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Pele negra formatado_23_11

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FACULDADE EBRAMEC
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA
Estudo de Caso De Hipercromia Na Pele Negra
Érika Almeida Medina De Aguiar
Karoline Maria Ribeiro Thomaz
Rosineide Silva Dos Santos
2020
FACULDADE EBRAMEC
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA
Estudo de Caso De Hipercromia Na Pele Negra
Trabalho referente à disciplina de Projeto Integrador do Curso Superior em Tecnologia Estética e Cosmética.
Érika Almeida Medina De Aguiar
Karoline Maria Ribeiro Thomaz
Rosineide Silva Dos Santos
SÃO PAULO
2020
Resumo
Este estudo aborda a dermatologia na pele negra. Inicialmente, discute os conceitos de raça e etnia, assim como os critérios de classificação da população brasileira, A seguir, faz breve explanação sobre os sistemas de classificação da cor da pele e descreve particularidades estruturais, biológicas e funcionais da epiderme, derme e anexos cutâneos que diferenciam as peles clara e escura. Posteriormente, mostra algumas alterações fisiológicas comumente observadas na pele, de indivíduos negros. Aponta, também, alguns padrões de reações e modificações da cor das lesões, decorrentes da hiperpigmentação cutânea, que determinam aspectos inusitados às dermatoses, dificultando seu reconhecimento. Finalmente, destaca algumas doenças em especial, enfatizando particularidades inerentes ao padrão das lesões e à freqüência de algumas dermatoses na pele negra. Estudo de caso de hipercromia inflamatório pós acne Em paciente de sexo feminino com 27 anos. com hiperpigmentação considerável . Consideramos o uso de ácido mandélico. Esses resultados foi observados desde o uso do pré peeling sendo realmente confirmado após aplicação do ácido mandélico desde a primeira sessão, onde a pele teve uma melhora na coloração mais uniforme, clareando as áreas que antes estavam consideravelmente hiperpigmentada.
Introdução
 A beleza é um conceito que se refere a tudo aquilo que se mostra atrativo ,sugestivo e não desperta uma intença emoção. Nossos sentimentos percebem as formas ,as cores e as sensações ,sendo que algumas delas são consideradas belas. O belo é algo que apresenta alguma personalidade especial e chama nossa atenção ,este algo pode ser harmonia, equilíbrio ,aparência chamativa ou qualquer outro elemento .
 Naomi Wolf, em seu livro O mito da Beleza Nos alerta para todas essas objeções pela busca da beleza pelas mulheres, enquanto os homens estudam ,viajam e curtem ,a mulher aprende desde sempre que a construção de um corpo belo deve ser prioridade em sua vida, tenho ouvido muito essa fala : que " se eu não emagrecer não teria como me sentir bem " ou ainda que " se eu não cuidasse do meu corpo não encontraria um cara legal para casar " ,mesmo parecendo falas do século passado ,essas informações ainda não são presentes.
 Existem diferenças sutis nas diferenças de étnico e raça, no entanto,eles são geralmente usados somente na literatura. Na realidade ,porém étnico geralmente definir grupos mais amplos de populações com cultura e língua comum, (ou seja mongolóide) raça ao contrário define uma população específica em termos semelhanças genéticas ( por exemplo japoneses) e de acordo com sua definição, uma raça é classificada. Vista forma cinco agrupamentos de raças foram propostas: caucasóides ,negróides e mongolóides são as mais conhecidas.
 Pelas suas características a pele negra é naturalmente mais firme protegida contra o sol escondendo os efeitos do foto envelhecimento e sofre menos com rugas e flacidez. Além disso ,as tonalidades dão a pele um brilho único ao qual precisa de cuidados.
