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PROJETO INTEGRADOR - Parque de diversão sustentável

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CENTRO UNIVERSITÁRIO – CATÓLICA DE SANTA CATARINA EM JARAGUÁ 
DO SUL 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
DISCIPLINA DE PROJETO INTEGRADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARQUE DE DIVERSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JARAGUÁ DO SUL 
JUNHO/2016 
 
 
 
 
PARQUE DE DIVERSÃO 
 
 
Relatório apresentado à Disciplina de 
Projeto Integrador, do curso de 
Administração, Matutino, Linha de 
Formação em do Centro Universitário 
– Católica de Santa Catarina em 
Jaraguá do Sul. 
ORIENTADOR 
Professor Flavio Knihs – Rsponsável 
de Projeto Integrador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JARAGUÁ DO SUL 
JUNHO/2016 
 
 
 
PARQUE DE DIVERSÃO 
 
 
Relatório apresentado à Disciplina de Projeto 
Integrador do Curso de Administração – Linha de 
Formação em Gestão Empresarial do Centro 
Universitário - Católica de Santa Catarina em Jaraguá 
do Sul. 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA 
 
 
 
Jaraguá do Sul, 30 de Junho de 2016. 
 
 
 
 
 
 
CRITÉRIO NOTA PESO 
APRESENTAÇÃO ESCRITA E 
NORMATIZAÇÃO 
 3,0 
CONTEÚDO 4,0 
RELATÓRIO PARCIAL COM OS 
CAPÍTULOS DE FUNDAMENTAÇÃO 
TEÓRICA E METODOLOGIA 
 
2,0 
CUMPRIMENTO DOS PRAZOS 1,0 
MÉDIA 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
SUMÁRIO 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................................................. 10 
2.1 SUSTENTABILIDADE ..................................................................................................................... 11 
2.2 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL ................................................................ 12 
2.3 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS SUSTENTÁVEIS .................................................................. 15 
2.3.1 Ciclo de vida do produto .......................................................................................................... 15 
2.3.2 Minimização dos recursos ........................................................................................................ 16 
2.3.3 A Escolha de recursos e processos de baixo impacto ambiental ............................................. 17 
2.3.6 Desmontagem .......................................................................................................................... 19 
2.4.1 O ambiente sociocultural ......................................................................................................... 21 
2.4.2 Ambiente demográfico ............................................................................................................ 22 
2.4.4 Ambiente tecnológico .............................................................................................................. 24 
2.4.5. Ambiente político legal ........................................................................................................... 24 
2.4.7 Oportunidades e ameaças........................................................................................................ 26 
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA .................................................................................................... 29 
3.1.1 Pesquisa exploratória ............................................................................................................... 30 
3.1.2 Pesquisa descritiva ................................................................................................................... 31 
3.1.3 Pesquisa qualitativa.................................................................................................................. 32 
3.1.4 Pesquisa quantitativa ............................................................................................................... 32 
3.2 POPULAÇÃO ALVO ....................................................................................................................... 33 
3.3 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................................. 37 
3.3.1 Dados primários e dados secundários ..................................................................................... 38 
3.3.2 Métodos de coleta ................................................................................................................... 39 
3.3.3 Tipos de instrumentos de coleta .............................................................................................. 40 
3.3.5 Métodos de análise de dados .................................................................................................. 42 
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................................................ 44 
4.1 DESCRIÇÃO DO SERVIÇO ............................................................................................................. 45 
4.2 ANÁLISE DO MACROAMBIENTE .................................................................................................. 50 
4.2.1 Ambiente sociocultural ................................................................................................................ 51 
4.2.2 Ambiente demográfico ................................................................................................................ 54 
4.2.3 Ambiente econômico ................................................................................................................... 56 
Tabela 2 – Valor atualizado do INSS em 2016 ...................................................................... 57 
Tabela 3 – Principais índices de imposto de renda do Brasil .............................................. 57 
4.2.4 Ambiente tecnológico .................................................................................................................. 59 
4.2.5 Ambiente político legal ................................................................................................................ 62 
4.2.6 Ambiente natural ......................................................................................................................... 65 
4.2.7 Oportunidades e ameaças............................................................................................................ 66 
4.3 PROCESSO DE OPERAÇÃO ........................................................................................................... 67 
4.3.2 Responsabilidade Social ............................................................................................................... 74 
4.3.3 Instituto Beto Carrero .................................................................................................................. 75 
4.3.4 Tecnologia .................................................................................................................................... 75 
4.3.5 Layout ........................................................................................................................................... 77 
4.3.6 Fluxograma ................................................................................................................................... 80 
4.4 PESQUISA DE BENCHMARKING ................................................................................................... 81 
4.4.1 Walt Disney World ....................................................................................................................... 81 
4.4.2 Europa Park .................................................................................................................................. 82 
4.4.3 Port Aventura Park ....................................................................................................................... 83 
4.4.4 O Mundo da Xuxa ......................................................................................................................... 83 
4.4.5 Hopi Hari.......................................................................................................................................83 
4.4.6 Jora Entertainment ....................................................................................................................... 85 
4.5 PROPOSTAS DE SUSTENTABILIDADE ........................................................................................... 85 
4.5.1 Cultivo protegido de frutas e verduras ........................................................................................ 86 
4.5.2 Instalação de painéis solares ........................................................................................................ 86 
4.5.3 Gestão ambiental ......................................................................................................................... 87 
4.5.4 Transporte sustentável ................................................................................................................ 87 
4.5.5 Cardápio e alimentação sustentável ............................................................................................ 88 
4.5.6 Reciclagem dos resíduos .............................................................................................................. 88 
4.5.7 Oficinas de conscientização ......................................................................................................... 89 
4.5.8 Parcerias sustentáveis .................................................................................................................. 89 
4.5.9 Energia eólica ............................................................................................................................... 90 
4.6 IMPACTO DAS PROPOSTAS DE SUSTENTABILIDADE NA GESTÃO ................................................... 91 
Considerações finais .............................................................................................................................. 94 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Nome: Adriano Ferraz 
E-mail:ferraz@catolicasc.org.br 
Empresa onde trabalha: Weg Fone: 9192-9642 
Setor: Montagem 
Ramo de Atividade: Indústria 
 
Nome:Fabriza Ana Ogawa 
E-mail: fabriza.santos@catolicasc.org.br 
Empresa onde trabalha: Fone: 9208-7526 
Setor: 
Ramo de Atividade: 
 
 
Nome: Geovane Gelsleichter 
E-mail: geovane.gelsleichter@catolicasc.org.br 
Empresa onde trabalha: Malwee Fone: 9722-8622 
Setor: Varejo 
Ramo de Atividade: Indústria 
 
 
Nome: João Emanuel Fagundes 
E-mail: joao.fagundes@catolicasc.org.br 
Empresa onde trabalha: Duas Rodas Fone: 8916-1815 
Setor: Spray 
Ramo de Atividade: 
 
 
Nome: Mariane da Silva Motta 
E-mail: mariane.motta@catolicasc.org.br 
Empresa onde trabalha: Marisol Fone: 9139-7104 
Setor: Produto calçados 
Ramo de Atividade: Vestuário
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O tema proposto para o projeto é de um Parque de Diversão e apresentamos 
que muito mais que divertido, um parque de diversão pode trazer benefícios a 
comunidade e também ao planeta se tornando um local de prática sustentável. 
Conforme Froehlich (2014) a sustentabilidade pode ser analisada a partir de 
5 diferentes dimensões, sendo elas econômica, social, ecológica, cultural e espacial 
nas quais todas elas tem um impacto tanto num contexto global e empresarial, como 
um grande impacto nas cidades locais. 
O ramo de parque de diversão, além de lucrativo, para os próprios donos, 
conseguem alavancar as regiões próximas transformando em pontos turísticos, 
assim ajudando no desenvolvimento da cidade, estado e país, gerando empregos a 
população, utilizando assim das riquezas naturais e de mão-de-obra do próprio local. 
Iremos apresentar no decorrer do trabalho, as maneiras de diminuir os 
impactos ambientais que esse tipo de negócio pode apresentar. Um parque de 
diversão de grande porte, por sua vez, podem caracterizar certos desafios no que 
tange sustentabilidade por oferecer impactos negativos a natureza. 
Ao oferecer um serviço, é necessário compreender os possíveis concorrentes 
e para isso é importante que os gestores façam uma análise de mercado e saiba 
planejar estrategicamente seus diferenciais, estando preparados para as variáveis 
culturais, sociais, políticas, tecnológicas e econômicas, sabendo que quando se 
investe no mercado de negócios estão sujeitos à oportunidades e ameaças de 
crescimento que poderão fazer com que seus negócios seja rentável ou inviável. 
Portanto, é indispensável investir em um negócio a partir de um bom planejamento 
estratégico. 
 
