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Sistema tegumentar e acne

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Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR 
TUTORIA 7 
Objetivos: 
→Estudar o sistema tegumentar (histologia e fisiologia) 
→Elucidar os tipos de acne 
→Compreender a relação hormonal com a acne 
→Compreender o mecanismo de ação da isotretinoína 
tópica e os demais cuidados que se deve ter com a pele. 
Referências: 
→Histologia Básica, Junqueira e Carneiro – 12ª Edição, 
capítulo 18 
→Sociedade Brasileira de Dermatologia 
→Efeitos adversos da isotretinoína: uma revisão 
literária-Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN)-2017 
→Isotretinoína no tratamento da acne: riscos x 
benefícios – Revista Brasileira de Farmacologia - 2009 
PELE 
→Recobre toda a superfície do corpo. 
→É constituída por uma porção epitelial de 
origem ectodérmica – a epiderme; e uma 
porção conjuntiva de origem mesodérmica – a 
derme. 
→Dependendo da espessura da epiderme, 
distinguem-se a pele fina e a pele grossa; 
→A pele grossa é encontrada na palma das 
mãos, na planta dos pés e em algumas 
articulações; enquanto que o restante do 
corpo é protegido por pele fina; 
→Mais abaixo e em continuidade com a 
derme, tem-se a hipoderme ou tecido celular 
subcutâneo, que é um TCF que não faz parte 
da pele, apenas lhe serve de união com os 
órgãos subjacentes e que pode conter muitas 
células adiposas, constituindo o panículo 
adiposo. 
→A pele é o maior órgão do corpo, 
alcançando 16% do peso corporal. 
→A camada queratinizada da epiderme tem 
função protetora para o organismo, contra 
desidratação e atrito. 
→A melanina, um pigmento produzido e 
armazenado na epiderme, tem função 
protetora contra os raios ultravioleta. 
→Devido também ao seu aporte de vasos 
sanguíneos, glândulas e tecido adiposo, a pele 
colabora com a termorregulação do corpo. 
→Apresenta também células do sistema 
imune, que atuam contra a invasão de 
microrganismos. 
→A junção entre a epiderme e a derme é 
irregular; a derme tem projeções, as papilas 
dérmicas, que se encaixam em reentrâncias 
da epiderme, as cristas epidérmicas, 
aumentando a coesão entre elas. 
→Pelos, unhas e glândulas sudoríparas, 
sebáceas e mamárias são estruturas anexas da 
pele. 
EPIDERME 
→É constituída por epitélio estratificado 
pavimentoso queratinizado, tendo como 
células mais abundantes os queratinócitos. 
Além de possuir também outros 3 tipos de 
células: os melanócitos, as células de 
Langerhans e as de Merkel. 
→Como já mencionado, sua espessura se 
altera com o local estudado. 
→Apresenta 5 camadas: 
➢ Camada Córnea 
→Espessura variável; constituída por células 
achatadas, mortas e sem núcleo, com seu 
citoplasma repleto de queratina; 
→A composição dos tonofilamentos se 
modifica à medida que os queratinócitos se 
modificam; 
→Nessa camada, os tonofilamentos se 
aglutinam junto com uma matriz formada 
pelos grânulos de querato-hialina. Nessa 
etapa da diferenciação, os queratinócitos 
estão transformados em placas sem vida e 
descamam continuamente. 
➢ Camada lúcida ou translúcida 
→É considerado uma subdivisão da camada 
córnea, sendo limitado (geralmente) à pele 
grossa. 
→Se cora mais precariamente. 
 Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR 
→É constituída por uma delgada camada de 
células achatadas, eosinófilas translúcidas, 
cujos núcleos e organelas citoplasmáticas 
foram digeridos por enzimas dos lisossomos e 
desapareceram. 
→Seu citoplasma apresenta numerosos 
filamentos de queratina, compactados e 
envolvidos por material elétron-denso. 
→Possível visualizar também desmossomos 
entre as células. 
➢ Camada granulosa 
→Possui de 3 a 5 fileiras de células poligonais 
achatadas, núcleo central e citoplasma 
carregado de grânulos basófilos, chamados 
grânulos de querato-hialina; 
→Esses grânulos contêm uma proteína rica 
em histidina fosforilada e também proteínas 
contendo cistina. 
→Possui também grânulos lamelares, que 
contem discos lamelares formados por 
bicamadas lipídicas e são envoltos por 
membrana. 
