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Libras Unidade 4

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Unidade 4 
 
As legislações da Área da Surdez: Direitos e Conquistas da Comunidade 
Surda 
Introdução 
Neste capítulo, você conhecerá as legislações dedicadas à surdez e/ou à deficiência auditiva. Você conhece essas leis? Sabe como se prevê a 
acessibilidade das pessoas surdas? Compreende como deve ser a educação dos surdos? Estes são os pontos principais que você estudará a partir deste 
momento. 
Para facilitar o seu entendimento, este material está dividido em duas partes essenciais. Na primeira, você saberá quais são as leis que tratam da 
acessibilidade de forma geral e, para as pessoas surdas, de maneira específica, entre as quais, a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 (BRASIL, 
2000), e o Decreto Federal nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004). Em seguida, saberá mais a respeito das leis sobre educação dos 
surdos, como o Decreto Federal nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 (BRASIL, 2005). 
Além disso, evidentemente, conhecerá as leis de abrangência geral que deveriam garantir, mesmo que indiretamente, também o direito aos surdos, 
como a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) e a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, mais conhecida como Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional (BRASIL, 1996). 
Leis de acessibilidade para os surdos 
Veja bem: o documento mais importante do Brasil, a Constituição Federal de 1988, possui as garantias que seriam necessárias para que 
todos vivam com igualdade. É dela que derivam as leis, os decretos e os demais documentos. Mas você conhece os documentos que vêm 
da Carta Magna e servem para promover a acessibilidade da pessoa surda? Já parou para pensar como isso influencia a sua vida? E sabe 
de que maneira aplicá-los, na prática, ao seu dia a dia escolar? 
Pois o objetivo deste estudo é discutir essas questões para que você desenvolva seus conhecimentos e os utilize em prol dos direitos dos 
surdos na sociedade. 
A partir da Constituição 
Pare e pense: quantas vezes você já ouviu a frase “a educação é direito de todos e dever do Estado e da família” (BRASIL, 1988)? 
Contou? Essa frase é retirada do artigo 205 da Constituição Federal de 1988. O mesmo princípio se aplica à saúde, artigo 196 do mesmo 
documento, e a diversas outras áreas da vida social brasileira. 
NÓS QUEREMOS SABER! 
Qual é a importância da Constituição? A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, também chamada de Constituição 
Federal, Constituição de 1988, Carta Magna ou Lei Maior, é a lei fundamental do nosso país, que serve de baliza para todos os demais 
documentos normativos e legais. Abarca, entre outros temas basilares, os princípios, os direitos e as garantias fundamentais da 
organização do Estado, da organização dos poderes, etc. 
Todos esses direitos citados advêm, antes, de dois artigos da mesma Constituição Federal. O 3º, por meio do seu inciso IV, que prega 
ser um objetivo fundamental do Brasil “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação” (BRASIL, 1988). Em complementação, o artigo 5º prega que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade [...]” (BRASIL, 1988). 
 
Pelos trechos já destacados aqui, você pode perceber pontos essenciais para todo e qualquer cidadão brasileiro: todos, frente ao Estado, 
são iguais, possuem os mesmos direitos e os mesmos deveres, inclusive em relação à educação e à saúde. Só por essa constatação, você 
já poderia perceber que o Estado tem a obrigação de garantir aos surdos o direito à vida, à educação e à saúde, favorecendo a 
acessibilidade dessas pessoas da mesma forma que os demais cidadãos conseguem acessar. 
Para garantir esses direitos, então, outros atos normativos foram publicados, como leis e decretos, que você estudará a seguir. Alguns 
desses direitos, relativos à acessibilidade como um todo, são: a Lei Federal nº 8.160, de 8 de janeiro de 1991; o Decreto Federal nº 3.298, 
de 20 de dezembro de 1999, que regulamenta a Lei nº 7.853/89; o Decreto nº 3.956, de 8 de outubro de2001; a Lei nº 10.436, de 24 de 
abril de 2002; e as Leis Federais nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, regulamentadas pelo 
Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. 
Vale ressaltar, de início, que, após a edição das leis, em geral, elas precisam ser regulamentadas via decreto. 
A seguir, você conhecerá esses documentos. 
