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Infecções Virais - EXPLICAÇÃO

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PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
 
 
INFECÇÕES VIRAIS 
PROF. MÔNICA ISRAEL 
 
 
 
 
 
Infecção: Estado mórbido causado pela instalação e reprodução no organismo 
de microrganismos patogênicos. As infecções podem ser virais, fúngicas, 
bacterianas e protozoárias. 
 
Família Herpes 
• HHV-1: HSV – herpes simples 
• HHV-2: HSV – herpes simples 
• HHV-3: VZV – varicela e zoster 
• HHV-4: EBV – leucoplasia pilosa, mono, linfoma de Burkitt, carcinoma 
nasofaríngeo 
• HHV-5: CMV – citomegalovirose 
• HHV-6: exantema súbito (=roséola,= sexta doença) 
• HHV-7: eventualmente exantema súbito 
• HHV-8: SKHV – sarcoma de Kaposi 
 
HERPES SIMPLES - HSV 
Formas de contágio: 
• Contato físico 
• Gotículas respiratórias 
• Água contaminada 
• Contato com objetos inanimados 
90% da população está contaminada 
Erupções vesiculares da pele e mucosa 
• HHV-1 = HSV-1 (região facial, oral e ocular) 
• HHV-2 = HSV-2 (região genital) 
Transmissão pode ocorrer através de lesões ativas ou durante os períodos de 
liberação assintomática do vírus 
 
Infecção primária sintomática –rara 
Maioria: doença subclínica 
Incubação: alguns dias/2 semanas 
Após término da infecção: latência 
 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
Fatores de reativação para o HSV: 
• luz ultravioleta 
• estresse físico ou emocional 
• fadiga 
• calor 
• frio 
• gestação 
• alergia 
• tratamento odontológico 
• doenças respiratórias 
• febre 
• menstruação 
• doenças sistêmicas 
• neoplasias malignas 
 
Gengivoestomatite Herpética Primária 
= gengivoestomatite herpética aguda 
= estomatite herpética primária 
= herpes primário 
= estomatite aguda 
Mais comum em crianças: 6 meses – 5 anos, com pico de prevalência aos 2/3 
anos 
Lesões de boca são acompanhadas ou precedidas de: febre alta (39,4 a 40,5 
ºc), linfadenopatia cervical anterior, náusea, anorexia, irritabilidade, calafrios, 
mal – estar e artralgia. (24 -48 h) 
Casos brandos desaparecem em 5/7 dias (casos mais graves: 14 dias) - sem 
cicatriz 
Vesículas puntiformes, úlceras recobertas por pseudomembrana 
Gengiva edemaciada, eritematosa, dolorosa e com sangramento – quadro 
gengival 100% dos casos 
Lesões dispersas pela boca 
Vesículas periorais são bastante comuns 
A língua é classicamente saburrosa 
 
Faringoamigdalite Herpética 
= faringotonsilite herpética 
Sintomas: dor na garganta, febre, mal-estar e cefaléia 
 
Lesões orais: 
Numerosas vesículas pequenas nas amígdalas e faringe, que se rompem 
rapidamente para formar diversas ulcerações rasas que se coalescem. Em 
alguns casos um exsudato amarelo- acinzentado difuso se forma sobre as 
úlceras 
Diagnóstico diferencial: faringite secundária a estreptococos, mononucleose 
infecciosa 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
Herpes Recorrente 
Labial ou intraoral 
Pródromo (6 a 24 h): prurido, ardência, dor, pontadas, queimação ou eritema 
Herpes labial (= lesões do frio, = vesículas da febre) 
VesículaÚlcera Pseudomembrana 
cicatrização em 7 a 10 dias - sem marcas 
 
Recorrência 
local mais comum: borda do vermelhão e pele adjacente aos lábios 
as recidivas geralmente ocorrem 2 vezes por ano 
local: geralmente o mesmo 
intra –oral: somente em gengiva e palato duro 
 
