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Documento Orientador de Formação no Futebol - Final - Diego Bueno Piaz Kreusch

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DOCUMENTO ORIENTADOR DE FORMAÇÃO NO FUTEBOL 
Diego Bueno Piaz Kreusch 
 
O AMBIENTE DE FORMAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS 
 
Este documento orientador da formação no futebol foi elaborado com a intenção de 
apontar como deve ser realizado o trabalho de desenvolvimento e formação com os 
atletas que Camboriú Futebol Clube pretende formar, da mesma forma salientar quais 
serão os conteúdos ensinados para que os diferentes perfis sejam alcançados (Barros, 
2011). O Camboriú Futebol Clube é localizado na cidade de Camboriú/SC e tem um 
importante papel na formação de jovens praticantes de futebol na região. 
 
A equipe profissional representa as cidades de Camboriú e Balneário Camboriú em 
importantes competições esportivas estaduais e até nacionais, em diversas categorias. E 
busca parceiros para a criação do time feminino. Por esse motivo, o clube recebe através 
da prefeitura de Camboriú alguns benefícios, através dos editais do Fundo de Incentivo 
ao Esporte de Camboriú. Isto é relevante no processo de construção do currículo de 
formação devido à necessidade da busca de investimentos para a criação das 
modalidades femininas e eventualmente já investido na modalidade masculina necessita 
de melhorias específicas. 
As equipes de base são compostas por praticantes moradores da região. Os critérios 
utilizados para a participação: o local de moradia, se estuda normalmente e nível de 
desempenho nos trabalhos diários. Atualmente as categorias de base do Camboriú FC 
visa a promoção do esporte de rendimento do sub 11 ao sub 17, em "escolinhas" 
parceiras promove o esporte num nível de participação e início de rendimento à partir 
do sub 7. Mas com a possibilidade de funcionamento das categorias sub-19 e sub-20. 
 
 
INFRAESTRUTURA BÁSICA 
 
 
Infraestrutura disponível para o treinamento das equipes: 
 
 Estádio Profissional 
 Campos de futebol profissional 
 Quadras futebol 7 sintético (parceiros) 
 Quadras de futsal 
 Quadras de vôlei de areia 
 Espaços em Praias da região 
 Academia de Musculação 
 
O clube não fornece alojamento para os praticantes. O transporte para o treinamento 
deve ser custeado pelos próprios atletas. Já para os torneios e jogos amistosos é de 
responsabilidade do clube, porém nos jogos em que o clube representa o município 
de Camboriú o transporte é subsidiado pela prefeitura. 
 
Materiais disponíveis para o treinamento das equipes: 
 
 
 
 Bolas de futebol 
 Bolas de futsal 
 Uniforme 
 Coletes 
 Pratinhos 
 Cones 
 Fitas 
 
CONTEXTO DO AMBIENTE DE FORMAÇÃO 
 
Quase a totalidade dos atletas das categorias de base são estudantes de escolas públicas 
e muitos possuem grandes dificuldades financeiras e familiares, inclusive num âmbito 
social e de educação familiar. Para assegurar que todos continuem a prática do esporte 
de forma prazerosa e saudável, valorizamos uma relação entre Coordenador e 
integrantes das comissões técnicas com os pais e colégios de modo que sejam mais 
próximos e francos sobre os possíveis problemas que ocorrem e auxiliem na 
continuidade da vida esportiva. Com esta assistência mais próxima, proporciona uma 
vantagem ao conhecer melhor a vida de cada um dos atletas participantes, assim como 
explorar de forma mais assertiva as possibilidades e dificuldades de permanência de 
cada integrante na equipe. Reforçamos a importância do envolvimento dos pais com 
todo o trabalho realizado no clube, compreendendo que o clube é um parceiro no 
processo de formação do praticante. 
 
 
DIRETRIZES DO DOCUMENTO ORIENTADOR DE FORMAÇÃO 
 Missão, visão e valores da instituição 
É fundamental que todos os agentes de formação tenham clareza sobre qual é o propósito 
(missão) da instituição em relação à formação, o que ela espera alcançar no curto, médio 
e longo prazo (visão), além dos princípios que devem guiar as atitudes de cada um dos 
profissionais (valores). 
 
 Visão de trabalho e forma de produção de conhecimento 
Uma instituição esportiva deve ter bem definida a sua estrutura hierárquica 
organizacional, como se constituem as relações de trabalho e qual é a forma de produção 
de conhecimento (disciplinar, multidisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar). 
Ciente da dinâmica definida, o agente de formação terá mais possibilidades de perceber 
a amplitude das suas responsabilidades e interações profissionais. 
 
 Visão de Futebol da Instituição 
De acordo com a missão, visão e valores da instituição, explicitar quais são as principais 
ideias de futebol, respeitando elementos-chave como a filosofia e cultura de jogo local. 
Por exemplo, um clube de futebol, em suas categorias de base, deve possuir diretrizes que 
criam uma visão alinhada sobre o futebol produzido pela instituição, isto é, algumas 
 
 
características que estão presentes na cultura de jogo da equipe principal, precisam se 
transformar em conteúdos pedagógicos para as divisões de base, e isso se estende para as 
franquias de escolas de futebol. 
 
 Visão Educacional da Formação 
Sempre seguindo a missão, visão e valores da instituição, definir quais serão os conteúdos 
sócio educacionais determinantes para a formação de crianças e jovens que integrem a 
instituição. Esta definição determinará a dimensão do currículo de formação dos jovens 
e a importância de cada conteúdo. Por exemplo, qual é a importância que a instituição dá 
para a educação formal e para a formação moral de cada um dos seus atletas. 
 Visão de Responsabilidade Social 
Orientar os profissionais quanto à relação alunos/atletas, agentes de formação, familiares 
e comunidade, de modo que esteja claro quais são os compromissos assumidos pela 
instituição com cada um deles. Por exemplo, criar processos transparentes de captação de 
atletas, que sejam divulgados para a comunidade. Outro exemplo, é garantir os direitos 
dos jovens em formação, como o caso da convivência familiar. 
 
 Perfil do Egresso 
A instituição deve registrar quais são as competências que ela pretende desenvolver nas 
crianças e jovens inseridos no seu processo de formação. As competências desejadas 
podem formar diferentes perfis de egresso, ou seja, as características que queremos ver 
em nossos atletas no final do processo de formação. É importante destacar que esse perfil 
não deve se restringir às competências esportivas. 
 
 
DIRETRIZES INSTITUCIONAIS DA FORMAÇÃO 
 
Missão: 
Ser atuante na comunidade formando cidadãos em primeiro lugar e oferecer 
oportunidades de treinamentos de alto nível para os atletas, oferecer conhecimentos e 
saberes para transformar em um ser humano de grande capacidade e habilidades 
diversas para desenvolver a consciência e a educação, levando competências e exemplos 
de comportamentos sociais e emocionais em respeito aos valores familiares, éticos e 
desportivos por meio do futebol. Ser o Clube de todas as “Camboriús” levando o 
esporte como um despertar do ser humano numa questão evolutiva da sociedade. 
Desenvolver e manter valores que envolvam ações de atitudes de convivência entre 
crenças ou raças, combatendo os preconceitos ainda existentes no futebol. 
 
Visão: 
Ser reconhecido como um Centro de Formação e Desenvolvimento de ensino e prática de 
Futebol entre torcedores, atletas, comissão técnica, na construção das categorias de base 
e futebol profissional. 
 
 
 
 
Valores: 
O esporte por si só é um instrumento de formação social, levando em primeiro grau de 
importância a educação e o desempenho acadêmico, implantando disciplina, entre outras 
coisas, como responsabilidade, companheirismo, respeito, trabalho em equipe e jogo 
limpo (Fair Play), além de ética e profissionalismo. 
 
 
ORGANIZAÇÃO GERAL DAS CATEGORIAS DE BASE 
 
Visão sistêmica para a formação no futebol: 
Na construção da abordagem sistêmica dentro do futebol, é enxergada e aplicada no 
trabalho diário em todos os aspectos, de forma complexa como uma grande rede de 
relações na qualtodos os agentes envolvidos influenciam e são influenciados tanto de 
forma direta no seu dia a dia, como também de forma indireta, assim desenvolvem uma 
cultura no clube que valoriza cada parte do processo do desenvolver humano e atlético 
dos jovens. Sendo possível perceber que todos os profissionais envolvidos nas 
categorias de base, independentemente de sua aplicabilidade e atuação diária, são 
importantes, mesmo em todas áreas de especialidades possíveis e também são 
responsáveis pela formação dos futuros jogadores do clube. 
 
Áreas administrativas 
 
Gerente Geral 
A Gerência Geral é responsável por controlar toda a parte gerencial e auxiliar o 
Coordenador da base nas tarefas executivas das Categorias de Formação. Gerencia os 
Departamentos Técnico e Administrativo e seus funcionários. Mantém relação frequente 
com o Departamento de Futebol Profissional e Coordenador da Base, auxiliando na 
implementação geral da metodologia de formação integral dos atletas inse ridos nas 
Categorias de Base do clube. 
 
