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CENTRO UNIVERSITÁRIO – CATÓLICA DE SANTA CATARINA EM JARAGUÁ DO SUL PRÓ-REITORIA ACADÊMICA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA DE PROJETO INTEGRADOR PARQUE DE DIVERSÃO JARAGUÁ DO SUL JUNHO/2016 PARQUE DE DIVERSÃO Relatório apresentado à Disciplina de Projeto Integrador, do curso de Administração, Matutino, Linha de Formação em do Centro Universitário – Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul. ORIENTADOR Professor Flavio Knihs – Rsponsável de Projeto Integrador JARAGUÁ DO SUL JUNHO/2016 PARQUE DE DIVERSÃO Relatório apresentado à Disciplina de Projeto Integrador do Curso de Administração – Linha de Formação em Gestão Empresarial do Centro Universitário - Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul. COMISSÃO EXAMINADORA Jaraguá do Sul, 30 de Junho de 2016. CRITÉRIO NOTA PESO APRESENTAÇÃO ESCRITA E NORMATIZAÇÃO 3,0 CONTEÚDO 4,0 RELATÓRIO PARCIAL COM OS CAPÍTULOS DE FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E METODOLOGIA 2,0 CUMPRIMENTO DOS PRAZOS 1,0 MÉDIA LISTA DE ILUSTRAÇÕES SUMÁRIO 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................................................. 10 2.1 SUSTENTABILIDADE ..................................................................................................................... 11 2.2 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL ................................................................ 12 2.3 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS SUSTENTÁVEIS .................................................................. 15 2.3.1 Ciclo de vida do produto .......................................................................................................... 15 2.3.2 Minimização dos recursos ........................................................................................................ 16 2.3.3 A Escolha de recursos e processos de baixo impacto ambiental ............................................. 17 2.3.6 Desmontagem .......................................................................................................................... 19 2.4.1 O ambiente sociocultural ......................................................................................................... 21 2.4.2 Ambiente demográfico ............................................................................................................ 22 2.4.4 Ambiente tecnológico .............................................................................................................. 24 2.4.5. Ambiente político legal ........................................................................................................... 24 2.4.7 Oportunidades e ameaças........................................................................................................ 26 3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA .................................................................................................... 29 3.1.1 Pesquisa exploratória ............................................................................................................... 30 3.1.2 Pesquisa descritiva ................................................................................................................... 31 3.1.3 Pesquisa qualitativa.................................................................................................................. 32 3.1.4 Pesquisa quantitativa ............................................................................................................... 32 3.2 POPULAÇÃO ALVO ....................................................................................................................... 33 3.3 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................................. 37 3.3.1 Dados primários e dados secundários ..................................................................................... 38 3.3.2 Métodos de coleta ................................................................................................................... 39 3.3.3 Tipos de instrumentos de coleta .............................................................................................. 40 3.3.5 Métodos de análise de dados .................................................................................................. 42 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................................................ 44 4.1 DESCRIÇÃO DO SERVIÇO ............................................................................................................. 45 4.2 ANÁLISE DO MACROAMBIENTE .................................................................................................. 50 4.2.1 Ambiente sociocultural ................................................................................................................ 51 4.2.2 Ambiente demográfico ................................................................................................................ 54 4.2.3 Ambiente econômico ................................................................................................................... 56 Tabela 2 – Valor atualizado do INSS em 2016 ...................................................................... 57 Tabela 3 – Principais índices de imposto de renda do Brasil .............................................. 57 4.2.4 Ambiente tecnológico .................................................................................................................. 59 4.2.5 Ambiente político legal ................................................................................................................ 62 4.2.6 Ambiente natural ......................................................................................................................... 65 4.2.7 Oportunidades e ameaças............................................................................................................ 66 4.3 PROCESSO DE OPERAÇÃO ........................................................................................................... 67 4.3.2 Responsabilidade Social ............................................................................................................... 74 4.3.3 Instituto Beto Carrero .................................................................................................................. 75 4.3.4 Tecnologia .................................................................................................................................... 75 4.3.5 Layout ........................................................................................................................................... 77 4.3.6 Fluxograma ................................................................................................................................... 80 4.4 PESQUISA DE BENCHMARKING ................................................................................................... 81 4.4.1 Walt Disney World ....................................................................................................................... 81 4.4.2 Europa Park .................................................................................................................................. 82 4.4.3 Port Aventura Park ....................................................................................................................... 83 4.4.4 O Mundo da Xuxa ......................................................................................................................... 83 4.4.5 Hopi Hari.......................................................................................................................................83 4.4.6 Jora Entertainment ....................................................................................................................... 85 4.5 PROPOSTAS DE SUSTENTABILIDADE ........................................................................................... 85 4.5.1 Cultivo protegido de frutas e verduras ........................................................................................ 86 4.5.2 Instalação de painéis solares ........................................................................................................ 86 4.5.3 Gestão ambiental ......................................................................................................................... 87 4.5.4 Transporte sustentável ................................................................................................................ 87 4.5.5 Cardápio e alimentação sustentável ............................................................................................ 88 4.5.6 Reciclagem dos resíduos .............................................................................................................. 88 4.5.7 Oficinas de conscientização ......................................................................................................... 89 4.5.8 Parcerias sustentáveis .................................................................................................................. 89 4.5.9 Energia eólica ............................................................................................................................... 90 4.6 IMPACTO DAS PROPOSTAS DE SUSTENTABILIDADE NA GESTÃO ................................................... 91 Considerações finais .............................................................................................................................. 