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Paper As multiplas linguagens da infancia

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Raphaella Cangane da Silva Ferraz 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Brincar não é apenas uma necessidade, mas também um direito da criança. A escola precisa 
organizar o ambiente de acordo com as características de cada fase das crianças, estar atenta e valorizar o 
ato do brincar, sempre verificando o desenvolvimento de cada criança em seu espaço e tempo. 
O valor da brincadeira das crianças na escola depende em grande medida de como os adultos que 
participam do jogo as percebem nessa situação. As diferentes mediações educacionais realizadas pelos 
educadores, a organização do espaço e do tempo escolar, e os jogos, brincadeiras, brinquedos e materiais 
lúdicos que as crianças têm ao alcance da mão durante a brincadeira são coisas que podem influenciar os 
jogos escolares e expandir seu interesse e seu mundo lúdico. 
O uso de uma linguagem interessante para a educação permite que as crianças capturem a cultura 
do ambiente em que vivem de uma forma benéfica e as preparem para suas vidas de uma forma mais leve. 
Toda criança tem a necessidade e o direito de brincar, o que é garantido por lei. Por meio da 
brincadeira, a criança aprende as regras, expressa suas próprias opiniões e emoções e, o mais importante, 
aprende a respeitar e estabelecer contato com os outros. 
Diante disso, entende-se que o espaço escolar necessita de múltiplas linguagens. Em suma, a 
prática de ensino produz aprendizagem ao longo da vida. 
 
A criança aprende muito enquanto brinca e interage com os colegas. ((STEUCK e PIANEZZER,2013 
p.208) 
 
Segundo Vygotsky (1991 p. 64) o comportamento de uma criança muito pequena é determinado, de 
maneira considerável - e o de um bebê, de maneira absoluta - pelas condições em que a atividade 
ocorre, como mostraram os experimentos de Lewin e outros. Por exemplo, a grande dificuldade que 
uma criança pequena tem em perceber que, para sentar-se numa pedra, é preciso primeiro virar de 
costas para ela, como demonstrou Lewin, ilustra o quanto a criança muito pequena está limitada em 
todas as ações pela restrição situacional. É difícil imaginar um contraste maior entre o que se observa 
no brinquedo e as restrições situacionais na atividade mostrada pelos experimentos de Lewin. É no 
brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de numa esfera visual 
externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não dos incentivos fornecidos pelos 
objetos externos. 
 
 
Desde que a criança nasce é apresentada ao mundo e comunica-se imediatamente com ele, seja através do 
choro, sorriso, do pedido de colo, da calma aparente diante de uma canção de ninar ou até mesmo na forma 
de birra infantil. (STEUCK e PIANEZZER,2013 p.199) 
 
“A aquisição da linguagem pode ser um paradigma para o problema da relação entre aprendizado e 
desenvolvimento. A linguagem surge inicialmente como um meio de comunicação entre a criança e as pessoas 
em seu ambiente. Somente depois, quando da conversão em fala interior, ela vem a organizar o pensamento da 
criança, ou seja, torna-se uma função mental interna. Piaget e outros demonstraram que, antes que o raciocínio 
ocorra como uma atividade interna, ele é elaborado, num grupo de crianças, como uma discussão que tem por 
objetivo provar o ponto de vista de cada uma. Essa discussão em grupo tem como aspecto característico o fato de 
cada criança começar a perceber e checar as bases de seus pensamentos. Tais observações fizeram com que Piaget 
concluísse que a comunicação gera a necessidade de checar e confirmar pensamentos, um processo que é 
característico do pensamento adulto” (VIGOTSKY, 1991 p. 60) 
 
AS MÚLTIPLAS LINGUAGENS DA INFÂNCIA 
2 
 
“A brincadeira dispõe de um grande estimulo no desenvolvimento cognitivo da criança como também 
contribui para sua socialização. Para que a criança progrida integralmente ela precisa brincar livremente, ssim 
sendo a linguagem lúdica indispensável para o crescimento vigoroso. Segundo Schlindwein, Laterman e Peters 
(2017 p.40) 
 