Administrativo 
O departamento Administrativo coordena todas ações praticadas no Centro de 
Treinamento, sendo responsável pelo controle financeiro e relação junto a sede, bem 
como pela resolução de problemas rotineiros para que funcionários possam fazer seu 
trabalho da melhor forma possível em benefício do clube. Este setor é responsável por 
controlar diariamente os horários e a eficiência dos funcionários da área, que inclui 
setores de limpeza, rouparia, cozinha, motorista, entre outros. 
Qualificação mínima exigida: Graduado em administração ou curso específico da área. 
 
Logística 
É coordenado pelo setor administrativo e responsabilidade do setor de logística. Atua no 
planejamento, organização e execução de viagens, treinos e jogos toda atuação diária. 
Trabalha em conjunto ao administrativo planejando e solucionando eventuais problemas 
de rotina. Participa de todas as informações pertinentes aos profissionais e atletas. Tem 
característica fundamental supervisionar as categorias em seu funcionamento para além 
do campo de jogo. 
 
Registro 
 
 
A área de Registro é responsável pela regularização das inscrições dos atletas junto a 
Federação e a CBF, para terem condições de participar das competições regidas por 
estas entidades. 
 
Áreas da saúde 
 
Nutrição 
A nutrição é responsável pela educação alimentícia dos jogadores, ensinando e 
incentivando novos hábitos alimentares e assim, uma reeducação alimentar para a vida 
do atleta, buscando elevar o nível nutricional para melhor condição física e mental do 
jovem. Para tal, realiza atividades informativas e lúdicas, além dos atendimentos 
individuais e contato permanente com as famílias. A nutrição acompanha treinos e jogos 
controlando e dosando a suplementação e hidratação dos jogadores, como também as 
refeições oferecidas pelo clube. 
Qualificação mínima exigida: Graduação específica na área e habilitado no conselho da 
área. 
 
Psicologia 
O departamento de Psicologia do Esporte tem como objetivo contribuir com a formação 
esportiva dos atletas através de intervenções que promovam a preparação psicológica 
nas diversas etapas dos processos rotineiros ao futebol (adaptação ao clube, rotina de 
treinamento, tratamento de lesão, vivências competitivas e processos de ruptura de 
categoria ou com o clube, inserção aos aspectos familiares junto a Assistência Social). 
O departamento é comprometido com o rendimento esportivo e com a promoção de 
saúde mental. 
Qualificação mínima exigida: Graduação específica na área e habilitado no conselho da 
área. 
 
Assistência Social 
O Serviço Social tem por finalidade planejar e aplicar ações para o bom 
desenvolvimento dos atletas como profissionais e cidadãos, capacitando a refletir, 
desenvolver e gerenciar suas ações de forma estruturada, responsável e estratégica. As 
atenções e intervenções estão nos fatores sociais, econômicos, psicológicos, biológicos 
e culturais que influenciam a vida do atleta e a garantia de direitos, buscando a 
formação integral do indivíduo. Suas ações são respaldadas nas leis vigentes que 
pautam os direitos e deveres, tanto na formação desportiva quanto da 
criança/adolescente: Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente, 
Conanda, Lei Pelé, NR 24 (Alojamento), Manuais de atuação –ESMP (Ministério 
Público), dentre outras. 
Qualificação mínima exigida: Graduação específica na área e habilitado no conselho da 
área. 
 
Fisioterapia 
O setor de fisioterapia tem como função prevenir lesões, analisar, tratar e propor 
soluções as disfunções identificadas. Colaborar com a formação interdisciplinar do 
atleta estimulando o mesmo a estar consciente de cada atividade preventiva ou 
tratamento ao qual é submetido, identificando seus limites e potencializando sua 
performance. Qualificação mínima exigida: Graduação específica na área e habilitado 
no conselho da área. 
 
 
 
Medicina 
O departamento de Medicina visa realizar avaliações clínicas e ortopédicas dos atletas 
com foco na prevenção das lesões mais comuns na faixa etária da categoria de base, 
bem como a realização de diagnósticos e tratamento das patologias inerentes a atividade 
do futebol. Ser credenciado no Conselho Regional de Medica com especialização em 
ortopedia e Clínico Geral. 
 
Áreas técnico-metodológicas 
 
Coordenação Técnica 
A Coordenação Técnica é responsável por coordenar as Comissões Técnicas e o 
departamento de Análise de Desempenho ao lado do Gerente Geral. Deve manter 
contato permanente com o departamento de Captação. É responsável pelo amplo 
acompanhamento do processo de treinamento atuando na troca de informações e 
avaliando, junto aos profissionais do clube, os processos utilizados na Metodologia de 
formação dos jogadores do clube, conforme diretrizes do Documento Orientador 
Metodológico para a melhor aplicação dos conteúdos e alinhamento aos pressupostos do 
clube. 
Graduação preferencial em Educação Física, possuir Curso CBF de Gestão ou 
equivalente. 
 
Comissões Técnicas 
As comissões técnicas são responsáveis pela atividade fim das categorias de formação 
do Camboriú FC, ou seja, a intervenção direta em treinos e jogos. São elas que 
coordenam processo de ensino-aprendizagem alinhado aos objetivos para a formação de 
jogadores ao treinamento de longo prazo e ao desenvolvimento de talentos para o 
futebol profissional. 
Graduação em Educação Física Treinador e Preparador Físico. 
 
Análise de Desempenho 
A Análise de Desempenho tem como objetivo auxiliar às Comissões Técnicas, seguindo 
suas orientações na aplicação e controle dos indicadores individuais e coletivos de 
natureza quantitativa e qualitativa acerca da eficácia e eficiência do rendimento dos 
jogadores e das equipes. 
Cursos de Análise de Desempenho reconhecidos. 
 
Departamento de Captação de Jogadores 
O Departamento de Captação tem como objetivo principal viabilizar a chegada de 
atletas dentro do perfil direcionado pelo clube e que possam ingressar nas Categorias de 
Formação do Camboriú FC de modo integrado às demandas das diferentes categorias 
durante o processo. 
 
 
PRINCÍPIOS PARA A FORMAÇÃO DOS JOGADORES 
 
Objetivos gerais da formação 
O objetivo geral da formação é baseado em Freire (2003): 
 
 Ensinar futebol a todas 
 
 
 Ensinar bem futebol a todas 
 Ensinar mais que futebol a todas 
 Ensinar a gostar de futebol 
 
“Todos os treinadores falam de movimento, de correr muito. Eu digo não corram tanto. O futebol é um 
jogo que se joga com o cérebro. Tens de estar no local certo no momento certo, nem antes nem 
depois”. (Johan Cruyff) 
 
Elementos para a formação dos jogadores 
 
Visão sistêmica - De acordo com este princípio todos são responsáveis pelo rendimento 
individual e coletivo nas categorias de formação do Camboriú FC, cada ação e 
intervenção interfere de maneira importante no contexto e nos resultados obtidos.Formação Integral - O Camboriú FC acredita que não basta formar o jogador, é preciso 
formar o ser humano que joga. Deste modo as ações relacionadas a formação do caráter, 
da ética e da cidadania são tão importantes quanto os conteúdos de jogo e treino. Deve-
se estimular que os atletas estejam felizes e comprometidos, tendo prazer na prática do 
futebol. (Felicidade ≠ Acomodação). 
 
Humildade Pedagógica - Todos devem estar abertos a ouvir críticas construtivas, 
favorecendo o debate com o intuito de melhorar os processos do clube. Não há 
hierarquias rígidas para esta aproximação, todos ensinam e todos aprendem. 
 
Integração entre as comissões técnicas - As comissões técnicas devem apresentar 
conduta ética e manter entre si permanente contato favorecendo o alinhamento 
metodológico e de ideias de jogo. É muito importante para facilitar o diagnóstico dos 
jogadores e, consequentemente a transição entre as categorias. 
 
Aprender com os mais experientes - Os jogadores devem vivenciar treinos e jogos com 
a categoria acima. Isso favorece o desenvolvimento individual, propicia uma análise 
constante por parte dos treinadores e facilita a transição entre categorias. 
 
Mentalidade vencedora - Deve-se estimular a mentalidade vencedora. Esta não se 
relaciona com vencer a qualquer custo, mas sim com desejar vencer e jogar com 
confiança, intensidade e foco para tal, respeitando sempre os valores da instituição que 
pertencem e do time oponente. 
 
Treino é jogo e jogo é treino - Este princípio se relaciona com a importância do 
processo. Deve-se buscar diariamente ser melhor, se desenvolver através de um 
comprometimento com cada atividade proposta, hábito que se refletirá nos jogos da 
equipe. 
 
Jogar sob pressão com qualidade - Os jogadores devem ter atitude, entendimento tático 
e alta capacidade técnica para jogar sob pressão. Por este motivo a leitura de jogo, a 
velocidade e a qualidade de execução devem estar adequadas as mais altas demandas do 
futebol mundial. Bem como ser capaz de suportar a pressão externa advinda da torcida, 
imprensa, família, entre outros. 
 
 
 
Capacidade crítica – Caso os objetivos não sejam alcançados, deve-se buscar uma 
análise crítica consciente que não terceirize responsabilidades ou aponte culpados. 
Deve-se identificar erros ou pontos de melhora e traçar planos de ação para corrigi-los, 
aprender a ser estratégico. 
 
Jogador inteligente – deve-se formar jogadores inteligentes, que sabem sobre o saber 
fazer, ou seja, são conscientes tanto para entender o jogo e o treino quanto para entender 
sua profissão e as relações que ocorrem em seu contexto. 
 
