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MODELO PRÁTICA JURÍDICA - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS^J MORAIS E ESTÉTICOS

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ADVOGADOS ASSOCIADOS 
A D V O C A C I A 
 
 
 
RUA CARLOS III, Nº 135, ED. EMPRESARIAL WALL STREET, SALAS 1004/1008, JARDIM BRASIL, NESTA CAPITAL. 
CEP: 41.442-23 – TELEFONE: 55 (71) 3340-2246 – EMAIL: UNEBASSOCIADOS@HOTMAIL.COM- 
SALVADOR-BAHIA-BRASIL. 
 
 
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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ VARA 
DO SISTEMA DE JUIZADOS ESPECIAIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA 
COMARCA DE SALVADOR, ESTADO DA BAHIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARTA DO NASCIMENTO SOUZA BATISTA, brasileira, solteira, dentista, portadora da 
Cédula de Identidade (RG) n° 15886994-12, expedida pela SSP/BA, inscrita no CPF/MF sob o 
n° 023.445.403-56, residente e domiciliada nesta Capital, à Rua Almirante Barbosa, número 144, 
Costa Azul, CEP: 43.443-51, endereço eletrônico martansb@hotmail.com, tel: (71) 99188-4567, 
(71) 3240-65751, por intermédio de seu advogado no final assinado, devidamente constituído 
pelo instrumento de mandato em anexo, com escritório nesta Capital, cujo endereço segue 
constante do rodapé da presente, onde devem ser encaminhadas as notificações de praxe, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor a presente 
 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS, MORAIS E ESTÉTICOS 
 
em face de JOÃO PEDRO DE ARAÚJO, brasileiro, solteiro, médico, inscrito no CRM/BA nº 
430443, inscrito no CPF do MF sob número 325.550.532-78, com endereço profissional 
localizado na Rua Coronel Antônio Rebouças, número 144, Camaçari, neste Estado, endereço 
eletrônico jpesteticaesaude@yahoo.com.br, tel: (71) 98274-8567, (71) 3345-53922, pelos 
motivos de fato e de direto a seguir expostos: 
 
 
DOS FATOS 
 
A Requerente, no dia 25/02/2014, realizou uma cirurgia redutora de mamas, na clínica particular 
Estética & Saúde, localizada na Rua Senhor do Bonfim, nº 155, Camaçari, neste Estado, 
pertencente ao requerido, este responsável pelo mencionado procedimento. 
 
1 Dados fictícios 
2 Dados fictícios 
mailto:unebassociados@hotmail.com-
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CEP: 41.442-23 – TELEFONE: 55 (71) 3340-2246 – EMAIL: UNEBASSOCIADOS@HOTMAIL.COM- 
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Após realizada a cirurgia, em virtude de uma evidente e inequívoca má prestação de serviço, 
acarretou na perda do mamilo da mama esquerda da paciente, resultando em uma cicatrização 
em tamanho superior ao informado nas diversas consultas preparatórias da intervenção. 
 
Não obstante à perda do mamilo, o procedimento acarretou queimaduras que deixaram grandes 
sequelas na parte superior da mama direita, afetando assim, outra parte do corpo da paciente que 
em momento alguma deveria ter sofrido qualquer intervenção. 
 
A Requerente, na fase de curativos, e posterior cicatrização, foi conformada pelo Requerido, de 
que as sequelas desapareceriam no intervalo de dois anos!!! Um tremendo absurdo, deixando 
também subentendido que o mamilo esquerdo seria restaurado. 
 
Marta, abalada e muito triste com o acontecido, nada mais a restava senão cumprir com as 
orientações médicas. Ocorre que com todas as diligências e cuidados necessários, não houve 
melhora no quadro da paciente, e sim uma expressiva piora nas sequelas. 
 
As marcas ficaram mais visíveis durante os dois anos de espera, o que claramente lhe privou de 
muitos momentos de sua vida íntima e pessoal. A Requerente não mais frequentava os lugares 
habituais como praias, cinemas, shoppings, entre outros, permanecendo reclusa em grande parte 
desse período. 
 
Ora Vossa Excelência, que tamanho absurdo!!! A Requerente privou-se de sua liberdade, direito 
este assegurado pela nossa Carta Magna, por uma conduta única e exclusiva da Ré. 
 
Sabemos que a relação entre médico e paciente, não pode ser vista apenas como uma relação 
comercial. O médico, ao exercer sua atividade, cumpre uma grande função social, buscando o 
bem-estar do paciente através de seus conhecimentos técnicos. 
 
Todos nós sabemos que a cirurgia estética deixou de ser somente uma questão meramente de 
aparência. As pessoas buscam a cirurgia plástica com o objetivo de pôr fim, ou mesmo de 
melhorar um defeito físico que agride o seu íntimo e lhe causa constrangimento e 
insegurança. Desse modo, a responsabilidade do cirurgião plástico vai além daquela 
estabelecida pela lei, pois ele assume um dever moral de cuidado e respeito. 
 
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O que se percebe é que a conduta lesiva do Requerido não só não cumpriu com sua função, mas 
também piorou um defeito físico existente na paciente, causando-lhe ainda mais constrangimento 
e insegurança!!! Que tristeza. 
 
Com essa rotina de exclusão social, Marta enfrentou diversos transtornos psicológicos, como a 
depressão e a baixa autoestima, inúmeras perdas sociais e profissionais. O que era para ser uma 
melhora em sua vida íntima se tornou em um pesadelo que está afetando a vida da Requerente de 
uma forma injusta e negativa. 
 
O que se vê V. Exª., é um caso de tamanha abusividade. Diante do exposto, não há outra solução 
senão incitar o Poder Judiciário para a prestação da tutela jurisdicional imprescindível para a 
solução deste conflito, de forma justa e coerente com todos os fatos narrados aqui. 
 
 
DA NATUREZA CONSUMERISTA DA RELAÇÃO ENTRE AS PARTES. 
 
Ab initio, deve-se ressaltar que a relação travada entre as partes se trata de típica relação de 
consumo, enquadrando-se o Réu no conceito de fornecedor, e a Requerente no de consumidor. 
Tem-se que o contrato firmado entre as partes se traduz em uma relação de consumo, impondo-
se a aplicação das regras do Código de Defesa do Consumidor. 
 
No caso dos autos, resta caracterizado como consumidor (art. 2º do CDC) a Autora, porquanto, 
tenha contratado o Réu referente ao serviço da cirurgia estética mencionada. Neste sentido, o 
conceito jurídico de consumidor: 
 
ART. 2º: CONSUMIDOR É TODA PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA QUE ADQUIRE OU 
UTILIZA PRODUTO OU SERVIÇO COMO DESTINATÁRIO FINAL. 
 