 
10 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A sustentabilidade abrange as mudanças que o desenvolvimento sustentável 
oferece para as organizações e o mundo. Para tanto, mesmo que haja grande 
investimento por parte dos mesmos em busca da preservação ambiental, pode-se 
notar que essas mudanças têm acontecido lentamente diante as dificuldades que o 
ecossistema tem enfrentado nos últimos tempos, mesmo que o termo 
sustentabilidade seja um assunto altamente antigo e severamente discutido e 
colocado em palta como grande importância para o planeta, no qual se torna imensa 
a responsabilidade das grandes empresas e potências mundiais em contribuir para a 
diminuição do impacto ambiental. A sustentabilidade pode ser analisada em 
dimensões econômicas, sociais, ecológicas, cultural e espacial. 
Nesse contexto é abordada a sustentabilidade, na qual a importância da 
conscientização tanto para a comunidade e para o meio ambiente reduz ou eliminam 
os impactos ambientais. 
O presente trabalho aborda também a importância e função dos indicadores 
de sustentabilidade empresarial, que podem mensurar e indicar o desempenho das 
organizações ao termo sustentabilidade ao tomarem decisões e ações que servem 
de impacto positivo ou negativo para o ecossistema. É possível dimensionar a 
proximidade das empresas às dimensões econômica, social e ambiental. 
Ao apresentar os termos de sustentabilidade e seus indicadores, é importante 
citar também a prática de desenvolvimento de produtos sustentáveis, que traz real 
sentido a todos os assuntos tratados no presente relatório. O assunto é de extrema 
importância por relatar as práticas do processo de produção dos produtos e o 
impacto que o processo produtivo pode causar para a organização e ambiente ao 
envolver questões ambientais à criação de cada produto lançado e desenvolvido. 
Desenvolver produtos sustentáveis é criar mercadorias de qualidade, com baixo 
custo e alta lucratividade. Para tanto, foram abordadas as estratégias do ciclo de 
vida do produto, a minimização dos recursos, escolha de recursos e processos de 
baixo impacto ambiental, a otimização da vida dos produtos, extensão da vida dos 
materiais e desmontagem. 
É necessário estar atento as oportunidades e ameaças que o ambiente 
externo à organização pode causar ao negócio da empresa, bem como o serviço 
oferecido ou a produção de novos produtos. Para tanto, será apresentado no 
11 
 
relatório o embasamento teórico a cerca de Macroambiente e os ambientes que o 
compõe. Serão citados no relatório os ambientes sociocultural, demográfico, 
econômico, tecnológico, político legal, natural e as oportunidades e ameaças que 
podem influenciar na capacidade de produção e faturamento de cada organização e 
seus respectivos tipos de negócio (OS ORGANIZADORES, 2016). 
2.1 SUSTENTABILIDADE 
 
 O termo sustentabilidade não é totalmente aceita no mundo, por se tratar de 
algo muito novo acerca do que se refere ao termo. De modo mais prático, a 
sustentabilidade empresarial pretende avaliar as dimensões ambiental, social e 
econômica no nível da organização (PINTO, 2005). 
O conselho empresarial em conferênciano rio de janeiro em 1992, admite que 
o progresso em direção ao desenvolvimento sustentável é um bom negócio, pois 
consegue-se criar vantagens competitivas e novas oportunidades (DIAS, 2011). 
O termo “desenvolvimento sustentável” vem causando mudanças nos 
modelos de desenvolvimento dos países desenvolvidos. O funcionamento destes 
modelos vai contra a sustentabilidade, pois derrubava a capacidade de recuperação 
dos ecossistemas e consumia rapidamente o capital natural. Segundo Ezio Manzini, 
nossa sociedade e as gerações futuras dependem em longo prazo do 
funcionamento daquele “mix” de ecossistemas que por simplicidade chamamos de 
natureza. O que os países e empresas estão fazendo, seja em novas tecnologias, 
redesign, para frear os impactos no meio ambiente parecem ser insuficientes 
(MANZINI; VEZZOLI, 2005). 
Froehlich (2014) afirma que a sustentabilidade pode ser analisada a partir de 
diferentes dimensões e num contexto global e não apenas empresarial, o conceito 
de desenvolvimento sustentável apresenta cinco dimensões: 
a) Econômica: Avaliada no sentido macroeconômico, se torna possível por 
alocação e gerenciamento de recursos e de investimentos públicos e privados 
de origem endógena com objetivos de assim crescer. 
b) Social: É o desenvolvimento sustentável que busca uma sociedade 
equilibrada com um novo estilo de vida adequado ao momento e ao futuro, 
visando uma melhoria significativa na qualidade de vida da população 
12 
 
mundial, com melhor distribuição de renda, melhorias na saúde, na educação 
e oportunidades de emprego. 
c) Ecológica: Neste quadrante, a maior preocupação é o uso racional dos 
recursos naturais, o consumo de combustíveis fósseis, de recursos 
renováveis em geral, reduzirem o volume de resíduos e de poluição através 
das políticas 3R (reduzir, reciclar, reutilizar), reforçar a pesquisa para a 
obtenção de tecnologias de baixo teor de resíduos e eficientes no uso de 
recursos para o desenvolvimento urbano, rural, e industrial, definir normas 
para uma adequada proteção ambiental. 
d) Cultural: As diversidades cultural e biológica devem estar unidas em busca 
do desenvolvimento sustentável, considerando os valores culturais 
específicos de cada região, preservando a natureza e colocando em prática a 
sustentabilidade de acordo com a cultura da sociedade envolvida. 
e) Espacial: Busca um equilíbrio na distribuição da sociedade urbana e rural 
para evitar excesso da população nas áreas metropolitanas, no qual, causa 
perda da biodiversidade. Para tanto, é estimulado a agricultura e a exploração 
das florestas através de técnicas modernas, regenerativas, por pequenos 
agricultores e industrialização com tecnologia limpa. 
 
2.2 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL 
 
Para Callado (2010), as dimensões de sustentabilidade são utilizadas para 
mensurar e indicar o grau de satisfação e desempenho das organizações, bem 
como possibilitar o planejamento de ações visando melhorias no quesito de 
Sustentabilidade Empresarial, além de permitir o acompanhamento das variáveis de 
interesse da empresa. Os indicadores demonstram quanto as empresas se 
aproximam ou se afastam das diversas dimensões (ambiental, social e econômica) 
da sustentabilidade e como contribui ou podem contribuir no futuro para melhoria 
econômica, social e ambiental em nível local, regional ou global (Cunha Callado, 
2010). 
Para Weterings (1994) indicador é um parâmetro ou um valor derivado de 
parâmetros que apontam ou fornecem informações sobre o estado do fenômeno, 
13 
 
meio ou área com uma significância estendida maior que o obtido diretamente pela 
observação das propriedades. 
Os indicadores de sustentabilidade dever ser auto complementares a 
programas de acompanhamento legais existentes. Facilidade de coleta e custo 
viável, úteis como ferramenta de gestão (BEAVER; BELLOF, 2000). 
Pinto (2005) ressalta que é muito utilizado para a seleção de indicadores 
ambientais a ISSO 14031, é um bom guia para as organizações. Sendo assim os 
indicadores podem ser gerenciais, operacionais e de condições ambientais. 
Também podem ser considerados alguns aspectos culturais e econômicos (PINTO, 
Amaral). 
Bradley e Hartog (1998) propõem uma escala de valoração de 0-10, para 
mensuração dos indicadores de sustentabilidade empresarial, tomando com 
exemplo o segmento exploração e produção da indústria de petróleo (BRADLEY; 
HARTOG 1998). 
Segue a conceituação das áreas de indicadores de sustentabilidade na 
perspectiva do autor pesquisado. Pinto (2005) apresenta apenas três dimensões: 
a) Ambientais: Queima de gás, vazamento de óleo, emissões de gases 
(CO2, CFCs, etc) 
b) Sociais: Nível de emprego, educação e treinamento, segurança e saúde 
na comunidade. 
c) Econômico: Efeito dos projetos nas comunidades focais, transferência de 
tecnologia, capacitação de agentes na comunidade. 
Finalmente, os autores informam que o processo de estabelecimento de 
indicadores e metas de desenvolvimento sustentável é parcialmente científico e 
parcialmente político. A ciência descreve o impacto de um determinado poluente 
atmosférico, por exemplo, no meio ambiente. O processo político, mais abrangente, 
determina se estes impactos são prioritários ou não para a organização (Pinto, 
Amaral). 
Com todos esses argumentos conclui-se que a priorização das metas de 
desenvolvimento sustentável pode ser modificada em função de parâmetros como 
custos, tempo, regulação futura, sensibilidades ambientais, locais e opinião pública 
(PINTO, 2005) 
Hardi e Barg (1997) afirmam que para aplicar o conceito de desenvolvimento 
sustentável torna-se fundamental o estabelecimento de indicadores, objetivos e 
14 
 
metas que possam dar a medida do desempenho de um país em matéria de 
sustentabilidade. Uma vez estabelecidas às metas, poderá então em qualquer 
altura, avaliar a distância que separa a organização da meta definida. 
Os indicadores na sustentabilidade, assim como em qualquer área, são muito 
importantes para mensurar o andamento do processo. 
Os autores afirmam que estes podem ser divididos em dois grupos: 
indicadores sistêmicos e indicadores de desempenho. Os indicadores sistêmicos, ou 
descritivos, descrevem um grupo de medidas individuais para 36 diferentes questões 
características do ecossistema e do sistema social e comunicam as informações 
mais relevantes para os tomadores de decisão. 
Devido às incertezas naturais, entretanto, os sistemas são apenas 
parcialmente ratificados pela ciência e também pelo processo político. Desta 
maneira, as ferramentas de avaliação são resultantes de um compromisso entre a 
exatidão científica e a necessidade de tomada de decisão, em função do caráter 
urgente da ação. Esta limitação pode ser facilmente observável no campo social, 
onde muitas variáveis não são quantificáveis e não podem ser definidas em termos 
físicos. 
Já os indicadores de desempenho são ferramentas para comparação, que 
incorporam indicadores descritivos e referências a um objetivo político específico. 
Eles fornecem aos tomadores de decisão informações sobre o grau de sucesso na 
realização de metas locais, regionais, nacionais ou internacionais. Estes indicadores 
são utilizados dentro de diversas escalas, no campo da avaliação política e no 
processo decisório. Os índices de sustentabilidade também são indicadores que 
condensam informações obtidas pela agregação de dados. No nível mais alto de 
tomada de decisão eles são necessários, uma vez que são mais fáceis de entender 
e utilizar no processo decisório. 
Conforme Van Bellen (2008), vários indicadores de sustentabilidade foram 
desenvolvidos e testados por instituições internacionais e nacionais a partir da 
década de 90. Van Bellen (2008) ressalta que, diante da discussão sobre a validade 
e a aplicação dos métodos de mensuração dos resultados de sustentabilidade, 
existem quatro com maior destaque, ou seja, são os principaisindicadores 
internacionais de sustentabilidade identificados através de pesquisa, são eles: o 
Ecological Footprint (Pegada Ecológica), o Dashboardof Sustainability (Painel de 
15 
 
Controle da Sustentabilidade), o BarometerofSustainability (Barômetro de 
Sustentabilidade) e o Global ReportingInitiative (GRI). 
 