O que é ser um atleta inteligente? 
 Ter determinação e resiliência para buscar excelência na arte de jogar futebol. 
 Desenvolver as habilidades necessárias ao desempenho autônomo e criativo em 
suas funções no jogo. 
 Ser capaz de entender todas as posições (e suas diferentes funções) e de executar 
várias delas de acordo com a dinâmica do jogo. 
 Ter boa leitura das diferentes situações-problema jogo, pensando e agindo 
individual e coletivamente e demonstrando grande capacidade de adaptação e 
improvisação. 
 Possuir autocontrole, conduzindo bem suas emoções que, inevitavelmente, 
surgem no jogo, tendo ciência que seu estado emocional afeta o estado da 
equipe. 
 Saber como lidar com pressões, dificuldades, críticas nos maus momentos, bem 
como não supervalorizar os bons momentos. 
 Ter ciência e responsabilidade dos compromissos com sua carreira, com a 
equipe, com o clube e com a sociedade. 
 Desenvolver o autoconhecimento e a auto liderança 
 Entender que como ser humano, deve estar em processo permanente de 
desenvolvimento. 
 Entender como os conhecimentos desenvolvidos para a formação no futebol 
também podem ser utilizados fora do jogo. 
 
 
AS ETAPAS DO PROCESSO DE FORMAÇÃO NO FUTEBOL E SEUS 
RESPECTIVOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
 
Segundo Scaglia (1996) a instituição esportiva tem o compromisso de fomentar o 
desenvolvimento global de seus alunos, entendendo e respeitando os estágios de 
crescimento e evolução, físico e cognitivo, onde, a escola de esporte, através de suas 
práxis pedagógicas, deve abranger várias áreas, oferecendo mais oportunidades de 
melhoria em habilidades diversas, tais como: sociais, intelectuais, motoras, educacionais 
além das esportivas. Através deste processo, concordamos com o autor citado e 
valorizamos o jogo como ferramenta pedagógica devido ao seu potencial de 
desenvolver todas as habilidades citadas anteriormente. 
 
O processo de formação do Camboriú FC compreende três momentos-chave nos quais 
os jogadores devem adquirir progressivamente condições que irão permitir ascenderem 
a categoria seguinte e, por fim, ao futebol profissional. 
 
 
 
 
 
Procedimentos – Métodos de Treino 
 
Os métodos de treino do Camboriú devem estar diretamente relacionados a uma 
organização pedagógica que vise transmitir os conteúdos fundamentais ao processo de 
formação. Por este motivo todas atividades de treino devem estar relacionadas entre si 
que, por sua vez, deve seguir uma lógica semanal e mensal para cumprir os objetivos 
elencados para a categoria. Os métodos de treino utilizados serão: 
 
 Treino Sistêmico 
Atividades baseadas em jogos com intuito de desenvolver a resolução de problemas 
complexos e comportamentos individuais, de grupo e coletivos no qual todas as 
vertentes se inter-relacionam. 
 Treino Integrado 
Atividades organizadas com objetivo central de trabalhar mais de uma vertente do jogo 
de forma conjunta. Neste método prima-se pelo desenvolvimento físico atrelado às 
demais vertentes. 
 Analítico 
Métodos que fragmentam as vertentes do jogo direcionando o foco de modo exclusivo a 
um determinado fator do rendimento. 
 
Como o método baseado pela visão sistêmica nos dá possibilidade de um trabalho muito 
mais completo e como base para a formação de jogadores o método de treinamento 
predominante durante este processo deve estar ligado com o sistêmico. Contudo, os 
profissionais também devem utilizar treinos integrados e analíticos desde que de modo 
organizado, periodizado e com objetivos específicos. 
 
Conteúdos determinantes a serem fomentados nas práticas dos treinos: 
 
 
 Concentração: a atenção e foco total na realização das atividades propostas; 
 Técnica: auxílio e atenção para a execução de gestos técnicos eficientes; 
 Conhecimento do Jogo: estímulo ao entendimento do jogo por parte dos 
jogadores; 
 Comunicação: busca constante pelo diálogo, promovendo a autonomia, a 
coparticipação e o entendimento do processo de treino e formação; 
 Criatividade: estímulo às soluções criativas por parte dos jogadores; 
 Intensidade: Todos os treinos devem ocorrer em alta intensidade física e 
cognitiva, respeitando logicamente os objetivos e a periodização; 
 Atitude: encorajamento a atitudes positivas, em sintonia com a necessidade do 
processo de formação de jogadores e o futebol profissional no século XXI. 
 
Procedimentos - Microciclo Padrão 
 
A imagem de um Microciclo Padrão abaixo se refere à distribuição dos conteúdos de 
treinamentos no período de uma semana, respeitando os princípios metodológicos 
ligados a Periodização Tática. Pode servir de orientação para a montagem do 
planejamento seminal das atividades 
 
 
Cada atividade de uma sessão de treino deverá contemplar as seguintes variáveis: 
 
 
 
 Especificidade: As atividades propostas devem ser específicas aos 
comportamentos e ações desejadas. 
 Número: remete à quantidade de jogadores escolhidos para cada atividade. 
 Espaço: relaciona-se com o terreno destinado a realização de cada atividade. 
 Volume Relativo: está ligado à duração da atividade realizada com êxito 
(condicionada pelo número de jogadores e regras específicas). 
 Macro Recuperação: refere-se ao tempo de descanso necessário para garantir a 
recuperaçãodo jogador entre cada atividade para a assimilação dos conteúdos 
propostos. 
 Regras: tem a ver com as próprias condições onde se potencializará o que se 
pretende na atividade. 
 Complexidade: está relacionada à interação entre os jogadores e as regras em 
situações específicas de treinamento e competição. 
 Estratégia: Estruturar ao menos uma parte de uma sessão treino contemplando o 
adversário a fim de criar comportamentos não desvinculados à Ideia de Jogo 
BFR e ao currículo específico da categoria. 
 
Procedimentos - Feedback 
 
Intervenções: 
Cada intervenção pedagógica transmitida pela Comissão Técnica, deve surgir no sentido 
de tornar o processo de treino o mais aquisitivo possível, respeitando para isso o modo 
como a aprendizagem se processa nas diferentes categorias. Neste sentido, o feedback 
está alicerçado em cinco pilares básicos: Quanto, Como, Quando, O quê e Para quem. É 
fundamental que a Comissão Técnica consiga transmitir a informação de forma a 
facilitar a compreensão dos atletas: “falar a linguagem dos jogadores”. 
 
 
 
 
 
Quanto: 
É relativo à quantidade e frequência de feedback, devendo ser de preferência de forma 
pontual, pois o excesso de informação pode perturbar o processamento da mesma. 
 
Como: 
Indica a forma de transmissão baseado no comportamento desejado, provocando a 
atenção do jogador de modo a favorecer o entendimento da informação, optando-se por: 
Descoberta guiada: Questionamentos no qual o jogador é convidado a buscar melhores 
soluções para os problemas que se apresentam; 
Feedback positivo: estímulos positivos sobre a situação; 
Feedback negativo: estímulos repreensivos sobre a situação. 
 
Quando: 
O timing da intervenção é importantíssimo para se provocar entendimento daquilo que 
se quer. O profissional deve ter a leitura se o feedback deve ser dado imediatamente 
após uma situação ou num momento posterior sem a emoção do momento. 
 
O quê: 
Indica o conteúdo apresentado durante a intervenção. Deve-se buscar ser o mais claro 
possível, com conteúdos específicos aliados às regras das atividades e aos 
comportamentos almejados. 
 
Para quem: 
Feedbacks individuais, de grupo e coletivos que se remetem a necessidade do 
profissional em transmitir uma mensagem com conteúdo a um grupo específico. 
 
Iniciação esportiva 
 
As turmas de iniciação esportiva são divididas em função das faixas etárias dos 
praticantes e também será realizada uma análise em relação ao tamanho e peso em 
comparação com as dificuldades apresentadas pela categoria em questão, as categorias 
Sub-7, Sub-9, Sub-11, Sub-13, Sub-15 e Sub-17. Com o objetivo de possibilitar um 
desenvolvimento amplo, multidisciplinar e mais afinado com as necessidades da nossa 
sociedade atual dos praticantes, com foco nos aspectos cognitivos, afetivos (sociais), 
sensitivos e motores. 
 
Com o intuito de promover o desenvolvimento global de uma forma mais 
multidisciplinar com os praticantes, a fase de iniciação esportiva prioriza a 
aprendizagem de diferentes modalidades esportivas cujas habilidades e vivências 
aprendidas sejam transformadas para a prática do futebol e que também proporcionem 
um entendimento mais rico sobre a cultura do esporte e suas relações com a vida 
humana. Com esse viés, é pertinente a inclusão de outras modalidades práticas durante 
os treinos, como futsal, handebol, futevôlei, futebol de botão, "futetênis", pebolim e 
jogos da cultura popular brasileira ou conhecidos por integrarem a Pedagogia do 
Futebol de Rua, que auxiliam a nortear essa fase de desenvolvimento e formação. O 
ensino será voltado para todas os praticantes, homens e mulheres, com o intuito de 
garantir um melhor ambiente que traga a vivência e a aprendizagem do esporte de forma 
igualitária e não com o objetivo de destacar atletas que sejam possíveis fenômenos e 
com talento (Scaglia, 1996). 
 