PARÁGRAFO ÚNICO: EQUIPARA-SE AO CONSUMIDOR A COLETIVIDADE DE 
PESSOAS, AINDA QUE INDETERMINÁVEIS, QUE HAJA INTERVIDO NAS RELAÇÕES DE 
CONSUMO. (GRIFOS NOSSOS). 
 
Por sua vez, também é cristalino que o Réu é pessoa física que se enquadra na relação de 
consumo como fornecedor (art. 3º, caput), visto que atua no ramo da medicina, promovendo a 
cirurgias plásticas estéticas. Nesta linha o texto legal: 
 
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ART. 3º: FORNECEDOR É TODA PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA, PÚBLICA OU 
PRIVADA, NACIONAL OU ESTRANGEIRA, BEM COMO OS ENTES 
DESPERSONALIZADOS, QUE DESENVOLVEM ATIVIDADE DE PRODUÇÃO, 
MONTAGEM, CRIAÇÃO CONSTRUÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, IMPORTAÇÃO, 
EXPORTAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO OU COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS OU 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. 
§ 1º PRODUTO É QUALQUER BEM, MÓVEL OU IMÓVEL, MATERIAL OU IMATERIAL. 
§ 2º SERVIÇO É QUALQUER ATIVIDADE FORNECIDA NO MERCADO DE CONSUMO, 
MEDIANTE REMUNERAÇÃO, INCLUSIVE AS DE NATUREZA BANCÁRIA, FINANCEIRA, 
DE CRÉDITO E SECURITÁRIA, SALVO AS DECORRENTES DAS RELAÇÕES DE 
CARÁTER TRABALHISTA. (GRIFOS NOSSOS). 
 
Comefeito, o CDC também protege os consumidores através da possibilidade da aplicação das 
normas jurídicas favoráveis ao consumidor das mais diversas esferas do ordenamento, quer elas 
estejam inseridas no CDC, quer não (é o que a doutrina pós-moderna disciplina mediante a 
“Teoria do Diálogo das Fontes”). 
 
Decerto, a atividade econômica deve ser estimulada em um país centrado no sistema capitalista, 
contudo, deve ser combatido o capitalismo irresponsável, que se dá quando a atividade 
econômica se mostra danosa aos hipossuficientes constitucionais. Tal proteção é a configuração 
do princípio fundamental da igualdade, em seu viés substancial. 
 
Aplicando na esfera infraconstitucional a norma da igualdade, o Código de Defesa do 
consumidor, centrado na eticidade e na boa-fé objetiva, disciplina o tema: 
 
ART. 4º. A POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO TEM POR OBJETIVO O 
ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES DOS CONSUMIDORES, O RESPEITO À SUA 
DIGNIDADE, SAÚDE E SEGURANÇA, A PROTEÇÃO SE SEUS INTERESSES 
ECONÔMICOS, A MELHORIA DA SUA QUALIDADE DE VIDA, BEM COMO A 
TRANSPARÊNCIA E HARMONIA DAS RELAÇÕES DE CONSUMO, ATENDIDOS OS 
SEGUINTES PRINCÍPIOS: 
(...) 
III – HARMONIZAÇÃO DOS INTERESSES DOS PARTICIPANTES DAS RELAÇÕES DE 
CONSUMO E COMPATIBILIZAÇÃO DA PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR COM A 
NECESSIDADE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO, DE MODO A 
VIABILIZAR OS PRINCÍPIOS NOS QUAIS SE FUNDA A ORDEM ECONÔMICA (ART. 170, 
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL), SEMPRE COM BASE NA BOA-FÉ E EQUILÍBRIO NAS 
RELAÇÕES ENTRE CONSUMIDORES E FORNECEDORES. 
 
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Aplica-se ao presente processo o PRICÍPIO DA HIPOSSUFICIÊNCIA (art. 6º, inciso VIII, do 
CDC). Ao contrário do que ocorre com a vulnerabilidade, a hipossuficiência é um conceito fático 
e não jurídico. 
 
A hipossuficiência pode ser técnica, pelo desconhecimento em relação ao produto ou serviço 
adquirido, sendo essa a sua natureza perceptível na maioria dos casos. Também caracteriza 
hipossuficiência a situação jurídica que impede o consumidor de obter a prova que se tornaria 
indispensável para responsabilizar o fornecedor pelo dano verificado. 
 
Destarte, requer o reconhecimento da hipossuficiência econômica (que é evidente, diante da clara 
disparidade financeira entre as partes litigantes), técnica e material entre as partes e a aplicação 
do CDC ao caso concreto com todas as suas implicações práticas, em especial: 
 
1- A inversão do ônus da prova; 
2- Aplicação da responsabilidade objetiva do fornecedor, corolário do PRICÍPIO DA 
REPARAÇÃO INTEGRAL DOS DANOS (Art. 6º inciso VI do CDC); 
3- A aplicação do PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO CONTRATUAL MAIS 
FAVORÁVEL AO CONSUMIDOR (art. 47 do CDC); 
4- Aplicação da “Teoria do Diálogo das Fontes”, de forma a possibilitar a observância da 
norma jurídica mais favorável ao consumidor, esteja esta norma regrada no CDC ou não; e 
5- Todas as disposições legais aplicáveis à defesa do consumidor com base no princípio 
constitucional da igualdade material. 
 
 
DO DIREITO 
 
1. DA RESPONSABILIDADE CIVIL 
A responsabilidade civil está baseada na prática de uma atividade ilícita, ou seja, contrária à 
ordem jurídica. Assim, quando alguém fere um dever imposto pelo direito, causando danos a 
outrem, surge a obrigação de reparar o prejuízo sofrido por um terceiro. Portanto, aquele que age 
ilicitamente assume a sanção de responder por seus atos. 
 
SILVIO RODRIGUES entende a responsabilidade civil como sendo: 
 
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 “A OBRIGAÇÃO QUE PODE INCUMBIR UMA PESSOA A REPARAR O PREJUÍZO 
CAUSADO A OUTRA, POR FATO PRÓPRIO, OU POR FATO DE PESSOAS OU COISAS QUE 
DELA DEPENDAM”. 
 
Desse modo, a responsabilidade civil surge como um dever de reparar o dano causado a terceiro, 
ou seja, trata-se de uma consequência em razão de um mau comportamento. 
 
É de ciência do ramo jurídico que a responsabilidade civil nasce a partir da conjunção dos 
elementos caracterizados como ação ou omissão, dano e nexo causal. Na ausência de qualquer 
um desses pressupostos, a obrigação de indenizar torna-se inexigível, exceto no caso da 
responsabilidade objetivo, onde não se analisa o fator culpa. 
 