Glossite Geométrica 
local: dorso lingual 
aspecto clínico: fissura profunda na linha média com ramificações periféricas e 
erosões nas fissuras 
mais comum em pacientes imunocomprometidos 
 
Diagnóstico de infecção pelo HSV 
Clínica: diagnóstico presuntivo seguro 
Confirmação: cultura a partir de vesículas intactas para não haver 
contaminação da saliva (procedimento diagnóstico mais definitivo, porém 
demora- mais de 2 semanas), biópsia, PCR, testes sorológicos ou 
citopatologia (menos invasivo, melhor custo benefício) 
 
Características Histopatológicas 
• células epiteliais infectadas: acantólise, núcleo claro e aumentado 
(degeneração balonizante) 
• células epiteliais acantolíticas: células de Tzanck 
• a fusão entre as células adjacentes infectadas dá origem às células 
multinucleadas 
 
Diagnóstico Diferencial 
• Gengivoestomatite Herpética Primária 
• GUN 
• Herpangina 
• Estomatite aftosa recidivante 
 
Panarício Herpético 
= paroníquia herpética 
• Infecção nos dedos, comum antes da prática da utilização de luvas. As 
recorrências podem resultar em parestesia ou cicatriz permanente. 
• Pode ocorrer como autoinoculação em crianças com herpes orofacial 
 
Herpes Gladiatorum 
= Lesão por tatame 
• Infecções herpéticas primárias em áreas de dano epitelial prévio. Exs: 
pais beijando áreas com lesões dermatológicas em crianças, lutas 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
Herpes barbae 
Quando as lesões herpéticas se disseminam sobre uma região barbada da 
face, em um pequeno ferimento causado pelo ato diário de se barbear 
 
Eczema Herpético 
= Erupção variceliforme de Kaposi 
Infecção difusa que ameaça a vida em pacientes com eczema, doença de 
Darier e pênfigo 
 
Gengivoestomatite herpética 
Tratamento: 
Antiviral: aciclovir 
Aciclovir suspensão – técnica de bochechar e deglutir durante 5 dias (5x/dia, 
crianças 15 mg/kg até a dose do adulto 200 mg): reduz dor, duração da 
febre, tempo de cicatrização 
Cloridrato de diclonina a 0,5 ou 1% spray – diminui o desconforto 
Pirulitos de tetracaína produzem efeito anestésico e profundo da mucosa 
Restringir o contato com as lesões ativas para prevenir a disseminação para 
outros locais e pessoas 
AINES: ibuprofeno 
 
Herpes Recorrente 
• Tratamento 
• aciclovir 5% pomada – 5x/dia – 5 dias 
• aciclovir creme 
• penciclovir creme 
• medicamentos sistemicos: aciclovir, valaciclovir e fanciclovir 
• pode reduzir a duração 
 
Falha no tratamento com aciclovir: 
• foscarnet (hexaidrato fosfonoformato trissódio) 
• cidofovir IV 
• adenina arabinosídeo (vidarabina) 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
VÍRUS DA VARICELA ZOSTER – VZV 
 
HHV- 3 
Infecção primária: varicela (catapora) 
Infecção secundária: zoster (zona) 
Ao microscópio óptico = HSV 
Aspectos histopatológicos idênticos: acantólise, células de Tzanck e 
multinucleação. 
 
Transmissão: 
 Gotículas respiratórias 
 contato direto com lesões ativas 
Incubação: 15 dias 
vacina está disponível nos EUA desde 1995 
 
Clínica: 
Doença da infância: 5 – 9 anos 
Início: febre, calafrios, mal-estar, faringite, rinite e cefaléia 
Exantema prurítico em tronco e pescoço, depois nas extremidade 
 
Eritema � Vesícula � Pústula � Úlcera � Crosta 
 
Lesão da varicela 
``Gota de orvalho em uma pétala de rosa`` 
 
Surgem grupos sucessivos de novas lesões durante a doença 
Indivíduos afetados são infectantes mesmo sem lesões por um período de 24h 
 Autolimitante – as crostas são observadas após 4 dias do aparecimento das 
lesões 
 