 A Pele Negra também pode ser atingida por cascionomas que está mais sujeita ao aparecimento de manchas e olheiras. Como forma de tratamento e prevenção da Pele Negra alguns procedimentos podem ser utilizados entre eles o pré peeling,o peeling de ácido mandélico, argila e pó de pérola.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Representação das camadas presentes na pele.	4
Figura 2: Ilustração das organelas elípticas Melanossomas	5
Figura 3: Modelos mulheres de diversas etnias.	8
Figura 4: Representação da célula do melanócito	9
Figura 5: Diversas mulheres com pigmentação de pele divergentes.	9
Figura 6: Primeira miss negra Janelle 'Penny' Commissiong Chow sentada a cadeira com sua faixa e coroa.	13
Figura 7: Miss Chelsi Smith segurando um buquê após sua premiação, usado faixa e coroa.	14
Figura 8: Miss Wendy Marcelle Fitzwilliam	14
Figura 9: Seleção de fotos da Zozibini Tunzi Miss Universo 2019	15
Figura 10: Maquiagem mulher negra.	16
Figura 11: Mulher negra com hipercromia pós-inflamatória antes de se iniciar o tratamento.	21
Figura 12: Modelo após uma semana de aplicação do Pré-Peeling	22
Figura 13 Prescrição do Pré-peeling	22
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Representação da tabela de Fitizpatrick. Fonte: sbd.com.br	11
SUMÁRIO
1.	A Pele	5
1.1.	Epiderme	5
1.2.	Derme	5
1.1.	As principais funções da pele:	6
2.	Diferenças biológicas e funcionais da pele negra	7
2.1.	Epiderme	7
2.2.	Derme	8
2.3.	Características da pele negra	8
3.	Diferenças Étnicas: Negroides e caucasoides	9
3.1.	Diferenças Étnicas	9
4.	Sistema Melanocitários	10
4.1.	Coloração da pele	11
4.2.	Fototipagem	12
5.	Influência da Cultura Brasileira	13
5.1.	A beleza	13
5.2.	Beleza e mulheres	13
6.	Miss Universo negras	15
7.	Maquiagem na pele negra	17
8.	Cabelo	18
8.1.	Estereótipo de cabelo na atualidade	19
9.	Dermatoses comum de pele negra	19
9.1.	Hiperpigmentação	19
9.2.	Hiperpigmentação-pós-inflamatória	19
9.3.	Discromias	19
9.4.	Acne	20
10.	Formas de tratamento e Prevenção	21
10.1.	Tratamentos para Hiperpigmentação e hipopigmentação pós-inflamatória	21
10.1.1.	Peeling ácido mandélico	21
10.1.2.	Pré-peeling	21
10.1.3.	Argila	22
10.1.4.	Pó de perola	22
11.	Caso clínico	23
A Pele
A pele é composta por duas camadas principais. A epiderme é a camada mais superficial da pele, em contato com o ambiente. É composta por cinco camadas as quais são (de mais interno para mais externo): (figura1) basal, estrato espinhoso, estrato granuloso, estrato lúcido, estrato córneo (camada que sofre descamação). A derme é a camada intermediária da pele e é composta pela camada reticular e camada papilar.
1.1. Epiderme
A maior parte das células da epiderme são constituídas por queratinócitos, pois produzem uma mistura proteica denominada queratina. Os queratinócitos são responsáveis pela resistência estrutural e pelas características de permeabilidade da epiderme.
A epiderme não é tão espessa como a derme, não contém vasos sanguíneos e é alimentada por difusão a partir dos capilares da camada papilar.
A epiderme é constituída por epitélio pavimentoso estratificado, separado da camada papilar da derme por uma membrana basal.
As outras células da epiderme incluem os melanócitos, que contribuem para a cor da pele, as células de Langerhans, que fazem parte do sistema imunológico e as células de Merkel, que são células epidérmicas especializadas associadas a terminações nervosas.
1.2. Derme
A derme é responsável pela maior parte da resistência estrutural da pele. É constituída por tecido conjuntivo (frouxo e denso), substância fundamental amorfa, fibras (colágenas, elásticas e reticulares), células (fibroblastos, células adiposas, macrófagos, mastócitos, plasmócitos, leucócitos), vasos sanguíneos, terminações nervosas, folículos pilosos, glândulas e vasos linfáticos.
A derme encontra-se dividida em duas camadas principais: a camada reticular (conjuntivo denso), mais profunda, e a camada papilar (conjuntivo frouxo), mais superficial.
As principais funções da pele:
· Sensorial
· Pigmentação
· Termorregulação
· Absorção
Figura 1: Representação das camadas presentes na pele.
