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Máquinas Primárias Webconferência I Professor(a):Pedro de França Santos Ementa • Unidade 1 • Introdução ao estudo das máquinas térmicas • Substâncias puras: as mudanças de fase • Calor, Trabalho e a primeira lei da termodinâmica • Unidade 2 • Segunda lei da termodinâmica (refrigeradores e bombas de calor) • Ciclos térmicos Ementa • Unidade 3 • Fundamentos das mecânicas dos fluídos aplicados às máquinas hidráulicas • Unidade 4 • Conservação das energias cinética, potencial e de escoamento em uma corrente de fluido • Máquinas hidráulicas e instalações de bombeamento Introdução • A aplicação de máquinas térmicas teve início no século XVIII e estava focada principalmente no desenvolvimento de meios para a propulsão de máquinas. • Com a Revolução Industrial, as máquinas térmicas foram incorporadas ao processo produtivo, aumentando a capacidade de produção. Surgimento e importância das máquinas térmicas • O primeiro registro histórico deve-se a um matemático e mecânico grego chamado Heron de Alexandria no século I. • A aplicação de uma máquina térmica surge com o projeto a vapor de Cugnot Trolley em 1769. Essa máquina tinha como finalidade o transporte de canhões de artilharia do exército francês, sem a utilização de tração animal. Características das máquinas térmicas • As características essenciais das máquinas térmicas são: • Recebem calor de uma fonte de maior temperatura (cumbustão de lenha, reatores, fornalha, etc.); • Parte do calor recebido é convertido em trabalho útil, geralmente em forma de energia mecânica; • O restante do calor que não foi convertido em energia mecânica é desperdiçado, isto é, absorvido por outro elemento de menor temperatura • Todas as máquinas térmicas trabalham em um ciclo contínuo Características das máquinas térmicas • As máquinas térmicas frequentemente utilizam um material para transportar a energia térmica, que normalmente é um fluido, chamado de fluido de trabalho. • Segundo Çengel e Boles (2013), o conceito de máquina tpermica é usado para um grupo abrangente de sistemas mecânicos, que não necessariamente trabalham com ciclos termodinâmicos e contínuos. • Exemplos disso são os motores de veículos (ciclo Otto, diesel, etc) e as turbinas a gás que operam em usinas termoelétricas e até mesmo em aviões. Esses dispositivos operam em um ciclo mecânico, não termodinâmico. Características das máquinas térmicas • Um dispositivo clássico e sempre exemplificado nas definições de máquinas térmica é o sistema de caldeira, ou usina de potência de vapor, que é uma máquina de combustão externa, na qual a combustão e a absorção da energia calórica ocorrem fora da máquina. • Com base nesse ciclo, é definido as variáveis das máquinas térmicas: • Qent: energia calórica fornecida ao vapor d’água da caldeira a partir de uma fonte à alta temperatura (fornalha); • Qsai: energia calórica perdida pelo vapor no condensador, transferida a corpos com temperatura inferior(por exemplo, atmosfera,rios, etc.) Características das máquinas térmicas • Com base nesse ciclo, é definido as variáveis das máquinas térmicas: • Qent: energia calórica fornecida ao vapor d’água da caldeira a partir de uma fonte à alta temperatura (fornalha); • Qsai: energia calórica perdida pelo vapor no condensador, transferida a corpos com temperatura inferior(por exemplo, atmosfera,rios, etc.) • Wsai: trabalho mecânico realizado pelo vapor por meio da turbina. • Went: quantidade de energia consumida pela bomba. Características das máquinas térmicas • Com essas variáveis, é possível representar a lei da conservação de energia que estabelece que a quantidade de trabalho ou energia que entra no sistema deve ser igual à quantodade de trabalho ou energia que sai da máquina térmica. • Assim o trabalho líquido pode ser representado de duas formas: Wliq=Went - Wsai Wliq = Qentra – Qsai Eficiência térmica • Como visto nas definições de máquinas térmicas, o princípio de funcionamento consiste em retirar calor de uma fonte quente e convertê-lo em trabalho útil. Assim, uma parte do calor é aproveitada mediante energia mecânica, e