94 APRESENTAÇÃO Nome: Adriano Ferraz E-mail:ferraz@catolicasc.org.br Empresa onde trabalha: Weg Fone: 9192-9642 Setor: Montagem Ramo de Atividade: Indústria Nome:Fabriza Ana Ogawa E-mail: fabriza.santos@catolicasc.org.br Empresa onde trabalha: Fone: 9208-7526 Setor: Ramo de Atividade: Nome: Geovane Gelsleichter E-mail: geovane.gelsleichter@catolicasc.org.br Empresa onde trabalha: Malwee Fone: 9722-8622 Setor: Varejo Ramo de Atividade: Indústria Nome: João Emanuel Fagundes E-mail: joao.fagundes@catolicasc.org.br Empresa onde trabalha: Duas Rodas Fone: 8916-1815 Setor: Spray Ramo de Atividade: Nome: Mariane da Silva Motta E-mail: mariane.motta@catolicasc.org.br Empresa onde trabalha: Marisol Fone: 9139-7104 Setor: Produto calçados Ramo de Atividade: Vestuário 9 1 INTRODUÇÃO O tema proposto para o projeto é de um Parque de Diversão e apresentamos que muito mais que divertido, um parque de diversão pode trazer benefícios a comunidade e também ao planeta se tornando um local de prática sustentável. Conforme Froehlich (2014) a sustentabilidade pode ser analisada a partir de 5 diferentes dimensões, sendo elas econômica, social, ecológica, cultural e espacial nas quais todas elas tem um impacto tanto num contexto global e empresarial, como um grande impacto nas cidades locais. O ramo de parque de diversão, além de lucrativo, para os próprios donos, conseguem alavancar as regiões próximas transformando em pontos turísticos, assim ajudando no desenvolvimento da cidade, estado e país, gerando empregos a população, utilizando assim das riquezas naturais e de mão-de-obra do próprio local. Iremos apresentar no decorrer do trabalho, as maneiras de diminuir os impactos ambientais que esse tipo de negócio pode apresentar. Um parque de diversão de grande porte, por sua vez, podem caracterizar certos desafios no que tange sustentabilidade por oferecer impactos negativos a natureza. Ao oferecer um serviço, é necessário compreender os possíveis concorrentes e para isso é importante que os gestores façam uma análise de mercado e saiba planejar estrategicamente seus diferenciais, estando preparados para as variáveis culturais, sociais, políticas, tecnológicas e econômicas, sabendo que quando se investe no mercado de negócios estão sujeitos à oportunidades e ameaças de crescimento que poderão fazer com que seus negócios seja rentável ou inviável. Portanto, é indispensável investir em um negócio a partir de um bom planejamento estratégico. 10 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A sustentabilidade abrange as mudanças que o desenvolvimento sustentável oferece para as organizações e o mundo. Para tanto, mesmo que haja grande investimento por parte dos mesmos em busca da preservação ambiental, pode-se notar que essas mudanças têm acontecido lentamente diante as dificuldades que o ecossistema tem enfrentado nos últimos tempos, mesmo que o termo sustentabilidade seja um assunto altamente antigo e severamente discutido e colocado em palta como grande importância para o planeta, no qual se torna imensa a responsabilidade das grandes empresas e potências mundiais em contribuir para a diminuição do impacto ambiental. A sustentabilidade pode ser analisada em dimensões econômicas, sociais, ecológicas, cultural e espacial. Nesse contexto é abordada a sustentabilidade, na qual a importância da conscientização tanto para a comunidade e para o meio ambiente reduz ou eliminam os impactos ambientais. O presente trabalho aborda também a importância e função dos indicadores de sustentabilidade empresarial, que podem mensurar e indicar o desempenho das organizações ao termo sustentabilidade ao tomarem decisões e ações que servem de impacto positivo ou negativo para o ecossistema. É possível dimensionar a proximidade das empresas às dimensões econômica, social e ambiental. Ao apresentar os termos de sustentabilidade e seus indicadores, é importante citar também a prática de desenvolvimento de produtos sustentáveis, que traz real sentido a todos os assuntos tratados no presente relatório. O assunto é de extrema importância por relatar as práticas do processo de produção dos produtos e o impacto que o processo produtivo pode causar para a organização e ambiente ao envolver questões ambientais à criação de cada produto lançado e desenvolvido. Desenvolver produtos sustentáveis é criar mercadorias de qualidade, com baixo custo e alta lucratividade. Para tanto, foram abordadas as estratégias do ciclo de vida do produto, a minimização dos recursos, escolha de recursos e processos de baixo impacto ambiental, a otimização da vida dos produtos, extensão da vida dos materiais e desmontagem. É necessário estar atento as oportunidades e ameaças que o ambiente externo à organização pode causar ao negócio da empresa, bem como o serviço oferecido ou a produção de novos produtos. Para tanto, será apresentado no 11 relatório o embasamento teórico a cerca de Macroambiente e os ambientes que o compõe. Serão citados no relatório os ambientes sociocultural, demográfico, econômico, tecnológico, político legal, natural e as oportunidades e ameaças que podem influenciar na capacidade de produção e faturamento de cada organização e seus respectivos tipos de negócio (OS ORGANIZADORES, 2016). 2.1 SUSTENTABILIDADE O termo sustentabilidade não é totalmente aceita no mundo, por se tratar de algo muito novo acerca do que se refere ao termo. De modo mais prático, a sustentabilidade empresarial pretende avaliar as dimensões ambiental, social e econômica no nível da organização (PINTO, 2005). O conselho empresarial em conferênciano rio de janeiro em 1992, admite que o progresso em direção ao desenvolvimento sustentável é um bom negócio, pois consegue-se criar vantagens competitivas e novas oportunidades (DIAS, 2011). O termo “desenvolvimento sustentável” vem causando mudanças nos modelos de desenvolvimento dos países desenvolvidos. O funcionamento destes modelos vai contra a sustentabilidade, pois derrubava a capacidade de recuperação dos ecossistemas e consumia rapidamente o capital natural. Segundo Ezio Manzini, nossa sociedade e as gerações futuras dependem em longo prazo do funcionamento daquele “mix” de ecossistemas que por simplicidade chamamos de natureza. O que os países e empresas estão fazendo, seja em novas tecnologias, redesign, para frear os impactos no meio ambiente parecem ser insuficientes (MANZINI; VEZZOLI, 2005). Froehlich (2014) afirma que a sustentabilidade pode ser analisada a partir de diferentes dimensões e num contexto global e não apenas empresarial, o conceito de desenvolvimento sustentável apresenta cinco dimensões: a) Econômica: Avaliada no sentido macroeconômico, se torna possível por alocação e gerenciamento de recursos e de investimentos públicos e privados de origem endógena com objetivos de assim crescer. b) Social: É o desenvolvimento sustentável que busca uma sociedade equilibrada com um novo estilo de vida adequado ao momento e ao futuro, visando uma melhoria significativa na qualidade de vida da população 12 mundial, com melhor distribuição de renda, melhorias na saúde, na educação e oportunidades de emprego. c) Ecológica: Neste quadrante, a maior preocupação é o uso racional dos recursos naturais, o consumo de combustíveis fósseis, de recursos renováveis em geral, reduzirem o volume de resíduos e de poluição através das políticas 3R (reduzir, reciclar, reutilizar), reforçar a pesquisa para a obtenção de tecnologias de baixo teor de resíduos e eficientes no uso de recursos para o desenvolvimento urbano, rural, e industrial, definir normas para uma adequada proteção ambiental. d) Cultural: As diversidades cultural e biológica devem estar unidas em busca do desenvolvimento sustentável, considerando os valores culturais específicos de cada região, preservando a natureza e colocando em prática a sustentabilidade de acordo com a cultura da sociedade envolvida. e) Espacial: Busca um equilíbrio na distribuição da sociedade urbana e rural para evitar excesso da população nas áreas metropolitanas, no qual, causa perda da biodiversidade. Para tanto, é estimulado a agricultura e a exploração das florestas através de técnicas modernas, regenerativas, por pequenos agricultores e industrialização com tecnologia limpa. 2.2 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL Para Callado (2010), as dimensões de sustentabilidade são utilizadas para mensurar e indicar o grau de satisfação e desempenho das organizações, bem como possibilitar o planejamento de ações visando melhorias no quesito de Sustentabilidade Empresarial, além de permitir o acompanhamento das variáveis de interesse da empresa. Os indicadores demonstram quanto as empresas se aproximam ou se afastam das diversas dimensões (ambiental, social e econômica) da sustentabilidade e como contribui ou podem contribuir no futuro para melhoria econômica, social e ambiental em nível local, regional ou global (Cunha Callado, 2010). Para Weterings (1994) indicador é um parâmetro ou um valor derivado de parâmetros que apontam ou fornecem informações sobre o estado do fenômeno, 13 meio ou área com uma significância estendida maior que o obtido diretamente pela observação das propriedades. Os indicadores de sustentabilidade dever ser auto complementares a programas de acompanhamento legais existentes. Facilidade de coleta e custo viável, úteis como ferramenta de gestão (BEAVER; BELLOF, 2000). Pinto (2005) ressalta que é muito utilizado para a seleção de indicadores ambientais a ISSO 14031, é um bom guia para as organizações. Sendo assim os indicadores podem ser gerenciais, operacionais e de condições ambientais. Também podem ser considerados alguns aspectos culturais e econômicos (PINTO, Amaral). Bradley e Hartog (1998) propõem uma escala de valoração