 
 
Nessa fase se opta por utilizar na grande maioria das vezes, atividades com pequenos 
números de praticantes, além de espaços de diferentes tamanhos e organizações, o que 
distancia de certa forma da lógica formal do jogo de futebol. Esse método prioriza para 
que haja um grande envolvimento entre todos os praticantes, além de incentivar que 
participem de todas as atividades de forma adequada, sendo eficiente para a evolução 
integral. Um fato que é de demasiada importância e ainda pouco considerado na fase de 
iniciação são as limitação e definições de posição e função específica dos atletas, que 
através das atividades planejadas, que mais se aproximam da lógica formal, todas os 
praticantes desempenham todas as posições do jogo de futebol, priorizando a 
diversificação nesse momento, diminuindo problemas causados pela especialização 
precoce. 
 
Em relação aos conteúdos específicos do futebol que se deseja ensinar nessa fase, a 
Tabela 1 apresenta os conteúdos trabalhos em cada categoria. 
 
Tabela 1. Conteúdos trabalhados ao longo das diferentes categorias de iniciação ao futebol. 
Fundamentos Básicos (Sub 
7 e Sub 9) 
Fundamentos Derivados 
(Sub 11) 
Fundamentos Específicos 
(Sub 13) 
Passe Cruzamento Goleiro 
Domínio de bola Cobrança de falta Laterais 
Condução Cobrança de pênalti Alas 
Drible Lançamento Zagueiros 
Chute Tabelas Volantes 
Cabeceio Arremesso lateral Meio campistas 
Desarme Escanteio Atacantes 
Fonte: Adaptado de Scaglia (1996). 
 
Além dos fundamentos apresentados acima, a fase de iniciação também tem como 
objetivo promover a progressão do jogo anárquico para a estruturação (Tabela 2). 
 
Tabela 2. Evolução das fases de jogo na etapa de iniciação esportiva. 
Categorias Fase 
Comunicação 
na Ação 
Estrutura do 
Espaço 
Relação com a 
bola 
Sub 7 e 
Sub 9 
Jogo Anárquico 
 Centração na 
bola 
 Subfunções 
 Problemas na 
Comunicação 
com o Jogo 
Abuso da 
verbalização, 
sobretudo para 
pedir a bola 
Aglutinação 
em torno da 
bola e 
subfunções 
Elevada 
utilização da 
visão central 
Sub 11 Descentração 
Prevalência da 
verbalização 
Ocupação de 
espaços em 
função dos 
Da visão 
central para a 
periférica 
 
 
 A função 
depende não 
apenas da 
posição da bola 
elementos do 
jogo 
Sub 13 
Estruturação 
 Conscientização 
da coordenação 
das funções 
Verbalização e 
comunicação 
gestual 
Ocupação 
racional do 
espaço 
Do controle 
visual para o 
proprioceptivo 
Fonte: Adaptado de Garganta (1998). 
 
Guardando a devido consideração e percebendo que cada integrante possui níveis 
diferentes de progressão e evolução, o modelo de jogo nas categorias menores (Sub 9, 
Sub 11) tem um direcionamento que prioriza o a taque em profundidade, o alvo como 
principal objetivo, através de passes longos e ataque direto (Bettega, Scaglia, Morato & 
Galatti, 2015). Quando ocorre a mudança para organização defensiva, em grande parte 
dos treinos a marcação individual é a mais adotada. Conforme ocorre a evolução 
conceitual e prática dos elementos, são adicionados ao modelo de jogo das categorias 
superiores como sub 13 uma maior extensão de possibilidades e enfatizando os 
elementos cruciais para outros métodos. Nas situações de organização ofensiva a ideia 
de jogo se baseia em utilizar também os passes curtos de maneira mais contundente, o 
goleiro passa a ser utilizado em situações de dificuldade no campo defensivo e enfatiza-
se a criação de espaços nos corredores laterais (Bettega et al., 2015; Casarin et al., 
2011). Em relação a organização defensiva, inicia-se o trabalho de defesa individual 
setorizada, a construção de linhas defensivas e de zonas de pressão (Bettega et al., 2015; 
Casarin et al., 2011). 
 
Seguir estes direcionamentos, cria-se uma expectativa que na transição final da 
categoria Sub-13 os praticantes aprendam e possam dominar os fundamentos básicos, 
derivados e específicos do futebol, assim como consigam se estruturar de forma 
consciente no campo e nos espaços a serem explorados oupreservados. 
 
O ambiente que é proporcionado pela competição esportiva é um ingrediente 
substancialmente poderoso e muito importante dentro do processo de desenvolvimento 
e formação do ser humano e consequentemente do atleta. Mas é encarado de forma um 
pouco diferente da tradicional, este clube entende e trabalha esses momentos como uma 
ação pedagógica, que deve ser ensinada (Scaglia, 1996). Nessa fase a prática dos 
ambientes de competitividade é caracterizada pela não cobrança de resultados e pela 
valorização do fair-play. Os torneios e competições tendem a ser idealizados e 
desenvolvidos de maneiras distintas, sendo específico para cada caso, variando os 
objetivos e valores a serem inseridos no evento e particularidades dos envolvidos. Na 
fase de iniciação serão desenvolvidos festivais que priorizem os conteúdos vivenciados 
nas aulas. Por isso, os festivais serão compostos por diferentes atividades físicas 
relacionadas ao futebol e outros esportes, em pequenos grupos e contando com a 
colaboração de todos os participantes. 
 
 
 
 
Especialização esportiva 
 
Nesta fase o foco do trabalho é nas categorias Sub-15 e Sub-17. Esta etapa já possibilita 
que exista uma transição entre as categorias de forma natural, é interessante que os 
praticantes também participarem de treinos das equipes superiores, como por exemplo, 
atletas de 14 anos atuarem uma semana de treino com a equipe Sub-17, assim como 
jogadores com 15 anos que estejam com alguma dificuldade no contexto trabalhado, 
participarem de um treino da semana com equipe Sub-13 ou até mesmo Sub-17 se 
entender que ele necessita de um ambiente mais dificultoso para se desenvolver. Esse 
trabalho em conjunto facilita a transição dos atletas entre as categorias, assim como 
reforçar conteúdos do jogo que tenha dificuldade, além da percepção que o mesmo 
modelo de jogo de todas as categorias é utilizado visando os mesmos objetivos, numa 
mesma identidade de jogar, com as devidas adequações às etapas de desenvolvimento 
dos atletas. 
 
Na fase de especialização, os cinco momentos de jogo serão trabalhados com as 
praticantes: defesa, ataque, transição defensiva, transição ofensiva e bolas paradas. A 
Tabela 3 apresenta os conteúdos a serem trabalhados referentes a cada momento de 
jogo. 
 
Tabela 3. Conteúdos do futebol a serem trabalhados na fase de especialização esportiva. 
Princípios Defensivos Princípios Ofensivos 
Princípios de 
Transição 
Equilíbrio 
Apoio/Abertura de linha de 
passes 
Densidade 
Flutuação/Basculação/Balanço Mobilidade Proporção 
Cobertura defensiva Amplitude Balanço 
Compactação Profundidade 
Pressão/Quebra de linha Ultrapassagem 
Pressing Cobertura ofensiva 
Temporização/Retardamento/Atraso Penetração/Infiltração 
Recomposição/Recuperação Bloco ofensivo 
Bloco defensivo 
Fonte: Adaptação dos conteúdos apresentados no módulo 8 do curso de Currículo de 
Formação Universidade do Futebol. 
 
Além dos conteúdos específicos do futebol, espera-se uma evolução nas fases de jogo 
ao longo das categorias. Espera-se que ao final da categoria Sub-17 os praticantes se 
encontrem em uma fase Elaborada de jogo (Tabela 4). 
 
 
Tabela 4. Fases de jogo nas fases de especialização do futebol em categorias Sub-15 e Sub-17. 
 
Categorias Fase 
Comunicação 
na Ação 
Estrutura do 
Espaço 
Relação com a 
bola 
 
 
Sub 15 
Estruturação 
 Conscientização 
da coordenação 
das funções 
Verbalização e 
comunicação 
gestual 
Ocupação 
racional do 
espaço 
Do controle 
visual para o 
proprioceptivo 
Sub 17 
Elaboração 
 Ações inseridas 
na estratégia da 
equipe 
Prevalência da 
comunicação 
motora 
Polivalência 
funcional 
Coordenação 
das ações 
Otimização das 
capacidades 
proprioceptivas 
 
O modelo de jogo praticado deve seguir algumas referências, na organização defensiva 
é desenvolvido a referência zonal, a constituição de linhas defensivas, as 
movimentações que induzam a bola para zonas de pressão, ações de pressing e o goleiro 
participando ativamente da fase defensiva (Bettega et al., 2015). Em relação 
a organização ofensiva, essa fase prioriza a utilização de passes curtos, aproximação, 
criação de linhas de passe, utilização do goleiro como linha, movimentações que 
provoquem a quebra de linhas defensivas e consequentemente a abertura de espaços 
para infiltrações (Bettega et al., 2015). Portanto, espera-se que ao saírem da categoria 
Sub 17 as praticantes executem ações inseridas na estratégia da equipe. 
 