→Esses grânulos se fundem com a membrana 
plasmática e expulsam seu conteúdo para o 
espaço intercelular da camada granulosa, 
onde o material lipídico se deposita, 
contribuindo para a formação de uma barreira 
contra a penetração de substâncias e para 
tornar a pele impermeável à água, impedindo 
a desidratação do organismo. 
➢ Camada espinhosa 
→É formada por células cuboides ou 
ligeiramente achatadas, de núcleo central, 
citoplasma com curtas expansões que contêm 
feixes de filamentos de queratina 
(tonofilamentos); 
→Essas expansões citoplasmáticas se 
aproximam e se mantêm unidas com as das 
células adjacentes por meio de desmossomos, 
o que confere a cada célula um aspecto 
espinhoso. 
→Nessa camada existem também células-
tronco dos queratinócitos, e as mitoses 
ocorrem na camada basal e, em menor 
número, na camada espinhosa. 
➢ Camada basal 
→Constituída por células prismáticas ou 
cuboides, basófilas, que repousam sobre a 
membrana basal que separa a epiderme da 
derme. 
→É rica em células-tronco e também é 
chamada de germinativa; 
→Apresenta intensa atividade mitótica, 
sendo responsável, junto com a camada 
espinhosa, pela constante renovação da 
epiderme. 
→Calcula-se que a epiderme humana se 
renove a cada 15 a 30 dias. 
→Suas células contem filamentos 
intermediários de queratina, que se tornam 
mais numerosos à medida que a célula avança 
para a superfície. 
DERME 
→É o tecido conjuntivo em que se apoia a 
epiderme e une a pele ao tecido subcutâneo 
ou hipoderme. 
→Apresenta espessura variável de acordo 
com a região observada, alcançando um 
máximo de 3 mm na planta do pé. 
→Sua superfície externa é irregular, 
observando-se saliências, que são as papilas 
 Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR 
dérmicas, que acompanham as reentrâncias 
da epiderme. 
→As papilas aumentam a área de contato da 
derme com a epiderme, reforçando a união 
entre essas duas camadas. Sendo mais 
frequentes nas zonas sujeitas a pressões e 
atritos. 
→A derme é constituída por 2 camadas, a 
papilar, superficial; e a reticular, mais 
profunda. 
→A camada papilar é delgada, constituída 
por TCF que forma as papilas dérmicas. Nesta 
camada foram descritas fibrilas especiais de 
colágeno, que se inserem por um lado na 
membrana basal e pelo outro penetram 
profundamente a derme, contribuindo para 
prender a derme à epiderme. 
→Os pequenos vasos sanguíneos observados 
nessa camada papilar são responsáveis por 
nutrir e oxigenar a epiderme. 
→A camada reticular é mais espessa, 
constituída por TCD. Ambas as camadas 
contêm muitas fibras do sistema elástico, 
responsáveis em parte, pela elasticidade da 
pele. 
→Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e 
dos nervos, também são encontradas na 
derme as seguintes estruturas, derivadas da 
epiderme: folículos pilosos, glândulas 
sebáceas e glândulas sudoríparas. 
HIPODERME 
→É formada por TCF, que une, de maneira 
pouco firme, a derme aos órgãos subjacentes. 
→É responsável pelo deslizamento da pele 
sobre as estruturas nas quais se apoia. 
→Pode ter uma camada variável de tecido 
adiposo que, quando desenvolvida, constitui o 
panículo adiposo. O qual modela o corpo, 
serve como reserve de energia e também 
proporciona proteção contra o frio. 
 
 
VASOS E RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE 
→Os vasos arteriais que suprem a pele 
formam dois plexos: um que se situa no limite 
entre a derme e a hipoderme; e outro entre as 
camadas reticular e papilar. 
→Deste último plexo partem finos ramos para 
as papilas dérmicas. Cada papila tem uma 
única alça vascular, com um ramo arterial 
ascendente e um venoso descendente. 
→Há 3 plexos venosos napele: 2 nas posições 
descritas para as artérias e mais um na região 
média da derme. 
→Encontram-se na pele anastomoses 
arteriovenosas com glomus, que têm papel 
importante na termorregulação. 
→O sistema de vasos linfáticos inicia-se nas 
papilas dérmicas como capilares em fundo 
cego, que convergem para um plexo entre as 
camadas papilar e reticular. 
→Desse plexo partem os ramos para outro 
plexo localizado no limite da derme com a 
hipoderme; 
→Uma das funções mais importantes da pele, 
devido à sua abundante inervação sensorial, é 
receber estímulos do meio ambiente. 
