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Inclusão e Educação de Surdos

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Aluna: Aline Penegondi Machado
RGM: 063.2557
Pólo: Aral Moreira – MS.
PORTIFÓLIO 01
Atividade da aula 01.
1- Durante muito tempo os surdos foram considerados incapazes de pensar por não utilizarem a linguagem oral como comunicação. Diante dos textos apresentados, quais as mudanças na sociedade atual? Como o sujeito surdo é “visto” hoje?Justifique.
Na antiguidade os surdos eram tratados cruelmente pela sociedade sendo desprezados e até sacrificados. A partir da declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), as políticas sociais brasileiras adaptaram um processo de inclusão dos surdos na comunidade focada na área da educação, os artigos 205, 206 e 208 da constituição federal de 1988. A intenção era que eles pudessem se encontrar no mercado de trabalho desenvolvendo atividades e conquistando a emancipação não somente financeira mais social também.
Hoje em dia as políticas públicas brasileira deram a oportunidade de inclusão dos surdos por meio da Educação especial, através de pessoas formadas e especializadas para atendê-los em sala de aula e ensinar os mesmos a se comunicarem. Hoje eles são vistos como pessoas capazes de se interagir na sociedade ouvinte através da libra, dos sinais e conquistaram uma grande independência e seu lugar na sociedade.
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2- Disserte sobre Cultura e Identidade surda.
Atualmente os surdos ainda lutam muito para fazer valer a suas conquistas e direitos. Como são minoria eles sofrem muito por não terem o destaque merecido. 
Pode-se entender que a cultura surda é a forma como os surdos compreendem o mundo adaptando formas que facilite o máximo possível. As estratégias que facilita e auxiliam muito é a língua de sinais (libras), a visão que ajuda de forma positiva, entre outros. Sua cultura está ligada a outras e vivem constantes modificações. A identidade surda pertence à cultura deles e precisam se reconhecer como surdos são as características que diferenciam dos demais.
3- A Lei nº 10.436 de 24 de abril garantiu ao sujeito surdo muito melhorias. Cite algumas.
A língua brasileira de sinais foi reconhecida no Brasil como segunda língua pela lei nº10.436, de 2002, regulamentada em 2005 por meio do decreto nº 5.62, que garantia aos surdos acesso aos espaços de cidadania como escola, sociedade, igrejas, entre outros. Sendo assim os surdos passaram a ter seus direitos respeitados perante a sociedade.
Alguns exemplos da conquista que eles tiveram e que são ações do dia-a-dia como: o direito de terem uma língua materna e serem aceitos e respeitados por isso. Todos terem o direito de aprender a língua materna nas suas formas orais e escritas. Terem o direito de usar sua língua materna em todas as situações oficiais. Cursos de licenciatura adotaram em seu currículo a disciplina libras. O aluno surdo ter direito a um professor de apoio em sala de aula. Entre outras varias conquistas que os surdos conquistaram durante os anos e com certeza ainda terão muitas outras.
 
Atividade da aula 02.
1- Após a leitura dos textos, é possível perceber as dificuldades vivenciadas pelos familiares do sujeito surdo. Escreva quais são essas dificuldades e porque você acredita que isso ocorre. Quais os mecanismos que poderiam ser adotados para oferecer a família e principalmente ao sujeito surdo condições favoráveis para o seu desenvolvimento? 
Acho que a maior dificuldade que as famílias enfrentam é a aceitação diante da situação e do diagnostico. O medo do preconceito e da adaptação perante a sociedade trouxe e ainda traz muitas duvidas o que torna tudo mais difícil para as famílias e para a criança diagnosticada. Primeiro vem o medo de como se comunicar e entender as necessidades da criança, depois como será incluída na sociedade.
Hoje em dia existem muitos cursos que ensinam a língua de sinais. Seria uma opção que os pais aprendam a libras para poder ensinar e se comunicar com a criança e também para ensinar essa comunicação que será a sua língua materna. 
Atividade da aula 03.
1- Fale sobre as abordagens educacionais utilizadas na tentativa de educar os surdos e aponte qual delas é a mais indicada para trabalhar com o sujeito surdo. Justifique sua resposta.
