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Poder Executivo 1. Introdução Exerce de forma típica as funções administrativas, e atipicamente atividade de legislativo (edição de MP Art. 62) e judiciário (Processos Administrativos Disciplinares).– Associam-se a ele o princípio republicano (forma de Governo, limitação material implícita ao poder de reforma) e o presidencialismo (sistema de governo onde o chefe do Executivo acumula as funções de chefe de estado, externo, e chefe de governo, exerce a administração, limitação material implícita ao poder de reforma). 2. Poder Executivo Federal As condições de elegibilidade para que possa se candidatar ao cargo de presidente e vice estão no art. 14, §3º, sendo ambos cargos privativos de brasileiros natos e com idade mínima de 35 anos na data da posse. A partir de 1988 não há candidatura autônoma, havendo chapa única para presidente e vice. O sistema eleitoral para eleição de Presidente e Vice é o majoritário de maioria absoluta ou 2 turnos. Aquele que não conquistar, em 1ª turno, a maioria dos votos válidos participará do segundo turno com aquele que recebeu a segunda melhor colocação. Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. §1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. Art. 77. §2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. Esse sistema também é adotado para as eleições de Governador e Vice-governador e dos Prefeitos de municípios com mais de 200 mil eleitores. Em municípios com menos eleitores, o sistema é o majoritário simples ou comum, onde a eleição acaba no primeiro turno não importando a diferença de votos entre o primeiro e o segundo colocado. Havendo empate, o critério de desempate é a idade, entendendo-se que o mais velho é também mais experiente. 2.1. Substitutos do Presidente O artigo 79 da Constituição trata do rol de substitutos do Presidente, autoridades que podem temporariamente assumir a presidência. Já o único sucessor do Presidente é o Vice- Presidente, visto que a sucessão é permanente. Art. 77. §4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. Art. 29. II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; Art. 77. § 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice- Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. Quando é instaurado processo criminal contra o Presidente, ele é suspenso de suas funções segundo o art. 86, §§ 1º e 2º. Por simetria, os substitutos não poderão assumir a presidência, ainda que temporariamente, se estiverem respondendo a processo criminal. Frise-se que continuará a ocupar o cargo de Presidente no órgão de origem. 2.2. Vacância Dupla Se o Presidente perder o Vice por qualquer motivo, continuará a exercer o seu cargo normalmente, visto que não existe eleição somente para Vice. Já se o Presidente deixar o cargo, o Vice assumirá na qualidade de sucessor. No entanto, no caso de vacância dupla, ou seja, de Presidente e Vice, serão necessárias novas eleições conforme o art. 81 da CF. Os eleitos irão apenas completar o mandato de seus antecessores no que chamamos de “mandato tampão”. Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais. Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. §1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: I nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo – Tribunal Federal; II nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.– §2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. §1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. §2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. Se a vacância ocorrer nos dois primeiros anos do mandato, serão convocadas eleições diretas no prazo de 90 dias. Já se ocorrer tal fato nos 2 últimos anos do mandato haverá eleições indiretas, realizadas pelo Congresso Nacional em 30 dias após a vacância da última vaga. O artigo 81 não é de observância obrigatória no âmbito dos Estados. A eleição em caso de vacância dupla deverá acontecer, mas o modus operandi será definido pelo próprio Estado em decorrência da sua capacidade de autogoverno que lhe foi outorgada pela Constituição. A reeleição para cargos do Executivo não existia originariamente na Constituição, surgindo com a Emenda 16/97, com FHC. Leis Estaduais e Municipais estabeleciam que qualquer afastamento do Governador ou Prefeito já levariam a perda do cargo, ofendendo gravemente a harmonia entre os poderes. Assim, o STF definiu que o artigo 83 é de observância obrigatória, fazendo com que apenas períodos superiores a 15 dias precisem de licença da Assembleia Legislativa ou Câmara Municipal. 2.3. Atribuições do Presidente Estão contidas no artigo 84 da CRFB/88, que trata de funções de Chefe de Estado – externo, VII, VIII, XIX, XX e XXI , de – Chefe de Governo interno, I, III, IV, V, IX, X e XI e de– – Chefia da Administração Federal organização, II e VI.– Normalmente, essas atribuições não são passíveis de delegação, sendo que as passíveis de delegação estão contidas no parágrafo único. Inciso VI: Decreto autônomo Inciso XII: Concessão de indulto e comutação de penas Inciso XXV, primeira parte: Atribuição de prover cargo público federal Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. Art. 84. Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. No que couber, as atribuições do Presidente da República aplicam-se, por simetria, a Governadores e Prefeitos. 