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1 Disciplina: DIREITO CIVIL - CONTRATOS Professora: SOANE LOPES DOS SANTOS Data: Matrícula: |__|__|__|__|__|__|__| Aluno(a):____________________________________ Período: Turma: _____ _____o. Bimestre ATIVIDADE AVALIATIVA DA EVICÇÃO 01.Definição e fundamento jurídico do instituto A evicção, do latim evincere, que significa ser vencido, refere-se a privação parcial ou total da coisa alienada pelo adquirente para um terceiro, o qual é atribuído como verdadeiro dono por sentença judicial. Esse instituto jurídico é tratado, na maioria das legislações, entre as normas relativas ao contrato de compra e venda. Entretanto, a legislação pátria, tomando um caminho doutrinariamente mais sábio, tratou-o entre as normas que concernem aos aspectos gerais dos contratos. Ele é aplicado aos contratos onerosos, que fixam prestações equivaletes para as partes, e às doações modais. Nesse instituto, figuram três personagens: o EVICTOR, que é o terceiro reivindicante e vencedor da ação, O EVICTO, que é o adquirente vencido na demanda movida por terceiro e o ALIENATE, responsável pelos riscos da evicção. A evicção, que demonstra um defeito no direito transmitido (diferentemente dos vícios redibitórios, que se referem a defeitos materiais ocultos), fundamenta-se na obrigação do alienante em assegurar a posse pacífica da coisa alienada, refletida em duas condutas diversas: a) impedir a turbação da posse do adquirente; b) assistir e tomar a defesa do adquirente no caso de ação reivindicatória (na qual se dá o chamamento a sua autoria); c) reparar os danos causados ao adquirente, caso a evicção se consume. Essa obrigação de assegurar a posse pacífica da coisa alienada constitui uma obrigação de fazer que deriva do princípio da boa fé que rege o direito contratual. De acordo com esse princípio, deve ser boa a coisa alienada, o que indica que o alienante responde pela coisa que aliena, a qual deve corresponder à justa expectativa do adquirente. Uma vez lhe retirada a coisa alienada por decisão judicial de fato anterior à época da avença, o alienante deverá ser responsabilizado. A responsabilidade pelos riscos da evicção, que fica a cargo do alienante, é presumida legalmente, ou seja, ainda que não ev.farias@outlook.com Typewritten text Eduardo Vieira Farias ev.farias@outlook.com Typewritten text 17/04/2020 ev.farias@outlook.com Typewritten text 1 ev.farias@outlook.com Typewritten text Not. ev.farias@outlook.com Typewritten text 5º 2 presente como cláusula contratual, afere-se a responsabilidade do alienante pelos riscos da evicção. Para tornar eficaz essa garantia, a lei impõe ao alienante a obrigação de indenizar o adquirente , caso se torne evicto. Como exemplo, podemos verificar um caso que enseja a aplicação da teoria da evicção: Acórdão RESP 36562 / SP ; RECURSO ESPECIAL 1993/0018508-0 Fonte DJ DATA:08/09/2003 PG:00330 Relator Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR (1110) Ementa CIVIL E PROCESSUAL. VENDA DE AUTOMÓVEL COM BLOQUEIO EM ÓRGÃO DE TRÂNSITO. DESFAZIMENTO DO NEGÓCIO. ACORDO COM O TITULAR DO BEM, POR VALOR INFERIOR ÀQUELE PAGO PELO COMPRADOR. ALEGADA INTERMEDIAÇÃO DA EMPRESA RÉ NA VENDA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO EM FACE DE EVICÇÃO E RESPONSABILIDADE PELA COMERCIALIZAÇÃO DE VEÍCULO QUE SOFRIA RESTRIÇÕES. AUDIÊNCIA. NÃO OITIVA DAS TESTEMUNHAS ARROLADAS NA INICIAL, NEM TOMADO O DEPOIMENTO DO REPRESENTANTE LEGAL DA RÉ, POSTULADO PELO AUTOR. CERCEAMENTO DA DEFESA. CPC, ART. 280 (REDAÇÃO ANTIGA). I Se a ação é de indenização, movida contra a empresa ré sob alegação de que intermediou a venda de veículo de terceiro que não se encontrava apto para alienação, por padecer de bloqueio documental junto ao órgão de trânsito, a ilegitimidade passiva ad causam não fica de logo afastada apenas porque o automóvel pertencia a outrem, já que tal circunstância não obsta, em tese, a responsabilidade da recorrida por