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PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael INFECÇÕES VIRAIS PROF. MÔNICA ISRAEL Infecção: Estado mórbido causado pela instalação e reprodução no organismo de microrganismos patogênicos. As infecções podem ser virais, fúngicas, bacterianas e protozoárias. Família Herpes • HHV-1: HSV – herpes simples • HHV-2: HSV – herpes simples • HHV-3: VZV – varicela e zoster • HHV-4: EBV – leucoplasia pilosa, mono, linfoma de Burkitt, carcinoma nasofaríngeo • HHV-5: CMV – citomegalovirose • HHV-6: exantema súbito (=roséola,= sexta doença) • HHV-7: eventualmente exantema súbito • HHV-8: SKHV – sarcoma de Kaposi HERPES SIMPLES - HSV Formas de contágio: • Contato físico • Gotículas respiratórias • Água contaminada • Contato com objetos inanimados 90% da população está contaminada Erupções vesiculares da pele e mucosa • HHV-1 = HSV-1 (região facial, oral e ocular) • HHV-2 = HSV-2 (região genital) Transmissão pode ocorrer através de lesões ativas ou durante os períodos de liberação assintomática do vírus Infecção primária sintomática –rara Maioria: doença subclínica Incubação: alguns dias/2 semanas Após término da infecção: latência PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Fatores de reativação para o HSV: • luz ultravioleta • estresse físico ou emocional • fadiga • calor • frio • gestação • alergia • tratamento odontológico • doenças respiratórias • febre • menstruação • doenças sistêmicas • neoplasias malignas Gengivoestomatite Herpética Primária = gengivoestomatite herpética aguda = estomatite herpética primária = herpes primário = estomatite aguda Mais comum em crianças: 6 meses – 5 anos, com pico de prevalência aos 2/3 anos Lesões de boca são acompanhadas ou precedidas de: febre alta (39,4 a 40,5 ºc), linfadenopatia cervical anterior, náusea, anorexia, irritabilidade, calafrios, mal – estar e artralgia. (24 -48 h) Casos brandos desaparecem em 5/7 dias (casos mais graves: 14 dias) - sem cicatriz Vesículas puntiformes, úlceras recobertas por pseudomembrana Gengiva edemaciada, eritematosa, dolorosa e com sangramento – quadro gengival 100% dos casos Lesões dispersas pela boca Vesículas periorais são bastante comuns A língua é classicamente saburrosa Faringoamigdalite Herpética = faringotonsilite herpética Sintomas: dor na garganta, febre, mal-estar e cefaléia Lesões orais: Numerosas vesículas pequenas nas amígdalas e faringe, que se rompem rapidamente para formar diversas ulcerações rasas que se coalescem. Em alguns casos um exsudato amarelo- acinzentado difuso se forma sobre as úlceras Diagnóstico diferencial: faringite secundária a estreptococos, mononucleose infecciosa PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Herpes Recorrente Labial ou intraoral Pródromo (6 a 24 h): prurido, ardência, dor, pontadas, queimação ou eritema Herpes labial (= lesões do frio, = vesículas da febre) VesículaÚlcera Pseudomembrana cicatrização em 7 a 10 dias - sem marcas Recorrência local mais comum: borda do vermelhão e pele adjacente aos lábios as recidivas geralmente ocorrem 2 vezes por ano local: geralmente o mesmo intra –oral: somente em gengiva e palato duro Glossite Geométrica local: dorso lingual aspecto clínico: fissura profunda na linha média com ramificações periféricas e erosões nas fissuras mais comum em pacientes imunocomprometidos Diagnóstico de infecção pelo HSV Clínica: diagnóstico presuntivo seguro Confirmação: cultura a partir de vesículas intactas para não haver contaminação da saliva (procedimento diagnóstico mais definitivo, porém demora- mais de 2 semanas), biópsia, PCR, testes sorológicos ou citopatologia (menos invasivo, melhor custo benefício) Características