de 0-10, para mensuração dos indicadores de sustentabilidade empresarial, tomando com exemplo o segmento exploração e produção da indústria de petróleo (BRADLEY; HARTOG 1998). Segue a conceituação das áreas de indicadores de sustentabilidade na perspectiva do autor pesquisado. Pinto (2005) apresenta apenas três dimensões: a) Ambientais: Queima de gás, vazamento de óleo, emissões de gases (CO2, CFCs, etc) b) Sociais: Nível de emprego, educação e treinamento, segurança e saúde na comunidade. c) Econômico: Efeito dos projetos nas comunidades focais, transferência de tecnologia, capacitação de agentes na comunidade. Finalmente, os autores informam que o processo de estabelecimento de indicadores e metas de desenvolvimento sustentável é parcialmente científico e parcialmente político. A ciência descreve o impacto de um determinado poluente atmosférico, por exemplo, no meio ambiente. O processo político, mais abrangente, determina se estes impactos são prioritários ou não para a organização (Pinto, Amaral). Com todos esses argumentos conclui-se que a priorização das metas de desenvolvimento sustentável pode ser modificada em função de parâmetros como custos, tempo, regulação futura, sensibilidades ambientais, locais e opinião pública (PINTO, 2005) Hardi e Barg (1997) afirmam que para aplicar o conceito de desenvolvimento sustentável torna-se fundamental o estabelecimento de indicadores, objetivos e 14 metas que possam dar a medida do desempenho de um país em matéria de sustentabilidade. Uma vez estabelecidas às metas, poderá então em qualquer altura, avaliar a distância que separa a organização da meta definida. Os indicadores na sustentabilidade, assim como em qualquer área, são muito importantes para mensurar o andamento do processo. Os autores afirmam que estes podem ser divididos em dois grupos: indicadores sistêmicos e indicadores de desempenho. Os indicadores sistêmicos, ou descritivos, descrevem um grupo de medidas individuais para 36 diferentes questões características do ecossistema e do sistema social e comunicam as informações mais relevantes para os tomadores de decisão. Devido às incertezas naturais, entretanto, os sistemas são apenas parcialmente ratificados pela ciência e também pelo processo político. Desta maneira, as ferramentas de avaliação são resultantes de um compromisso entre a exatidão científica e a necessidade de tomada de decisão, em função do caráter urgente da ação. Esta limitação pode ser facilmente observável no campo social, onde muitas variáveis não são quantificáveis e não podem ser definidas em termos físicos. Já os indicadores de desempenho são ferramentas para comparação, que incorporam indicadores descritivos e referências a um objetivo político específico. Eles fornecem aos tomadores de decisão informações sobre o grau de sucesso na realização de metas locais, regionais, nacionais ou internacionais. Estes indicadores são utilizados dentro de diversas escalas, no campo da avaliação política e no processo decisório. Os índices de sustentabilidade também são indicadores que condensam informações obtidas pela agregação de dados. No nível mais alto de tomada de decisão eles são necessários, uma vez que são mais fáceis de entender e utilizar no processo decisório. Conforme Van Bellen (2008), vários indicadores de sustentabilidade foram desenvolvidos e testados por instituições internacionais e nacionais a partir da década de 90. Van Bellen (2008) ressalta que, diante da discussão sobre a validade e a aplicação dos métodos de mensuração dos resultados de sustentabilidade, existem quatro com maior destaque, ou seja, são os principaisindicadores internacionais de sustentabilidade identificados através de pesquisa, são eles: o Ecological Footprint (Pegada Ecológica), o Dashboardof Sustainability (Painel de 15 Controle da Sustentabilidade), o BarometerofSustainability (Barômetro de Sustentabilidade) e o Global ReportingInitiative (GRI). 2.3 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS SUSTENTÁVEIS Rozenfeld (2005) afirma que desenvolver produtos consiste em realizar uma gama de atividades por meio da qual se busca, a partir das necessidades do mercado e das possibilidades e restrições tecnológicas e considerando as estratégias competitivas de produto da empresa, chegar às especificações de um produto e de seu processo de produção, para que a manufatura seja capaz de fabricá-lo. O desenvolvimento de produtos sustentáveis pode ser definido como a prática em que questões ambientais são integradas no processo de desenvolvimento de produto (WRIGHT; PEATTIE, 2003).·. Os atuais pressupostos de desenvolvimento de produto em empresas manufatureiras estão predominantemente pautados nos modelos de lucratividade existentes, objetivando-se a geração de mercadorias com alta qualidade, baixo custo e elevada lucratividade. No desenrolar dessa lógica, a dimensão ambiental tende a ser considerada a um custo adicional e sua inserção necessária somente quando imprescindível. Frequentemente os critérios ambientais são ponderados como secundários no processo de desenvolvimento de produtos (KAEBERNICK; KARA; SUN, 2003). 2.3.1 Ciclo de vida do produto Para soluções em que haja uma redução correta e eficaz do impacto ambiental, é necessário considerar todo o ciclo do sistema-produto. Deve ser considerado todo o ciclo de vida e confecção de um produto e também as várias tecnologias de transformação e de beneficiamento dos materiais. Destaca-se a importância da etapa dos serviços de distribuição dos produtos, mesmo sendo essa a que causa menor impacto ambiental em relação a sua produção. São utilizados diversos tipos de materiais para a produção de um produto, sendo assim ocasionando várias formas de impacto ambiental. Pode haver maior impacto ambiental na fase de produção e na fase de eliminação do produto, o peso 16 do impacto de um produto pode mudar segundo o contexto de sua produção e consumo. As causa e efeitos podem se manifestar em todas as fases de uma produção, desde a extração dos recursos, produção dos materiais, transformação, uso pelo consumidor e eliminação final. Todos os processos da produção do produto tem que analisar para se criar estratégias e minimizar os impactos causados no ecossistema. Portanto deve-se estar atento as fases de desenvolvimento e de impacto ambiental de cada produto, seja na produção, manuseio e sua utilização (MANZINI; VEZZOLI, 2005). 2.3.2 Minimização dos recursos Para Manzini e Vezzoli (2005) reduzir o uso de matéria e energia, significa gerar economia ambiental e financeira. Portanto, minimização dos recursos é a redução dos consumos de matéria e energia para um determinado serviço oferecido por tal produto. Segue a conceituação das estratégias para a minimização dos recursos apresentado por Manzini e Vezzoli (2005) no que tange as fases da produção (e pré- produção), distribuição e uso: a) Minimizar o material de um produto: A economia dos recursos adquire um novo valor no contexto social, cultural e econômico. A minimização é a redução da espessura das paredes de um componente e sua desmaterialização própria. b) Minimizar as perdas e os refugos: É considerar as perdas e refugos de produção na fabricação além do material presente no produto acabado. É necessário escolher os processos produtivos e otimizar os parâmetros dos processos de transformação. c) Minimizar a energia necessária para a produção do produto: É a otimização do consumo de energia e insumos ligadas ao processo de produção. d) Minimizar o consumo de recursos no desenvolvimento dos produtos: É aproveitar todas as oportunidades que a tecnologia permite no que se refere a economia de recursos de materiais e insumos envolvidos na fabricação e produção de um bem ou serviço. 17 e) Minimizar o uso de recursos na distribuição: É minimizar o uso de recursos para as embalagens e maximizar a capacidade dos veículos usados e locais de armazenagem. f) Minimizar o uso de recursos durante o uso: É se preocupar na minimização dos recursos ligados especificamente as questões ambientais e refere-se a um sistema mais eficiente de consumo de materiais e energia. 2.3.3 A Escolha de recursos e processos de baixo impacto ambiental Para Manzini (2000) é notório que os produtos com características sustentáveis tem tido um maior destaque do que os produtos “convencionais”, nos últimos anos. Para que um produto seja desenvolvido com uma característica sustentável, ele deve atender aos seguintes requisitos: a) Basear-se fundamentalmente em recursos renováveis; b) Otimizar o emprego dos recursos não renováveis; c) Não acumular lixo que o ecossistema não seja capaz de renaturalizar; d) Agir de modo com que cada indivíduo e cada comunidade das sociedades ricas permaneçam nos limites de seu espaço ambiental e, que cada indivíduo e comunidade das sociedades “pobres” possam efetivamente gozar do espaço ambiental ao qual potencialmente têm direito (HOLMBERG, 1995). Todos os materiais determinam um certo nível de impacto ambiental. Se quisermos fazer comparações, elas devem ser colocadas em relação ao tipo de função e de serviço que os produtos, e não só os materiais, desenvolvem. As causas e efeitos podem se manifestar em todas as fases de uma produção, não somente na extração dos recursos e na produção dos materiais utilizados, mas também na fase de transformação da matéria prima em produto, durante o uso pelo consumidor e na sua eliminação final. Em suma, é importante utilizar o menor número de materiais possíveis, em todo o ciclo de vida do produto. Caso não seja possível a redução, deve-se optar pelo material que possui um reduzido impacto ambiental (MANZINI, 2000). 