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SLIDE Metodologia e Prática do Ensino da Língua Portuguesa

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Unidade I
METODOLOGIA E PRÁTICA ENSINO 
DE LÍNGUA PORTUGUESADE LÍNGUA PORTUGUESA
Profa. Ma. Lilian Pessôa
Aspectos históricos em relação ao 
ensino. Indagações iniciais
 Por que a educação, que a tantos formou 
no passado, não é mais adequada para 
os dias atuais?
 É, de fato, necessário modificar todo o 
ensino?
 O que buscamos? O que queremos em 
relação ao ensino nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental?
Por que é preciso modificar o 
ensino?
 Discurso recorrente e contagiante.
 Mudanças devem ocorrer a partir de um 
processo reflexivo sobre o ensino.
 É preciso tomar cuidado com os 
modismos.modismos.
Entre o já conhecido e a novidade.
 O que já conhecemos sobre o ensino 
nos conforta porque podemos prever, 
controlar e antecipar fatos. Mas isso não 
mobiliza para a mudança!
 A novidade assusta justamente pela 
imprevisibilidade e pelos riscos que 
oferece. Mas correr riscos é necessário!
A transformação do ensino
 A inovação faz sentido quando faz parte 
da história do conhecimento 
pedagógico, e quando, ao mesmo tempo, 
retoma e supera o anteriormente 
produzido. 
(LERNER, 2002, p. 30)
A importância dos aspectos 
históricos.
 Resgatar o ontem ajuda a compreender o 
hoje e planejar melhor o amanhã.
 Uma análise possível, mas não a única.
 A necessidade de selecionar alguns 
acontecimentos e tomá-los como pontosacontecimentos e tomá los como pontos 
de partida para a reflexão proposta nesta 
disciplina.
O ensino e os interesses sociais
 O processo educativo não está isolado 
de outras instâncias sociais, mas 
apresenta estreita relação com as 
perspectivas sociais.
 Os propósitos do ensino podem servir 
essencialmente aqueles que estão no 
poder ou refletir a formação de um 
cidadão atuante na sociedade em que 
vive.
Interatividade 
O discurso de que é preciso modificar o 
ensino deve ser compreendido na 
perspectiva de:
a) retornar às práticas de ensino antigas, 
quando as pessoas aprendiam de 
d dverdade.
b) exigir que o professor utilize toda a 
tecnologia moderna em suas aulas.
c) articular diferentes métodos de ensino 
para formular um único modo de ensinar.
d) possibilitar a mobilização de 
conhecimentos para a tomada de 
decisões.
e) garantir ao aluno o direito de escolher se 
quer ir para a escola ou não.
O ensino que recebemos
O que sabemos sobre como nossos avós, 
pais, tios, enfim, aprenderam a ler e a 
escrever?
Durante muito tempo o ensino adotou 
práticas que privilegiavam:
 o ensino homogêneo;
 as atividades mecanizadas (baseadas na 
cópia e na memorização);
 o processo de codificação e 
decodificação da escritadecodificação da escrita.
Não buscamos culpados, mas refletir sobre 
o processo de ensino em diferentes épocas.
A que momento histórico esse 
ensino nos remetem?
 Se tomarmos como ponto de partida o 
Descobrimento do Brasil, num tempo 
bem distante de nós, veremos que essa 
era a concepção de ensino dos jesuítas, 
responsáveis pela educação da época.
 Se pensarmos no regime militar 
ditatorial, vigente no Brasil no período de 
1964 a 1985, portanto, bem mais próximo 
de nós, notamos que não há 
modificações significativas na 
concepção de ensinoconcepção de ensino.
O que aprendemos com esse 
resgate de marcos históricos?
 Que é preciso romper com modelos que 
não contribuem para a aprendizagem do 
aluno, mas servem apenas para 
consolidar o poder dominante vigente.
 Que a leitura se constitui como via de 
acesso à informação e, portanto, é um 
importante instrumento de 
transformação social.
Que concepções essas práticas 
revelam?
 Que a aprendizagem ocorre por meio do 
treino intensivo e pela repetição fiel de 
modelos.
