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· Pergunta 1
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Ele entra sem dizer uma palavra e logo começa a chorar. Pergunto o que aconteceu e ele me diz, assustado, que foi abordado por um cara da faculdade, com as seguintes palavras:– E aí, seu viadinho de merda, já viu as pesquisas? Vai aproveitando até o dia 28 pra andar de mãozinha dada, porque, quando o mito assumir, acabou essa putaria e você vai levar porrada até virar homem.Depois, é a menina que já entra chorando e me diz:— Sil, me ajuda... não sei o que fazer... você não vai acreditar no que aconteceu comigo hoje... Eu estava na escola e fui pegar um livro no meu armário... Tinha uma folha de papel...Aí ela me mostra uma foto no celular, porque entregou a tal folha na diretoria, com esta mensagem aqui:– Achou mesmo que era só sair gritando #elenão pra parar o bolsomito, feminazi??? Perdeu, escrota!! E daqui a pouco você vai ter motivo pra gritar de verdade!!!O relato, feito pelas redes sociais, é da psicanalista Silvia Bellintani, pouco antes do primeiro turno das eleições. Devidamente autorizada pelos pacientes, ela conta o que escutou de dois deles no seu consultório, numa mesma tarde: ele, homossexual, 19 anos; ela, heterossexual, 17 anos, feminista”.
Fonte: BRUM, E. “O ódio deitou no meu divã”. Publicado por El País em 11 de outubro de 2018. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/10/politica/1539207771_563062.html, acesso em 16/10/2018.
Supondo que você seja um terapeuta e esteja atendendo aos pacientes do relato acima, de acordo com a postura oficial do Conselho Federal de Psicologia. Quais ações poderiam ser tomadas no processo terapêutico?
I. Não oferecer tratamento ao rapaz homossexual, uma vez que o Conselho Federal de Psicologia determina que homossexuais não podem ser atendidos por psicólogos.
II. Problematizar com os pacientes os padrões heteronormativos da sociedade que estabelecem as formas de ser e agir padronizados para homens e mulheres.
III. Discutir e apresentar modelos mais femininos de expressão à garota feminista para que seja capaz de se adequar as demandas da sociedade.
IV. Articular diferentes estratégias que ampliem a participação cidadã, política e cultural das pessoas com identidade de gênero não heterossexuais, fortalecendo, inclusive, sua capacidade para conquistar e fazer valer seus direitos, dentre eles, o direito ao casamento.
É certo o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
II e IV.
	Resposta Correta:
	e. 
II e IV.
	Feedback da resposta:
	A resolução n.º 01/99 aponta no Art. 2° que o psicólogo deve procurar promover reflexões “sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas” (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 1999, p. 4). Nesse sentido, é fundamental o comprometimento do profissional psicólogo em sua atuação com relação a formas de discriminação, violência e opressão. A promoção da saúde e da qualidade de vida tem como uma das suas estratégias o combate a “quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão". Nessa perspectiva, a resolução no 01/99 aponta no Art. 3° que “os psicólogos não devem praticar qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas”, assim como é vetado ao psicólogo ações coercitivas que tendam a orientar homossexuais para tratamentos que eles próprios não solicitaram (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 1999, p. 13). A questão da livre expressão da sexualidade como um direito de cidadania tem certa particularidade no Brasil, pois está diretamente ligada à desigualdade social, que reforça a discriminação ligada à orientação sexual e às performances de gênero (POCAHY; NARDI, 2007).Junto a outros profissionais, o psicólogo pode, portanto, articular diferentes estratégias que ampliem a participação cidadã, política e cultural das pessoas com identidade de gênero não heterossexuais, fortalecendo, inclusive, sua capacidade para conquistar e fazer valer seus direitos, dentre eles, o direito ao casamento. 
	