Nessa fase as competições também são utilizadas como ferramenta pedagógica, com os 
objetivos mais diferenciados dos tradicionais nas competições, esse recurso ganha uma 
maior amplitude. A formação e o desenvolvimento humano e social, além os princípios 
do fair-play e suas responsabilidades perante a sociedade continuam sendo 
desenvolvidos nas competições, e o desempenho esportivo dos praticantes também 
passa a ser trabalhado. Entre os possíveis campeonatos, as equipes podem participar dos 
Jogos Regionais, ACEF e do Campeonato Catarinense das categorias. 
 
Ideia de jogo e perfil do jogador 
 
O conceito de ideia de jogo 
 
Consiste na concepção geral da forma como se pretende que uma equipe jogue. Esta 
ideia é composta de organização coletiva, de grupo e individual para as diferentes fases 
do jogo (ataque, defesa, transição defesa-ataque, transição ataque-defesa e bolas 
paradas) e, de como estas interagem entre si. Este tem como principal objetivo, conferir 
uma organização a equipe. A ideia de Jogo está permanentemente aberta a acréscimos 
individuais e coletivos, fato que faz com que esta nunca atinja uma condição final, 
estando sempre em evolução. Desta forma, podemos dizer que a ideia de jogo e, 
consequentemente o Modelo de Jogo de uma equipe, é uma construção coletiva entre 
todos os seus elementos constituintes (comissão técnica, jogadores, funcionários, 
direção, entre outros) e sofre influência direta e indireta do contexto no qual se insere o 
clube (cultura do país, história e estrutura do clube, torcida, imprensa, entre outros.). 
Adaptado de Santoalha (2009) 
 
 
 
 
A ideia de jogo do Camboriú FC 
 
A Ideia de Jogo do Camboriú FC deve guiar o “caminho” para o jogar desejável nas 
categorias de base do clube. A partir deste direcionamento as equipes técnicas devem ter 
liberdade suficiente para fazer acréscimos conceituais e de comportamento às equipes 
que não sejam opostos ao modelo desejado pelo clube. 
 
Referências De Espaço 
 
 
 
 
Ao perder a 
bola
Mudande atitude 
imediata buscando a 
recuperação
Defesa 
organizada
Marcação à zona, 
direcionando para 
zonas de pressão
Ao recuperar 
a bola
Retirar a bola da zona 
de pressão através da 
circulação em 
progressão
Ataque 
organizado
Posse em circulação 
de bola em progressão 
apoiada
Pressão seguida de Pressing 
imediato fechando espaços 
próximos a bola 
Priorizar progressão rápida 
e reconhecer quando atacar 
direto ou manter a posse 
Temporizar quando em 
igualdade ou inferioridade 
numérica no centro de jogo 
Criar espaços em 
amplitude e 
profundidade para 
manutenção e progressão 
 
 
 
As referências de espaço são obtidas através da divisão do campo de jogo em doze 
setores, sendo seis ofensivos e seis defensivos. O objetivo desta organização é facilitar o 
entendimento das instruções do treinador possibilitando uma ocupação organizada do 
espaço tanto a nível coletivo como de grupo e individual. 
 
Comportamentos de jogo 
 
Níveis de comportamento de jogo 
A estruturação e treinamento dos comportamentos de jogo se dão em três níveis: 
coletivo, de grupo e individual. Estes níveis são intimamente relacionados e 
interdependentes na composição do jogar que se deseja. É fundamental que o treino e o 
jogo considerem estas três esferas, sem os quais é impossível entender o rendimento 
esportivo no futebol. 
 
- Coletivos 
Ações que envolvamtoda a equipe na relação inter-setorial em uma determinada fase de 
jogo; 
Ex: Defesa em zona, Ex: Manutenção da posse de bola 
 
- Grupo 
Ações de organização setorial ou inter-setorial envolvendo menos jogadores; 
Ex: Cobertura Defensiva, Ex: Progressão apoiada 
 
- Individual 
Ações individuais relacionadas com os comportamentos de grupo e coletivos; 
Ex: Contenção, Ex: Controle Orientado 
 
Organograma do Futebol de Base 
 
O futebol de base apresenta uma complexa atuação, organizada da seguinte maneira. 
 
 
 
 
Reuniões semanais são previstas entre o diretor e coordenador do futebol com todos 
treinadores e treinadoras. Os integrantes das comissões técnicas devem propagar e 
desenvolver o pensamento crítico e influenciar a autonomia dos praticantes, 
independente da categoria que participam. A atuação do treinador é de guiar esse 
processo de aprendizado. Além desse objetivo em comum, é fundamental que os 
treinadores e treinadoras desenvolvam a aula em uma mesma sequência: 
1) conversa inicial e apresentação do objetivo da sessão, além de trazer lembranças de 
aulas anteriores para criar uma conexão mais efetiva do processo de desenvolvimento; 
2) atividades baseadas em jogos que promovam o desenvolvimento e autonomia dos 
atletas; 
3) conversa final e reflexão sobre a aula. 
É importante que os treinadores façam intervenções durante a aula para garantir que os 
objetivos estabelecidos sejam alcançados. 
Além disso, o clube valoriza conversas individuais com os praticantes ao longo do 
período de formação para que as potencialidades e dificuldades de cada praticante sejam 
trabalhadas de forma individualizada pela comissão técnica. 
Da mesma a forma, é necessário que a psicóloga se faça presente em pelo menos uma 
sessão de treino de cada categoria, assim como reuniões esporádicas sejam marcadas 
com as atletas. 
Assim, a psicóloga terá maior proximidade das praticantes e conhecerá a realidade de 
treino e competições das mesmas. Além disso, reforçamos a necessidade de 
aproximação entre psicóloga, família e escola buscando uma visão global da vida das 
praticantes. 
O preparador físico, fisiologista e treinadores e treinadoras devem atuar de forma 
conjunta com o objetivo de controlar as cargas de treino e maximizar o desempenho das 
praticantes nas competições principais. Os jogos reduzidos serão utilizados tanto com o 
objetivo pedagógico quanto como fisiológico para o desenvolvimento da capacidade de 
resistência. Avaliações físicas são realizadas esporadicamente e seus resultados 
apresentados a todos os componentes da comissão técnica. 
Por fim, sempre que possível, o clube financiará cursos de qualificação para os 
profissionais da comissão técnica para garantir a atualização dos seus profissionais e 
assegurar a realização de um trabalho bem embasado. 
 
Considerações finais 
Esperamos que o processo de formação aqui apresentados seja prazeroso para todos os 
envolvidos – comissão técnica, praticantes, pais, familiares e amigos. Esperamos que 
todos esses agentes desenvolvam cada vez mais seu conhecimento e paixão pelo 
futebol, assim como habilidades pessoais de criticidade, empatia, respeito, amizade, 
engajamento por toda a vida. 
 
 
 
Referências 
Barros, E. (2014). O currículo de formação do atleta de futebol - parte I - Universidade 
do Futebol. Retrieved October 20, 2018, from 
https://universidadedofutebol.com.br/ocurriculo-de-formacao-do-atleta-de-futebol-
parte-i/ 
Bettega, O. B., Scaglia, A. J., Morato, M. P., & Galatti, L. R. (2015). FORMAÇÃO DE 
JOGADORES DE FUTEBOL: PRINCÍPIOS E PRESSUPOSTOS PARA 
COMPOSIÇÃO DE UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA. Movimento 
(ESEFID/UFRGS), 21(3), 791. https://doi.org/10.22456/1982-8918.49051 
Casarin, R. V., Reverdito, R. S., Greboggy, D. de L., Afonso, C. A., & Scaglia, A. J. 
(2011). Modelo de jogo e processo de ensino no futebol: princípios globais e 
específicos. Movimento, 17(3), 133–152. Retrieved from 
http://www.redalyc.org/html/1153/115321322008/ 
Freire, J. B. (2003). Pedagogia do Futebol. Campinas: Editora Autores Associados. 
Garganta, J. M. (1998). O ensino dos jogos desportivos coletivos : perspectivas e 
tendencias. Movimento, 4(8), 19–26. Retrieved from 
https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/19276 
Scaglia, J. A. (1996). Escolinha de Futebol: uma questão pedagógica. Motriz, 2(1), 36–
43. Retrieved from https://www.ludopedio.com.br/biblioteca/escolinha-de-futebol-
umaquestao-pedagogica/ 
 
Anexos 
Anexo 1 – Evento Recreativo Interacionista 
Acredito num projeto que poderia ser aplicado na minha região no qual iria abranger 
algumas cidades do estado de Santa Catarina. 
Faria um torneio de aproximadamente 6 meses, no qual iriam ser eventos mensais, 
sendo nos sábados e domingos durante todo o dia. 
Crianças de 6 a 12 anos de ambos os sexos, organizando por tamanho e peso dentro de 
cada modalidade, sendo 3 modalidades de diferentes idades, dentro de cada modalidade 
separar por 3 séries para que haja respeito para aqueles que possuem uma maturação 
mais tardia e proporcionar um melhor desenvolvimento esportivo e humano além da 
formação de uma cultura de cidadania através de conteúdos propostos. 
 
Modalidades: 
6 a 7; 8 a 10; 10 a 12 série Esmeralda, Diamante e Rubi para definir a organização por 
tamanho e peso. 
 