Histopatológicas • células epiteliais infectadas: acantólise, núcleo claro e aumentado (degeneração balonizante) • células epiteliais acantolíticas: células de Tzanck • a fusão entre as células adjacentes infectadas dá origem às células multinucleadas Diagnóstico Diferencial • Gengivoestomatite Herpética Primária • GUN • Herpangina • Estomatite aftosa recidivante Panarício Herpético = paroníquia herpética • Infecção nos dedos, comum antes da prática da utilização de luvas. As recorrências podem resultar em parestesia ou cicatriz permanente. • Pode ocorrer como autoinoculação em crianças com herpes orofacial Herpes Gladiatorum = Lesão por tatame • Infecções herpéticas primárias em áreas de dano epitelial prévio. Exs: pais beijando áreas com lesões dermatológicas em crianças, lutas PROF. 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MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael VÍRUS DA VARICELA ZOSTER – VZV HHV- 3 Infecção primária: varicela (catapora) Infecção secundária: zoster (zona) Ao microscópio óptico = HSV Aspectos histopatológicos idênticos: acantólise, células de Tzanck e multinucleação. Transmissão: Gotículas respiratórias contato direto com lesões ativas Incubação: 15 dias vacina está disponível nos EUA desde 1995 Clínica: Doença da infância: 5 – 9 anos Início: febre, calafrios, mal-estar, faringite, rinite e cefaléia Exantema prurítico em tronco e pescoço, depois nas extremidade Eritema � Vesícula � Pústula � Úlcera � Crosta Lesão da varicela ``Gota de orvalho em uma pétala de rosa`` Surgem grupos sucessivos de novas lesões durante a doença Indivíduos afetados são infectantes mesmo sem lesões por um período de 24h Autolimitante – as crostas são observadas após 4 dias do aparecimento das lesões Manifestações Orais da Varicela • Comuns • Podem preceder as lesões cutâneas • Locais mais freqüentes: vermelhão do lábio, palato e mucosa jugal. Mais raramente em gengiva, semelhantes a GHP, porém relativamente indolores. • Vesículas branco-opacas de 3 a 4 mm, que se rompem formando úlceras de 1 a 3 mm. diagnóstico clínico (confirmação: citopatologia, porém o método mais fidedigno consiste na PCR - feita a partir do líquido vesicular, células da base da lesão ou de um raspado das lesões cutâneas – técnica mais sensível e que permite a distinção entre as cepas selvagens e vacinais do VZV) diagnóstico diferencial: • gengivoestomatite herpética primária • doença das mãos, pés e boca Tratamento: Suporte Sintomático: banhos com soluções antipruriginosas, antitérmico Aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir: reduzem a duracao da gravidade da infecção quando administrados durante as primeiras 24h As complicações são mais freqüentes em adultos do que em crianças Vacina: entre12 e 18 meses PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Herpes Zoster = Cobreiro = Zona Reativação do VZV Latência: gânglio da espinha dorsal Sua incidência é maior com o aumento da idade pouco provável mais de um episódio frequência: 1 a cada 3 indivíduos Fatores de reativação do VZV • Imunossupressão por doenças • Medicamentos imunossupressores • Radiação • Tumores malignos • senilidade (mais frequente após 50 anos) • Abuso do álcool • Estresse (físico ou emocional) • Tratamento odontológico Pode ser dividido em 3 fases: prodrômica, aguda, crônica (15%) Durante a replicação viral inicial desenvolvem –se ganglionites ativas que resultam em necrose neural e neuralgia grave. Conforme o vírus se movimenta pelo nervo, a dor se intensifica e tem sido descrita como queimação, formigamento, prurido, incômodo pontiagudo ou cortante. Pródromo: dor na área do epitélio inervado pelo nervo sensitivo afetado (dermátomo). Dor