Diferenças biológicas e funcionais da pele negra
1 
Epiderme
A quantidade de melanina na epiderme é maior nos indivíduos negros, sem diferenças no número de melanócitos. Aquela se deve a variações no número, tamanho e agregação de melanossomas nosmelanócitos e nos queratinócitos. Pele negra tem melanossomas grandes, não-agregados, com número aumentado na camada basal e distribuídos por todas as camadas da epiderme. Pele branca tem melanossomas pequenos e agregados, alguns nas camadas basal e malpighiana, estando ausentes nas camadas superiores da epiderme. (Figura 2)
Figura 2: Ilustração das organelas elípticas Melanossomas
O conteúdo de melanina confere, naturalmente, fator de proteção solar (FPS) de 13,4 à pele preta, sendo a camada malpighiana o principal local de filtração da radiação ultravioleta; nos brancos é a camada córnea.
O extrato córneo na pele negra contém mais camadas de células do que na pele branca, porém a espessura é igual em ambas, mostrando que é mais compacto na negra, provavelmente por maior coesão intercelular. Não há consenso sobre as diferenças entre as raças na função de barreira exercida pela pele.
1 
1.1 
Derme
Não há diferença na espessura da derme entre negros e brancos, mas parece haver em alguns aspectos celulares. Os fibroblastos da pele negra são maiores, bi ou multinucleados, em maior número e hiperativos, o que, combinado à diminuição da atividade da colagenase, pode originar a formação de queloide, de incidência maior em negros. Os feixes de fibras colágenas são menores e dispostos mais paralelamente à epiderme, notando-se muitas fibrilas colágenas e fragmentos de glicoproteínas no interstício dérmico. Os macrófagos são maiores e mais numerosos, não havendo diferenças de origem racial nos mastócitos.
A pele negra, então, possui uma quantidade maior de eumelanina, em proporção à feomelanina. Isso faz com que a pele apresente coloração mais escura, ou seja, além da proteção contra estímulos e agressões da poluição e raios ultravioletas, a pele negra também possui uma defesa natural contra a luz visível, já que sabemos que a cor também é barreira contra os raios dessa mesma luz.
A pele negra também possui menos reações à inflamação, o que facilita na utilização de alguns recursos na estética.
Características da pele negra
Segundo a dermatologista Teresa Noviello, apesar de ter a melanina como uma forte aliada na proteção contra agentes externos, a pele negra também pode ser atingida por de carcinomas e está mais sujeita a eclosão de manchas e olheiras.
A pele negra é naturalmente mais firme e protegida contra o sol, escondem os efeitos do fotoenvelhecimento e sofrem menos com rugas e flacidez. Além disso, as tonalidades dão à pele um brilho único. Mas precisam sim de cuidados especiais.
Diferenças Étnicas: Negroides e caucasoides
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Diferenças Étnicas 
Apesar do fato de que a grande maioria dos sujeitos na Terra são sujeitos com pele de cor, há muito pouca, e muitas vezes contraditória, informação sobre suas diferenças na estrutura e função da pele, além das diferenças inerentes de coloração da pele e sensibilidade à irradiação.
Existem diferenças sutis nas definições de ‘étnico’ e ‘raça’; no entanto, eles são geralmente usados alternadamente na literatura. Na realidade, porém, ‘étnico’ geralmente define grupos mais amplos de populações com cultura e / ou língua comum (ou seja, mongoloide). ‘Raça’, ao contrário, define uma população específica em termos de semelhanças genéticas (por exemplo, japoneses). De acordo com sua definição, uma raça é classificada geneticamente. Desta forma, cinco agrupamentos de raças foram propostos: (figura 3)
Caucasoide: europeus, pessoas do Oriente Médio e Índia.
Negroide: negros africanos, afro-americanos, caribenhos africanos.
Mongoloides: Leste Asiático, Indonésios, Polinésios, Micronésios, Ameríndios, Esquimós.
Austrália: Aborígines, Melanésios, Papuas, Tribal Folk da Índia, Negritos.
Capoid: tribo Kung San da África.
