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3 4 ISMAEL ANDRE BATISTA CLEVER GILI RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Relatório de Estágio do Curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Rio do Sul realizado na Escola de Educação Básica Paulo Cordeiro, requisito parcial para conclusão da disciplina de Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório I. Professor Orientador: Me. Elisângela Regina Selli Melz RIO DO SUL 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 DOS ASPECTOS CARACTERÍSTICOS DA UNIDADE ESCOLAR 5 2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA UNIDADE ESCOLAR 5 2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS ESPAÇOS 6 2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO 7 2.4 DINÂMICA DO COTIDIANO ESCOLAR 7 2.5 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA UNIDADE ESCOLAR 7 2.6 DO PROFESSOR OBSERVADO: FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 9 2.7 DA TURMA OBSERVADA: A CARACTERIZAÇÃO 9 3 DAS OBSERVAÇÕES DA PRÁTICA DOCENTE: DESCRIÇÃO E REFLEXÃO 10 3.1 RODA DE CONVERSA DO PRIMEIRO ENCONTRO 12 3.2 RODA DE CONVERSA DO SEGUNDO ENCONTRO 13 3.3 RODA DE CONVERSA DO TERCEIRO ENCONTRO 16 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 18 REFERÊNCIAS 20 2020 6 1 INTRODUÇÃO O Estágio Supervisionado ainda é considerado como uma das primeiras experiências oportunizadas à maioria dos futuros professores, no decorrer do curso de licenciatura em Matemática, que lhes permite estar em contato direto com o seu futuro ambiente de trabalho (TEIXEIRA; CYRINO, 2013 p. 30). Este momento precisa ser valorizado não apenas pelos alunos dos cursos de licenciaturas, como também pelas políticas públicas de gestão escolar, pois é a escola pública, na maioria das situações, que recebe os alunos desses cursos. Este artigo é decorrente de um trabalho de pesquisa da disciplina Estágio Supervisionado I do curso Licenciatura em Matemática do Instituto Federal Catarinense, segundo Van Zoest e Bohl (2002) apud TEIXEIRA e CYRINO (2013), por servir tanto como um ponto culminante do aspecto formal da formação de professores, quanto como início do aspecto experiencial da aprendizagem em sala de aula, o Estágio abrange um cruzamento particularmente crítico de muitos elementos contextuais que incluem pessoas, programas e configurações dentro das quais aprender a se tornar um professor tem lugar, e, devido a isso, não é surpreendente que professores muitas vezes se refiram aos seus Estágios como a parte mais valiosa de sua formação como professor. As autoras Pimenta e Lima (2006, p. 06) entendem que “o estágio se constitui como um campo de conhecimento, o que significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supera sua tradicional redução à atividade prática instrumental”. Portanto é válido afirmar que o estágio se produz na interação dos cursos de formação com o campo social no qual se desenvolvem as práticas educativas. Em outras palavras o estágio é uma atividade de pesquisa, pois é nesta parte da formação acadêmica onde entendemos que o estágio propicia colocar em prática os conhecimentos adquiridos, ação que requer reflexão desde o primeiro momento, tarefa que se apresenta constante aos 7 futuros docentes. Conhecer e problematizar a realidade, para além de uma atividade obrigatória, configura-se em uma formação reflexiva e ativa, figurando como um espaço privilegiado e imprescindível para a formação, no qual, a vivência da atividade docente é, em essência, a atividade formativa. Em síntese: Nos processos de formação de professores, é preciso considerar a importância dos saberes das áreas de conhecimento (ninguém ensina o que não sabe), dos saberes pedagógicos (pois o ensinar é uma prática educativa que tem diferentes e diversas direções de sentido na formação do humano), dos saberes didáticos (que tratam da articulação da teoria da educação e da teoria de ensino para ensinar nas situações contextualizadas), dos saberes da experiência do sujeito professor (que dizem do modo como nos apropriamos do ser professor em nossa vida). Esses saberes se dirigem às situações de ensinar e com elas dialogam, revendo-se, direcionando-se, ampliando-se e criando (PIMENTA, 2005, p. 71 apud OLIARI et al, 2012, p. 6, 7). Portanto, torna-se fundamental discutir a concepção de estágio com o futuro docente para ser possível, pensar o ato de ensinar no campo da prática. O referente estágio de observação foi realizado na Escola de Educação Básica Paulo Cordeiro, situada na rua XV de Novembro, 1441 - Bairro laranjeiras na cidade de Rio do Sul, com uma turma do 8⁰ ano do Ensino Fundamental vespertino regido pela docente Scheila Priscila Rosa Reinert. O estágio de observação tem como objetivo vivenciar na prática aulas de Matemática da Educação Básica, com diferentes aspectos relativos ao trabalho desenvolvido pelo professor e pelos alunos, a relação entre professor e alunos, a dinâmica da aula, o ambiente físico, dentre outros aspectos. O Estágio Supervisionado tem como objetivo vivenciar na prática a vida docente, mas devido ao cenário atual de pandemia que o mundo está passando com o COVID-19, o Estágio Supervisionado foi feito de forma remota a fim de não propagação do vírus. A COVID-19 é uma doença causada pelo Coronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves. De acordo com a Organização 8 Mundial de Saúde, a maioria (cerca de 80%) dos pacientes com COVID-19 podem ser assintomáticos ou oligossintomáticos (poucos sintomas), e aproximadamente 20% dos casos detectados requer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória, dos quais aproximadamente 5% podem necessitar de suporte ventilatório. 2 DOS ASPECTOS CARACTERÍSTICOS DA UNIDADE ESCOLAR Os aspectos aqui expostos são de referência ao Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola de Educação Básica Paulo Cordeiro de 2019, pois o de 2020 estava em construção e foi interrompido devido a pandemia do Coronavírus. Além de uma roda de conversa com as professoras/supervisoras de matemática Sheila que tauxiará nessa construção. 