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Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA 
CURSO: DIREITO 
TURMA: VISTO DO COORDENADOR PROVA TRAB. GRAU 
RUBRICA DO 
PROFESSOR 
DISCIPLINA: Processo civil- I AVLIAÇÃO REFERENTE: A1 A2 X A3 
PROFESSOR: TATIANA SOUZA MATRÍCULA: Nº NA ATA: 
DATA: 30/11/2020 NOME DO ALUNO: 
 
 
AO JUÍZO DA VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO 
DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 
JOSUE CABO, brasileiro, casado, gestor comercial, portador do RG n. 000328710 
SSP/MS e do CPF n. 006.271.001-20, residente e domiciliado na Avenida Mendes Canale, n° 75, 
Bloco 02, Apartamento 407, Bangu, CEP. 79070-295, na cidade do Rio de Janeiro /RJ, 
endereço eletrônico: jsecabo@ hotmail.com, por intermédio de seu advogado infra-assinado 
(doc. 
anexo), com endereço eletrônico:mpbmoaris@gmail.com, vem, perante Vossa Excelência, 
propor a presente 
 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS C/C 
LUCROS CESSANTES 
 
 
em face de ANDRÉ MENDES, brasileiro, portador do RG n° 72204 DETRAN e do CPF n° 
005.346.281-91, residente e domiciliado na Rua Almirante Barroso, Centro / Rio de Janeiro, n° 
403, CEP: 79091-732, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, na pessoa de seu representante legal, 
pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
 
 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 A parte Autora não tem condições de arcar com as despesas do processo, uma vez que 
são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as despesas processuais, inclusive 
o recolhimento das custas iniciais. Destarte, o Demandante ora formula pleito de gratuidade da 
justiça, sob a égide do art. 99, § 4º c/c art. 105, in fine, ambos do CPC. 
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 
Em atendimento ao disposto no Art. 319, VII, revela o requerente interesse na realização 
da audiência de conciliação ou mediação. 
mailto:mpbmoaris@gmail.com
 
DOS FATOS 
O autor é proprietário do imóvel localizado na Rua Coronel José Hélio, nº 155, Bairro 
Bangu, nesta Capital, composto de uma casa com 1(uma) sala, 2 (dois) quartos, 1(uma) 
cozinha, 1(uma) copa e uma varanda com um salão comercial com banheiro, que destinam-se à 
locação para agregar a sua renda mensal. 
 
O imóvel estava sendo alugado pela locatária Caren dos Santos, que em Janeiro de 2020 
entrou em contato com o Autor, informando que o imóvel havia sido atingido por fogo que 
comprometeu grande parte do imóvel, informando, ainda, que a origem do incêndio deu-se na 
casa de propriedade do Réu. 
 
O Autor foi até o imóvel para verificar a situação e ficou muito abalado com os danos 
causados, procurando o Requerido por inúmeras vezes para resolver a situação de maneira 
amigável. 
 
O réu apesar de se responsabilizar em arcar com os danos que o mesmo causou ao 
Autor, até a presente data não tomou nenhuma providência, apenas construiu um muro, sem 
qualquer acabamento. 
 
Foi destruída toda a parte elétrica e hidráulica da casa, as telhas queimaram os canos e 
as paredes, enfim, foram muitos estragos, e, portanto, vários reparos a serem realizados como 
se pode constatar nas fotos em anexo. 
 
Diante dessa situação, não restou alternativa para o Autor, a não ser fazer as reformas e 
arrumar os danos causados, pela necessidade de alugar o imóvel, eis que é fruto de sua 
mantença. 
 
Destaca-se que o incêndio provocado danificou quase toda a parte estrutural da casa, e 
a mesma era destinada para fins de locação e, portanto, fonte de renda do autor. 
 
 O autor teve também o seu emocional completamente abalado, pois sem o valor do 
aluguel não estava conseguindo honrar com todas as suas despesas, passando por momentos 
de vergonha e humilhação diante de cobranças por dívidas que eram honradas com a ajuda do 
valor da locação da sua propriedade que ficou danificada por culpa exclusiva do réu, cabendo 
assim, a indenização pelos danos morais causados. 
 
Por fim, é evidente a responsabilidade do réu, que deveria ter arcado com os danos 
materiais causados no imóvel do Autor, e pelos danos morais. 
 
Listam-se os danos materiais sofridos: 
1-A parede que fazia divisa com o terreno do Requerente apesar de ter sido reconstruída pelo 
requerido, não recebeu nenhum tipo de acabamento. 
2-As paredes da sala, do banheiro, do quarto, que também foram danificadas pelo fogo, 
apresentando rachaduras, vazamentos de água, entre outros danos. 
3-A instalação elétrica da casa restou totalmente danificada. 
4-As instalações hidráulicas sofreram danos. 
Dessa forma, todos os gastos efetivamente efetuados com a reforma do imóvel, a fim de 
torná-lo habitável, deverão ser indenizados pelo Réu, conforme notas fiscais acostadas aos 
autos no valor de R$8.400,00. 
 