prática comercial ilícita. II. Incabível, assim, sem a oitiva da prova oral arrolada e requerida na inicial da ação de rito sumário, acolher-se preliminar de carência da ação por ilegitimidade passiva da ré, necessária para melhor investigação sobre a sua real participação no negócio desfeito. III. Recurso especial conhecido e provido, para anular o processo desde a audiência de instrução, inclusive, que deverá ser renovada para aquele fim, seguindo, daí, a ação, o seu curso regular. Data da Decisão 24/06/2003 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA Decisão Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, à unanimidade, conhecer do recurso especial e dar- lhe provimento, na forma do relatório e notas taquigráficas constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Participaram do julgamento os Srs. Ministros Sálvio de Figueiredo Teixeira, Barros Monteiro, Cesar Asfor Rocha e Fernando Gonçalves. Resumo Estruturado 3 IMPOSSIBILIDADE, EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MERITO, FUNDAMENTAÇÃO, ILEGITIMIDADE PASSIVA, EMPRESA, VENDA, VEICULO USADO, AÇÃO DE INDENIZAÇÃO, PRETENSÃO, CONDENAÇÃO, REU, PAGAMENTO, DIFERENÇA, VALOR, PREÇO, AUTOR, PAGAMENTO, MOMENTO, COMPRA, VEICULO USADO, PREÇO, EX-PROPRIETARIO, PAGAMENTO, AUTOR, MOMENTO, DESCONSTITUIÇÃO, NEGOCIO JURIDICO, MOTIVO, IMPOSSIBILIDADE, DETRAN,TRANSFERENCIA, BEM, NOME, COMPRADOR, IRRELEVANCIA, VEICULOAUTOMOTOR, PROPRIEDADE, TERCEIRO, DECORRENCIA, AÇÃO JUDICIAL, RITO SUMARIO, NECESSIDADE, INQUIRIÇÃO, REPRESENTANTE LEGAL, EMPRESA, OBJETIVO, APURAÇÃO, VINCULO OBRIGACIONAL, EMPRESA, INTERMEDIAÇÃO, VENDA, EX-PROPRIETARIO, BEM, VERIFICAÇÃO, LEGITIMIDADE, RESPONSABILIDADE, EMPRESA. Referência Legislativa LEG:FED LEI:005869 ANO:1973 ***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART:00280 (REDAÇÃO ANTIGA) 02. Requisitos para a configuração da responsabilidade pela evicção A evicção pode ser observada quando da perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa alienada; da existência de sentença judicial transitada em julgado (a sentença judicial transitada em julgado torna definitiva a propriedade, a posse ou o uso da coisa alienada). Não se configura evicção a perda da coisa por motivo de caso fortuito, força maior, roubo ou furto. Entretanto, essa regra não é absoluta, de acordo com a professora Maria Helena Diniz, visto que a jurispudência mais recente vem admitindo, em casos excepcionais, a evicção, independente da senteça judicial, como nos casos de perda do domínio do bem pelo implemento de condição resolutiva, de apreensão policial da coisa, em razão do furto ou roubo ocorrido anteriormente a sua aquisição ou a privação da coisa por ato inequívoco de qualquer autoridade) e da comprovação da anterioridade do direito do evictor, que é o terceiro reivindicante (o alienante só responde pela perda decorrente de causa já existente ao tempo da alienação). Se lhe é posterior, nenhuma responsabilidade lhe cabe. Válida é a ressalva de quando a desapropriação é efetuada pelo Poder Público. Caso o decreto da desapropriação tenha sido expedido anteriormente à alienação, configura-se a evicção na ocorrência da desapropriação ainda que tenha e realizado após a avença. Caso contrário, ou seja, caso o decreto tenha sido expedido posteriormente à alienação, ocorrendo a desapropriação, não se observa a evicção. Entretanto, há controvérsias a esse posicionamento, pois alguns autores, como Mourlon, entendem que não há evicção em ambos os casos. Esses requisitos que dão margem à caracterização da evicção são fundamentais, pois, conjuntamenteà observância da onerosidade da aquisição, da ignorância ou da não aceitação dos riscos da evicção e da denunciaçãoo da lide, ensejam o surgimento da responsabilidade do alienante pela evicção. A onerosidade da aquisição é fundamental para que surja a responsabilidade do alienante pelos riscos da evicção. Caso o evicto seja privado de uma coisa adquirida a título gratuito, não sofrerá uma diminuição no seu patrimônio, mais tão somente deixará de experimentar um lucro. Os negócios gratuitos não poderão dar origem à garantia por evicção, por não haver equivalência de prestação recíprocas, já que acarretariam um empobrecimento para o transmitente. Nesse caso se se exigisse do alienante a obrigação de indenizar por evicção, ele teria um prejuízo, uma vez que, ao fazer a liberaridade, nada recebeu em troca. 