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Paper de Introdução à pesquisa_1

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INTRODUÇÃO À PESQUISA: INFÂNCIA E SUAS LINGUAGENS 
Maria Dolores dos Prazeres Silva Melo
Prof. Juliana França 
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (FLX2335) - Prática interdisciplinar: Introdução à pesquisa 10/12/2020
	RESUMO
 A Educação Infantil é a primeira etapa na educação básica da criança, por este motivo deve ser um ensino de qualidade que sirva de base e pilar para toda uma vida, pois é nesta fase que devem ser estimuladas para se desenvolver e apreender a explorar o mundo. Para desenvolver o presente trabalho foram feitas diversas pesquisas utilizando do método qualitativo e descritivo, também utilizamos a experiência que já possuímos na área da educação para fundamentar a prática, tendo como objetivo esclarecer as múltiplas linguagens da infância e assim enriquecer nosso mundo acadêmico. Com as pesquisas, conseguimos entender mais sobre o tema e consequentemente conseguiremos ter maior habilidade no momento de desenvolver planejamentos de aula e assim aplicar com mais confiança.
Palavras-chave: Infância. Desenvolvimento. Ludicidade. Linguagem 
1. INTRODUÇÃO 
Falar sobre Educação Infantil é invadir um mundo lúdico que para ensinar é preciso brincar. O presente trabalho abordará as diferentes formas de trabalhar com crianças e tratará das múltiplas linguagens da infância que são desde suas expressões faciais e corporais, seus primeiros balbucios, seus gestos, também citará outras linguagens como as artes visuais, a música, as brincadeiras e jogos, a linguagem escrita e oral, a educação e saúde, e também a matemática, podendo-se dizer que todas têm grande importância no desenvolvimento da criança. Primeiramente, será tratado da infância e suas linguagens, como elas se comunicam e como se desenvolvem através das múltiplas linguagens, em seguida, o assunto será o vínculo que o professor deve criar com a criança para desenvolver um trabalho prazeroso e de qualidade, fazendo a criança se sentir livre e capaz, também será abordado a afinidade entre escola e criança, pois elas precisam de um espaço onde se sintam acolhidas e sejam bem tratadas, e por fim, mas não menos importante, as múltiplas linguagens da infância, onde foi descrito diversas delas e feito registros fotográficos de algumas práticas vivenciadas por nós, acadêmicas, para fundamentar este trabalho .
 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1 INFÂNCIA E SUAS LINGUAGENS 
As crianças em suas especificidades transformadas em sua rotina num verdadeiro espaço, elas vivem em um mundo imaginário que se transbordam fantasias e imaginações. Elas criam, sonham, brincam
Estas crianças precisam ser crianças, pois seu universo é rodeado de “inocências”, fazendo com que elas não percam este espírito, cortando suas fases de desenvolvimento, no objetivo de induzilas já no seu mundo de adulto. Como educadores, temos a grande necessidade de observar alguns pontos que são primordiais para que nos tornemos alfabetizados nas múltiplas linguagens das crianças. Sabendo ouvir e entender as crianças, trazer de dentro de nós a criança que ainda existe e poder viver momentos de interação, transformar o nosso mundo em um universo mais infantil, para entendermos mais as crianças e suas necessidades, despertar a compreensão de suas culturas, possibilitando que vivenciem a sua infância. As linguagens das crianças, ocupam um lugar de extrema importância para o trabalho pedagógico na Educação Infantil, pois a escola é mediadora no envolvimento das ações realizadas. Elas possibilitam que crie interações das crianças com a natureza com a cultura e criam em si, sua subjetividade e ingressando elas no mundo social. De acordo com a Proposta Curricular da Educação Infantil, 2010, as várias formas de linguagens, permitem que as crianças estabeleçam múltiplas relações. Na Educação Infantil, necessitam de sistemas simbólicos que estabeleçam funções sociais, que desenvolvem acervos culturais com grande importância e que cumprem papéis essenciais para o desenvolvimento da criança. Quando uma criança brinca, ela busca parceria, quando ela explora os objetos ela interage com seus pares e se expressa através de múltiplas linguagens. As crianças começam a tomar decisões através das regras das brincadeiras, por isso, brincar é a fundamental no desenvolvimento infantil e deixar ela se expressar sozinha, é melhor ainda. Através das brincadeiras constrói em si a consciência da liberdade, frisando as relações e fatos reais. 