No caso ora em tela, é visível a união dos elementos necessários para a imputação da 
responsabilidade civil, que será especificada adiante. 
 
A responsabilidade civil surge da conduta humana voluntária contrária à ordem jurídica. A 
essência da conduta humana está na voluntariedade, isto é, a liberdade de escolha do agente 
inimputável, com o discernimento necessário para ter consciência daquilo que faz. 
 
O Requerido, a ele deve ser atribuído a responsabilidade pelas consequências de seus atos pois 
ele quem podia e devia ter agido de outro modo. 
 
É visível a relação existente entre o fato praticado pelo agente e o prejuízo experimentado pela 
vítima, vez que a cirurgia redutora de mamas foi realizada pelo Requerido de forma consciente 
que resultou nos danos mostrados. 
 
O dano é patente, de clareza solar, observando simplesmente o os danos visíveis existentes no 
corpo da Requerente. 
 
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Além disso, a responsabilidade civil pode ser subjetiva ou objetiva. A primeira é baseada na 
teoria da culpa, que considera a culpa como principal fundamento da responsabilidade civil. Se 
não há culpa, não há responsabilidade. Desse modo, a prova da culpa é essencial para que o dano 
seja indenizável. Portanto, a vítima somente terá direito à reparação do dano se provar a culpa do 
agente. Já a segunda é aquela que não leva em consideração o fator culpa para determinar a 
responsabilidade civil. Já a segunda (responsabilidade objetiva) independe de culpa, pois se 
satisfaz com o dano e o nexo de causalidade. Essa responsabilidade tem como base a teoria do 
risco que pressupõe que todo dano é indenizável, independentemente de culpa. Sendo assim, a 
culpa do agente não precisa ser provada para que ele tenha que reparar o dano causado. 
 
2. DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO/CIRURGIA PLÁSTICA ESTÉTICA 
 
 
O médico é aquele profissional que possui habilitação universitária para o exercício da medicina, 
obtida em uma faculdade médica reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura 
 
Segundo LUIZA CHAVES VIEIRA, a medicina enquanto: 
 
“PROFISSÃO QUE PENETRA NA INTIMIDADE DA VIDA DO INDIVÍDUO E SE ESTENDE À 
COLETIVIDADE, NECESSITA DE UM GRANDE APOIO JURÍDICO QUE LHE DÊ 
SEGURANÇA E GARANTIA NO EXERCÍCIO DE SUA ATIVIDADE”. 
 
Hoje não resta dúvida de que a responsabilidade médica é contratual e subjetiva. Contratual 
porque há uma relação de consumo entre o médico e seu paciente, ou seja, o médico é um 
prestador de serviços e o paciente é o destinatário final desses serviços. E trata-se de 
responsabilidade subjetiva porque exige prova de culpa por parte do paciente e de seus familiares 
no caso de negligência, imprudência ou imperícia do médico. 
 
Para que a responsabilidade por dano causado a paciente em razão de atuação profissional seja 
configurada, deve haver provas que demonstrem que o eventodanoso se deu em função de 
imprudência, negligência ou imperícia, resultando num erro grosseiro por parte do médico. 
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Portanto, em casos de danos e sequelas decorrentes da má atuação do médico, é imprescindível a 
prova de culpa do profissional. 
 
Ocorre que o caso ora em tela foge da regra aplicada a responsabilidade subjetiva do médico, 
pois trata-se de uma cirurgia plástica estética, no qual é entendida como aquela que: 
 
“É PRATICADA PARA MELHORAR A APARÊNCIA OU ATENUAR AS IMPERFEIÇÕES 
DO CORPO
3”. 
 
Como enfatiza TERESA ANCONA LOPEZ, essa modalidade de cirurgia plástica é 
considerada: 
 
“RAMO DA MEDICINA HOJE EM DIA EM FRANCO DESENVOLVIMENTO É O QUE DIZ 
RESPEITO ÀS OPERAÇÕES QUE VISAM MELHORAR A APARÊNCIA EXTERNA DE 
ALGUÉM, ISTO É, TEM POR OBJETIVO O EMBELEZAMENTO DA PESSOA HUMANA. 
SÃO AS OPERAÇÕES ESTÉTICAS OU COSMÉTICAS. TAIS INTERVENÇÕES FORAM 
MUITO COMBATIDAS NO PASSADO E, HOJE, APESAR DE ACEITAS, A 
RESPONSABILIDADE PELOS DANOS PRODUZIDOS POR ELAS É VISTA COM MUITO 
MAIOR RIGOR QUE NAS OPERAÇÕES NECESSÁRIAS À SAÚDE OU À VIDA DO 
DOENTE”. 
 
A cirurgia plástica meramente estética não possui caráter emergencial, já que o paciente se 
encontra sadio e bem boa saúde e procura o médico para apenas melhorar algum “defeito físico”. 
 
NA VERDADE, QUANDO ALGUÉM, QUE ESTÁ, MUITO BEM DE SAÚDE, PROCURA UM 
MÉDICO SOMENTE PARA MELHORAR ALGUM ASPECTO SEU, QUE CONSIDERA 
DESAGRADÁVEL, QUER EXATAMENTE ESSE RESULTADO, NÃO APENAS QUE 
AQUELE PROFISSIONAL DESEMPENHE SEU TRABALHO COM DILIGÊNCIA E 
CONHECIMENTO CIENTÍFICO. CASO CONTRÁRIO, NÃO ADIANTARIA ARRISCAR-SE 
A GASTAR DINHEIRO POR NADA. EM OUTRAS PALAVRAS, NINGUÉM SE SUBMETE 
 
3 RIZZARDO, Arnaldo. Responsabilidade Civil. 4ª edição. Rio de Janeiro: Editora Forense, 
2009. p. 345. 
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A UMA OPERAÇÃO PLÁSTICA SE NÃO FOR PARA OBTER UM DETERMINADO 
RESULTADO, ISTO É, A MELHORIA DE UMA SITUAÇÃO QUE PODE SER, ATÉ 
AQUELE MOMENTO, MOTIVO DE TRISTEZAS.4 
 
Percebe-se claramente que o motivo que levou a Requerente Marta procurar a referida clínica foi 
unicamente melhorar uma parte de seu corpo que lhe incomodava, desejando exclusivamente o 
resultado pretendido e prometido por João. 
 
Nesse tipo de cirurgia plástica a obrigação assumida pelo médico é de resultado, pois ele se 
compromete a chegar ao resultado acertado anteriormente em seu consultório. 
 
Em relação às cirurgias plásticas com o objetivo meramente estético, é imprescindível fazer a 
distinção entre a cirurgia em que o médico apenas não obteve o resultado prometido e 
contratado, daquela na qual o procedimento cirúrgico além de não atingir o resultado pretendido, 
causou um agravamento ou uma lesão estética ao paciente. 
 