2.3.4 Otimização da vida dos produtos 18 Para Manzini 2000, a análise acerca da vida útil pode variar de produto para produto e em relação a determinadas funções. Algumas variáveis são: A previsão do tempo de vida de um produto, a quantidade de uso, o tempo de duração das operações ou a vida de armazenagem. Quando se fala de otimização ambiental da vida dos produtos, as estratégias que podem se escolher são duas: a) Aumento da durabilidade dos produtos; b) A intensificação do uso dos produtos; Um produto que é mais durável que outro, exercendo a mesma função, determina geralmente um impacto ambiental menor. Um produto com menor duração, além de gerar mais lixo, gera a necessidade de um substituto para este. Na realidade, nem sempre a extensão da vida útil de um produto reduz o impacto ambiental, como quando um produto possui um impacto ambiental maior na sua fase de uso. (MANZINI, 2000). Um produto quando usado de maneira mais intensa que outro, gera uma redução de quantidade de produtos em determinados momentos, o que acaba gerando menos impacto ambiental. Além disto, se os produtos são usados de maneira mais intensa diminuem a quantidade a ser produzida e quantidade a ser descartado, o que também reduz o impacto ambiental. Para Manzini, as linhas de referência a serem adotadas para a durabilidade e otimização da vida dos produtos são as seguintes: a) Projetar a duração adequada; b) Projetar a segurança; c) Facilitar a atualização e a adaptabilidade; d) Facilitar a manutenção; e) Facilitar a reparação e a reutilização; f) Facilitar a remodelação; g) Intensificar a utilização. 2.3.5 Extensão da vida dos materiais Entender o ciclo de vida dos materiais significa fazê-los viver por muito mais tempo que duram os produtos queesses materiais estão compondo. Este tipo de 19 “reencarnação” dos materiais ocorre através de dois processos fundamentais, onde pode ser materiais reprocessados para serem transformadas em matérias primas secundárias; ou poderão ser incinerados para recuperar o seu conteúdo energético. Quando os materiais das matérias primas secundárias são utilizados para fabricar novos produtos indústrias, o reprocessamento leva o nome de reciclagem. ou seja, por sua vez, diz-se compostagem quando a matéria prima secundaria referida é o composto. Um raciocínio muito comum ainda existente é que a reciclagem é a melhor solução para os impactos ambientais. Mais a reciclagem também pode ter seu próprio impacto ambiental, e entre eles não podemos esquecer o transporte que agride o meio ambiente com a fumaça que sai do escape do veiculo. É muito importante projetar produtos que sejam facilmente reciclados, mas isso só será possível após uma análise de ciclo de vida completo do produto que será proposto; sem esquecer-se de considerar, o impacto ambiental que esse produto pode vir a causar proveniente do processo de reciclagem, e também, questionar se o produto realmente será reciclado após o seu uso. Por fim, não é simples afirmar qual dos dois serviços causara maior impacto ambiental, a incineração ou a reciclagem, pois, com a combustão dos plásticos, do carvão e do papel, produz fumaças e deixa sérios resíduos no meio ambiente. 2.3.6 Desmontagem Conceber e projetar produtos facilitando a sua desmontagem. Ou seja, tornar ágeis e econômicos o desmembramento das partes dos componentes e da separação dos materiais. O fato de se poder separar facilmente as partes dos produtos facilita muito para a manutenção, a reparação, a atualização e a refabricação dos produtos. Sendo que separando os matérias facilita, por um lado, a reciclagem, ou seja, quando os materiais são da mesma classe, e por outro lado, o isolamento, quando os materiais são da classe dos tóxicos ou danosos. As razões ambientais que são utilizadas a Designer for Disassembly (DFD), é a extensão da vida dos produtos, sendo, a manutenção, a reparação, a atualização e a refabricação, elevando a vida dos materiais como: a reciclagem, a compostagem e a incineração, tendo a possibilidade de tornar inertes os materiais tóxicos e danosos. 20 O DFD, é importante para várias estratégias de redução do impacto ambiental mas, também, porque nessa área o projetista pode e deve ter um papel fundamental. Para que o DFD, seja feito com eficácia, é importante que seja consideradas as tipologias de desmontagem, tendo as razões e as prioridades ambientais, não esquecendo das razões econômicas para aplicação (MANZINI; VEZZOLI, 2005) 2.4 MACROAMBIENTE Kotler (2008) afirma que as empresas que são bem sucedidas reconhecem e respondem rentavelmente as necessidades que não foram atendidas e as tendências do macroambiente. As empresas poderiam lucrar uma fortuna se pudessem resolver qualquer desses problemas. Mesmo nas economias que o crescimento é lento, alguns empreendimentos individuais administram para tentarem criar algumas soluções novas para atender as necessidades existentes. O ambiente externo revela muitas oportunidades passíveis de ser exploradas por empreendedores. Portanto, é importante acompanhar a evolução e mutações no macroambiente. O macroambiente engloba os fatores externos que podem causar algum impacto no mercado. Há muitas áreas potencialmente interessantes para a iniciativa empreendedora. Por isso, é necessário que o empreendedor se mantenha atento as mudanças que ocorrem no ambiente externo. Que o mesmo monitore as tendências sociais, políticas, econômicas, tecnológicas, demográficas, locais, regionais, nacionais e mundiais, para detectar oportunidades de mercado. As tendências sociais também podem representar oportunidades de mercado, pois há mudanças de hábitos nas sociedades que podem ser aproveitadas. A expansão das cadeias de fastfood se deve também ao fato de o público ter menos tempo de cozinhar, buscando no mercado algo rápido e que o satisfaça (FERREIRA, 2010). O macroambiente procura entender e visualizar todo o ambiente de forma sistêmica na empresa através de dados passados assim pensando no futuro e prevendo diminuir a margem de erros referente aos diferentes ambientes. A empresa precisa entender quais as variações ambientais podem estar correlacionadas aos resultados obtidos pela indústria, como têm evoluído, como 21 afetam os resultados da empresa e sua projeção. Acreditando-se assim que dessa forma será mais fácil prever os cenários futuros para tomada de decisões. Para conseguir entender melhor o macroambiente, é necessário organizá-los por uma subdivisão de ambiente sociocultural, demográfico, econômico, tecnológico, político-legal e por fim ambiente natural. Ainda sobre macroambiente acerca de entender quais são os motivadores de compra, é permitido entender as relações sociais e psicológicas dos indivíduos, se são ou não influenciados em questão de distribuição geográfica, religião, classe social, entre outros fatores. Depois o estudo de ambientes demográficos e econômicos, que é relevante para questão de demanda de mercado. O ambiente tecnológico, pois a tecnologia é um fator que vem se desenvolvendo cada vez mais rápidamente, podendo ajudar a criar uma nova indústria assim como a alteração de uma já existente. Por último, o estudo trata-se do ambiente político-legal, que fornecem um conjunto de restrições e incentivos as relações produtivas comerciais, e o ambiente natural (CECCONELLO; AJZENTAL, 2005). 2.4.1 O ambiente sociocultural O ambiente social do marketing é constituído pelas pessoas de uma sociedade e seus valores, crenças e comportamentos. Os profissionais de marketing descrevem esse ambiente de acordo com quem são as pessoas (idade, renda, cidade natal e etc) e com as características de sua cultura. As mudanças no ambiente social podem apresentar novas oportunidades e desafio. Para descrever o ambiente social é utilizado dados demográficos básicos que são utilizados de diversas fontes, como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geográfia e Estatística), o Ministério do Trabalho e do Emprego, o MEC (Ministério da Educação e Cultura) e o Ministério da Previdência e Assistência Social, são importantes fornecedores de dados sobre a população brasileira (CHURCHILL; PETER 2000). Kotler e Keller (2012) destacam que para os profissionais de marketing, a persistência dos valores culturais centrais e a existência de subculturas são interessantes. Crenças e valores centrais são transmitidos de pais para filhos e reforçados pelas instituições sociais. No entanto, as crenças e valores secundários são mais propensos a mudanças. Para os profissionais de marketing, há possibilidade de mudar os valores secundários, mas pouco pode fazer contra os 22 valores centrais, por serem bastante persistentes, mesmo assim as mudanças culturais acontecem. Toda sociedade contém subculturas, grupos com valores compartilhados que surgem de suas experiências de vida ou circunstâncias especiais. As classes sociais são homogêneas e duradouras numa sociedade, são hierarquicamente estruturadas, existentes em todas as áreas, de pequenas a grandes cidades. A posição de hierarquia do indivíduo não se prende somente a renda, no entanto, leva-se em conta o tipo de renda, ocupação, o tipo de casa e a área de residência dentro da comunidade. Os indivíduos possuem preferências distintas de produtos e marcas. As convicções ,valores, linguagem, religião, arte, princípios, leis, educação, costumes, hábitos e capacidade é um composto da cultura de uma sociedade, podendo assim definir necessidades e serem associados aos produtos e serviços (SANDHUSEN, 2003). A sociedade na qual as pessoas nascem e convivem, molda suas crenças,valores, normas e costumes. As pessoas absorvem, quase inconscientemente, uma visão do mundo onde é definido o seu relacionamento consigo mesmo, com os outros que estão ao seu redor na sociedade e também com o universo (KOTLER, 2008). 