2.2 PROFESSOR E CRIANÇA 
Como educadores devemos entender que as crianças têm os seus momentos de gestos, movimentos, expressões e também choro. E como nosso dever, devemos compreender o que esta criança tentando nos dizer, pois ela sempre tem uma mensagem a ser transmitida. Devemos dar espaço para que elas se expressem e demonstrem suas necessidades e também suas personalidades. 
Já dizia Lóriz Malaguzzi, pedagogo e educador italiano, 
 
“A criança é feita de cem... A criança tem cem linguagens (e depois cem cem cem) mas roubam-lhe noventa e nove. A escola e a cultura lhe separam a cabeça do corpo... Dizem-lhe enfim: Que o cem não existe. A criança diz: Ao contrário o cem existe” 
O professor deve fazer a criança se sentir livre, e não ir “cortando” as suas linguagens. O dever do professor é a ajudar a criança a desenvolver todas as suas linguagens. Jean Piaget dizia, “Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma árvore, com mais razão, não morre o educador, que semeia vida e escreve na alma”. Por este motivo que damos muita importância ao papel de professor, pois é ele quem auxilia em todas as fases do desenvolvimento da criança. Quando um professor traz para dentro da sala de aula, contos de fadas, adivinhação, fábulas, parábolas e várias histórias encantadas, são dadas a entradas para o mundo da imaginação. Quando se entra neste mundo, abre para a criança diversas portas de ensino/aprendizagem. A ênfase que se dá ao lúdico é de extrema importância, a criança resgata seus exercícios de desenvolvimento e também aprende com o prazer de brincar. Rubem Alves, sabiamente diz, 
“Coisa gostosa é brincar! Brinquedos dão alegria: bonecas, pipas, piões, bolas, petecas, balanços, escorregadores... Os brinquedos podem ser feitos com os mais diferentes materiais: madeira, plástico, metal, pano, papel. Mas há brinquedos que são feitos com algo que a gente não pode nem tocar e nem pegar: brinquedos que são feitos com palavras”. 
O professor tem o papel de mostrar, dar diversas possibilidades em relação aos jogos e brincadeiras, sempre explorando a imaginação à realidade, através do diálogo. 
"É necessário que o professor oriente a criança sem que esta sinta muito a sua presença, de modo que possa estar sempre pronto para prestar a assistência necessária, mas nunca sendo um obstáculo entre a criança e a sua experiência." (Maria Montessori). 
2.3 ESCOLA E CRIANÇA 
Em seu ponto de vista, a maneira como os professores organizam suas salas têm oportunizado as diversas linguagens? As diversas linguagens são valorizadas ou se privilegiam a escrita? Como educadores devemos ter ciência que na escola, é dever da criança aprender e expor seus sentimentos e expressões de linguagens, por este motivo deve-se deixar com que a imaginação seja muito utilizada dentro de sala de aula, e hoje é possível organizar uma sala de aula conforme a necessidade das crianças, para que o ambiente seja mais aquedado para que várias linguagens aconteçam.
 
As crianças de 0 a 1 ano, com seus ritmos próprios, necessitam de espaços para engatinhar, rolar, ensaiar os primeiros passos, explorar materiais diversos, observar, brincar, tocar o outro, alimentar-se, tomar banho, repousar, dormir, satisfazendo, assim, suas necessidades essenciais. Recomenda-se que o espaço a elas destinado esteja situado em local silencioso, preservado de áreas de grande movimentação e proporcione conforto térmico e acústico. (BRASIL, 2006a, p. 11). 