a outra parte é absorvida pela fonte fria. • Sabendo a quantidade de energia que foi utilizada e a que foi devolvida à atmosfera, é possível definir a eficiência da máquina. • O sistema térmico tem maior eficiência quando transforma mais calor em trabalho e, portanto, desperdiça menor quantidade de energia térmica, que vai pra fonte fria. • O símbolo utilizado para eficiência térmica é: ηth. Eficiência térmica • A eficiência térmica pode ser ser expressa como: η𝑡ℎ = 𝑊𝑙𝑖𝑞 𝑄𝑒𝑛𝑡 η𝑡ℎ = 1 − 𝑄𝑠𝑎𝑖 𝑄𝑒𝑛𝑡 • Quando se pretende obter maior eficiência de máquinas de ciclos contínuos que operam em duas temperaturas diferentes, como os refrigeradores e as bombas de calor, são definidos dois meios de temperatura: o meio de alta temperatura Eficiência térmica • Quando se pretende obter maior eficiência de máquinas de ciclos contínuos que operam em duas temperaturas diferentes, como os refrigeradores e as bombas de calor, são definidos dois meios de temperatura: o meio de alta temperatura (TH) e o meio de baixa temperatura (TL). Dessa forma, é possível definir a energia calórica entrante (Qent) e a energia calórica saliente (Qsai): • QH: quantidade de calor que é transferida da fonte de maior temperatura(TH) à máquina térmica; • QL: quantidade de calor que é transferida da máquina térmica para a fonte de menor temperatura (TL). Eficiência térmica • Desse modo, o valor da quantidade de trabalho líquido e sua eficiência podem ser descritos como: Wliq = QH – QL η𝑡ℎ = 𝑊𝑙𝑖𝑞 𝑄𝐻 η𝑡ℎ = 1 − 𝑄𝐿 𝑄𝐻 • A eficiência térmica é uma medida que relaciona a quantidade de trabalho mecânico útil obtido de uma máquina térmica à quantidade de energia que foi injetada no sistema em forma de calor. Eficiência térmica • Em geral, as máquinas térmicas apresentam baixo rendimento quando comparadas a outros tipos de sistemas. Por exemplo, um automóvel convencional possui uma eficiência de aproximadamente 25%. Quando falamos de grandes turbinas de gás e usinas termoelétricas (UTEs), a eficiência desses sistemas pode chegar aos 60%. Exemplo • O calor é transferido de uma fornalha para uma máquina térmica a uma taxa de 80 MW. Considerando que a taxa em que o calor é rejeitado para um rio próximo é de 50 MW, determine o trabalho realizado pela máquina. Qq = 80 MW Qf = 50 MW • Sabendo que W = Qq – Qf, temos: W = 80 MW – 50 MW W = 30 MW • Para saber a eficiência energética da máquina, teríamos que aplicar a seguinte fórmula: η = W/Qq η = 30 MW/80 MW η = 0,375 ou 37,5%. Como melhorar a eficiência de máquinas térmicas • A única forma de otimizar um sistema térmico é diminuir o desperdício de energia calórica (Qsai). • Por exemplo, em usinas termoelétricas, o condensador é o dispositivo que dissipa grandes quantidades de calor na atmosfera ou nos rios. Pelo fato de o condensador ser um elemento indispensável no processo contínuo termodinâmico da máquina térmica, não é possível substituí-lo. Ciclo Brayton com regeneração Ciclo Brayton com regeneração • Nos motores a turbina a gás, a temperatura do gás de exaustão que sai da turbina quase sempre é consideravelmente mas alta do que a temperatura do ar que sai do compressor. • Assim, o ar à alta pressão que sai do compressor pode ser aquecido pelos gases quentes da exaustão em um trocador de calor de correntes opostas (contra-corrente), também conhecido como regenerador ou recuperador. Ciclo Brayton com regeneração • A eficiência térmica do ciclo aumenta com a utilização da regeneração, uma vez que a parte da energia dos gases de exaustão que normalmente é rejeitada para a vizinhança agora é usada para pré-aquecer o ar que enetra na câmera de combustão. • Isso, por sua vez, diminui a quantidade de calor que deve ser fornecida(e,consequentemente, combustível) para o mesmo trabalho líquido produzido. • Para um regenerador, pode-se considerar: 𝜀 = 𝑇5 − 𝑇2 𝑇4 − 𝑇2 • Sendo o 𝜀 a efetividade do regenerador. Máquinas térmicas e os enunciados de Clausius e de Kelvin-Planck • Enunciado de Kelvin-Planck: É impossível construir um dispositivo que opere em ciclo termodinâmico e que não produza outros efeitos além do levantamento de um peso e da troca de calor com