No primeiro caso, se o resultado prometido não foi alcançado pelo médico, mas ele não agravou 
a situação da vítima, ou seja, mantido o status quo ante, o médico terá a obrigação de apenas 
restituir-lhe aquilo que ele pagou pelo serviço. 
 
Já na hipótese de a cirurgia, além de não atingir o resultado querido e acertado anteriormente no 
contrato, agravar o estado do paciente, criando dano estético ou agravando o “defeito físico” 
existente, além de o médico devolver o valor pago pelo serviço contratado, deverá submeter o 
paciente a uma nova cirurgia, com o objetivo de corrigir dano que causou. Entretanto, o cliente 
tem o direito de pedir para outro profissional de sua confiança para realizar a cirurgia reparadora, 
custeada pelo médico causador da anomalia. 
 
 
4 LOPEZ, Teresa Ancona. O Dano Estético. 3ª edição. São Paulo: Editora Revista dos 
Tribunais, 2004. pp. 119-120 
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Contudo, no caso de o defeito não for passível de correção e se tornar definitivo, o médico 
responsável, além de devolver o que recebeu, tem a obrigação de indenizar a vítima pelo prejuízo 
estético e moral que ocasionou, levando em consideração tudo que esse defeito possa vir a causar 
no seu portador, sob o aspecto moral, psicológico, social e profissional. 
 
Ora Vossa Excelência, além do objeto almejado não ter se concretizado, houve um dano estético 
não existente previamente o que agravou ainda mais o estado da paciente, causando danos 
irreversíveis para a mesma. 
 
3. DAS OBRIGAÇÕES DE RESULTADO. 
 
Há casos em que o médico não se limita ao acompanhamento do paciente com todos os deveres 
de cautela e se compromete a chegar a um certo objetivo. 
 
Nessa situação, a obrigação do médico será de resultado. Na ausência do resultado pretendido 
fica caracterizado o descumprimento contratual por parte do médico. A cirurgia plástica estética 
é um exemplo em que o médico atua com a obrigação de resultado, sendo este responsabilizado 
caso ocorra o inadimplemento contratual, ou seja, caso o paciente não obtenha o resultado 
anteriormente acertado. 
 
É majoritariamente aceito no entendimento Pátrio a configuração da responsabilidade do médico 
no caso ora em tela como objetiva, conforme se depreende dos ensinamentos abaixo 
colacionados: 
 
RUI STOCO afirma que: 
"O QUE IMPENDE CONSIDERAR É QUE O PROFISSIONAL NA ÁREA DE CIRURGIA 
PLÁSTICA, NOS DIAS ATUAIS, PROMETE UM DETERMINADO RESULTADO (ALIÁS, 
ESSA É A SUA ATIVIDADE-FIM), PREVENDO, INCLUSIVE COM DETALHES, ESSE NOVO 
RESULTADO ESTÉTICO PROCURADO. ALGUNS UTILIZAM-SE MESMO DE 
PROGRAMAS DE COMPUTADOR QUE PROJETA A NOVA IMAGEM (NARIZ, BOCA, 
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OLHOS, SEIOS, NÁDEGAS, ETC.), ATRAVÉS DE MONTAGEM, ESCOLHIDA NA TELA DO 
COMPUTADOR OU NA IMPRESSORA, PARA QUE O CLIENTE DECIDA. ESTABELECE-
SE, SEM DÚVIDA, ENTRE MÉDICO E PACIENTE, RELAÇÃO CONTRATUAL DE 
RESULTADO QUE DEVE SER HONRADA. PORTANTO, PACTA SUND SERVANDA." 
 
 
MIGUEL KFOURI NETO leciona que: 
“A CIRURGIA DE CARÁTER ESTRITAMENTE ESTÉTICO, NA QUAL O PACIENTE VISA A 
TORNAR SEU NARIZ, POR EXEMPLO – QUE DE MODO ALGUM DESTOA DA HARMONIA 
DE SUAS FEIÇÕES -, AINDA MAIS FORMOSO, CONSIDERANDO, POR VEZES, UM 
MODELO IDEAL DE BELEZA ESTÉTICA. NESTE CASO, ONDE SE EXPÕE O PACIENTE 
A RISCOS DE CERTA GRAVIDADE, O MÉDICO SE OBRIGA A UM RESULTADO 
DETERMINADO E SE SUBMETE À PRESUNÇÃO DE CULPA CORRESPONDENTE E AO 
ÔNUS DA PROVA PARA EXIMIR-SE DA RESPONSABILIDADE PELO DANO 
EVENTUALMENTE DECORRENTE DA INTERVENÇÃO. (A JURISPRUDÊNCIA 
ALIENÍGENA REGISTRA CASO DE CIRURGIÃO QUE, NO PROPÓSITO DE CORRIGIR A 
LINHA DO NARIZ, TERMINOU POR AMPUTAR PARTE DO ÓRGÃO)". 
 
 
Vossa Excelência, resta claro, portanto, que a obrigação do médico na cirurgia plástica 
meramente estética é de resultado, pois ninguém em sã consciência se submete aos riscos de uma 
cirurgia, nem se dispõe a fazer elevados gastos para ficar mais feio do que já era, ou com a 
mesma aparência. 
 
4. DO DEVER DE INDENIZAR. 
 
4.1. DO DANO MATERIALOs danos materiais podem ser configurados por uma despesa que foi gerada por uma ação, ou 
ainda, pelo que se deixou de auferir em razão de tal conduta, caracterizando a necessidade de 
reparação e ressarcimento material diante da má prestação do serviço por parte do requerido. 
 
A ilustre jurista Maria Helena Diniz nos ensina que: 
 
“ (...)o dano patrimonial mede-se pela diferença entre o valor atual do patrimônio 
da vítima e aquele que teria, mesmo se não houvesse a lesão. O dano, portanto, 
estabelece pelo confronto entre o patrimônio realmente existente após o prejuízo 
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e o que provavelmente existiria se a lesão não tivesse produzido o dano 
correspondente a perda de um valor patrimonial, pecuniariamente determinado. 
O dano patrimonial abrange, como se infere o disposto do Código Civil, não só o 
dano emergente (o que o lesado efetivamente perdeu) mas também o lucro 
cessante (o aumento que seu patrimônio teria, mas deixou de ter, em razão do 
evento danoso). ” - (Maria Helena Diniz – Curso de Direito Civil, 7º vol. Ed. 
2ª, pg. 55/56.) 
 
No caso em tela, a Autora experimentou prejuízos materiais que poderiam ter sido evitados se o 
cirurgião médico demandado tivesse cumprido a devida melhora prometida após o procedimento 
de redução mamária e durante os 02 (dois) anos que equivalem ao tempo de “recuperação” 
estipulado pela parte ré. 
 