2.4.2 Ambiente demográfico Churchill e Peter (2000) afirmam que a demografia é o estudo das características de uma população, o que inclui idade, índice de natalidade, índice de mortalidade, estado cívil, instrução, crença religiosa, etnia, imigração ou distribuição geográfica. Os profissionais de marketing usam a demografia para analisar mercados, aprender sobre os clientes e criar valor para eles. A identificação de mudanças e tendências numa população é essencial para a estratégia de marketing. A localização geográfica, idade, raça, sexo e níveis de renda e de instrução são apenas algumas das diferenças entre as pessoas. Para Kotler e Keller (2012) é previsível os desdobramentos demográficos, e são destacados o crescimento da população mundial, faixa etária da população, mercados étnicos e outros, graus de instrução e padrões familiares. 23 2.4.3. Ambiente econômico De acordo com Churchill e Peter (2000) o ambiente econômico para o marketing envolve a economia como um todo, incluindo ciclos de negócio e padrões de gastos, além de questões referentes a renda do consumidor. Aprender sobre o ambiente econômico ajuda os profissionais de marketing a determinar se os clientes estarão dispostos e terão condições de gastar dinheiro em produtos e serviços. Os padrões de gastos estão vinculados ao ciclo de negócios, ou o padrão do nível de atividade econômica, que passa pelas as etapas de prosperidade, de recessão e de recuperação. Durante tempos de prosperidade, a produção e o emprego atingem níveis altos. Muitos consumidores demandam mais bens e serviços e gastam livremente não só produtos básicos, mas também em artigos de luxo como férias, roupas de grife e lazer. Nesse momento, os consumidores querem o melhor e estão dispostos a pagar por isso, assim os profissionais de marketing introduzem novas versões de luxo de seus produtos. Em tempos de inflação, os preços em elevação reduzem a quantidade de bens e serviços, esse é um problema para os clientes caso sua renda não acompanhar a taxa de inflação. Durante uma recessão, os consumidores reduzem os custos e cuidam de suas reservas financeiras. Ambos os tipos de compradores podem limitar-se a comprar o básico e procurar o melhor negócio. Para prosperar em tempos de recessão é necessário oferecer produtos ou serviços de qualidade por menor valor. Conforme a economia torna-se mais forte, os compradores começam a relaxar e a gastar mais livremente e a prosperidade pode retornar. Para Sandhusen (2003) os ciclos empresariais, a inflação, o desemprego e os padrões de distribuição de renda podem afetar os padrões de compra do consumidor. Os mercados exigem um poder de compra, além de pessoas. O poder de compra é baseado na economia dependendo da renda atual do consumidor, preços, poupanças, empréstimos e disponibilidade de crédito. As empresas devem estar 24 bem ligadas às principais tendências nos padrões de renda e de gastos em bens de consumo (KOTLER, 2008). 2.4.4 Ambiente tecnológico O conhecimento científico, a pesquisa, as invenções e as inovações que resultem em bens e novos serviços ou aperfeiçoados constituem o ambiente tecnológico. Os desenvolvimentos tecnológicos proporcionam oportunidades importantes para melhorar o valor oferecido aos clientes. Quando as organizações não acompanham as mudanças, a tecnologia torna-se uma ameaça. Manter-se em compasso com os desenvolvimentos tecnológicos é importante para profissionais de marketing que servem a clientes empresariais (CHURCHILL; PETER, 2000). O avanço da tecnologia influência em oportunidades para o mercado e empresas, na criação de novos bens e serviços para vender, no aperfeiçoamento dos produtos existentes e por forçar os preços para baixo com processos de fabricação e distribuição mais econômicas (SANDHUSEN, 2003). A principal moldagem na vida das pessoas é a tecnologia. A tecnologia está descobrindo maravilhas, como por exemplo: penicilina, cirurgia do coração e pílulas para controle da natalidade. Mais também tem seus lados negativos, com a fabricação da bomba de hidrogênio, gás que ataca o sistema nervoso. Mais também devemos agradecer a tecnologia, pois, temos os automóveis, eletrodomésticos, internet e etc (KOTLER, 2008). 2.4.5. Ambiente político legal Para Churchill e Peter (2000) o ambiente político legal influencia as estratégias de marketing por meio de leis, regulamentações e pressões políticas. As organizações não funcionam seguindo suas próprias regras, mas devem atender seus clientes, aos governos federal, estaduais e municipais, estes constituem o ambiente político-legal. A submissão as leis e regulamentações podem limitar as atividades de marketing (teste de produtos, embalagem, política de preços, propaganda e vendas de certos produtos e serviços para menores), mas também são uma fonte de oportunidades para as organizações que fornecem bens e serviços. Estar de acordo e ciente com as leis e regulamentações federais, 25 estaduais e municipais relevantes, previne a empresa de multas e processos, além de transmitir segurança a seus clientes.As leis governamentais podem tentar impedir que o poder da indústria se concentre nas mãos de algumas poucas empresas gigantese se destinar a proteger os consumidores. As pessoas podem fazer pressão para aprovar ou rejeitar leis que afetarão os profissionais de marketing, em assuntos como quando e onde bebidas alcoólicas podem ser vendidas, se as lojas podem permanecer abertas em domingos e feriados. Czinkota (2001) afirma que o ambiente político legal e político estipula força externa para os empresários por estabelecer regras e regulamentações que refletem nos negócios da empresa, é importante estar atentos e conformar-se com as regras e regulamentações. No entanto, pode ser visto de forma positiva quando essas regras e regulamentações protegem a empresa e o consumidor de alguma forma específica. As decisões de marketing são fortemente afetado devido o desenvolvimento do ambiente politico e legal. Este grupo é feito de leis, e órgãos governamentais e grupos de pressão que influenciam e dão limites a várias organizações e indivíduos em sociedade. Mas ás vezes essas leis ajudam as empresas criando oportunidades, exemplos: as leis que obrigam o reaproveitamento de materiais deu grande impulso na indústria de reciclagem (KOTLER, 2008). 2.4.6 Ambiente natural O ambiente natural envolve os recursos naturais disponíveis para a organização ou afetadas por ela. Acerca de todos os elementos da natureza, podem ser parte do ambiente natural de uma empresa, sendo ou não utilizados por ela para produzir seus bens ou serviços. O clima também pode influenciar a capacidade da empresa, assim como as atividades da empresa também podem afetar o ambiente natural gastando ou repondo recursos e aumentando ou reduzindo a poluição. Toda a fabricação de produtos utiliza recursos naturais, a organização pode sofrer falta de produtos quando a oferta de um recurso natural se esgota ou por acontecimentos não esperado. É necessário desenvolver estratégias diante os acontecimentos que prejudicam o acesso aos recursos naturais, bem como conscientizar as organizações das questões ambientais e seu impacto. Para tanto, as organizações 26 podem produzir bens recicláveis ou utilizar materiais reciclados na fabricação de seus produtos e assegurar que sejam bons para o meio ambiente ou, pelo menos, causem pouco ou nenhum dano a ele (CHURCHILL; PETER 2000). Crocco (2010) defende que as empresas, ao explorar o ambiente natural de forma consciente e sustentável podegerar vantagem competitiva e evitar comprometer sua imagem e o esgotamento de suas fontes de matéria prima. Logo, é necessário uma preocupação em abrir espaço para a pesquisa e o desenvolvimento de novos motores, mais eficientes, novas fontes de energia limpa, e produtos que advêm da reciclagem. Para Kotler (2008) a deterioração do ambiente natural é um dos assuntos mais importantes dos anos 90. Em várias cidades do mundo a poluição do ar e da água é assustadora, tem atingido níveis muito preocupantes. Há uma grande preocupação com os produtos químicos que causam a contaminação do solo, da água e do ar, aqueles produtos que não são descartados corretamente ou o alto nível de poluição do ar devido ás fumaças das empresas, automóveis, etc (KOTLER, 2008). 