um único reservatório térmico. • Esse enunciado está vinculado à discussão sobre a eficiência dos motores térmicos e estabelecer ser impossível construir um motor térmico que opere com rendimento de 100%. • Ou seja, é impossível que uma máquina térmica receba uma determinada quantidade de calor de um corpo à alta temperatura e produza igual quantidade de trabalho. • Isso significa que um ciclo só pode produzir trabalho se estiverem envolvidos dois níveis de temperatura e o calor for transferido do corpo à alta temperatura para a máquina térmica, e também dessa máquina térmica para o corpo à baixa temperatura. Máquinas térmicas e os enunciados de Clausius e de Kelvin-Planck • Observe que a inexistência de uma máquina térmica cuja eficiência seja igual à unidade não se deve ao fato de existir atritos, superfícies e acabamentos imperfeitos, folgas ou outros efeitos dessa natureza. Trata-se de uma limitação intrínseca mesmo às máquinas térmicas ideais e, principalmente, às reais que utilizamos no nosso dia a dia. Máquinas térmicas e os enunciados de Clausius e de Kelvin-Planck • Enunciado de Clausius: É impossível construir um dispositivo que opere em um ciclo e que não produza outro efeito além da troca de calor de um corpo à baixa temperatura para um corpo à alta temperatura. • Ou seja, não pode ser transferida energia térmica de uma fonte de menor temperatura para uma fonte de maior temperatura, a não ser que seja realizado um trabalho externo líquido para essa finalidade. • Por exemplo, o ar condicionado não pode funcionar a menos que o seu compressor seja acionado por uma fonte externa de energia (trabalho líquido fornecido por um motor elétrico). Fenômenos físicos durante as mudanças de fases de substâncias • Um material qualquer pode ser considerado uma substância quando possui todas as suas propriedades definidas, determinadas e praticamente invariáveis nas mesmas condições de temperatura e pressão. • Não existem duas substâncias que tenham entre si, todas as propriedades exatamente iguais. • Como exemplos de substâncias, podemos citar: • Água destilada; • Álcool etílico anidro • Oxigênio • Gás Carbônico • Mercúrio Fenômenos físicos durante as mudanças de fases de substâncias • Uma dada massa de água pode existir sob várias formas, ou fases (líquido, vapor ou sólido). • Uma fase é definida como uma quantidade de matéria totalmente homogênea. Quando mais de uma fase coexistem, estas se separam, formando as fronteiras das fases. • Em cada fase, a substância pode existir várias pressões e temperaturas, ou, usando a terminologia da termodinâmica, em vários estados. • O estado pode ser identificado ou descrito por certas propriedades macroscópicas observáveis: • Temperatura • Pressão • Massa específica Fenômenos físicos durante as mudanças de fases de substâncias • Quando uma substância muda de estado de agregação sob pressão constante, a temperatura permanece a mesma até o processo final. • Para a água a 1 atm a temperatura de fusão é 0°C e a de ebulição é de 100 °C. • No sentido inverso ocorre o mesmo fenômeno. • A atingir 100°C ocorre o ponto de condensação e com 0°C ocorre o ponto de solidificação. Fenômenos físicos durante as mudanças de fases de substâncias Fenômenos físicos durante as mudanças de fases de substâncias • As propriedades podem ser divididas em duas classes: as intensivas e extensivas. As propriedades intensivas são independentes da massa, enquanto o valor da propriedade extensiva varia diretamente com a massa. • Assim, se uma quantidade de matéria, em um estado, é dividia em duas partes iguais, cada parte apresentará o mesmo valor das propriedades intensivas e a metade do valor das propriedades extensiva da massa original. • Propriedades extensivas: massa, volume total. • Propriedades intensivas: temperatura, pressão e massa específica. Fenômenos físicos durante as mudanças de fases de substâncias • Quando o material não possui todas as propriedades definidas e bem determinadas, ou quando as propriedades de um material varia mesmo com as condições de temperatura e pressão mantidas constantes, dizemos que esse material é uma