Manifestações Orais da Varicela 
• Comuns 
• Podem preceder as lesões cutâneas 
• Locais mais freqüentes: vermelhão do lábio, palato e mucosa jugal. Mais 
raramente em gengiva, semelhantes a GHP, porém relativamente indolores. 
• Vesículas branco-opacas de 3 a 4 mm, que se rompem formando úlceras de 
1 a 3 mm. 
diagnóstico clínico (confirmação: citopatologia, porém o método mais 
fidedigno consiste na PCR - feita a partir do líquido vesicular, células da base 
da lesão ou de um raspado das lesões cutâneas – técnica mais sensível e que 
permite a distinção entre as cepas selvagens e vacinais do VZV) 
 diagnóstico diferencial: 
• gengivoestomatite herpética primária 
• doença das mãos, pés e boca 
Tratamento: 
Suporte 
Sintomático: banhos com soluções antipruriginosas, antitérmico 
Aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir: reduzem a duracao da gravidade da 
infecção quando administrados durante as primeiras 24h 
As complicações são mais freqüentes em adultos do que em crianças 
Vacina: entre12 e 18 meses 
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Herpes Zoster 
= Cobreiro 
= Zona 
Reativação do VZV 
Latência: gânglio da espinha dorsal 
Sua incidência é maior com o aumento da idade 
pouco provável mais de um episódio 
frequência: 1 a cada 3 indivíduos 
 
Fatores de reativação do VZV 
• Imunossupressão por doenças 
• Medicamentos imunossupressores 
• Radiação 
• Tumores malignos 
• senilidade (mais frequente após 50 anos) 
• Abuso do álcool 
• Estresse (físico ou emocional) 
• Tratamento odontológico 
 
Pode ser dividido em 3 fases: prodrômica, aguda, crônica (15%) 
Durante a replicação viral inicial desenvolvem –se ganglionites ativas que 
resultam em necrose neural e neuralgia grave. 
Conforme o vírus se movimenta pelo nervo, a dor se intensifica e tem sido 
descrita como queimação, formigamento, prurido, incômodo pontiagudo ou 
cortante. 
 
Pródromo: dor na área do epitélio inervado pelo nervo sensitivo afetado 
(dermátomo). 
Dor prodrômica (10% dos pacientes) pode ser acompanhada de febre, mal 
estar e cefaléia (4 dias antes das lesões). 
Dor pode se assemelhar a uma otite média, odontalgia, cefaléia, infarto do 
miocárdio ou apendicite. 
 
Eritema � Vesícula � Pústula � Úlcera � Crosta 
 
Pode haver a formação de cicatrizes (hipo ou hiperpigmentação) 
Lesões seguem a área do nervo afetado até a linha média ; UNILATERALIDADE 
 
Lesões orais: 
Semelhantes às lesões da varicela: vesículas branco – opacas com 1/4 mm – 
úlceras rasas 
dentes: pulpite, necrose pulpar, calcificações pulpares e reabsorção radicular 
necrose com perda do dente 
 
Envolvimento ocular: 10 a 25% dos casos, podendo causar cegueira 
permanente. 
lesões na ponta do nariz (sinal de Hutchinson) indicam o envolvimento do ramo 
nasociliar do nervo trigêmeo 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
Diagnóstico 
baseado nas manifestações clínicas 
quando necessário: 
• cultura 
• citopatologia 
• PCR 
 
Diagnóstico Diferencial Zoster 
Herpes recorrente 
Zoster- duração + prolongada, pródromo mais intenso, distribuição unilateral 
com interrupção abrupta na linha média e nevralgia pós-herpética 
 
Tratamento: 
• sintomático (analgésico, antitérmico, antipruriginosos) e suporte 
• antiviral: aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir 
• antiviral diminui o curso da doença 
• corticóides podem ser usados para reduzir a inflamação neural e a dor 
crônica associada, porém não têm mostrado benefício significativo 
• pacientes com mais de 60 anos recomenda-se vacina: Zostavax (contém 
a mesma cepa viva atenuada do VZV utilizada na vacina da varicela, 
no entanto é 14x mais potente) 
 
Zoster sine herpete (zoster sem erupção cutânea): 
• recorrência sem a presença de vesículas na pele ou mucosa. Os 
pacientes apresentam dor acentuada de início abrupto e hiperestesia 
sobre o dermátomo. 
• Febre, cefaléia, mialgia e linfadenopatia podem ou não acompanhar a 
recorrência. 
 