→É o receptor sensorial mais extenso do 
organismo. 
→Além das numerosas terminações nervosas 
livres localizadas na epiderme, folículos 
 Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR 
pilosos e glândulas, existem receptores 
encapsulados e não encapsulados na derme e 
na hipoderme, sendo mais frequentes nas 
papilas dérmicas. 
→As terminações nervosas livres são 
sensíveis ao toque e à pressão (receptores 
táteis), bem como a variações de 
temperatura, dor, coceira e outras. 
→Os receptores encapsulados são os 
corpúsculos de Ruffini, Vater-PAcini, Meissner 
e Krause. (muitas áreas da pele são 
desprovidas desses receptores, porém tem 
sensibilidade) 
→Todavia, quando são encontrados, eles 
funcionam como mecanorreceptores. 
PELOS 
→São estruturas delgadas e queratinizadas, 
que se desenvolvem a partir de uma 
invaginação da epiderme. 
→A cor, o tamanho e a disposição deles 
variam de acordo com a cor da pele e a região 
do corpo. 
→São observados em praticamente toda a 
superfície corporal, com exceção de algumas 
regiões bem delimitadas. 
→São estruturas que crescem 
descontinuamente, intercalando fases de 
repouso com fases de crescimento. 
→A duração dessas fases é variável de uma 
região para outra. 
→No couro cabeludo, por exemplo, a fase de 
crescimento é muito longa, durando vários 
anos, enquanto a de repouso é em torno de 3 
meses. 
→As características dos pelos de 
determinadas regiões do corpo (face e região 
pubiana) são influenciadas por hormônios, 
principalmente os sexuais. 
→Cada pelo se origina de uma invaginação da 
epiderme, o folículo piloso, que, no pelo em 
fase de crescimento, apresenta-se como uma 
dilatação terminal, o bulbo piloso, em cujo 
centro se observa uma papila dérmica. As 
células que recobrem essa papila formam a 
raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo. 
→Na fase de crescimento, as células da raiz 
multiplicam-se e diferenciam-se em vários 
tipos celulares. 
→Em certos tipos de pelos grossos as células 
centrais da raiz produzem células grandes, 
vacuolizadas e fracamente queratinizadas, 
que formam a medula do pelo. Ao redor da 
medula diferenciam-se células mais 
queratinizadas e dispostas compactamente, 
formando o córtex do pelo. 
→Células mais periféricas formam a cutícula 
do pelo, constituída por células fortemente 
queratinizadas que se dispõem envolvendo o 
córtex como escamas. 
→Das células epiteliais mais periféricas de 
todas, originam-se duas bainhas epiteliais 
(uma interna e outra externa), que envolvem 
o eixo do pelo na sua porção inicial. 
→A bainha externa se continua com o epitélio 
da epiderme, enquanto a interna desaparece 
na altura da região onde desembocam as 
glândulas sebáceas no folículo. 
→Separando o folículo piloso do tecido 
conjuntivo que envolve, encontra-se uma 
membrana basal muito desenvolvida que 
recebe o nome de membrana vítrea. 
→O conjuntivo que envolve o folículo 
apresenta-se mais espesso, formando a 
bainha conjuntiva do folículo piloso. 
Dispostos obliquamente e inseridos de um 
lado nessa bainha e do outro na camada 
papilar da derme encontram-se os músculos 
eretores dos pelos, cuja contração puxa o pelo 
para uma posição mais vertical, tornando-o 
eriçado. 
→A cor do pelo depende dos melanócitos 
localizados entre a papila e o epitélio da raiz 
do pelo. 
→O processo de queratinização na epiderme 
é diferente do processo no pelo, enquanto a 
 Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR 
epiderme produz uma camada superficial de 
células mortas contendo queratina 
relativamente mole, com pouca adesividade e 
que se descama continuamente, no pelo 
acontece o oposto. Os pelos tem uma 
estrutura compacta constituída de queratina 
mais dura. 
→Além disso, diferente da epiderme, no pelo 
o processo de diferenciação e queratinização 
é intermitente e localizado no bulbo piloso. 
→A atividade mitótica das células dos 
folículos pilosos dos pelos é influenciada pelos 
hormônios androgênicos (hormônios 
masculinos). 
 
UNHAS 
→São placas de células queratinizadas 
localizadas na superfície dorsal das falanges 
terminais dos dedos. 
