Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
4 1.Índice de figuras Figura 1 - Esquema referente ao interior de uma gantry. Figura 2 - Esquema de interação da emissão de pósitron aos detectores Figura 3 - Efeito fotoelétrico Figura 4 - Efeito Compton Figura 5 - produção de pares Figura 6 - Esquema de processamento nos exames de pet Figura 7 - Paciente com adenocarcinoma no pulmão ‘D’. Fusão de pet/ct do mesmo exame visto com duas ‘’janelas’’ diferentes mostrando a enorme mudança na imagem do pet. Figura 8 - Exemplo de reconstrução em retroprojeção simples Figura 9 - Exemplo de reconstrução em retroprojeção filtrada Figura 10 – melanoma metastático para cérebro (1), hilo pulmonar (2), adrenal direito (3), fígado (4) e linfonodos (5). 5 2. Agradecimentos Agradecemos a um conjunto de pessoas com as quais nos cruzamos ao longo destas semanas e que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho. Ao professor, Carlos Antônio pelo tema da nossa apresentação pela sua orientação, apoio, motivação, experiência transmitida e pelos ensinamentos proporcionados. A Deus, que sempre foi nossa bússola e apoio nas horas difíceis E as nossas famílias e amigos, por toda a força é incentivo para a realização desse trabalho. Obrigado! 6 3.Introdução O PET-CT é um dos exames de imagem atualmente mais utilizado no acompanhamento de pacientes oncológicos. Ele combina recursos da tomografia computadorizada e da medicina nuclear pela emissão de pósitrons com objetivo de detectar a atividade metabólica das células do corpo. O equipamento gera imagens precisas que ajudam a determinar a fase de desenvolvimento do tumor e o resultado dos tratamentos. O exame geralmente é indicado em casos específicos como, por exemplo, para avaliar se há câncer nos linfonodos ou outros órgãos a distância (metástase), o que pode alterar o tipo de cirurgia ou até mesmo mostrar que é preciso iniciar a quimioterapia antes da cirurgia para reduzir a doença e facilitar a remoção. 7 4.Fontes emissoras de radiação e detectores. O princípio de funcionamento do pet-ct ou tomografia por emissões de pósitron se dá através de uma ampola de raios-x e de seus detectores, que ficam acoplados no interior do gantry. Não muito diferente da radiologia convencional a formação dos raios-x se dá através do catodo, que submetido a um efeito denominado termiônico, que esquenta seu filamento liberando os elétrons que irão se chocar ao anodo formando 1% de radiação e 99% de calor. Figura 1 - Esquema referente ao interior de uma gantry. De forma grotesca o paciente acaba se tornando uma fonte de emissão de radiação, por conta dos radiofármacos administrados na corrente sanguínea. Figura 2 - Esquema de interação da emissão de pósitron aos detectores https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiI5bTV8JXeAhVuxFkKHb9nCSgQjRx6BAgBEAU&url=https://www.researchgate.net/figure/A-schematic-of-the-PET-principle_fig5_266887992&psig=AOvVaw0mJq30lp9LqI__IGU0ME7y&ust=1540154454879578 8 5.Interação da radiação com a matéria Quando a luz, radiação gama, interage com a matéria pode transferir parcial ou totalmente, a sua energia para o objeto. Quando isso acontece pode ocorrer a ionização ou a excitação dos átomos, a excitação transfere a energia para os elétrons alvo, mas não o suficiente para expulsá-los, já a ionização transfere energia para os elétrons do material alvo que são arrancados da eletrosfera. Geralmente, quanto maior a massa das partículas do absorvente, maior é a hipótese da radiação ser absorvida pela matéria. A radiação gama interagem com a matéria por três mecanismos dominantes, dependendo da em energia, podem ser: efeito fotoelétrico, efeito Compton e produção de pares. 5.1 Efeito fotoelétrico É caracterizado pela transferência total de energia da radiação x ou y a um único elétron orbital que é ejetado de sua órbita. É predominante de baixa energias. Figura 3 – Efeito fotoelétrico O espaço deixado pelo fotoelétron pode ser ocupado por elétrons das camadas superiores, gerando o que chamamos de radiação característica 9 5.2 Efeito Compton É a interação de um fóton de raios X ou Y com um elétron orbital onde parte da energia do fóton incidente é transferida com a energia para o elétron e o restante é cedida para o fóton espalhado. Figura 4 – Efeito Compton 5.3 Produção de pares A produção de pares ocorre somente quando fótons de alta energia atingem núcleos de elevados números atômicos. A radiação interage com o núcleo e desaparece, dando origem a um par elétron-pósitron que perderão sua energia pela ionização e excitação. Figura 5 – Produção de pares 10 6. Processo de geração das imagens De acordo com Nuco C. Ferreira: A ideia que está na base das técnicas de imagem de