Buscar

Infecções de Vias Aéreas Superiores

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INFECÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES (IVAS) 
Conceitos 
• Vias aéreas superiores – cavidade nasal, faringe, laringe 
• Resfriado x Gripe 
• Rinite 
Do brônquio pra baixo é vias aéreas inferiores! 
RESFRIADO é uma doença localizada das vias áreas superiores especificamente nariz, que pode causar LEVES sintomas 
sistêmicos (mal estar, febre...) → ninguém morre 
GRIPE – é uma doença sistêmica potencialmente grave, que pode matar, causada pelo vírus influenza → 
consequências graves 
RINITE: inflamação da mucosa nasal que causa tosse, espirro, prurido, espirro, obstrução nasal → tem alérgica 
(etiologia atópica), viral (etiologia infecciosa - manifestação clássica do resfriado comum), pode ser uma rinite por 
inflamação química 
Resfriado Comum 
• Doença benigna autolimitada 
• Síndrome clínica – resfriado comum é diagnóstico sindrômico 
➢ Grupo de doenças benignas autolimitadas; 
➢ Vários tipos de vírus 
• Doença aguda mais comum do mundo 
• Adultos: 2-3x 
• Crianças: 5-7x/ano 
• Fardo econômico 
Etiologia 
• Mais de 200 vírus responsáveis pelo resfriado comum 
• Rinovírus (cerca de 100 subtipos) 30-50% dos casos 
• Coronavírus 10-15% (não é o SARS-COV2 é o Coronavírus normal, mas o SARS-COV2 pode causar um resfriado 
comum também) 
• Influenza e parainfluenza também podem fazer 
• Mesma clínica – não é possível diferenciar (é um diagnóstico sindrômico) 
Transmissão 
• Contato com as mãos da pessoa infectada 
• Pequenas gotículas (espirros e tosse) 
• Grandes gotículas (contatos interpessoal) 
• Superfícies contaminadas 
• LAVAR AS MÃOS, COBRIR BOCA E NARIZ AO ESPIRRAR/TOSSIR 
 
Fatores de risco tanto para transmissão quanto para desenvolver a doença 
• Exposição a crianças que vão pra creches/escolinhas 
• Estresse psicológico – imunidade baixa maiores chances de fazer a doença 
• Sedentarismo 
• Pouco sono 
• Doenças crônicas – principalmente as respiratórias 
• Desnutrição 
• Imunossupressão 
• Tabagismo 
Tudo depende da conversa que o sistema imunológico tem com o vírus, se o sistema imune não reagir, talvez ele 
passasse batido mas geralmente a conclusão é que é melhor o vírus ir embora, então temos um “clearance viral” com 
poucos sintomas! 
Manifestações clínicas 
• Resposta imunológica 
• Rinite e congestão nasal 
• Odinofagia, tosse, mal estar leve 
• Conjuntivite 
• Pode ter um certo grau de anosmia mas seria por conta da rinite, não pela ação celular do vírus 
• Febre é incomum em adultos, se ele faz febre alta pensamos em gripe, pneumonia, coronavirus, faringite... 
Febre de 38,5º C não faz parte da clínica de resfriado comum 
Evolução típica 
• Prurido nasal e rinorréia – hialina ou purulenta – não ajuda → ser verde, ser amarela não significa que é 
bactéria 
• Espirros, mal estar, cefaleia 
• Tosse 
➢ Pode ser produtiva (secreção de via aérea alta) 
➢ Sem creptos – via respiratória alta, resfriado comum não pega via área respiratória baixa não pega 
alvéolo 
• Se febre, febre baixa 
• Incubação 24-72 horas 
• Duração 3 a 10 dias 
• Pode durar mais se comorbidades – asma, tabagismo 
Rinofaringite – nariz mais + faringe → faringite → pode ser gripe e uma evolução do resfriado comum, se pega faringe 
não é só resfriado comum 
Diagnóstico 
• Clínico 
• História + exame físico – conjuntivite, edema de mucosa nasal, congestão nasal, enantema em orofaringe 
• Não necessita de exames complementares – radiologia, culturas → antes do COVID não precisava descobrir 
qual é o vírus, mas atualmente faz-se o teste de COVID-19 pra quem tem sintoma de resfriado comum, RT-
PCR para SARS-COV2 → afastar COVID-19 
Diagnóstico diferencial 
• Rinite alérgica: tosse, dor de garganta 
• Faringite: odinofagia mais intensa, costuma poupar nariz e começa com dor de garganta → resfriado comum 
tem um leve acometimento de faringe de forma secundária 
• Sinusite: sintomas adicionais 
• Gripe: febre mais alta, maior acometimento do estado geral, cefaleia, mialgia 
Se eu falo que o paciente tem síndrome gripal, não é a síndrome de resfriado comum, ele tem sintomas sistêmicos, 
febre maior, mialgia além dos sintomas de resfriado, mas é comum ouvir falar que o paciente tem síndrome gripal 
quando é uma síndrome de resfriado comum 
Complicações 
• Sinusite 
• Comprometimento do trato respiratório inferior 
• Otite – OBSTRUÇÃO DA TROMPA 
• Exacerbação de asma, DPOC 
Se o vírus inflamou mucosa, pode pegar os seios da face e fazer uma sinusite, pode descer e fazer uma pneumonia, 
esse vírus pode por causar edema, obstruir a trompa auditiva e levar a otite bacteriana... o vírus pode exacerbar asma, 
DPOC, não é por que o resfriado comum é uma doença autolimitada que não vai criar problemas sérios pro paciente. 