Em decorrência da negligência do Requerido, o Requerente foi obrigado a arcar com diversas 
despesas de cunho material, dentre elas: 
 
I) A restituição do montante de RS 10.000,00 (DEZ MIL REAIS) gasto no procedimento 
cirúrgico que não alcançou o objetivo esperado e ainda lhe trouxe inúmeros danos; Em anexo o 
comprovante. 
 
II) Todo montante de 60.000,00 (SESSENTA MIL REAIS) gasto em medicamentos, tratamentos, 
consultas referente ao intervalo de 2 anos considerados imprescindíveis a fase curativa pelo 
requerido; onde a requerente teve que arcar com exames laboratoriais, adquirir inúmeros 
medicamentos para o tratamento das cicatrizes e queimações desde pomadas, filtro solares, 
sessões a laser e todos gastos pré e pós operatório ; Conforme comprovante das faturas e fotos em 
anexo; 
 
III) A indenização material compreende a reposição de tudo quanto a vítima perdeu, como 
também tudo quanto ficou impedida de ganhar (lucros cessantes). A impossibilidade de exercer 
seu trabalho, visto que desde a realização do procedimento cirúrgico e da perda do seio, a autora 
encontra-se reclusa; foi obrigado a abandonar suas atividades profissionais por um período de (24) 
meses, aproximadamente, deixando de perceber seu salário no valor de R$ (8,000,00)(OITO MIL 
REAIS), que anteriormente recebia mensalmente, devendo ser ressarcida no montante de 
192,000,00 (cento e noventa e dois mil reais). 
 
IV) A necessidade de tratamento psicológico pós operatórios, pois após a má prestação do serviço 
o procedimento cirúrgico não apresentou o resultado almejado, levando a autora a um quadro de 
depressão associado a transtorno de ansiedade; a mesma foi obrigada a arcar com sessões de 
terapia e acompanhamento psicológico mensal além de medicação ao longo desses 24 meses que 
lhe custaram o montante de 48.000,00 (quarenta e oito mil reais) 
 
 
- R$600,00/ mensais - Sessão de Terapia Ocupacional (montante: 14.400,00); 
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- R$ 700,00/mensais - Sessão de LASER (montante: 16.800,00); 
- R$ 1200,00/mensais - Consulta médica Psicóloga e Psiquiatra (montante: 28.800,00); 
- R$ 800,000/ bimestrais - Peelings (montante: 9.600,00); 
- R$ 10.000,00 - Recibo Bancário Cirurgia (montante: 10.000,00); 
- R$2.800,00 - Medicamentos Farmácia para tratamento das Cicatrizes e Queimaduras(montante: 
2.800,00); 
- R$ 6.000,00 - Exames realizados no Laboratório de Análises Clinicas Pré cirúrgico(montante: 
6.000,00); 
- R$ 10.000,00 - Medicamentos Farmácia para Tratamento Pré e Pós Cirúrgico (montante: 
10.000,00); 
-R$ 4.800,00 - Medicamentos Farmácia para Tratamento Psicológico (montante: 4.800,00); 
- R$ 4.000,000 - Exames realizados no Laboratório de Análises Clinicas Pós Cirúrgico (montante: 
4.000,00); 
- R$ 900,00/bimestrais - Sessões de injeção corticosteroide. (montante: 10.800,00); 
- R$ 192.000,000 - Salário de 24 Meses (montante: 192,000,00); 
 
Com isso cabe indenização por perdas e danos no equivalente ao prejuízo que o Requerente 
suportou, em razão do Requerido ter faltado ao cumprimento do que estava obrigado. 
 
O direito à reparação destes danos está expressamente previsto nos dispositivos legais, como o 
Código Civil em vigor, o Código de Defesa do Consumidor; 
 
"Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
 
A verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade regulam-se pelo 
disposto neste Código, arts. 927 a 954." 
 
De acordo com os artigos 39 e 40, ambos do CDC, e artigos 46 e 90, do Código de Ética Médica. 
Se após a cirurgia a paciente notar que o resultado não atingiu o fim esperado, foi mal feito ou 
lhe causou danos estéticos, a solução é contratar um advogado e exigir na Justiça: 
 
1º) o reembolso das despesas no total de RS 310.000,00 que teve; 
 
2º) o custeio de uma nova cirurgia; 
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É cediço na doutrina pátria conforme serão destacados a seguir: 
 
 "A reparação das perdas e danos abrangerá, então, a restauração do que o credor 
perdeu e a composição do que deixou razoavelmente de ganhar, apurado segundo 
um juízo de probabilidade." (Instituições de Direito Civil, vol. II, 5ª ed, pág. 238; 
Caio Mário da Silva Pereira) 
 
É, contudo, cabível a cumulação de danos morais com patrimoniais, como 
preceitua a doutrina. 
 
"Um único ato ilícito pode ensejar a um só tempo o aparecimento do dano moral 
e do patrimonial. Neste caso a indenização acumulada sempre contou com o 
prestígio da jurisprudência e da doutrina". (Ressarcimento de Danos; Antonio 
Lindbergh e C. Montenegro, 2ª ed., pág. 135) 
 
 
Atestam também os Superiores Tribunais que: 
 
"Na indenização de danos materiais decorrentes de ato ilícito cabe a atualização 
de seu valor, utilizando-se, para esse fim, dentre outros critérios, os índices de 
correção monetária" (Súmula 562 do STF) 
 
"O Supremo Tribunal Federal já adotou o entendimento de que a correção 
monetária pode se adotada em ação de indenização por ato ilícito, quer de trate 
de danos pessoais, quer se trate de danos materiais, pois ambos são dívidas de 
valor" (RT, 507:201) 
 
No caso vertente a autora merece indenização por danos materiais, pois fez gastos para a 
realização de um serviço de má prestação, por erro da ré e está arcando com os custos da 
recuperação que não foi satisfatória a autora. 
 
4.2. DANO MORAL. 
 
 
Para o ilustre doutrinador CLAYTON REIS, o dano moral trata-se de uma: 
 
LESÃO QUE ATINGE VALORES FÍSICOS E ESPIRITUAIS, A HONRA, NOSSAS 
IDEOLOGIAS, A PAZ ÍNTIMA, A VIDA NOS SEUS MÚLTIPLOSASPECTOS, A 
PERSONALIDADE DA PESSOA, ENFIM, AQUELA QUE AFETA DE FORMA 
PROFUNDA NÃO OS BENS PATRIMONIAIS, MAS QUE CAUSA FISSURAS NO ÂMAGO 
DO SER, PERTURBANDO-LHE A PAZ DE QUE TODOS NÓS NECESSITAMOS PARA 
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NOS CONDUZIR DE FORMA EQUILIBRADA NOS TORTUOSOS CAMINHOS DA 
EXISTÊNCIA. 5 (GRIFOS NOSSOS). 
 