3. Imunidades e Responsabilidades do Chefedo Executivo As imunidades pertencem ao cargo, não àquele que o ocupa e, portanto, são irrenunciáveis. 3.1. Imunidades Formais Segundo o art. 86, §3º, o Presidente da República não será preso salvo sentença criminal condenatória transitada em julgado, sendo essa a sua imunidade à prisão. Além disso, o art. 86, caput c/c Art. 51, I trata da imunidade ao processo, ou seja, a fase inicial passará pelo juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados. Se aceita a acusação por crime comum contidos no Código Penal, nas leis extravagantes– e no código eleitoral , a acusação será remetida ao STF. Este órgão fará um novo juízo,– avaliando questões técnicas e jurídicas, e se decidir pela aceitação da denúncia contra o Presidente ele ficará suspenso de suas funções, podendo durar até 180 dias. Se ultrapassado o prazo de 180 dias, o Presidente retomará as suas funções sem prejuízo do regular prosseguimento do feito. No caso dos crimes de responsabilidade infrações político-administrativas, conforme o– art. 85, estando previstos também na Lei 1.079/50 , o processo para sua apuração é o– Impeachment, artigo 52, parágrafo único. Legislar sobre crime de responsabilidade é competência da União, segundo a Súmula 722 do STF e a Súmula Vinculante 46. Obs.: Entende-se que também pode-se delegar a capacidade de desprover cargo público. Art. 86. §3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. Na ADPF 378, o Supremo concretizou alguns entendimentos acerca do Impeachment: Não há direito à defesa prévia antes do recebimento da denúncia pelo Presidente da→ Câmara A eleição da comissão especial do impeachment deve se dar por indicação dos líderes→ e voto aberto do Plenário É possível a aplicação subsidiária dos Regimentos Internos da Câmara e do Senado que→ tratam sobre o procedimento do Impeachment Não é possível, em sede de ADPF, analisar a suposta parcialidade do Presidente da→ Câmara, nem determinar o seu afastamento do comando do processo Ao Senado compete decidir, por maioria simples, se deve receber ou não a denúncia→ cujo prosseguimento foi autorizado pela Câmara. Se a rejeitar, haverá o arquivamento do pedido Ou seja, em crimes de responsabilidade, a acusação é oferecida por qualquer cidadão em gozo de seus direitos políticos, na forma do artigo 14 da Lei 1.079/50. A seguir, a acusação passa pelo Presidente da Câmara, por uma comissão especial e pelo plenário. Se o quórum de 2/3 dos deputados for atingido, a acusação segue para o Senado Federal, que fará mais um juízo de admissibilidade com quórum de maioria simples. Por fim, apenas após o julgamento favorável deste último juízo de admissibilidade é que o Senado se transforma em um Tribunal Político de Julgamento. Como consequência, o Presidente será suspenso de suas funções por 180 dias Art. 86, §§ 1º e 2º se decorrido– – esse prazo e o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. O julgamento do impeachment será presidido, segundo o Art. 52, parágrafo único, pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. A condenação dependerá do quórum de 2/3 dos Senadores, sendo as penas de perda do cargo e inabilitação ao exercício de cargos, empregos e funções públicas por 8 anos. No entanto, com base no artigo 68 da Lei 1.079/50 que– muitos entendem não ter sido recepcionado pela CRFB/88 , as penas foram fracionadas no– julgamento da ex-Presidente Dilma. Súmula 722 do STF: São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento. Súmula Vinculante 46: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa da União. A cláusula de irresponsabilidade penal relativa, contida no §4º do art. 86, dispõe que o STF só terá competência para processar criminalmente o Presidente se o crime foi cometido após a diplomação e está relacionado ao exercício das funções. Não haverá julgamento por nenhum órgão por crime praticado antes da diplomação (o processo ficará suspenso) ou durante mas sem relação com o exercício das funções (será julgado no fim do mandado pela justiça comum). A Constituição não prevê nenhuma imunidade material, de liberdade de manifestação, para o Presidente da República. 3.2. Governadores e Prefeitos As imunidades e prerrogativas são interpretadas de forma mais restrita, já que os Governadores e Prefeitos são apenas Chefes de Governo e também porque, devido ao princípio republicano, nossos governantes devem ser responsabilizados pelos seus atos. Ao longo do tempo, o STF criou uma jurisprudência muito forte sobre quais das imunidades do Presidente se estendem a Governadores e Prefeitos. A imunidade formal quanto a prisão só se aplica ao Presidente, ou seja, Governadores e Prefeitos podem ser presos como pessoas comuns. Até maio de 2017, o Supremo dizia ser possível que o processo bifásico existente no plano federal se aplicasse a Governadores e Prefeitos. Com a ampliação da impunidade, houve Art. 52. I processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de – responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho – Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. Art. 86. §4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. uma virada jurisprudencial a respeito do tema e o STF passou a entender que a imunidade quanto ao processo é exclusiva ao Presidente da República. Sendo assim, Governadores e Prefeitos serão julgados pelos respectivos órgãos de julgamento sem autorização de Casa Legislativa alguma. Constituições Estaduais e Leis Orgânicas Municipais