Medicina Nuclear onde se inclui a PET é muito simples: se conseguirmos tornar o corpo uma fonte de “luz”, basta tirarmos-lhe uma “fotografia” (que significa escrever com luz, fotões). Para vermos o interior do corpo é preciso que a “luz” seja penetrante, pelo que não se pode utilizar radiação eletromagnética na gama do visível, à qual o corpo seria opaco: utilizamos assim radiação gama, de elevada energia e muito penetrante. Por outro lado, se em vez de tirarmos uma única fotografia tirarmos centenas de fotografias de diferentes ângulos em redor do paciente (cada uma delas correspondendo a uma projeção do objeto segundo esse ângulo), é possível reconstruir o volume do paciente. Cada elemento desse volume designa-se por “voxel’’ Figura 6 - Esquema de processamento no exame de PET Quando os pósitrons saem do corpo do paciente e não interagem entre si eles se dirigirem para os detectores tendo uma elevada probabilidade de serem detectados. Os detectores tipicamente estão organizados em blocos numa geometria em anel em torno do paciente. Cada bloco tem vários pequenos cristais, densos, finos e compridos, acoplados a fotodetectores. Quando um pósitron interage no cristal deposita nele alguma ou toda a sua energia, literalmente fazendo-se luz: gera-se uma cintilação constituída por uma grande quantidade de fotões de baixa energia, geralmente na gama da luz visível e do ultravioleta. A luz da cintilação é então convertida para impulsos elétricos pelos 11 fotodetectores, só depois podendo estimar a energia, passando por um processo chamado de consciência para a formação e reconstrução da imagem Fotomultiplicador é um dispositivo electrónico que faz parte do tubo a vácuo e que converte a luz em corrente eléctrica de maneira que se pode saber que quantidade chega ao aparelho, sendo assim como multiplicador do sinal luminoso. Figura 7 – Paciente com adenocarcinoma no pulmão direito. Fusão de pet/ct do mesmo exame visto com duas ‘’janelas’’ diferentes mostrando a enorme mudança na imagem do pet 7. Pós processamento e reconstrução da imagem As imagens em tomografia computadorizada por emissão de pósitrons são projeções de vários ângulos, isto é, como se fotografássemos um objeto em vários ângulos diferentes. Em cada uma das fotografias veríamos a aparência do objeto sob aquele ângulo. Após aquisição das imagens o próximo passo é rearranjar estas informações distribuídas na matriz do sinograma de forma que elas representem a região anatômica sob estudo, a partir dos coeficientes de atenuação dos tecidos irradiados. Energia do fóton Cintiladores Sinal luminoso Sinal elétrico Fotodetectores Imagem 12A técnica de reconstrução mais utilizada é a chamada de convolução em retroprojeção, que pode ser do tipo simples ou do tipo filtrada. Em uma retroprojeção simples, também conhecida como método de soma ou superposição linear, e a reconstrução onde o valor de atenuação é adicionado em todos os pixels na memória do computador ao longo de cada ângulo adquirido, ou seja, atenuação dos raios-x não é uniforme. Apesar de ser um resultado insatisfatório, com relação à qualidade da imagem obtida, a imagem reconstruída reproduz o objeto originalmente irradiado Figura 8 – Exemplo de reconstrução em retroprojeção simples Para que a reconstrução sai de forma nítida e preciso passar por um filtro de convolução, também conhecido como kernel ou algoritmo de reconstrução, antes da retroprojeção, ou seja, atenuação dos raios-x são filtradas de forma uniforme. Dependendo do tipo de filtro aplicado, isso pode influenciar nas características da imagem, podendo variar entre filtros de suavização, nitidez. Figura 9 – Exemplo de reconstrução em retroprojeção filtrada 13 7.Processo de laudo e impressão Como dito assim, o pet é um exame de imagem que avalia o metabolismo das estruturas analisadas, mais especialmente ossos, músculos, cérebro, pulmão e fígado. Na oncologia, a grande indicação do pet-ct é para a detecção de tumores e metástases. Para se obter um laudo correto e preciso, é de suma importância o histórico clinico do paciente, exemplos: as indicações clinicas, tipo de câncer e a fase do tratamento, se já foi submetido a algum tratamento de quimioterapia ou radioterapia ou cirurgia. Para uma melhor visualização de linfomas e outros tipos de tumores e células cancerígenas é injetado por via endovenosa ou oral radiofarmacos (que são escolhidos a parti da região de estudo ou pelo médico) que são transportados pelo sangue até as células, onde são absorvidos e transformados em energia. Na realização do exame o tecnólogo deve estar sempre ciente sobre o tempo e área de varredura, exemplo: imagem tardia do tórax, são de suma importância para diagnosticar nódulos pulmonares, ou seja, o tempo de espera para iniciar a varredura de imagens e muito importante, pois o radiofármaco deve chegar está presente nas células. A realização simultânea da tomografia eleva a especificidade da avaliação, reduzindo resultados falso-positivos relacionados com a captação fisiológica, por exemplo. Ademais, o exame de PET/CT é mais sensível e específico que os demais métodos de imagem para o seguimento e o reestadiamento de indivíduos com melanoma. Figura 10 – Melanoma metastático para cérebro (1), hilo pulmonar (2), adrenal direita (3), fígado (4) e linfonodos (5). 