 Que o aluno não participa do processo 
de sua aprendizagem, apenas a recebe 
passivamente.
 Que a aprendizagem ocorre por meio do 
acúmulo de conhecimentos e 
informações recebidas pelo aluno.
Por que essas práticas eram 
interessantes?
 Num país de regime ditatorial 
(autoritário), por exemplo, pode 
interessar àqueles que detêm o poder 
que o ensino da leitura e da escrita 
permaneça na esfera da codificação e 
decodificação do “decifrar as palavras”decodificação, do “decifrar as palavras”.
Quais os propósitos do ensino da 
leitura e da escrita hoje?
Que se possa reconhecer que estas são 
vias de acesso à informação, a partir das 
quais se pode interpretar o que ocorre na 
sociedade para:
 tomar decisões;
 fazer exigências;
 sair da passividade para a atividade.
Interatividade
Durante a ditadura militar no Brasil bastava 
que as pessoas entendessem o que delas era 
esperado e soubessem cumprir ordens. 
Assim, as práticas educativas junto ao aluno 
privilegiavam:
) di ã fl ãa) a discussão e a reflexão, para que o seu 
papel fosse compreendido.
b) a reprodução de modelos, para executar 
tarefas mecanicamente.
c) a cópia de textos, para que a escrita fosse 
i ifi tisignificativa.
d) a memorização, como forma de garantir 
sua participação no ensino.
e) o trabalho em grupos, para o 
desenvolvimento do espírito de equipe.
O ensino que desejamos.
 Deve ser pautado no desenvolvimento de 
competências de tal modo que, no caso 
da leitura e da escrita, frente a um texto 
de conteúdo polêmico ou duvidoso, por 
exemplo, o aluno saiba assumir uma 
posição expor sua opinião justificarposição, expor sua opinião, justificar 
suas escolhas, tomar decisões.
Mas, o que é competência?
Competência não é dom!
 Dom – dote natural; a pessoa nasce com 
ele ou não.
 Competência – desenvolvida frente a 
oportunidades de tomadas de decisão,oportunidades de tomadas de decisão, 
de desafios, de problematizações.
A importância do ensino para 
desenvolvimento de competências.
Tomemos como exemplo o processo 
eleitoral:
 O Brasil é referência em termos de 
democracia e tecnologia.
 Mas amarga as escolhas arbitráriasMas amarga as escolhas arbitrárias 
feitas pelos seus eleitores .
Por isso, é função da escola
Perpetuar o conhecimento valorizado por 
sua cultura de modo a subsidiar o aluno 
com experiências significativas de tomadas 
de decisão.
Para muitas crianças, a escola é o único 
meio de acesso à:
 informação;
 leitura/ escrita;
 reflexão/ discussão;
 ação autônoma e criativa.
O processo de aprendizagem.
 Segundo Délia Lerner (2002), não se 
chega ao conhecimento pela soma de 
pequenas aprendizagens, mas pela 
reorganização de objetos complexos.
O tempo de aprender.
 Aprendizagem é processual. Não ocorre 
de um dia para o outro, mas 
gradativamente e durante um tempo que 
varia de indivíduo para indivíduo.
 É necessário instituir uma rotina de 
práticas em que o aluno possa mobilizar 
seus saberes.
Interatividade
O processo educativo atual investe no 
desenvolvimento de competências. Desse 
modo, espera-se que o aluno seja capaz de:
a) reproduzir modelos propostos pelo 
professor, o que o fará aprender.
b) cometer poucos erros, uma vez que 
estes o distanciam do aprender.
c) acumular informações, que possam lhe 
ser úteis oportunamente.
d) colocar em jogo talentos naturais a partird) colocar em jogo talentos naturais a partir 
dos quais pode-se desenvolver outros.
e) mobilizar saberes para a resolução de 
problemas cotidianos.
Avanços e equívocos no processo 
de transformação.
“...a satisfação conclui, encerra, termina; 
a satisfação não deixa margem para a 
continuidade, para o prosseguimento, 
para a persistência, para o 
desdobramento. A satisfação acalma, 
limita amortece ”limita, amortece.” 