2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA UNIDADE ESCOLAR A Escola de Educação Básica Paulo Cordeiro é uma escola que integra a rede estadual de Ensino da 12° CRE. A escola está localizada na rua XV de Novembro, 1441 - Bairro laranjeiras na cidade de rio do sul, sua entidade mantenedora é o Estado de Santa Catarina, e tem-se como atual Diretor(a) Viviane Khinis Brandt e assessora Rosimara França Steinbach. O bairro Laranjeiras situa-se na zona leste da cidade de rio do sul como citado acima, a margem esquerda do rio Itajaí do Sul, o terreno é bem acidentado, limita-se com os bairros Boa Vista, Sumaré, Albertina e Eugênio Schneider. A escola está situada aproximadamente mil metros do centro da cidade. A escola iniciou suas atividades no ano de 1962, através do decreto n° 1469 de 26/05/1962, e tem seu funcionamento autorizado na data de 24/02/1966, sendo as quatros primeiras séries do ensino fundamental anos iniciais foi autorizadas pelo decreto n°1469 de 9 26/05/66,por necessidade de atender as crianças do bairro e bairros vizinhos, teve como nome Grupo Escolar Paulo Cordeiro, em homenagem ao senhor que fez a doação do terreno para a construção da escola. Em dezembro de 1979, através do Processo n°1 051/79 de 04/12/1979 e parecer n° 190/1979, teve sua autorização para o funcionamento das turmas do 5° a 8° série do ensino fundamental anos finais. Em 1983, através da portaria E/100/83 de 28/03/1983, Registro n°2/52 de 15 de Abril de 1983 foi criado o curso de educação pré-escola. Em 1987, através do processo n°8371/86 e parecer n° 186/87, aprovado em 05/03/87 a CEE, autoriza o funcionamento do ensino médio ou segundo grau, sem ensejar habilitação profissional, através da Portaria E 086/87 de 11/03/1987- registro n° 13165 de 16/06/1987, autoriza o funcionamento do Ensino médio, no período noturno, que transformaria a Escola Básica em “Colégio Estadual Paulo Cordeiro”. Através do processo 06 n° 1.630/946, da secretaria de educação e Parecer COEM n° 053/1996, aprovado em 27/02/96, autoriza o funcionamento do Ensino Médio de Educação Geral no período diurno. Através da portaria E/0017 SED, de 28/03/2000 é alterada a identificação de Colégio Estadual para “Escola de Educação Básica Paulo Cordeiro” devido ao crescente número de alunos matriculados. Tem-se atualmente o funcionamento na escola a Educação fundamental de 1ª ao 9º e Ensino Médio. Atualmente a escola está constituída por professores distribuídos desde, 1° ano do ensino fundamental (E.F) até o terceiro ano do ensino médio (E.M), totalizando 839 alunos. Além do diretor, a escola possui duas assessoras, uma especialista, dois assistentes técnicos pedagógicos, três assistente de educação, quatro serviços gerais. 10 2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS ESPAÇOS A escola iniciou suas atividades em 1962, contando com duas salas de aula, sala de direção, e outras dependências como cozinha e sanitários. A escola foi construída numa área de 8.644,60 m². Atualmente o espaço físico destinado a sala de aulas aumentou para 19 salas de aula equipadas com quadro, mesa do professor, cadeiras e carteiras para os alunos, ventilador, ar condicionado (alguns fora de serviço), iluminação adequada. Além de salas de aula a escola conta também com uma sala de informática com 10 CPUs, 19 monitores, impressora para materiais de apoio pedagógico audiovisual, caixa de som multimídia, aparelho de DVD, projetor multimídia, projetor. Possui também uma sala para a biblioteca com 9 estantes, 5 armários, 2 mesas redondas com cadeiras, e um acervo de 757 livros de diversos conteúdo. O espaço destinado à secretaria está equipado com mesas, armários, arquivos, microcomputadores, notebook, máquinas copiadora, telefone e equipamento de apoio administrativo. A escola fornece uma sala para os ATP`s equipadas com mesas, arquivos, ventilador e computadores, impressora e escaninho. A escola fornece refeições e são preparadas por empresa Terceirizada na própria cozinha da mesma, a qual está equipada precariamente para atender as reais necessidade, as refeições são servidas na área coberta onde possui. Na parte esportiva a escola possui uma quadra de esportes polivalente, mesas para ténis de mesa no pátio coberto, quadra de esporte, área livre para circulação. O prédio é de construção antiga e é um dos pontos de referência para a comunidade. É de estilo simples e padronizado. A escola possui uma planta, projeto que servirá de referência para ampliação dela. 2.2 DINÂMICA DO COTIDIANO ESCOLAR 11 Ao se referir a dinâmica do cotidiano escolar aqui refere-se ao dia a dia dos alunos da Escola de Educação Básica Paulo Cordeiro em meio a essa pandemia que o País está passando, segundo as observações que foram feitas através mesa no pátio coberto, quadra de esporte, área livre para circulação. O prédio é de construção antiga e é um dos pontos de referência para a comunidade. É de estilo simples e padronizado. A escola possui uma planta, projeto que servirá de referência para ampliação dela. 2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO De acordo com o PPP da E.E.B Paulo Cordeiro, temos as seguintes atribuições dos profissionais da educação; Atribuições do Gestor Escola: I. Representar a E. E. B. Paulo Cordeiro, responsabilizando - se por seu Funcionamento perante a comunidade, os órgãos e entidades de ensino do poder público; II. Elaborar, juntamente com os diversos setores da comunidade escolar, as Diretrizes administrativas e pedagógicas da E. E. B. Paulo Cordeiro; III. Coordenar o funcionamento de todos os serviços administrativos e burocráticos, pedagógicos emanados SBD e GERED: IV. Organizar e distribuir os recursos humanos, físicos e materiais disponíveis na Unidade de Ensino; V. Acompanhar o plano de aplicação financeiro e a respectiva prestação de contas; VI. Coordenar, acompanhar e avaliar a execução do Plano Político 12 VII. Coordenar a elaboração e reelaboração do PPP da E. E. B. Paulo Cordeiro e projetos vinculados ao mesmo, em conjunto com os demais segmentos da comunidade escolar; VIII. Acompanhar e avaliar as atividades técnicas-pedagógicas e docentes necessárias para o bom funcionamento da Unidade Escolar; zelando pela assiduidade do pessoal técnico - pedagógico e docente; IX. Incentivar a interação entre alunos, docentes, pessoal administrativo, de apoio e responsáveis pelos serviços técnico - pedagógicos; X. Promover a formação continuada para o pessoal técnico - pedagógico e docente; XI. Promover cursos / atividades que atenderão às necessidades da comunidade, conforme PPP. XII. Elaborar orientações em conjunto com os diversos setores da E. E. B Paulo Cordeiro, com relação a: 1. Calendário; 2. Matrícula; 3. Composição de turmas; 4. Distribuição de carga horária; 5. Encaminhamentos; 6. Planejamento de Ensino; 7. Utilização de recursos didáticos- pedagógicos; 8. Experiências pedagógicas; 9. Interdisciplinaridade; 10. Avaliação escolar; 13 11. Outros procedimentos que se tornem prioridades para a execução