	
	
· Pergunta 2
0 em 1 pontos
	
	
	
	“Além do Brexit e da crise migratória, Bauman criticou a ascensão de Donald Trump, presidente eleito dos EUA, que, para o pensador, estaria mais interessado em construir muros do que pontes.Para o professor emérito da UFRJ Márcio Tavares D’Amaral, um dos traços mais notáveis do sociólogo foi propor uma teoria distante de extremismos e capaz de conciliar diferentes paradigmas.— Ele não se deixou cair na armadilha da distinção excludente entre modernidade e pós-modernidade. Compreendeu que estamos vivendo uma mudança, não estamos bem num paradigma ou no outro, estamos nos dois — disse Amaral. — A grandeza dele é não ter feito uma ruptura inconciliável entre dimensões das nossas vidas atuais, que tanto conservam valores de mais de 2 mil anos como produzem outros totalmente novos e aparentemente incompatíveis”.
Fonte: O GLOBO. Zygmunt Bauman, que revolucionou pensamento, fez palestra para O GLOBO. Publicado por CULTURA, O Globo em 03/01/18. Disponível em: https://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/zygmunt-bauman-que-revolucionou-pensamento-fez-palestra-para-globo-22249188#ixzz5TNEc0DJn, acesso em 08/10/2018.
Diferentemente do que postula Bauman, outros autores, como o sociólogo Bruno Latour argumentam que ainda não saímos da modernidade porque:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
ainda existem possibilidades de compreender os fenômenos sociais e produzir conhecimento científico, sem considerar os aspectos sociais, culturais e econômicos.
	Resposta Correta:
	a. 
não se superou a busca pela ordem social e o interesse pela construção das verdades científicas que se pretendem universais.
	Feedback da resposta:
	Entretanto, alguns autores, como o sociólogo Zygmunt Bauman, acreditam que não se é possível identificar uma data exata que marque o início ou o fim da era moderna. Mais importante do que determinar as datas a partir de grandes acontecimentos na história da humanidade, nos cabe avaliar o que se produziu nesse período enquanto civilização e os impactos dessas produções em nossa vida cotidiana até hoje. Há outros autores, como o sociólogo Bruno Latour, por exemplo, que sustentam a ideia que ainda não saímos da era da modernidade, porque ainda não superamos os principais aspectos e os grandes desafios impostos a ela, como: a busca pela ordem social e pelo controle dos comportamentos para conter o caos e o interesse em construir no campo científico verdades que se pretendam universais. 
	
	
	
· Pergunta 3
1 em 1 pontos
	
	
	
	“O acesso a esse serviço ocorre de maneira diferenciada, respeitando as características locais. As seringas podem ser trocadas ou distribuídas em serviços de saúde como ocorre na Ásia e China; nas próprias cenas de uso, como descrito na experiência canadense; em unidades volantes ou em farmácias cadastradas nos programas, como é o caso das experiências da Tailândia e Espanha. As seringas são insumos incluídos nos kits na experiência tailandesa. A oferta desses materiais tem levado a resultados positivos […]. Os estudos comprovam que essa oferta não aumenta a incidência de novos usuários e, não obstante, reduz o consumo. O serviço de troca de seringas está associado a uma gama maior de atividades junto dos usuários, tais como ações informativas, aconselhamento e testagem para o vírus HIV, dentre outros”.
Fonte: GOMES, T.B.; DALLA VECCHIA M. Estratégias de redução de danos no uso prejudicial de álcool e outras drogas: revisão de literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 23(7):2327-2338, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v23n7/1413-8123-csc-23-07-2327.pdf, acesso em 21/10/2018.
As ações descritas acima podem ser caracterizadas, de acordo com o material de estudo, como políticas de:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
redução de danos.
	Resposta Correta:
	a. 
redução de danos.
	Feedback da resposta:
	Nesse quadro de embates complexos, também comparecem modalidades de cuidado que consideram a construção ética da autonomiados sujeitos diante do uso de drogas, sem mascarar os conflitos e tampouco inviabilizar os confrontos. Algumas ações no âmbito da “Redução de Danos” (RD), por exemplo, têm se configurado junto a outras perspectivas de acompanhamento às pessoas que fazem uso de drogas, como estratégias potentes para construção de uma nova proposta de atenção em saúde, podendo ser compreendida como uma política de drogas democrática. […] No Brasil, as primeiras ações de redução de danos se deram na cidade de Santos, em 1989. Por se tratar de uma cidade de zona portuária e de intenso trânsito de drogas, apresentou grandes taxas de prevalência de HIV/AIDS no período, alertando o poder público para esse problema. A estratégia utilizada pelo então prefeito da cidade, David Capistrano, foi investir em ações de redução de danos a partir de trocas de seringas e orientações às pessoas consumidoras de drogas injetáveis. A repercussão dessas medidas provocou polêmicas e muitos tensionamentos, sob a alegação que tais ações promoviam/facilitavam o uso de drogas, além de suscitar o debate sobre utilização indevida de recurso público. Tais ações acabaram se configurando como “apologia ao uso de drogas” pelo poder judiciário de Santos e tipificada penalmente a partir da lei 6.368, de 1976 (MACHADO e BOARINI, 2013). 
	