A Lei nº 8.160/1991 e a sinalização de acessibilidade para pessoas surdas 
Esta lei, publicada em 8 de janeiro de 1991, tem como principal destaque a caracterização de símbolo para identificação de pessoas 
deficientes auditivas, o Símbolo Internacional de Surdez (BRASIL, 1991). A intenção é identificar publicamente os locais que 
possibilitem acesso, circulação e utilização de surdos, bem como os serviços postos à disposição ou cujo uso seja possível para as pessoas 
surdas. 
 
O Decreto Federal nº 3.298/1999 e a acessibilidade 
Este item tratará inicialmente do Decreto Federal nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, que regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de outubro 
de 1989. O intuito dessa lei é dispor “sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria 
Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde)” e instituir “a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos 
dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes” (BRASIL, 1989). 
A lei, inicialmente, estabeleceu normas gerais para o “pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de 
deficiências, e sua efetiva integração social” (BRASIL, 1989). É importante você saber que, atualmente, o termo “portador” de 
deficiência não é mais utilizado, tendo em vista que quem “porta” algo pode deixar de portar quando quiser. Quem é deficiente o é 
enquanto sua característica singular, é uma particularidade que faz parte da pessoa com deficiência de forma orgânica. Segundo Sassaki 
(2005), é uma questão de empoderamento da pessoa com deficiência e também de responsabilidade que se assume ao contribuir com 
seus talentos para mudar a sociedade rumo à inclusão de todas as pessoas, com ou sem deficiência. 
Voltando ao documento, ele se referência com certa frequência à Constituição, a nossa Lei Maior, como já dito. Um exemplo é o 
parágrafo 1º do artigo inicial, que apregoa: “na aplicação e interpretação desta Lei, serão considerados os valores básicos da igualdade 
de tratamento e oportunidade, da justiça social, do respeito à dignidade da pessoa humana, do bem-estar, e outros, indicados na 
Constituição ou justificados pelos princípios gerais de direito” (BRASIL, 1989, grifo do autor). 
Outra citação da Carta Magna está no artigo 2º: 
Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive 
dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, 
decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico (BRASIL, 1989, grifo do autor). 
Entre os temas voltados à pessoa com deficiência delimitados na lei, estão a educação, a saúde, a formação profissional e do trabalho, 
os recursos humanos e as edificações. Não há nenhuma citação específica em relação aos surdos, mas há que se ressaltar que esta é a 
base do aparato legal de acessibilidade contemporâneo. 
Por exemplo: sempre que você vê, hoje em dia, grandes empresas com vagas abertas exclusivamente ou preferencialmente para pessoas 
com deficiência, ou mesmo vagas reservadas a essas pessoas em concursos públicos, a base dessa garantia vem da lei que estamos 
estudando, a nº 7.853/89. 
Entretanto, como já citado, uma leigeralmente precisa de um decreto para sua regulamentação. Nesse caso, é o Decreto nº 3.298, de 20 
de dezembro de 1999, que “regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da 
Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências” (BRASIL, 1999). 
Observe que, mesmo sendo publicado 10 anos depois da lei, esse documento, mais especificamente, tem por objetivo assegurar às pessoas 
com deficiência o pleno exercício dos direitos individuais e sociais, por meio de uma política nacional. Para isso, primeiro, são 
classificadas as deficiências. No caso da surdez, quando da redação inicial do decreto, a definição era a seguinte: 
[...] deficiência auditiva – perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte: 
a) de 25 a 40 decibéis (db) – surdez leve; 
b) de 41 a 55 db – surdez moderada; 
c) de 56 a 70 db – surdez acentuada; 
d) de 71 a 90 db – surdez severa; 
e) acima de 91 db – surdez profunda; e 
f) anacusia (BRASIL, 1999). 
 
NÓS QUEREMOS SABER! 
O que é anacusia? Segundo o dicionário Michaelis Online, é sinônimo de surdez. Pode ser bilateral, quando atinge os dois ouvidos; ou 
unilateral, quando ataca apenas um dos ouvidos. Para fins legais, a partir da publicação do Decreto Federal nº 5.296, de 2 de dezembro 
de 2004, que será estudado mais adiante, o termo deixou de constar na legislação para dar lugar mais claramente ao termo surdez, ou 
surdez total (ANACUSIA, 2015). 