Neuralgia pós-herpética: 
• dor que persiste após a resolução das lesões cutâneas 
• 15% (10%) dos pacientes (1 a 3 meses) 
• fatores de risco: sexo feminino, idade avançada, história de dor 
prodrômica, erupção cutânea moderada/grave e envolvimento 
oftálmico 
• controvérsias sobre a duração da dor 
• a maioria das neuralgias regride após 1 ano, e a metade tem regressão 
após 2 meses Casos raros podem durar mais de 20 anos: suicídio. 
 
Síndrome de Ramsay Hunt 
• Combinação de lesões cutâneas do canal auditivo externo e 
envolvimento ipsilateral da face e nervos auditivos 
• Podem ocorrer: paralisia facial, surdez, vertigem 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
Angeíte granulomatosa 
• síndrome caracterizada por acidente vascular cerebral isquêmica 
• rara 
• potencialmente fatal 
• se desenvolve semanas a meses após a resolução da erupção cutânea 
do zoster envolvendo o nervo trigêmeo 
• talvez seja uma consequência da inflamação associada ao gânglio 
trigeminal com a artéria carótida interna 
 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
VÍRUS EPSTEIN – BARR (EBV) 
• Mononucleose infecciosa 
• Carcinoma nasofaríngeo 
• Linfoma de Burkitt 
• Leucoplasia pilosa 
• alguns carcinomas gástricos 
• carcinomas de mama 
• carcinomas hepatocelulares 
• alguns tumores de músculo liso 
 
Mononucleose Infecciosa 
= Mono 
= Febre glandular 
= Doença do beijo 
• Agente etiológico: EBV 
• Transmissão: saliva 
• Maioria das infecções pelo EBV é assintomática 
• Crianças com menos de 4 anos: febre, 
linfadenopatia,faringite,hepatoesplenomegalia,rinite e tosse 
• Crianças com mais de 4 anos: menor prevalência de 
hepatoesplenomegalia, rinite e tosse 
• Adultos jovens: febre, linfadenopatia, faringite e amigdalite. 
• Adultos com mais de 40 anos: febre e faringite (menos de 30% - 
linfadenopatia) 
• Pródromo: fadiga, mal-estar e anorexia (2 semanas) 
• Febre: 2 a 14 dias + linfadenomegalia (cadeias cervicais anterior e 
posterior) + aumento de volume da parótida/amígdalas 
 
Manifestações Orais: 
• Petéquias no palato – 25% (duram de 24 a 48 h) 
• GUN, PUN e MUN 
 
Diagnóstico 
• Manifestações clínicas + exames laboratoriais: 
• leucograma aumentado – linfocitose 
• teste de Paul – Bunell 
• imunofluorescência indireta 
• ELISA (ensaio imunoabsorvente de ligação de enzimas) 
 
Tratamento: 
• Regressão entre 4 a 6 semanas 
Sintomático e de suporte 
• Anti-inflamatórios 
• Não há resposta ao aciclovir e seus derivados 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
Carcinoma Nasofaríngeo 
Lesão rara 
Mais comum em homens do sul da China 
Fatores associados: deficiência de vitamina C, infecção pelo EBV e consumo de 
peixes salgados 
Idade média: 50 a 55 anos 
Quando em pacientes com menos de 40 anos, quase sempre são lesões 
indiferenciadas 
Primeiro sinal: linfadenomegalia cervical (metástase) 
Outros achados: otite média unilateral, perda da audição, epistaxe, obstrução 
nasal, dor e acometimento do SNC. 
 