Tratamento 
• Doença auto-limitada 
• Sintomas leves – pode não ser necessária terapia, só aumentaria chances de efeito colateral 
• Orientar o paciente – retorno se não houver melhora no tempo porém se o paciente está com sintoma que 
está incomodando você trata 
• Analgesia - dor: paracetamol, dipirona, AINEs 
• Associação de anti-histamínicos e descongestionantes – melhor do que cada componente isoladamente 
• Cromoglicato sódico – spray nasal 
• Xaropes, spray nasal, solução salina, expectorantes – benefício incerto 
• Antibióticos, antivirais, vitaminas – sem beneficio (vitamina C só vai produzir uma urina cheia de vitamina C, 
já que você não está com déficit seu corpo nem vai absorver) 
O que temos que lembrar: diferenciação entre resfriado X gripe, que tem vários vírus que pode causar, é uma síndrome 
clínica e o fato que é uma doença autolimitada 
Sinusite/Rinossinusite 
• Inflamação na cavidade nasal e seios paranasais → pegou seios da face estamos falando de sinusite e não 
resfriado comum 
• Doença comum por ano 1 em cada 7 adultos 
• Causa mais comum: VIRUS – geralmente em associação com resfriado comum, é uma complicação do resfriado 
➢ 95% dos casos de sinusite é de origem viral, o que significa que esses pacientes com sinusite aguda 
não tem indicação de ATB 
• Principal desafio: diferenciar de infecção bacteriana e NÃO COLOCAR ATB 
• Aguda < 4 semanas de evolução – pode ser viral, bacteriana não complicada e bacteriana complicada 
• Subaguda: 4-12 semanas 
• Crônica > 12 semanas 
• Recorrente: 4 ou mais episódios de aguda/ano 
Fatores de risco 
• Idosos (faixa etária mais acometida: 45-64 anos) 
• Tabagismo 
• Viagem aérea 
• Exposição de mudanças atmosféricas 
• Natação 
• Asma e alergias respiratórias 
• Doenças odontológicas 
• Imunodeficiência 
Extensão do processo de resfriado comum, o vírus já tá lá é só pegar os seios da face... 
Fisiopatologia 
• Grande maioria: viral (rinovírus, influenza, parainfluenza) 
➢ Bacteriana: 0,5-2% 
• Rinite viral acomete de forma secundária os seios da fase 
• Sinusite bacteriana – teve o vírus que inflamou a mucosa nasal, comprometendo a drenagem dos seios da face 
virando um meio de cultura pra bactérias – Streptococcus pneumoniae, Haemophiulus influenzae → por isso 
que meningite pode ser uma complicação de IVAS (SEIO DA FACE – MENINGE) 
➢ Complicação de quadro viral OU rinite alérgica OU obstruções nasais 
➢ Bactéria infecta uma cavidade previamente inflamada 
Manifestações clínicas 
• Congestão nasal, obstrução nasal, secreção nasal purulenta (a sinusite viral a secreção é purulenta) 
• Dor em face, sensação de “pressão em face” – cabeça pesou, alguma coisa faz pressão na face 
➢ Piora ao baixar a cabeça 
➢ Pode ter uma pressão retro-orbital: relata como “dor nos olhos” 
• Febre, fadiga, tosse, hiposmia ou anosmia (por obstrução/inflamação da mucosa), pressão em ouvidos. 