Entretanto, o Decreto Federal nº 5.296/2004 alterou a redação deste e de alguns outros pontos. Assim, a definição válida é: “deficiência 
auditiva – perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 
1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz” (BRASIL, 1999). Para algumas das intensidades de deficiência auditiva, é possível utilizar aparelhos que 
suprem, ao menos, parte dessa deficiência 
 
O decreto define princípios e diretrizes básicos da política nacional para a pessoa com deficiência no que se refere à saúde, ao acesso à 
educação, à habilitação e à reabilitação profissional, ao acesso ao trabalho, à cultura, ao desporto, ao turismo e ao lazer. Alguns pontos 
importantes para a acessibilidade de uma forma geral dizem respeito à definição de “ajudas técnicas”, que são “os elementos que 
permitem compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficiência, com o 
objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena inclusão social” (BRASIL, 
1999). Algumas dessas ajudas são: próteses auditivas, elementos para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização para pessoas 
com deficiência, equipamentos e materiais pedagógicos próprios para educação da pessoa com deficiência e adaptações ambientais e 
outras que garantam o acesso e a autonomia dessas pessoas. 
Esses documentos também tratam da vida do surdo no que tange aos aspectos educacionais. Nesse sentido, destaca-se a definição de 
educação especial como uma modalidade escolar que permeia, de forma transversal, todos os níveis e as modalidades pedagógicos. 
“Entende-se por educação especial, para os efeitos deste Decreto, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede 
regular de ensino para educando com necessidades educacionais especiais [...]” (BRASIL, 1999). Outras características são: 
flexibilidade, dinamicidade, individualização, oferta nos níveis obrigatórios, início na educação infantil e apoio de equipe 
multiprofissional com formação adequada para orientação pedagógica individualizada. 
NÃO DEIXE DE LER... 
É sempre importante ter acesso aos documentos na íntegra. Não se pode esquecer que esse debate que temos aqui é apenas de uma parte 
da legislação, a que importa para os nossos estudos. Então, indicamos a leitura da Lei nº 7.853/1989 e do Decreto nº 3.298/1999, 
disponíveis, respectivamente, nos links: e . 
Evidentemente, há muitas outras contribuições desses documentos para a acessibilidade e a educação dos surdos. Ainda vamos debater 
um pouco mais sobre elas nas próximas páginas, mas vale a indicação de que você os leia na íntegra com bastante atenção. 
O Decreto nº 3.956/2001 e a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação 
contra as Pessoas Portadoras de Deficiência 
A Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, 
popularmente chama de Convenção de Guatemala, foi um evento da área ocorrido em 1999 na capital guatemalteca, Cidade da 
Guatemala, que, demonstrando a preocupação de seus participantes em relação à discriminação das pessoas com deficiência, externou 
alguns pontos importantes. O intuito foi reforçar que aqueles com deficiência devem ter direitos e liberdades fundamentais iguais a todos 
os demais cidadãos. 
O Brasil, enquanto nação que faz parte do acordo, publicou, em 8 de outubro de 2001, o Decreto nº 3.956, que “promulga a Convenção 
Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência” (BRASIL, 2001). 
Há que se ressaltar, entretanto, que convenção teria entrado em vigor no Brasil em 14 de setembro daquele ano, ou seja, cerca de um 
mês antes da promulgação oficial. 
Tal qual a própria convenção, o decreto brasileiro tem como objetivo ações afirmativas em relação às pessoas com deficiência, no sentido 
de que elas tenham os mesmos direitos e as mesmas liberdades fundamentais que todos os demais seres humanos. Definiu como 
“discriminação com base na deficiência” toda e qualquer restrição, rejeição, exclusão ou diferenciação executada com o efeito ou com 
o propósito de impedir ou anular qualquer direito humano ou liberdade fundamental da pessoa com deficiência. “Este Decreto tem 
importante repercussão na educação, exigindo uma reinterpretação da educação especial, compreendida no contexto da diferenciação, 
adotado para promover a eliminação das barreiras que impedem o acesso à escolarização” (BRASIL, 2008). 