 
Destaca-se que além dos danos ao imóvel propriamente dito, existem ainda os lucros 
cessantes, uma vez que o imóvel se destinava a locação, sendo que o aluguel constitui-se em 
parcela da renda mensal do autor, estando locado quando da época do evento pelo valor de R$ 
2.500,00. 
 
Mesmo a construção não sendo nova, a mesma estava em bom estado de conservação e 
nunca apresentou qualquer problema para quem nela residiu. 
Dessa forma é inquestionável o direito do Autor em ser indenizado em lucros cessantes, 
a partir do mês de fevereiro de 2020 até o mês de outubro de 2020, quando conseguiu realizar 
nova locação. 
 
DO DIREITO 
 
DA RESPONSABILIDADE CIVIL 
As fotografias acostadas demonstram, sem restar qualquer dúvida, a relação de 
causalidade entre o dano e a conduta do Réu. 
 
Conforme acima noticiado, o Autor, por erro e culpa exclusiva do Réu, teve seu imóvel 
destruído, e por ser fonte de sua renda, foi prejudicado, pois ficou sem aluga-lo durante oito 
meses devido ao seu estado. 
 
O art. 927 do Código Civil preceitua: “Aquele que, por ato ilícito 
(art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo. 
 
O Código Civil trata da responsabilidade civil subjetiva que diz que será responsabilizado 
aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, ficará obrigado a repará-lo, responsabilidade 
fundada na culpa, ou seja, haverá obrigação de reparar o dano, contanto que se prove o nexo 
entre o dano e a culpa do agente. 
 
DOS DANOS MATERIAIS 
Reconhecida a responsabilidade do réu é de rigor sua condenação para que repare os 
danos sofridos pelo Autor, em vista do nexo de causalidade entre o fato ocorrido e seu 
resultado. 
 
É cristalino que houve o dano material causado ao Autor, pois o incêndio causado pelo 
réu danificou parte da estrutura da casa, e todo o seu interior, sendo impossível qualquer 
pessoa usufruir do imóvel nas condições em que se encontrava. 
 
Em que pese o ato ilícito cometido pelo réu e a configuração dos danos materiais, bem 
como fatos que afetaram diretamente seu patrimônio em decorrência da necessidade de buscar 
auxilio através das vias judiciais, é devido à recomposição efetiva do Autor. 
 
Ante todo o exposto, face ao ato ilícito cometido pelo réu, que causou o dano de ordem 
material e moral ao Autor, requer a obrigação da reparação de todos os danos causados, 
restando, entretanto, ao mesmo socorrer-se do Poder Judiciário para o fim de ver-se ressarcido 
pelos danos materiais e morais suportados. 
 
Portanto, a título de indenização pelos danos materiais o Autor faz jus ao recebimento do 
valor de todos os reparos realizados conforme notas fiscais anexas. 
 
 
 
DOS DANOS MORAIS 
 
O dano moral é aquele originário da violação que não atinge o patrimônio da pessoa, 
mas sim, impõe-lhe sentimentos de dor, de sofrimento, de tristeza, de rejeição à sua pessoa ou 
à sua família. 
 
O Autor tem direito à indenização do dano moral, pela dor e sofrimento, pela 
indignação, pelo tempo que ficou sem poder alugar o imóvel, pelo total descaso do réu em 
resolver a situação apesar de inúmeras tentativas. 
A doutrina e a jurisprudência pacificaram o entendimento segundo o qual é cabível a 
indenização por dano moral, entendido este como qualquer sofrimento diverso da perda 
patrimonial, ainda que dele não decorra morteou lesão permanente, conforme Súmula 37 do 
STJ. 
 
No caso presente, o dano é considerando in reipsa, isto é, não se faz necessária a prova 
do prejuízo, que é presumido e decorre do próprio fato e da experiência comum. 
Neste mesmo sentido é o entendimento majoritário jurisprudencial sobre a presente 
matéria, vejamos: 
Ação indenizatória. Incêndio em imóvel que se alastra para prédio vizinho. 
Culpa pelo surgimento do incêndio que faz presumir a culpa também pela 
propagação dele. Situação equiparada, ademais, à prevista no artigo 1.311 
da lei civil. Responsabilidade civil que só fica afastada, por isso, no caso de o 
dono do imóvel provar ter havido ocorrência que rompeu o nexo causal. 
Prova em concreto não apresentada. Indenização devida no limite indicado 
no acórdão. Apelação parcialmente provida.(TJ-SP - APL: 
90000174720128260361 SP 9000017-47.2012.8.26.0361,Relator: Arantes 
Theodoro, Data de Julgamento: 09/04/2015, 36ªCâmara de Direito Privado, 
Data de Publicação: 09/04/2015) 
 
O brilhante doutrinador Christino Almeida do Valle em sua obra “Dano Moral”, cita 
entendimento do mestre Pontes de Miranda, que marca o poder e a evolução da ciência jurídica 
“No cômputo das suas substâncias positivas é dúplice a felicidade humana: bens materiais e 
bens espirituais. Daí o surgir do Princípio da ressarcibilidade do dano não patrimonial”. (Dano 
Moral – Edição AIDE 1993 – pág. 75). 
 