Os mais conhecidos são:
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2.1 
· Caucasoides: Originários da Europa, Mediterrâneo, e Norte Da África. Apresentam cabelos ondulados e pelos em abundância distribuídos pela face e corpo. A pele é clara, e ligeiramente morena e o nariz é estreito. 
· Negroides: Originários da África sua característica marcante é a pele escura, cabelo crespo, nariz largo e geralmente achatado (STEINER, 1996).
Figura 3: Modelos mulheres de diversas etnias.
Sistema Melanocitários
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A cor da pele é uma das características mais marcantes que diferenciam indivíduos brancos e negros, ela depende de quatro pigmentos básicos. 
Encontrados na epiderme: a melanina produzida nos melanócitos, (Figura 4), os carotenoides de produção exógena e cor amarelada, e ainda sofrem a influência da Oxiemoglobina e a hemoglobina encontrada na derme. Dentre estes a melanina é o principal fator determinante (BRITZ e KEDE, 2004).
Portanto, há que se enfatizar que a cor da pele, e como consequência as diferenças raciais, não ocorrem em função dos números de melanócitos existentes mais sim em função do tamanho, morfologia, distribuição e grau dos melanossomas.
A diferença na velocidade e produção de melanina, entre as peles brancas e negras. A relação entre síntese de eumelanina e feomelanina é maior em negros do que em brancos, porém este não é o principal fator de diferenciação. 
O tamanho, a densidade e a distribuição dessas estruturas explicam as diferenças de pigmentação entre várias raças, bem como as nuances de tonalidade dentro de uma mesma raça (BRITZ E KEDE, 2004). 
A pele negra tem melanossomas grandes e não-agregados, estão dispersos individualmente no citoplasma do queratinócitos e apresentam tamanho maior (800 nm), não sendo degradados e chegando intactos a camada córnea. Na pele branca, tem melassomas pequenos (400nm) e agrupados entre si em números de três no interior dos queratinócitos, sendo degradados por enzimas nas camadas superficiais da epiderme. (ALCHORNE E ABREU, 2008, STEINER, 2009).
Figura 4: Representação da célula do melanócito
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4.1 
Coloração da pele 
A coloração da pele e dos pelos existe devido a presença de uma proteína chamada melanina que pode ser classificada em 2 dois tipos de pigmento:
 	Eumelanina: pigmento amarronzado/enegrecido que dá a caracterização de peles morenas e negras [Fototipos III, IV, V e VI].
Feomelanina: pigmento amarelado/avermelhado que dá a caracterização de peles ruivas e loiras [Fototipos I, II e III].
Figura 5: Diversas mulheres com pigmentação de pele divergentes.
Fototipos mais altos possuem menores chances de desenvolverem câncer de pele. Pois possuem grande quantidade de melanina, que age como um antioxidante e uma barreira nuclear, evitando assim a morte excessiva e alterações no DNA das células. 
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5.1 
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5.3 
Fototipagem
A fototipagem da pele se refere a um esquema de classificação da pele com base em como a pele responde à exposição ao sol. A classificação de Fitzpatrick é o método mais amplamente aceito de fototipagem da pele, com base na tendência da pessoa a queimaduras solares e na capacidade de se bronzear. Além de estimar a dose terapêutica inicial de luz a fototipagem da pele também é útil para prever o risco de fotodanos e câncer de pele e o resultado de procedimentos estéticos. Técnicas para tipificar a pele objetivamente foram desenvolvidas para abordar as deficiências associadas à classificação subjetiva de Fitzpatrick. 
Tabela 1: Representação da tabela de Fitizpatrick. Fonte: sbd.com.br
Influência da Cultura Brasileira 
4 
A beleza 
A beleza é um conceito que se refere a tudo aquilo que se mostra atrativo, sugestivo e nos desperta uma intensa emoção. Nossos sentidos percebem as formas, as cores e as sensações, sendo que algumas delas são consideradas belas.
O belo é algo que apresenta alguma peculiaridade especial e chama nossa atenção. Este algo pode ser a harmonia, o equilíbrio, a aparência chamativa ou qualquer outro elemento.