A Língua Brasileira de sinais (Libras) foi um marco na educação dos surdos, considerada língua própria para a educação dos surdos no Brasil. Através dos estudos realizados podemos afirmar que a proposta do Bilinguismo é a mais adequada para trabalhar com o sujeito surdo, pois ela trabalha duas línguas juntas, tendo em vista que a língua de sinais é a primeira língua ensinada, a partir dessa vem a segunda que é o Português na modalidade escrita ou oral. A proposta do bilinguismo deseja que o aluno surdo aprenda duas línguas ao final do ensino fundamental. As abordagens educacionais foram estudos realizados para a educação dos surdos em todo mundo, porém o método mais indicado seria a comunicação total, que proporciona ao surdo, aprender não apenas o uso da língua de sinais como a oralidade, os sons e ruídos, mas também conhecimentos gerais.
Atividade da aula 04.
1- A aula 04, trata das Políticas Públicas e dos meios a serem seguidos para que a educação do sujeito surdo ocorra de maneira significativa. Quais são esses meios? O que são Políticas Públicas e qual o seu papel para minimizar as dificuldades enfrentadas pelas menorias?
Que exista na escola um professor intérprete, que utilize linguagem e códigos diferenciados ao acesso do aluno surdo ao currículo; Sala de recursos com materiais e equipamentos específicos para a aprendizagem do aluno. Essas salas devem realizar uma avaliação diferenciada, num processo de ensino aprendizagem voltada as teorias da educação inclusiva; Reconhecimento da Língua Brasileira de sinais Libras, como meio legal de comunicação e expressão do aluno surdo; Garante o atendimento às necessidades educacionais dos surdos em sala de aula e em salas de recursos, em turno contrário da escolarização. A escola deve estar organizada de maneira que propicie a interação entre todos os alunos. As políticas públicas são ações sociais do estado, que determinam um padrão de proteção social. Beneficiando as pessoas mais necessitadas, que passam por desigualdades e deficiências. Dentre essas políticas destacamos a política educacional, que é uma política com intencionalidades, principalmente voltada à educação de pessoas surdas como sentido de inclusão na sociedade.
Atividade da aula 05.
1- Se tratando dos aspectos gramaticais básicos da Libras, fale sobre cada um deles e a importância desses para que a mensagem seja transmitida de maneira clara e eficiente.
Em todas as línguas existentes é necessário que se tenha uma estrutura de construção frasal, ou seja, é preciso que cada elemento que componha a frase esteja em um determinado lugar para que o que se deseja falar tenha sentido (sujeito, verbo, advérbio, adjetivo, pronome, predicado, etc.) e, na língua de sinais também existem alguns parâmetros lexicais, que são os sinais. Dito isso, destaca-se que a LIBRAS não é uma tradução da Língua Portuguesa ou de qualquer outra Língua, ela é uma Língua individual que possui uma gramática própria e que tem um modo de articulação que é visual-espacial e que é diferente em cada país. Para a comunicação em LIBRAS não basta apenas conhecer os sinais, sendo fundamental a gramática como semântica, morfonoliga, fonologia, pragmática, sintaxe e suas variações regionais, usada de acordo com o contexto das expressões pretendidas. Os sinais diferenciam-se por parâmetros como: Configurações de mão; Pontos de articulação; Movimentos; Expressões faciais e corporais; Orientações de mão.
Atividades da aula 06.
1- Quadros (2001, p.57) aborda alguns elementos sobre a atuação do intérprete educacional que devem ser considerados. Fale sobre cada um desses itens. 
O intérprete de Libras é o profissional que domina a língua de sinais e a língua falada do país e que é qualificado para desempenhar a função. Ele deve ter domínio dos processos, dos modelos, das estratégias e técnicas de tradução e interpretação, além de possuir formação específica na área de sua atuação(por exemplo, a área da educação). Sua função é interpretar de uma dada língua de sinais para outro idioma, ou deste outro idioma para uma determina língua de sinais. Além disso, ele deve ser visto como um profissional, mantendo a ética e atuando como um profissional que respeite as confidencialidades do Surdo, o qual ele está representando.
2- Fale sobre a formação do intérprete de Libras e suas áreas de atuação.
Nos últimos anos a carreira profissional de Intérpretes de Língua de Sinais vem se fortalecendo através de cursos de formação e capacitação. Esse profissional vem se articulando para conquistar seu espaço e o reconhecimento social, intensificando ainda mais sua importância e provando ganhos às comunidades Surdas. Por atuar em uma área bastante diversificada, e, ainda não ter nenhuma certificação garantida por entidade ou órgão que garanta um plano de carreira, faz-se necessário que esse procure se manter constantemente atualizado, pois, o nível de formação profissional é levado em conta. Ainda não existem áreas especificas de atuação, ou seja, o Intérprete ainda não pode optar por atuar ou não em determinadas áreas. Há algumas modalidades onde o intérprete de LIBRAS atua, que podemos citar como exemplo: Intérprete no campo educacional, religioso, jurídico.