Note-se, ademais, que a obrigatoriedade de reparar o dano moral está consagrada na Constituição 
Federal, precisamente em seu art. 5º pelo seu inc. X, onde: 
 
SÃO INVIOLÁVEIS A INTIMIDADE, A VIDA PRIVADA, A HONRA E A IMAGEM DAS 
PESSOAS, ASSEGURADO O DIREITO A INDENIZAÇÃO PELO DANO MATERIAL OU 
MORAL DECORRENTE DE SUA VIOLAÇÃO. (GRIFOS NOSSOS). 
 
E O DANO É PATENTE! 
 
No que se refere à aferição do quantum indenizatório, entende-se em maioria doutrinária que 
deve ser levado em conta o grau de compreensão das pessoas sobre os seus direitos e obrigações, 
pois quanto maior, maior será a sua responsabilidade no cometimento de atos ilícitos. E com 
base no preceito de proteção ao hipossuficiente caracterizado pelo contrato de adesão celebrado 
entre as partes, o importante é que a lesada, a principal parte do processo indenizatório seja 
integralmente satisfeito, de forma que a compensação corresponda ao seu direito maculado pela 
conduta lesiva geradora do dano. 
 
Isso leva à conclusão de que diante da disparidade do poder econômico existente entre o Réu e o 
Demandante, mister se faz que o quantum indenizatório corresponda a uma cifra cujo 
montante seja capaz de trazer o devido apenamento à Demandada, e de persuadi-la a 
nunca mais deixar que ocorram tamanhos desmandos contra a pessoa do seu consumidor, 
conforme supra demonstrado. 
 
E, ressalve-se, a importância da indenização vai além do caso concreto, posto que a sentença 
gera precedentes para outros casos semelhantes. Por isso, frise-se, deve haver a correspondente e 
necessária exacerbação do quantum indenizatório, no valor de 20.000,00, tendo em vista a 
gravidade da ofensa a Autora. Ademais, os efeitos sancionadores da sentença só produzirão seus 
efeitos e alcançarão sua finalidade se esse quantum for suficientemente alto a ponto de apenar a 
Demandada e assim coibir que outros casos semelhantes aconteçam. 
 
MARIA HELENA DINIZ, ilustre doutrinadora, ao tratar do dano moral, ressalva que a 
REPARAÇÃO tem sua dupla função, a penal "CONSTITUINDO UMA SANÇÃO IMPOSTA AO 
OFENSOR, VISANDO À DIMINUIÇÃO DE SEU PATRIMÔNIO, PELA INDENIZAÇÃO PAGA AO 
OFENDIDO, VISTO QUE O BEM JURÍDICO DA PESSOA (INTEGRIDADE FÍSICA, MORAL E 
INTELECTUAL) NÃO PODERÁ SER VIOLADO IMPUNEMENTE", e a função satisfatória ou 
compensatória, pois "COMO O DANO MORAL CONSTITUI UM MENOSCABO A INTERESSES 
JURÍDICOS EXTRA PATRIMONIAIS, PROVOCANDO SENTIMENTOS QUE NÃO TÊM PREÇO, A 
 
5 Avaliação do Dano Moral, 1998, ed. Forense 
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REPARAÇÃO PECUNIÁRIA VISA PROPORCIONAR AO PREJUDICADO UMA SATISFAÇÃO QUE 
ATENUE A OFENSA CAUSADA." Daí, a necessidade de observarem-se as condições de ambas as 
partes. 
 
Reforçando este entendimento, O MINISTRO OSCAR CORREA, EM ACÓRDÃO DO STF 
(RTJ 108/287), ao falar sobre dano moral, bem salientou com louvável pertinência a razão do 
porque para toda injusta ofensa moral deve existir uma devida reparação, como se observa a 
seguir: 
 
NÃO SE TRATA DE PECÚNIA DOLORIS, OU PRETIUM DOLORIS, QUE SE NÃO 
PODE AVALIAR E PAGAR; MAS SATISFAÇÃO DE ORDEM MORAL, QUE NÃO 
RESSARCE PREJUÍZO E DANOS E ABALOS E TRIBULAÇÕES IRREVERSÍVEIS, MAS 
REPRESENTA A CONSAGRAÇÃO E O RECONHECIMENTO PELO DIREITO, DO 
VALOR DA IMPORTÂNCIA DESSE BEM, QUE É A CONSIDERAÇÃO MORAL, QUE SE 
DEVE PROTEGER TANTO QUANTO, SENÃO MAIS DO QUE OS BENS MATERIAIS E 
INTERESSES QUE A LEI PROTEGE. (GRIFOS NOSSOS). 
 
 
4.3. DO DANO ESTÉTICO. 
 
Segundo WILSON MELO DA SILVA, o dano estético: 
 
 “NÃO É APENAS O ALEIJÃO, MAS TAMBÉM AS DEFORMIDADES 
OU DEFORMAÇÕES OUTRAS, AS MARCAS E OS DEFEITOS AINDA 
QUE MÍNIMOS, QUE PODEM IMPLICAR, SOB QUALQUER 
ASPECTO, UM ‘AFEAMENTO’, OU QUE PUDESSEM VIR A SE 
CONSTITUIR PARA ELA NUMA SIMPLES LESÃO ‘DESGOSTANTE’ 
OU EM PERMANENTE MOTIVO DE EXPOSIÇÃO AO RIDÍCULO OU 
DE INFERIORIZANTES COMPLEXOS”. 
 
A ocorrência de dano estético é PATENTE no caso da requerente, tendo em vista a perda do 
mamilo da mama esquerda da paciente, que resultou em uma cicatrização em tamanho superior 
ao informado. Não obstante à perda do mamilo, o procedimento acarretou queimaduras que 
deixaram grandes sequelas na parte superior da mama direita, afetando assim, outra parte do 
corpo da paciente que em momento algum deveria ter sofrido qualquer intervenção e após dois 
anos de espera, as marcas ficaram ainda mais evidentes. 
 
A indenização por dano estético tem cabimento, uma vez que está amparada no Código Civil 
pelos seguintes artigos: 
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Art. 949 - No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o 
ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessastes até ao fim da 
convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido." 
 
Art. 950 - Se da ofensa resultar defeito, pelo qual o ofendido não possa exercer o 
seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacitada de trabalho, a indenização, 
além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, 
incluirá uma pensão correspondente à importância do trabalho, para que se 
inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. 
 