	
	
· Pergunta 4
0 em 1 pontos
	
	
	
	“Mais de 2 milhões de pessoas deixaram a Venezuela desde 2015. Cerca de 450 mil pessoas partiram rumo ao Peru, país com o segundo maior número de recém-chegados venezuelanos, ficando atrás apenas da Colômbia, que já abriga mais de 1 milhão em seu território. O Peru também se tornou o principal país de destino dos venezuelanos que buscam proteção, com mais de 150 mil pedidos de refúgio.“Eu elogio o Peru por manter suas portas abertas e criar vias legais alternativas para possibilitar aos venezuelanos a permanência no país. Abordar as necessidades humanitárias dos venezuelanos e facilitar os trâmites legais para trabalhar e acessar os serviços sociais nos países de acolhida deve ser uma prioridade regional, e isso exigirá maior apoio da comunidade internacional”, disse o alto-comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, durante visita recente a Lima e também a Tumbes, na fronteira Peru-Equador.O dirigente fez uma missão de uma semana na América do Sul para ver em primeira mão os desafios de migrantes e refugiados que deixaram a Venezuela. O representante das Nações Unidas também discutiu como melhorar a resposta e o acolhimento dos venezuelanos em países de destino”.
Fonte: ONUBR. Venezuelanos querem oportunidades e acesso a serviços no Peru. Publicado em 17 de outubro de 2018. Disponível em: https://nacoesunidas.org/venezuelanos-querem-oportunidades-e-acesso-a-servicos-no-peru/, acesso em 22/10/2018.
De acordo com o material de estudo, como os psicólogos poderiam ajudar na melhoria do acolhimento aos venezuelanos?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Potencializar o combate ao trabalho escravo por meio da diminuição da comercialização e tráfico de escravos especialmente vindos da África e da América Central. O principal papel do psicólogo é garantir os direitos civis a esses indíviduos.
	Resposta Correta:
	b. 
Potencializar a elaboração do luto diante do processo de exclusão e a importância pungente de construção de políticas que assegurem direitos, acesso aos serviços públicos e, sobretudo dignidade. 
	Feedback da resposta:
	Assim, podemos compreender que o processo de globalização ao qual estamos submetidos também opera com aspectos de exclusão, cujo efeito é a delimitação entre os globalizados, ou seja, aqueles que gozam de todos os direitos e os socialmente excluídos que, providos ou desprovidos de direitos, têm uma cidadania – ou não (como é o caso dos refugiados) –, todavia esta não lhes proporciona, na prática, direitos, e nem sequer uma possibilidade de alcançá-los (ALVES, 2005). Nesse sentido, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, conforme estudamos na Unidade 2, é uma ferramenta fundamental para a “elaboração” de uma concepção universal de indivíduo digno de ter os seus direitos assegurados exercendo-os por meio da cidadania. No caso da população imigrante – sobretudo as que deixaram seus país pelo contexto de guerra – há questões importantes no que tange a esse processo de exclusão e a importância pungente de construção de políticas que assegurem direitos, acesso aos serviços públicos e, sobretudo dignidade. De acordo com Silva e Cremasco (s/a), mudar de país significa, entre outras coisas, construir uma nova vida, fazer novas representações e dar significados diferentes ao que era familiar se deparando com inúmeras perdas como a de pertencer a um grupo que lhe dá identidade e reconhecimento. A perda do sentimento de pertencimento pode gerar grande ansiedade devido à necessidade que todo indivíduo apresenta de sentimento de segurança, proteção e orientação.
	