(CORTELLA, 2008, p.11)
 As dúvidas em relação ao ensino atual 
movimentam a busca de soluções para 
os mesmos.
As pesquisas de Ferreiro.
 Na década de 1980, as pesquisas de 
Emília Ferreiro influenciaram fortemente 
a educação brasileira.
 Com a preocupação de compreender 
como os alunos aprendem o 
funcionamento do sistema de escrita, 
Ferreiro conclui que estes levantam 
hipóteses provisórias que os ajudam a 
aproximar-se do entendimento do 
sistema alfabético.
O conhecimento superficial.
 Propostascolocadas em prática 
rapidamente.
 Não houve investimento em estudos 
aprofundados ou formação de 
professores.
 Foi desconsiderado que a aprendizagem 
é processual e que isso é válido para a 
criança, mas também para o professor.
Princípios equivocados.
 O professor não pode mais corrigir o 
aluno.
 Não se pode mais utilizar a caneta 
vermelha para corrigir o aluno.
 Cópia, memorização e treino estãoCópia, memorização e treino estão 
proibidos.
 O aluno constrói sozinho o seu 
conhecimento.
Resultados que colhemos.
 Alunos concluem o Ensino Fundamental 
sem saber ler e escrever.
 E o que é pior: os alunos não 
dominavam nem a forma mecanizada de 
leitura e escrita, ou seja, codificação e 
decodificação.
 A sociedade começou a pressionar os 
professores que, por sua vez, sentiam-se 
perdidos.
O que deu errado nesse processo?
 Saímos de um extremo em direção a 
outro.
 Antes: um ensino unicamente pautado 
no modelo, na cópia, na memorização.
 Depois: o aluno participa do seuDepois: o aluno participa do seu 
processo de aprendizagem, ele mesmo 
constrói o seu conhecimento.
 É preciso sair dos extremos para buscar 
um ponto de equilíbrio.
Interatividade
Com base nos pressupostos construtivistas 
afirmamos que o aluno constrói seu 
conhecimento. Com relação aos 
professores sabemos que, por serem 
adultos:
a) já construíram o seu conhecimento.
b) aprendem muito mais rápido.
c) vivenciam o mesmo processo que o 
aluno.
d) podem aprender conteúdos complexosd) podem aprender conteúdos complexos.
e) têm um modo de aprender diferente dos 
alunos.
Uma reflexão para terminar
“O desafio é formar praticantes da leitura 
e da escrita e não apenas sujeitos que 
possam ‘decifrar’ o sistema de escrita. É 
– já o disse – formar leitores que saberão 
escolher o material escrito adequado 
para buscar a solução de problemas quepara buscar a solução de problemas que 
devem enfrentar e não capazes apenas 
de oralizar um texto selecionado por 
outro.” 
(LERNER, 2002, pp.27-28)
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade II
METODOLOGIA E PRÁTICA ENSINO 
DE LÍNGUA PORTUGUESADE LÍNGUA PORTUGUESA
Profa. Ma. Lilian Pessôa
O que é ler?
 É viajar por lugares fantásticos.
 É sonhar de olhos abertos.
 É tornar possível o impossível.
 É conhecer, é aprender.
É É atribuir sentido ao texto.
Por que é preciso ler para os 
alunos?
“Os mestres atuam como mediadores 
entre a realidade sociocultural e o 
sujeito, pois põem os alunos em contato, 
de uma forma crítica, com os 
instrumentos, os signos e os símbolos 
que compõem a cultura ”que compõem a cultura.”
(RONCA, V. F. C. Docência e Ad-Miração: da 
imitação à autonomia. São Paulo, 2007, p.124)
As diferentes formas de ler
Os propósitos de leitura são diferentes: 
lemos para nos divertir, nos informar, para 
estudar, por lazer, para aprender a fazer 
algo etc.
Quando o professor lê para seus alunos dá 
“vida” ao texto por meio de:
 entonação,
 expressão,
 ritmo,
 fluência,
 postura etc.
A organização da rotina de leitura.
 A leitura deve ser diária.
 Os textos precisam ser variados .
 Deve-se escolher um bom momento da 
aula para a realização da leitura.
Uma leitura exige planejamento.