mistura. • Como exemplos de mistura: • Aço (98,5% de ferro e 1,5% de carbono em massa) • Granito (quartzo, mica e feldspato, em proporções variadas) • Ar atmosférico (78% de nitrogênio, 20 % de gás oxigênio, 1% de gás argônio, 1% de outros gases, em volume) Fenômenos físicos durante as mudanças de fases de substâncias • Quando uma mistura muda de estado de agregação, a temperatura não permanece constante, ela varia, resultando em um gráfico de mudança de estado em função do tempo. • Mistura homogêneas eutéticas: são misturas com composição definida, que possuem ponto de fusão ( ou de solidificação) constante, mas o ponto de ebulição( ou de condensação) variável com o tempo. Fenômenos físicos durante as mudanças de fases de substâncias • Misturas homogêneas azeotrópicas: são misturas com composição definida, que possuem ponto de ebulição ( ou de condensação) constante, mas o ponto de fusão (ou de solidificação) variável com o tempo. Diferença das fases em termos de energia e organização molecular • A energia tem sido definida como a capacidade de produzir um efeito. A energia pode ser acumulada em um sistema e pode ser transferida de um sistema para outro. • Considere como sistema um gás, a uma dada pressão e temperatura, contido num tanque ou vaso de pressão. Do ponto de vista molecular, identifica-se três formas de energia. • Energia potencial intermolecular, que é associada às forças entre as moléculas • Energia cinética molecular, que é associada à velocidade de translação das moléculas • Energia intramolecular (relativa a cada molécula), que é associada à estrutura molecular e atêmica. Diferença das fases em termos de energia e organização molecular • A energia tem sido definida como a capacidade de produzir um efeito. A energia pode ser acumulada em um sistema e pode ser transferida de um sistema para outro. • Considere como sistema um gás, a uma dada pressão e temperatura, contido num tanque ou vaso de pressão. Do ponto de vista molecular, identifica-se três formas de energia. • Energia potencial intermolecular, que é associada às forças entre as moléculas • Energia cinética molecular, que é associada à velocidade de translação das moléculas • Energia intramolecular (relativa a cada molécula), que é associada à estrutura molecular e atômica. Estado de equilíbrio entre fases • O termo temperatura de saturação designa a temperatura em que ocorre a vaporização a uma dada pressão. Essa pressão é chamada de pressão de saturação para a dada temperatura. • Se uma substância existe como líquido na temperatura de saturação, é chamada de líquido saturada. Se temperatura do líquido é mais baixa que a temperatura de saturação ara a pressão existente, a substância é chamada de líquido subresfriado ou líquido comprimido. • Quando uma substância é composta por uma parcela na fase líquida e outra na fase de vapor, na temperatura de saturação, seu título é definido como a razão entre a massa de vapor e a massa total. Também pode ser encontrada através da seguinte fórmula. h = hl + Xhlv Estado de equilíbrio entre fases • O termo temperatura de saturação designa a temperatura em que ocorre a vaporização a uma dada pressão. Essa pressão é chamada de pressão de saturação para a dada temperatura. • Se uma substânciaexiste como líquido na temperatura de saturação, é chamada de líquido saturada. Se temperatura do líquido é mais baixa que a temperatura de saturação ara a pressão existente, a substância é chamada de líquido subresfriado ou líquido comprimido. • Quando uma substância é composta por uma parcela na fase líquida e outra na fase de vapor, na temperatura de saturação, seu título é definido como a razão entre a massa de vapor e a massa total. Também pode ser encontrada através da seguinte fórmula. h = hl + Xhlv Estado de equilíbrio entre fases Trabalho • Suponha um sistema onde um gás em equilíbrio térmico encontra-se confinado num cilindro com embolo móvel, sem atrito com as paredes do cilindro, como mostrado na figura abaixo: • Para que o êmbolo se mova é necessário que haja a realização de trabalho externo através de aplicação de força de compressão ou