2.3 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS SUSTENTÁVEIS 
 
Rozenfeld (2005) afirma que desenvolver produtos consiste em realizar uma 
gama de atividades por meio da qual se busca, a partir das necessidades do 
mercado e das possibilidades e restrições tecnológicas e considerando as 
estratégias competitivas de produto da empresa, chegar às especificações de um 
produto e de seu processo de produção, para que a manufatura seja capaz de 
fabricá-lo. 
O desenvolvimento de produtos sustentáveis pode ser definido como a prática 
em que questões ambientais são integradas no processo de desenvolvimento de 
produto (WRIGHT; PEATTIE, 2003).·. 
Os atuais pressupostos de desenvolvimento de produto em empresas 
manufatureiras estão predominantemente pautados nos modelos de lucratividade 
existentes, objetivando-se a geração de mercadorias com alta qualidade, baixo custo 
e elevada lucratividade. No desenrolar dessa lógica, a dimensão ambiental tende a 
ser considerada a um custo adicional e sua inserção necessária somente quando 
imprescindível. Frequentemente os critérios ambientais são ponderados como 
secundários no processo de desenvolvimento de produtos (KAEBERNICK; KARA; 
SUN, 2003). 
2.3.1 Ciclo de vida do produto 
 
Para soluções em que haja uma redução correta e eficaz do impacto 
ambiental, é necessário considerar todo o ciclo do sistema-produto. Deve ser 
considerado todo o ciclo de vida e confecção de um produto e também as várias 
tecnologias de transformação e de beneficiamento dos materiais. Destaca-se a 
importância da etapa dos serviços de distribuição dos produtos, mesmo sendo essa 
a que causa menor impacto ambiental em relação a sua produção. 
 São utilizados diversos tipos de materiais para a produção de um produto, 
sendo assim ocasionando várias formas de impacto ambiental. Pode haver maior 
impacto ambiental na fase de produção e na fase de eliminação do produto, o peso 
16 
 
do impacto de um produto pode mudar segundo o contexto de sua produção e 
consumo. As causa e efeitos podem se manifestar em todas as fases de uma 
produção, desde a extração dos recursos, produção dos materiais, transformação, 
uso pelo consumidor e eliminação final. Todos os processos da produção do produto 
tem que analisar para se criar estratégias e minimizar os impactos causados no 
ecossistema. Portanto deve-se estar atento as fases de desenvolvimento e de 
impacto ambiental de cada produto, seja na produção, manuseio e sua utilização 
(MANZINI; VEZZOLI, 2005). 
 
2.3.2 Minimização dos recursos 
 
Para Manzini e Vezzoli (2005) reduzir o uso de matéria e energia, significa 
gerar economia ambiental e financeira. Portanto, minimização dos recursos é a 
redução dos consumos de matéria e energia para um determinado serviço oferecido 
por tal produto. 
 Segue a conceituação das estratégias para a minimização dos recursos 
apresentado por Manzini e Vezzoli (2005) no que tange as fases da produção (e pré-
produção), distribuição e uso: 
a) Minimizar o material de um produto: A economia dos recursos adquire um 
novo valor no contexto social, cultural e econômico. A minimização é a 
redução da espessura das paredes de um componente e sua 
desmaterialização própria. 
b) Minimizar as perdas e os refugos: É considerar as perdas e refugos de 
produção na fabricação além do material presente no produto acabado. É 
necessário escolher os processos produtivos e otimizar os parâmetros dos 
processos de transformação. 
c) Minimizar a energia necessária para a produção do produto: É a otimização 
do consumo de energia e insumos ligadas ao processo de produção. 
d) Minimizar o consumo de recursos no desenvolvimento dos produtos: É 
aproveitar todas as oportunidades que a tecnologia permite no que se refere a 
economia de recursos de materiais e insumos envolvidos na fabricação e 
produção de um bem ou serviço. 
17 
 
e) Minimizar o uso de recursos na distribuição: É minimizar o uso de recursos 
para as embalagens e maximizar a capacidade dos veículos usados e locais 
de armazenagem. 
f) Minimizar o uso de recursos durante o uso: É se preocupar na minimização 
dos recursos ligados especificamente as questões ambientais e refere-se a 
um sistema mais eficiente de consumo de materiais e energia. 
 
2.3.3 A Escolha de recursos e processos de baixo impacto ambiental 
 
 Para Manzini (2000) é notório que os produtos com características 
sustentáveis tem tido um maior destaque do que os produtos “convencionais”, nos 
últimos anos. 
Para que um produto seja desenvolvido com uma característica sustentável, 
ele deve atender aos seguintes requisitos: 
a) Basear-se fundamentalmente em recursos renováveis; 
b) Otimizar o emprego dos recursos não renováveis; 
c) Não acumular lixo que o ecossistema não seja capaz de renaturalizar; 
d) Agir de modo com que cada indivíduo e cada comunidade das sociedades 
ricas permaneçam nos limites de seu espaço ambiental e, que cada indivíduo e 
comunidade das sociedades “pobres” possam efetivamente gozar do espaço 
ambiental ao qual potencialmente têm direito (HOLMBERG, 1995). 
Todos os materiais determinam um certo nível de impacto ambiental. Se 
quisermos fazer comparações, elas devem ser colocadas em relação ao tipo de 
função e de serviço que os produtos, e não só os materiais, desenvolvem. As 
causas e efeitos podem se manifestar em todas as fases de uma produção, não 
somente na extração dos recursos e na produção dos materiais utilizados, mas 
também na fase de transformação da matéria prima em produto, durante o uso pelo 
consumidor e na sua eliminação final. 
Em suma, é importante utilizar o menor número de materiais possíveis, em 
todo o ciclo de vida do produto. Caso não seja possível a redução, deve-se optar 
pelo material que possui um reduzido impacto ambiental (MANZINI, 2000). 
 
2.3.4 Otimização da vida dos produtos 
18 
 
 
Para Manzini 2000, a análise acerca da vida útil pode variar de produto para 
produto e em relação a determinadas funções. Algumas variáveis são: A previsão do 
tempo de vida de um produto, a quantidade de uso, o tempo de duração das 
operações ou a vida de armazenagem. 
Quando se fala de otimização ambiental da vida dos produtos, as estratégias 
que podem se escolher são duas: 
a) Aumento da durabilidade dos produtos; 
b) A intensificação do uso dos produtos; 
Um produto que é mais durável que outro, exercendo a mesma função, 
determina geralmente um impacto ambiental menor. Um produto com menor 
duração, além de gerar mais lixo, gera a necessidade de um substituto para este. Na 
realidade, nem sempre a extensão da vida útil de um produto reduz o impacto 
ambiental, como quando um produto possui um impacto ambiental maior na sua fase 
de uso. (MANZINI, 2000). 
Um produto quando usado de maneira mais intensa que outro, gera uma 
redução de quantidade de produtos em determinados momentos, o que acaba 
gerando menos impacto ambiental. Além disto, se os produtos são usados de 
maneira mais intensa diminuem a quantidade a ser produzida e quantidade a ser 
descartado, o que também reduz o impacto ambiental. 
Para Manzini, as linhas de referência a serem adotadas para a durabilidade e 
otimização da vida dos produtos são as seguintes: 
a) Projetar a duração adequada; 
b) Projetar a segurança; 
c) Facilitar a atualização e a adaptabilidade; 
d) Facilitar a manutenção; 
e) Facilitar a reparação e a reutilização; 
f) Facilitar a remodelação; 
g) Intensificar a utilização. 
 