cefaleia, halitose 
• Edema e dor em seios da fase (exame físico inespecífico) 
• Os sintomas de viral e bacteriana se sobrepõem 
• Não existem critérios clínicos para distinguir com segurança 
➢ Curso diferente 
• Viral – autolimitada, resolução 7-10 dias. Pode durarmais, com melhora 
➢ Febre é incomum, ocorre no início do quadro e melhora 
• Bacteriana > 10 dias, sintomas podem ser mais intensos 
Se você não tem condição de acompanhar o paciente infelizmente as vezes você precisa colocar ATB, mas o certo é 
não colocar e acompanhar 
Diagnóstico clínico da sinusite: obstrução nasal + secreção nasal purulenta + sensação de pressão em face + cefaleia 
Complicações 
• Raras – etiologia bacteriana, porém pode ser graves 
• A infecção se estende além dos seios da face → cérbero, olho... 
• SNC, órbita, tecidos adjacentes 
Diagnóstico 
• Não existe indicação de exames de imagem em sinusite aguda não complicada clinicamente diagnosticada 
➢ Suspeita de complicações 
• Nível hidro aéreo, edema de mucosa, bolhas nos seios da face 
➢ TC 
➢ Achados inespecíficos 
➢ Podem ocorrer em pacientes assintomáticos e resfriado 
• Radiografia- não tem indicação nenhuma! 
➢ Baixa sensibilidade e especificidade EDEMA E SECREÇÃO DOS SEIOS DA FACE 
O paciente tinha um síndrome clínica de sinusite – febre, obstrução 
nasal, secreção purulenta, pressão em seios da face e cefaleia – você 
fez RX veio normal, não vai mudar sua conduta, se vier edema nos seios 
também não muda sua conduta. O paciente tinha uma síndrome clínica 
de sinusite aguda não complicada Faz TC ai vêm nível hidroáreo, edema 
de mucosa e bolhas no seios da face isso não muda sua conduta → por 
que você fez então? 
Mas se você tem suspeita de complicações → febre muito alta, queda 
importante dos sinais gerais, sepse grave, meningite ai você tem que 
investigar, ou então sinusite crônica, de repetição mas na aguda não! 
Diagnóstico e avaliação inicial 
• Rinossinusite aguda (RSA) não complicada – CLÍNICO! 
➢ < 4 semanas de secreção nasal purulenta + 
➢ Obstrução nasal, dor/pressão nas face ou ambos 
➢ Outros sintomas: anosmia, pressão nos ouvidos, tosse, cefaleia pode piorar quando abaixa a cabeça 
• RSA não complicada viral 
➢ < 10 dias e os sintomas não estão piorando (ou já apresenta melhora) 
➢ Se o paciente tem 8 dias de sintomas e já está melhorando 
• RSA bacteriana complicada 
➢ > 10 dias ou sintomas mais intensos, evolução com piora 
➢ “Dupla piora” – melhorou e piorou de novo 
➢ Cefaleias persistentes, periorbitais, alterações de visão, alterações oculares, paralisia de nervos 
cranianos, alteração de estado mental, meningismo, sinais de HIC 
• Exames de imagem e microbiologia (cultura) 
Se ele chega no 5º dia de sintoma → ATB logo? Primeiro a chance de bacteriana é muito pequena e mesmo que seja 
bacteriana pode resolver sozinho. Mesmo que seja bacteriana o risco de complicação é muito pequeno, o correto é 
observar, esperar um pouco pra ver se melhora, se não melhorou ou piorou ai sim ATB! 
Tratamento 
• RSA viral 
➢ Autolimitada 
➢ Tratamento sintomático 
• RSA bacteriana 
➢ Pode ser autolimitada (até a aguda) 
➢ ATB para todos? NÃOOO 
Se ele chega no 5º dia do sintoma e você não sabe se é bacteriana ou viral: a chance de ser bacteriana é menor que 
5%, caso for tem chance de ser autolimitada e mesmo que não seja autolimitada e você precise entrar com ATB a 
chance de complicar é pequena! 