Por meio das brincadeiras, as crianças vivem situações do mundo real e aprendem a elaborar o seu imaginário, a 
buscar a realização de seus desejos e, portanto, a estruturar o pensamento. Entender as brincadeiras das crianças é 
fundamental para possibilitar- lhes que representem os papéis que escolheram para brincar: brincar de casinha, 
sendo mãe, pai e filhos, brincar com panelinhas, ou de boneca; jogar futebol, saltar, correr, pular, brincar de herói 
ou bandido, recriando os heróis que fazem parte do seu cotidiano, de sua sociedade. (STEUCK e PIANEZZER, 
2013 p.208) 
 
Como professores e formadores de grande parte da educação devemos compreender que as crianças contam 
com suas fases de gesticulações, movimentos, expressões e principalmente o choro. E é de nossa obrigação 
entender a mensagem que esta criança tentando nos passar, pois por menor que seja o sinal, compreendê-lo é 
de duma importância para auxiliar no melhor desenvolvimento dessa criança, da mesma forma que também 
devemos dar espaço para que essas crianças possam se expressar e demonstrar suas necessidades e 
consequentemente desenvolver e mostrar suas personalidades. 
Já dizia Lóriz Malaguzzi, pedagogo e educador italiano, 
 
“A criança é feita de cem... 
A criança tem cem 
linguagens (e depois 
cem cem cem) 
mas roubam-lhe noventa e nove. 
A escola e a cultura 
lhe separam a cabeça do 
corpo... Dizem-lhe enfim: 
Que o cem não 
existe. A 
criança diz: 
Ao contrário o cem existe” 
 
O educador deve trazer as sensação de liberdade para a criança de modo a incentivar e não “podar” as suas 
linguagens, tem como dever auxiliar a criança a fortalecer todas as suas formas de linguagens. Jean Piaget 
trazia uma reflexão com os dizeres, “Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma árvore, com 
mais razão, não morre o educador, que semeia vida e escreve na alma”. Por esta razão damos extrema 
importância a função de educador, pois quem presta auxilio em todas as nuances do desenvolvimento e 
evolução da criança é ele. 
Quando o educador traz para a rotina educacional, contos de fadas, fábulas, parábolas, adivinhação, e 
histórias encantadas, são abertas as entradas para o mundo do lúdico, da imaginação, e quando se adentra a 
este universo é aberto para o educando diversas portas de ensino/aprendizagem. 
A importância o lúdico tem é de extrema força pois é através dele que a criança resgata seus exercícios de 
desenvolvimento e também aprende com o prazer de brincar. 
 
Rubem Alves, já dizia: 
 
“Coisa gostosa é brincar! Brinquedos dão alegria: bonecas, pipas, piões, bolas, 
petecas, balanços, escorregadores... Os brinquedos podem ser feitos com os mais 
diferentes materiais: madeira, plástico, metal, pano, papel. Mas há brinquedos que 
são feitos com algo que a gente não pode nem tocar e nem pegar: brinquedos que são 
feitos com palavras”. 
 
3 
 
O educador tem a função de apresentar, e assim mostrar as diversas perspectivas em 
relação aos jogos e brincadeiras, sempre explorando o lúdico através da imaginação e à realidade 
através do diálogo. 
 
"É necessário que o professor oriente a criança sem que esta sinta muito a sua 
presença, de modo que possa estar sempre pronto para prestar a assistência 
necessária, mas nunca sendo um obstáculo entre a criança e a sua experiência." 
(Maria Montessori). 
 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 Busquei escrever e desenvolver este trabalho em questão através da pesquisa científica, sempre 
fazendo observações em meu dia-a-dia, aplicando os métodos estudados em meu filho e em meu estágio 
com crianças de 05 a 12 anos e dessa forma interpretando todas as reações, sempre tendo como base as 
fundamentações teóricas estudadas ao longo dessa. Sendo assim utilizando do método exploratório busca da 
compreensão e interpretação do assunto abordado. Utilizei também, além da observação e da execução de 
alguns métodos, materiais, livros e artigos, como embasamentopara o desenvolvimento mais completo 
possível mediante a atual situação 
 
 
. 
Caixa musical: dentro da mesma haviam cartões com ilustrações de canções de roda, cada criança retirava 01 cartão e a partir 
disso cantávamos e dançávamos a cantiga trabalhando a expressão corporal através da música. 
 