Um espaço adequado para as crianças faz toda a diferença na educação delas. Por isso devemos estudar como melhor adequar o ambientepara elas. Pesquisa realizada ao respeito do método de Maria Montessori tem lema “Ajuda-me a fazer sozinho”. O método Montessori faz com que a criança tenha autonomia e possibilite com que ele faça tudo sozinha, e também havendo um espaço adequado para a criança, fazendo assim com que ela consiga realizar todas as suas atividades. Maria Montessori dizia, “O maior sinal de sucesso para um professor… é poder dizer: as crianças estão trabalhando como se eu não existisse”. A escola tem um papel fundamental para o desenvolvimento das crianças e os professores devem dar o direito da criança ter sua própria autonomia, conseguir fazer todas as suas atividades sozinhas. Dessa forma, essa criança desenvolve ainda mais as “cem linguagens”, essa criança cria em si várias formas de se expressar e se desenvolver. 
3 AS MÚLTIPLAS LINGUAGENS DA INFÂNCIA 
A Educação Infantil faz parte da primeira fase da educação básica na vida da criança, sendo este o primeiro contato com o mundo fora do meio familiar, tendo a possibilidade de ter as primeiras experiências de socializar, fazer amigos, aprender com as diferenças e fazer descobertas. Uma Educação Infantil de qualidade é fundamental para o desenvolvimento das capacidades físicas, cognitivas, ética, afetiva e psicomotora da criança. Porém, isso tudo só é bem desenvolvido se for trabalhado da maneira correta, pois se deve conduzir o processo de ensinar de modo que seja prazeroso e de forma lúdica com muito carinho e cuidado, é de grande importância que a criança e também seus pais sintam-se seguros com os profissionais a atender seus filhos. Considerando a Educação Infantil o alicerce para toda uma vida, deixamos em evidência as múltiplas linguagens da infância, sendo este o meio que a criança procura, da sua maneira, manifestar seus sentimentos, seus desejos e se comunicar. A partir do momento que nasce a criança sem demora, comunica-se com o mundo através de alguma linguagem, seja o choro, o pedido de colo, a birra ou até mesmo a calmaria ao ouvir algum som de seu agrado. Contudo, citaremos as múltiplas linguagens da infância. 
3.1 ESCRITA E ORAL LINGUAGEM 
 
A comunicação na vida do indivíduo está presente desde seu nascimento. Ainda quando bebê expressa o que sente ou o que quer corporalmente. Primeiramente surgem os balbucios, que é a emissão de sons mais ou menos articulados, sem significação. Surge também o brincar com o corpo de onde saem os sons, depois brincam com estes sons e com aquilo que ouvem dos que o cercam. Usam principalmente o choro para se comunicar seguidamente o choro dá lugar à fala. É importante salientar que a comunicação se desenvolve primeira no âmbito familiar. Sendo assim, hoje com as crianças iniciando na escola com poucos meses de vida, ela se depara com um ambiente totalmente novo, e é função dos professores ajudar ela nesta mudança, fazendo um enlace das experiências em casa com as experiências escolares. Portanto assim a comunicação se desenvolverá de maneira mais eficaz e logo surgirá a fala inicial desta criança. Deve haver um crescente interesse dos educadores em pesquisar o desenvolvimento da linguagem oral, não deixando de se comunicar espontaneamente no dia a dia com as crianças, mas também lembrando de que deve haver enriquecimento do repertório de fala, formulando experiências que envolvam esta linguagem. Conforme o crescimento da criança, a comunicação vai sofrendo transformações e se aprimorando, depois de certo tempo a escrita se torna um meio de comunicar-se também. Preocupando-se em trabalhar todos os aspectos de comunicação, torna-se então fundamental o trabalho com a linguagem escrita. Várias são as ações que, como professor, podemos compor na rotina das aulas, para enriquecer as interações verbais e escritas contribuindo assim para a aprendizagem e desenvolvimento do aluno. Rotina e a comunicação no dia a dia: durante a rotina desenvolvida na escola as crianças participam de atividades que muitas vezes acontecem de forma não tão rígida, como por exemplo, o momento da alimentação, do parque e da higiene. Enquanto participam dessas atividades as crianças prestam atenção no que está escrito ao seu redor e conversam utilizando assim a comunicação espontaneamente. Sendo assim essas atividades de rotina podem ser muito mais proveitosas e exploradas, intencionalmente pelo professor. Trabalhando os aspectos da linguagem oral e escrita de modo objetivo mesmo nesses momentos mais normais do cotidiano. A comunicação no início será baseada em jogos de linguagem, como em frases que indicam o que pode ou não ser feito como: “Não pode subir aí!” ou “Você ainda não sabe usar a tesoura.”