do plano de trabalho da Unidade Escolar; garantindo seu cumprimento. XIII. Apresentar relatórios, prestações de contas, nos prazos estipulados pela SED/ GERED. XIV. Estudar e propor alternativas de solução, ouvida quando necessário, as Entidades Escolares, para atender situações emergência de ordem pedagógica e administrativa; XV. Manter em bom estado de conservação o prédio escolar, adquirir, conservar e recuperar o mobiliário escolar, equipamentos, materiais didáticos - pedagógicos e de consumo; XVI. Buscar melhorias no processo ensino aprendizagem, articulando professores, pais, para um processo pedagógico progressivo, através de reuniões, palestras, cursos, encontros de estudos etc.; XVII. Coletar, organizar e atualizar informações dados estatísticos da Unidade Escolar que possibilitem constante avaliação do processo educacional; XVIII. Convocar e presidir reuniões com o corpo técnico - pedagógico, docente, A. P. P. e Conselho Deliberativo; XIX. Trabalhar com A.P.P., Conselho Deliberativo e outros segmentos de forma articulada,primando da competência técnica e política, mediando as ações entre escola e comunidade, gerenciando o processo de forma participativa, ouvindo e articulando os anseios da comunidade; XX. Acompanhar e avaliar os estagiários; XXI. Manter o fluxo de informações entre Unidade Escolar e os órgãos da administração SED e GEECT; 14 XXII. Comunicar o Conselho Tutelar os casos de maus tratos, faltas injustificadas e de evasão escolar; XXIII. Coletar, atualizar socializar a legislação de ensino e de administração de pessoal; XXIV. Zelar pelo cumprimento do presente projeto, das disposições legais em vigor e determinações emanadas da SED e GEECT; XXV. Exercer as demais funções próprias de seu cargo e as que lhe forem delegadas pela SED e GERED; Além da expedição e organização de documentos exigidos no âmbito das formalidades legais tanto do professor quanto do aluno, cabe também aos Assistente: I. Proceder levantamento e análise dos dados de matrícula, aproveitamento, evasão, repetência e conclusão de curso dos alunos, é responsável pelo sistema de arquivo (backup) da vida escolar dos alunos e responsável pelo D.H, totalmente informatizados e ligados a rede. II. Receber, registrar, elaborar e encaminhar documentos para apreciação da Direção. III. Organizar e atualizar pastas de documentos dos alunos, dos funcionários, da escola, mantendo sempre em dia e organizados, bem como entregar na data determinada quando solicitado a GERED. IV. Responsável pela supervisão e escrituração, a correspondência, o protocolo, os arquivos, relatórios, matrículas, transferências, atestados parciais, declarações, ficha funcional, passe escolar, lista da merenda, lista de materiais, movimentos bimestrais, relatórios mensais, elaboração de avisos e lembretes, comunicados, ofícios, memorandos e demais correspondências. 15 V. Responsável pelo depósito e organização de entrada e saída de todo o material de expediente adquirido e usado pela U.E.: folhas ofício, cartolina, canetas tintas, borrachas, etc. VI. Encaminhamento dos alunos concluintes de uma série ou fase para outra; VII. Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos a secretaria. VIII. Encaminhamento dos alunos aos professores, conforme disponibilidade de vagas; IX. Entrega de documentação solicitada; X. Prestar o devido atendimento ao público para informações, matrículas novas, transferências etc. XI. Participar de reuniões, cursos, solenidades, festas, prestando auxílio quando necessário. XII. Comunicar a Direção toda irregularidade que venha a ocorrer na secretaria. XIII.Exercer as demais funções próprias de seu cargo e as que lhe forem delegados pela SED e GERED: Algumas atribuições Corpo Docente- Atribuições do doente. O quadro do magistério será constituído por profissional da educação, forma da legislação em vigor, ser-lhe-ão assegurados ainda os seguintes: I. Ministrar aulas e orientar a aprendizagem do aluno; além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, replanejamento, a avaliação e ao desenvolvimento profissional, seguindo os diretrizes do ensino emanados do órgão superior competente. II. Procurar a atualização constante, realizando e solicitando estudos e pesquisas em seu campo de atuação; 16 III. Elaborar e desenvolver planos de curso e de aula, projetos de ensino na área de sua competência, com objetivos e conteúdos de forma clara e diversificada, variando a maneira de trabalhar em sala, tendo seu planejamento sempre em dia; IV. Participar dos órgãos colegiados dos quais por força deste projeto for membro; V. Aceitar as decisões dos diretores, órgãos colegiados e demais autoridades de ensino, uma vez que garantam o andamento do PPP e a U.E. VI. Propiciar ao aluno um ambiente acolhedor e alegre; promovendo experiências de ensino e aprendizagem contribuindo para o aprimoramento da qualidade do ensino; incentivando o aluno a pesquisas, realizar suas atividades, propiciando contatos com livros, revistas, jornais etc.; VII. Manter e fazer com que seja mantida a disciplina nas dependências da E. E. B. Paulo Cordeiro, em cooperação com a Direção; VIII. Comentar com os alunos o resultado de trabalhos, exercícios, pesquisas, avaliações e outras atividades, esclarecendo dúvidas para a melhoria do processo ensino aprendizagem; IX. Tratar os alunos com respeito e se quiser fazer comentários, que os mesmos não notem, mas de preferência evitá-los; sendo cauteloso nos gestos, palavreados e tom de voz perante os alunos; X. Acompanhar seus alunos em passeios e demais atividades extraclasses, sendo o responsável pelos mesmos; nunca os tirar da escola sem antes comunicar aos pais ou responsáveis e verificar se tem autorização para ausentar-se da mesma; XI. Observar e avaliar as atividades desenvolvidas com os alunos, acompanhando e enriquecendo o desenvolvimento das mesmas, elevando-o a uma compreensão cada vez maior sobre o mundo e sobre si mesmo, atribuindo - Lhes notas ou conceitos nos prazos fixados; registrar a presença do aluno em ficha de frequência, registrar dias de reuniões, estudo, cursos 17 de capacitação e atividades extraclasse; apresentando as fichas de registro, sem rasuras, borrões, ou com dados incompletos no final do bimestre na secretaria da escola; XII. Realizar a recuperação contínua e paralela de estudos aos alunos através de aulas e trabalhos de recuperação aos que apresentarem dificuldades de aprendizagem nos assuntos em estudo. XIII. Tentar resolver de todas as maneiras algum problema com o aluno antes de encaminhá-lo