que estabelecerem o procedimento bifásico serão inconstitucionais já que a matéria processual é privativa da União. A cláusula de irresponsabilidade penal relativa também é exclusiva do cargo de Presidente da República. Quanto à prerrogativa de foro, os Governadores serão julgados perante o STJ pela prática de crime comum, segundo o art. 105, I, a da Constituição. O crime deve ter sido praticado após a diplomação e estar relacionado ao exercício das funções; os demais casos serão julgados pela justiça estadual de 1º grau, isso ficou consignado no julgamento das ações penais 856 e 866. O julgamento de crime comum praticado por Prefeito será feito por Tribunal de Justiça, segundo o art. 29, X, considerando-se a Súmula 702 do Supremo. De acordo com esta última, se comete um crime federal, será julgado pelo TRF; e se comete crime eleitoral o processo corre no TRE. Além disso, as súmulas 208 e 209 do STJ trazem mais dois casos de prerrogativa de foro envolvendo o prefeito. No caso de crime de responsabilidade, pelo art. 78, §3º da Lei 1.079/50, o Governador será julgado por um Tribunal Especial presidido pelo Presidente do Tribunal de Justiça. Qualquer lei estadual que estabelece órgão de julgamento diferente será inconstitucional, pois essa é matéria que cabe à União. Os Prefeitos serão julgados pelas Câmaras Municipais por crime de responsabilidade. Súmula 702 do STF: A competência do tribunalde justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau. Súmula 208 do STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal. Súmula 209 do STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal. 4. Conselho da República e Conselho da Defesa Nacional Quando o Presidente convoca e preside o Conselho da República, ele o faz enquanto Chefe de Governo, já quando convoca e preside o Conselho de Defesa Nacional, o Presidente está atuando como Chefe de Estado. Apesar de atuarem em questões importantes, como a soberania e a defesa do Estado, a opinião dos Conselhos não vincula a atuação futura do Presidente, mesmo nos casos em que ele é obrigado a ouvi-los. São órgãos superiores de consulta do Presidente. O Conselho da República é composto por aqueles dispostos no art. 89 da CF, sendo que nem todas as autoridades precisam ser brasileiros natos, exceto a participação popular, e suas atribuições não exaustivas estão contidas no art. 90. Sua organização e funcionamento são regulados pela Lei 8.041/90, sua atuação é um serviço público relevante não remunerado. O Conselho de Defesa Nacional tem seus membros no art. 91 e também deve opinar sobre a decretação do estado de defesa, de sítio e da intervenção federal. A sua manifestação não é requisito de validade da demarcação de terras indígenas atividade que cabe à União , mesmo– – daquelas situadas em região de fronteira. Suas atribuições estão definidas no art. 91, §1º. A Lei 8.183/91 cuida de sua organização e funcionamento, a participação nesse conselho não enseja qualquer remuneração. Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: I o Vice-Presidente da República;– II o Presidente da Câmara dos Deputados;– III o Presidente do Senado Federal;– IV os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;– V os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;– VI o Ministro da Justiça;– VII seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois – nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução. Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre: I intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;– 5. Ministros de Estado No sistema presidencialista, o Presidente governa com o auxílio dos Ministros de Estado, cargo de indicação livre do Presidente (Art. 84, I), não precisando da aprovação de nenhum órgão, e privativo de brasileiro nato ou naturalizado. Na forma do art. 12, §3º, o Ministro de Estado da Defesa precisa ser, necessariamente, brasileiro nato. O poder regulamentar conferido aos Ministros não legitima a edição de atos normativos de caráter primário, mas somente normas infralegais. A criação e extinção de Ministérios só é possível por meio de lei de iniciativa privativa do Presidente, na forma do art. 61, §1º, II, ‘e’ da Constituição. O julgamento dos Ministros de Estado é, segundo o art. 102, I, ‘c’, de competência do STF nas infrações penais comuns e crimes de responsabilidade. Excepcionalmente, se praticar crime de responsabilidade em conexão com o Presidente da República, ambos serão julgados pelo Senado Federal, segundo o art. 52, I da Constituição. O art. 87, IV traz como atribuição dos Ministros de Estado a prática de atos delegados a eles pelo Presidente da República, segundo o art. 84, parágrafo único. Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos: I o Vice-Presidente da República;– II o Presidente da Câmara dos Deputados;– III o Presidente do Senado Federal;– IV o Ministro da Justiça;– V o Ministro de Estado da Defesa;– VI o Ministro das Relações Exteriores;– VII o Ministro do Planejamento.– VIII os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.– Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos. Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei: II expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;– Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I processar e julgar, originariamente:– c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;
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