Assim, pode-se perceber que o decreto, ao colocar em prática no Brasil os ditos da Convenção de Guatemala, dá um passo importante 
na política de inclusão nacional. Isso fica especialmente claro porque a principal intenção, como o próprio nome do documento informa, 
é combater a discriminação em relação às pessoas com deficiência. Esse “combate” deve-se dar, especialmente, por meio de medidas 
nos níveis legislativo, social, educacional e trabalhista para inclusão das pessoas com deficiência. Além disso, é necessário trabalhar a 
prevenção das deficiências que podem ser evitadas, a detecção e a intervenção precoces para a independência e a melhoria da qualidade 
de vida da pessoa com deficiência, e a sensibilização da população. 
Esses pontos principais, firmados na convenção e no decreto, vêm para fortalecer as regulamentações brasileiras anteriores, como o 
Decreto Federal nº 3.298. Da mesma forma, esses documentos constituem parte das políticas iniciais e que estão em validade até os dias 
de hoje em relação às pessoas com deficiência, incluídas aí as com surdez. 
A Libras como forma de comunicação institucionalizada na Lei nº 10.436/2002 
Esta Lei, a nº 10.436, de 24 de abril de 2002, é fundamental no entendimento dos direitos da pessoa surda. Embora seja bem curtinha, 
com apenas cinco parágrafos, é a que reconhece a língua brasileira de sinais, a Libras, como meio legal de comunicação e expressão no 
país (BRASIL, 2002). Posteriormente, essa lei foi regulamentada por meio do Decreto nº 5.626, de 2005, que será abordado mais à frente 
por possuir muitas informações para o entendimento da educação dos surdos. 
NÃO DEIXE DE LER... 
Como sempre indicamos, a leitura do documento na íntegra é bastante válida. Como é uma lei curta, você pode acessá-lae lê-la com 
cuidado, mesmo dispondo de pouco tempo. Acesse-a pelo link: . 
Outros pontos interessantes da lei referem-se à definição da Libras como um sistema “de natureza visual-motora, com estrutura 
gramatical própria” para “transmissão de ideias e fatos, oriundo de comunidades de pessoas surdas do Brasil” (BRASIL, 2002). O 
documento também dá indícios da institucionalização do apoio ao uso e à difusão da Libras, bem como da garantia de adequados 
atendimento e tratamento da pessoa surda. Também indica a motivação de você estar estudando, neste momento, uma disciplina a 
respeito da Libras e, por fim, indica que esta não deve substituir a Língua Portuguesa escrita. 
É a partir daqui que a disciplina de Libras começa a tomar corpo nas graduações pelo Brasil, como obrigatória para os cursos de formação 
de professores, fonoaudiologia e educação especial. Como veremos, ela também se tornará optativa nas demais formações de nível 
superior. 
A acessibilidade no Decreto Federal nº 5.296/2004 
A última legislação que você conhecerá a respeito da acessibilidade das pessoas com deficiência, em especial dos surdos, é o Decreto 
Federal nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. O documento regulamentou as leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, e nº 10.098, de 
19 de dezembro do mesmo ano, que, em geral, tratam de normas e critérios básicos para a acessibilidade das pessoas com deficiência. É 
esse documento, já citado anteriormente, que redefine a deficiência auditiva como “perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um 
decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz” (BRASIL, 2004). 
Especificamente sobre a surdez, o artigo 6º defende que deve haver tratamento diferenciado para as pessoas surdas nos órgãos públicos 
(administração direta e indireta, além das fundações), nas empresas prestadoras de serviços públicos e nas instituições financeiras. Esse 
tratamento diferenciado deve-se dar com o auxílio de intérpretes ou pessoas capacitadas em Libras, bem como para surdos que não se 
comuniquem por meio dessa língua e para pessoas surdo cegas, como a famosa Helen Keller, a primeira pessoa nessa condição a 
conseguir um diploma de bacharelado. 
 
VOCÊ A CONHECE? 