Beleza e mulheres
Naomi Wolf, em seu livro O mito da beleza nos alerta pra toda essa obsessão pela busca da beleza pelas mulheres, enquanto os homens estudam, viajam e curtem, a mulher aprende desde sempre que a construção de um corpo belo deve ser prioridade em sua vida, tenho ouvido muito a fala: “Se eu não fizesse essa cirurgianão poderia ser feliz”, ou “Se eu não emagrecesse não teria como me sentir bem”, ou ainda “ “se eu não cuidasse do meu corpo não encontraria um cara legal para casar”, mesmo parecendo falas do século passado, essas afirmações ainda são presentes.
CARNEIRO e FERREIRA, 2014 citam o discurso: Mulheres negras seguem com identidades de resistência, apesar das representações sociais estereotipadas e dos preconceitos vividos.
“Ainda hoje a gente vê uma pequena parte de mulheres negras representada na mídia, muito pouco ainda, apesar de o país ser mais negro do que branco, o que você vê mais na mídia é a tonalidade clara, então a representatividade da mulher negra na mídia está bem pouquinha com relação à realidade. Vejo muitas adolescentes induzidas por essas questões da mídia renegando até mesmo suas origens, o seu cabelo afro, vejo muitas querendo ser algo que não é real, cabelo escorrido que não é a característica dela, então eu acredito que isso causa um sofrimento na pessoa. Até ela ter consciência de que ela não precisa ser aquilo pra se sentir bem, é um caminho muito longo e acredito que tem mulheres que nem chegam a essa consciência, muitas envelhecem com a sensação de que precisam mudar para se sentir bem, pra se sentir mulher. Eu acredito que é uma imposição, uma ditadura, para elas se sentirem inseridas até no mercado de trabalho elas teriam que fazer uma transformação na estética, no biótipo físico, porque a ditadura percorre até o mercado de trabalho. Deve ser um conflito, eu tenho que ser o que a sociedade quer que eu seja, e os caminhos são tão difíceis, às vezes impossíveis. É muito difícil para as mulheres que não são estimuladas a gostarem delas do jeito que realmente são. Essa coisa de padrão europeu ainda existe; branco, de olho azul, nariz afilado, mas eu acho que existe em menor escala. Você já vê a negra competindo igual com a branca com relação à beleza. Tem uma atriz negra que ganhou o Oscar, uma magrinha, linda. Isso já é um grande avanço, agora está em 1432 capa de todas as revistas americanas. Então a gente já está vencendo esse padrão branco e a ideia de que negro que é feio. O Black está na moda, você vê na TV negras com cabelo Black, as mães já estão passando para as filhas, desde criança que não tem que alisar o cabelo. Acho que melhorou bastante, mas ainda existe, a TV ainda passa muito aquele padrão, e ainda tem a magreza, a maioria das mulheres brasileiras tem bundão, não tem aquele corpo esquelético. Apesar disso, acho que está tendo uma maior consciência, porque antes tinha vergonha por ser negra, e hoje, elas já tão trazendo os filhos já com a consciência que é bonito ser negro. É uma luta, isso vem de uma luta muito grande do movimento negro. O Ilê Ayê mesmo tem uma luta muito grande nessa conscientização das pessoas negras se amarem, se acharem lindas, tem a noite da beleza negra mesmo, que é um espetáculo. E esse trabalho está refletindo principalmente nas periferias, você vê mulher com turbante aqui em Plataforma, crianças e meninas com cabelo Black.”
Miss Universo negras
5 
JANELLLE “PENNY” 1977
Janelle 'Penny' Commissiong Chow é uma rainha da beleza trinitina, eleita Miss Universo 1977, em 16 de julho daquele ano, em Santo Domingo, República Dominicana. Ela foi a primeira negra a conquistar o título depois de 25 anos de existência do concurso.
Figura 6: Primeira miss negra Janelle 'Penny' Commissiong Chow sentada a cadeira com sua faixa e coroa.
CHELSI SMITH 1995
Foi uma rainha da belza norte-americana, eleita miss Universo 1995 em Windhoek, Namíbia, em maio daquele ano. Ela foi a primeira mestiça da históriaa a ser coroada Miss Universo. 