2.3.5 Extensão da vida dos materiais 
 
Entender o ciclo de vida dos materiais significa fazê-los viver por muito mais 
tempo que duram os produtos queesses materiais estão compondo. Este tipo de 
19 
 
“reencarnação” dos materiais ocorre através de dois processos fundamentais, onde 
pode ser materiais reprocessados para serem transformadas em matérias primas 
secundárias; ou poderão ser incinerados para recuperar o seu conteúdo energético. 
Quando os materiais das matérias primas secundárias são utilizados para fabricar 
novos produtos indústrias, o reprocessamento leva o nome de reciclagem. ou seja, 
por sua vez, diz-se compostagem quando a matéria prima secundaria referida é o 
composto. Um raciocínio muito comum ainda existente é que a reciclagem é a 
melhor solução para os impactos ambientais. Mais a reciclagem também pode ter 
seu próprio impacto ambiental, e entre eles não podemos esquecer o transporte que 
agride o meio ambiente com a fumaça que sai do escape do veiculo. 
É muito importante projetar produtos que sejam facilmente reciclados, mas 
isso só será possível após uma análise de ciclo de vida completo do produto que 
será proposto; sem esquecer-se de considerar, o impacto ambiental que esse 
produto pode vir a causar proveniente do processo de reciclagem, e também, 
questionar se o produto realmente será reciclado após o seu uso. Por fim, não é 
simples afirmar qual dos dois serviços causara maior impacto ambiental, a 
incineração ou a reciclagem, pois, com a combustão dos plásticos, do carvão e do 
papel, produz fumaças e deixa sérios resíduos no meio ambiente. 
 
2.3.6 Desmontagem 
 
Conceber e projetar produtos facilitando a sua desmontagem. Ou seja, tornar 
ágeis e econômicos o desmembramento das partes dos componentes e da 
separação dos materiais. O fato de se poder separar facilmente as partes dos 
produtos facilita muito para a manutenção, a reparação, a atualização e a 
refabricação dos produtos. Sendo que separando os matérias facilita, por um lado, a 
reciclagem, ou seja, quando os materiais são da mesma classe, e por outro lado, o 
isolamento, quando os materiais são da classe dos tóxicos ou danosos. As razões 
ambientais que são utilizadas a Designer for Disassembly (DFD), é a extensão da 
vida dos produtos, sendo, a manutenção, a reparação, a atualização e a 
refabricação, elevando a vida dos materiais como: a reciclagem, a compostagem e a 
incineração, tendo a possibilidade de tornar inertes os materiais tóxicos e danosos. 
20 
 
O DFD, é importante para várias estratégias de redução do impacto ambiental 
mas, também, porque nessa área o projetista pode e deve ter um papel 
fundamental. Para que o DFD, seja feito com eficácia, é importante que seja 
consideradas as tipologias de desmontagem, tendo as razões e as prioridades 
ambientais, não esquecendo das razões econômicas para aplicação (MANZINI; 
VEZZOLI, 2005) 
 
2.4 MACROAMBIENTE 
 
Kotler (2008) afirma que as empresas que são bem sucedidas reconhecem e 
respondem rentavelmente as necessidades que não foram atendidas e as 
tendências do macroambiente. As empresas poderiam lucrar uma fortuna se 
pudessem resolver qualquer desses problemas. Mesmo nas economias que o 
crescimento é lento, alguns empreendimentos individuais administram para tentarem 
criar algumas soluções novas para atender as necessidades existentes. 
O ambiente externo revela muitas oportunidades passíveis de ser exploradas 
por empreendedores. Portanto, é importante acompanhar a evolução e mutações no 
macroambiente. O macroambiente engloba os fatores externos que podem causar 
algum impacto no mercado. 
Há muitas áreas potencialmente interessantes para a iniciativa 
empreendedora. Por isso, é necessário que o empreendedor se mantenha atento as 
mudanças que ocorrem no ambiente externo. Que o mesmo monitore as tendências 
sociais, políticas, econômicas, tecnológicas, demográficas, locais, regionais, 
nacionais e mundiais, para detectar oportunidades de mercado. 
As tendências sociais também podem representar oportunidades de mercado, 
pois há mudanças de hábitos nas sociedades que podem ser aproveitadas. A 
expansão das cadeias de fastfood se deve também ao fato de o público ter menos 
tempo de cozinhar, buscando no mercado algo rápido e que o satisfaça (FERREIRA, 
2010). 
O macroambiente procura entender e visualizar todo o ambiente de forma 
sistêmica na empresa através de dados passados assim pensando no futuro e 
prevendo diminuir a margem de erros referente aos diferentes ambientes. 
A empresa precisa entender quais as variações ambientais podem estar 
correlacionadas aos resultados obtidos pela indústria, como têm evoluído, como 
21 
 
afetam os resultados da empresa e sua projeção. Acreditando-se assim que dessa 
forma será mais fácil prever os cenários futuros para tomada de decisões. 
Para conseguir entender melhor o macroambiente, é necessário organizá-los 
por uma subdivisão de ambiente sociocultural, demográfico, econômico, tecnológico, 
político-legal e por fim ambiente natural. 
Ainda sobre macroambiente acerca de entender quais são os motivadores de 
compra, é permitido entender as relações sociais e psicológicas dos indivíduos, se 
são ou não influenciados em questão de distribuição geográfica, religião, classe 
social, entre outros fatores. Depois o estudo de ambientes demográficos e 
econômicos, que é relevante para questão de demanda de mercado. O ambiente 
tecnológico, pois a tecnologia é um fator que vem se desenvolvendo cada vez mais 
rápidamente, podendo ajudar a criar uma nova indústria assim como a alteração de 
uma já existente. Por último, o estudo trata-se do ambiente político-legal, que 
fornecem um conjunto de restrições e incentivos as relações produtivas comerciais, 
e o ambiente natural (CECCONELLO; AJZENTAL, 2005). 
2.4.1 O ambiente sociocultural 
 
O ambiente social do marketing é constituído pelas pessoas de uma 
sociedade e seus valores, crenças e comportamentos. Os profissionais de marketing 
descrevem esse ambiente de acordo com quem são as pessoas (idade, renda, 
cidade natal e etc) e com as características de sua cultura. As mudanças no 
ambiente social podem apresentar novas oportunidades e desafio. Para descrever o 
ambiente social é utilizado dados demográficos básicos que são utilizados de 
diversas fontes, como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geográfia e Estatística), o 
Ministério do Trabalho e do Emprego, o MEC (Ministério da Educação e Cultura) e o 
Ministério da Previdência e Assistência Social, são importantes fornecedores de 
dados sobre a população brasileira (CHURCHILL; PETER 2000). 
Kotler e Keller (2012) destacam que para os profissionais de marketing, a 
persistência dos valores culturais centrais e a existência de subculturas são 
interessantes. Crenças e valores centrais são transmitidos de pais para filhos e 
reforçados pelas instituições sociais. No entanto, as crenças e valores secundários 
são mais propensos a mudanças. Para os profissionais de marketing, há 
possibilidade de mudar os valores secundários, mas pouco pode fazer contra os 
22 
 
valores centrais, por serem bastante persistentes, mesmo assim as mudanças 
culturais acontecem. Toda sociedade contém subculturas, grupos com valores 
compartilhados que surgem de suas experiências de vida ou circunstâncias 
especiais. 
As classes sociais são homogêneas e duradouras numa sociedade, são 
hierarquicamente estruturadas, existentes em todas as áreas, de pequenas a 
grandes cidades. A posição de hierarquia do indivíduo não se prende somente a 
renda, no entanto, leva-se em conta o tipo de renda, ocupação, o tipo de casa e a 
área de residência dentro da comunidade. Os indivíduos possuem preferências 
distintas de produtos e marcas. As convicções ,valores, linguagem, religião, arte, 
princípios, leis, educação, costumes, hábitos e capacidade é um composto da 
cultura de uma sociedade, podendo assim definir necessidades e serem associados 
aos produtos e serviços (SANDHUSEN, 2003). 
A sociedade na qual as pessoas nascem e convivem, molda suas crenças,valores, normas e costumes. As pessoas absorvem, quase inconscientemente, uma 
visão do mundo onde é definido o seu relacionamento consigo mesmo, com os 
outros que estão ao seu redor na sociedade e também com o universo (KOTLER, 
2008). 
2.4.2 Ambiente demográfico 
 
Churchill e Peter (2000) afirmam que a demografia é o estudo das 
características de uma população, o que inclui idade, índice de natalidade, índice de 
mortalidade, estado cívil, instrução, crença religiosa, etnia, imigração ou distribuição 
geográfica. Os profissionais de marketing usam a demografia para analisar 
mercados, aprender sobre os clientes e criar valor para eles. A identificação de 
mudanças e tendências numa população é essencial para a estratégia de marketing. 
A localização geográfica, idade, raça, sexo e níveis de renda e de instrução são 
apenas algumas das diferenças entre as pessoas. 
Para Kotler e Keller (2012) é previsível os desdobramentos demográficos, e 
são destacados o crescimento da população mundial, faixa etária da população, 
mercados étnicos e outros, graus de instrução e padrões familiares. 
 