prodrômica (10% dos pacientes) pode ser acompanhada de febre, mal estar e cefaléia (4 dias antes das lesões). Dor pode se assemelhar a uma otite média, odontalgia, cefaléia, infarto do miocárdio ou apendicite. Eritema � Vesícula � Pústula � Úlcera � Crosta Pode haver a formação de cicatrizes (hipo ou hiperpigmentação) Lesões seguem a área do nervo afetado até a linha média ; UNILATERALIDADE Lesões orais: Semelhantes às lesões da varicela: vesículas branco – opacas com 1/4 mm – úlceras rasas dentes: pulpite, necrose pulpar, calcificações pulpares e reabsorção radicular necrose com perda do dente Envolvimento ocular: 10 a 25% dos casos, podendo causar cegueira permanente. lesões na ponta do nariz (sinal de Hutchinson) indicam o envolvimento do ramo nasociliar do nervo trigêmeo PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Diagnóstico baseado nas manifestações clínicas quando necessário: • cultura • citopatologia • PCR Diagnóstico Diferencial Zoster Herpes recorrente Zoster- duração + prolongada, pródromo mais intenso, distribuição unilateral com interrupção abrupta na linha média e nevralgia pós-herpética Tratamento: • sintomático (analgésico, antitérmico, antipruriginosos) e suporte • antiviral: aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir • antiviral diminui o curso da doença • corticóides podem ser usados para reduzir a inflamação neural e a dor crônica associada, porém não têm mostrado benefício significativo • pacientes com mais de 60 anos recomenda-se vacina: Zostavax (contém a mesma cepa viva atenuada do VZV utilizada na vacina da varicela, no entanto é 14x mais potente) Zoster sine herpete (zoster sem erupção cutânea): • recorrência sem a presença de vesículas na pele ou mucosa. Os pacientes apresentam dor acentuada de início abrupto e hiperestesia sobre o dermátomo. • Febre, cefaléia, mialgia e linfadenopatia podem ou não acompanhar a recorrência. Neuralgia pós-herpética: • dor que persiste após a resolução das lesões cutâneas • 15% (10%) dos pacientes (1 a 3 meses) • fatores de risco: sexo feminino, idade avançada, história de dor prodrômica, erupção cutânea moderada/grave e envolvimento oftálmico • controvérsias sobre a duração da dor • a maioria das neuralgias regride após 1 ano, e a metade tem regressão após 2 meses Casos raros podem durar mais de 20 anos: suicídio. Síndrome de Ramsay Hunt • Combinação de lesões cutâneas do canal auditivo externo e envolvimento ipsilateral da face e nervos auditivos • Podem ocorrer: paralisia facial, surdez, vertigem PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Angeíte granulomatosa • síndrome caracterizada por acidente vascular cerebral isquêmica • rara • potencialmente fatal • se desenvolve semanas a meses após a resolução da erupção cutânea do zoster envolvendo o nervo trigêmeo • talvez seja uma consequência da inflamação associada ao gânglio trigeminal com a artéria carótida interna PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael VÍRUS EPSTEIN – BARR (EBV) • Mononucleose infecciosa • Carcinoma nasofaríngeo • Linfoma de Burkitt • Leucoplasia pilosa • alguns carcinomas gástricos • carcinomas de mama • carcinomas hepatocelulares • alguns tumores de músculo liso Mononucleose Infecciosa = Mono = Febre glandular = Doença do beijo • Agente etiológico: EBV • Transmissão: saliva • Maioria das infecções pelo EBV é assintomática • Crianças com menos de 4 anos: febre, linfadenopatia,faringite,hepatoesplenomegalia,rinite e tosse • Crianças com mais de 4 anos: menor prevalência de hepatoesplenomegalia, rinite e tosse • Adultos jovens: febre, linfadenopatia, faringite e amigdalite. • Adultos com mais de 40 anos: febre e faringite (menos de 30% - linfadenopatia) • Pródromo: fadiga, mal-estar e anorexia (2 semanas) • Febre: 2 a 14 dias + linfadenomegalia (cadeias cervicais anterior e posterior) + aumento de volume da parótida/amígdalas Manifestações Orais: • Petéquias no palato – 25% (duram de 24 a 48 h) • GUN, PUN e MUN Diagnóstico • Manifestações clínicas + exames laboratoriais: • leucograma aumentado – linfocitose • teste de Paul – Bunell • imunofluorescência indireta • ELISA (ensaio imunoabsorvente de ligação de enzimas) Tratamento: • Regressão entre 4 a 6 semanas Sintomático e de suporte • Anti-inflamatórios • Não há resposta ao aciclovir e seus derivados PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Carcinoma Nasofaríngeo Lesão rara Mais comum em homens do sul da China Fatores associados: deficiência de vitamina C, infecção pelo EBV e consumo de peixes salgados Idade média: 50 a 55 anos Quando em pacientes com menos de 40 anos, quase sempre são lesões indiferenciadas Primeiro sinal: linfadenomegalia cervical (metástase) Outros achados: otite média unilateral, perda da audição, epistaxe, obstrução nasal, dor e acometimento do SNC. Aspectos Histopatológicos: CA células escamosas (CA de células escamosas ceratinizante) CA não-ceratinizante diferenciado CA não-ceratinizante indiferenciado Tratamento: Radioterapia na nasofaringe e pescoço + quimioterapia. SOBREVIDA EM 5 ANOS PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Linfoma de Burkitt • Origem: linfócitos B • Fator associado: EBV • Idade média: 7 anos • Endêmico na África central e nordeste do Brasil • (2) maxila: (1) mandíbula • Sintomatologia: tumefação facial, proptose, dor, sensibilidade, parestesia, mobilidade dentária. • Aspecto radiográfico: destruição do osso com margens irregulares e maldefinidas. Sinal inicial: desaparecimento da lâmina dura. Aspecto Histopatológico: “Céu estrelado” (macrófagos dentro do tecido tumoral) Tratamento: • Quimioterapia • morte após 4 a 6 meses do diagnóstico, caso não seja tratado PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Leucoplasia Pilosa • Branca • Não destacável • Assintomática • Borda lateral de língua • Diagnóstico • Paciente imunodeprimido • Indicador diagnóstico e prognóstico da Aids • Tratamento PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Citomegalovirose • Agente etiológico: HHV-5 • Latência: nas glândulas salivares, no endotélio, nos macrófagos e nos linfócitos • Formas de transmissão: materno-fetal (placenta, durante o parto ou pela amamentação), sexual, hematogênica • Infecção primária: assintomática em 90% dos casos. • Infecção primária: assintomática em 90% dos casos. • a doença é observada com maior frequência em recém-nascidos ou adultos imunocomprometidos • Sintomatologia em crianças: hepatoesplenomegalia,trombocitopenia, petéquias, encefalite (levando a retardo mental e motor). • Sintomatologia em adultos- semelhante à mononucleose infecciosa: febre, mal estar, mialgia. E mais raramente faringite e linfadenopatia. • é comum em pacientes com Aids • fatores de risco: idade avançada, gênero feminino, baixa condição sócio-econômica, aglomeração e ter nascido em país estrangeiro Manifestações Orais • Ulcerações mucosas crônicas – é comum coinfecção por HSV • Infecção neonatal pode causar hipoplasia de esmalte • Aumento de volume das glândulas salivares: parótida e submandibular Aspectos Histopatológicos • As células infectadas ficam extremamente dilatadas, devido a inclusões intranucleares e intracitoplasmáticas – células em OLHO DE CORUJA Diagnóstico Achados clínicos + : • Aspecto histopatológico, • Microscopia eletrônica, • Cultura, • Imunoistoquímica, • Hibridização in situ, • PCR, • Detecção de anticorpos elevados. Tratamento • Regressão