Figura 7: Miss Chelsi Smith segurando um buquê após sua premiação, usado faixa e coroa.
WENDY FITZWILLIAM 1998
Wendy Marcelle Fitzwilliam foi rainha da beleza de Trinidad e Tobago e Miss Universo 1998, a segunda negra a vencer este concurso internacional. Ela foi eleita em 12 de maio daquele ano em Honolulu, Havaí, derrotando candidatas de outros 80 países. 
Figura 8: Miss Wendy Marcelle Fitzwilliam
	ZOZIBINI TUNZI 2019
Ela conquistou a coroa de miss universo no anos de 2019, foi a quinta negra eleita dentre 69 adições do Miss Universo.
Vale resaltar que este titulo não foi conquistado somente por conta da sua belza fisica. Ela também venceu pela sua personalidade, inteligência e outros atributos.
Figura 9: Seleção de fotos da Zozibini Tunzi Miss Universo 2019
Maquiagem na pele negra
Com iluminadores, usa-se os dourados mais escuros e evita-se os muito claros. Há necessidade de identificar se o tom de pele é quente ou frio, pois isso será importante para escolher o tom de base e não deixar a pele avermelhada, acinzentada ou amarelada. A base deve ser no tom mais próximo do contorno do rosto, pois, geralmente, a pele negra possui as bordas mais escuras e o centro do rosto mais claro. O ideal é que a cor seja mais próxima do tom do contorno do rosto.
Geralmente as morenas e negras tem as olheiras mais escuras que o tom da pele. Usa-se o corretivo dois tons mais claro e depois usa-se uma base ou pó da cor da pele para igualar. Para neutralizar olheiras, há preferência em cores como coral, amarelo mostarda e vermelhos, pois o corretivo amarelo torna-se muito claro para corrigi-las. Em toda a pálpebra, até o canto da sobrancelha, aplica-se uma base ou corretivo um pouco mais claro do que a cor de pele.
Para corrigir as sobrancelhas, os tons de marrons, castanhos e até mesmo preto são indicados para dar contorno, preencher e realçar o formato natural.
Figura 10: Maquiagem mulher negra.
Cabelo 
Ao longo dos séculos há uma história cheia de significados. É tido como um elemento visível de caráter identitário e símbolo de hierarquia da relação de poder entre vários povos. A história do cabelo é marcada por intolerância social aos despenteados, pois para a maioria dos povos e religiões é na cabeça e na região do corpo que provem a força vital de uma pessoa, sendo assim, o desleixo é tido como sinal de insanidade, atribuído aos loucos, beatos e bruxos.
Entre os movimentos que surgiram pode-se citar o Black is Beautiful ocorrido na década de 60 nos Estados Unidos, que instigava o uso do Black Power como expressão do povo negro aos direitos como cidadãos americanos, abordando além de questões políticas, a estética negra como um ato a ser respeitado.
O cabelo, portanto, é tido como símbolo da resistência de uma cultura imposta, que ao invés de pregar a naturalização das suas características, estimula sua modificação como forma de aceitação. 
A defesa da utilização do rastafari é visto como uma luta que traz a afirmação do negro perante a sociedade, valorizando seus traços, preservando seus fios, seus costumes, suas vestimentas e sua estética natural.
Estereótipo de cabelo na atualidade
 O cabelo como marca identitário torna-se um meio de afirmação da autenticidade negra na sociedade, sendo fundamental para demonstrar a estética negra.
No Brasil houve um aumento do mercado estética negro, juntamente enaltecimento dos aspectos naturais da raça, que atrai grande investimento e capital. A produção de produtos voltados para buscar a autoestima Black resulta na implantação de produtos cosméticos como xampus e outros.
Dermatoses comum de pele negra 
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Hiperpigmentação
A hiperpigmentação ocorre por um aumento de melanina, e quando na epiderme, resulta em coloração marrom-claro ao escuro da pele. 
A hiperpigmentação pode surgir após traumas repetidos na pele, como fricção e escoriações em dermatoses pruriginosas como escabiose, dermatite atópica, pruridos, dermatofitose, líquen simples crônico, após dermatite de contato, principalmente quando há fototoxicidade com o uso de perfumes e colônias, contendo psoralenos de bergamota, manuseio de frutas cítricas e figo.