Helen Keller (1880-1968) foi uma escritora, conferencista e ativista social surdocega dos Estados Unidos. A primeira pessoa nessa condição a 
terminar um bacharelado, ficou cega e surda aos 19 meses de idade e, desde então, começou a desenvolver uma linguagem de sinais com a família, 
que posteriormente foi aperfeiçoada com a ajuda de profissionais. Em 1902, publicou a autobiografia A história de minha vida. Lançado no Brasil 
em 2008, pela José Olympio Editora, o livro teve a primeira edição esgotada e, atualmente, só se encontra nas bibliotecas e nos sebos. Pela sua 
importância nessa área, Helen Keller dá nome a diversas unidades escolares pelo país. Leia mais sobre a biografia de Helen Keller no link, que 
disponibiliza o download gratuito do livro: . 
 
NÓS QUEREMOS SABER! 
Como se comunicam as pessoas surdocegas? Veja bem: os surdos não ouvem, mas enxergam e, por isso, se comunicam pela língua de 
sinais; os cegos não enxergam, mas ouvem, por isso se comunicam pelo oralismo. O que eles têm em comum é o tato. Então, pessoas 
surdocegas costumam comunicar-se pela língua de sinais “lida” por meio do tato: o “emissor” da mensagem, quem fala na conversa, 
utiliza as mãos para transmitir a mensagem, enquanto que o “receptor”, aquele que “ouve” na conversa, coloca suas mãos sobre as mãos 
do falante, para sentir os sinais que estão sendo feitos. 
Ainda no que se refere ao tratamento diferenciado às pessoas surdas, as instituições já citadas também precisam ter, pelo menos, um 
telefone de atendimento que seja adaptado para comunicação com surdos e outras pessoas com demais deficiências auditivas (BRASIL, 
2004). Você já deve ter visto por aí telefones com um teclado, como o de computador, embutido (Figura 5). Eles servem para a 
comunicação com pessoas surdas. 
 
Esse tipo de telefone ainda é citado no artigo 16, ao se discorrer a respeito das características do desenho e da instalação do mobiliário 
urbano, que devem garantir o uso pelas pessoas com deficiência, incluída aí a auditiva. Entre essas iniciativas, estão as adaptações para 
utilização dos telefones públicos e dos terminais de autoatendimento de produtos e serviços. Deverá ser garantida a acessibilidade para 
surdos em pelo menos 2% do total de telefones públicos sem cabine, tanto para chamadas locais quanto de longa distância nacional, bem 
como outros 2% para a realização de chamadas de longa distância, nacional e internacional. A regra é a mesma para deficientes físicos 
que necessitem utilizar cadeira de rodas (BRASIL, 2004). 
Outra citação referente às pessoas com surdez estabelece que apenas poderão ter financiamento público as salas de espetáculo 
devidamente sinalizadas com o Símbolo Internacional da Surdez, com: 
[...] sistema de sonorização assistida para pessoas portadoras de deficiência auditiva, de meios eletrônicos que permitam o 
acompanhamento por meio de legendas em tempo real ou de disposições especiais para a presença física de intérprete de LIBRAS e de 
guias-intérpretes, com a projeção em tela da imagem do intérprete de LIBRAS sempre que a distância não permitir sua visualização 
direta (BRASIL, 2004). 
Sinalização visual e tátil para pessoas cegas e/ou surdas em prédios públicos ou de uso coletivo, seguindo as normas da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), também está definida na legislação. E o último ponto que levantaremos aqui nesta parte do 
capítulo trata-se da acessibilidade em relação à televisão: cita-se a subtitulação ou legendagem e a janela para intérprete de Libras. 
Leis sobre a educação de surdos 
Você conhece as leis que garantem a educação dos surdos? E sabe como essas leis preveem a educação dessas pessoas? Essas questões, 
ou seja, as leis que garantem a educação para as pessoas surdas, serão discutidas neste tópico. Boa parte delas já foi citada aqui, mas 
como há alguns artigos que tratam da educação dos surdos, além da acessibilidade de forma geral, serão retomadas agora sob novo olhar. 
A educação do surdo entre a Constituição e o Decreto nº 5.626/2005 
A intenção, neste trecho, é discutir os avanços da educação da pessoa surda a partir da publicação da Constituição e até antes da 
promulgação do Decreto Federal nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Isso porque esse documento será alvo das nossas 
problematizações na parte seguinte. 