Segundo a doutrina atual, o dano estético é tratado da seguinte maneira; 
 
"..., o dano estético acarreta um dano moral. Toda essa situação terá de causar na 
vítima humilhações, tristezas, desgostos, constrangimentos, isto é, a pessoa deverá 
sentir-se diferente do que era - menos feliz. Há, então, um sofrimento moral tendo 
como causa uma ofensa à integridade física e este é o ponto principal do conceito de 
dano estético. 
 
... o dano estético é a lesão a um direito da personalidade - o direito à integridade 
física, especialmente na sua aparência externa. Como todo direito da personalidade, 
qualquer dano que o seu titular possa sofrer vai ter consequências materiais mas 
principalmente, morais e, portanto, não podemos conceber prejuízo estético que não 
seja também prejuízo moral, 
 
... 
 
Em nosso sistema legislativo a responsabilidade é basicamente fundada na culpa e, 
para que haja indenização, é preciso que haja dano mas que esse dano tenha vindo 
de uma ação ou omissão voluntária (dolo) ou de negligência, imprudência ou 
imperícia (culpa em sentido estrito) e que seja provado o nexo de causalidade entre a 
culpa e o dano." (O Dano Estético - Responsabilidade Civil; Teresa Ancona Lopez 
de Magalhães; págs. 23, 28 e 112) 
 
 
Dessa forma, a atividade médica deve ser desempenhada da melhor maneira e com a diligência 
necessária e normal dessa profissão para o melhor resultado, mesmo que este não seja 
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conseguido. O médico cirurgião deve esforçar-se, usar de todos os meios necessários para 
alcançar o objetivo requerido pelo paciente. 
 
Ora, é evidente que o Requerido não procedeu diligentemente, com zelo e com conhecimento 
profissional que lhe era esperado, ao afirmar para a autora que as sequelas desapareceriam no 
intervalo de dois anos e deixando também subentendido que o mamilo esquerdo seria 
restaurado. Desta forma, é necessário que o quantum indenizatório no valor de R$ 20.000,00 
seja estabelecido, para que haja a tentativa da parte autora diminuir os prejuízos causados pela 
parte ré. 
 
 
5. DA INVERSÃO DO ONUS DA PROVA 
 
 
A inversão do ônus da prova zela pelo princípio da igualdade e garante a efetividade dos direitos 
do indivíduo e da coletividade. Tem por finalidade a facilitação dos direitos do consumidor e se 
justifica como uma norma dentre tantas outras previstas no Código de Defesa do Consumidor 
para garantir o equilíbrio da relação de consumo, frente à supracitada vulnerabilidade do 
consumidor. 
 
Quanto à inversão do ônus da prova, diz o artigo 6º, VIII do Código de Defesa do Consumidor: 
 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do 
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, 
for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as 
regras ordinárias de experiência; 
 
A hipótese dos presentes autos é uma relação de consumo típica, envolvendo consumidor e 
fornecedor. Onde a hipossuficiência e a vulnerabilidade são patente com relação à debilidade que 
o Requerente tem face à empresa Requerida. Por outro prisma, está claro que existe 
verossimilhança nas alegações do Requerente contidas na própria documentação anexa à 
presente peça. 
 
Logo Douto Magistrado, diante do exposto com os fundamentos acima pautados, requer o autor 
a inversão do ônus da prova, incumbindo a ré à demonstração de todas as provas. 
 
 
 
DA JURISPRUDÊNCIA 
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CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. CONSUMIDOR. 
CONTRARRAZÕES INTEMPESTIVAS. NÃO APRECIAÇÃO. 
AÇÃO REPARATÓRIA DE DANOS MORAIS, MATERIAIS E 
ESTÉTICOS. CIRURGIA PLÁSTICA ESTÉTICA 
(MAMOPLASTIA COM UTILIZAÇÃO DE PRÓTESES DE 
SILICONE). OBRIGAÇÃO DE RESULTADO. ACENTUAÇÃO 
DE DEFEITO FÍSICO ANTES EXISTENTE. AUSÊNCIA DE 
CONSENTIMENTO INFORMADO. CULPA PRESUMIDA. 
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO PROFISSIONAL 
DEMONSTRADA. CDC, ART. 14, § 4º. CC, ARTS. 186, 187, 
927 E 951. OBRIGAÇÃO DE CUSTEIO DE NOVA 
CIRURGIA. DANO MORAL CONFIGURADO. 
REMANESCÊNCIA DE ASSIMETRIA DAS MAMAS. 
CARACTERIZAÇÃO DO DANO ESTÉTICO. DEVER DE 
INDENIZAR. QUANTUM. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS 
DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. 
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. PARÂMETROS DO ART. 
20 DO CPC RESPEITADOS. SENTENÇA MANTIDA. 
(...) 6. diante da possibilidade de correção, cabível a obrigação 
de fazer consistente no custeio de nova cirurgia plástica por 
profissional a ser escolhido livremente pela autora, diante da 
quebra da confiança que permeia toda relação médido-
paciente, não sendo possível submetê-la ao ônus de ser novamente 
operada pelo réu. 7.o dano moral se relaciona diretamente com os 
prejuízos ocasionados a direitos da personalidade, cuja violação 
afeta diretamente à dignidade do indivíduo e constitui motivação 
suficiente para fundamentar uma ação dessa natureza. 7.1.in casu, o 
dano moral é evidente, pois a autora buscou os trabalhos 
especializados de profissional médico para ter uma melhora em sua 
forma física. se a intervenção cirúrgica provocou maior desconforto 
e descontentamento, acentuando o defeito físico anteriormente 
existente, por óbvio, há abalo a atributos da personalidade (cf, art. 
5º, v e x; cdc, art. 6º, vi). 8.o dano estético, inicialmente, esteve 
ligado às deformidades físicas que provocam aleijão e repugnância. 
aos poucos, passou-se a admitir essa espécie de dano também nos 
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casos de marcas e outros defeitos físicos que causem à vítima 
desgosto ou complexo de inferioridade. 8.1.a deformidade 
evidenciada na assimetria das mamas da autora é causa de dano 
estético, uma vez que representa piora à harmonia física, à higidez 
da saúde psíquica e à incolumidade das formas do corpo, em 
função de um resultado não esperado. mesmo que acobertada pela 
vestimenta, ressalte-se que esta lesão não precisa estar visível para 
todos, bastando que esteja presente na intimidade da vítima. 9.o 
quantum dos prejuízos morais e estéticos, perfeitamente 
acumuláveis (súmula n. 387/stj), deve obedecer a critérios de 
razoabilidade e proporcionalidade, levando-se em conta, além da 
necessidade de reparação dos danos sofridos, as circunstâncias do 
caso, a gravidade do prejuízo, a situação do ofensor, a condição do 
ofendido e a prevenção de comportamentos futuros análogos. o 
valor pecuniário não pode ser fonte de obtenção de vantagem 
indevida, mas também não pode ser irrisório, para não fomentar 
comportamentos irresponsáveis (cc, art. 944). nesse passo, impõe-
se a manutenção dos valores arbitrados na sentença, de r$ 
30.000,00 (trinta mil reais) a título de dano moral e r$ 20.000,00 
(vinte mil reais) a título de dano estético. 10.os honorários 
advocatícios sucumbenciais devem guardar similitude com os 
parâmetros propostos pelo art. 20 do cpc e, sendo estes atendidos, o 
valor fixado em 1º grau, no percentual mínimo de 10%, deve ser 
mantido. 11. recurso conhecido e desprovido. Sentença mantida. 
(TJ-DF - apc: 20100112316318 df 0073438-41.2010.8.07.0001, 
relator: alfeu machado, data de julgamento: 09/07/2014, 1ª turma 
cível, data de publicação: publicado no dje : 15/07/2014 . pág.: 83) 
 