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Hiperpigmentação-pós-inflamatória
A hiperpigmentação pós-inflamatória também conhecida como alteração pigmentar pós-inflamatória é causada por uma variedade de distúrbios da pele. Condições menores como acne, eczema e reações alérgicas podemcausá-la. Eventos cutâneos mais sérios, como queimaduras, cirurgias e traumas, ou tratamentos como peelings químicos e ressuperficialização a laser podem precipitá-la.
 Discromias
A hiperpigmentação perioral é queixa frequente das mulheres negras. Afeta a pele adjacente aos ângulos da boca. A melanose da área malar é observada em indivíduos com mais de 50 anos. Não tem predileção por sexo, mas parece estar relacionada à atopia quando ocorre em mulheres jovens.
A hiperpigmentação palmo plantar é comum, e quanto mais pigmentada for a pele do indivíduo, maior a possibilidade de ocorrência. A hiperpigmentação da linha média ocorre em percentual que varia de 30% a 40% dos indivíduos negros. A mancha mongólica ocorre em percentual que varia de 40% a 90% dos neonatos negros. A hiperpigmentação da mucosa oral ocorre nas gengivas e, menos frequentemente, na mucosa julga, no palato e língua.
O grau de pigmentação da mucosa não se correlaciona com o da pele. A melanoníquia ungueal longitudinal ocorre em cerca de 50% dos indivíduos negros, sendo a frequência e a intensidade da pigmentação relacionadas ao aumento da idade.
Acne
 A incidência da acne em indivíduos de pele negra é alta, apesar de ser pouco menor do que a observada na pele branca. Parece haver maior densidade de Propionibacterium acnes, sem conclusões definitivas sobre diferenças no tamanho e atividade das glândulas sebáceas. 
As lesões nódulo-císticas são menos frequentes, mas mesmo lesões sem inflamação clínica, como as comedoneanas, têm alto grau de inflamação histológica, o que pode explicar o fato de deixarem intensa hiperpigmentação pós-inflamatória.
Formas de tratamento e Prevenção
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Tratamentos para Hiperpigmentação e hipopigmentação pós-inflamatória
O tratamento é trabalhoso e lento, sendo essencial tratar a enfermidade inflamatória que originou o distúrbio pigmentar. Camuflagem e fotoprotetores são úteis. As opções para a hipo-pigmentação incluem os corticosteróides e os psoralenos associados à luz ultravioleta.
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1.1.1. Peeling ácido mandélico
O ácido mandélico é um ácido alfa-hidroxi derivado de amêndoas amargas, mas é mais suave do que alguns outros alfa-hidroxi-ácidos, como o ácido glicólico e o ácido lático. Eles trabalham esfoliando as camadas de pele morta, rompendo os laços entre as células para revelar uma pele mais clara e brilhante, além de ajudar a limpar os poros e criar um tom mais uniforme. Assim como qualquer ácido normal, evite o uso de retinol por pelo menos três a cinco dias antes. Você definitivamente deve parar de usar Retin-A e evitar o contato com qualquer tratamento ácido com pelo menos duas semanas de antecedência. Além disso, esse ácido não deve ser aplicado na pele bronzeada ou queimada pelo sol.
1. Pré-peeling
Como o próprio nome já indica, por ser “pré” ele consiste em um produto cosmético utilizado antes da aplicação do peeling. Sua função é preparar a pele para receber melhor o procedimento, reduzindo a barreira cutânea a partir de uma solução “desengordurante”, na formulação e concentração ideal para se alcançar o objetivo. Por isso é importante que conte com uma sinergia inteligente, como a associação de ácidos de ação queratolítica visando esse preparo da pele a partir da remoção do excesso de oleosidade, de células mortas e impureza, resultando na redução de barreira.