• Tratamento da RSA viral sintomática 
➢ Analgésicos/antipiréticos: Paracetamol, dipirona, AINEs 
➢ Irrigação nasal com solução salina: pode reduzir necessidade de drogas 
➢ Corticóides nasais: curto prazo, melhora sintomática 
➢ Descongestionantes nasais, anti histamínicos, mucolíticos: melhora subjetiva, sem evidências 
• Tratamento RSA bacteriana 
➢ Terapia sintomática + avaliar ATB 
▪ Pode ser quadro auto limitado 
▪ Pacientes imunocompetentes, quando não complicado, bom follow up 
(acompanhamento/observação) 
➢ Em caso de observação 
▪ Ausência de melhora em 7 dias ou qualquer piora – ATB 
▪ Sinais de complicação – investigar 
➢ Antibiótico empírico 
▪ Não há indicação de cultura se não complicada 
Na prática como a gente faz? Se o paciente chega e tem mais de 10 dias de doença e não melhora, existem evidências 
que seja uma RSA bacteriana e a maioria das pessoas optam por iniciar o ATB, e esse ATB é empírico não precisa fazer 
cultura, já que é uma RSA não complicada 
• Se melhora com ATB, tratar por 5-7 dias 
• Em caso de piora ou ausência de melhora 
➢ Afastar suspeita de complicação – pensar, investigar essa complicação pela clínica 
➢ Tratar com segunda linha de ATB – se a clínica não sugerir complicação 
• Corticoides sistêmicos pra RSA AGUDA 
➢ Polêmico 
➢ Pode oferecer melhora clínica 
➢ Efeitos colaterais 
➢ Prescreve se o paciente tiver muito sintomático e estiver usando ATB, mas não faz só corticoide 
sistêmico até por que na RSA viral não tem indicação 
Paciente imunocompetente com suspeita clínica de RSA aguda não complicada ➔ AMOXICILINA + CLAVULANATO 
Otite Média Aguda 
Febre + dor de ouvido + tímpano vermelho na otoscopia = ATB, se não melhorou e tem complicação troca o ATB 
• Infecção/inflamação do ouvido médio 
➢ Fluído em ouvido médio e inflamação de sua mucosa → meio de cultura devido ao acúmulo que a 
bactéria vem e inflama 
• Uma das causas mais frequentes de uso de ATB 
➢ 80% até aos 6 anos 
• Mais comum em crianças 
• Complicações graves raras, porém podem acontecer mais frequentes 
que na sinusite 
• Como a gente ouve? O tímpano vibra com as ondas sonoras, os ossos 
transmitem essas vibrações sonoras para a cóclea que transforma 
uma informação vibratória em neurológica 
• O ouvido médio é drenado pela tuba auditiva – ou tuba de Eustáquio, 
que cai na cavidade nasal, se o paciente tem rinite, sinusite, e a 
cavidade nasal está inflamada isso pode obstruir... 
Membrana timpânica normal – brilha, transparente e dá pra ver a sombra dos ossinhos → saudável 
Fisiopatologia e etiologia da otite 
A tuba obstruiu → portanto o fluído vai ficar retido → a secreção que ficou retida ela vai ser infectada por uma bactéria 
que supura e faz dor, febre 
• Em crianças a tuba é mais facilmente obstruída 
• Rinite alérgica, outras IVAS → basta ser alguma coisa que vai inflamar a mucosa nasal → fez edema → entupiu 
a tuba → não drena → secreção fica retida 
• OMA é geralmente infecção bacteriana 
➢ S. pneumoniae, H. influenzae, estreptococo, S. aureaus, M. catarrhalis 
• Infecção viral muitas vezes é evento inicial → começa com um vírus na cavidade nasal, ou o vírus sobe pra 
tuba auditiva e depois vem a bactéria 
• Fúngica 
Manifestações clínicas 
• Procedido de quadro de outra IVA ou rinite alérgica 
• Otalgia, diminuição da acuidade auditiva + febre (pode ter zumbido) 
➢ Dor leve moderada ou intensa – geralmente unilateral 
• Se rompimento da membrana timpânica 
➢ Alivio de dor e otorreia – se sai secreção pelo ouvido é por que a membrana timpânica rompeu e a 
dor passa porque estava sobre pressão, o que dói é aquela pressão da secreção entupida no ouvido 
que não está drenando 
• Febre, desequilíbrio 
• Febre alta, dor retro-auricular intensa (abscesso, osteomielite), paralisia facial (saiu da cavidade auditiva e 
pegou nervo facial) 
➢ Complicações 
Manifestações mais clássica: dor de ouvido e febre MIRINGITE BOLHOSA 
Diagnóstico 
• Clínica + otoscopia → OLHAR O ouvido do indivíduo 
• Abaulamento da membrana timpânica 
• Eritema 
• Opacidade 
• Nível hidro aéreo 
• Redução de mobilidade com otoscópio pneumático 
• Bolhas (miringite bolhosa) 
 
Tratamento 
• Alívio sintomático 
• Antibioticoterapia 
➢ Primeira escolha: amoxicilina + clavulanato 
➢ 875/125mg, 12/12h, 7-10 dias 
➢ Ausência de melhora com 48-72 horas – reavaliar 
• Falha inicial 
➢ Dose aumentada de amoxicilina + clavulanato por mais 10 dias 
➢ Quinolona respiratórias (levofloxacino, moxifloxacinno) 
•Se ruptura de membrana, acrescentar ATB atópico 
Seguinte: febre + dor de ouvido + otoscopia alterada = ATB. Se não melhorar 
Se a suspeita é de otite média sem ruptura de membrana não adianta ATB tópico... 
