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A inserção do plágio no meio acadêmico nos tempos atuais
 Saulo Matos Pereira Gomes
 
Resumo: O plágio é um tema recorrente, e está inserido em diversos meios da nossa cultura. Abordaremos aqui principalmente a questão do plágio acadêmico, mas primeiro é necessário entender o que é o plágio e como ele é dissimulado nesses tempos atuais, além de indicar meios que os autores possam utilizar para defender o seu patrimônio intelectual dessa prática, e quais medidas devem ser tomadas para evitar que ocorra o plágio de forma involuntária. Analisando como as informações são disponibilizadas na internet, o quão fácil se tornou a obtenção de informação e como essa informação é utilizada ao se desenvolver projetos acadêmicos, podemos verificar o aumento no índice de plágio, tanto devido à má ética por parte dos plágiarios, quanto de quem é facilitador dessa prática, através de serviços que são prestados abertamente para a criação de conteúdo em nome de outro.
Palavras-chave: Plágio; Ética; ABNT.
1. Introdução
O plágio viola os conceitos de ética e moral, além de ser penalmente punível. O crescimento do número de casos vem sendo um assunto recorrente na atualidade, mesmo que esse ato já venha de outros tempos. Mas, o que é o plágio? E como ele está inserido no meio acadêmico?
Prevenir que o plágio seja perpetuado pela sociedade é importante, por isso existem leis que punem o plagiário e servem para proteger o patrimônio intelectual do autor. Mesmo que a maioria dos casos de plágio sejam por malícia e para tirar vantagem, existem também casos em que ao uma referência ser feita de forma errada pode levar o autor ao erro de plagiar. Por isso deve-se ser abordado também as formas corretas de fazer citação e referências ao escrever algum trabalho. 
2. Conceito de Plágio
O conceito de plágio é dado como o ato de reproduzir a obra de outro, em partes ou em sua totalidade, sem que seja feita a menção ao autor original, dando assim a entender que é de sua autoria. Tal ato está presente em diversos meios, como na música, em livros, obras, fotografias e no meio acadêmico. O plágio é dito como um atentado aos direitos morais do autor, previsto no Código Penal Brasileiro, na lei de Direitos Autorais nº 9.610/98. 
Apersar de ser tido como um ato repudiável, o plágio acaba sendo bastante comum. Em sua maioria, o plágio é realizado de forma proposital, seja por preguiça do plagiário, má-fé, ou outro motivo, mas também pode ser feito de forma involuntária, ao tentar se basear em alguma outra obra e/ou por falta de conhecimento do mesmo sobre esse aspecto da lei, porém, devido a lei ser pública esse fator não isenta ninguém da responsabilidade pelos atos. Dentro do âmbito acadêmico o plágio é comum em faculdades, cursos de pós-graduação, mestrados e doutorados. Devido à facilidade de se encontrar trabalhos prontos na internet, os alunos tendem a utilizar partes destes para complementar os seus próprios.
Utilizar de outros trabalhos como referência durante a escrita de um novo não é crime, é até necessário ser feito isso para formular e confirmar suas próprias ideias. O perigo está na forma como ele é referenciado no texto, é preciso saber interpretar a mensagem passada por esses autores para que não haja uma apropriação em cima disso. 
3. O plágio nos dias atuais
Uma das inúmeras facilidades que a internet apresenta é ser um excelente meio para aprendizado, disponibilizando todo tipo de informação, textos, livros, artigos, trabalhos. Por isso, é o meio mais utilizado para conseguir conhecimento ao produzir um novo trabalho acadêmico, pois, ao utilizar dessa gama de informação, é possível analisar, comparar e produzir novos conteúdos. O problema se dá quando ao invés de utilizar tais recursos para se orientar, utiliza-se deles para o plágio.
O ato de copiar e colar de uma fonte para dentro de um trabalho é muito comum, a internet facilita e potencializa o plágio, e essa prática vem desde os trabalhos escolares no ensino fundamental e médio e é repetida depois pelos universitários no ensino superior, o uso do Google e da Wikipédia, por exemplo, permite que os alunos possam fazer um bom trabalho sem que precisem se empenhar muito. Como não existe uma punição para os alunos que plageiam durante a fase do ensino fundamental, cria-se uma idéia de “lucro fácil”, onde não é preciso de muito esforço intelectual para conseguir a nota desejada nos trabalhos escolares, o que se agrava durante o ensino superior.