espontânea – sintomático e suporte • Pacientes imunodeprimidos: • ganciclovir • em casos de resistência: foscarnet, cidofovir e valganciclovir • melhora do estado imunológico através da HAART PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael SARAMPO = Morbilli = sarampo de 9 dias • Virose altamente contagiosa • Vírus do sarampo (paramixovírus) • Transmissão: gotículas respiratórias • Doença da infância • Contágio: 2 dias antes até 4 dias após o desenvolvimento das erupções • Endêmico: primavera • Três estágios de 3 dias cada 1º estágio - 3C: • coriza • tosse (cough) • conjuntivite • além de febre e manchas de Koplik Manchas de Koplik • pequenas manchas branco-azuladas em um fundo eritematoso na mucosa jugal e labial, e mais raramente no palato. Precedem (1/2 dias) as manifestações cutâneas – “grãos de sal” em um fundo vermelho • representam focos de necrose epitelial • lesões semelhantes podem ser observados na conjuntiva interna do olho ou na mucosa vaginal 2º estágio: • persistência da febre • desaparecimento das manchas de Koplik • manchas na cabeça e pescoço, tronco e extremidades 3º estágio: • desaparecimento da febre • manchas escurecem e tendem a desaparecer Complicações: diarréia, encefalite, púrpura trombocitopênica, otite média, bronquite e pneumonia. Encefalite é vista em 1 a cada 100.000 casos, resultando em morte ou dano cerebral permanente e retardo mental. Panencefalite esclerosante subaguda (pees) • Complicação tardia: 11 anos depois • 1 a cada 100.000 casos • É uma desordem degenerativa do SNC que pode levar a alterações da personalidade, convulsão, coma e morte. Manifestações Orais manchas de Koplik Candidíase GUN Estomatite necrosante Hipoplasia de esmalte dos dentes em desenvolvimento PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Diagnóstico clínico: história e manifestações confirmação: laboratorial - sorologia (se houver necessidade) Histopatologia Células epiteliais infectadas e necróticas Vasos sangüíneos dilatados Resposta inflamatória focal Linfócitos perivasculares Nos tecidos linfóides: células gigantes de Warthin- Finkeldey (linfócitos multinucleados) – não são patognomônicas (linfomas, lúpus eritematoso) Tratamento suporte e sintomático ideal- vacinação (sarampo – caxumba – rubéola: tríplice viral em duas doses) 1a dose: entre 12 e 15 meses 2a dose: entre 4 e 6 anos PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael RUBÉOLA = sarampo alemão, = sarampo de três dias • Agente etiológico: vírus da família togavírus, gênero Rubivirus • Contágio: gotículas respiratórias. A partir de uma semana antes do exantema até 5 dias após o desenvolvimento das erupções. • Incubação: 12 a 23 dias • Maioria das infecções assintomática • Pródromo (5 dias): febre, cefaléia, mal-estar, anorexia, mialgia, conjuntivite leve, coriza, faringite, tosse e linfadenopatia. • Complicações: artrite, encefalite e trombocitopenia Exantema � Máculas rosas � Pápulas � Descamação Manifestações Orais da Rubéola • Sinal de Forchheimer • 20% dos pacientes • Pequenas pápulas, discretas, vermelho-escuras • Locais: palato mole • concomitantes às lesões cutâneas e duram no máximo 12 – 14 h • Petéquias palatinas também podem ser observadas Diagnóstico: Exames laboratoriais Tratamento: • suporte e sintomático • Ideal: vacinação – 15 meses (tríplice viral), com reforço aos 4 e 6 anos. Contra – indicações: gestantes pacientes imunodeprimidos pacientes com febre pacientes com alergia aos componentes da vacina Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) Chance de transmissão da gestante durante o primeiro trimestre – 80% • Surdez (achado mais comum) • Doença cardíaca • Catarata Surdez: Achado mais comum (mais de 