à direção ou orientação, percebendo distúrbios que necessitem de atendimento especializado comunicar para encaminhamento a equipe de orientação educacional; XIV. Cooperar com os Serviços de Orientação Educacional e Supervisão Escolar, Comunicando a Direção ou Orientação pedagógica, comportamentos, atitudes, discussões com alunos, bem como bilhetes recebidos pelos pais ou responsáveis e comunicar aos pais ou responsáveis o fato acontecido com aluno na escola de maneira clara e objetiva oralmente ou por escrito; XV. De requisitar material de ensino – aprendizagem que julgar necessário; XVI. De exigir o tratamento e respeito condignos, compatíveis com a função de educador. A escola proporciona oportunidades de aperfeiçoamento, com espaço de debates e na busca de soluções para problemas da comunidade escolar. Existindo então as reuniões pedagógicas que mantém o contato Gestor X Professor para repasse de avisos, informativos em geral, elaboração de calendários, cronogramas, projetos, recreio orientado, organizações internas, repasses de verbas e cursos direcionados. Existe na escola o dia do estudo que é caracterizado pelo aperfeiçoamento do referencial teórico dos professores, auxiliando-lhes a desenvolver suas habilidades didáticas para melhor atender os alunos e criando oportunidades de trocas de experiências. Os cursos de capacitação são de acordo com os editais recebidos da Secretaria do Estado da Educação SED, podendo ser presenciais ou audiovisuais, conforme a 18 disponibilidade da Unidade Escolar em patrocinar esses cursos. Com a pandemia todosos cursos são disponibilizados via youtube ou google meet, priorizando conhecimentos tecnológicos como a plataforma google sala de aula, que é um dos mais utilizados nesse momento atípico que todos estão passando. dos relatos da Prof. Scheila Priscila Rosa Reinert que foram cedidas através de videochamada no dia 11 de junho de 2020, a docente relatou sobre como está sendo sua experiência em meio a esta pandemia as primeiras duas semanas foram intensas no sentido de avisar os alunos que seriam oferecidas as aulas online, segundo a professora. Sendo uma escola que praticamente é composta por sua maioria alunos do interior de Rio do Sul, segundo a Prof. Scheila Priscila Rosa Reinert os alunos têm muitas dificuldades em acompanhar as aulas online, pois muitos alunos não têm acesso a internet ou dependem do celular dos pais para poder acompanhar. Prof. Scheila Priscila Rosa Reinert tentou realizar aulas por vídeo chamada através da plataforma Google Meet, mas o empecilho de muitos alunos não terem acesso a internet atrapalha essas aulas, pois entram 5 ou 6, segundo a docente. Scheila relata também que muitos alunos por não terem acesso a internet tem que se deslocar até a escola para pegar as atividades e devolver as atividades resolvidas, assim esses alunos conseguem acompanhar as aulas. 2.4 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA UNIDADE ESCOLAR A expansão da educação do Brasil tem ocorrido de forma crescente nas últimas décadas, acompanhando a intensificação da urbanização, a participação da mulher no mercado de trabalho e as mudanças na organização das famílias. A conjunção desses fatores possibilitou um movimento da sociedade civil e de órgãos governamentais para que o 19 atendimento a criança e adolescente reconhecida na constituição federal de 1988 e em seus artigos: 205, 206, bem como, o estatuto da criança e do adolescente, Lei 8069/90, nos seus artigos 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, destaca também o direito a esse atendimento, reafirmando essas mudanças a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n° 9.394/9639°, e Lei complementar 170/98. Para cumprir o que exige a sociedade através das Leis acima citados, foi elaborada Normas e Diretrizes que orientam a educação aos respectivos sistemas através da Resolução n°017/99, Resolução n°158/08/CEE/SC, Lei 170/98 art. 14°, 15°, Diretrizes 2,3 que fixa Normas e Diretrizes da Educação Básica, integrante do Sistema Estadual de Educação. Outras questões importantes da educação são tratados na LDB, Lei 170/98, Resolução 2/98 -CEB - CNE- art. 2º, 3º, Resolução 3/97 - CEB- CNE, art. 5º, Lei 9.424/96 - art.7°,9°, Lei n° 1.139/28/10/92, Resolução 183 CEE/2013, Resolução 100 CEE 2016 como as que se refere à formação, valorização dos profissionais, as relativas a educação especial e a avaliação. De acordo com a LDB e considerando seu papel e sua responsabilidade na indução, proposição e avaliação das políticas públicas relativas à Educação Nacional, o Ministério da Educação e do Desporto, através de documento o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio visa: "Ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho". Neste sentido, temos como norteadora do processo ensino aprendizagem a perspectiva histórica sociocultural que se constitui como uma teoria em expansão e em duplo sentido: por um lado, incorpora de modo progressivos novos autores e linhas de trabalho; novos problemas e âmbitos de reflexão teóricos e empíricos e por outro avança de maneira paulatina na elaboração de ideias Vigotskianas e seu aprofundamento, incluindo também reformulações e as modificações eventualmente necessárias dessas ideias; a teoria análise que faz das relações entre desenvolvimento, aprendizagem. Aprendizagem escola e ensino, parte da formação do 20 caráter mediador do processo à superiores tipicamente humanos. Estabelece desse modo, uma profunda relação entre desenvolvimento e a aprendizagem e atribuem uma importância decisiva as práticas educativas, como metas do desenvolvimento humano. A construção do conhecimento se dá a partir da realidade, estabelecendo relações do micro social para macro social, dando condições para que o aluno construa seu conhecimento de forma crítica e com capacidade de interferir no espaço da escola e no seu meio social, exercendo sua cidadania. Através deste eixo norteador temos a seguinte concepção filosófica - pedagógica, descrever a missão, função social, objetivos, concepção de Educação, de Homem, de Sociedade, de Avaliação e Pedagógica, dentre outros. Para isso, confrontar com PPP e outros documentos da escola com as concepções dos envolvidos. 