Temos que conhecer o perfil de resistência do lugar onde o paciente mora pra saber se você pode fazer amoxicilina 
ou partir direto pra amoxicilina + clavulanato 
Faringite Aguda/ Faringoamidalite 
• Uma das doenças mais comuns da prática clínica 
• A maior parte é viral e auto limitada 
• Grande sobreposição de sintomas com faringite bacteriana 
➢ Streptococcos do grupo A → problemática → complicações supurativas ou não supurativas 
• Etiologias mais graves como (HIV) 
• Condições potencialmente graves (obstruções de vias aéreas) ou uma glomerulonefrite pós-estreptocócica ou 
uma febre reumática e perder as válvulas cardíacas 
• Pico na infância e adolescência 
• Após 40 anos incidência reduz 
• Infecciosa x não infecciosa 
➢ Alérgica, química, irritativa.. 
➢ Tabagismo 
➢ Exposição a ar seco 
Clínica da faringite aguda infecciosa 
• Dor de garganta que piora ao deglutir 
• Linfadenopatia → cervical anterior principalmente, submandibular um pouco 
• Febre, cefaleia, astenia → geralmente pode comprometer o estado geral 
• Geralmente não é possível determinar a etiologia pela clínica 
• Vírus e Strepcoccos do grupo A 
Tanto a viral quanto a bacteriana podem fazer dor de garganta ao deglutir, podem fazer adenopatia, pode ter febre 
Faringite Aguda Infecciosa Viral 
• Causa mais comum (25-45%) 
• Adenovírus, rinovírus, coronavírus EXANTEMA VIRAL 
• Enterovírus, influenza, parainfluenza, VSR 
• Associação com outros sinais de IVAS – vírus geralmente pega 
primeiro nariz e depois garganta 
Fadiga, obstrução nasal, tosse, otite, coriza, conjuntivite, espirros, rouquidão, 
otalgia, desconforto em seios da face 
• Febre baixa (exceção: influenza), adenopatia discreta, úlceras orais 
• Exantema viral 
• A garganta está vermelhinha, não é um eritema absurdo... 
O vírus raramente ele vai direto pra garganta então se o paciente começa direto com garganta sem ter passado por 
sinais de IVAS primeiro isso fala mais a favor de bactéria. RASH ESCARLATINIFORME 
Febrão fala a favor de bactéria 
Adenopatia que chama atenção → bactéria 
Pode ter PUS na garganta, mas aquelas placas de PUS mais feias fala a favor 
de bactéria 
O vírus pode fazer um RASH, várias manchinhas que quando passa a mão 
na pele não há alteração de textura 
Streptococcus do grupo A 
• Causa bacteriana mais frequente (5-15%) 
• Início abrupto de odinofagia, febre, edema orofaríngeo, exsudato tonsilar e 
adenopatia proeminente (cervical anterior) – não é precedido por outros sinais de 
IVAS, começa na garganta 
• Petéquias no palato – muito indicativo de estreptococos 
• RASH escarlatiniforme – pele meio grossa – PEQUENAS PÁPULAS 
Diagnóstico diferencial de faringite viral → MONONUCLEOSE – faz faringite que faz de forma 
característica, dói bastante mas não é supurativa, geralmente não tem pus, faz um 
adenopatia significativa que pode ser sistêmica, faz febre, astenia e o quadro é mais arrastados - Não é tão agudo. 