14 A impressão e a parte mais importante de qualquer relatório de imagem. Muitos médicos solicitantes iniciam a leitura com a impressão, e lêem a descrição apenas se tiverem tempo. É essencial que todas as informações importantes descobertas no estudo sejam apresentadas aqui de forma clara e sucinta. As características desta seção devem ser: breve e concisa; diagnóstico preciso, quando não for possível, devem ser referidos os diagnósticos diferenciais de forma clara e organizada; a impressão deve começar com uma declaração clara, se o estudo for anormal. Os exemplos incluem: ‘’há evidencia de linfoma em atividade nas cadeiras cervicais’’ ou provável linfoma em atividade na cadeia inguinal direita’’ e finalmente, deve-se reconhecer que os relatórios de radiologia são disponibilizados aos pacientes em muitas instituições. Embora seja importante ser assertivo na seção de impressão de relatórios de PET/CT, também é importante reconhecer as limitações dos exames de imagem, e que os resultados devem ser levados em consideração no contexto de cada situação clínica. Os relatórios devem transmitir a informação necessária para os médicos sem causar ansiedade desnecessária para o paciente, exemplo de relatório: Exemplo de Relatório Normal # 1 - Linfoma Negativo Nome do paciente: xxxxxxxxxxxxx Data do exame: __ / __ / ____ Data de nascimento: __/__/___ Exame: 18F- FDG-PET/CT , base do crânio até o meio da coxa: PROCEDIMENTO: 12,5 mCi 18F-Fluorodeoxiglicose foram administrados por via intravenosa, através de punção da veia antecubital direita. Para permitir a distribuição e captação do radiofármaco, foi permitido ao paciente descansar tranquilamente por 60-90 minutos em um quarto blindado. Foram realizadas imagens em um PET integrado a um CT de 16 canais, desde a base do crânio até o meio da coxa. A glicemia no momento da aplicação de FDG foi de 104 mg/dL. A TC foi realizada sem material de contraste oral ou intravenoso. 15 ACHADOS: Cabeça e Pescoço: Não há linfonodos com hipermetabolismo no pescoço. As porções visualizadas do cérebro estão normais à CT. Tórax: Não há linfonodos com hipermetabolismo no tórax. Discreto enfisema centrolobular nos ápices pulmonares. Não há nódulos pulmonares. Abdome e pelve: Não há linfonodos com hipermetabolismo nas cadeias retroperitoneais ou pélvicas. O baço apresenta dimensões normais e concentração normal de FDG. Achado incidental de pequenos cálculos na vesícula biliar, sem evidência de colecistite à CT. Musculoesquelético: A concentração na medula óssea está dentro do intervalo normal. 16 8.Bibliografia BASTO, Pedro. Tomografia por emissão de pósitrons. Disponível em: <http://www2.ic.uff.br/~aconci/tomografiaPorEmissaoDePositrons.pdf>. Acesso em: 30 out 2018 JESUS, Elisabete. Exposição à radiação em exames de corpo inteiro de 18f-FDG PET-CT. Escola superior de tecnologia da saúde de Coimbra. Disponível em:<https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/14533/1/Elisabete%20de%20J esus%20Fernandes.pdf>. Acesso em: 29 out 2018 CERCI, juliano. Elementos importantes do laudo de PET-CT. Faculdade de medicina, UFRK – Rio de janeiro, Brasil. Disponível em: <http://sbmn.org.br/wp- content/uploads/2016/06/documento_consulta-publica_laudo-PET-em- linfomas.pdf>. Acesso em: 30 out 2018 INÊS, maria. Caracterização Física de um sistema de imagem por PET/TC. Engenharia física tecnológica. Disponível em: <https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/395137829652/Disserta%C3%A7 %C3%A3o.pdf>. Acesso em: 30 out 2018 FRANCO, maria. Benefícios do PET-CT para diagnóstico de neoplasias. Disponível e:<https://www.unigran.br/interbio/paginas/ed_anteriores/vol11_ num1/arquivos/artigo2.pdf>. Acesso em: 04 nov 2018 OTAVIO, luiz. Tomografia Retro-projeção. Disponível: <http://dcm.ffclrp.usp.br/~murta/PAIM/PAIM_4.pdf>. Acesso em: 30 out 2018 http://www2.ic.uff.br/~aconci/tomografiaPorEmissaoDePositrons.pdf https://www.unigran.br/interbio/paginas/ed_anteriores/vol11_%20num1/arquivos/artigo2.pdf https://www.unigran.br/interbio/paginas/ed_anteriores/vol11_%20num1/arquivos/artigo2.pdf http://dcm.ffclrp.usp.br/~murta/PAIM/PAIM_4.pdf
Compartilhar