. Em frases que indicam nomeação como: “cadê a mamãe? Achou!” e também pelo contar usando a criança para relatar fatos que já vivenciou ou até mesmo contos de fadas ou contos populares. A partir daí a criança irá se instrumentalizar, se apropriando das características da linguagem oral aos poucos e aprendendo utilizá-las de acordo com suas possibilidades. Na primeira infância a comunicação oral é fundamental, por meio da conversa que o adulto coloca a criança em contato com a linguagem oral e aos poucos a criança é apresentada à discussões e assim é condicionada a interpretar o outro e não apenas a ser interpretada.
 
A hora da roda: várias são as atividades de roda que podem se tornar permanentes em sala de aula. Como por exemplo, a roda de novidades que pode ser feita uma vez por semana, preferencialmente na segunda-feira onde os alunos sentados em roda e contam as novidades ou relatos do final de semana para o professor e os demais alunos, desenvolvendo assim a linguagem oral e o falar em público. A “chamadinha” também pode ser realizada em roda, fugindo um pouco do tradicionalismo. Uma ideia é de que o professor possa confeccionar fichas soltas com o nome de cada aluno, no meio da roda espalhar estas fichas e chamar a criança pelo nome para procurar onde está a ficha correspondente a ela e depois de encontrá-la colar em um cartaz já pendurado na parede. Inicialmente as fichas podem conter fotos dos alunos mas com o tempo , conforme eles desenvolverem a percepção das letras de seu nome ,pode ser retirado a foto, focando assim na escrita. Uma atividade de roda importante é a chamada roda de histórias, que poderá ser realizada todos os dias, por isso caracteriza momentos preciosos para o desenvolvimento da linguagem oral. No ambiente escolar devem-se priorizar os espaços de leitura tanto para que os adultos leiam e mostrem os livros para as crianças como para que os próprios alunos possam ter acesso a eles apreciando as figuras, manuseando suas páginas e acompanhando a história, podem ser cantos com almofadas e tapetes nos quais se encontram os livros para que eles possam ser alcançados. No caso dos contos de fadas, desenvolve na criança a imaginação onde eles mesmos se imaginam princesas, bruxas, heróis, lobos e assim promovem o desenvolvimento do discurso da narrativa que é importante também para a construção da escrita. Nesses momentos, o professor poderá incluir na atividade, conversas, desenvolvendo e ampliando assim também a linguagem oral. Por meio da participação nesse tipo de situação as crianças acabam conquistando a capacidade linguística de falar e de ouvir. Através do olhar do professor e com a intervenção dele as crianças estarão aptas a usar de sistemas alternativos de linguagem até recursos que valorizem outras formas de expressão como expressão corporal. Não é apenas o vocabulário da língua que se amplia, mas também a compreensão do mundo e assim a capacidade de pensar em soluções para as diversas situações que vão se apresentar pela vida. 
3.2 MÚSICA E ARTES VISUAIS 
Cantar ou ouvir músicas é algo que toda criança adora devido ao fato de ser uma linguagem que lhe acompanha desde a gestação, sendo com canções de ninar ou mesmo pelo gosto musical da família. Na Educação Infantil a música está presente de diversas formas no dia a dia das crianças, podendo ser constatada em momentos como a chegada, hora do lanche, na horado soninho com canções suaves e tranquilas, para iniciar uma contação de história ou uma atividade e até mesmo na hora da chamada. 