Atividade da aula 07.
1- Como ocorre a formação do sujeito surdo nos espaços escolares regulares?
Ela ocorre de maneira a fazer com que o Surdo seja preparado e encaminhado a viver de forma qualitativa e com equidade, observando sempre suas necessidades especificas. A formação do sujeito Surdo deve dar suporte para que ele possa viver em comunidade e exercer sua identidade e cidadania, proporcionando à ele uma educação afetiva e de aceitação, ou seja, é preciso o reconhecimento da capacidade do Surdo como positiva, dando à ele o direito de ser educado e de ter o acesso à educação bilíngue, com LIBRAS e Língua Portuguesa. Ele é assistido por um professor de apoio que através da língua de sinais explica todo conteúdo passado pelos professor para que o aluno esteja em sintonia com os conteúdos passados para toda classe.
2- O que significa a visão terapêutica e no que isso implica?
Como já vimos, durante muito tempo o Surdo foi visto como um deficiente (e hoje, infelizmente, em alguns casos ainda é visto assim), por isso, teve que travar várias lutas morais e sociais para que tivesse reconhecida a sua língua e para que não fossem relacionados estritamente com uma condição patológica. Toda essa batalha, por um lado, trouxe aos Surdos uma sensação de não pertencimento e de auto exclusão tanto social como familiar, e por outro, tornou-os reconhecidos e visíveis no meio social, inclusive, tendo os seus direitos garantidos em Lei.
Atividade da aula 08.
1- Realize uma síntese da última aula, apontando os avanços e conquistas da comunidade surda e seus movimentos em relação aos trabalhos e oportunidades.
 A história dos surdos, desde as primeiras menções de que se tem conhecimento, remonta a uma trajetória de grande sofrimento, marcada por relações onde o sujeito surdo teve na grande maioria das vezes, papéis coadjuvantes na construção até mesmo de seus próprios passos.
A primeira escola para surdos foi fundada em Paris em 1775, com apoio público para este fim. Isto aconteceu pelo empenho e pela vocação apresentados pelo jovem Abade de l’Epée, que segundo Sacks (1990, p.32) “considerou a linguagem dos sinais não com desdém, mas com respeito”. A escola criada por l’Epée formou muitos professores surdos, capacitando-os para atuar como mestres na escolarização e educação de pessoas surdas em outros lugares. Estes professores passaram a ser referência e muitos deles migraram para outros países, com o objetivo de educar outros surdos pelo mundo.
No Brasil, foi fundado o Imperial Instituto de Surdos Mudos, em 26 de setembro de 1857, durante o Império de Dom Pedro II, quando da vinda do professor surdo francês E. Huet. Na época, o Instituto funcionava como uma escola, mas também assumia o papel de asilo, onde só eram aceitos surdos do sexo masculino, advindos de todos os pontos do país. Nestes recortes históricos encontramos fatos de grande relevância, mas dentre todos, e quando pensamos nas questões que estão envolvidas nos processos educacionais e de escolarização das pessoas surdas, é fundamental citar o Congresso de Milão, ocorrido em 1880 na Itália, e que pode ser definido como um evento ao qual, até os dias atuais, os surdos tem verdadeira aversão.
Buscando subsídios capazes de respaldar a luta da Comunidade Surda pela garantia do direito a uma educação capaz de oferecer a estes sujeitos plenas condições de desenvolvimento,
faz-se necessário reconhecer que os surdos, em todos os países, são considerados também como minorias linguísticas e, portanto, é preciso levar em conta sua especificidade comunicacional, cultural e social.
A igualdade de oportunidade deve levar em consideração a defasagem que acompanha essas pessoas desde o seu processo de escolarização até questões de conhecimento de mundo que integram a capacidade competitiva para o trabalho.
As grandes empresas, dentro de seus programas sociais, vêm atendendo a legislação e contratando pessoas com deficiência, mas procuram os que possuem uma capacidade produtiva profissional real, na ausência desse profissional são “fadados” a contratação de pessoas sem formação para inclusão na cota de pessoas com deficiência, o que determina a necessidade de a própria empresa fornecer de formação inicial desse novo colaborador.

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