4 A ignorância ou a não aceitação dos riscos da evicção por parte do evicto é outra condição fundamental para que se observe a responsabilização do alienante pela evicção. Refere-se à ausência de ciência ou da aceitação do risco da evicção por parte do evicto. O chamamento à autoria do alienante constante no artigo 456 do Código Civil refere-se ao chamamento do alienante à participação na lide (denunciação da lide) para que esse defenda o seu direito, refletindo a primazia do princípio do contraditório. O alienante deverá demonstrar a excelência do seu direito, pois, mais do que o réu, tem interesse no litígio, pois a sentença judicial poderá resultar a sua responsabilidade pela devolução do preço. O chamamento à autoria do alienante é requisito para que o evicto conserve o direito decorrente da evicção, dispondo de ação direta para exercitá-lo. Entretanto, se o alienante foi também citado como parte do litígio, desnecessário se faz tal chamamento. Caso não seja feita, o adquirente não poderá mais exercer o direito decorrente da evicção, não tendo mais direito a indenização, pois esse depósito impede a ação autônoma de evicção. Há, porém, controvérsias uma vez que uma corrente sustenta que a ação autônoma de evicção é admissível fundada no princípio que veda o enriquecimento sem causa. É preciso, por fim, apenas esclarecer que somente depois que o evictor ganhar a demanda é que o adquirente poderá acionar diretamente o alienante, para obrigá-lo a responder pela evicção. Como exemplo de denunciação da lide nos caso relacionados à evicção, apresentamos dois julgados do Superior Tribunal de Justiça: Acórdão RESP 255639 / SP ; RECURSO ESPECIAL 2000/0037768-6 Fonte DJ DATA:11/06/2001 PG:00204 Relator Min. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO (1108) Ementa Evicção. Denunciação da lide. Precedentes da Corte. 1. Já assentou a Corte, em diversos precedentes, que o 'direito que o evicto tem de recobrar o preço, que pagou pela coisa evicta, independe, para ser exercitado, de ter ele denunciado a lide ao alienante, na ação em que terceiro reivindicara a coisa'. 2. Recurso especial não conhecido. Data da Decisão 24/04/2001 Orgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA Decisão Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, não conhecer do recurso especial. Os Srs. Ministros Antônio de Pádua Ribeiro e Ari Pargendler votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, a Sra. Ministra Nancy Andrighi. Resumo Estruturado VIDE EMENTA. Referência Legislativa 5 LEG:FED LEI:003071 ANO:1916 ***** CC-16 CODIGO CIVIL ART:01108 Acórdão RESP 132258 / RJ ; RECURSO ESPECIAL 1997/0034131-3 Fonte DJ DATA:17/04/2000 PG:00056 RDTJRJ VOL.:00044 PG:00052 Relator Min. NILSON NAVES (361) Ementa Evicção. Indenização. Denunciação da lide (falta). 1. Por não se ter denunciado, quando reivindicada a coisa por terceiro, não impede se pleiteie 'a devolução do preço de coisa vendida, se não provado que o alienante sabia do risco dessa evicção ou, em dele sabendo, que não o assumira' . Em tal sentido, precedentes do STJ: REsp´s 9.552 e 22.148, DJ´s de 03.8.92 e 05.4.93. 2. 'A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial' (Súmula 7). 3. Recurso especial não conhecido. Data da Decisão 06/12/1999 Orgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA Decisão Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer do recurso especial. Participaram do julgamento os Srs. Ministros Eduardo Ribeiro, Ari Pargendler e Menezes Direito. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Waldemar Zveiter. Resumo Estruturado VIDE EMENTA. Referência Legislativa LEG:FED SUM:000007 (STJ) Veja RESP 9552-SP, RESP 22148-SP (STJ) 03. Reforço, redução e exclusão da responsabilidade pela evicção O reforço à responsabilização do alienante pelos riscos da evicção é estabelecido pelo artigo 448 do Código Civil (“Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção”). Refere-se a possibilidade de estabelecer, com cláusula contratual, o agravamento da responsabilidade do alienante caso se observe a evicção. Tal responsabilidade é ilimitada pelo texto. Concordamos com o professor Silvio Rodrigues que a interpretação favorável a ilimitabilidade do reforço é imoral, devendo esse dispositivo ser interpretado restritamente, pois pode dar margem a situações em que o adquirente encoraje e favoreça o reivindicante para que se realize a evicção, uma vez que 6 essa trará benefícios para ambos (a coisa alienada para o terceiro e a indenização vultuosa estabelecida no contrato, para o adquirente), contrariando o princípio que veda o enriquecimento indevido. O reforço, portanto, poderá alcançar apenas até a soma correspondente ao prejuízo sofrido pelo adquirente. A redução da responsabilidade do alienante baseia-se na possibilidade de exclusão da mesma (se é possível excluir a responsabilidade, é possível, por consequência, reduzí-la, de acordo com a regra: quem pode o mais, pode o menos). A exclusão da totalidade da responsabilidade também é possível através de cláusula expressa no contrato. Entretanto, ela persiste apenas quando comprovado que o adquirente tinha ciência e assumia os riscos da evicção. 04. Montante da prestação devida ao evicto Os artigos 450 e seguintes tratam do montante da indenização devida ao evicto, que se compõe de verbas e deduções. A primeira questão que nos é proposta é saber se a importância a ser devolvida ao adquirente corresponde ao valor recebido no momento da avença ou ao valor da coisa alienada no momento da evicção. Optando pela primeira solução pode configurar-se prejuízo para ao adquirente; optando pela segunda, pode configurar-se prejuízo para o alienante. Uma vez comprovada a má fé do alienante, a legislação escolhe a primeira solução, ou seja o alienante comporá todos os danos sofridos pelo adquirente e o valor devolvido será de acordo com o momento da evicção. Entretanto, no caso em que seja comprovada a boa fé de ambos (alienante e adquirente) surge a principal questão. Alguns doutrinadores, através de uma interpretação contrária à letra da lei, admitem a segunda solução, por favorecer o adquirente, argumentando, com isso, a segurança que deve nortear as relações jurídicas. Outros, contudo, admitem a primeira solução, que favorece o alienante, estabelecendo, de acordo com o texto legal, que “temdireito o evicto à restituição integral do preço ou das quantias que pagou”. Além da devolução do preço pago, o adquirente deve receber as seguintes verbas: a) indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; b) indenização pelas despesas do contrato; c) a quantia despendida com emolumentos judiciais; d) a quantia correspondente aos honorários do advogado; e) o valor equivalente às benfeitorias úteis ou necessárias que não foram abonadas pelo terceiro reivindicante. É importante ressalvarmos a opinião do professor Sílvio Rodrigues, que entende que as benfeitorias voluptuárias realizadas pelo adquirente, de boa fé, durante o período anterior à ação reivindicatória, deveriam ser indenizadas. Ainda quanto as benfeitorias úteis, aquelas realizadas após à propositura de ação reivindicatória serão tidas como de má fé diante do evictor, não competindo a este indenizá-las. Contudo, tal má fé não pode ser considerada em face do alienante, que responderá por elas. Por fim, devemos observar que o artigo 451 do Código Civil, que diz que subsistirá a responsabilidade pela evicção para o alienante, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. 