→A porção proximal da unha é chamada de 
raiz da unha. O epitélio da dobra da pele que 
cobre a raiz da unha consiste nas camadas 
usuais da epiderme. A camada córnea desse 
epitélio forma a cutícula da unha. 
→É constituída essencialmente por escamas 
córneas compactas, fortemente aderidas 
umas às outras. Elas crescem deslizando sobre 
o leito ungueal, que tem estrutura típica da 
pele e não participa na firmação da unha. 
→A transparência da unha e a pequena 
espessura do epitélio do leito ungueal 
possibilitam observar a cor do sangue dos 
vasos da derme, constituindo uma maneira de 
se avaliar a oxigenação do sangue. 
 
GLÂNDULAS DA PELE 
GLÂNDULAS SEBÁCEAS 
→Situam-se na derme e os seus ductos, 
revestidos por epitélio estratificado, 
geralmente desembocam nos folículos 
pilosos. 
→Todavia, em algumas regiões, como lábio, 
mamilos, glande e pequenos lábios da vagina, 
os ductos abrem-se diretamente na superfície 
da pele. 
→Não estão presentes na planta dos pés e 
nem na palma das mãos. 
→São do tipo acinosas e, geralmente vários 
ácinos desembocam em um ducto curto. 
→Os ácinos apresentam-se formados por 
uma camada externa de células epiteliais 
achatadas que repousam sobre uma 
membrana basal. Essas células proliferam e 
diferenciam-se em celular arredondadas que 
acumulam no citoplasma o produto de 
secreção, de natureza lipídica. 
→As células mais centrais do ácino morrem e 
se rompem, formando a secreção sebácea. 
→A atividade secretora dessas glândulas é 
muito pequena até a puberdade, quando é 
estimulada pelos hormônios sexuais. 
→São um exemplo de glândula holócrina, 
pois a formação da secreção resulta na morte 
das células. 
 Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR 
→Sua secreção é uma mistura complexa de 
lipídios que contém triglicerídeos, ácidos 
graxos livres, colesterol e ésteres de 
colesterol. 
(Obs: A secreção sebácea é contínua e muito 
aumentada na puberdade em consequência da 
produção acelerada de hormônios sexuais. Qualquer 
distúrbio no fluxo da secreção sebácea para a superfície 
da epiderme pode provocar uma inflamação crônica 
nos ductos obstruídos, denominada acne. Embora 
possa ocorrer em qualquer idade, exceto na infância, a 
acne é muito mais frequente na puberdade.) 
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS 
→As glândulas sudoríparas merócrinas são 
muito numerosas e encontradas em toda a 
pele, excetuando certas regiões, como a 
glande. 
→Essas glândulas são tubulosas simples 
enoveladas, cujos ductos se abrem na 
superfície da pele. 
→Os ductos não se ramificam e têm menor 
diâmetro do que a porção secretora, que se 
encontra na derme. 
→ As células secretoras são piramidais e entre 
elas e a membrana basal estão localizadas as 
células mioepiteliais, que ajudam a expulsar o 
produto de secreção.→Essas glândulas possuem 2 tipos de células 
secretoras, as células escuras e as células 
claras. 
→As escuras são adjacentes ao lúmen e as 
claras localizam-se entre as células escuras e 
as mioepiteliais. O ápice das células escuras 
apresenta muitos grânulos de secreção que 
contêm glicoproteínas, e o citoplasma é rico 
em retículo endoplasmático granuloso. As 
células claras não contêm grânulos de 
secreção e são pobres em retículo 
endoplasmático granuloso, mas contêm 
muitas mitocôndrias. 
→As células claras apresentam muitas dobras 
da membrana plasmática, uma característica 
das células que participam do transporte 
transepitelial de fluido e sais. 
→ Essas características estruturais sugerem 
que a função das células claras seja produzir a 
parte aquosa do suor. 
→ O ducto da glândula abre-se na superfície 
da pele e segue um curso em hélice ao 
atravessar a epiderme. Apresenta-se 
constituído por epitélio cúbico estratificado 
(duas camadas de células) que repousa sobre 
a membrana basal. 
→ O fluido encontrado no lúmen das 
glândulas sudoríparas é essencialmente um 
ultrafiltrado do plasma sanguíneo, derivado 
dos abundantes capilares localizados em volta 
das porções secretoras. 
→ Além das glândulas sudoríparas 
merócrinas, descritas anteriormente, existem 
nas axilas, nas regiões perianal e pubiana, bem 
como na aréola mamária glândulas de maior 
tamanho, com partes secretoras muito 
dilatadas, as glândulas sudoríparas apócrinas, 
localizadas na derme e na hipoderme. 