	
	
· Pergunta 5
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Mas não foi a primeira vez que a Rafaella enfrentou uma situação desse tipo. No ano passado, quando a menina estudava em outra escola, e era a única negra dentre todos os alunos, ela foi escolhida para ser o Saci na peça de fim de ano. " A Rafa ficou triste e disse que não queria interpretar um 'menino bagunceiro' e não tinha nem ideia de por que ela tinha sido escolhida para isso. Imediatamente procurei a escola, queria saber se o critério de escolha tinha sido a cor da pele".Ranata ficou surpresa pelo episódio da van porque nunca tinha visto o racismo partir de uma criança. No dia seguinte, ela conversou com o motorista da van, que relatou exatamente quais foram as palavras do colega. "Ele disse que tinha vergonha de gente da cor da Rafa. isso é uma expressão muito adultizada para uma criança de 8 anos".
Fonte: SALEH, N. "Você não consegue mudar a cabeça de um racista, mas consegue fazer com que seu filho não seja um". Publicado pela Revista Crescer, em 07 de dezembro de 2016. Disponível em: https://revistacrescer.globo.com/Voce-precisa-saber/noticia/2016/12/voce-nao-consegue-mudar-cabeca-de-um-racista-mas-consegue-fazer-com-que-seu-filho-nao-seja-um.html, acesso em 22/10/2018.
Supondo que você seja um psicólogo escolar na escola de Rafa, quais ações você poderia tomar para lidar com a situação que sejam coerentes com as diretrizes do Conselho Federal de Psicologia?
I. Propor atividades com toda a comunidade escolar, inclusive os pais e professores, problematizando falas e situações racistas do cotidiano, suas motivações e consequências.
II. Elaborar, juntamente com o corpo docente, atividades que fortaleçam a autoestima das crianças negras, por meio da representatividade: apresentação de heroínas e mulheres de sucesso negras, por exemplo.
III. Criar turmas especiais formadas por um público mais homogêneo, evitando assim a convivência das diferenças que possam gerar atritos e discriminações imotivadas.
IV. Propor, juntamente como o corpo docente, atividades reflexivas aos estudantes, desenvolvendo a criticidade dos mesmos sobre a verdadeira história da África, oferecendo textos e atividades que dialoguem com essa ancestralidade, ensinando-os a problematizar falas racistas.
V. Encaminhar a criança à um serviço de psicologia aplicada, para que possa tratar desse trauma e se adequar ao ambiente escolar de maneira mais saudável.
É certo o que afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I, II e IV.
	Resposta Correta:
	c. 
I, II e IV.
	Feedback da resposta:
	Valter da Mata, em entrevista para o Conselho Federal de Psicologia em 2015, aponta que, em se tratando de saúde mental, há duas dimensões que são atacadas diretamente pelo racismo em relação à população negra: a identidade e a autoestima. Ele discute a ausência de referenciais identitários negros que são valorizados em nossa sociedade (como heróis negros, ou atores negros considerados bonitos e valorizados em seus papéis em filmes ou novelas) e como esse aspecto afeta a construção da identidade da pessoa negra: resta ao grupo subalterno se identificar com a sua “inferioridade natural”ou reivindicar para si um ideal de ego branco. Um exemplo disso pode ser representado nas duas figuras abaixo: tratam-se de figuras de representatividade (super-heróis de um filme de cinema) para crianças negras.Para finalizar, o papel do psicólogo reside em, além de combater o racismo, identificar e abordar possíveis situações de racismo no sofrimento psíquico e na construção da identidade das pessoas atendidas, seja em seu consultório particular, seja nas instituições, nas empresas ou equipamentos públicos. Também é importante a valorização e implementação de ações afirmativas em prol da promoção da igualdade e de políticas de inclusão (como a legislação que garante as cotas raciais).Na escola, crianças negras são frequentemente consideradas crianças “problema”, tendo menor investimento por parte de educadores. Elas são frequentemente encaminhadas para atendimento psicológico, e se o psicólogo clínico ou escolar não estiver atento à temática racial, tratará a situação como se fosse um problema da criança e de sua família, negligenciando o racismo e seu enfrentamento institucional, interpessoal e intrapsíquico. Nem sempre é fácil perceber sinais do racismo, até mesmo pela vítima, mas, em maior ou menor grau, há impacto negativo sobre o sujeito negro, que pode se sentir diminuído, constantemente desafiado e humilhado. Portanto, combater o racismo, particularmente na dimensão interpessoal, está diretamente relacionado ao respeito ao outro, temas tão caros à atuação dos psicólogos.
	