05. A evicção parcial A evicção parcial verifica-se quando o adquirente é privado de parcela da coisa alienada. Tal situação assemelha-se com os vícios redibitórios e o legislador lhe oferece solução parecida. Se ao adquirente convém guardar o remanescente da coisa, é cabível a restituição de parte do valor da coisa, correspondente ao prejuízo sofrido. Entretanto, se apenas o todo o interessa, de forma que o menor desmembramento da coisa não mais o satisfaça, é possível a rescisão do contrato. É válido, contudo, asseverar que tais possibilidades só se verificam na hipótese de evicção parcial considerável. Caso não o seja, caberá apenas o direito à indenização. 7 QUESTÕES: 1ª) Qual o significado do termo “evicção”? 2ª) Em que casos os nossos tribunais têm admitido a evicção independentemente de sentença judicial? 3ª) É correta a assertiva de que nos contratos onerosos o alienante responde pela evicção? 4ª) Quais os direitos que assistem ao evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou? 5ª) De que forma deve ser calculado o preço da coisa? 6ª) Nosso ordenamento admite que as partes venham a diminuir ou mesmo excluir a responsabilidade pela evicção? 7ª) Quais os pressupostos necessários para que tenha ensejo a responsabilidade pela evicção? 8ª)Quais as opções existentes para o evicto se parcial, mas considerável a evicção? 9ª) E se a evicção não for considerável? 10ª) Diferencie Evicção de Vício Redibitório. QUESTÕES: 1ª) Qual o significado do termo “evicção”? R: A evicção, do latim evincere, que significa ser vencido, refere-se à privação parcial ou total da coisa alienada pelo adquirente para um terceiro em virtude de sentença judicial, que a atribui a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato. 2ª) Em que casos os nossos tribunais têm admitido a evicção independentemente de sentença judicial? R: Existe casos excepcionas, quando houver perda do domínio do bem pelo implemento de condição resolutiva, ou, houver apreensão policial da coisa, em razão de furto ou roubo ocorrido anteriormente à sua aquisição, ou, o adquirente ficar privado da coisa por ato inequívoco de qualquer autoridade. 3ª) É correta a assertiva de que nos contratos onerosos o alienante responde pela evicção? R: Sim, ele pode ser aplicado aos contratos onerosos, que fixam prestações equivalentes para as partes, e às doações modais. 4ª) Quais os direitos que assistem ao evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou? R: O artigo 447 do CC, traz ao evicto, direito a indenização dos frutos que tiver sido obrigado a pagar, indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que, diretamente, resultarem da evicção e das custas judiciais. 5ª) De que forma deve ser calculado o preço da coisa? R: O evicto tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu, caso seja parcial, mas considerável, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. 6ª) Nosso ordenamento admite que as partes venham a diminuir ou mesmo excluir a responsabilidade pela evicção? R: O artigo 448 CC, permite que as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. 7ª) Quais os pressupostos necessários para que tenha ensejo a responsabilidade pela evicção? R: A responsabilidade da evicção ocorre em regra nos contratos onerosos, pois o adquirente sofre um esforço patrimonial para adquirir o bem, devendo ser restituído. 8ª)Quais as opções existentes para o evicto se parcial, mas considerável a evicção? R: Caso seja parcial, mas considerável, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. 9ª) E se a evicção não for considerável? R: Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. 10ª) Diferencie Evicção de Vício Redibitório. R: A evicção é uma perda do bem decorrente de um vicio oculto, porem esse vicio é de conhecimento do alienante, já o vício redibitório é um vício oculto no próprio bem.
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