 
Sendo uma das múltiplas linguagens da infância, pode-se comprovar a importância da música na Educação Infantil acompanhando o registro no RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil) que é um documento que foi preparado gradualmente e discutido com profissionais da Educação Infantil de todo o país, sendo publicado em 1998, tendo como objetivo 
Servir como guia de reflexão de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para profissionais que atuam diretamente com crianças de zero aseis anos, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira. (RCNEI, v.3, p.7). 
Tendo como base o documento em questão, pode-se dizer que a inserção da música na Educação infantil é algo de grande valor pedagógico, pois é através desta prática que a criança consegue o desenvolvimento psicomotor, socioafetivo, cognitivo e linguístico, ajudando também a facilitar o processo de aprendizagem. Segue alguns objetivos da música para crianças de zero a três anos, segundo o RCNEI: 
 Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais; 
 Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais. 
Para crianças de quatro a seis anos, segue outros objetivos:
  Explorar e identificar elementos da música para expressar, interagir com os outros e ampliar seu conhecimento do mundo; 
 Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de improvisações, composições e interpretações musicais. 
Considerando os objetivos citados, pode-se afirmar que a música na Educação Infantil vai além do simples fato de agregar à rotina, algumas canções, pois sendo bem desenvolvida é uma prática que oferece um desenvolvimento significativo para a criança. 
A música tem que ser entendida como uma linguagem e não como uma forma de estratégia para banalizá-la. Tem que mostrar um amplo universo de sons para o aluno. Isso vai ajudá-lo a ampliar seus sentidos, como a visão, o tato e, principalmente, a audição. Nosso propósito com essas aulas não é o de formar músicos profissionais, mas, como música é cultura, ela vai despertar nessa pessoa também o senso crítico, fazendo com que esse indivíduo não aceite passivamente todo esse material cultural descartável. (LIMA apud LANGINSKI, 2012). 
Assim como a música, as Artes Visuais também têm grande importância e influência no desenvolvimento da criança, tornando-a capaz de expressar seus sentimentos, ilustrar sonhos e desejos, manifestar vontades e criar ou recriar objetos, brinquedos, paisagens e até mesmo, ambientes, ampliando assim sua visão de mundo. 
 
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 89): 
Na infância as artes visuais estão presentes desde muito cedo. As crianças rabiscam, desenham, mesmo que não tenham papéis e lápis . Utilizam-se do próprio corpo, usam gravetos, rabiscam na areia, mas já se expressam através dessa linguagem. […] as artes visuais devem ser concebidas como uma linguagem que tem estrutura e características próprias, (e ocorre) por meio da articulação dos aspectos: (a) fazer artístico – centrado na exploração, expressão e comunicação de produção de trabalhos de arte […]; (b) apreciação – percepção do sentido que o objeto propõe […] (c) reflexão – considerado tanto no fazer artístico quanto na apreciação, é pensar sobre todos os conteúdos do objeto artístico […] 
No ensino das artes visuais na Educação Infantil, é imprescindível a utilização do maior número de materiais artísticos e a várias técnicas de pintura, recorte, colagem e modelagem à criança, também é importante dar-lhe autonomia para criar, e não impor desenhos prontos, pois isso prejudica na criatividade da criança. Esta linguagem encontra-se registrada no documento RCNEI (1998, p.87, v.3), segue alguns objetivos das Artes Visuais para crianças de zero a três anos descritos nele: 
 Ampliar o conhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes objetivos e materiais de manuseio e entrando em contato com formas diversas de expressão artística. 
 Utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação. 
Ainda utilizando como base o RCNEI (1998, p.87, v. 3), citamos os objetivos do ensino para crianças de quatro a seis anos:
  Interessar-se pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas (regionais, nacionais ou internacionais) com as quais entrem em contato ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura.
  Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação. 