80%) Geralmente bilateral Complicações tardias: Encefalopatia, retardo mental, diabetes, desordens da tireóide PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael HPV - PAPILOMAVÍRUS HUMANO • Papiloma escamoso • Condiloma acuminado • Verruga vulgar • Hiperplasia epitelial multifocal Papiloma • Definição: proliferação benigna do epitélio escamoso estratificado • Fatores associados: HPV • Existem mais de 100 subtipos de HPV • Subtipos de HPV mais comuns no papiloma: 6 e 11 • Modo de transmissão: desconhecido (contato sexual, objetos contaminados, saliva e leite materno?) • Período de latência: 3 a 12 meses • Prevalência: 1 a cada 250 adultos • 3% de todas as lesões bucais submetidas à biopsia • Média de idade: 30 a 50 anos, sendo comum em crianças • Mesma frequência em homens e mulheres • Locais mais frequentes: língua, palato mole e lábio Aspectos clínicos do papiloma: • Mole • Projeções digitiformes • Exofítica • Pediculada • Indolor • “Couve-flor” • Brancas, vermelho – claras ou normocrômicas • Solitária • 0,5 cm Diagnóstico diferencial: condiloma, verruga vulgar e hiperplasia epitelial multifocal Aspectos histopatológicos • Proliferação de epitélio escamoso estratificado ceratinizado com projeções digitiformes • Coilócitos na camada espinhosa (células epiteliais claras alteradas pelo vírus com núcleos pequenos e intensamente corados) Tratamento: remoção cirúrgica Não é uma lesão cancerizável Remissão espontânea talvez seja possível PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Condiloma Acuminado • HPV: 6 e 11 (mais de 90% dos casos) • co-infecção com vários outros tipos é comum, inclusive 16 e 18 • lesões anogenitais: 16, 18 e 31 • DST • Adolescentes e adultos jovens • Locais mais frequentes: mucosa labial, freio de língua e palato mole • Lesão rosa, firme, exofítica, séssil, com projeções superficiais curtas • maior que o papiloma (média 1,0 a 1,5 cm) • lesões múltiplas e aglutinadas Tratamento: excisão cirúrgica conservadora Outras opções: • Laser – controvérsias: transporte pelo ar de HPV • agentes tópicos aplicados pelo paciente – usados em lesões anogenitais - Condilomas são contagiosos - Na boca não é lesão pré-maligna PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Verruga Vulgar = verruga comum • subtipo de HPV mais frequente: 2 • outros: 4, 6 e 40 • é contagiosa • não é comum em mucosa oral • pápula ou nódulo assintomático com projeções papilares • pediculada ou séssil • lesões cutâneas: rosas • lesões de boca: brancas • tamanho: < 0,5 cm • ocasionalmente o acúmulo de ceratina compacta pode resultar em uma projeção de alguns milímetros de altura, denominada corno cutâneo ou corno de ceratina. É visto também no CA células escamosas e ceratose actínica. Tratamento • Lesões de pele: excisão cirúrgica conservadora, crioterapia, agentes ceratolíticos• Lesões de boca: excisão cirúrgica, crioterapia, eletrocirurgia ou laser • Chance de recorrência é pequena • 2/3 desaparecem espontaneamente em 2 anos, especialmente em crianças PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael Hiperplasia Epitelial Multifocal = doença de Heck = hiperplasia epitelial multifocal pelo papilomavírus humano = hiperplasia epitelial focal • HPV: 13 e 32 • condição infantil • múltiplos membros de uma mesma família • mais comum em mulheres • locais mais frequentes: mucosa labial, mucosa jugal e língua • Pápulas e placas moles e chatas • Normocrômicas • Lesões aglutinadas: tão próximas que dão uma aparência fissurada de pedra de calçamento Tratamento: • Regressão espontânea após meses ou anos • Excisão cirúrgica por motivo estético ou diagnóstico • Não é uma lesão pré- maligna
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