Durante os intervalos entre os jogos e para aqueles que não estão brincando no 
momento, haverá conversas e interações com foco educacional sobre cidadania, 
companheirismo, solidariedade, entre outros elementos importantes na formação de um 
ser humano. 
 
 
Também alguns jogos e brincadeiras diversas, conforme o momento do dia, para 
proporcionar um maior relacionamento e interação de crianças e pais de diferentes 
culturas e lugares. 
 
Os locais da realização do evento serão em 6 cidades sedes, cada sede será representada 
por um clube que disponibilizará estruturas com alojamento para os mais carentes e 
alimentação para todos os participantes, inclusive para os familiares que poderão estar 
presentes em todos os momentos. 
 
Cada sede deve contar com 4 ambientes diferentes para os eventos, areia (preferência 
praia), sintético (proximidade ao futsal), Centro de Treinamento e Estádio de no mínimo 
2 mil lugares. 
Os 3 primeiros eventos terão uma ideia de socialização e criação de uma cultura de 
aprendizagem e desenvolvimento humano através do esporte, assim formando melhores 
cidadãos. 
Nos 3 eventos finais, aumentar a quantidade de jogos em Centro de Treinamentos e 
Estádios, visando oportunizar que os pais e crianças sintam como é o ambiente de um 
clube profissional, tendo contato com alguns atletas de base e profissionais do clube. E 
todos os jogos dos domingos acontecerão no estádio. 
Os jogos de sábado serão com foco maior de interação, brincadeiras e conhecimento do 
nível evolutivo dos times, sendo na parte da manhã a realização de pequenos jogos 
adaptados com bola na areia baseado na pedagogia de rua para o desenvolvimento da 
criança. 
Na parte da tarde após uma boa alimentação e recuperação, haverá os primeiros jogos 
de futebol nos Centros de Treinamento da sede, utilizando os campos numa proporção 
adequada pela modalidade envolvida, além do tempo de jogo também ser orientado a 
categoria em questão, com o objetivo de observar o nível técnico das modalidades 
separadamente para a continuidade do evento. 
No início da noite, após outra pausa para descanso e alimentação adequada, serão 
realizados jogos entre todas as categorias de forma liberada nos campos sintéticos, 
porém com o cuidado para que o objetivo de diversão e inclusão seja alcançado e não 
haja exclusão de nenhuma criança e que todos possam se divertir e se relacionar com as 
mais diversas culturas e formas de viver e pensar. 
No domingo durante toda a manhã e tarde acontecerão os jogos nas respectivas 
modalidades e séries, sem haver uma tabela de classificação, todos enfrentam todos.Meninas em jogos separados na primeira fase (sábado), porém, realizam aquecimento e 
preparação junto com todas as modalidades e séries, além de participar de todas as 
demais atividades conjuntamente. Já nos jogos de domingo haverá sorteio para definir 
entre os participantes quais times irão se unir, para promover um contato direto entre 
meninos e meninas jogando juntos. 
 
Todos participantes ganham medalha por ter participado do evento e ajudar no 
desenvolvimento do projeto, pois não existem campeões. Mostrando a importância de se 
interagir, se divertir e se socializar dentro de um campeonato, trazendo uma vivência 
diferente do alto rendimento, das cobranças e pressão que são exacerbadas comumente. 
 
Pais que desejam participar do evento, precisam participar de uma palestra educativo 
sobre os cuidados da cobrança excessiva e maneiras de se portar perante aos 
filhos/atletas num processo de formação e aprendizagem da criança. 
 
 
As brincadeiras e jogos que serão realizados enquanto alguns atletas aguardam sua vez 
de participar das atividades principais, além das palestras educativas, terão o enfoque de 
exercitar algumas habilidades como: 
 
Trabalho em equipe, Esforço, Gestão do medo, Confiança, Liderança, Auto-estima, 
Empatia e Paciência 
 
Regras de participação: 
Nos jogos será necessário que todos os times de todas as modalidades e gêneros 
efetuem trocas de atletas a cada 10 minutos (adaptável ao tempo de jogo de cada 
modalidade) no máximo e o jogador que irá entrar, não pode ter participado do jogo 
ainda, até que todos tenham participados. 
Não existe cartão vermelho, toda vez que acontecer algum tipo de entrada grave, ou 
excesso de vontade na jogada, mostrar cartão branco, que obrigado o atleta a ser 
substituído e só poderá voltar 15 minutos depois, respeitando a regra de só voltar a atuar 
um atleta que começou jogando, após todos os reservas terem participado do jogo, além 
de uma conversa com os professores responsáveis, dependendo da forma que ocorreu a 
ação, existir uma conversa com a criança de forma clara sobre os motivos por ter 
ocorrido a situação e o real objetivo dos jogos em que está envolvido. 
 
Outro objetivo do Evento é fomentar a interação e conversa visando melhorar o 
desenvolvimento de treinos e jogos adaptados pelos professores das escolinhas e clubes 
participantes, evoluindo o futebol da região num todo. 
 
Anexo 2 – Projeto de Formação e Profissionalização do Futebol feminino 
Acredito na criação de um projeto que se utilize de um planejamento para desenvolver 
ligas e competições de grande nível, baseado numa metodologia, me alongo um pouco 
nos assuntos pois acredito que seja pertinente pensar mais afunda nas ações práticas. 
 
Plano Geral: 
Oferecer oportunidades reais de aprendizado esportivo e incentivar meninas de diversas 
idades à pratica do futebol sempre levando em consideração se criar um ambiente de 
aprendizagem com respeito, união, humildade e dignidade. Isso irá gerar um alto índice 
técnico por um ambiente de grande liberdade criativa e motivacional. Tornar o futebol 
mais acessível e interessante para todos, utilizando a pedagogia do "Futebol de Rua" 
que possibilita uma interação maior e mais eficiente com os jogos e uma participação 
com crianças de idades diferentes. Além de tornar o ato de treinar como uma 
brincadeira alegre, sadia e com benefícios para a criança. 
 
Objetivo Geral: 
 Estimular o Futebol Feminino nas Escolas e Colégios com a realização de 
Torneios; 
 Aplicar a metodologia pedagógica do "Futebol de Rua", para que haja um 
desenvolvimento mais diversificado e com ajustes mais próximos da realidade 
infantil de brincar e se divertir jogando, sem a pressão de desenvolver 
habilidades específicas de uma posição ou situação de jogo apenas; 
 Realizar Torneios Recreativos e Competições entre os Centros de Formação 
(escolinhas) e Escolas Públicas; 
 
 
 Elaborar um Planejamento de Jogos com Calendário profissional para o Futebol 
Feminino; 
 Estimular implantação de uma metodologia pedagógica de aprendizagem e 
iniciação no Futebol em categorias Femininas de Clubes da Região; 
 Projetar e promover Centros de Formação (escolinhas) para que atuem com 
categorias femininas e mistas à partir dos 6 anos ou sub-7, com interação do 
clube da região que apoiam o projeto; 
 Aumento do interesse em Crianças pelo Esporte e principalmente Futebol; 
 Oferecer cursos de saberes sobre diversas áreas de conhecimento do futebol, 
para propagar o entendimento do real funcionamento do esporte para a 
sociedade, tirando daquela visão retrógrada que está enraizada em nossa cultura 
a muitos anos; 
 Utilizar o Futebol Feminino Profissional para fortalecer a igualdade de direitos 
da Mulher no Esporte, na sociedade em geral, entre outros assuntos correlatos 
como cidadania; 
Metas Específicas: 
 
Inserir o Futebol Feminino na sociedade de forma igualitária, perante os Centros 
Educacionais, Escolas públicas e particulares, reforçando que o Futebol não é um 
esporte masculino. 
 
Inserir a quebra do paradigma para que o futebol não seja um esporte baseado em 
gênero ou características físicas. 
 
Utilizar o marketing para criar engajamento e maior interesse para com o futebol 
feminino, realizar ações em parceria com poder público municipal, estadual e federal, 
operando ações em conjunto com patrocinadores das Federações estaduais e da CBF, 
em conjunto com empresas locais. 
 
Criar estratégias de massificação e envolvimento da sociedade e poder público, para 
incentivo e motivação das meninas praticarem esportes desde cedo, tendo as mesmas 
oportunidades ou possibilidade de participação em projetos sociais, eventos públicos, 
jogos escolares entre outros tipos de ações com foco no esporte. 
 
Criar e executar um plano pedagógico baseado no "futebol de rua", que possibilite uma 
maior interação e participação em conjunto de todas as crianças, porém com um cuidado 
em relação ao tamanho e peso, levando em consideração os Efeitos da Idade Relativa, 
no qual a maioria dos clubes não observam de forma mais atenta a estas especificidades 
únicas. 
 
Promover e incentivar a formação das mulheres para o ambiente de gestão e formação 
esportiva. 
 
Gerar interações nos Torneios com foco educacional sobre cidadania, companheirismo, 
solidariedade, entre outros elementos importantes na formação de um ser humano. 
 