 O professor deve ser cuidadoso na 
escolha do texto.
 No “papel” de leitor, o professor deve 
ser um bom ator.
 Deve ter lido o texto antes de apresentá-Deve ter lido o texto antes de apresentá
lo aos alunos.
 É importante fazer comentários 
adicionais sobre o autor e a obra.
 A leitura deve ser realizada no seu 
portador de texto originalportador de texto original.
 Uma boa estratégia também é a leitura 
em capítulos.
Acesso ao acervo literário.
 O desenvolvimento da competência 
leitora pressupõe autonomia por parte 
do leitor. Por isso, é preciso permitir o 
acesso do aluno ao acervo literário da 
escola para que ele vivencie situações 
que envolvem critérios de seleção eque envolvem critérios de seleção e 
tomadas de decisão.
Interatividade
Ao realizar uma leitura cuidadosa para os 
seus alunos, o professor torna-se uma 
referência de leitor, um modelo a partir do 
qual os alunos:
a) compreendem que é preciso copiar 
quando leem.
b) ampliam o que conhecem sobre as 
possibilidades de leitura.
c) garantem o aprendizado de uma forma 
de leitura.de leitura.
d) podem interpretar corretamente o texto.
e) entendem como será a sua leitura 
quando forem adultos.
Os conhecimentos prévios...
 O aluno não é uma folha em branco.
 Desde que nasce, nas interações que 
estabelece, vai aprendendo muitas 
coisas.
 O que ele sabe, o que experienciou, suasO que ele sabe, o que experienciou, suas 
preferências, servem de ponto de partida 
para o trabalho do professor.
Desconstruir a homogeneidade
... frente à leitura na escola, parece 
necessário que o professor se pergunte 
com que bagagem as crianças poderão 
abordá-la, prevendo que esta bagagem 
não será homogênia. 
É(SOLÉ, 1998, p.104)
Ponto de partida não é ponto final.
 É essencial que o professor tenha 
clareza de que os conhecimentos 
prévios dos alunos devem ser vistos 
como pontos a partir dos quais se pode 
ampliar o que eles sabem sobre o 
assuntoassunto.
 Não se pode permanecer nos 
conhecimentos prévios.
O papel dos desafios no ensino.
 Gostamos de desafios. Por esse motivo, 
os jogos, charadas, enigmas, quebra-
cabeças, são atraentes para todos nós.
 Esse é o motivo pelo qual os desafios 
costumam ser eficientes estratégias de 
ensino.
A problematização da atividade.
 As atividades precisam ser apresentadas 
ao aluno sob a forma de um problema a 
ser resolvido.
 Uma boa situação problema é aquela em 
que o aluno mobiliza os seus saberes 
para encontrar uma solução até então 
desconhecida por ele.
Problema solucionável.
 O desafio a ser apresentado ao aluno 
numa situação problema deve ser 
passível de solução. Caso contrário, 
pode gerar desinteresse e sentimento de 
incapacidade no aluno.
Interatividade
A ideia de que o aluno possui saberes 
sobre vários assuntos evidencia que:
a) o trabalho do professor é facilitado, pois 
o aluno já sabe muita coisa.
b) aos conhecimentos que o aluno jáb) aos conhecimentos que o aluno já 
possui, o professor deverá somar 
outros.
c) o aluno tem participação ativa no seu 
processo de aprendizagem.
d) o professor não precisa realizard) o professor não precisa realizar 
intervenções na aprendizagem do aluno.
e) será necessário uniformizar os 
diferentes saberes que possam 
surgir na classe.
Acompanhamento do professor.
 É imprescindível para o trabalho do 
professor, conhecer o que o aluno sabe. 
A partir desse conhecimento é que o 
professor orienta a sua prática.
É preciso observar os alunos.
 As observações realizadas pelo 
professor em sala de aula devem prever 
um rodízio de alunos a serem 
acompanhados de modo mais próximo 
por atividade.
 Entretanto, deve-se garantir que ao final 
de um determinado período, todos os 
alunos tenham sido atendidos 
individualmente.
Uma rotina de registros
 As diversas formas de registro 
possibilitam o resgate das informações, 
quando necessário, além do 
acompanhamento mais próximo das 
aprendizagens do aluno.