1. Argila
A argila branca possui um alto percentual de caulinita, alumina e sílica. Ela tem o pH muito próximo ao da pele e, por isso, é a mais suave. Tem ação antisséptica e cicatrizante, além de absorver a oleosidade sem desidratar a pele. A Argila Branca é altamente indicada para peles mais sensíveis, envelhecidas, desidratadas ou acneicas, pois trata esse tipo de pele sem descamar, nem retirar a hidratação natural nem proporcionar adstringência excessiva. é recomendada para peles sensíveis e desidratadas. Contém o maior percentual em alumínio e seu pH é muito próximo ao da pele. É uma das mais populares e procuradas, pois oferece ação anti oleosidade, bactericida, adstringente, tonificante, estimulante, secativa, cicatrizante, altamente adstringente e analgésica. Todo esse conjunto faz dela uma aliada essencial para quem sofre com pele oleosa/acne. As máscaras com argila verde vêm sendo amplamente utilizadas para combater problemas diversos em peles oleosas.
1. Pó de perola 
O pó de pérola é feito fervendo pérolas frescas ou de água salgada (para esterilizá-las) e depois moendo-as em um pó fino e macio com textura semelhante à farinha ou amido de milho. O produto contém:
Aminoácidos: Esses blocos de construção de proteínas são essenciais para o corpo funcionar corretamente. Eles estimulam as células da pele a produzir colágeno, promovem a reparação e hidratação celular e protegem a pele da poluição e de elementos externos;
Minerais: O pó contém mais de 30 minerais, incluindo magnésio e potássio, que ajudam a manter a saúde da pele;
Cálcio: Ele promove a regeneração e a umidade da pele. Também ajuda a regular a renovação do sebo e das células. Tomado por via oral, o cálcio ajuda na força óssea e pode combater a osteoporose;
Antioxidantes: Diz-se que o pó de pérola aumenta dois dos antioxidantes mais abundantes do corpo: superóxido dismutase e glutationa. Esses antioxidantes podem ajudar a combater doenças e podem até prolongar a vida, seus benefício para a pele então são: 
•	melhorar tônus,
•	clarear a pele
•	amenizar rugas,
•	tratamento de queimaduras,
•	aliviar coceiras na pele
•	proteção contra raios solares.
Caso clínico 
Mulher, 27 anos, hipercromia pós-inflamatória, fototipo entre 5 e 6, não sendo fumante, tendo uma alimentação balanceada, não faz tratamento médico, usa clenil, já usou ácidos na pele vitanol A, vitacide, ciclo menstrual regular, não usa anticoncepcional, cuidados diários e produtos de usa protetor sola e cremes para acne, não tem costume de tomar sol. 
	Figura 11: Mulher negra com hipercromia pós-inflamatória antes de se iniciar o tratamento.
Figura 12: Modelo após uma semana de aplicação do Pré-Peeling
Figura 13 Prescrição do Pré-peeling
Peeling 
Referências 
Wikipédia, a enciclopédia livre [homepage]. Raça. [acesso 12 Jan 2008]. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%A7a.
Mariane Fraga; Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade 
do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. 
2
 – Naiara Matos; Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade 
do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. 
Ana Julia von Borel du Vernay França- ; Professora do Curso de Cosmetologia e 
Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa 
Catarina.
PADRÕES DE BELEZA, RAÇA E CLASSE: REPRESENTAÇÕES E
ELEMENTOS IDENTITÁRIOS DE MULHERES NEGRAS DA PERIFERIA DE SALVADOR – BA. 18° Redor Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife – PE 24 a 27 de novembro 2014 Disponível em http://www.ufpb.br/evento/index.php/18redor/18redor/paper/viewFile/2136/718 Acesso em: 10 de nov. de 2020.
https://cuidai.com.br/po-de-perola/#:~:text=O%20p%C3%B3%20de%20p%C3%A9rola%20%C3%A9,para%20o%20corpo%20funcionar%20corretamente
https://www.minhavida.com.br/beleza/tudo-sobre/17759-acido-hialuronico
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962008000100002
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/download/10287/5461&ved=2ahUKEwjNo_f597HtAhWXLbkGHaTzBPIQFjAOegQICRAB&usg=AOvVaw2yKnskjRvjL0om_WYlvFuV
Trabalho realizado no Curso de Pós-Graduação em Dermatologia Clínica e Cirúrgica – Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina
(Unifesp/EPM) – São Paulo (SP), Brasil.

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