Pode-se perceber que a linguagem das artes visuais consegue agregar cada vez mais qualidades para tornar a criança um ser com senso crítico e opinião própria, pois desde a infância é estimulada e isso só tem a acrescentar em sua individualidade. 
3.3 NATUREZA E SOCIEDADE 
 
Ao tratar do tema Natureza e Sociedade na Educação Infantil, alimentamos nas crianças uma curiosidade e um deslumbramento por este tema, tendo como objetivo conscientizar e incentivar as crianças no cuidado com a natureza, formando cidadãos com a percepção do quanto precisam dos recursos que ela nos oferece durante a vida. Para as crianças, perceber a natureza é um ato de amor, pois cada detalhe é percebido por eles, desde observar as cores de uma borboleta, sentir o aroma de uma flor, apreciar o voo dos pássaros, tudo é fascinante para os pequenos. Assim Tiriba (2005 apud BRASIL, 2006c, p. 17-18) ressalta: 
Da mesma forma que defendemos uma perspectiva educacional que respeite a diversidade cultural e promova o enriquecimento permanente do universo de conhecimentos, atentamos para a necessidade de adoção de estratégias educacionais que permitam às crianças, desde bebês, usufruírem da natureza, observarem e sentirem o vento, brincarem com água e areia, atividades que se tornam especialmente relevantes se considerarmos que as crianças ficam em espaços internos às construções na maior parte do tempo em que se encontram nas instituições de Educação Infantil. Criando condições para que as crianças desfrutem da vida ao ar livre, aprendam a conhecer o mundo da natureza em que vivemos, compreendam as repercussões das ações humanas nesse mundo e sejam incentivadas em atitudes de preservação e respeito à biodiversidade, estaremos difundindo uma concepção de educação em que o ser humano é parte da natureza e não seu dono e senhor absoluto. 
Brincar ao ar livre, colocar os pés na grama, se sujar com terra, ajudar no plantio da horta escolar, brincar na caixa de areia do parque, auxiliar na separação do lixo reciclável e tantas outras atividades relacionadas, faz com que a vontade de aprender mais só aumente nas crianças, tornandoas mais curiosas e muito mais conscientes. 
3.4 MATEMÁTICA 
Desde muito cedo a matemática é inserida como linguagem na Educação Infantil, pois as crianças são submetidas a vários tipos de operações matemáticas que são desenvolvidas a sua maneira e é brincando que eles desenvolvem essa capacidade. Cada jogo ou brincadeira têm um objetivo proposto, pois é na prática que eles aprendem algo que ainda é complexo como teoria. Os números estão inseridos no dia a dia das crianças de forma que elas nem percebam como isso foi feito, podendo ser percebido nos jogos, músicas infantis, brincadeiras e em tantas outras atividades dentro e fora da sala de aula. Referente a isso, Smole (2003 p. 9-13) afirma: 
As crianças devem perceber que é bom ser capaz de explicar e justificar seu raciocínio e que saber como resolver um problema é tão importante quanto obter sua solução. Esse processo exige que as atividades contemplem oportunidades para as crianças aplicarem sua capacidade de raciocínioe justificarem seus próprios pensamentos durante a tentativa de resolução dos problemas que se colocam. Acreditamos que, desde a escola infantil, as crianças podem perceber que as ideias matemáticas encontram-se inter-relacionadas e que a matemática não está isolada das demais áreas do conhecimento. 
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Incentivar e fortalecer o vínculo entre a matemática e a vida cotidiana da criança é algo que cabe ao professor, pois esta é uma linguagem que lhe acompanhará para o resto da vida , assim como tantas outras e também precisa ter uma base bem elaborada, fazendo com que a criança se sinta criativa e tenha vontade de pensar, imaginar e exercitar o raciocínio lógico e não apenas fazer uso da reprodução de respostas prontas. 