 Por sua importância, a rotina do 
professor deve contemplar momentos 
dedicados ao registro das observações 
realizadas. 
O papel das interações.
Nosso pressuposto é de que o processo de 
aprendizagem se dá nas interações 
cotidianas, quando é possível:
 refletir,
 analisar,analisar,
 levantar hipóteses,
 buscar informações,
 trocar experiências.
A troca de experiências
 Quando o professor é o único 
interlocutor autorizado para o aluno na 
sala de aula, será visto como o “detentor 
do saber”.
 Juntos conseguimos aprender mais do 
que sozinhos.
 A troca de experiência entre os alunos 
permite que estes percebam as 
diferentes possibilidade de resolver uma 
mesma situação.
A questão da “dupla 
conceitualização”.
Quando está realizando uma atividade em 
grupo ou coletivamente,o aluno está 
duplamente envolvido com a aprendizagem 
porque precisa:
 saber o conteúdo;
 saber argumentar/ justificar/ explicar 
para os colegas.
Esse dinâmica foi chamada por Délia Lerner
de “dupla conceitualização”.
Interatividade
A prática de observar os alunos em sala de 
aula tem como principal finalidade:
a) avaliar o aluno, pois revelam quem está 
ou não envolvido na realização da tarefa.
b) ganhar tempo para a realização dasb) ganhar tempo para a realização das 
atividades docentes mais burocráticas.
c) supervisionar a condução das tarefas 
propostas, evitando a desordem na 
classe.
d) aproximar se do que sabem seus alunosd) aproximar-se do que sabem seus alunos 
para o redirecionamento de sua prática.
e) promover a socialização e integração 
dos alunos.
A legitimação das aprendizagens.
 Na realização das atividades que o 
professor propõe, os alunos podem 
encontrar soluções válidas ou não para 
os desafios que enfrentam.
 Exemplo: numa situação de reescrita 
coletiva de um texto conhecido pela 
classe, um aluno sugere ao professor 
que a palavra “princesa” deve ser escrita 
com a letra “z”, ou seja: “princeza”.
 O que fazer?
Discussões produtivas
 O professor deve aproveitar todas as 
situações de troca de experiências para 
propor discussão e debate junto aos 
alunos. 
 Especialmente quando há dúvidas sobre 
o que foi dito, o professor deve envolver 
outros alunos na discussão para tentar 
chegar a um resolução possível para a 
questão.
Questionamentos que ajudam.
 Uma resposta adequada também pode 
ser questionada.
 Com essa medida os alunos aprendem a 
justificar suas escolhas e a defender 
suas ideias.
Aprender com o outro.
 O professor precisa promover atividades 
em que os alunos estejam agrupados de 
diferentes modos, visto que estes 
aprendem uns com os outros.
 Atividades em duplas, trios, quartetos 
etc., promovem o debate de ideias e a 
interação dos alunos com o objeto do 
conhecimento.
Atividades coletivas.
 Antes de propor desafios, o professor 
precisa ter vivenciado com os alunos os 
encaminhamento possíveis para a 
resolução de uma atividade.
 Por exemplo: antes de solicitar a 
produção de uma narrativa, o professor 
deve ter realizado uma produção coletiva 
dessa natureza para que os alunos 
tenham parâmetros para o 
desenvolvimento dessa tarefa.
As intervenções.
 O professor não é mero espectador da 
construção das aprendizagens dos 
alunos, mas interage com eles nesse 
processo.
 Reservar boas perguntas que possam 
desencadear análise e reflexão sobre o 
que está sendo discutido é sempre uma 
boa estratégia a ser adotada.
Interatividade
As discussões e debates entre os alunos 
são cada vez mais entendidos como 
potencializadoras da aprendizagem porque:
a) possibilitam a troca de experiências e 
análises a partir de diferentes 
perspectivas.
b) favorecem o encontro de um consenso 
sobre o assunto tratado.
c) diminuem o volume de material a ser 
corrigido pelo professor.corrigido pelo professor.
d) garantem a manifestação de pontos de 
vista muito parecidos entre os alunos.
e) promovem o desenvolvimento do 
espírito de liderança.