Estratégias e Prazos: 
As estratégias de curto prazo, seriam num enfoque da propagação de conhecimento 
através de encontros que irão acontecer em clubes, federações, e empresas parcerias 
 
 
para desenvolver sobre o futebol feminino, igualdade e cidadania, entre outros já 
citados, e criação e implementação dos Planos Pedagógicos de Aprendizagem baseado 
na metodologia do Futebol de Rua, com um prazo de 6 meses a 1 ano. Gerar conteúdo 
educacional para mostrar as diferenças do futebol aplicado nos clubes de forma geral 
para crianças e salientar os benefícios e diferenças 
Num segundo momento, após a implementação da metodologia se faz necessário 
retorno financeiro para os clubes, com a criação de um plano de ação estratégico e bem 
desenvolvido de marketing, conectando diversos atores do nosso sistema esportivo 
como federações e seus patrocinadores, juntamente com patrocinadores regionais para 
incentivar a prática do futebol feminino localmente e com uma prática eficiente do 
marketing nestas ações e gerando conteúdos educativos e de cidadania através da 
internet, irá gerar maior curiosidade, engajamento e interação da população com o 
esporte, trazendo maior visibilidade ao futebol feminino, o tornando uma potência 
financeira e de marketing igual ao futebol masculino. O que levaria mais 1 ano a 2, até 
chegarmos num nível sustentável, sem depender obrigatoriamente das leis que obrigam 
o clube a ter um time feminino e necessariamente precisa investir em diversas 
necessidades.Após esses 2, 3 anos de adaptação dos clubes a trabalhar inicialmente com o futebol 
feminino será possível realizar Torneios com interesses recreativos sem a visão 
competitiva obrigatória, que também irá gerar melhores oportunidades de socialização e 
recreação, sem ter o sentimento de cobrança excessiva e pressão psicológica para as 
crianças. Também realizar neste período Torneios Competitivos, porém nas categorias 
de base utilizar regras adaptadas e voltadas a interação e não somente ao título ou 
conquista, principalmente para as categorias inicias (até sub 11). 
 
No médio longo prazo que seria em torno de 5 a 8 anos, cobrar os clubes e federações 
que tenham profissionais específicos para o futebol feminino, principalmente na área de 
gestão, como um diretor de futebol com saberes voltados para a formação específica da 
mulher. 
 
Por qual (is) categoria(s) começar ou concentrar esforços? Por quê? 
 
Sub-7 ou 6 anos de idade. Pelo início do desenvolvimento maturacional da criança e 
físico-motor e físico-analítico, quando começa a desenvolver melhor a percepção sobre 
os movimentos e entender de forma contextualizada o jogo e as brincadeiras. 
 
O que seu contexto precisaria ter ou adquirir para começar este projeto ou mantê-lo 
de maneira digna? 
 
Primordialmente a criação e execução de um planejamento estratégico para o 
desenvolvimento do futebol feminino, baseado em ligas com alto nível técnico e de 
organização. Com isso criar campeonatos nacionais, estaduais e uma nova opção os 
regionais, onde em muitos lugares se joga o tradicional amador, trás uma oportunidade 
de crescimento técnico e financeiro para os clubes amadores e até a participação de 
faculdades. Além das categorias de base também conter grande parte do contexto deste 
planejamento. 
 
Porém o mais essencial para o real funcionamento destas ligas e organizações, será uma 
necessária união entre as federações, CBF, clubes profissionais, clubes amadores, poder 
 
 
público, empresas privadas e um dos grandes pontos de interseção é a imprensa, que 
dependendo da forma que divulga, propaga, influencia em suas reportagens e 
transmissões, criam verdades quase absolutas a partir de pequenos momentos que não 
representam o todo do futebol e o que ele envolve. Pois se torna necessário que diversos 
canais promovam as dificuldades criadas para as crianças nos ambientes que hoje 
convivem nas escolinhas e categorias de base de diversos clubes e escolas, e 
principalmente na luta contra o machismo presente em nossa sociedade, que se vira 
contra toda e qualquer possibilidade de evolução no sentido de um futebol feminino 
profissional de qualidade de técnica e de jogo, além de impossibilitar um retorno 
financeiro para os clubes o que é muito importante para que eles possam investir no 
crescimento da modalidade. 
 
Quais são as condições externas necessárias hoje para o desenvolvimento do futebol 
feminino no seu contexto a médio e longo prazos? 
 
Uma das necessidades imediatas além da promoção e propagação do futebol feminino 
pela imprensa e canais de comunicação, é oferecer espaços aonde se debate sobre 
atuação dos jogos, tática e tecnicamente falando, dando importância para as reais 
características do jogo de futebol, além de sempre trazer a importância do extremo 
respeito e valorização das mulheres perante a sociedade em geral e no esporte. 
 
Mostrar que o esporte não é apenas para profissionais e que as crianças sejam 
incentivadas à prática da modalidade para um crescimento humano, pois nos oferece 
oportunidades de desenvolver habilidades das mais diversas maneiras e situações, que 
agregam à todos humanos. 
 
O apoio dos patrocinadores e poder público para a continuidade dos projetos e 
desenvolvimento do futebol feminino através de uma metodologia, além da elaboração 
das ligas femininas, no qual se necessita tempo para um crescimento eficaz e que traga 
retorno em todas as esferas possíveis. 
 
Anexo 3 – Futebol de Base no Camboriú FC 
 
Olhando por um aspecto da Formação de Jogadores o clube não possui praticamente 
nenhuma estrutura que traz uma formação pensada no desenvolvimento humano do 
atleta. A última categoria é a sub-17 o que obriga ao jovem que na maioria das vezes 
ainda está muito imaturo, conseguir desenvolver seus aspectos e habilidades 
diretamente no profissional com cobranças maiores, além de ser inexistente um trabalho 
de transição e que pudesse ser realizado a longo prazo. 
 
Etapa A (perguntas): 
 
As duas perguntas obrigatórias são: 
 
- Em qual nível escolar estão os atletas do clube nascidos no ano de 1998? 
 
- Existe algum jogador dessa geração que já está na equipe principal? 
 
Apenas um atleta que está no elenco é nascido em 98 e oriundo das categorias de base, 
já está no profissional desde o ano passado. Somente terminou o Ensino Fundamental. 
 
 
Um outro atleta de 98, que veio diretamente para a disputa do campeonato profissional 
deste ano, possui Ensino Médio incompleto. 
 
Nascidos no ano de 1999? 
 
Apenas um atleta é nascido em 99, veio das categorias de base, está no profissional 
desde o ano passado. Terminou o Ensino Médio. 
 
Etapa B (relatório): 
 
É um clube novo de apenas 15 anos, de certa forma podemos considerar que seja 
modesto, pois vive de patrocínios espontâneos e pontuais, além de convênios sociais. 
Porém investem o máximo de dinheiro possível na montagem do elenco para a disputa 
do Estadual profissional, que dura cerca de 3 meses no máximo. 
 
As categorias de base são do sub-7 ao sub-17. 
 
Falta de planejamento e profissionais para atuarem de forma mais direta com os atletas 
da base, visão da diretoria não é alinhada com uma visão sistêmica. O que dificulta uma 
elaboração de um trabalho diário visando a formação do lado humano do atleta e 
consequentemente aumentando as possibilidades da evolução atlética do jovem. Não 
possui departamentos em nenhum setor, nem base e nem profissional, por isso não conta 
com fisiologistas, psicólogos, e outros tipos de auxílio possível vindo do clube, sendo 
que a comissão técnica da base que é composta por treinador e auxiliar apenas e que 
atuam em diversas categorias invertendo os papeis. 
 
Apesar das dificuldades financeiras, o ponto mais positivo é que o clube acompanha de 
uma forma distante, mas mantém contato, em conversa com pais e familiares, o 
andamento do colégio e outras questões pessoais do atleta que possam influenciar a sua 
rotina de treino. 
 
Vejo como uma realidade das maiorias dos clubes pequenos, os que só disputam 
estaduais, ou como o Camboriú, disputa apenas 2ª divisão do estadual, todos os 
gestores, possuem sua empresa e além de dividirem tempo e preocupações com seu 
negócio e o clube, enxergam como a única solução de fazer a base evoluir e ter dinheiro, 
quando estiverem numa divisão superior ou com mais calendário. O que infelizmente é 
um equívoco, pois nos dias de hoje, temos a total condição de se criar um departamento 
de marketing profissional, que consiga melhores parceiros estratégicos, que visam uma 
evolução das necessidades da base, além de infraestrutura do clube. Pois se seguirmos a 
visão deles, nunca irão realmente profissionalizar o clube e investir em trabalhos a 
longo prazo. Já que a cada 3 derrotas do treinador mandam embora, e todo o possível 
planejamento de união entre base e profissional se foi embora, já que o clube não tem 
um documento orientador ou algum modelo de plano pedagógico específico. 
 
Anexo 4 – Análise de Jogo PSG X BAY 
 
48:20 - PSG - Jogada individual de Neymar pela intermediária ofensiva esquerda, que 
erra o passe na tentativa de infiltração do lateral esquerdo Kurzawa 
 
 
 
48:27 - BAY - Interceptação do zagueiro Hummels (transição ofensiva) que inicia troca 
de passes rápidos até realizar a retirada da bola da zona de pressão 
 
48:40 - BAY - (Organização ofensiva) Balanço ofensivo com lateral esquerdoAlaba 
oferecendo amplitude e penetração para tabelar com ponta esquerda 
 
56:12 - PSG - (Organização defensiva) Compactação e Bloco Defensivo baixo com 
pressing ao portador da bola e direcionamento da bola para a zona lateral de campo. 
 