 
4 
 
 
Contação de histórias: Eu lia uma história para as crianças, e após isso era entregue a elas um livro e através das imagens e a 
imaginação elas desenvolviam uma história e a contava para mim, estimulando a linguagem oral e o lúdico 
 
 
 
 
Desenho: A criança deveria desenhar como sê vê, e a partir desse desenho aprenderia a se comunicar pela arte. 
5 
 
 
Brincadeira livre, as crianças foram liberadas para socializar e brincar entre si, o que abriu espaços para verificar o 
desenvolvimento interpessoal de cada uma e como se comportam em brincadeiras em conjunto 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Através desse trabalho pude concluir que trabalhar com educação infantil é maravilhoso, mas conta 
com grande responsabilidade pois deve-se sempre estar atento a maneira como a criança brinca, pois isso é 
um dos maiores indicadores de como ela está, verificar sempre o seu comportamento, linguagem corporal e 
estar atento sempre a menor das modificações. 
A criança não aprende apenas por reprodução de comportamento, imitação, mas sim pelas múltiplas 
linguagens próprias que são desenvolvidas no processo de evolução, construção e conhecimento. Brincar 
tem o papel de fortalecer o lúdico, a imaginação e as fantasias, tendo como finalidade o desenvolvimento 
total da criança. 
Deste modo, tento em vista todas as informações encontradas e colocadas em prática atáveis desse 
trabalho e pesquisa, tive a possibilidade de concluir que brincadeiras não são apenas uma forma de distração, 
mas sim são parte importante do estímulo para que essa criança se desenvolva da forma correta tanto 
desenvolvimento físico, cognitivo e social e também do ponto de vista didático pode-se perceber como a 
linguagem lúdica inicia e aflora o interesse em conteúdos que em suas formas comuns no cotidiano seriam 
exaustivos, e cabe a nós educadores não apenas cuidar , mas estimular, indicar e ter paciência respeitando o 
tempo de cada criança, mas sempre apresentar os estímulos necessários para que ela tenha o 
desenvolvimento desejado. 
 
 
 
 
6 
 
REFERÊNCIAS 
Colunista Portal – Educação. Infância e Suas Linguagens. São Paulo. 
 
Colégio Marcos Olsen – Pré I 
 
Câmara Municipal de Caçador – Projeto Vereadores Mirins 
 
Pedroza Lima, Heloisa. A criança e suas Linguagens. Proposta Curricular da Educação 
Infantil, 2010. 
 
Drehmer, Raquel. Tudo sobre educação montessoriana na primeira infância. Publicado em 1 
fev 2018. 
 
Hamze, Amélia. As Diversas Linguagens da Criança. Revista Nova Escola 2002. 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – 
Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 
 
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 
São Paulo: Ed. Pearson, 2006. 
 
FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São 
Paulo: Atlas, v. 5, 2011. 
 
MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013. 
PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: 
Ed. Intersaberes, 2016. 
 
ORTIZ,Cisele; CARVALHO,Maria Tereza Venceslau.*Interações: ser professor de bebês-
cuidar, educar e brincar, uma única ação. *Blucher, 2013. 
 
CARDOSO,Bruna Puglisi de Assumpção. *Práticas de linguagem oral e escrita na 
educação infantil*. São Paulo: Anzol,2012. 
 
STEUCK, Cristina Danna. Pedagogia da Educação Infantil. Indaial: Uniasselvi, 2013. 
 
 
SILVEIRA, Tatiana dos Santos da. Metodologia do Ensino da Arte. Indaial: Uniasselvi, 
2012. 
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. A ludicidade na educação: uma atitude 
pedagógica. Curitiba, 2011. 
 
	Raphaella Cangane da Silva Ferraz
	2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	3. MATERIAIS E MÉTODOS

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