3.5 BRINCADEIRAS E JOGOS 
Tendo como uma importante linguagem, as brincadeiras e jogos na Educação Infantil é a prática pedagógica que vem se destacando muito nesta etapa, pois é brincando que a criança se desenvolve e cria laços com o mundo. As vantagens escondidas no simples ato de brincar são imensas, sendo nestes momentos que a criança desenvolve sua autonomia, criatividade, sua identidade, também é nestes momentos que ela incita a sua imaginação e imitação, adquire senso de justiça, aprende a conviver e a socializa. De forma sucinta, Nascimento (2000, p.1) afirma que: 
Brincar é tão importante para a criança como trabalhar é para o adulto. É o que a torna ativa, criativa, e lhe dá a oportunidade de relacionar-se com os outros; também a faz feliz e, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar o próximo, a ser solidária. 
É no ato de brincar que ela percebe que é muito mais agradável brincar com outras crianças do que sozinha, sendo assim ela desenvolve também o respeito pelo próximo, aprende a dividir os brinquedos, esperar sua vez de falar ou brincar, ouve a opinião dos amigos, é estimulada a cumprir regras, respeitar limites entre outros tantos progressos. É também através das brincadeiras que a criança se expressa e assim se comunica. 
3.6 EDUCAÇÃO E SAÚDE 
Falar de saúde é um dos temas mais importantes na visão dos pais, pois para eles é fundamental cuidar do bem-estar de seus filhos. Este tema deve ser trabalho em conjunto, sendo escola-família, assim tudo que se aprende na escola é reforçada em casa, desde os hábitos com a higiene pessoal, a prática de exercícios físicos, a alimentação saudável entre outros. Assim, Oliveira (2008, p. 185) afirma: 
Os cuidados básicos são vários: de início exige-se atenção para as condições de habitabilidade da instituição: limpeza, ventilação, insolação, segurança e higiene de seus equipamentos. Locais inseguros ou insalubres devem ser reformados de imediato. Às crianças devem ser oferecidas água potável e alimentação adequada. Se quisermos formar certos hábitos nas crianças, precisamos criar situações que os promovam. 
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Esta linguagem é tão importante quanto qualquer outra, pois vai além da sala de aula e também fará toda diferença no bem-estar da criança no futuro. 
3.7 CITAÇÕES 
4. MATERIAIS E MÉTODOS Procuramos conduzir este presente trabalho utilizando da pesquisa científica. Realizando observações e interpretando-as, com base nas relações encontradas e buscando fundamentação em teorias existentes. Sendo assim na busca da compreensão e interpretação do assunto abordado, de modo exploratório, fizemos uso do método qualitativo e descritivo para conclusão desta pesquisa. Como participantes da pesquisa, utilizamos de materiais, livros e artigos, como embasamento. A observação foi de suma importância para atingirmos nossos objetivos, nesta etapa registramos em fotos e isto aconteceu em decorrência de que já atuamos na área educacional e, no entanto nos deparamos com muito do que foi pesquisado em nosso dia a dia. Segue alguns registros fotográficos de atividades feitas pelas acadêmicas em decorrência do presente trabalho e também em suas rotinas diárias em sala de aula, devido a prática no ato de lecionar. 
A maioria das crianças aprende a linguagem auditiva oral sem treinamento formal. (BOONE; PLANTE; 1994, p.24). . 
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), (...) quanto mais as crianças puderem falar em situações diferentes, como contar o que lhes aconteceu em casa, contar histórias, dar um recado, explicar um jogo ou pedir uma informação, mais poderão desenvolver suas capacidades comunicativas de maneira significativa (BRASIL, 1998, p. 121). 
Segundo Vygotsky (1991 p.103), o pensamento e a fala são dois processos dependentes, “ao longo da evolução do pensamento e da fala tem início uma conexão entre ambos, que depois se modifica e se desenvolve”. 
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FIGURA 1: Imagem de um método de chamada com crianças entre três e quatro anos. 
 
FONTE: Acadêmica Bruna Luize Koth, São Bento do Sul, outubro/2018. 
FIGURA 2: Imagem referente à contação de histórias. 
FONTE: Acadêmica Bruna Luize Koth, São Bento do Sul, outubro/2018. 