Iniciando pela Constituição, reiteremos o que já foi trazido aqui: a educação é um direito de todos os brasileiros e um dever do Estado e 
da família, segundo o artigo 205 (BRASIL, 1988). Além disso, não podemos esquecer que, no ensino, deve ser garantida a igualdade de 
condições tanto para o acesso quanto para a permanência na escola. O artigo 208, por sua vez, prevê também que o Estado deve efetivar 
a educação, entre outros pontos, por meio do atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência, preferencialmente na 
rede regular de ensino. 
Em um primeiro olhar, as consequências disso para a educação dos surdos é óbvia: todos devem ter direito à educação escolar, ofertada 
pelo Estado, e todos também precisam ter condições para ingressar e continuar os seus estudos. Além disso, é obrigação do Estado ofertar 
atendimento educacional especializado. 
Evidentemente, enquanto ditos da Constituição, devem ser alvo de outras normatizações para o devido esclarecimento e regulamentação. 
Um desses documentos específicos é a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1994, que estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional, a popular LDB (BRASIL, 1994). Embora não haja nenhuma citação formal à pessoa surda, há um capítulo totalmente dedicado 
à educação especial. Nele, fica claro que os sistemas de ensino, incluídos os públicos, devem promover currículo,métodos, recursos e 
organização didática de forma particular a fim de atender às necessidades dos alunos com deficiência, bem como uma terminalidade 
própria para os que, por causa de sua deficiência, não puderem atingir o nível de conclusão do ensino fundamental. 
NÃO DEIXE DE LER... 
É bem provável que já tenha lido a LDB. Mas que tal ler novamente, agora com os olhos voltados para a inclusão? Acesse-a pelo link a 
seguir e atente-se aos pontos que você está estudando: . 
Posteriormente, o Decreto Federal nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, trouxe mais indícios em relação à educação do surdo. A intenção 
do documento é regulamentar a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, a respeito da Política Nacional para a Integração da Pessoa 
Portadora de Deficiência. 
Nessas normatizações, delimitou-se que o poder público deve assegurar à pessoa com deficiência o pleno exercício dos seus direitos 
básicos, incluída aí a educação, sempre com o devido respeito às peculiaridades de cada indivíduo (BRASIL, 1999). Na seção dedicada 
ao acesso à educação, ficou definido que os órgãos públicos federais da área da educação viabilizarão a matrícula compulsória das 
pessoas com deficiência, a inserção das instituições especializadas no sistema de ensino e a inclusão da educação especial no sistema 
educacional como algo transversal pelos níveis e pelas modalidades de ensino, bem como seu oferecimento de forma obrigatória e 
gratuita. Além disso, delimitou-se, que “educação especial” é uma modalidade de educação escolar flexível, dinâmica e individualizada, 
para os níveis de ensino obrigatórios, que deve ter início o quanto antes, por meio de uma equipe multiprofissional. 
Outro ponto que todos devem ter percebido é a garantia de particularidades em provas para ingresso em instituições de ensino superior 
e de concurso público. As instituições promotoras devem garantir adaptações das provas, bem como os apoios necessários e previamente 
solicitados pelo candidato/estudante com deficiência, inclusive tempo adicional para realização das provas, de acordo com as 
características da deficiência. Procure e veja qualquer edital de concurso público, ou manual do candidato para vestibular, e você verá 
essas peculiaridades que visam a garantir acessibilidade e condições isonômicas para as pessoas com deficiência. 
Por fim, o decreto ainda planta a semente do ensino de Libras nos cursos de formação de professores: “o Ministério da Educação, no 
âmbito da sua competência, expedirá instruções para que os programas de educação superior incluam nos seus currículos conteúdos, 
itens ou disciplinas relacionados à pessoa portadora de deficiência” (BRASIL, 1999). 