→ As glândulas de Moll da margem das 
pálpebras e as de cerume do ouvido são 
glândulas sudoríparas modificadas. 
 
 
 
 
 
 
 Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR 
ACNE 
→A acne manifesta-se por pápulas foliculares 
inflamatórias, não inflamatórias e comedões. 
→Afeta a face, o tórax e o dorso, regiões as 
quais possuem maior número de folículos 
pilossebáceos. 
→Atualmente o tratamento mais comum da 
acne é feito com a Isotretinoína oral. 
→É caracterizada inicialmente pela presença 
de um cômedo, comedão ou “cravo”. Essa 
estrutura ocorre pela obstrução do orifício de 
saída da unidade pilossebácea, com acúmulo 
de secreções, restos celulares e algumas vezes 
por um microrganismo. 
→A acne classifica-se conforme as lesões 
predominantes, sendo graduada de I a V, 
conforme a gravidade. 
→Por volta dos sete anos de idade, hormônios 
androgênios começam a estimular as células 
sebáceas e os queratinócitos, causando, 
assim, um aumento na produção sebácea e a 
produção de microcomedões, e, 
posteriormente, de lesões inflamatórias. 
→Na puberdade, devido à ação dos 
hormônios, há a hipertrofia das glândulas 
sebáceas, causando o surgimento de óstios 
dilatados. 
→A comedogênese é provocada pela 
descamação anormal das células 
queratinizadas que se acumulam nos folículos 
sebáceos. Esse processo é resultado da 
formação do microcomedo, uma lesão 
microscópica. Com o passar do tempo, o 
folículo acumula lipídeos, bactérias e 
fragmentos celulares, aumentando de 
tamanho e originando o comedo, lesão 
detectável clinicamente, que pode ser 
inflamatória ou não inflamatória; 
→As lesões inflamatórias incluem a pápula, a 
pústula ou os nódulos, podendo progredir 
para um tipo de lesão e até para a formação 
de cicatriz. 
→A lesão inflamatória inicia-se com a 
formação da pápula, quando há a invasão do 
folículo por linfócitos TCD4 e a ruptura do 
ducto, causando extravasamento de lipídios e 
bactérias na derme. Há, também, liberação de 
citocinas e de outros mediadores 
inflamatórios. 
OS SINTOMAS PRINCIPAIS SÃO: 
-Comedões (cravos) - surge em consequência 
da hiperceratose de retenção no folículo pilo-
sebáceo. 
-Pápulas (lesões sólidas arredondadas, 
endurecidas e eritematosas) – surge como 
área de eritema e edema em redor do 
comedão, com pequenas dimensões (até 3 
mm); 
-Pústulas (lesões com pus) – sobrepõe-se à 
pápula, por inflamação da mesma e conteúdo 
purulento; 
-Nódulos (lesões caracterizadas pela 
inflamação, que se expandem por camadas 
mais profundas da pele e podem levar à 
destruição de tecidos, causando cicatrizes – 
pode atingir 2 cm); 
-Cistos (maiores que as pústulas, inflamados, 
expandem-se por camadas mais profundas da 
pele, podem ser muito dolorosos e deixar 
cicatrizes). 
 Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR 
QUESTÕES HORMONAIS 
→Hormônios sexuais, que começam a ser 
produzidos na puberdade, são os principais 
responsáveis pelas alterações das 
características da pele, assim como pelo 
surgimento da acne. 
→Esses hormônios, chamados andrógenos e 
estrógenos, são produzidos tanto pelos 
ovários (mulher) e testículos (homem) quanto 
pelas glândulas suprarrenais (duas pequenas 
glândulas situadas sobre os rins) em ambos os 
sexos. 
→A produção dos andrógenos é maior nos 
homens e a dos estrógenos é maior nas 
mulheres. São os andrógenos os responsáveis 
pelo início do funcionamento das chamadas 
glândulas sebáceas que são mais ativas na 
face, peito, costas e couro cabeludo. 
→Essas glândulas estão presentes desde o 
nascimento, mas são mais ativas na 
puberdade, época em que, em pessoas com 
predisposição genética, desencadeia 
mudanças relacionadas ao conteúdo de 
gordura (secreção sebácea) da pele e do couro 
cabeludo. 
→Pode ocorrer piora relacionada a situações 
de estresse ou no período menstrual. 