FIGURA 3: Teatro com intuito de incentivar a leitura. 
FONTE: Acadêmico projeto cabeça de livro – BAURU 2016
 
FIGURA 4: Teatro com intuito de incentivar a leitura. 
FONTE: https://www.martinbehrend.com.br/noticias/noticia/id/5987/titulo/entrada-franca-no-colegio-pio-xii-peca-de-teatro-infantil-une-teatro-musica-e-danca
 
FONTE: Acadêmica Franciele Bonkowski Ribas. São Bento do Sul, outubro/ 2018. 
4.1 DESCRIÇÕES DAS FIGURAS FIGURA 1 – Em modo de observação, numa sala de aula de alunos com idade entre três e quatro anos, podemos perceber o uso de um método de chamada diferenciado. De acordo com nossa pesquisa, esse método é válido para desenvolver a linguagem oral e também ajuda na fase inicial da escrita, onde os alunos têm contato com as letras de seus nomes, ajudando no reconhecimento delas. 
FIGURA 2 – A contação de histórias infantis contribui para o desenvolvimento da linguagem e também na socialização da criança, ampliando seu repertório de experiências e sua competência sócia comunicativa. Ser capaz de ouvir traz o potencial de ser capaz de dizer. Sendo assim, destacamos o projeto numa Escola de Educação Infantil sobre a importância da leitura e dos contos de fadas. Nesta imagem, o recurso foi usado numa sala de berçário com crianças entre 
 
quatro meses e um ano, a professora desenvolveu o projeto sobre a história de Branca de Neve e os Sete anões. Destaca-se que, o professor é um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da oralidade nesta faixa etária. 
FIGURAS 3, 4 e – As imagens citadas ilustram uma apresentação de teatro feita para ter como objetivo o incentivo a leitura, pois é de forma lúdica que conseguimos enraizar nas crianças essa vontade de ler e crescer com esse hábito. Esta apresentação foi escrita e desenvolvida pela acadêmica Franciele Bonkowski Ribas e com o auxílio de algumas colegas de trabalho foi executada com êxito, conseguindo atingir o objetivo e deixando as crianças fascinadas. 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Trabalhar com a Educação Infantil é algo muito prazeroso, porém não muito fácil, pois consiste em trabalhar várias linguagens e estimular as crianças para que seu desenvolvimento seja completo. Através deste trabalho conseguimos entender que este tema vai além de simplesmente cuidar, e sim estimular, dedicar-se e ter paciência, pois cada criança é única e se desenvolve a sua maneira, do seu jeito. Conseguimos também com este trabalho, nos aprofundar mais em algumas teorias defendidas por teóricos importantes, que fizeram parte da Educação Infantil, conseguimos entender como é feito o processo de autoconhecimento pelas crianças e o quanto elas se dedicam em seu desenvolvimento. O presente trabalho discorre sobre a importância da Educação Infantil na vida das crianças, e o quanto essa etapa pode servir de pilar para uma vida. 
6. CONCLUSÃO Concluímos este trabalho, afirmando que todas as múltiplas linguagens abordadas são de uma riqueza sem igual para trabalhar com a Educação Infantil, podendo ser utilizadas como base paraum trabalho bem elaborado e alcançando um desenvolvimento significativo nas crianças. A criança na Educação Infantil é receptor de novas experiências e cabe ao professor garantir que sejam as melhores possíveis, pois para elas isso será algo que vai marcar sua memória. O presente trabalho teve como objetivo esclarecer discorrer sobre as múltiplas linguagens da infância, nos possibilitando de aprender mais, e usufruir deste tema para agregar este conhecimento ao nosso dia a dia através das pesquisas e práticas feitas para fundamentar o trabalho. 
 
REFERÊNCIAS 
Colunista Portal – Educação. Infância e Suas Linguagens. São Paulo. 
Pedroza Lima, Heloisa. A criança e suas Linguagens. Proposta Curricular da Educação Infantil, 2010. 
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