tração sobre o êmbolo, ou perturbar o equilíbrio térmico do gás por intermédio de aquecimento ou resfriamento (neste caso, o trabalho seria realizado pelo gás e não sobre o gás). Em suma, não há possibilidade de mover o êmbolo sem que haja trabalho. Trabalho • Uma vez definido o trabalho realizado por um gás, quando analisa-se a expressão final de trabalho para o gás, temos um problema de ordem matemática, pois o trabalho não é uma função do ponto de vista do cálculo diferencial, pois o trabalho não é integrável de forma direta devido a possuir duas variáveis (p e V) mas um único elemento de diferenciação (dV). Neste caso, devemos mudar a notação para a forma abaixo: δW = -pdV Trabalho • Em termodinâmica, uma variável integrável é denominada de função de estado termodinâmico. Já variáveis não integráveis, dependentes do caminho, não são funções de estado. Especificamente, o trabalho mecânico (W) em termodinâmica é não integrável, portanto, não é uma função de estado termodinâmica. • Em suma, temos que: ර δ𝑊 = 𝑊 = −ර 𝑉𝑖 𝑉𝑓 𝑝𝑑𝑉 • Em sistemas termodinâmicos, temos 4 possíveis tipos de processos: isotérmicos, isocóricos, isobáricos e adiabáticos. Em cada um deles o trabalho apresenta comportamento diferente, devido ao fato de não ser uma função de estado, como podemos observar a seguir. Trabalho • Para leitura no livro outros tipos de trabalho: • Trabalho realizado por mola • Trabalho realizado por um sistema elétrico • Trabalho realizado pela gravidade Calor • Por definição, o calor é a manifestação física da energia térmica. • Calor é a forma de energia transferida entre dois sistemas ( ou entre um sistema e sua vizinhança) em virtude da diferença de temperaturas. • Dessa forma, não pode haver qualquer transferência de calor entre dois sistemas que estejam à mesma temperatura. • O calor, assim como o trabalho, é algo que pode cruzar uma fronteira ou limite de um determinado sistema. Trabalho e calor • Trabalho e calor são duas formas de energia que apresentam unidades equivalentes. • Tanto calor como o trabalho são manifestações externas da energia que são evidenciadas unicamente na fronteira dos sistemas. • Os sistemas podem receber ou ceder energia nas interações que experimentam. Trabalho e calor Condução • É a transferência de calor em forma de energia, das partículas mais energéticas de uma substância para as partículas vizinhas adjacentes menos energéticas, como resultado da interação entre elas (envolve contato direto) • A condução pode ocorrer em sólidos, líquidos ou gases. • Em líquidos e gases, a condução se deve a colisões e difusões das moléculas em seus movimentos aleatórios. • Nos sólidos, ela acontece devido à combinação das vibrações das moléculas em rede, com isso, a energia é transportada por elétrons livres. Condução • A taxa de condução de calor por um meio depende da geometria, da espessura, do tipo do material e da diferença de temperatura a que o meio está submetido. • Matematicamente, a taxa de transferência de calor e fluxo de calor pode ser representada como: (Taxa de calor) 𝑞𝑥 = −𝐾𝐴 ∆𝑇 ∆𝑥 (Fluxo de calor) 𝑞′′𝑥 = 𝑞 𝑥 𝐴 = −𝐾 ∆𝑇 ∆𝑥 • Onde: A = área da seção transversal normal na direção do fluxo de calor; K = condutividade térmica do material; ΔT/Δx = gradiente de temperatura na direção x. Condução Convecção • É a troca de energia em forma de calor entre uma superfície e um fluído adjacente, em movimento, como líquido e gás. • É conhecida como Lei do Resfriamento de Newton. • A Transferência pode ser por convecção forçada ou natural. • A convecção forçada ocorre, por exemplo, no uso do secador de cabelo, ou em uma bomba de água, na qual o fluido escoa por uma superfície sólida, sendo este estimulado por um agente externo. Convecção • Já na convecção natural a transferência de calor ocorre quando um fluido mais frio ( ou mais quente), próximo a uma superfície sólida, provoca a circulação devido a diferença de temperatura em toda a região do fluido. • A movimentação da água durante a fervura é a movimentação do fluido de regiões mais quentes (fundo da panela) para as mais frias (superfície). Convecção • O calor transferido em uma superfície sólida para um fluido, por convecção, pode ser calculada da seguinte forma: qc = hc.A.