→Certos medicamentos como corticoides, 
vitaminas do complexo B, exposição 
exagerada ao sol, contato com óleos, graxas 
ou produtos gordurosos, época do ano 
(especialmente inverno) e, principalmente, o 
hábito de mexer nas lesões (“espremer cravos 
e espinhas”) pioram o quadro. 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SEVERIDADE DA 
LESÃO 
→Acne grau I: Caracteriza-se pela presença 
de comedos, porém a existência de algumas 
pápulas e raras postulas foliculares ainda 
permite considerar o quadro acne grau I. 
→Acne grau II: Caracteriza-se pela presença 
de comedos abertos, de pápulas, com ou sem 
eritema inflamatório e pústulas. O quadro tem 
intensidade variável, desde poucas lesões até 
numerosas, com inflamação bem intensa. A 
seborreia está sempre presente. 
→Acne grau III: Há comedos abertos, pápulas, 
pústulas, seborreia e nódulos furunculoides. 
Impropriamente chamados cistos, esses 
nódulos contêm corneócitos degenerados, 
nos quais pode ocorrer a formação de pus, 
cuja drenagem também elimina queratina. 
→Acne grau IV: Constitui forma grave de acne 
em que, ao quadro anterior, associam-se 
nódulos purulentos, numerosos e grandes, 
formando abscessos e fístulas que drenam 
pus. Há canais entre os abcessos, que formam 
bridas e lesões queloidianas. Forma mais 
frequente em homens, em geral, acomete a 
face, o pescoço e os lados anterior e posterior 
do toráx, podendo chegar até a região glútea. 
→Acne grau V: É forma extremamente rara 
em nosso meio, na qual, em quadro de acne 
nódulo- abscedante ou conglobata, surgem 
subitamente febre, leucocitose, poliartralgia, 
com eritema inflamatório ou necrose e 
hemorragia em algumas lesões. 
Histologicamente, ocorre vasculite 
leucocitoclástica. 
TRATAMENTO 
→Vai variar de acordo com a gravidade e a 
localização, e em função de características 
individuais. 
→Os objetivos do tratamento da acne são 
corrigir as anormalidades da maturação 
folicular, reduzir a produção de gordura, 
diminuir a colonização por P. acnes e reduzir a 
inflamação. 
→As intervenções farmacológicas disponíveis 
para alcançar esses objetivos incluem 
apresentações tópicas, sistêmicas e 
intralesionais. 
→O tratamento tópico da acne envolve o uso 
de retinóides e antimicrobianos. Os retinóidesAndressa Marques Cunha Lisboa – UFR 
tópicos atuam de modo a normalizar a 
maturação do epitélio folicular, reduzir a 
inflamação e melhorar a penetração de outros 
medicamentos tópicos. 
→Ácido retinóico (tretinoína) é um agente 
comedolítico que elimina os comedões 
existentes e impede a formação de novos 
comedões; 
ISOTRETINOÍNA OU ÁCIDO 13-CIS-RETINÓICO 
→A isotretinoína é um ácido 13-cis-retinóico, 
um isômero sintético da tretinoína, 
administrado por via sistêmica. 
→Devido ao grande potencial teratogênico e 
às várias e possíveis reações adversas, o 
tratamento com isotretinoína deve ser 
restrito aos casos de acne mais graves e 
refratários a outras medidas terapêuticas. 
→A isotretinoína corrige as 4 anomalias 
encontradas na acne: 
1)Ela diminui o tamanho das células das 
glândulas sebáceas e inibe a sua atividade 
reduzindo assim, produção de sebo; 
2)Aumenta a separação das células foliculares 
pilossebáceas. 
3)Afeta o processo de queratinização, 
diminuindo o número de precursores da 
queratina; 
4)Torna os desmossomos menores e menos 
desenvolvidos: o extrato córneo se torna 
menos organizado e mais fino pela perda de 
camadas superficiais. 
→Por esses efeitos, reduz significativamente 
o crescimento do P. acnes nas lesões, 
diminuindo a inflamação; 
PREVENÇÃO 
→Começa com higiene adequada da pele com 
um sabonete ou produto de limpeza indicado 
especialmente para pela acneica ou oleosa. 
→A limpeza excessiva é prejudicial à pele 
como um todo (causando irritação) e pode 
piorar as lesões. 
→A questão alimentar ainda é controvérsia, 
sendo que a SBD não considera um fator 
relevante, enquanto outros estudos sugerem 
ter influência. 
→O uso de protetores solares específicos para 
a pele oleosa também é um meio de proteção 
e prevenção.

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