Faringite do Streptococcus do grupo A Faringite viral 
Começa com dor de garganta, febre alta, edema na 
orofaringe, tem pus, amígdala enorme, petéquia no 
platô, adenopatia mais significativa, e o RASH é 
escarlatiniforme 
Tosse, congestão nasal, coriza, conjuntivite, rouquidão, 
ulcerais orais e exantema viral, adenopatia menos 
proeminente 
Complicações supurativas 
• Abscesso/celulite de orofaringe 
• Otite 
• Sinusite 
• Fasciite necrosante 
• Meningite/ abscesso cerebral 
• Tromboflebite jugular 
 
As complicações NÃO supurativas são mais tardias 
causadas pela reação imunológica, produzindo 
anticorpos que não deveria produzir → ataques 
imunológicos a outros locais do corpo 
Complicações não supurativas 
• Febre reumática 
• Artrite reativa 
• Escarlatina 
• Síndrome do choque tóxico 
• Glomerulonefrite 
• PANDAS – quadro psiquiátrico 
 
Febre reumática é a complicação mais temida, o 
paciente pode complicar com cardite reumática
Outros agentes da Faringite Aguda Infecciosa 
• Outras bactérias 
• HIV agudo, gonorreia, sífilis 
• EBV, CMV (mononucleose e síndrome mono like) 
Avaliação do paciente 
O paciente tem alguma coisa que ameace a vida dele imediatamente? Risco imediato? É estreptococo? Por que se for 
precisa de ATB. 
• Paciente tem dificuldade respiratória – tem tanto edema, ou um abscesso retro-faríngeo por conta do bicho 
• Paciente com voz abafada – abscesso perto das cordas vocais 
• Febre muito alta 
• Edema no pescoço, isso não é normal – sinais de que indicam complicação mais grave 
• Sinal de meningite 
Diferenciar entre vírus e estreptococo do grupo A (suporte x ATB) → VOU COLOCAR ATB OU NÃO? Se ele chega pra 
você com odinofagia súbita, edema na orofaringe, edema na orofaringe, pus na garganta, tem petéquia no palato, tem 
adenopatia importante → você não coloca ATB DIRETO VOCÊ TEM QUE FAZER teste rápido ou microbiológico 
• Suspeita forte de quadro viral 
➢ Não é necessário teste para estreptococo 
➢ Terapia de suporte (melhora 5-7 dias) 
• Sintomas compatíveis com estreptococo e ausência de síndrome viral 
➢ Teste microbiológico (teste rápido) 
➢ Overlap de sintomas clínicos 
➢ Geralmente não é recomendado tratar sem confirmação microbiológica 
• Na dúvida quem testar? 
➢ Exsudato tonsilar, linfadenopatia cervical anterior, febre, ausência de tosse 
Se ele tem sintomas compatíveis com estreptococo e não teve a síndrome viral prévia – o correto é fazer o teste 
rápido/microbiológico → pega um swab passa na orofaringe e se vier positivo → ATB 
Se a suspeita de quadro viral é forte você não precisa testar vai apenas fazer acompanhamento sintomático → 
RESPOSTA DA PROVA 
Se ele chega com clínica de vírus não precisa testar pra estreptococo, não precisa fazer exame → você apenas observa 
e dá medicação sintomática 
Se a clínica é sugestiva de estreptococo → você faz o teste rápido – microbiológico → se vier positivo você trata 
Na prática → não tem esse teste rápido nas emergências – na prática se vem com clinica sugestiva de faringite 
bacteriana TRATA DIRETO, mesmo o correto sendo testar primeiro 
Seguimento 
• Quadro presumido viral 
➢ Ausência de melhora 5-7 dias: reavaliar 
➢ Considerar outras causas 
• Estreptococo 
➢ Melhora após 24-72 horas de terapia 
➢ Ausência de melhora: considerar outras causas ou complicações 
• Mononucleose, HIV, agentes resistentes, infecções secundárias 
Se não melhorar ele volta vai que é uma mononucleose, podem ser outras bactérias ou complicações 
Tratamento – estreptococo 
• Reduzir intensidade e duração dos sintomas 
• Prevenir complicações supurativas 
• Prevenir não supurativas (febre reumática) 
• Prevenir transmissão 
A faringite do estreptococo é autolimitada –> o problema é que a gente quer que ela dure menos tempo que o sintoma 
seja mais discreta, matar o bicho pro paciente não transmitir e prevenir complicações e por isso que a gente trata 
• BENZETACIL → Penicilina benzatina → intramuscular 
• Penicilina na veia oral 
• Amoxicilina

Continue navegando