 
23 
 
 
 
2.4.3. Ambiente econômico 
 
 De acordo com Churchill e Peter (2000) o ambiente econômico para o 
marketing envolve a economia como um todo, incluindo ciclos de negócio e padrões 
de gastos, além de questões referentes a renda do consumidor. Aprender sobre o 
ambiente econômico ajuda os profissionais de marketing a determinar se os clientes 
estarão dispostos e terão condições de gastar dinheiro em produtos e serviços. Os 
padrões de gastos estão vinculados ao ciclo de negócios, ou o padrão do nível de 
atividade econômica, que passa pelas as etapas de prosperidade, de recessão e de 
recuperação. 
 Durante tempos de prosperidade, a produção e o emprego atingem níveis 
altos. Muitos consumidores demandam mais bens e serviços e gastam livremente 
não só produtos básicos, mas também em artigos de luxo como férias, roupas de 
grife e lazer. Nesse momento, os consumidores querem o melhor e estão dispostos 
a pagar por isso, assim os profissionais de marketing introduzem novas versões de 
luxo de seus produtos. 
 Em tempos de inflação, os preços em elevação reduzem a quantidade de 
bens e serviços, esse é um problema para os clientes caso sua renda não 
acompanhar a taxa de inflação. Durante uma recessão, os consumidores reduzem 
os custos e cuidam de suas reservas financeiras. Ambos os tipos de compradores 
podem limitar-se a comprar o básico e procurar o melhor negócio. Para prosperar 
em tempos de recessão é necessário oferecer produtos ou serviços de qualidade 
por menor valor. Conforme a economia torna-se mais forte, os compradores 
começam a relaxar e a gastar mais livremente e a prosperidade pode retornar. 
 Para Sandhusen (2003) os ciclos empresariais, a inflação, o desemprego e os 
padrões de distribuição de renda podem afetar os padrões de compra do 
consumidor. 
 Os mercados exigem um poder de compra, além de pessoas. O poder de 
compra é baseado na economia dependendo da renda atual do consumidor, preços, 
poupanças, empréstimos e disponibilidade de crédito. As empresas devem estar 
24 
 
bem ligadas às principais tendências nos padrões de renda e de gastos em bens de 
consumo (KOTLER, 2008). 
2.4.4 Ambiente tecnológico 
 
 O conhecimento científico, a pesquisa, as invenções e as inovações que 
resultem em bens e novos serviços ou aperfeiçoados constituem o ambiente 
tecnológico. Os desenvolvimentos tecnológicos proporcionam oportunidades 
importantes para melhorar o valor oferecido aos clientes. Quando as organizações 
não acompanham as mudanças, a tecnologia torna-se uma ameaça. Manter-se em 
compasso com os desenvolvimentos tecnológicos é importante para profissionais de 
marketing que servem a clientes empresariais (CHURCHILL; PETER, 2000). 
 O avanço da tecnologia influência em oportunidades para o mercado e 
empresas, na criação de novos bens e serviços para vender, no aperfeiçoamento 
dos produtos existentes e por forçar os preços para baixo com processos de 
fabricação e distribuição mais econômicas (SANDHUSEN, 2003). 
A principal moldagem na vida das pessoas é a tecnologia. A tecnologia está 
descobrindo maravilhas, como por exemplo: penicilina, cirurgia do coração e pílulas 
para controle da natalidade. Mais também tem seus lados negativos, com a 
fabricação da bomba de hidrogênio, gás que ataca o sistema nervoso. Mais também 
devemos agradecer a tecnologia, pois, temos os automóveis, eletrodomésticos, 
internet e etc (KOTLER, 2008). 
2.4.5. Ambiente político legal 
 
 Para Churchill e Peter (2000) o ambiente político legal influencia as 
estratégias de marketing por meio de leis, regulamentações e pressões políticas. As 
organizações não funcionam seguindo suas próprias regras, mas devem atender 
seus clientes, aos governos federal, estaduais e municipais, estes constituem o 
ambiente político-legal. A submissão as leis e regulamentações podem limitar as 
atividades de marketing (teste de produtos, embalagem, política de preços, 
propaganda e vendas de certos produtos e serviços para menores), mas também 
são uma fonte de oportunidades para as organizações que fornecem bens e 
serviços. Estar de acordo e ciente com as leis e regulamentações federais, 
25 
 
estaduais e municipais relevantes, previne a empresa de multas e processos, além 
de transmitir segurança a seus clientes.As leis governamentais podem tentar impedir 
que o poder da indústria se concentre nas mãos de algumas poucas empresas 
gigantese se destinar a proteger os consumidores. As pessoas podem fazer pressão 
para aprovar ou rejeitar leis que afetarão os profissionais de marketing, em assuntos 
como quando e onde bebidas alcoólicas podem ser vendidas, se as lojas podem 
permanecer abertas em domingos e feriados. 
 Czinkota (2001) afirma que o ambiente político legal e político estipula força 
externa para os empresários por estabelecer regras e regulamentações que refletem 
nos negócios da empresa, é importante estar atentos e conformar-se com as regras 
e regulamentações. No entanto, pode ser visto de forma positiva quando essas 
regras e regulamentações protegem a empresa e o consumidor de alguma forma 
específica. 
As decisões de marketing são fortemente afetado devido o desenvolvimento 
do ambiente politico e legal. Este grupo é feito de leis, e órgãos governamentais e 
grupos de pressão que influenciam e dão limites a várias organizações e indivíduos 
em sociedade. Mas ás vezes essas leis ajudam as empresas criando oportunidades, 
exemplos: as leis que obrigam o reaproveitamento de materiais deu grande impulso 
na indústria de reciclagem (KOTLER, 2008). 
 
 
2.4.6 Ambiente natural 
 
 O ambiente natural envolve os recursos naturais disponíveis para a 
organização ou afetadas por ela. Acerca de todos os elementos da natureza, podem 
ser parte do ambiente natural de uma empresa, sendo ou não utilizados por ela para 
produzir seus bens ou serviços. O clima também pode influenciar a capacidade da 
empresa, assim como as atividades da empresa também podem afetar o ambiente 
natural gastando ou repondo recursos e aumentando ou reduzindo a poluição. Toda 
a fabricação de produtos utiliza recursos naturais, a organização pode sofrer falta de 
produtos quando a oferta de um recurso natural se esgota ou por acontecimentos 
não esperado. É necessário desenvolver estratégias diante os acontecimentos que 
prejudicam o acesso aos recursos naturais, bem como conscientizar as 
organizações das questões ambientais e seu impacto. Para tanto, as organizações 
26 
 
podem produzir bens recicláveis ou utilizar materiais reciclados na fabricação de 
seus produtos e assegurar que sejam bons para o meio ambiente ou, pelo menos, 
causem pouco ou nenhum dano a ele (CHURCHILL; PETER 2000). 
 Crocco (2010) defende que as empresas, ao explorar o ambiente natural de 
forma consciente e sustentável podegerar vantagem competitiva e evitar 
comprometer sua imagem e o esgotamento de suas fontes de matéria prima. Logo, 
é necessário uma preocupação em abrir espaço para a pesquisa e o 
desenvolvimento de novos motores, mais eficientes, novas fontes de energia limpa, 
e produtos que advêm da reciclagem. 
Para Kotler (2008) a deterioração do ambiente natural é um dos assuntos 
mais importantes dos anos 90. Em várias cidades do mundo a poluição do ar e da 
água é assustadora, tem atingido níveis muito preocupantes. Há uma grande 
preocupação com os produtos químicos que causam a contaminação do solo, da 
água e do ar, aqueles produtos que não são descartados corretamente ou o alto 
nível de poluição do ar devido ás fumaças das empresas, automóveis, etc (KOTLER, 
2008). 
2.4.7 Oportunidades e ameaças 
 
Uma organização deve acompanhar e avaliar importantes forças 
macroambientais e microambientais que podem afetar sua capacidade de obter 
lucros. Sendo assim, é viável que estabeleça um sistema de inteligência de 
marketing para acompanhar tendências e mudanças relevantes, além de identificar 
as oportunidades e ameaças. O ideal é desenvolver e lucrar a partir das 
oportunidades, no qual, pode ser oferecido um produto ou serviço de oferta escassa 
ou já existente de maneira inovadora e superior, ou na criação de algo totalmente 
novo no mercado. O importante é saber identificar as oportunidades. Diante as 
ameaças externas deve-se ter de ante-mão uma estratégia de marketing defensiva 
para evitar declínio das vendas e perdas nos lucros da organização (KOTLER; 
KELLER, 2012). 
Para Czinkota (2001) a competitividade leva as empresas a estarem atentas 
às ameaças e oportunidades do mercado, uma empresa competitiva é eficaz e 
eficiente em relação a concorrência. Para tanto estar atento as mudanças, 
lançamentos, tecnologias e afins fará da organização competitiva e sólida no que 
27 
 
tange serviços e produtos, resultando na lucratividade e sucesso. Logo, 
compreender os concorrentes e obter vantagem explorando suas fraquezas é 
aproveitar as oportunidades. Portanto, alguns elementos devem ser observados: 
a) Analisar as mudanças do mercado; 
b) Analisar as barreiras que bloqueiam a entrada de recém chegados no 
mercado; 
c) Criar uma competição cabeça-a-cabeça; 
d) Analisar as novas tecnologias; 
e) Identificar as habilidades e competências específicas, no que tange as 
compras, pós venda, ciclo do pedido-entrega; 
f) Quanto mais informação, maoir será a qualidade dos produtos e a 
competição no mercado; 
g) Analisar a concorrência internacional. 
 