ΔT • Onde, qc = fluxo de calor por convecção; h coeficiente médio de transferência de calor por convecção, dependendo da geometria da superfície, da velocidade e das propriedades dos fluidos; A = Área de transmissão de calor; ΔT = diferença de temperaturas entre a superfície Ts e a do fluido em um dado local T∞. Irradiação • A transferência de calor por irradiação ocorre pela emissão de energia na forma de ondas eletromagnéticas entre duas superfícies, sem a presença de um meio, como resultado das mudanças nas configurações eletrônicas de átomos ou moléculas. • Podemos utilizar como exemplo a forma como a energia do sol afeta a Terra, pois o calor atinge a superfície do planeta na velocidade da luz, perpassando o espaço sem perder energia no vácuo. • Todos os corpos com temperatura acima do zero absoluto emitem radiação térmica. Irradiação • As radiações provenientes de raio X, micro-ondas, ondas de rádio, entre outras, apesar de serem formas de irradiação eletromagnéticas, não tem afinidade com a irradiação térmica, pois não envolvem transferência de calor. • A lei da Irradiação Térmica, de Stefan- Boltzmann é dada por: 𝑞 = 𝐴𝑠. 𝜎. 𝑇𝑠 4 • Onde: Ts = temperatura da superfície (K); As = área da superfície (m²); σ = constante de Stefan-Boltzmann (σ = 5,6697.10-8 W/m²K4) Irradiação • A superfície ideal que emite a máxima taxa de irradiação é denominada de corpo negro, enquanto que sua irradiação é chamada de irradiação de corpo negro. 𝑞 = 𝜀. 𝐴𝑠. 𝜎. 𝑇𝑠 4 • Sendo 𝜀 = emissividade da superfície. • A propriedade emissividade, cujo o valor está na faixa de 0< 𝜀<1, é a medida de quanto uma superfície se aproxima do comportamento de um corpo negro, para o qual 𝜀 = 1 Irradiação • Podemos expressar a taxa líquida de transferência de calor por irradiação entre duas superfícies da seguinte maneira: 𝑞 = 𝜀. 𝐴𝑠. 𝜎 𝑇𝑠 4 − 𝑇𝑣𝑖𝑧 4 Implicações teóricas da primeira lei da termodinâmica • A primeira lei da termodinâmica é também conhecida como a lei da conservação de energia, nos sistemas isolados. • Assim, a primeira lei da termodinâmica define que a transferência de calor líquida deve ser igual ao trabalho líquido realizado para um sistema executando um ciclo, expresso em forma de equação por: 𝑊 =𝑄 𝑜𝑢 ර𝑑𝑊 = ර𝑑𝑄 • Onde a integral faz referência a um ciclo completo. Implicações teóricas da primeira lei da termodinâmica • A primeira lei da termodinâmica é também conhecida como a lei da conservação de energia, nos sistemas isolados. • Assim, a primeira lei da termodinâmica define que a transferência de calor líquida deve ser igual ao trabalho líquido realizado para um sistema executando um ciclo, expressoem forma de equação por: 𝑊 =𝑄 𝑜𝑢 ර𝑑𝑊 = ර𝑑𝑄 • Onde a integral faz referência a um ciclo completo. Implicações teóricas da primeira lei da termodinâmica • Geralmente, a primeira lei da termodinâmica é aplicada a processos cíclicos, que partem de um estado inicial, passam por diversos processos ou estados e, então, voltam ao estado inicial. න 2 1 𝑑𝑄𝐴 +න 2 1 𝑑𝑄𝐵 = න 2 1 𝑑𝑊𝐴 +න 2 1 𝑑𝑊𝐵 • Utilizando as propriedades das integrais, obtemos: න 2 1 𝑑𝑄𝐴 − 𝑑𝑊𝐴 = න 2 1 𝑑𝑄𝐵 − 𝑑𝑊𝐵 Implicações teóricas da primeira lei da termodinâmica • Ou seja, a quantidade de Q-W do estado 1 para o estado 2 é mesma tanto para a trajetória A quanto para trajetória B. • Isso significa que esses processos somente dempendem dos valores iniciais e finais, e não dos estados ou da trajetória intermediária. 𝑄1−2 −𝑊1−2 = 𝐸2 − 𝐸1 • O Q é o calor transferido, o W é o trabalho realizado e E são as quantidades de energia que tem o sistema no estado 1 e no estado 2. Implicações teóricas da primeira lei da termodinâmica • O valor de E representa toda a energia: (cinética, potencial e interna, que inclui toda a energia química). 𝑄1−2 −𝑊1−2 = 𝐾𝐸2 − 𝐾𝐸1 + 𝑃𝐸2 − 𝑃𝐸1 + 𝑈2 − 𝑈1 • Para o caso de um sistema isolado que não possui transferência de energia nem trabalho líquido aplicado, a primeira lei da termodinâmica se torna a lei da conservação de energia, ou seja: E1=E2
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