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A anestesia dissociativa gera estresse no paciente, proveniente de estímulos nocivos, por exemplo, dor. Uma boa analgesia requer uma ação multimodal, dificilmente alcançamos uma boa analgesia trans e pós-operatória com um único anestésico. Quando pensamos em anestesia dissociativa, é importante focar em promover uma boa analgesia, deprimir o sistema límbico de outras formas, Se fizermos uma medicação pré-anestésica e associar com a anestesia dissociativa, já melhora a condição de estresse do paciente. Por essa razão, não se faz quetamina ou zoletil singularmente. ▪ Benzodiazepínicos, como zolazepan e midazolan, têm capacidade de deprimir o sistema límbico, mas não fazem boa analgesia. Quetamina + Midazolan + Xilazina = midazolan é benzodiazepínico, deprimindo o sistema límbico; Xilazina é alfa-2 agonista, fazendo analgesia e depressão do sistema límbico. A analgesia causada pela Xilazina tem duração curta. O período de duração da quetamina está em torno de 50 minutos. Adequadamente, a anestesia dissociativa é indicada para procedimentos curtos, em associação com analgésicos e opioides. Anestésicos dissociativos causam analgesia somática, isto é, analgesia perimuscular. PROTOCOLOS ▪ Cetamina + Tiletamina + Zolazepan ▪ Cetamina + Midazolam ou Diazepam: Procedimentos isolados com a quetamina. O midazolam é mais potente e tem uma ação mais curta, ao passo que o diazepan (especificamente por via intravenosa) é menos potente e tem uma ação mais prolongada. ▪ Xilazina ou Dexmedetomidina (equino: medetomidina) + opioide (morfina, metadona, butorfanol) ▪ Quetamina + Fenotiazínico + Acepromazina: Relaxamento muscular e depressão do sistema límbico. É importante ter um anestésico dissociativo, um analgésico e um relaxante muscular. Por conta disso, foram criados alguns protocolos tradicionais: ▪ Ketapum: Quetamina + Xilazina (rompum). Faz boa analgesia e bom relaxamento muscular. Pode causar problemas de hipoperfusão. ▪ Ketodex: Quetamina + Dexmedetomidina. É um protocolo de contenção. Requer doses mais altas de dexmedetomidina. ▪ RKV: Xilazina + Quetamina + Benzodiazepínico (diazepam, midazolam). Com o uso do benzodiazepínico, permite-se a redução da dose da Xilazina. Diminui o efeito analgésico ▪ Acepromazina + Meperidina + Midazolam + Cetamina: Inconsciência, depressão límbica e forte relaxamento muscular. ▪ Cetamina + Midazolam + Dexmedetomidina + Metadona: Valorização da analgesia (metadona e dex) e do relaxamento muscular (midazolam) ▪ Ketedex: Telazol + Butorfanol + Dexmedetomidina. O telazol tem uma associação de 500mg de tiletamina com zolazepan (250/250) em pó, para diluir com 2,5 mL de dexmedetomidina e 2,5 mL de torbugesic (butorfanol). A administração vai de 0,03 a 0,04 mL/Kg No Brasil, troca o Torbugesic pela metadona → mais analgesia!
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