Na internet é fácil encontrar diversos sites que disponibilizam trabalhos acadêmicos prontos, fazendo disso um comércio. Em uma rápida busca no Google, por exemplo, é possível identificar sites como: “www.tcc-online.ga”, “www.trabalhosfeitos.com”, “www.trabalhosporntos.com.br”. Um mercado que vem crescendo, mesmo sendo totalmente antiético, como afirma a reportagem do jornal Diário dos Campos.
Encontrar esse tipo de ‘profissional’ é cada vez mais fácil. [...] A audácia de quem sobrevive deste mercado, que cresce com o aumento de número de vagas na graduação, leva à divulgação da prática nos próprios murais das universidades e faculdades, com nome e telefone para contato. (DIÁRIO DOS CAMPOS, 2008).
Ela afirma entender a preocupação do suposto aluno com relação à entrega do trabalho com plágio e aproveita para alertar sobre os perigos da oferta de preços baixos. “Entendemos toda a sua preocupação quanto ao plágio e, por isso, falamos com nossos clientes, para tomarem cuidado quando encontrarem preços baixos, pois ninguém que realmente fez o trabalho, cobra pouco!” (DIÁRIO DOS CAMPOS, 2008)
O advogado Marcos Luciano Araújo comenta que tanto em casos de plágio, como em compra de trabalhos prontos, as duas duas pontas do processo podem incorrer em crimes. “Quem plagia copias as idéias de outros autores e isto é crime. Quem compra um trabalho também está se utilizando de idéias de outro autor. Ou seja, quem compra tambpem faz plágio e quem vende pode ser enquadrado no crime de estelionato. (DIÁRIO DOS CAMPOS, 2008)
4. As leis contra o plágio
O crime pela apropriação da propriedade intelectual, isso é, o plágio, tem uma seção exclusiva dentro do Código Penal, reproduzir as ideias de um autor sem sua permissão e sem identifica-lo como autor é uma forma de roubo. Como é dito no artigo 184 do Código Penal – Decreto Lei 2.848/40.
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
§ 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
§ 2o Na mesma pena do § 1o incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
§ 3o Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda, com intuito de lucro, direto ou indireto, sem autorização expressa, conforme o caso, do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os represente: (Redação dada pela Leinº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
§ 4o O disposto nos §§ 1o, 2o e 3o não se aplica quando se tratar de exceção ou limitação ao direito de autor ou os que lhe são conexos, em conformidade com o previsto na Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, nem a cópia de obra intelectual ou fonograma, em um só exemplar, para uso privado do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto. (Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) (BRASIL, Decreto-Lei 2.848/40)
A Constituição Federal no art. 5º, XXVII, assegura que “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar”.
A Lei de Direitos Autorais, nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, regula os direitos autorais do autor, servindo para brasileiros e estrangeiros de países que possuam acordos de reciprocidade com o Brasil com relação à proteção dos direitos autorais. O art. 7 afirma que “São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro” dentre essas obras intelectuais são encontrados os textos científicos.
5. Citações segundo a ABNT
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é um órgão fundado em 1940 e é responsável pela normalização técnica no Brasil. O intuito da normatização é criar um padrão a ser seguido para que os trabalhos acadêmicos possam ser entendidos por todos, “Na prática, a Normalização está presente na fabricação dos produtos, na transferência de tecnologia, na melhoria da qualidade de vida através de normas relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente.” (ABNT, 2008).
Utilizar um trabalho de outro autor para se basear ao escrever o seu próprio é uma forma de reconhecer o bom trabalho que esse autor fez, porém para que outros também o reconheçam é preciso dar créditos ao autor. Basicamente existem três tipos de citação, a citação direta, citação indireta e citação de citação.