	
	
· Pergunta 6
1 em 1 pontos
	
	
	
	Tom e Mariana são estudantes de Psicologia e estavam discutindo sobre o posicionamento do Conselho Federal de Psicologia – CFP em diversas situações políticas e sociais. Para Tom, o Conselho não deveria se posicionar sobre tais questões porque precisa se manter isento, adotar uma postura de neutralidade. Mariana, contudo, argumenta que é papel da área da saúde prezar pela dignidade humana e direitos humanos, pois faz parte de seu compromisso com o bem-estar coletivo.Se você fosse o docente responsável pela disciplina de Ética, que tivesse que mediar a situação com base nas prerrogativas do código de ética da profissão, considere os argumentos abaixo:
I. O psicólogo em sua atuação acaba criando verdades baseadas na sua leitura de mundo, sendo assim, para agir éticamente, é necessário apenas deixar claro qual é a forma como você vê o mundo, baseando seu trabalho em suas convicções e crenças, de maneira autêntica e transparente.
II. O psicólogo deve atuar em rede, em cossonância com outros profissionais, entendendo sempre que o sujeito detém direitos e é protagonista de sua própria história, atuando na contramão da mera adaptação, avaliação e patologização.
III. A despatologização é fundamental para que o psicólogo entenda quão problemático é manter categorias, provenientes do jargão médico-jurídico-policial e pensadas duplamente como crime uma vez que contribuem para a produção ou reprodução de rótulos, tão ou mais cruéis quanto estigmatizadores e totalizantes: o drogado, o viciado, o deficiente, o perigoso, o delinquente, o espancador, o abusador.
IV. O papel do psicólogo relaciona-se com a proteção e viabilização de direitos, devendo ter conhecimento da legislação, buscando o fortalecimento de práticas e espaços de debate, na direção da autonomia e do protagonismo dos usuários, tendo ações preventivas como premissa para o crescimento individual e de uma comunidade.
V. Ações preventivas não devem ser o objetivo da psicologia, afinal como uma ciência da saúde, a preocupação deve centrar-se no adoecimento e traumas decorrentes das situações pessoais e sociais. Agir na prevenção de problemas psicólogicos não é possível, uma vez que não podemos prever o que pode gerar desconforto emocional aos sujeitos.
É certo o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
II, III e IV.
	Resposta Correta:
	c. 
II, III e IV.
	Feedback da resposta:
	O psicólogo em sua atuação acaba criando verdades com base na realidade, sendo assim, deve ter uma leitura crítica e ética da mesma, baseando seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.O psicólogo deve atuar em rede, em cossonância com outros profissionais, entendendo sempre que o sujeito detém direitos e é protagonista de sua própria história, atuando na contramão da mera adaptação, avaliação e patologização.A despatoligização é fundamental para que o psicólogo entenda quão problemático é manter categorias, provenientes do jargão médico-jurídico-policial e pensadas duplamente como crime uma vez que contribuem para a produção ou reprodução de rótulos, tão ou mais cruéis quanto estigmatizadores e totalizantes: o drogado, o viciado, o deficiente, o perigoso, o delinquente, o espancador, o abusador.O papel do psicólogo relaciona-se com a proteção e viabilização de direitos, devendo ter conhecimento da legislação, buscando o fortalecimento de práticas e espaços de debate, na direção da autonomia e do protagonismo dos usuários, tendo ações preventivas como premissa para o crescimento individual e de uma comunidade.Ações preventivas demandam um investimento de médio ou longo prazo na cidadania, na igualdade e na garantia de direitos humanos. Dessa forma, a prevenção no investimento ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Ou seja, buscando evitar que as pessoas se envolvam em situações de risco e vulnerabilidade, e que não causem danos pessoais e sociais àqueles com quem convivem ou se relacionam.
	