2.5 DO PROFESSOR OBSERVADO: FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL No que diz respeito ao professor observado, como dito anteriormente, devido a situação atual do país, a observação foi feita através dos relatos da Prof. Scheila Priscila Rosa Reinert que foram cedidas através de videochamada no dia 11 de junho de 2020, atualmente a docente atua na escola E.E.B Paulo Cordeiro, situada na cidade de Rio do Sul/ SC, tem Pós-Graduação em Aprendizagem Cooperativa e Tecnologias na Educação. A docente relatou sobre como está sendo sua experiência em meio a esta pandemia, na qual os professores da escola E.E.B Paulo Cordeiro iniciaram com formações, oferecidas pelo Estado, de cursos que eram feito de forma online sobre “As diferentes ferramentas que temos a disposição para estarmos preparando essas aulas online”. As primeiras duas semanas foram intensas no sentido de avisar os alunos que seriam oferecidas as aulas online, segundo a professora. 21 2.6 DA TURMA OBSERVADA: A CARACTERIZAÇÃO Prof. Scheila prepara suas aulas para turmas do Ensino Fundamental do sexto ao nono ano, e para turmas do segundo e terceiro ano do Ensino Médio. Em relação às condições socioeconômicas dos alunos que a docente da aula, ela relatou que muitos alunos não têm condições de acessarem os matérias via online, pois esses alunos não têm acesso a internet ou até mesmo não tem condições de irem até a escola buscarem os conteúdos programados pela professora. A docente relata a defasagem dos alunos em relação a participação dos mesmos em aulas via Google Meet, como citado anteriormente não são todos os alunos que tem acesso, alguns dependem dos aparelhos eletrônicos (celular, notebook) dos pais, outros alunos do Ensino Médio trabalham durante o dia e só tem a noite para participarem das aulas online. Segundo a professora Prof. Scheila ela está preparando suas aulas, através de vídeo aulas, pois a mesma ressalta a dificuldade dos alunos em se aprender Matemática através de textos ou listas de exercícios, por isso ela opta pelas vídeo aulas, e as disponibiliza essas atividades através da plataforma Google Classroom. Os professores do E.E.B Paulo Cordeiro tem um combinado entre si de oferecerem duas disciplinas por dia para não sobrecarregar osalunos. O dia da disciplina de Matemática é toda quinta-feira, segundo a Prof. Scheila. Muitos alunos têm dificuldades em participar das aulas através da plataforma Meet, pois muitos não conseguem acompanhar no mesmo horário, alguns dependem do celular dos pais, outros trabalham durante o dia e outros não têm acesso a internet. As avaliações são feitas através do Google Forms. Além das atividades online, os professores têm que disponibilizar atividades impressas para os alunos que não tem acesso. Referente ao livro didático a Prof. Scheila gosta bastante de usá-lo, pois ele economiza o tempo para a realização das atividades enviadas aos alunos, evitando a cópia do quadro. A escola E.E.B Paulo Cordeiro, segundo a professora, não tem mais o profissional responsável pelo laboratório de informática para atender certas 22 necessidades dos alunos, e a questão do Datashow ela prefere usar quando trabalha estatísticas, relacionado mais a gráficos. 3 DAS OBSERVAÇÕES DA PRÁTICA DOCENTE: DESCRIÇÃO E REFLEXÃO Devido ao COVID-19 o Estágio Supervisionado foi feito de forma remota e não foi diferente com as observações. As aulas da professora Scheila foram observadas no dia 11 de junho de 2020 através de videochamada no Google Meet. Os acadêmicos ressaltam a dificuldade que os docentes estão tendo neste período de pandemia, em relação de prepararem as aulas, até mesmo a dificuldade para ministrarem essas aulas, pois a realidade dos alunos é diferente um dos outros, é importante ressaltar que não foi possível a observação em sala de aula. O desenvolvimento da identidade de um professor pode ser entendido como “um processo contínuo e dinâmico. Influências múltiplas, situadas nos contextos educacionais, sociais, históricos e culturais nos quais um professor aprende e trabalha, moldam uma identidade docente”. (PONTE; CHAPMAN, 2008, p. 246) Mais especificamente em relação à identidade profissional de futuros professores de Matemática, Ponte e Chapman (2008, p. 242) afirmam que: [...] esta pode ser considerada como se referindo ao eu profissional que constroem e reconstroem tornando-se e sendo professores. Ela inclui suas apropriações dos valores e normas da profissão; suas principais crenças sobre o ensino e sobre si mesmos como professores; uma visão do que significa ser um "excelente professor" e do tipo de professor que querem ser; um entendimento de si mesmo como um aprendiz e uma capacidade de refletir sobre a experiência. A identidade profissional, então, é uma noção complexa [...] Segundo TEIXEIRA e CYRINO (2013, p. 608): 23 Por meio do Estágio de Observação, os futuros professores revelaram a mobilização/desenvolvimento de alguns elementos relacionados à identidade profissional docente, tais como: a intenção de incorporar ou não aspectos da prática pedagógica observados em outros professores; a apropriação do valor teórico da profissão docente; a apropriação do valor social da profissão docente; crenças sobre o ensino; a visão a respeito de uma boa aula; e a visão do tipo de professor que querem ou não querem ser. Contudo o Estágio de Observação é o momento exato onde o acadêmico terá certeza ou não se seguirá o caminho da docência, pois o estágio é um marco divisor entre quem quer ser e quem não quer ser professor. As observações foram feitas no formato de roda de conversa, no qual a Observação 1 aconteceu na presença da Prof. Dr. Morgana Scheller, Prof. Me. Elisângela Regina Selli Melz e teve participação das pesquisadoras: Prof. Dr. Marisol Viera Melo, Prof. Dr. Débora Regina Wagner. No segundo momento de observação, contou-se com a presença dos professores que iria ser feita a observação em sala de aula, sendo eles a Prof. Scheila Priscila Rosa Reinert, a Prof. Janila Garcia Moretti e o Professor Luis Carlos Campregher. Num terceiro momento da observação foi relatado a partir da experiência de egressos do curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal Catarinense campus Rio do Sul, nesse momento da reunião participaram os egressos Silvana Bauer, Aldair Foster, Andressa Trainotti, Taise Kock, Tayana Souza, Tiago Ravel. 3.1 RODA DE CONVERSA COM AS ESPECIALISTAS DO ESTÁGIO Referente a roda de conversa que ocorreu na noite do dia 11 de junho de 2020, participaram as professoras do curso de Licenciatura em Matemática, Prof. Dr. Morgana Scheller, Prof. Me. Elisângela Regina Selli Melz e também teve participação das pesquisadoras: Prof. Dr. Marisol Viera Melo, Prof. Dr. Débora Regina Wagner. 