2.4.7 Oportunidades e ameaças Uma organização deve acompanhar e avaliar importantes forças macroambientais e microambientais que podem afetar sua capacidade de obter lucros. Sendo assim, é viável que estabeleça um sistema de inteligência de marketing para acompanhar tendências e mudanças relevantes, além de identificar as oportunidades e ameaças. O ideal é desenvolver e lucrar a partir das oportunidades, no qual, pode ser oferecido um produto ou serviço de oferta escassa ou já existente de maneira inovadora e superior, ou na criação de algo totalmente novo no mercado. O importante é saber identificar as oportunidades. Diante as ameaças externas deve-se ter de ante-mão uma estratégia de marketing defensiva para evitar declínio das vendas e perdas nos lucros da organização (KOTLER; KELLER, 2012). Para Czinkota (2001) a competitividade leva as empresas a estarem atentas às ameaças e oportunidades do mercado, uma empresa competitiva é eficaz e eficiente em relação a concorrência. Para tanto estar atento as mudanças, lançamentos, tecnologias e afins fará da organização competitiva e sólida no que 27 tange serviços e produtos, resultando na lucratividade e sucesso. Logo, compreender os concorrentes e obter vantagem explorando suas fraquezas é aproveitar as oportunidades. Portanto, alguns elementos devem ser observados: a) Analisar as mudanças do mercado; b) Analisar as barreiras que bloqueiam a entrada de recém chegados no mercado; c) Criar uma competição cabeça-a-cabeça; d) Analisar as novas tecnologias; e) Identificar as habilidades e competências específicas, no que tange as compras, pós venda, ciclo do pedido-entrega; f) Quanto mais informação, maoir será a qualidade dos produtos e a competição no mercado; g) Analisar a concorrência internacional. Quadro 1 – Os fatores do ambiente externo Variáveis do Macroambiente Exemplos Econômicas Crescimento do PIB Balanço de pagamentos Reservas cambiais Balança comercial Taxa de inflação Taxas de juros Estabilidade monetária Mercado de capitais Arrecadação de impostos Distribuição de renda Sociais Estrutura socioeconômica Condições de vida Estrutura de consumo Estilo de vida Sistema de valores Estrutura sindical Tipos de conflito Graus de participação Características ideológicas Estrutura politica Características organizacionais Tipos e grau de participação Culturais Níveis de escolaridade Grau de alfabetização Características de orientação educacional Veículos de comunicação Demográficas Densidade populacional Mobilidade da população Taxa de crescimento demográfico Composição da população 28 Políticas Políticas Fatores de poder Fatores políticos Sindicatos instituições religiosas Forças armadas Associações de classe Empresas multinacionais Empresas estatais Ministérios Poder legislativo Poder executivo Poder judiciário Estrutura de poder-regime de governo Importância relativa dos fatores de governo Tipos de relacionamento entre fatores Tipos de participação dos fatores Resultante da dinâmica da estrutura do poder Política tributaria Política de distribuição de renda Política de relações externas Política de estatização Política de segurança nacional Tecnológicas Capacidade de aquisição e desenvolvimento de tecnologia Proteção de patentes Ritmo de mudanças tecnológicas Orçamento de pesquisa e desenvolvimento Transferência de tecnologia Legais Legislação tributária Legislação trabalhista Legislação comercial Natural Índice de poluição sonora Índice de poluição atmosférica Índice de poluição hidrológica Índice de poluição visual Legislação sobre o uso do solo e meio ambiente 3 METODOLOGIA Crocco (ANO) afirma que toda pesquisa quando iniciada, deve ser feita por etapas, ou seja, identificar o que será pesquisado, analisar a forma de pesquisa, indicar os pontos importantes encontrados na pesquisa e implementar a pesquisa com o que foi entendido.Depois de seguidas toas essas etapas, e através do levantamento de fatos importantes que se constrói uma pesquisa eficaz e confiável. A partir de algum tema, e as suas respostassão que levam os pesquisadosa algum lugar com o seu trabalho. Grandes descobertas e acontecimentos na humanidade foram entendidos por análises para até chegar a uma solução. A metodologia de pesquisa (qualitativa ou quantitativa) refere-se ao caminho escolhido para se chegar 29 ao fim proposto pela pesquisa. É a escolha que o pesquisador realizou para abordar o objeto de estudo. Para Crocco et al. (2010 ,p. 80) ,qualquer pesquisa é de extrema importância determinar será feita de forma qualitativa, uma metodologia de pesquisa não estruturada , baseada em pequenas amostras, na qual o ai importante é em relação ao entendimento das pessoas, ao invés de olhar para os número apresentados nela além de obter uma compreensão das razões e motivações envolvidas nelas Uma das formas de obter dados qualitativos nesse tipo de pesquisa é por meio de focusgroups , ou seja, pesquisa em grupos de focos. Em relação a pesquisa quantitativa, o que difere da qualitativa é que nela as quantidades são os fatos mais importantes por meio de coleta de dados. Tem como objetivos quantificar os dados e generalizar os resultados da amostra para a população-alvo através de grande quantidade de casos representativos além de amostras representativas de coletas de dados estruturada e análise estatística de dados. Caracteriza-se por obter indicadores estatísticos. 3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA De acordo com Zikmund (2006) a pesquisa de marketing pode ser classificada de acordo com uma base técnica e funcional. Experimentos, levantamentos e estudos de observação são somente algumas das técnicas de pesquisa comuns. Classificar a pesquisa segundo seu propósito ou função mostra como a natureza do problema de marketing influencia a escolha dos métodos. Segundo Chaoubah e Barquette (2007) é importante ter-se em mente, também, que o fato de se realizar uma pesquisa previamente à tomada de decisão não garante sucesso. Mesmo que uma pesquisa seja feita com rigor e produza informações com qualidade, a implementação dos resultados pode encontrar empecilhos de outra ordem, por exemplo: interpretações equivocadas dos resultados, resistencia dos órgãos da empresa e boicotes. Segundo Aaker, Kumar e Day (2004) o objetivo das pesquisa é uma declaração com a terminologia mais precisa possível, de quais informações são necessárias. Esse objetivo deve ser elaborado de tal forma que a obtenção das informações assegure a satisfação do propósito da pesquisa. Os autores ainda afirmam que os objetivos possuem três elementos: 30 a) Questão de pesquisa:Pegunta qual informação específica é necessária para atingir seus propósitos. Se a pergunta for respondida pela pesquisa, seus resultados terão validade no auxílio a tomada de decisões. b) Desenvolvimento de Hipóteses: o pesquisador deve dedicar um tempo e um esforço para especular sobre possíveis respostas à questão, que surgirãocom a pesquisa. Fazer isso, às vezes fica claro que todo mundo sabe de antemão as respostas. c) Escopo ou limites da pesquisa: O interesse da pesquisa é apenas na população masculina ou todos os habitantes de dada região? A questão da pesquisa limita-se a determinar uma atitude genérica em relação a um novo automóvel, ou é preciso descobrir atitudes específicas dos consumidores sobre itens como espaço interno, direção, economia, estilo e acabamento? Muito da comunicação entre o pesquisador e o cliente será em torno desta questão. 3.1.1 Pesquisa exploratória De acordo com Zikmund (2006) a pesquisa exploratória é conduzida para esclarecer a natureza de problemas ambíguos. Embora a gerência possa ter descoberto um problema geral, poderá precisar da pesquisa para ter melhor compreensão das dimensões do problema e para ajudar na análise. A pesquisa exploratória não pretende fornecer evidências conclusivas para que se determine um curso de ação. Em geral, é conduzida com a expectativa de que será necessária uma pesquisa subsequente para fornecer evidências conclusivas. Passar apressadamente para levantamentos detalhados antes que fontes de informação mais baratas e mais prontamente disponíveis tenham sido exauridas pode levar a sérios erros. Malhotra (2005) afirma que o objetivo da pesquisa exploratória é explorar ou examinar um problema ou situação que possa proporcionar conhecimento e compreensão. Uma pesquisa exploratória pode ser utilizada para alguns propósitos como será mencionado abaixo: a) Para formular um problema ou definir um problema com mais precisão. b) Para identificar cursos alternativos de ação. c) Para desenvolver hipóteses. 31 d) Para isolar variáveis e relacionamentos-chave para uma análise adicional. e)Para uma melhor percepção a fim de elaborar uma abordagem do problema. A pesquisa exploratória depende muito da curiosidade e dos objetivos que o pesquisador quer obter. Ou seja, é mais como um processo de descoberta informal. Porem as habilidades do pesquisador não são as únicas coisas determinantes para realizar uma boa pesquisa exploratória. 3.1.2 Pesquisa descritiva Seu principal objetivo é descrever as características de uma população. Esta pesquisa busca responder as perguntas quem, o que, quando, onde e como. A pesquisa descritiva auxilia na escolha dos públicos alvo. Ela é usada para revelar a natureza da compra ou de outro comportamento do consumidor. Segundo Barquette e Chaoubah (2007), esse tipo de pesquisa descreve características do objeto de estudo como, tamanho de um mercado, tamanho e características de segmentos e nichos, comportamento de consumidores, atributos de produtos, satisfação e opinião de consumidores. Os autores ainda afirmam que existem duas abordagens dentro das pesquisas descritivas: a) Survey: Pesquisa baseada em interrogatório de pessoas sobre um problema de pesquisa. O instrumento de coleta de dados utilizado é o questionário.. b) Pesquisa por observação: Não envolve o interrogatório dos participantes. O pesquisador posiciona-se em local apropriado, de forma a observar o comportamento de pessoas em certas situações.É usada quando as ações do pesquisado forem mais contundentes que seus relatos ou quando for impossível entrevistar diretamente os participantes. A pesquisa descritiva é uma pesquisa conclusiva que tem como principal objetivo a descrição de algo, geralmente características ou funções de mercado. A grande parte de uma pesquisa de mercado comercial é descritiva em sua natureza e geralmenteéútil quando perguntas de pesquisa são relativas à descrição de um fenômeno de mercado, como por exemplo a frequência de compra, a seguir será apresentado algumas funções da pesquisa descritiva: 32 a) Para desenvolver o perfil de um mercado-alvo; b) Para estimar a frequência de uso de um produto como base para a previsão de vendas; c) Para determinar o relacionamento entre o uso do produto e a percepção das suas características; d) Para determinar o grau ao quais as variáveis de marketing estão associadas. A pesquisa descritiva também supõe que o pesquisador tenha conhecimento anterior sobre o problema. Isso é o que diferencia a pesquisa exploratória e a descritiva (MALHOTRA, 2005). 