	
	
· Pergunta 7
1 em 1 pontos
	
	
	
	Legalmente falando, o assédio sexual acontece quando um superior hierárquico se vale de seu poder para constranger um subordinado com finalidades sexuais. Já o abuso se dá na prática da violência física, como o estupro. Ao passo em que o assédio pode não causar dor física, causa constrangimento equivalente e intimidação, podendo levar a vítima a sofrer traumas e outros problemas psicológicos. Já a exploração sexual é um termo empregado para nomear práticas sexuais pelas quais o indivíduo obtém lucros.
Dentre todas as definições descritas acima, assinale a alternativa que compõe exemplos apenas de exploração sexual.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Crianças ou adolescentes são tratados como objetos sexuais ou mercadorias e/ou também pode estar relacionado a redes criminosas.
	Resposta Correta:
	a. 
Crianças ou adolescentes são tratados como objetos sexuais ou mercadorias e/ou também pode estar relacionado a redes criminosas.
	Feedback da resposta:
	Você acertou! Crianças ou adolescentes são tratados como objetos sexuais ou mercadorias e também pode estar relacionado a redes criminosas são exemplos de exploração sexual.
	
	
	
· Pergunta 8
1 em 1 pontos
	
	
	
	Ainda que o termo “homofobia” seja usado para atribuir sentido a muitas das violações dos direitos humanos, apresenta problemas, uma vez que “fobia” remete tal discriminação a instâncias da psique humana ou ao inconsciente, podendo justificar uma questão social, cultural e política com elementos da ordem do não racional. Isso seria uma forma distorcida de entender o problema da violência da norma sobre o gênero e a sexualidade, que se trata de uma violação de direitos. A noção de homofobia, como vem sendo utilizada nos contextos GLBTT, nomeia todo tipo de violência e discriminação contra prostitutas, transexuais, lésbicas e bissexuais (POCAHY; NARDI, 2007).
A homofobia é a rejeição e menosprezo à orientação sexual do outro e, muitas vezes, expressa-se sob a forma de comportamentos violentos. As condenações públicas, perseguições e assassinatos de homossexuais no país estão associadas:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
a um passado histórico marcado pela demonização do corpo e por formas recorrentes de tabus e intolerância.
	Resposta Correta:
	d. 
a um passado histórico marcado pela demonização do corpo e por formas recorrentes de tabus e intolerância.
	Feedback da resposta:Você acertou! A sociedade ocidental tem um histórico de condenação ao homossexualismo desde a idade Média. O monopólio cultural e ideológico da Igreja católica, desde esse período fez com que as relações homo afetivas fossem condenadas como crime. Tal tradição veio sendo reproduzida ao longo do tempo através de exclusão, segregação e até mesmo violência a homossexuais que, infelizmente, permanecem até hoje.
	
	
	
· Pergunta 9
1 em 1 pontos
	
	
	