24 A professora Débora Regina Wagner possui graduação em Matemática Licenciatura Plena pela UNOESC (2001), mestrado (2012) e doutorado (2017) em Educação Científica e Tecnológica pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente ela é professora no Departamento de Metodologia de Ensino do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina MEN/CED/UFSC e vice-diretora da Sociedade Brasileira de Educação Matemática Regional de Santa Catarina - SBEM/SC. Tem experiência na área de Educação Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: arte e matemática, visualidade e formação de professores. A professora destaca que foi relatado através de videoconferência, que a partir do ano de 2015 o conselho nacional de educação (CNE) regulamentou, que todas as licenciaturas terão uma carga horária de quatrocentas (400) horas de estágios. Ressalta que o estágio vai colocar o acadêmico a par da realidade da escola e torná-lo apto a pôr em prática as teorias aprendidas em sala de aula, permitindo criar uma base. Porém o estágio não pode ser meramente um lugar de meras tarefas. A Prof. Débora relata o fato de ofertarem a disciplina de estágio em forma de oficinas, pelo fato de muitos alunos que cursam a disciplina trabalharem durante o dia e não terem disponibilidade de sair dos seus empregos para estarem indo até a escola estagiarem, sobre a oficina os professores de estágio propuseram para as escolas que ao invés dos estudantes estarem indo sempre no horário de aula daquele professor, eles dividem a carga horária daquela disciplina de estágio anualmente, eles entendem que o estágio é um aprendizado contínuo. O estágio é um lugar de reflexão, de aprendizado, é um lugar para refletir se o acadêmico quer ou não ser professor, segundo a Prof. Débora. A Prof. Dr. Marisol Viera Melo Licenciada em Matemática pela Universidade de Passo Fundo (UPF, RS, 1997). Mestre (2006) e Doutora (2013) em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, SP). Atualmente é Professora Adjunto da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó/SC, vinculada ao curso de Licenciatura em Matemática. Atua principalmente nos seguintes temas: formação de 25 professores que ensinam matemática, desenvolvimento profissional, aprendizagem docente. Tem experiência na área de Educação, docência em Ensino Fundamental, Médio e Superior. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas com Professoresque Ensinam Matemática - GEPREM/UFFS. Referente aos cursos da UFFS, Prof. Marisol relata que as atividades atualmente estão paradas, o PPC do curso de Licenciatura está fragmentado, pois segundo a Prof. Marisol os alunos têm estágio no primeiro e no terceiro semestre, sendo assim os acadêmicos ficam defasados em relação a essa experiência. Marisol diz que os acadêmicos que vão estagiar têm que se pôr no lugar de futuros professores, pois eles não estão mais ali como meros alunos e sim como futuros docentes, e também devem participar do estágio de observação e não somente observar. O estágio tem que ser um espaço de reflexão, segundo a Prof. Marisol complementando as palavras da Prof. Débora. 3.2 RODA DE CONVERSA COM AS DOCENTES DO ESTÁGIO Esse momento de observação seria feito em sala de aula para uma turma do ensino fundamental, mas devido ao panorama atual, foi decidido por uma roda de conversa com os professores supervisores no dia 11 de junho de 2020. Neste momento que exige adaptação, os docentes que participaram deste bate-papo referente ao Estágio Supervisionado I. A videochamada começou com a apresentação das professoras responsáveis pela matéria de estágio, Prof. Dr. Neila de Toledo e Toledo, Prof. Me. Elisângela Regina Selli Melz. A Prof. Scheila Priscila Rosa Reinert, atualmente atua na escola E.E.B Paulo Cordeiro, situada na cidade de Rio do Sul/ SC, tem Pós-Graduação em Aprendizagem Cooperativa e Tecnologias na Educação. A docente relatou sobre como está sendo sua experiência em meio a esta pandemia, na qual os professores da escola E.E.B Paulo Cordeiro iniciaram com formações, oferecidas pelo Estado, de cursos que eram feito de forma online sobre “As 26 diferentes ferramentas que temos a disposição para estarmos preparando essas aulas online”. As primeiras duas semanas foram intensas no sentido de avisar os alunos que seriam oferecidas as aulas online, segundo a professora. Segundo a professora Prof. Scheila ela está preparando suas aulas, através de vídeo aulas, pois a mesma ressalta a dificuldade dos alunos em se aprender Matemática através de textos ou listas de exercícios, por isso ela opta pelas vídeo aulas, e as disponibiliza essas atividades através da plataforma Google Classroom. Os professores do E.E.B Paulo Cordeiro tem um combinado entre si de oferecerem duas disciplinas por dia para não sobrecarregar os alunos. O dia da disciplina de Matemática é toda quinta-feira, segundo a Prof. Scheila. Muitos alunos têm dificuldades em participar das aulas através da plataforma Meet, pois muitos não conseguem acompanhar no mesmo horário, alguns dependem do celular dos pais, outros trabalham durante o dia e outros não têm acesso a internet. As avaliações são feitas através do Google Forms. Além das atividades online, os professores têm que disponibilizar atividades impressas para os alunos que não tem acesso. Referente ao livro didático a Prof. Scheila gosta bastante de usá-lo, pois ele economiza o tempo para a realização das atividades enviadas aos alunos, evitando a cópia do quadro. A escola E.E.B Paulo Cordeiro, segundo a professora, não tem mais o profissional responsável pelo laboratório de informática para atender certas necessidades dos alunos, e a questão do Datashow ela prefere usar quando trabalha estatísticas, relacionado mais a gráficos. A Prof. Janila Garcia Moretti formou-se em Matemática em 2008, atualmente é efetiva com 10 hrs na rede estadual e com 30 hrs municipal de Rio do Sul, trabalhando somente com ensino fundamental, segundo a professora na escola que ela trabalha, E.E.B. Alfredo Dalfovo, necessita de uma reforma, a mesma não possui laboratórios de informática e nem biblioteca, pois os mesmos se tornaram salas de aulas, devido uma demanda muito grande em relação a entrada de alunos no ano de 2017. Para feira de matemática, a Prof. Janila construiu um 27 projeto, que consiste num laboratório de matemática móvel, com dois armários com rodinhas. Todos os materiais, jogos, todos construídos pelos alunos. Em relação a formação continuada a Prof. Janila relata que tiveram um curso sobre a BNCC. A gravação de vídeos aulas também faz parte da explicação de conteúdos da Prof. Janila. A mesma relata que são poucos os alunos que