Aspectos Histopatológicos: 
CA células escamosas (CA de células escamosas ceratinizante) 
CA não-ceratinizante diferenciado 
CA não-ceratinizante indiferenciado 
 
Tratamento: 
 Radioterapia na nasofaringe e pescoço + quimioterapia. 
SOBREVIDA EM 5 ANOS 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
Linfoma de Burkitt 
• Origem: linfócitos B 
• Fator associado: EBV 
• Idade média: 7 anos 
• Endêmico na África central e nordeste do Brasil 
• (2) maxila: (1) mandíbula 
• Sintomatologia: tumefação facial, proptose, dor, sensibilidade, 
parestesia, mobilidade dentária. 
• Aspecto radiográfico: destruição do osso com margens irregulares e 
maldefinidas. Sinal inicial: desaparecimento da lâmina dura. 
 
Aspecto Histopatológico: 
“Céu estrelado” (macrófagos dentro do tecido tumoral) 
 
Tratamento: 
• Quimioterapia 
• morte após 4 a 6 meses do diagnóstico, caso não seja tratado 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
Leucoplasia Pilosa 
• Branca 
• Não destacável 
• Assintomática 
• Borda lateral de língua 
• Diagnóstico 
• Paciente imunodeprimido 
• Indicador diagnóstico e prognóstico da Aids 
• Tratamento 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
Citomegalovirose 
• Agente etiológico: HHV-5 
• Latência: nas glândulas salivares, no endotélio, nos macrófagos e nos 
linfócitos 
• Formas de transmissão: materno-fetal (placenta, durante o parto ou pela 
amamentação), sexual, hematogênica 
• Infecção primária: assintomática em 90% dos casos. 
• Infecção primária: assintomática em 90% dos casos. 
• a doença é observada com maior frequência em recém-nascidos ou 
adultos imunocomprometidos 
• Sintomatologia em crianças: hepatoesplenomegalia,trombocitopenia, 
petéquias, encefalite (levando a retardo mental e motor). 
• Sintomatologia em adultos- semelhante à mononucleose infecciosa: 
febre, mal estar, mialgia. E mais raramente faringite e linfadenopatia. 
• é comum em pacientes com Aids 
• fatores de risco: idade avançada, gênero feminino, baixa condição 
sócio-econômica, aglomeração e ter nascido em país estrangeiro 
 
Manifestações Orais 
• Ulcerações mucosas crônicas – é comum coinfecção por HSV 
• Infecção neonatal pode causar hipoplasia de esmalte 
• Aumento de volume das glândulas salivares: parótida e submandibular 
 
Aspectos Histopatológicos 
• As células infectadas ficam extremamente dilatadas, devido a inclusões 
intranucleares e intracitoplasmáticas – células em OLHO DE CORUJA 
 
Diagnóstico 
Achados clínicos + : 
• Aspecto histopatológico, 
• Microscopia eletrônica, 
• Cultura, 
• Imunoistoquímica, 
• Hibridização in situ, 
• PCR, 
• Detecção de anticorpos elevados. 
 
Tratamento 
• Regressão espontânea – sintomático e suporte 
• Pacientes imunodeprimidos: 
• ganciclovir 
• em casos de resistência: foscarnet, cidofovir e valganciclovir 
• melhora do estado imunológico através da HAART 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
SARAMPO 
= Morbilli 
= sarampo de 9 dias 
• Virose altamente contagiosa 
• Vírus do sarampo (paramixovírus) 
• Transmissão: gotículas respiratórias 
• Doença da infância 
• Contágio: 2 dias antes até 4 dias após o desenvolvimento das erupções 
• Endêmico: primavera 
• Três estágios de 3 dias cada 
 
1º estágio - 3C: 
• coriza 
• tosse (cough) 
• conjuntivite 
• além de febre e manchas de Koplik 
 