A jurisprudência de nossos Tribunais é hoje pacífica no sentido de acolher o dano moral, 
encarando-o, também, como elemento autônomo, independentemente de qualquer reflexo 
patrimonial. 
 
Desta forma, é certo que o Réu deve indenizar o Autor pelos danos morais sofridos, pela 
dor aborrecimento, vexame, constrangimento, sentimentos e sensações negativas, motivo pelo 
qual deve receber decorrente da conduta que o fez sofrer no valor de 10 salários mínimos, 
 
para o fim de desestimular o causador a agir da forma que agiu e que conforte o Autor, 
observando assim os limites da razoabilidade e ponderação. 
 
DOS PEDIDOS 
Diante de todo o exposto, sendo de direito e de justiça, requer a Vossa Excelência que julgue 
TOTALMENTE PROCEDENTE OS PEDIDOS DA PRESENTE AÇÃO, determinando: 
a) seja a presente ação recebida e determinada a citação do Réu para, querendo, contestar a 
presente ação no prazo legal, sob pena de revelia e, ainda, confissão da matéria fática; 
b) a condenação do Réu a título de reparação por danos morais no valor de 10 salários 
mínimos; à reparação por danos materiais no importe de R$ 8.400,00; o pagamento dos lucros 
cessantes, estes representados pelos aluguéis que seriam auferidos pela locação do imóvel 
referente a 8 meses, no valor de R$20.000,00, corrigidos até a data do efetivo pagamento; 
c) que todos os valores, objetos da condenação acima pleiteados, sejam acrescidos de correção 
monetária, juros e honorários advocatícios; 
d) a condenação do Réu ao pagamento dos honorários advocatícios à base de 20% sobre o 
valor da condenação, bem como o pagamento das custas e demais encargos processuais, 
acrescidos de juros e correção monetária, julgando, ao final, procedente o presente pedido. 
 
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos. 
 
Dá-se a causa o valor de R$ 38.790,00. 
 
Termos em que, 
espera deferimento. 
 
Rio de janeiro, 26 de novembro de 2020 
 
 
Justo Janse 
OAB/RJ 0145 
 
 
 
 
 
Questões conceituais. 
1- PETIÇÃO INICIAL-É a peça inaugural do processo; é o meio pelo qual o juiz toma conhecimento 
do fato constitutivo do direito alegado pelo autor. 
2- O processo se forma por iniciativa da parte e, logo após, segue seu curso por impulso oficial do 
juiz. Isso significa que, como regra, o juiz não pode agir de ofício. Como o juiz é inerte, vale para 
as partes o chamado princípio dispositivo. A partir daí, cabe ao magistrado impulsionar o 
processo, evitando que ele fique paralisado e, com isso, seja comprometido o princípio da duração 
razoável do processo. 
3- O processo é o meio pelo qual se exerce a jurisdição e, por esse motivo, é dito o instrumento da 
jurisdição. O processo é dividido em duas modalidades: 
i) cognição – pela qual se busca a certeza do direito por meio da averiguação e da declaração lato 
sensu e; 
ii) execução – por meio da qual a certeza do direito já foi preestabelecida em lei, servindo o processo 
como forma de compelir a parte devedora da obrigação a cumprir o constante do título 
executivo. 
 
 
RESPONDA AS QUESTÕES DE ACORDO COM A PETIÇÃO INICIAL APRESENTADA. 
 
1-No que tange a COMPETÊNCIA apresentada na petição inicial é correto afirmar que está eivada de 
erros? JUSTIFIQUE E FUNDAMENTE FAZENDOALUSÃO SE FOR O CASO A ABSOLUTA OU 
RELATIVA (2.0) 
“AO JUÍZO DA VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO 
DO RIO DE JANEIRO” 
 
2-Em relação ao tópico apresentado na petição inicial: “DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E 
MEDIAÇÃO”. Indaga-se: “ É possível mediar ou conciliar após a propositura da ação (provocada a 
jurisdição)?(1.0) JUSTIFIQUE E FUNDAMENTE com fulcro nas normas fundamentais do processo 
civil(CPC) 
3- Quais são os ELEMENTOS DA AÇÃO elencados na petição inicial (identifique, sob pena de não ser 
pontuada a questão)? Qual é a importância da identificação?(2.0) 
4-Sendo Caren dos Santos citada para integrar a relação jurídica processual, na qualidade de seu advogado, 
qual alegação PROCESSUAL deveria apresentar em sua defesa? (1.0) JUSTIFIQUE E FUNDAMENTE 
5-O ministério público deverá intervir no feito? (1.0) JUSTIFIQUE E FUNDAMENTE 
6- Supondo que ao receber essa petição inicial o magistrado intime o autor para realizar a emenda (art. 
321 do CPC), no prazo de 15 dias, alegando estar ausente a causa de pedir, conforme artigo 319 do 
CPC. O autor queda-se inerte, deixando transcorrer o prazo sem cumprir a decisão. Diante do exposto 
o magistrado julga extinto sem resolver o mérito. Assiste razão ao magistrado? (1.0)JUSTIFIQUE E 
FUNDAMENTE

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