	
“Com data e horário marcados, ela acessa o Skype e durante uma hora interage com a psicóloga, que se encontra a milhares de quilômetros de distância. "Tentei fazer análise por aqui, mas conversar com alguém que não tinha a mesma cultura que eu, que não compreendia em totalidade a minha vivência aqui como imigrante, não deu muito certo. Foi quando senti falta mesmo de um analista brasileiro", contou. 
A jovem foi em busca de informações sobre o funcionamento da psicoterapia on-line e optou por uma profissional de sua cidade natal, no caso, de Londrina. "No início foi estranho porque conheci minha terapeuta pela câmera do celular. Ela me deu um tempo para ver se o formato funcionava para mim e logo a experiência ficou mais leve e tem sido ótimo", afirmou”. 
Fonte: ORIKASA, M. Sessões conectam brasileira em Lisboa com psicóloga em Londrina. Publicado por Folha Londrina em 09 de outubro de 2018. Disponível em: https://www.folhadelondrina.com.br/geral/sessoes-conectam-brasileira-em-lisboa-com-psicologa-em-londrina-1017416.html, acesso em 15/10/2018.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. A prática descrita na reportagem é ilegal de acordo com o Conselho Federal de Psicologia – CFP, estando a psicóloga em questão passível de ser punida com a perda de seu registro no conselho profissional da classe.
PORQUE
II.  Em 2018, o  Conselho Federal de Psicologia - CFP regulamentou o atendimento psicoterapêutico mediado por computador, permitindo sua utilização no exercício profissional, com a condição de que fizesse parte de um projeto de pesquisa.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
As asserções I e II são proposições falsas.
	Resposta Correta:
	e. 
As asserções I e II são proposições falsas.
	Feedback da resposta:
	Em 2000, Conselho Federal de Psicologia (CFP) regulamentou o atendimento psicoterapêutico mediado por computador, permitindo sua utilização no exercício profissional, com a condição de que fizesse parte de um projeto de pesquisa e estivesse conforme os critérios da Resolução 196/96, para pesquisas com seres humanos. Contudo, em 2018 o CFP promulga a Resolução No 11/2018 que autoriza as “consultas e/ou atendimentos psicológicos de diferentes pos de maneira síncrona ou assíncrona”, entendendo como “consulta e/ou atendimentos psicológicos o conjunto sistemáco de procedimentos, por meio da ulização de métodos e técnicas psicológicas do qual se presta um serviço nas diferentes áreas de atuação da Psicologia”. Este atendimento com pode ter como objetivo a avaliação, a orientação e/ou uma intervenção, seja em processos individuais ou grupais. (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2018, p.2). A prestação dos serviços psicológicos, autorizados nessa Resolução, estão condicionados ao cadastro prévio destes junto ao Conselho Regional de Psicologia e à sua autorização. (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2018).
	
	
	
· Pergunta 10
0 em 1 pontos
	
	
	
	“’Se drogas são ruins, a proibição é muito pior. A falida e nociva política proibicionista, além de não funcionar em sua inviável pretensão de salvar as pessoas de si mesmas e construir um inatingível mundo sem drogas, produz violência, mortes, encarceramento massivo, doenças, danos ambientais, corrupção, racismo e outras discriminações, opressão e inúmeras violações a direitos humanos fundamentais’, opina Maria Lucia. Entretanto, o fato de não proibir o uso de drogas não significa que a sociedade e o Estado não devam combater o uso. Campanhas de conscientização e oferta de tratamentos voluntários – uma vez que, para Karam, qualquer tratamento só será eficaz se partir da vontade do usuário – podem ser úteis na redução do número de usuários”. 
Fonte: http://crppr.org.br/wp-content/uploads/2018/05/99.pdf, acesso em 21/10/2018.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. Uma alternativa para a questão posta pelo excerto, de acordo com o material de estudo é a adoção de políticas de redução de danos. A medida busca a socialização política de usuários de drogas de maneira crítica, no sentido de se tornarem protagonistas, de promoverem o autocuidado com a saúde e a busca por direitos.
PORQUE
II.  Lancetti (2006; 2015) discute que o conceito de ampliação de vida caberia melhor ao que chamamos de Redução de Danos, por se tratar de uma perspectiva usuário-centrada de autonomia, agenciamentos de afetos, vínculos e conexões em um campo clínico-político complexo e que não depende, necessariamente, da ação de redutores de danos para se fazer valer. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
	Resposta Correta:
	e. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
	Feedback da resposta:
	Apesar de ambas asserções estarem certas, uma não é justificativa da outra. Afinal a segunda não explica a primeira, pelo contrário, critica o conceito exposto na primeira asserção. As práticas de redução de danos buscam a socialização política de usuários de drogas de maneira crítica, no sentido de se tornarem protagonistas, de promoverem o autocuidado com a saúde e a busca por direitos, pela discussão de políticas governamentais e políticas de estado, em uma perspectiva que passa pelo individual e também pelo coletivo. Sobre o termo “Redução de Danos”, é passível de discussão e traz consigo uma gama de práticas heterogêneas, polissêmicas e controversas no cotidiano dos serviços de saúde e da assistência. Lancetti (2006; 2015) discute que o conceito de ampliação de vida caberia melhor ao que chamamos de Redução de Danos, por se tratar de uma perspectiva usuário-centrada de autonomia, agenciamentos de afetos, vínculos e conexões em um campo clínico-político complexo e que não depende, necessariamente, da ação de redutores de danos para se fazer valer.

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