3.1.3 Pesquisa qualitativa Malhotra (2005) ressalta que a pesquisa qualitativa proporciona melhor visão e compreensão do problema. Ela também explora com poucas ideias preconcebidas sobre o resultado que é feito dessa investigação. Além de definir o problema e desenvolver uma abordagem, a pesquisa qualitativa também é apropriada em situações de incerteza, como quando os resultados conclusivos saem diferente das expectativas esperadas. A mesma pode fornecer julgamentos antes ou depois do fato. A pesquisa qualitativa descobre achados e reações não antecipadas com o objetivo de descobrir preliminares sobre os problemas de pesquisa, a mesma pode sondar com profundidade as áreas que a pesquisa quantitativa é superficial para acessar. Nela é possível a aproximação dos pesquisadores e clientes dos consumidores. A pesquisa qualitativa é eficiente para estudos que envolvem motivações psicológicas completas, é precisa e rápida de aplicar, pode ser finalizada em menos tempo e baixo custo. É possível coletar dados aprofundados sobre as atitudes, crenças, emoções e percepções dos respondentes (HAIR; WOLFINBARGER; ORTINAU; BUSH, 2010). 3.1.4 Pesquisa quantitativa Malhotra (2005) afirma que a pesquisa quantitativa procura qualificar os dados, busca uma evidência conclusiva, que são baseadas em amostras grandes e 33 representativas e, de alguma forma, aplica análise estatística. Contrastando com a pesquisa qualitativa as descobertas da pesquisa quantitativa pode ser tratadas como finalizadas e podem ser utilizadas para recomendar um curso de ação final. A abordagem da coleta de dados poderá variar por toda uma série, de altamente estruturada para completamente desestruturada. A pesquisa quantitativa é direcionada a uma grande quantidade de respondentes, usa pergunatas formais e seu objetivo é obter informações para realizar previsões precisas de comportamento e fatores de mercado, descobrir fatos novos, validar relações e testar hipóteses. A pesquisa quantitativa é mais confiável que a qualitativa (HAIR; WOLFINBARGER; ORTINAU; BUSH, 2010). 3.2 POPULAÇÃO ALVO Malhotra (2011) define que população é um conjunto de elementos de características comuns. Os elementos podem ser o objeto ou pessoa da qual se busca as informações. Todo projeto de pesquisa requer uma população exclusivamente definida, no qual o objetivo é obter informações sobre as características ou parâmetros de uma população. É possivel obter informações sobre os parâmetros da população realizando um censo ou uma amostra. A amostra é um subgrupo da população, que é favorecida pelo limite de orçamento e de tempo, sendo viável em pesquisas que envolvem grande população, como usuários de produtos de consumo. O processo de medição da amostragem é preferível quando resultar na destruição ou consumo do produto. Para focar atenção em casos individuais, como em entrevistas em profundidade é utilizado a amostragem que também pode ser favorecida ao manter sigilo do estudo. Uma representação imperfeita da população de interesse, como amostra específica selecionada pode causar o erro de amostragem. Os erros na definição do problema, abordagem, escalas, elaboração de questionário, métodos de levantamento, técnicas de entrevista e preparação e análise dos dados podem resultar dos erros de não amostragem.O custo dos erros de amostragem é pequeno quando comparado ao custo dos erros de não amostragem. O modelo de amostragem é dividida em cinco etapas: definição da população, determinação da estrutura da amostragem, seleção de técnicas de 34 amostragem, determinaçãodo tamanho da amostra, execução do processo de amostragem. Segue a conceituação das técnicas nas perspectivas do autor pesquisado. Malhotra (2011) apresenta as técnicas de amostragem probabilística e não probabilística e fornece uma visão geral dos assuntos e como eles fluem de um para o outro. As técnicas de amostragem não probabilística mais utilizadas são: a) Amostragem por conveniência: é obtida de uma amostra de elementos baseada na conveniência do pesquisador que seleciona as unidades de amostragem por entrevista e os entrevistados são escolhidos por estarem no lugar e momento certo. Os entrevistados podem ser alunos, grupos de igreja, membros de organizações sociais, abordagem em shoppings conduzidas sem qualificar os entrevistados, lojas de departamento que utilizam lista de clientes, questionários destacáveis incluídos em uma revista, entrevistas com transeuntes e navegadores da Internet.Além de rápida e barata, a amostragem por conveniência tendem a ser acessíveis, fáceis de medir e cooperativas, são úteis na pesquisa exploratória, objetivando gerar ideias, adquirir novas compreensões e desenvolver hipóteses. b) Amostragem por julgamento: os elementos populacionais são selecionados com base no julgamento do pesquisador que escolhe os elementos da amostra acreditando representar a população de interesse. Essa amostragem é conveniente, rápida e não tem custo elevado, porém vai depender da habilidade e criatividade do pesquisador. c) Amostragem por cota: São feitos em dois estágios, no primeiro estágio é utilizado o julgamento para identificar categorias importantes (idade, sexo, etnia) estimada na distribuição da população alvo. As cotas garantem que a composição de amostra e população sejam as mesmas com relação às características de interesse. No segundo estágio é utilizado o processo por conveniência ou julgamento para selecionar os elementos a serem incluídos na amostra, no entanto é necessário que esses elementos correspondam às características de controle. Nesse sentido, essas características podem passar desapercebidas no processo de estabelecimento de cotas, sendo assim a amostra não corresponde a população em caratcterísticas de controle relevante. A amostragem por cota não permite uma avaliação do erro, são representativas a um custo relativamente baixo. 35 d) Amostragem bola de neve: Os entrevistados são escolhidos aleatóriamente, no qual os mesmos indicam outros participantes da amostra, o que dá o nome de bola de neve, pois uma referência é obtida da outra e é utilizada para estudar características raras ou difíceis de identificar na população. A amostragem bola de neve aumenta as chances de localizar a característica desejada na população com pouca variação e baixo custo. Essa amostragem tem seu início como probabilística e o resultado é uma amostra não propabilística. Malhotra (2011) ressalta que em termos de eficiência de amostragem, os custos aumentam com a melhoria da precisão, na medida que conforme seja maior a necessidade de precisão da pesquisa, maior serão os custos da amostragem. Dentre essas técnicas estão: a) Amostragem aleatória simples: cada elemento da amostra é selecionado independentemente do outro, cada elemento da população possui uma probabilidade conhecida ou igual de ser a amostra selecionada. Nessa amostra são atribuídos a cada elemento um número aleatório de identificação único para determinar qual elemento selecionar. A AAS é de fácil compreensão e produz dados que representam a população alvo. b) Amostragem sistemática:é selecionado um ponto de partida aleatório e após, cada elemento é selecionado sucessivamente na estrutura de amostragem. Os elementos da população são organizados de alguma forma relacionada de acordo com o interesse do pesquisador. A amostragem sistemática tem baixo custo e pode ser empregada no consumidor por meio de correspodência, telefone e abordagem pessoal. c) Amostragemestratificada:é realizada em duas etapas, na primeira a população é dividida em subgrupos chamados estratos, os elementos são distribuídos somente em um estrato, sem omitir qualquer elemento. Na segunda etapa, os elementos de cada estrato são selecionados de forma aleatória, sendo assim empregado a amostragem aleatória simples na escolha dos elementos. Portanto, ao seguir os critérios de homogeneidade, heterogeneidade, afinidade e custos, as variações são reduzidas. A amostragem estratificada busca aumentar a precisão sem elevar os custos, no entanto, as variáveis de estratificação devem ser fáceis de medir e de aplicar. 36 d) Amostragem por agrupamento: é utilizado a amostragem aleatória simples assim que apopulação alvo é subdividida em agrupamentos para a escolha de uma amostra aleatória. Na amostragem por agupamento de único estágio, todos os elementos do agrupamento são incluídos na amostra e na amostragem por agrupamento de duplo estágio, é tirada uma amostra de elementosde forma probabilística de cada agrupamento selecionado. A amostragem por área é comum nesse sentido, pois os agrupamentos são baseados nas áreas geográficas, podendo ser aplicada nos dois estágios. Logo, a amostragem por agrupamento possui viabilidade no que tange estruturas de amostragem frequentemente disponíveis quando em agrupamentos em relação a elementos da população e também sendo a técnica de amostragem probabilística de melhor custo-eficiência e baixo custo. Para Zikmund (2006) no início do processo de amostragem, é vital defir a população alvo de forma que posssam ser identificadas as fontes apropriadas a partir das quais os dados serão coletados. Para definir esta população alvo, os pesquisadores devem responder a pergunta: “Com quem queremos falar?”