiva, são duas dimensões trazidas pelo autor para debater sobre o tema da moral e da ética.
A obra Moral e Ética: dimensões intelectuais e afetivas trata da vasta definição do que seria as dimensões intelectuais e afetivas no homem e sua ligação com os conceitos já estabelecidos referente a ética e a moral, e de como o “saber fazer” e o “querer fazer” com elas se associam. Nos traz também o entendimento de que os sentimentos de auto-respeito e de auto-estima são os sentimentos que estimulam à ação humana ligada ou não à moral. 
No desenrolar da obra, o autor trata de várias dúvidas para as quais a Psicologia Moral moderna tem procurado respostas. E para embasar as suas ideias, cita em sua obra diversos autores do passado da Filosofia, Sociologia e Psicologia, tais como, René Descartes, Immanuel Kant, Émile Durkheim, Freud e Aristóteles, pois, esse livro é uma compilação das ideias mais importantes sobre as causas que levam o homem a agir apoiado em valores.
Com base na compilação de idéias de vários autores do passado, o autor divide o seu objeto de estudo em duas dimensões, que será tratada em todo decorrer do livro, uma dimensão associada ao conhecimento intelectual obtidos para se valorar condutas e a segunda dimensão está ligada ao agir com base no conhecimento da dimensão afetiva.
Durante o desenvolvimento dos três capítulos, o autor diferencia o significado de moral e ética para esclarecer o que está escondido nos dois conceitos. Além disso, o autor faz uma divisão entre duas dimensões de teses referentes a moral, que são vistas e explicadas de formas separadas, ou seja, a dimensão afetiva e a dimensão intelectual do agir moral. 
Primeiramente, sobre o significado da moral e ética, o autor descreve que a moral é a ideia de um dever para garantir um ajustamento no coexistir da sociedade, uma organização na convivência humana, ou seja, analisar se uma ação é viável ou não, identificar a necessidade do outro e analisar o que está em jogo, se colocar no lugar do outro, tudo isso faz parte da dimensão intelectual ligada na atitude de agir bem. Porém, como o "saber fazer” pode não ser suficiente, é necessário um "querer fazer” por parte do indivíduo, sendo que nesta ideia do agir moral é relativa e mutável em cada indivíduo, ou seja, estamos diante da dimensão afetiva do agir, exposta pelo autor do livro e que é representada pela expressão “ética”.
Para o autor o “saber fazer moral”, a dimensão intelectual, engloba tanto a moral quanto a ética, onde é impensável defender uma ética sem a moral, ou seja, uma está intimamente ligada à outra. Nesse contexto, para Yves a razão possui o encargo de analisar os atos, examinando e prevendo as suas consequências.
Para o autor o “agir moral” possui o objetivo final um projeto de vida e de felicidade e que isso guiará as suas ações, porém, para isso acontecer, é obrigatório o conhecimento de regras, princípios e valores morais, para que assim, possa analisar e sopesar seus atos e consiga tomar uma decisão geral.
Já no “querer fazer moral”, a dimensão afetiva, Yves analisa a conexão entre a moral e a ética, apontando o auto-respeito. Nessa parte da obra, o autor discorre sobre o senso moral, explicando a função da afetividade desde o aparecimento da moralidade e também explica a construção do auto-respeito.
Com a leitura da obra de Yves, constata-se que as ações morais dos indivíduos estão ligadas ao conhecimento que estes indivíduos possuem sobre o que é certo, baseado no seu conhecimento adquirido ao longo do tempo, como também no querer agir de forma correta, ou seja, mesmo que o indivíduo possua certa orientação sobre a obrigatoriedade de uma determinada ação dentro do seu meio social, o próprio cometa ação diferente por acreditar que, naquela situação, com base na afetividade, o modo do agir moral é diferente. 
Desta forma, o agir moral é tanto racional (intelectual), quanto afetivo, visto que apesar de as ações morais possam ser interiorizado nos indivíduos por todo o conhecimento que eles adquirem durante a vida, o seu “querer” agir muitas vezes é intimamente ligado a afetividade daquilo que o faz o faz querer praticar a ação moral de determinada maneira.
Assim, com a leitura do livro e como o próprio autor diz em sua obra: somente tendo por si autorrespeito, é possível respeitar os outros.

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