A educação dos surdos a partir do Decreto nº 5.626/2005 
O marco na educação das pessoas surdas é o Decreto Federal nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. O documento parte da Lei nº 
10.436/2002, que dispõe sobre a Libras, e do artigo 18 da Lei nº 10.098/2000, para tratar especificamente da educação do surdo. Em 
linhas gerais, que detalharemos a seguir, o documento aborda o acesso à escola por parte dos alunos surdos, a inclusão da Libras como 
uma disciplina curricular, bem como a formação e a certificação do professor dessa disciplina e do tradutor intérprete dessa língua, o 
ensino da Língua Portuguesa aos surdos como sua segunda língua e a organização e oferta da educação bilíngue no ensino comum 
(BRASIL, 2005). 
 
A respeito do acesso do surdo à escola, o decreto estabelece que as instituições de ensino do âmbito federal, em todos os níveis, devem 
garantir aos surdos o acesso à comunicação, à informação e à educação, tanto nas seleções para ingresso quanto nas atividades e no 
currículo. Para tanto, deve-se promover a formação de professores no ensino e no uso da Libras, na tradução e na interpretação e no 
ensino de Língua Portuguesa como segunda língua. Além disso, deve oferecer, desde a educação infantil, o ensino adequado (Libras 
como primeira língua e Língua Portuguesa como segunda), por meio de profissionais devidamente formados. Por fim, entre outros pontos 
importantes, delimita que é necessário utilizar mecanismos coerentes para a avaliação da aprendizagem da segunda língua, bem como 
para a aprendizagem da Libras. 
Essa diferenciação é essencial, porque não se pode avaliar a escrita em Língua Portuguesa de um aluno surdo da mesma forma que se 
avalia a de um aluno ouvinte. E não se pode dizer que a escrita do surdo está errada: devem-se respeitar suas particularidades linguísticas 
na escrita, e saber avaliá-lo a partir daí. 
Há um caso concreto que queremos mostrar para você. No seu computador, abra seu buscador de preferência (como o Google) e digite, 
no campo da pesquisa, o termo “Instituto Nacional de Educação dos Surdos – Ines”. Você verá que vai aparecer uma tela parecida com 
esta, na qual você pode observar o campo de comentários, conforme também indicado na imagem: 
 
Observe que, nesse caso, há três comentários, sendo que, para os ouvintes, apenas o último parecerá “bem escrito”. Isso porque os dois 
primeiros foram realizados por pessoas surdas. Nesse contexto, não se pode considerar que a escrita está errada, porque devemos, 
segundo o decreto que estamos comentando, valorizar o aspecto semântico dessa escrita e reconhecer a singularidade linguística do surdo 
que possui a Língua Portuguesa como segunda língua. 
Já sobre a inclusão da Libras como uma disciplina curricular, o documento estabelece que isso deve ser uma ação obrigatória nos cursos 
de formação de professores (incluídas aí as licenciaturas, a pedagogia e a educação especial, por exemplo) e de fonoaudiologia, em todas 
as instituições de ensino. Além disso, a Libras deve ser uma disciplina optativa para os demais cursos superiores e de educação 
profissional. Esse é um reflexo da demanda que existe nos dias de hoje, e você, que está aqui estudando agora, o faz não apenas para 
atender a um critério legal: você o faz porque tem, ou está desenvolvendo, a consciência de que a inclusão é essencial na escola, e você 
faz parte disso. 
No que tange à formação dos profissionais que fazem parte dessa inclusão do surdo na escola, como o professor da disciplina de Libras 
e do intérprete, o decreto estabelece diferentes tipos, para cada nível de ensino. Um detalhe constante – e que faz todo o sentido – é que 
as pessoas surdas devem ter prioridade nesses cursos de formação. Além disso, o decreto ainda estabelece prazos para o fomento dessas 
formações que serão citadas. 
Para o ensino de Libras nos anos finais do ensino fundamental, no médio e no superior, o profissional deve ser formado por meio de 
curso da Licenciatura em Letras: Libras ou em Letras: Libras/ Língua Portuguesa como segunda língua. 
Já para a educação infantil e para os anos iniciais do ensino fundamental, a formação tem que ser realizada em curso de pedagogia ou 
curso normal superior, em que Libras e Língua Portuguesa escrita tenham sido línguas de instrução, de forma a colocar em prática a 
formação bilíngue. 