Manchas de Koplik 
• pequenas manchas branco-azuladas em um fundo eritematoso na 
mucosa jugal e labial, e mais raramente no palato. Precedem (1/2 dias) 
as manifestações cutâneas – “grãos de sal” em um fundo vermelho 
• representam focos de necrose epitelial 
• lesões semelhantes podem ser observados na conjuntiva interna do olho 
ou na mucosa vaginal 
 
2º estágio: 
• persistência da febre 
• desaparecimento das manchas de Koplik 
• manchas na cabeça e pescoço, tronco e extremidades 
 
3º estágio: 
• desaparecimento da febre 
• manchas escurecem e tendem a desaparecer 
 
Complicações: diarréia, encefalite, púrpura trombocitopênica, otite média, 
bronquite e pneumonia. 
Encefalite é vista em 1 a cada 100.000 casos, resultando em morte ou dano 
cerebral permanente e retardo mental. 
Panencefalite esclerosante subaguda (pees) 
• Complicação tardia: 11 anos depois 
• 1 a cada 100.000 casos 
• É uma desordem degenerativa do SNC que pode levar a alterações da 
personalidade, convulsão, coma e morte. 
 
Manifestações Orais 
manchas de Koplik 
Candidíase 
GUN 
Estomatite necrosante 
Hipoplasia de esmalte dos dentes em desenvolvimento 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
Diagnóstico 
clínico: história e manifestações 
confirmação: laboratorial - sorologia (se houver necessidade) 
 
Histopatologia 
Células epiteliais infectadas e necróticas 
Vasos sangüíneos dilatados 
Resposta inflamatória focal 
Linfócitos perivasculares 
Nos tecidos linfóides: células gigantes de Warthin- Finkeldey (linfócitos 
multinucleados) – não são patognomônicas (linfomas, lúpus eritematoso) 
Tratamento 
suporte e sintomático 
ideal- vacinação (sarampo – caxumba – rubéola: tríplice viral em duas doses) 
1a dose: entre 12 e 15 meses 
2a dose: entre 4 e 6 anos 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
RUBÉOLA 
= sarampo alemão, = sarampo de três dias 
• Agente etiológico: vírus da família togavírus, gênero Rubivirus 
• Contágio: gotículas respiratórias. A partir de uma semana antes do 
exantema até 5 dias após o desenvolvimento das erupções. 
• Incubação: 12 a 23 dias 
• Maioria das infecções assintomática 
• Pródromo (5 dias): febre, cefaléia, mal-estar, anorexia, mialgia, 
conjuntivite leve, coriza, faringite, tosse e linfadenopatia. 
• Complicações: artrite, encefalite e trombocitopenia 
 
Exantema � Máculas rosas � Pápulas � Descamação 
 
Manifestações Orais da Rubéola 
• Sinal de Forchheimer 
• 20% dos pacientes 
• Pequenas pápulas, discretas, vermelho-escuras 
• Locais: palato mole 
• concomitantes às lesões cutâneas e duram no máximo 12 – 14 h 
• Petéquias palatinas também podem ser observadas 
 
Diagnóstico: 
Exames laboratoriais 
 
Tratamento: 
• suporte e sintomático 
• Ideal: vacinação – 15 meses (tríplice viral), com reforço aos 4 e 6 anos. 
Contra – indicações: 
gestantes 
pacientes imunodeprimidos 
pacientes com febre 
pacientes com alergia aos componentes da vacina 
 
Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) 
Chance de transmissão da gestante durante o primeiro trimestre – 80% 
• Surdez (achado mais comum) 
• Doença cardíaca 
• Catarata 
 
Surdez: 
Achado mais comum (mais de 80%) 
Geralmente bilateral 
Complicações tardias: 
Encefalopatia, retardo mental, diabetes, desordens da tireóide 
 
 
PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael 
HPV - PAPILOMAVÍRUS HUMANO 
• Papiloma escamoso 
• Condiloma acuminado 
• Verruga vulgar 
• Hiperplasia epitelial multifocal 
 