 
DESERÇÃO. COMPROVANTE. INTERNET. INOVAÇÃO 
RECURSAL. AUSÊNCIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. 
INEXISTÊNCIA. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. 1. Possível o 
conhecimento do recurso interposto acompanhado do comprovante 
do pagamento do preparo impresso via Internet. 2. O fato de o 
recorrente trazer argumentos no sentido da capacidade sócio-
econômica das partes, não guarda a pecha de inovação recursal. 3. 
Tratando-se de matéria de direito e de fato para a qual prescindível 
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o elastério probatório, nos termos do artigo 330, inciso I, do Código 
de Processo Civil, correto o julgamento antecipado da lide. 4. O 
vínculo entre médico/clínica e paciente se sujeita ao Código de 
Defesa do Consumidor, o qual fixa no artigo 27 que prescreve em 
cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato 
do produto ou do serviço, iniciando-se a contagem do prazo quando 
ocorre a ciência definitiva da lesão e da extensão do dano sofrido. 
5. A cirurgia plástica nas mamas tem caráter estético, atraindo 
a obrigação de resultado e a aplicação das regras da 
responsabilidade subjetiva com culpa presumida, apenas se 
eximindo oprofissional diante da prova de motivo de força 
maior, caso fortuito ou culpa exclusiva da vítima. 6. Mostram-se 
presentes os elementos da responsabilidade do profissional liberal e 
da clínica, porquanto os atos cirúrgicos causaram deformidades e 
cicatrizes no busto da paciente. 7. A inexecução do contrato em 
face da não obtenção do resultado acarreta prejuízo material ao 
consumidor adimplente que não teve concretizado o objeto 
ajustado, bem como dano moral in re ipsa e estético, sendo 
desnecessária a comprovação dos constrangimentos suportados 
pela vítima. Precedentes. 8. Os sofrimentos suportados pela vítima 
ensejam a fixação de verba indenizatória a título de danos morais e 
estéticos de forma razoável e proporcional. 9. Os juros de mora 
devem incidir desde a citação, conforme determina o artigo 405 do 
Código Civil. Precedentes do col. STJ. 10. Recurso dos réus 
desprovido. Apelo da autora provido. 
(TJ-DF - APC: 20120111942762, Relator: MARIO-ZAM 
BELMIRO, Data de Julgamento: 10/06/2015, 2ª Turma Cível, 
Data de Publicação: Publicado no DJE : 29/06/2015 . Pág.: 78) 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E CONSUMIDOR. RECURSO 
ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MATERIAIS E COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. 
CIRURGIA ESTÉTICA. OBRIGAÇÃO DE RESULTADO. 
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. REGRA DE 
INSTRUÇÃO. ARTIGOS ANALISADOS: 6º, VIII, E 14, CAPUT 
E § 4º, DO CDC. 
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1. Ação de indenização por danos materiais e compensação por 
danos morais, ajuizada em 14.09.2005. Dessa ação foi extraído o 
presente recurso especial, concluso ao Gabinete em 25.06.2013. 
2. Controvérsia acerca da responsabilidade do médico na cirurgia 
estética e da possibilidade de inversão do ônus da prova. 
3. A cirurgia estética é uma obrigação de resultado, pois o 
contratado se compromete a alcançar um resultado específico, 
que constitui o cerne da própria obrigação, sem o que haverá a 
inexecução desta. 
4. Nessas hipóteses, há a presunção de culpa, com inversão do 
ônus da prova. 
5. O uso da técnica adequada na cirurgia estética não é suficiente 
para isentar o médico da culpa pelo não cumprimento de sua 
obrigação. 
6. A jurisprudência da 2ª Seção, após o julgamento do Reps 
802.832/MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, DJe de 
21.09.2011, consolidou-se no sentido de que a inversão do ônus da 
prova constitui regra de instrução, e não de julgamento. 
7. Recurso especial conhecido e provido. 
(REsp 1.395.254/SC, TERCEIRA TURMA, Rel. Ministra NANCY 
ANDRIGHI, julgado em 15/10/2013, DJe de 29/11/2013, grifou-
se) 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
 
Ante o exposto, requer o Autor: 
 
A. A citação do Réu, para que apresente defesa, caso queira, no prazo legal, sob pena das 
cominações legais: revelia e confissão quanto à matéria fática, oportunidade em que 
deverá apresentar o contrato de seguro ora discutido; 
B. A restituição do montante gasto no procedimento cirúrgico e todo período pós operatório, 
o reembolso das despesas que teve e a indenização por uma nova cirugia; 
C. A procedência da ação, para condenar a ré ao pagamento integral R$ 310.000,000 
(dez mil reais) pelos danos materiais experimentados, a importância de R$ 20.000,00 
(vinte mil reais) a título de danos estéticos, com atualização monetária pelo INPC e juros 
moratórios de 1% a contar da citação e R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a título de danos 
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morais, devidamente corrigidos pelo INPC a contar do seu arbitramento, e juros 
moratórios de 1% a contar da citação, acrescido de correção monetária e juros legais, 
mais custas judiciais e verbas honorárias, em patamar não inferior a 20% (vinte por 
cento). 
D. A inversão do ônus da prova, com fulcro no art. 6º, inc. VIII da Lei 8.078/90, tudo sob 
pena de confissão quanto ao aqui alegado. 
 
E. Protesta pelas provas permitidas em direito, em especial a documental, ora colacionada, 
bem como a prova testemunhal. 
 
F. Valor da causa: R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais). 
 
Nestes Termos, pede D E F E R I M E N T O. 
Salvador (BA), 15 de abril de 2020. 
 
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 OAB 
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