Ainda nesse quesito, para a função de instrutor de Libras em nível médio, a formação deve dar-se em cursos de educação profissional 
ou cursos de instrução continuada realizados por instituições de ensino superior ou instituições credenciadas pelas secretarias de 
educação. Há também a possibilidade de que essa formação seja feita por meio de organizações representativas da comunidade surda, 
mas, nesse caso, o certificado precisa de convalidação de alguma das instituições citadas. 
Não entraremos, aqui, no mérito da educação bilíngue, tendo em vista que esse tema já foi discutido anteriormente. 
NÃO DEIXE DE VER... 
Complemente e relembre alguns pontos sobre a educação bilíngue por meio deste vídeo, produzido no Estado do Paraná, pela TV Paulo 
Freire. É a terceira parte de um episódio do programa Nós da Educação. Disponível no link: . 
Saindo das discussões do Decreto nº 5.626/2005, ainda houve, posteriormente, a promulgação do DecretoFederal nº 6.094, de 24 de 
abril de 2007, para falar sobre a implementação do Plano de Metas do “Compromisso Todos pela Educação”. No entanto, não há nada 
específico para pessoas com deficiência, muito menos para os surdos. Apenas cita-se que a União poderá apoiar e incentivar ações que 
garantam o acesso e a permanência nas salas comuns de pessoas com necessidades educacionais especiais, com o intuito de fortalecer a 
inclusão educacional. 
Entretanto, você precisa observar que as políticas da área da educação mudam com certa frequência. Por isso, é essencial que você fique 
atento e veja também as legislações particulares do seu Estado. O mínimo que se pode dispor é a normatização federal. Os estados podem 
legislar, dentro de suas competências, para avançar nesses debates, sempre em consonância com a Constituição e com as leis federais. 
Você concluiu os estudos desta disciplina, em que: 
• estudou a acessibilidade da pessoa com deficiência, a partir dos preceitos de universalização previstos na Constituição Federal. Nesse 
documento, também já foram colocadas as primeiras sementes do ensino das pessoas com necessidades educacionais especializadas, 
como os surdos, conforme seria regulamentado nas legislações seguintes; 
• entendeu que a Lei nº 8.160, de 1991, foi importante por trazer à tona a caracterização do símbolo que deveria ser utilizado para 
identificação dos locais que possibilitam acesso, circulação e utilização por parte dos surdos, bem como os serviços postos à disposição 
ou cujo uso seja possível para as pessoas surdas; 
• aprendeu que o Decreto nº 3.298, de 1999, regulamentou temas como o apoio e a integração social das pessoas com deficiência, além 
de debater alguns temas jurídicos relativos às pessoas com deficiência; 
• soube que o Decreto nº 3.956, promulgado em 2001, foi a assinatura do Brasil na Convenção Interamericana para a Eliminação de 
Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. O principal mote do documento foi demonstrar a 
preocupação em relação à discriminação dessas pessoas, com o intuito de reforçar que elas precisam ter garantidos os mesmos direitos 
e as mesmas liberdades fundamentais das demais pessoas; 
• identificou, como marco fundamental na acessibilidade dos surdos, a publicação da Lei nº 10.436, de 2002, que reconheceu a Libras 
como forma legal de comunicação e expressão no país; 
• soube também que o Decreto Federal nº 5.296, de 2004, tratou de normas gerais e critérios básicos a fim de se promover a acessibilidade 
das pessoas com deficiência. Especificamente sobre os surdos, esse documento foi o responsável por redefinir sua definição legal; 
• entendeu a importância, para a educação dos surdos, das contribuições da Constituição Federal de 1988; da Lei nº 9.394/1996 (a Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB) e do Decreto Federal nº 3.298/1999, todos embriões da atual legislação da área; 
• por fim, conheceu o Decreto Federal nº 5.626/2005, que tratou diretamente da educação do surdo e abordou temas essenciais, como o 
acesso à escolarização, a inclusão da disciplina Libras, a formação e a certificação dos profissionais envolvidos na escola bilíngue, bem 
como a oferta dessa forma de ensino. 
E é com essas informações que esperamos que você, daqui para frente, possa ser um elo fundamental no processo de inclusão da pessoa 
surda no processo de ensino-aprendizagem. Você precisa ter essa consciência para desempenhar bem o seu papel frente a essas pessoas, 
assim como para também poder aprender com elas.

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