Quadro 1 – Os fatores do ambiente externo 
Variáveis do Macroambiente Exemplos 
 
 
 
 
Econômicas 
Crescimento do PIB 
Balanço de pagamentos 
Reservas cambiais 
Balança comercial 
Taxa de inflação 
Taxas de juros 
Estabilidade monetária 
Mercado de capitais 
Arrecadação de impostos 
Distribuição de renda 
 
 
 
 
Sociais 
Estrutura socioeconômica 
Condições de vida 
Estrutura de consumo 
Estilo de vida 
Sistema de valores 
Estrutura sindical 
Tipos de conflito 
Graus de participação 
Características ideológicas 
Estrutura politica 
Características organizacionais 
Tipos e grau de participação 
 
Culturais 
Níveis de escolaridade 
Grau de alfabetização 
Características de orientação educacional 
Veículos de comunicação 
 
Demográficas 
Densidade populacional 
Mobilidade da população 
Taxa de crescimento demográfico 
Composição da população 
28 
 
 
 
 
 
 
Políticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Políticas 
Fatores de poder 
Fatores políticos 
Sindicatos instituições religiosas 
Forças armadas 
Associações de classe 
Empresas multinacionais 
Empresas estatais 
Ministérios 
Poder legislativo 
Poder executivo 
Poder judiciário 
Estrutura de poder-regime de governo 
Importância relativa dos fatores de governo 
Tipos de relacionamento entre fatores 
Tipos de participação dos fatores 
Resultante da dinâmica da estrutura do 
poder 
Política tributaria 
Política de distribuição de renda 
Política de relações externas 
Política de estatização 
Política de segurança nacional 
 
 
 
Tecnológicas 
Capacidade de aquisição e desenvolvimento 
de tecnologia 
Proteção de patentes 
Ritmo de mudanças tecnológicas 
Orçamento de pesquisa e desenvolvimento 
Transferência de tecnologia 
Legais Legislação tributária 
Legislação trabalhista 
Legislação comercial 
 
 
Natural 
Índice de poluição sonora 
Índice de poluição atmosférica 
Índice de poluição hidrológica 
Índice de poluição visual 
Legislação sobre o uso do solo e meio 
ambiente 
 
3 METODOLOGIA 
 
Crocco (ANO) afirma que toda pesquisa quando iniciada, deve ser feita por 
etapas, ou seja, identificar o que será pesquisado, analisar a forma de pesquisa, 
indicar os pontos importantes encontrados na pesquisa e implementar a pesquisa 
com o que foi entendido.Depois de seguidas toas essas etapas, e através do 
levantamento de fatos importantes que se constrói uma pesquisa eficaz e confiável. 
A partir de algum tema, e as suas respostassão que levam os pesquisadosa algum 
lugar com o seu trabalho. Grandes descobertas e acontecimentos na humanidade 
foram entendidos por análises para até chegar a uma solução. A metodologia de 
pesquisa (qualitativa ou quantitativa) refere-se ao caminho escolhido para se chegar 
29 
 
ao fim proposto pela pesquisa. É a escolha que o pesquisador realizou para abordar 
o objeto de estudo. Para Crocco et al. (2010 ,p. 80) ,qualquer pesquisa é de extrema 
importância determinar será feita de forma qualitativa, uma metodologia de pesquisa 
não estruturada , baseada em pequenas amostras, na qual o ai importante é em 
relação ao entendimento das pessoas, ao invés de olhar para os número 
apresentados nela além de obter uma compreensão das razões e motivações 
envolvidas nelas Uma das formas de obter dados qualitativos nesse tipo de pesquisa 
é por meio de focusgroups , ou seja, pesquisa em grupos de focos. 
Em relação a pesquisa quantitativa, o que difere da qualitativa é que nela as 
quantidades são os fatos mais importantes por meio de coleta de dados. Tem como 
objetivos quantificar os dados e generalizar os resultados da amostra para a 
população-alvo através de grande quantidade de casos representativos além de 
amostras representativas de coletas de dados estruturada e análise estatística de 
dados. Caracteriza-se por obter indicadores estatísticos. 
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA 
 
De acordo com Zikmund (2006) a pesquisa de marketing pode ser 
classificada de acordo com uma base técnica e funcional. Experimentos, 
levantamentos e estudos de observação são somente algumas das técnicas de 
pesquisa comuns. Classificar a pesquisa segundo seu propósito ou função mostra 
como a natureza do problema de marketing influencia a escolha dos métodos. 
Segundo Chaoubah e Barquette (2007) é importante ter-se em mente, 
também, que o fato de se realizar uma pesquisa previamente à tomada de decisão 
não garante sucesso. Mesmo que uma pesquisa seja feita com rigor e produza 
informações com qualidade, a implementação dos resultados pode encontrar 
empecilhos de outra ordem, por exemplo: interpretações equivocadas dos 
resultados, resistencia dos órgãos da empresa e boicotes. 
Segundo Aaker, Kumar e Day (2004) o objetivo das pesquisa é uma 
declaração com a terminologia mais precisa possível, de quais informações são 
necessárias. Esse objetivo deve ser elaborado de tal forma que a obtenção das 
informações assegure a satisfação do propósito da pesquisa. 
Os autores ainda afirmam que os objetivos possuem três elementos: 
30 
 
a) Questão de pesquisa:Pegunta qual informação específica é necessária 
para atingir seus propósitos. Se a pergunta for respondida pela pesquisa, 
seus resultados terão validade no auxílio a tomada de decisões. 
b) Desenvolvimento de Hipóteses: o pesquisador deve dedicar um tempo e 
um esforço para especular sobre possíveis respostas à questão, que surgirãocom a pesquisa. Fazer isso, às vezes fica claro que todo mundo sabe de 
antemão as respostas. 
c) Escopo ou limites da pesquisa: O interesse da pesquisa é apenas na 
população masculina ou todos os habitantes de dada região? A questão da 
pesquisa limita-se a determinar uma atitude genérica em relação a um novo 
automóvel, ou é preciso descobrir atitudes específicas dos consumidores 
sobre itens como espaço interno, direção, economia, estilo e acabamento? 
Muito da comunicação entre o pesquisador e o cliente será em torno desta 
questão. 
3.1.1 Pesquisa exploratória 
 
De acordo com Zikmund (2006) a pesquisa exploratória é conduzida para 
esclarecer a natureza de problemas ambíguos. Embora a gerência possa ter 
descoberto um problema geral, poderá precisar da pesquisa para ter melhor 
compreensão das dimensões do problema e para ajudar na análise. A pesquisa 
exploratória não pretende fornecer evidências conclusivas para que se determine um 
curso de ação. Em geral, é conduzida com a expectativa de que será necessária 
uma pesquisa subsequente para fornecer evidências conclusivas. Passar 
apressadamente para levantamentos detalhados antes que fontes de informação 
mais baratas e mais prontamente disponíveis tenham sido exauridas pode levar a 
sérios erros. 
Malhotra (2005) afirma que o objetivo da pesquisa exploratória é explorar ou 
examinar um problema ou situação que possa proporcionar conhecimento e 
compreensão. Uma pesquisa exploratória pode ser utilizada para alguns propósitos 
como será mencionado abaixo: 
a) Para formular um problema ou definir um problema com mais precisão. 
b) Para identificar cursos alternativos de ação. 
c) Para desenvolver hipóteses. 
31 
 
d) Para isolar variáveis e relacionamentos-chave para uma análise adicional. 
e)Para uma melhor percepção a fim de elaborar uma abordagem do 
problema. 
A pesquisa exploratória depende muito da curiosidade e dos objetivos que o 
pesquisador quer obter. Ou seja, é mais como um processo de descoberta informal. 
Porem as habilidades do pesquisador não são as únicas coisas determinantes para 
realizar uma boa pesquisa exploratória. 
3.1.2 Pesquisa descritiva 
 
Seu principal objetivo é descrever as características de uma população. Esta 
pesquisa busca responder as perguntas quem, o que, quando, onde e como. A 
pesquisa descritiva auxilia na escolha dos públicos alvo. Ela é usada para revelar a 
natureza da compra ou de outro comportamento do consumidor. 
Segundo Barquette e Chaoubah (2007), esse tipo de pesquisa descreve 
características do objeto de estudo como, tamanho de um mercado, tamanho e 
características de segmentos e nichos, comportamento de consumidores, atributos 
de produtos, satisfação e opinião de consumidores. 
Os autores ainda afirmam que existem duas abordagens dentro das 
pesquisas descritivas: 
a) Survey: Pesquisa baseada em interrogatório de pessoas sobre um 
problema de pesquisa. O instrumento de coleta de dados utilizado é o 
questionário.. 
b) Pesquisa por observação: Não envolve o interrogatório dos participantes. O 
pesquisador posiciona-se em local apropriado, de forma a observar o 
comportamento de pessoas em certas situações.É usada quando as ações do 
pesquisado forem mais contundentes que seus relatos ou quando for 
impossível entrevistar diretamente os participantes. 
A pesquisa descritiva é uma pesquisa conclusiva que tem como principal 
objetivo a descrição de algo, geralmente características ou funções de mercado. A 
grande parte de uma pesquisa de mercado comercial é descritiva em sua natureza e 
geralmenteéútil quando perguntas de pesquisa são relativas à descrição de um 
fenômeno de mercado, como por exemplo a frequência de compra, a seguir será 
apresentado algumas funções da pesquisa descritiva: 
32 
 
a) Para desenvolver o perfil de um mercado-alvo; 
b) Para estimar a frequência de uso de um produto como base para a 
previsão de vendas; 
c) Para determinar o relacionamento entre o uso do produto e a percepção 
das suas características; 
d) Para determinar o grau ao quais as variáveis de marketing estão 
associadas. 
A pesquisa descritiva também supõe que o pesquisador tenha conhecimento 
anterior sobre o problema. Isso é o que diferencia a pesquisa exploratória e a 
descritiva (MALHOTRA, 2005). 
3.1.3 Pesquisa qualitativa 
 