Uma reflexão para terminar...
 Ficava intrigado como num livro tão 
pequeno cabia tanta história, tanta 
viagem, tanto encanto. O mundo ficava 
maior e minha vontade era não morrer 
nunca para conhecer o mundo inteiro e 
saber muito como a professora sabia Osaber muito, como a professora sabia. O 
livro me abria caminhos, me ensinava a 
escolher o destino. 
Bartolomeu Campos de Queirós, em 
depoimento para “Na ponta do lápis” –
Almanaque do Programa Escrevendo oAlmanaque do Programa Escrevendo o 
Futuro, Ano 1, Número 2, Ago/ Set 2005 –
CENPEC.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade III
METODOLOGIA E PRÁTICA 
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESAENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Profa. Ma. Lilian Pessôa
Um começo de conversa
Para discutir estratégias de leitura, 
imaginemos a seguinte situação:
Você está numa livraria com a missão de 
escolher um livro para dar de presente a 
alguém. 
 Que critérios utiliza para essa escolha? 
 Quais são os indicadores de uma boa 
obra?
Critérios de seleção e estratégias 
precisam ser ensinados na escola
 Apesar de sua importância no cotidiano 
de qualquer leitor, podemos dizer que, 
dificilmente, o aprendizado de critérios 
para a escolha de uma obra, por 
exemplo, ocorre no ambiente escolar.
 Na maioria das vezes, isso é aprendido 
na prática, na troca de experiências com 
parceiros (amigos, familiares etc.).
Leitura: atividade complexa
Toda atividade que envolve a leitura e a 
escrita é complexa, pois se articula com 
aspectos práticos (como a seleção do texto 
e a leitura propriamente dita), cognitivos
(como o que sabemos sobre o que será lido 
e sobre o autor) e com as nossase sobre o autor) e com as nossas 
experiências pessoais (como as 
expectativas em relação à leitura e as 
nossas preferências).
O uso de estratégias de leitura
 No caso da leitura, há procedimentos e 
estratégias que são utilizados na prática, 
mas não os ensinamos aos leitores 
iniciantes porque desconhecemos sua 
relevância na formação do aluno.
 Além disso, há o fato de que tais 
estratégias, na maioria das vezes, são 
utilizadas quase que intuitivamente.
Mas, afinal, o que são estratégias?
 São procedimentos que contribuem para 
a fluência da leitura, aumentando a 
compreensão que se tem a respeito do 
assunto, tema ou conteúdo que está 
sendo lido.
Que estratégias devo ensinar?
As mais usadas são:
 Previsão/antecipação: Análise prévia de 
elementos como título, subtítulo, 
ilustrações, nome do autor etc., com 
vistas a aproximar-se do assunto.
 Inferência: ler o que não está escrito, 
obter informações contidas nas 
entrelinhas, compreender para além do 
texto.
 Verificação: Análise de elementos queVerificação: Análise de elementos que 
permitem o confronto entre as previsões 
e as inferências realizadas no decorrer 
da leitura e a apresentação dos 
fatos no texto
Interatividade
As estratégias de leitura utilizadas por 
leitores proficientes revelam que:
a) o leitor não domina procedimentos de 
leitura.
b) possivelmente o leitor está realizandob) possivelmente o leitor está realizando 
uma decodificação.
c) há interação durante a leitura (autor-
texto-leitor).
d) ainda não há autonomia por parte do 
leitorleitor.
e) provavelmente o texto lido já era 
conhecido pelo leitor.
Um começo de conversa
São questionamentos do nosso cotidiano:
 O que fazer depois que o aluno começa a 
escrever alfabeticamente? 
 Como, a partir de então, é possível 
contribuir para que ele continuecontribuir para que ele continue 
avançando em suas aprendizagens?
 O que precisa ser ensinado?
O que dizem os PCNs
A conquista da escrita alfabética não 
garante ao aluno a possibilidade de 
compreender e produzir textos em 
linguagem escrita. Essa aprendizagem 
exige um trabalho pedagógico sistemático .
(Brasil, 1997, p.23).
O que ensinar ao aluno alfabético?