Papiloma 
• Definição: proliferação benigna do epitélio escamoso estratificado 
• Fatores associados: HPV 
• Existem mais de 100 subtipos de HPV 
• Subtipos de HPV mais comuns no papiloma: 6 e 11 
• Modo de transmissão: desconhecido (contato sexual, objetos 
contaminados, saliva e leite materno?) 
• Período de latência: 3 a 12 meses 
• Prevalência: 1 a cada 250 adultos 
• 3% de todas as lesões bucais submetidas à biopsia 
• Média de idade: 30 a 50 anos, sendo comum em crianças 
• Mesma frequência em homens e mulheres 
• Locais mais frequentes: língua, palato mole e lábio 
 
Aspectos clínicos do papiloma: 
• Mole 
• Projeções digitiformes 
• Exofítica 
• Pediculada 
• Indolor 
• “Couve-flor” 
• Brancas, vermelho – claras ou normocrômicas 
• Solitária 
• 0,5 cm 
Diagnóstico diferencial: condiloma, verruga vulgar e hiperplasia epitelial 
multifocal 
 
Aspectos histopatológicos 
• Proliferação de epitélio escamoso estratificado ceratinizado com 
projeções digitiformes 
• Coilócitos na camada espinhosa (células epiteliais claras alteradas pelo 
vírus com núcleos pequenos e intensamente corados) 
Tratamento: remoção cirúrgica 
Não é uma lesão cancerizável 
Remissão espontânea talvez seja possível 
 
 
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Condiloma Acuminado 
• HPV: 6 e 11 (mais de 90% dos casos) 
• co-infecção com vários outros tipos é comum, inclusive 16 e 18 
• lesões anogenitais: 16, 18 e 31 
• DST 
• Adolescentes e adultos jovens 
• Locais mais frequentes: mucosa labial, freio de língua e palato mole 
• Lesão rosa, firme, exofítica, séssil, com projeções superficiais curtas 
• maior que o papiloma (média 1,0 a 1,5 cm) 
• lesões múltiplas e aglutinadas 
Tratamento: excisão cirúrgica conservadora 
Outras opções: 
• Laser – controvérsias: transporte pelo ar de HPV 
• agentes tópicos aplicados pelo paciente – usados em lesões anogenitais 
- Condilomas são contagiosos 
- Na boca não é lesão pré-maligna 
 
 
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Verruga Vulgar 
= verruga comum 
• subtipo de HPV mais frequente: 2 
• outros: 4, 6 e 40 
• é contagiosa 
• não é comum em mucosa oral 
• pápula ou nódulo assintomático com projeções papilares 
• pediculada ou séssil 
• lesões cutâneas: rosas 
• lesões de boca: brancas 
• tamanho: < 0,5 cm 
• ocasionalmente o acúmulo de ceratina compacta pode resultar em 
uma projeção de alguns milímetros de altura, denominada corno 
cutâneo ou corno de ceratina. É visto também no CA células escamosas 
e ceratose actínica. 
 
Tratamento 
• Lesões de pele: excisão cirúrgica conservadora, crioterapia, agentes 
ceratolíticos• Lesões de boca: excisão cirúrgica, crioterapia, eletrocirurgia ou laser 
• Chance de recorrência é pequena 
• 2/3 desaparecem espontaneamente em 2 anos, especialmente em 
crianças 
 
 
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Hiperplasia Epitelial Multifocal 
= doença de Heck 
= hiperplasia epitelial multifocal pelo papilomavírus humano 
= hiperplasia epitelial focal 
• HPV: 13 e 32 
• condição infantil 
• múltiplos membros de uma mesma família 
• mais comum em mulheres 
• locais mais frequentes: mucosa labial, mucosa jugal e língua 
• Pápulas e placas moles e chatas 
• Normocrômicas 
• Lesões aglutinadas: tão próximas que dão uma aparência fissurada de 
pedra de calçamento 
 
Tratamento: 
• Regressão espontânea após meses ou anos 
• Excisão cirúrgica por motivo estético ou diagnóstico 
• Não é uma lesão pré- maligna

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