Malhotra (2005) ressalta que a pesquisa qualitativa proporciona melhor visão 
e compreensão do problema. Ela também explora com poucas ideias preconcebidas 
sobre o resultado que é feito dessa investigação. Além de definir o problema e 
desenvolver uma abordagem, a pesquisa qualitativa também é apropriada em 
situações de incerteza, como quando os resultados conclusivos saem diferente das 
expectativas esperadas. A mesma pode fornecer julgamentos antes ou depois do 
fato. 
A pesquisa qualitativa descobre achados e reações não antecipadas com o 
objetivo de descobrir preliminares sobre os problemas de pesquisa, a mesma pode 
sondar com profundidade as áreas que a pesquisa quantitativa é superficial para 
acessar. Nela é possível a aproximação dos pesquisadores e clientes dos 
consumidores. A pesquisa qualitativa é eficiente para estudos que envolvem 
motivações psicológicas completas, é precisa e rápida de aplicar, pode ser finalizada 
em menos tempo e baixo custo. É possível coletar dados aprofundados sobre as 
atitudes, crenças, emoções e percepções dos respondentes (HAIR; 
WOLFINBARGER; ORTINAU; BUSH, 2010). 
3.1.4 Pesquisa quantitativa 
 
Malhotra (2005) afirma que a pesquisa quantitativa procura qualificar os 
dados, busca uma evidência conclusiva, que são baseadas em amostras grandes e 
33 
 
representativas e, de alguma forma, aplica análise estatística. Contrastando com a 
pesquisa qualitativa as descobertas da pesquisa quantitativa pode ser tratadas como 
finalizadas e podem ser utilizadas para recomendar um curso de ação final. A 
abordagem da coleta de dados poderá variar por toda uma série, de altamente 
estruturada para completamente desestruturada. 
A pesquisa quantitativa é direcionada a uma grande quantidade de 
respondentes, usa pergunatas formais e seu objetivo é obter informações para 
realizar previsões precisas de comportamento e fatores de mercado, descobrir fatos 
novos, validar relações e testar hipóteses. A pesquisa quantitativa é mais confiável 
que a qualitativa (HAIR; WOLFINBARGER; ORTINAU; BUSH, 2010). 
3.2 POPULAÇÃO ALVO 
 
 Malhotra (2011) define que população é um conjunto de elementos de 
características comuns. Os elementos podem ser o objeto ou pessoa da qual se 
busca as informações. Todo projeto de pesquisa requer uma população 
exclusivamente definida, no qual o objetivo é obter informações sobre as 
características ou parâmetros de uma população. É possivel obter informações 
sobre os parâmetros da população realizando um censo ou uma amostra. 
A amostra é um subgrupo da população, que é favorecida pelo limite de 
orçamento e de tempo, sendo viável em pesquisas que envolvem grande população, 
como usuários de produtos de consumo. O processo de medição da amostragem é 
preferível quando resultar na destruição ou consumo do produto. Para focar atenção 
em casos individuais, como em entrevistas em profundidade é utilizado a 
amostragem que também pode ser favorecida ao manter sigilo do estudo. Uma 
representação imperfeita da população de interesse, como amostra específica 
selecionada pode causar o erro de amostragem. 
 Os erros na definição do problema, abordagem, escalas, elaboração de 
questionário, métodos de levantamento, técnicas de entrevista e preparação e 
análise dos dados podem resultar dos erros de não amostragem.O custo dos erros 
de amostragem é pequeno quando comparado ao custo dos erros de não 
amostragem. O modelo de amostragem é dividida em cinco etapas: definição da 
população, determinação da estrutura da amostragem, seleção de técnicas de 
34 
 
amostragem, determinaçãodo tamanho da amostra, execução do processo de 
amostragem. 
Segue a conceituação das técnicas nas perspectivas do autor pesquisado. 
Malhotra (2011) apresenta as técnicas de amostragem probabilística e não 
probabilística e fornece uma visão geral dos assuntos e como eles fluem de um para 
o outro. As técnicas de amostragem não probabilística mais utilizadas são: 
a) Amostragem por conveniência: é obtida de uma amostra de elementos 
baseada na conveniência do pesquisador que seleciona as unidades de 
amostragem por entrevista e os entrevistados são escolhidos por estarem no 
lugar e momento certo. Os entrevistados podem ser alunos, grupos de igreja, 
membros de organizações sociais, abordagem em shoppings conduzidas sem 
qualificar os entrevistados, lojas de departamento que utilizam lista de 
clientes, questionários destacáveis incluídos em uma revista, entrevistas com 
transeuntes e navegadores da Internet.Além de rápida e barata, a 
amostragem por conveniência tendem a ser acessíveis, fáceis de medir e 
cooperativas, são úteis na pesquisa exploratória, objetivando gerar ideias, 
adquirir novas compreensões e desenvolver hipóteses. 
b) Amostragem por julgamento: os elementos populacionais são selecionados 
com base no julgamento do pesquisador que escolhe os elementos da 
amostra acreditando representar a população de interesse. Essa amostragem 
é conveniente, rápida e não tem custo elevado, porém vai depender da 
habilidade e criatividade do pesquisador. 
c) Amostragem por cota: São feitos em dois estágios, no primeiro estágio é 
utilizado o julgamento para identificar categorias importantes (idade, sexo, 
etnia) estimada na distribuição da população alvo. As cotas garantem que a 
composição de amostra e população sejam as mesmas com relação às 
características de interesse. No segundo estágio é utilizado o processo por 
conveniência ou julgamento para selecionar os elementos a serem incluídos 
na amostra, no entanto é necessário que esses elementos correspondam às 
características de controle. Nesse sentido, essas características podem 
passar desapercebidas no processo de estabelecimento de cotas, sendo 
assim a amostra não corresponde a população em caratcterísticas de controle 
relevante. A amostragem por cota não permite uma avaliação do erro, são 
representativas a um custo relativamente baixo. 
35 
 
d) Amostragem bola de neve: Os entrevistados são escolhidos 
aleatóriamente, no qual os mesmos indicam outros participantes da amostra, 
o que dá o nome de bola de neve, pois uma referência é obtida da outra e é 
utilizada para estudar características raras ou difíceis de identificar na 
população. A amostragem bola de neve aumenta as chances de localizar a 
característica desejada na população com pouca variação e baixo custo. Essa 
amostragem tem seu início como probabilística e o resultado é uma amostra 
não propabilística. 
 Malhotra (2011) ressalta que em termos de eficiência de amostragem, os 
custos aumentam com a melhoria da precisão, na medida que conforme seja maior 
a necessidade de precisão da pesquisa, maior serão os custos da amostragem. 
Dentre essas técnicas estão: 
a) Amostragem aleatória simples: cada elemento da amostra é selecionado 
independentemente do outro, cada elemento da população possui uma 
probabilidade conhecida ou igual de ser a amostra selecionada. Nessa 
amostra são atribuídos a cada elemento um número aleatório de identificação 
único para determinar qual elemento selecionar. A AAS é de fácil 
compreensão e produz dados que representam a população alvo. 
b) Amostragem sistemática:é selecionado um ponto de partida aleatório e 
após, cada elemento é selecionado sucessivamente na estrutura de 
amostragem. Os elementos da população são organizados de alguma forma 
relacionada de acordo com o interesse do pesquisador. A amostragem 
sistemática tem baixo custo e pode ser empregada no consumidor por meio 
de correspodência, telefone e abordagem pessoal. 
c) Amostragemestratificada:é realizada em duas etapas, na primeira a 
população é dividida em subgrupos chamados estratos, os elementos são 
distribuídos somente em um estrato, sem omitir qualquer elemento. Na 
segunda etapa, os elementos de cada estrato são selecionados de forma 
aleatória, sendo assim empregado a amostragem aleatória simples na 
escolha dos elementos. Portanto, ao seguir os critérios de homogeneidade, 
heterogeneidade, afinidade e custos, as variações são reduzidas. A 
amostragem estratificada busca aumentar a precisão sem elevar os custos, 
no entanto, as variáveis de estratificação devem ser fáceis de medir e de 
aplicar. 
36 
 
d) Amostragem por agrupamento: é utilizado a amostragem aleatória simples 
assim que apopulação alvo é subdividida em agrupamentos para a escolha de 
uma amostra aleatória. Na amostragem por agupamento de único estágio, 
todos os elementos do agrupamento são incluídos na amostra e na 
amostragem por agrupamento de duplo estágio, é tirada uma amostra de 
elementosde forma probabilística de cada agrupamento selecionado. A 
amostragem por área é comum nesse sentido, pois os agrupamentos são 
baseados nas áreas geográficas, podendo ser aplicada nos dois estágios. 
Logo, a amostragem por agrupamento possui viabilidade no que tange 
estruturas de amostragem frequentemente disponíveis quando em 
agrupamentos em relação a elementos da população e também sendo a 
técnica de amostragem probabilística de melhor custo-eficiência e baixo 
custo. 
Para Zikmund (2006) no início do processo de amostragem, é vital defir a 
população alvo de forma que posssam ser identificadas as fontes apropriadas a 
partir das quais os dados serão coletados. Para definir esta população alvo, os 
pesquisadores devem responder a pergunta: “Com quem queremos falar?”. Para 
implementar a amostra no campo, características tangíveis devem ser usadas para 
definir a população. 
Zikmund (2006) lista algumas formas de amostragem não-probailística: 
a) Amostragem de conveniência: Se refere ao procedimento de amostragem 
que aborda pessoas ou unidades que estão mais convenientemente 
disponíveis. É uma maneira mais rápida e econômica para que os 
pesquisadores obtenham um grande número de questionários respondidos. 
b) Amostragem por julgamento: É uma técnica onde um indivíduo experiente 
define a amostra com base em seu julgamento sobre alguns pré requisitos 
exigidos para o respondente. 
c) Amostragem por cotas: Nesta amostragem, o pesquisador possui cotas a 
serem atingidas. O próprio pesquisador é responsável por descobrir pessoas 
suficientes para atingir a cota. 
Zikmund (2006) também lista formas de amostragem probabilística, onde 
todas as técnicas são feitas através de seleção aleatória: 
37 
 
a) Amostragem aleatória simples: Garante que cada membro da população 
tenha chance igual de ser incluído na amostra. Sortear nomes dentro de um 
saco é um exemplo desta amostragem. 
b) Amostragem sistemática: Nesta amostragem, um ponto de partida é 
escolhido. Em seguida cada enésimo número da lista é selecionado. 
c) Amostragem estratificada: Uma ou mais variáveis são selecionadas e 
identificadas como base eficiente para estratificação. 
d) Amostragem por cluster: Seu propósito é fazer uma amostra de forma 
econômica preservando ao mesmo tempo as características de uma amostra 
probabilística. 
e) Amostragem por área em multi-estágios: Semelhante a amostragem por 
cluster, porém com dois ou mais passos que combinam algumas tecnicas 
probabilísticas. 
3.3 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS 
 