têm alguma necessidade em relação a meios tecnológicos, a utilização do livro didático na opinião da professora otimiza o tempo dela em sala de aula. Professor Luis Carlos Campregher possui graduação em Licenciatura Plena em Matemática, atualmente trabalha na Colégio Dom Bosco, atualmente está cursando o Mestrado Profissional em Matemática, trabalha em aula de aula desde 2009, em relação a formação continuada, por trabalhar somente em escola privada, é oferecido quinzenalmente. Segundo o professor o estágio é uma ponte entre a sala de aula e a Universidade”, pois a realidade é totalmente diferente, em relação a laboratório de informática o professor diz que eles não tem essa sala, pois por ser uma escola privada eles tem material digital, ou seja, os livros são digitais e que cada aluno tem seu próprio computador, todas as salas de aula tem datashow e quadro de vidro. O professor cita a discrepância na questão de materiais e possibilidades que o professor tem para trabalhar é muito grande, os alunos possuem aula de apoio durante o período vespertino, também possuem projeto de clube de matemática, projeto de pesquisa, tudo isso no contraturno. O docente também utiliza de gravação de vídeo aulas para a explicação dos conteúdos, o Colégio Dom Bosco definiu dividir as matérias por áreas de conhecimento igual o Enem, a área de Matemática ficou para quinta-feira, segundo o professor, neste dia o professor disponibiliza todos os conteúdos que ele tem programado para aquele dia, o Prof. Luiz também utiliza o livro didático, porém ele utiliza o livro como um guia, ele diz que o professor tem que completar os conteúdos presentes no livro. Por fim ficou a egressa do curso de Licenciatura em Matemática do IFC, Lariça Frena, atualmente trabalha em duas escolas da rede estadual e uma da rede municipal, ela trabalha 28 com alunos de baixa renda então a grande maioria não disponha de internet ou se dispõe é internet 3G, por isso com esses alunos ela tem que utilizar sempre materiais impressos, por outro lado os alunos do ensino médio tem muita dificuldade em dar devolutiva das atividades, em relação às atividades avaliativas ela trabalha com no máximo 5 questões, ela utiliza de vídeo aulas para a explicação dos conteúdos, em relação ao livro didático segundo a Prof. Lariça não tem livros para todos os alunos na escola municipal, e no ensino médio os alunos acabaram não recebendo os livros, então eles tinham que escrever as atividades todas no caderno, segundo ela a principal dificuldade é a interação com os alunos, porém nem todos os alunos conseguem manter a periodicidade da entrega das atividades. 3.3RODA DE CONVERSA DO COM OS EGRESSOS Diante da atual situação citada anteriormente e devido ao afastamento social, para substituir a observação que seria feito em sala de aula foi optado por essas rodas de conversas realizadas online através da plataforma do Meet. No dia 17 de junho aconteceu uma roda de conversa com os egressos referente à Temática – As contribuições do Estágio na ótica dos egressos – experiências colaborativas para o estágio supervisionado na formação do futuro professor de matemática. Os alunos convidados foram Silvana Bauer, Aldair Foster, Andressa Trainotti, Taise Kock, Tayana Souza, Tiago Ravel, no qual os convidados socializaram sobre importância dos Estágios na formação inicial, em especial, do Estágio de observação e também as contribuições do estágio na formação inicial e para a atuação do docente. Pode-se destacar pela fala dos egressos que o estágio é uma base para a formação do futuro docente. O estágio é onde muitos entram a primeira vez numa escola, não como aluno, mas sim como um futuro docente, o egresso Aldair Forster destaca que “o estágio para mim foram momentos de angústia e de muito aprendizado, pois foi a primeira oportunidade de aliar as 29 teorias que estava tendo na faculdade com a prática ”, segundo ele os acadêmicos vão para faculdade com uma visão diferente do que realmente é um curso de Licenciatura em Matemática. Silvana Catarine Bauer a egressa da primeira turma de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal Catarinense do ano de 2010, ressalta a importância de se utilizar um caderno para fazer anotações durante o estágio de observação, pois segundo ela as informações que eram mais pertinentes durante a observação elas anotavam no caderno. A egressa destaca também que ao fazer o estágio na escola Rio do Sul a escola Prefeito Alfredo João Krieck, no qual ela cita que por ser uma escola que ela não conhecia ela não sabia da rotina da escola, como funcionava, ela ressalta que é essencial conhecer o PPP (Projeto Político Pedagógico) da escola, pois é através dele que o estagiário conhece todos os setores e história da escola. Silvana ressalta também a pontualidade dos estagiários, pois a partir do momento que você passa a estagiar numa escola você faz parte do cotidiano daquele professor, do planejamento do mesmo. O egresso Aldair Forster refere-se ao estágio como uma reflexão, através dele você é capaz de identificar como futuro docente, é nessa hora que o acadêmico vai refletir sobre se realmente vai querer seguir este caminho, pois para ele o estágio foi onde ele realmente teve essa reflexão de seguir ou não a docência. No estágio foi a primeira vez que ele foi fazer estágio, foi feito em outra escola a não ser a que ele estudou a vida toda, esse foi um momento angustiante para ele pois ele via a escola desorganizada, não via engajamento entre direção e professores, via um PPP fragmentado, ou seja, feito em partes, uma parte era escrito por uma pessoa, outra parte por outra, ele não via a escola inserida na sociedade, e para ele isso foi muito angustiante, foi a primeira vez que ele pensou em desistir do curso. O egresso Aldair relata a questão de fazer o estágio em dupla, pois segundo ele a reflexão feita em dupla é 30 muito enriquecedora nesse processo. Relacionados aos estágios de intervenção, o egresso cita o fato de ensaiar as aulas antes de aplicá-las. Num momento posterior a egressa Andressa Trainotti da turma de 2013, cursou o Mestrado em Ensino de Matemática pela UFRGS e atualmente é professora substituta do IFC de Concórdia, referente aos estágios I e II ela fez numa escola estadual do município que ela morava, inclusive era a escola que ela estudou a vida inteira, o primeiro estágio deixou a egressa muito frustrada, pois Andressa e a colega dela prepararam aulas, mas foi um desastre pois os alunos não levaram tão a sério, acharam que aquilo era uma brincadeira. O