 É só quando o aluno entende que o 
nosso sistema de escrita tem uma 
organização alfabética que podemos 
propor outras reflexões.
 Esse é o momento para propor desafios 
de ordem ortográfica e iniciá-lo nas 
reflexões sobre a gramática, além da 
escrita cursiva.
Só para lembrar
 Gramática – refere-se às regras que 
regulam a nossa língua (falada e escrita)
 Ortografia – refere-se ao modo correto 
de grafar as palavras
Competência leitora
 O desenvolvimento da competência 
leitora ocorre por meio de situações em 
que o aluno reflete sobre o sistema de 
escrita.
 Na medida em que aprende determinado 
aspecto da língua, outros desafios 
devem lhe ser propostos.
O trabalho coletivo
 É importante destacar que o trabalho em 
grupo ou o trabalho coletivo continua 
propício para o desenvolvimento e 
aprendizagem dos alunos.
 É nele que as interações se intensificam 
e a troca dos diferentes saberes 
contribuem para que todos reflitam 
sobre o conteúdo da atividade proposta.Interatividade
O trabalho sistematizado sobre a gramática 
e a ortografia deve ter início quando o 
aluno escreve alfabeticamente porque:
a) essa é uma divisão que facilita o 
trabalho do professor junto aos alunos.
b) nessa fase o aluno tem mais maturidade 
para aprender.
c) não se deve tratar de assuntos 
complexos com os alunos antes dessa 
fase.fase.
d) é quando as crianças demonstram 
interesse por essas questões.
e) antes dessa compreensão tais reflexões 
não têm sentido para o aluno.
Um começo de conversa
 Suponhamos que você acabou de 
ingressar numa escola para lecionar 
numa classe de 2º ano do EF, por 
exemplo. Ao final do 1º mês o seu 
coordenador solicita que a redação de 
um relatório sobre as impressões iniciaisum relatório sobre as impressões iniciais 
do aprendizado dos alunos.
 Por onde começar essa redação? Qual 
estrutura utilizar? Os comentários devem 
ser breves ou extensos?
Um parceiro mais experiente
 Nessas situações costumamos recorrer 
a alguém mais experiente, não é mesmo? 
Alguém que sabemos já ter executado 
essa tarefa ou que julgamos ter 
conhecimento suficiente para nos 
orientar a respeitoorientar a respeito. 
 Se esse é um procedimento que 
adotamos sempre que não sabemos 
realizar uma atividade, seria diferente 
para o desenvolvimento da competência 
escritora dos alunos dos anos iniciais doescritora dos alunos dos anos iniciais do 
Ensino Fundamental?
O papel do modelo no ensino
 Existem várias formas de organizar um 
texto. Entretanto, é preciso mostrar ao 
aluno um modo de fazê-lo.
 Tal como na leitura, na escrita o 
professor atua como referência a partir 
da qual o aluno organiza a sua escrita. 
Por isso é fundamental que ele possa 
observar como o professor escreve.
Repertoriar o aluno
Quando escrevemos, colocamos em jogo 
muitos saberes, especialmente aqueles que 
se referem:
 ao conteúdo;
 à organização do texto;à organização do texto;
 à grafia das palavras.
Se nosso objetivo é que o aluno aprenda a 
escrever, utilizando as convenções da 
nossa escrita, é fundamental que ele tenha 
“repertório” constituído por meio darepertório , constituído por meio da 
leitura, para fazê-lo.
Do coletivo ao individual
É recomendável que uma tarefa de escrita 
individual mais complexa, ocorra, 
considerando-se algumas etapas 
anteriores, ou seja:
 produção coletiva;
 produção em pequenos grupos ou pares;
 produção individual.
 A discussão dos assuntos tratados na 
leitura de modo coletivo, permitindo a 
participação do aluno, solicitando a sua 
opinião, convidando-o a pensar como 
seria um final diferente para determinada 
história ou modificando umhistória, ou modificando um 
acontecimento ao imaginar que o enredo 
fosse diferente, contribui para a 
construção do repertório que julgamos 
ser tão importante para a sua formação 
como escritor competente.como escritor competente.