5.1. Citação direta
A citação direta é a transcrição de um texto fiel a como o conteúdo se encontra na obra consultada, ela pode ser encontrada de diversas formas, ao citar e refenciar você deve apresentar o sobrenome do autor em letra maiúscula acompanhada do ano em que foi feita a publicação original, exempo: 
“Não saber usar a internet em um futuro próximo será como não saber abrir um livro ou acender um fogão, não sabermos algo que nos permita viver a cidadania na sua completitude” (VAZ, 2008).
Ao referenciar o autor antes da citação deve-se informar o sobrenome do mesmo, logo depois o ano entre parênteses, exemplo: 
Segundo Vaz (2008) “Não saber usar a internet em um futuro próximo será como não saber abrir um livro ou acender um fogão, não sabermos algo que nos permita viver a cidadania na sua completitude”.
Caso o texto original usado na citação possua algum tipo de grifo, como um trecho em negrito, itálico ou sublinhado, ele deve ser mantido e entre os parênteses informado com a expressão “grifo do autor”, a ABNT também determina que se este tipo de modificação foi feitar por você deve-se utilizar a expressão “grifo nosso”.
Em citações longas, com mais de 3 linhas, existe uma regra específica que deve ser aplicada. É necessário aplicar um recuo de 4 cm em relação à margem esquerda do texto, além de reduzir a fonte para 11 pt.
5.2. Citação indireta
Na citação indireta você introduz o autor da mesma forma utilizada na citação indireta, porém ao escrever o pensamento do autor você utiliza de suas palavras seguindo a estrutura e linha de raciocínio original. Como exemplo temos:
Soares (2009) diz que numa sociedade que se divide em classes, a ideologia que domina, de acordo com a ideologia marxista, é a ideologia da classe dominante.
Em uma sociedade que se divide em classes, a ideologia que domina, de acordo com a ideologia marxista, é a ideologia da classe dominante (SOARES, 2009).
5.3. Citação de citação
A citação de citação se dá quando você não tem acesso ao conteúdo original de uma obra e resolve utilizar o que foi dito por outro autor sobre essa obra. Recomenda-se que seja evitado esse tipo de citação, e que se priorize citar o autor original, porém, nem sempre é possível. Exemplo de citação de citação de forma direta:
Segundo Shinzato (1998), citado por Menezes e Paschoarelli (2009), “sua origem é atribuída à China e tem três denominações: Senshi, Sanshi e Kokushi”.
Exemplo de citação de citação de forma indireta:
Segundo Shinzato (1998), citado por Menezes e Paschoarelli (2009), a origem do Kirigami é atribuída à China, e tem três denominações: Senshi, Sanshi e Kokushi.
6. Considerações finais
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou a análise do plágio, desde o seu conceito, passando pelo plágio na sociedade moderna, pelas formas adotadas pela lei para punir os plagiários e pelo método adotado pela ABNT para padronizar a forma de citação e induzir que sejam feitas de maneira correta. 
Referências bibliográficas
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MARTINS, Everton. Conheça os 3 tipos de citações existentes e saiba como fazê-las conforme os padrões ABNT. Blog Mettzer. Disponivel em <https://blog.mettzer.com/tipos-de-citacoes-conforme-os-padroes-abnt/>. Acesso em 04 de fevereiro de 2018.
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MORAES, Rodrigo. O plágio na pesquisa acadêmica: a ploriferação da desonestidade intelectual. 2014. Diálogos possíveis, pp. 91-109.
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PITHAN, Lívia Haygert; VIDAL, Tatiane Regina Amando. O plágio acadêmico como um problema ético, jurídico e pedagógico. 2013. Direito & Justiça, pp. 77-82.
SILVA, Antonio Ozaí da. O plágio em tempos de internet. Blog do Ozaí. Disponível em <https://antoniozai.wordpress.com/2007/11/14/o-plagio-em-tempos-de-internet/>. Acesso em 03 de fevereiro de 2018
XAVIER, Andressa. Aprenda a usar as normas da ABNT: Citação (2 de 4). Tecmundo. Disponivel em <https://www.tecmundo.com.br/tutorial/834-aprenda-a-usar-as-normas-da-abnt-citacao-2-de-4-.htm>. Acesso em 04 de fevereiro de 2018

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