estágio III e IV foi feito numa turma de 3⁰ ano do ensino médio do Instituto Federal Catarinense, esse convite veio através do orientador, pois os primeiros estágios foram frustrantes para as ex-acadêmica. A egressa relata o fato de ter pouco tempo para a execução dos estágios, segundo ela essa falta de tempo atrapalha na construção do conhecimento do aluno porque o estagiário acaba não ensinando tudo, ou ensinando o que é mais relevante para a turma que se está estagiando. Taise Kock egressa da turma de 2012, atualmente cursa Mestrado na FURB, diferente dos egressos anteriores, ela já tinha contato com a sala de aula, trabalhou por 3 anos como estagiária da Educação Infantil, e participava do PIBID. O estágio, para a egressa, ele traz algo mais formal, pois o estagiário deve conhecer a escola e as pessoas que ali trabalham, Taise ressalta a importância do estagiário explorar a escola, pois como professor não devemos nos limitar somente a sala de aula, a escola é algo que vai muito mais além da sala de aula. Tayana Souza ex-acadêmica da turma de 2015 do IFC, atualmente cursa o Mestrado na FURB, era participante do PIBID, mas ressalta a diferença entre o PIBID e o estágio, o primeira é no contraturno com uma turma menor, e o segundo é na sala de aula com uma turma maior às vezes. A egressa ressalta a importância de tentar usar as teorias educacionais e metodologias aprendidas em salas de aula, também segundo ela é importante escolher uma escola com a realidade diferente do acadêmico para ver que existem outras realidades. Tiago 31 Ravel Schroeder egresso da turma de 2015, atualmente aluno do Mestrado da UDESC e professor substituto do IFC campus Ibirama. O egresso ressalta a importância de ir na escola e fazer uma reflexão crítica em relação ao espaço da escola, dos funcionários que ali trabalham, também entender que o estágio não é somente um preenchimento de formulários, na realidade o estagiário tem que tentar articular as teorias com a escola a ser estagiada. O estagiário tem que ir além do que é aprendido em sala de aula, ou do que preencher documentos. De modo geral, os egressos trazem a importância de se estar a par do PPP da escola, explorar os ambientes pertencentes a essas escolas, o estágio é um espaço de relação com que se estuda nas diversas disciplinas que se aprende na Universidade. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O Estágio de Observação é um divisor de águas entre os futuros docentes, pois é nessa hora que o acadêmico decidira se seguirá a vida docente, com tudo que já foi citado esse estudo teve como objetivo colocar em prática os conhecimentos adquiridos, essa ação que requer reflexão desde o primeiro momento, tarefa que se apresenta constante aos futuros docentes. É evidenciado no Estágio Supervisionado I que a formação contínua do docente é fator central da profissão, o processo de formação constante, exigindo de seus formadores e formandos um comprometimento cadavez maior com a inovação, a reflexão e a tomada de decisões frente à complexidade deste processo. Também pode-se citar a importância de estar presente em sala de aula para observar o desempenho do docente, mas devido ao novo Coronavírus o afastamento social é essencial para a não propagação do COVID-19, o estar presente em sala de aula faz toda a diferença no Estágio Supervisionado, pois é em sala de aula que o futuro docente sesentirá ou não preparado para ser professor. 32 A docência comporta vários saberes: conhecimento, compreensão, motivação, empatia, competência, paciência, didática, criatividade, etc. Portanto, o conhecimento, por si só, não é suficiente na prática docente. O professor deve saber ensinar, ou seja, saber sobre educação, pedagogia e didática de sua matéria para que consiga imprimir ao seu conteúdo um caráter de conhecimento e não apenas de informação. Concluindo, podemos dizer que perante o cotidiano das instituições de ensino, das dificuldades de estrutura das escolas, rotina, disponibilidade de ambiente, recursos materiais, afinidades pessoais, ausência de apoio familiar, indisciplina dos alunos, entre outros faz com que os estudantes em formação discutam a formação que tiveram não se sentido prontos para encarar os problemas existentes no exercício docente. Por isso, o estágio tem uma enorme importância na formação profissional, é a base para atuarem como professores, após esta prática os estagiários sentem-se mais preparados para atuar profissionalmente na sala de aula. Assim sendo, o estágio curricular supervisionado como já mencionado, deve ser visto como um importante meio na formação do professor, pois traz elementos importantes para o exercício diário do futuro profissional. É no período do estágio supervisionado que o acadêmico, futuro professor, percebe a possibilidade de utilizar os conhecimentos teóricos na prática, sempre procurando fazer uma reflexão depois de cada aula, em busca de melhorias e transformações ao longo deste período e com certeza as mudanças continuam no decorrer do seu cotidiano, pois cada turma possui uma realidade diferente, que exige posturas diferentes, a cada ano são situações diferentes e assim são exigidas do professor constantes atualizações e desta forma, flexibilidade nas mudanças na maneira de conduzir e de orientar o seu trabalho diante dos seus alunos. 33 REFERÊNCIAS ANVISA. Agência nacional de vigilância sanitária. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/coronavirus>. Acesso em: 02 Julho. 2020. LIMA, M. S. L., & PIMENTA, S. G. (2006). ESTÁGIO E DOCÊNCIA: DIFERENTES CONCEPÇÕES. Poíesis Pedagógica, 3(3 e 4), 5-24. OLARI, F. A. S.; TENROLLER, R. M.; ROQUETTE R. F.; NEZ, E. Refletindo sobre a Identidade e a Formação do Professor da Educação Superior. 2012. PONTE, J. P. et al. (1997). Didáctica da Matemática. DES do ME. Lisboa. PONTE, J. P. (1998). Da formação ao desenvolvimento profissional. In: Actas do ProfMat98, Lisboa: APM, p. 27-44. PONTE, J. P.; CHAPMAN, O. (2008). Preservice mathematics teachers' knowledge and development. In: ENGLISH, L. D. (Ed.). Handbook of international research in mathematics education. 2. ed. New York: Routledge. p. 225-263. PONTE, J. P.; OLIVEIRA, H. (2002). Remar contra a maré: A construção do conhecimento e da identidade profissional na formação inicial. Revista de Educação, Campinas, v. 11, n. 2, p. 145-163. TEIXEIRA, B. R.; CYRINO. M. C. C. T. O estágio supervisionado em cursos de licenciatura em Matemática: um panorama de pesquisas brasileiras. Educ. 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