 Barquette e Chaoubah (2007) afirmam que a coleta de dados é a etapa 
quando os pesquisadores entram em contato com os entrevistados por meio 
pessoal, telefônico, pela internet , por meio da observaçãopara coletar e registrar 
dados da pesquisa. Essa etapa do processo de pesquisa é muito sucetiva ao erro, a 
seleção dos pesquisadores dependerá da natureza e complexidade do tema de 
pesquisa,à composição da amostra selecionada e ao método de contato, após 
serem selecionados, os pesquisadores passam por treinamento para a coleta de 
dados. A aplicação do instrumento de pesquisa deve ser padronizada para os 
pesquisadores e entrevistados, bem como a abordagem da mesma em sua 
aplicação. A coleta de pesquisa deve ser supervisionada e checada por pessoas 
experientes na área.Os elementos a serem supervisionados e checados na coleta 
de dados são: 
 a) A qualidade dos quetionários aplicados; 
 b) A respeito dos pesquisadores de campo pelo plano amostral; 
 c) A veracidade dos questionários respondidos. 
 A análise dos dados são realizados por meio de processos diversos e 
distintos. No que tange a estatística descritiva, a análise exploratória de dados e a 
inferência estatística. A estatística descritiva é simples e significativa e bastante 
38 
 
usada em pesquisas. Para a aálise de dados é empregado a distribuição de 
frequência que consiste em classificar os elementos de pesquisas em categorias 
previamente definidas no instrumento de pesquisa. Outro tipo de análise bastante 
útil é a tabulação cruzada que envolve mais de uma variável. A análise exploratória 
de dados pode identificar se a distribuição é normal ou não, informando os valores 
da média e do desvio padrão. 
3.3.1 Dados primários e dados secundários 
 
De acordo com Barquette; Chaoubah (2007) as fontes de dados secundários 
reúnem dados coletados para outro fim e já tratados e utilizados para outras 
pesquisas. Algumas destas fontes são: livros, jornais, revistas, relatórios, sistemas 
automatizados em pontos de vendas, Internet, dados fornecidos pelo sistema de 
informação de marketing, bancos de dados de outras empresas, dados de censos 
econômicos e populacionais, fundações, agências de marketing, universidades, 
orgãos oficiais, associações de classe, auditorias, painéis feitos por institutos de 
pesquisa. Iniciar uma pesquisa consultando dados secundários (pesquisa 
exploratória), podem esclarecer o problema de pesquisa sem utilizar o trabalho de 
campo otimizando e gerando econômia de recursos, bem como esforço, tempo e 
dinheiro. Em alguns casos utilizar dados secundários de pesquisas muito 
abrangentes ou muito antigas, pode ser a única opção racional. Para tanto, é 
necessário ter cuidado com a reputação da fonte e avaliar como e quando foram 
coletadas. 
 Os dados primários são coletados em campo pelos responsáveis do estudo e 
são utilizados quando os dados secundários não existem ou quando não são 
suficientes para responder ao problema de pesquisa, também podem estar 
ultrapassados pelo tempo ou ainda podem ser dados não confiáveis. 
Para Malhotra (2005) os dados secundários ajudam a definir o problema de 
pesquisa de marketing, e desenvolver uma abordagem par o mesmo. Mas antes que 
seja planejada a pesquisa, o pesquisador também deverá analisar os dados 
secundários relevantes. Os dados secundários podem ser avaliados internamente 
ou externamente. Sendo que os dados secundários podem ser diferenciados dos 
dados primários quando consideramos o propósito da coleta de dados originais. 
39 
 
Um resultado do processo de pesquisa é definir o problema de pesquisa de 
marketing, identificando as perguntas mais especificas de pesquisa e as hipóteses. 
Quando os dados são coletados para solucionar um problema que seja especifico de 
marketing o mesmo é chamado de dados primários, o pesquisador deve lembrar-se 
de que o problema que está em estudo pode não ser único. Os dados secundários 
representam quaisquer dados que já foram coletados para outros propósitos além do 
problema em questão. Em comparação á coleta de dados primários, os dados 
secundários são levantados bem mais rapidamente com um custo mais baixo. 
3.3.2 Métodos de coleta 
 
Aaker, kumar e Day (2001) salienta que nenhum método de coleta é superior 
ao outro e poucas generalizações podem ser feitas, para tanto vai depender da 
habilidade do pesquisador em adaptar o método correto as circunstâncias. Os 
métodos se destacam em: 
a) Entrevistas pessoais: a entrevista é realizada pessoalmente, existe contato 
direto entre o entrevistador e o entrevistado, o ambiente influencia o processo 
de coleta dos dados, pode ser de alto custo e demorado. 
b) Entrevistas pelo telefone: Existe apenas o contato verbal do entrevistador 
com o entrevistado por telefone, o ambiente influência pouco no processo de 
coleta dos dados. Seu custo é baixo em relação ao processo de entrevistas e 
enquetes pelo correio. 
c) Enquetes pelo correio: O questionário é enviado pelo correio, não há 
envolvimento direto entra as partes da entrevista, o ambiente não tem 
influência na pesquisa e seu custo é baixo. 
 Para Barquette; Chaoubah (2007) a escolha dos métodos de coleta depende 
da natureza do instrumento de pesquisa e das questões e também das diversas 
características do ambiente da pesquisa. Para tanto, os métodos de coleta ou 
contato podem ser: 
a) Entrevistas pessoais: possibilita maior interação entre pesquisador e 
respondentes e através dessa interação podem ser observadas outras 
informações acerca do entrevistado, tais como – postura corporal, tempo de 
resposta, movimentos oculares, aparência etc. O pesquisador pode interferir 
negativamente no resultado da entrevista ao direcionar as respostas dos 
40 
 
entrevistados ou interpretá-las erroneamente. As entrevistas pessoais podem 
ser agendadas no domicílio ou abordagem em locais públicos. 
b) Telefone: é agil para pesquisas de grande escala, é possivel interação das 
partes da entrevista para esclarecer questões. Normalmente, há uma rejeição 
do público para esse tipo de pesquisa pelo fato de abusos nas práticas de 
telemarketing. 
c) Correio: é utilizado quando os respondentes estão geograficamente 
dispersos ou a interação das partes da entrevistas não são desejáveis. 
d) Internet: os quetionários podem ser disponibilizados em sites ou enviados 
por correio eletrônico. O retorno é rápido e de baixo custo. 
3.3.3 Tipos de instrumentos de coleta 
 
 Os roteirossão guias usados por pesquisadores para coletar informações, é 
estruturado por tópicos relativos ao objetivo de pesquisa, o pesquisador tem a 
liberdade de inserir questões e modificar a ordem dos tópicos de acordo com o 
andamento da entrevista. O roteiro é aplicado em estudos exploratórios iniciais; 
pesquisas qualitativas e estudos quantitativos descritivos. 
 Os questionários são perguntas ordenadamente dispostas feitas ao 
entrevistado. É necessário boa literatura e regras para elaborar um questionário 
eficiente, além de experiência e criatividade. A linguagem deve ser clara, objetiva, 
simples e compátivel com a escolaridade do público alvo da pesquisa, com 
perguntas imparciais, de modo a não direcionar as respostas dos entrevistados. 
 As perguntas do questionário podem ser abertas, fechadas ou semi-abertas. 
Nas perguntas abertas (não estruturadas), o entrevistado pode responder 
livremente com as próprias palavras, são utilizadas em entrevistas pessoais e por 
telefone. Não havendo limite de respostas, pode revelar mais sobre um 
assunto.Asperguntas fechadas (estruturadas) apresentam opções de respostas, 
que são definidas pela experiência do pesquisador ou por dados secundários, porém 
as respostas dos entrevistados são limitadas, no entanto, práticas, fáceis de 
interpretar e tabular. Deve-se evitar o excesso de alternativas. Em perguntas semi-
abertas, o questionário é formado por perguntas fechadas, no entanto a cada 
alternativa respondida, deve ser justificada a resposta. No início da pesquisa deve 
colocar as perguntas mais fáceis e interessantes, deixando para o final do 
41 
 
questionário as perguntas difíceis e pessoais que desanimam o entrevistado. As 
perguntas devem ser ordenadas por tipo de informação solicitada, o que facilita a 
tabulação dos dados. Repetir perguntas-chave aleatóriamente possibilita

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