Interatividade
Os conhecimentos que o aluno constrói na 
interação com o material escrito facilitam a 
produção de texto porque:
a) originam muitas outras ideias sobre 
vários temas.
b) revelam um conhecimento que se 
superpõe aos aspectos da escrita.
c) trazem à tona reflexões sobre o tema 
sobre o qual escreve.
d) possibilitam que sua atenção fiqued) possibilitam que sua atenção fique 
centrada na estrutura do texto.
e) os conteúdos são mais importantes que 
os aspectos da escrita.
Falando sobre revisão
Depois que o aluno apresentou a sua 
produção textual, algumas dúvidas nos 
invadem:
 devo corrigir todo o texto?
 como realizar intervenções para que ocomo realizar intervenções para que o 
aluno, realmente, faça uma análise de 
sua produção e aprenda aspectos 
essenciais de uma produção escrita?
A correção do professor
Esse é o momento em que realiza seus 
registros acerca daquilo que observa como 
uma constante nos textos; ou seja, sua 
análise sobre as produções redigidas pelos 
alunos deve ser norteada pelas seguintes 
questões:questões: 
 Quais são as dificuldades que mais 
aparecem nos textos? 
 Quais os recursos estudados que, de um 
modo geral, não têm sido utilizados por 
eles? 
 O que será preciso resgatar e em que é 
possível avançar?
Uma escolha significativa
 É importante que o professor considere 
a seleção de uma das produções de seus 
alunos para discutir com a classe.
 O anonimato do aluno pode ser 
garantido com acordos estabelecidos.
 Essa produção deve ser representativa 
das dificuldades apresentadas pelo 
grupo.
Por que a revisão de apenas um 
trecho de um único texto?
 Em primeiro lugar, porque se, a cada vez 
que os alunos produzirem um texto, nós, 
professores, solicitarmos que eles o 
refaçam por inteiro, estaremos 
indiretamente fazendo com que eles 
reduzam a quantidade produzida parareduzam a quantidade produzida para 
que, no caso de terem que revisá-la, não 
tenham muito trabalho. 
 Em segundo lugar, porque, na maioria 
das vezes, as dificuldades apresentadas 
por um aluno se repetem para outros epor um aluno se repetem para outros e 
costumam aparecer em diferentes 
produções; sendo assim, trabalhar 
coletivamente contribuirá para a 
aprendizagem de todos.
Por que a revisão de apenas um 
trecho de um único texto?
 Em terceiro lugar, porque essa é uma 
forma de conseguirmos tempo suficiente 
para uma análise realmente aprofundada 
da produção escrita, sem exceder o 
tempo de concentração e atenção dos 
alunos o que tornaria a atividade muitoalunos, o que tornaria a atividade muito 
cansativa e, portanto, improdutiva.
A prática de revisão textual
 Uma prática constante de revisão 
coletiva de textos fará com que os 
alunos se tornem produtores reflexivos, 
exigentes e coerentes. 
 O próprio processo de discussão 
coletiva fará com que desenvolvam o 
respeito pela opinião do colega, que 
compreendam a necessidade de esperar 
a vez de falar, que aceitem sugestões, 
que percebam o erro como constituinte 
do processo de aprendizagem e nãodo processo de aprendizagem e não 
como algo vexatório, enfim, que 
desenvolvam comportamentos e atitudes 
indispensáveis para o convívio 
social.
Interatividade
Quando ao aluno é solicitada a produção de 
um texto e verifica-se a necessidade de 
reformulação em muitos de seus aspectos, 
recomenda-se a seleção de apenas um 
deles porque:
a) deve-se facilitar a escrita para o aluno.
b) é preciso focalizar um aspecto por vez.
c) considera-se só o mais importante.
d) não se deve interferir na produção do 
alunoaluno.
e) nota-se que este é um procedimento 
muito complexo.
Uma reflexão para terminar
Não podemos perder de vista que, dentre 
outras, a finalidade da educação é “permitir 
a todos, sem exceção, a frutificação de 
seus talentos e de suas capacidades de 
criação...”
(Informe da UNESCO presidido por J.Delors –
1996)
ATÉ A PRÓXIMA!
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