. Para implementar a amostra no campo, características tangíveis devem ser usadas para definir a população. Zikmund (2006) lista algumas formas de amostragem não-probailística: a) Amostragem de conveniência: Se refere ao procedimento de amostragem que aborda pessoas ou unidades que estão mais convenientemente disponíveis. É uma maneira mais rápida e econômica para que os pesquisadores obtenham um grande número de questionários respondidos. b) Amostragem por julgamento: É uma técnica onde um indivíduo experiente define a amostra com base em seu julgamento sobre alguns pré requisitos exigidos para o respondente. c) Amostragem por cotas: Nesta amostragem, o pesquisador possui cotas a serem atingidas. O próprio pesquisador é responsável por descobrir pessoas suficientes para atingir a cota. Zikmund (2006) também lista formas de amostragem probabilística, onde todas as técnicas são feitas através de seleção aleatória: 37 a) Amostragem aleatória simples: Garante que cada membro da população tenha chance igual de ser incluído na amostra. Sortear nomes dentro de um saco é um exemplo desta amostragem. b) Amostragem sistemática: Nesta amostragem, um ponto de partida é escolhido. Em seguida cada enésimo número da lista é selecionado. c) Amostragem estratificada: Uma ou mais variáveis são selecionadas e identificadas como base eficiente para estratificação. d) Amostragem por cluster: Seu propósito é fazer uma amostra de forma econômica preservando ao mesmo tempo as características de uma amostra probabilística. e) Amostragem por área em multi-estágios: Semelhante a amostragem por cluster, porém com dois ou mais passos que combinam algumas tecnicas probabilísticas. 3.3 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS Barquette e Chaoubah (2007) afirmam que a coleta de dados é a etapa quando os pesquisadores entram em contato com os entrevistados por meio pessoal, telefônico, pela internet , por meio da observaçãopara coletar e registrar dados da pesquisa. Essa etapa do processo de pesquisa é muito sucetiva ao erro, a seleção dos pesquisadores dependerá da natureza e complexidade do tema de pesquisa,à composição da amostra selecionada e ao método de contato, após serem selecionados, os pesquisadores passam por treinamento para a coleta de dados. A aplicação do instrumento de pesquisa deve ser padronizada para os pesquisadores e entrevistados, bem como a abordagem da mesma em sua aplicação. A coleta de pesquisa deve ser supervisionada e checada por pessoas experientes na área.Os elementos a serem supervisionados e checados na coleta de dados são: a) A qualidade dos quetionários aplicados; b) A respeito dos pesquisadores de campo pelo plano amostral; c) A veracidade dos questionários respondidos. A análise dos dados são realizados por meio de processos diversos e distintos. No que tange a estatística descritiva, a análise exploratória de dados e a inferência estatística. A estatística descritiva é simples e significativa e bastante 38 usada em pesquisas. Para a aálise de dados é empregado a distribuição de frequência que consiste em classificar os elementos de pesquisas em categorias previamente definidas no instrumento de pesquisa. Outro tipo de análise bastante útil é a tabulação cruzada que envolve mais de uma variável. A análise exploratória de dados pode identificar se a distribuição é normal ou não, informando os valores da média e do desvio padrão. 3.3.1 Dados primários e dados secundários De acordo com Barquette; Chaoubah (2007) as fontes de dados secundários reúnem dados coletados para outro fim e já tratados e utilizados para outras pesquisas. Algumas destas fontes são: livros, jornais, revistas, relatórios, sistemas automatizados em pontos de vendas, Internet, dados fornecidos pelo sistema de informação de marketing, bancos de dados de outras empresas, dados de censos econômicos e populacionais, fundações, agências de marketing, universidades, orgãos oficiais, associações de classe, auditorias, painéis feitos por institutos de pesquisa. Iniciar uma pesquisa consultando dados secundários (pesquisa exploratória), podem esclarecer o problema de pesquisa sem utilizar o trabalho de campo otimizando e gerando econômia de recursos, bem como esforço, tempo e dinheiro. Em alguns casos utilizar dados secundários de pesquisas muito abrangentes ou muito antigas, pode ser a única opção racional. Para tanto, é necessário ter cuidado com a reputação da fonte e avaliar como e quando foram coletadas. Os dados primários são coletados em campo pelos responsáveis do estudo e são utilizados quando os dados secundários não existem ou quando não são suficientes para responder ao problema de pesquisa, também podem estar ultrapassados pelo tempo ou ainda podem ser dados não confiáveis. Para Malhotra (2005) os dados secundários ajudam a definir o problema de pesquisa de marketing, e desenvolver uma abordagem par o mesmo. Mas antes que seja planejada a pesquisa, o pesquisador também deverá analisar os dados secundários relevantes. Os dados secundários podem ser avaliados internamente ou externamente. Sendo que os dados secundários podem ser diferenciados dos dados primários quando consideramos o propósito da coleta de dados originais. 39 Um resultado do processo de pesquisa é definir o problema de pesquisa de marketing, identificando as perguntas mais especificas de pesquisa e as hipóteses. Quando os dados são coletados para solucionar um problema que seja especifico de marketing o mesmo é chamado de dados primários, o pesquisador deve lembrar-se de que o problema que está em estudo pode não ser único. Os dados secundários representam quaisquer dados que já foram coletados para outros propósitos além do problema em questão. Em comparação á coleta de dados primários, os dados secundários são levantados bem mais rapidamente com um custo mais baixo. 3.3.2 Métodos de coleta Aaker, kumar e Day (2001) salienta que nenhum método de coleta é superior ao outro e poucas generalizações podem ser feitas, para tanto vai depender da habilidade do pesquisador em adaptar o método correto as circunstâncias. Os métodos se destacam em: a) Entrevistas pessoais: a entrevista é realizada pessoalmente, existe contato direto entre o entrevistador e o entrevistado, o ambiente influencia o processo de coleta dos dados, pode ser de alto custo e demorado. b) Entrevistas pelo telefone: Existe apenas o contato verbal do entrevistador com o entrevistado por telefone, o ambiente influência pouco no processo de coleta dos dados. Seu custo é baixo em relação ao processo de entrevistas e enquetes pelo correio. c) Enquetes pelo correio: O questionário é enviado pelo correio, não há envolvimento direto entra as partes da entrevista, o ambiente não tem influência na pesquisa e seu custo é baixo. Para Barquette; Chaoubah (2007) a escolha dos métodos de coleta depende da natureza do instrumento de pesquisa e das questões e também das diversas características do ambiente da pesquisa. Para tanto, os métodos de coleta ou contato podem ser: a) Entrevistas pessoais: possibilita maior interação entre pesquisador e respondentes e através dessa interação podem ser observadas outras informações acerca do entrevistado, tais como – postura corporal, tempo de resposta, movimentos oculares, aparência etc. O pesquisador pode interferir negativamente no resultado da entrevista ao direcionar as respostas dos 40 entrevistados ou interpretá-las erroneamente. As entrevistas pessoais podem ser agendadas no domicílio ou abordagem em locais públicos. b) Telefone: é agil para pesquisas de grande escala, é possivel interação das partes da entrevista para esclarecer questões. Normalmente, há uma rejeição do público para esse tipo de pesquisa pelo fato de abusos nas práticas de telemarketing. c) Correio: é utilizado quando os respondentes estão geograficamente dispersos ou a interação das partes da entrevistas não são desejáveis. d) Internet: os quetionários podem ser disponibilizados em sites ou enviados por correio eletrônico. O retorno é rápido e de baixo custo. 3.3.3 Tipos de instrumentos de coleta Os roteirossão guias usados por pesquisadores para coletar informações, é estruturado por tópicos relativos ao objetivo de pesquisa, o pesquisador tem a liberdade de inserir questões e modificar a ordem dos tópicos de acordo com o andamento da entrevista. O roteiro é aplicado em estudos exploratórios iniciais; pesquisas qualitativas e estudos quantitativos descritivos. Os questionários são perguntas ordenadamente dispostas feitas ao entrevistado. É necessário boa literatura e regras para elaborar um questionário eficiente, além de experiência e criatividade. A linguagem deve ser clara, objetiva, simples e compátivel com a escolaridade do público alvo da pesquisa, com perguntas imparciais, de modo a não direcionar as respostas dos entrevistados. As perguntas do questionário podem ser abertas, fechadas ou semi-abertas. Nas perguntas abertas (não estruturadas), o entrevistado pode responder livremente com as próprias palavras, são utilizadas em entrevistas pessoais e por telefone. Não havendo limite de respostas, pode revelar mais sobre um assunto.Asperguntas fechadas (estruturadas) apresentam opções de respostas, que são definidas pela experiência do pesquisador ou por dados secundários, porém as respostas dos entrevistados são limitadas, no entanto, práticas, fáceis de interpretar e tabular. Deve-se evitar o excesso de alternativas. Em perguntas semi- abertas, o questionário é formado por perguntas fechadas, no entanto a cada alternativa respondida, deve ser justificada a resposta. No início da pesquisa deve colocar as perguntas mais fáceis e interessantes, deixando para o final do 41 questionário as perguntas difíceis e pessoais que desanimam o entrevistado. As perguntas devem ser ordenadas por tipo de informação solicitada, o que facilita a tabulação dos dados. Repetir perguntas-chave aleatóriamente possibilita
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