59:38 - PSG - (Bola parada ofensiva) Falta próxima a área do adversário, frontal que 
Neymar não concretiza em gol. 
 
61:44 - PSG - (Organização ofensiva) Disputa de 2ª bola após cobrança de lateral que 
sobra na lateral defensiva direita com Daniel Alves e conduz a bola até próximo a área 
adversária, realizando um passe entre as linhas após ultrapassagem de M'Bappe que toca 
para Neymar finalizar ao gol. 
 
63:40 - BAY - Cruzamento da intermediária ofensiva direita para Muller que não 
consegue dominar a bola, que entra em disputa mas a sobra ficando com o adversário 
seguidamente, demonstrando a pressão pelo jogo fora de casa, além dos 3x0 já 
marcados no placar. 
 
69:43 - PSG - Pressing ao portador da bola, Verrati rouba a bola na intermediária 
defensiva, e retira a bola da zona de pressão, abrindo o jogo com passe em diagonal para 
M'Bappe que tenta um passe em profundidade entre os zagueiros para Neymar, que não 
chega na bola. 
 
69:55 - PSG - (Organização defensiva) Recomposição rápida sem deixar adversário 
tirar a bola da zona de pressão. Rabiot intercepta passe na intermediária esquerda e 
procura amplitude com M'Bappe na esquerda ofensiva, que ao receber a bola realiza um 
drible entrando na área e toca para Neymar no centro que continua a virada de jogo para 
Dani Alves na zona de Finalização e concretiza o gol. 
 
77:20 - PSG - (Atrator) Neymar pelas suas qualidades e características 
desequilibrantes, é o principal jogador do time, sempre buscando o gol ou passes 
decisivos, por isso tem um marcação melhor e mais numerosa pelos adversários, o que 
ocasiona num grande número de faltas. 
 
82:54 - PSG - Paris mantém a posse de bola, porém com uma transição mais lenta, 
inclusive com passes mais laterais, com menos infiltrações, mas buscando a inversão de 
lado da bola, o que gera gritos de "Olé" na torcida da casa. 
 
83:20 - BAY - Bayern pressiona posse de bola lenta do psg que erra e coloca bola em 
disputa após chutão, provocando ações pouco comuns no adversário. 
 
83:26 - BAY - (Transição ofensiva) Recuperação da bola e rápida estruturação da 
equipe que consegue superioridade numérica e com coberturas para retirar a bola da 
pressão e com tabelas, buscando a finalização. 
 
 
 
86:40 - PSG - Após recuperação da bola aérea, 3 jogadores realizam toques de 
primeira, muito utilizados no "Futevôlei", para manter a posse de bola para a equipe. 
 
91:00 - BAY - Robben que nem sempre é o capitão oficial da equipe, como não foi 
neste jogo, incentivando e realizando gestos para seus companheiros, sinalizando a 
necessidade do time diminuir os espaços, já que o adversário está com a posse da bola 
na defesa e seu time está perdendo por 3 a 0, faltando apenas 2 minutos para o fim do 
jogo. 
 
Anexo 5 – Jogos Adaptados para treinos e ensino do futebol 
 
Etapa 1: Começo da iniciação no futebol 
 
Atividade 1 
 
Estrutura da atividade: Aquecimento - Handball adaptado 
Objetivo(s): Estruturação de espaço, desenvolver estratégias de mobilidade, troca de 
posição para criar linhas de passe, progressão e finalização ao alvo, técnicas de 
interceptação e leitura de jogo. 
Materiais: Bola, alvo, coletes, cones e fitas. 
Espaço/ambiente: Campo reduzido 1/6 do campo oficial 
 
Regras do jogo (quantidade de jogadores, regras de funcionamento): Grupos de 4x4, a 
equipe que está em posse da bola, só pode realizar passes com as mãos, as finalizações 
só podem ser feitas com 1 toque na bola utilizando qualquer parte do corpo, exceto as 
mãos; o adversário só pode tentar recuperar a bola na fase aérea após um passe ou 
finalização; nas áreas do gol só podem haver disputas de cabeça; o portador da bola não 
pode ser deslocar e tem 3 segundos para fazer o passe, se não o fizer, perde a posse da 
bola. Vence quem fizer mais gols. 
 
Pequenas variações/intervenções: Pontuações diferentes para gols com quantidade de 
passes mínimos e diretos sem interceptação do adversário, adaptar regras em quantidade 
de passes no campo defensivo ou ofensivo, aumentar ou diminuir tempo limite de possa 
de bola, gols em troca ataque e quantidade máxima de toques com ponto extra. 
 
Atividade 2 
 
Estrutura da atividade: Aquecimento - "Futetênis" 
Objetivo(s): Aprimorar técnica de toque na bola, mobilidade e velocidade. 
Materiais: Bola, coletes, cones e fitas. 
Espaço/ambiente: Campo reduzido 1/10 do campo oficial 
 
Regras do jogo (quantidade de jogadores, regras de funcionamento): Grupos de 1x1, 
cada jogador pode dar no máximo 3 toques na bola, é permitido 1 quique da bola no 
próprio campo. Para pontuar é preciso transmitir a bola à quadra do adversário, com 
qualquer parte do corpo exceto os braços, e ele não conseguir devolver ao outro campo. 
Vence quem fizer mais pontos. 
 
Pequenas variações/intervenções: Aumentar ou diminuir possibilidade de quiques da 
bola em seu campo, para valer a pontuação é necessário toque com alguma parte do 
 
 
corpo específico como pé não dominante, de peito, cabeça. Bolas de diferentes 
tamanhos. Aumentar o campo de jogo e inserir parceiros. 
 
Atividade 3 
 
Estrutura da atividade: Aquecimento - Derruba cone 
Objetivo(s): Aprimorar técnica de toque na bola, mobilidade para criar linhas de passe, 
velocidade e interceptação. 
Materiais: Bola, coletes, cones e fitas. 
Espaço/ambiente: Campo reduzido 1/10 do campo oficial 
 
Regras do jogo (quantidade de jogadores, regras de funcionamento): Grupos de 2x1, a 
cada 1 minuto troca-se o jogador que faz o centro e que busca recuperar a bola, o 
jogador defensivo busca interceptar os passes e impedir que os adversários acertem o 
cone com a bola, os jogadores que estão nas extremidades devem acertar os cone com a 
bola para ganhar 3 pontos ou acertar um passe para o jogador no outro lado para ganhar 
1 ponto. Vence quem fizer mais pontos. 
 
Pequenas variações/intervenções: Aumentar ou diminuir tempo do jogador central de 
marcação, inserir pontuação para jogador defensivo quando interceptar, passes em 
sequência entre os extremos duplica pontuação, utilização da perna não dominante 
seguidamente da ponto extra. 
 
 
 
Etapa 2: Final da iniciação e começo da especialização no futebol 
 
Estrutura da atividade: Treino de Fundamentos - Jogos de Domínio e Passe 
Objetivo(s): Aprimorar o desenvolvimento físico, passe, domínio, condução, 
manutenção da possa, progressão ao alvo, amplitude e apoio para estruturação} L de 
espaço 
Materiais: Bola, coletes, cones e fitas. 
Espaço/ambiente: Campo reduzido 30x30 
 
Regras do jogo (quantidade de jogadores, regras de funcionamento): Grupos de 5x5, 
num campo que possui 4 zonas em regiões próximas as arestas do campo, a equipe com 
a posse de bola tem que fazer com que a bola passe pelas 4 zonas ganhando 3 pontos. 
Assim que conseguir ocupar 3, faltando apenas 1 zona a ser explorada, a equipe com 
posso de bola se trocar 8 passes seguidos ganha 1 ponto extra. 
 
Pequenas variações/intervenções: Inserir coringas para auxílio no passe. Possibilidade 
de condução da bola até uma próxima zona se o condutor estiver numa outra zona já 
conquistada. Condução da bola até meio campo, tendo que fazer um passe em direção a 
zona que está sendo o alvo. Limitar a quantidade de toques na bola. Limitar devolução 
de passe para quem acabou de realizá-lo. 
 
Etapa 3: Final da Especialização no futebol 
 
Estrutura da atividade: Jogo das travinhas em forma de Losango 
 
 
Objetivo(s): Fundamentos técnicos (passe, domínio, condução, drible, finalização), 
marcação individual, mobilidade para sair da marcação, jogar coletivamente, leitura e 
estruturação do espaço, progressão ao alvo e proteção à meta a ser defendida.Materiais: Bola, coletes, cones 
Espaço/ambiente: Metade do campo oficial, usar na horizontal 
 
Regras do jogo (quantidade de jogadores, regras de funcionamento): Jogos de 6x6 com 
2 alvos em forma de losango com dois metros de largura entre os cones, formando 4 
entradas e todas são possibilidades de gol, alvo fica a metros da linha de fundo. 
 
Pequenas variações/intervenções: Limite de toques na bola para finalizar, tempo 
máximo de posse no setor defensivo, finalização com perna não gol dominante, ponto 
extra para gol com perna não dominante, gol originado de inversão de bola ponto extra, 
outras regras que intensificam situações de jogo e momentos de mudança de 
comportamento.

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