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Análise Fílmica Didática Sobre o Longa "Deus Da Carnificina"

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"Deus Da Carnificina", mds, como eu queria ter inventado esse nome :
Deus da Carnificina.... Eu tenho uma certa fixação em nomes de filmes, para mim alguns deles são extremamente atrativos e me fazem até mesmo ver um filme sem saber sua trama ou seu elenco, para mim um bom título é muito mais atrativo para um filme do que um prêmio extremamente importante, como um Oscar ou a Palma de Ouro (Não estou desmerecendo esses prêmios, o que quero dizer é que, no meu caso,  um título incrível chama muito mais atenção do que um prêmio extremamente importante). Enfim, filmes com títulos como Birdman ou (a inesperada virtude da ignorância), Lady Bird e Persona são extremamente atrativos para mim, agora imagina minha cara quando eu descubro que tem um filme chamado "Deus Da Carnificina" cujo foi dirigido pelo Polanski e tem Christoph Waltz, Kate Winslet e a Jodie Foster no elenco.... Eu praticamente implorei pra ver esse filme, cara. 
Deus Da Carnificina é uma daqueles filmes totalmente apoiados no roteiro (assim como 12 Homens e Uma Sentença, por exemplo), filmes assim costumam ter no máximo três locações diferentes, costumam ser construídos integralmente no diálogo, além de geralmente possuírem atuações fantásticas (e sim, Deus Da Carnificina {eu vou falar esse nome sempre que puder, então para de reclamar} atende a todos esses requisitos, principalmente esse último ai).
O Bebê de Rosemary e O Pianista são algumas das obras de Polanski anteriores a Deus Da Carnificina, ambas excelentes e bem marcantes (infelizmente Deus Da Carnificina não é tão excelente assim, além de não ser nada marcante {talvez por seu elenco})
É um bom filmes, com um elenco sensacional, mas eu acho que ele não é marcante justamente por ele realmente não se propor a ser desse jeito.
A direção é padrão Polanski, o roteiro é bem interessante e impede que o filme seja tomado pela repetição ou pela chatice, além disso o filme aposta constantemente na comédia de desconforto (assim como The Office, em sua maioria) que funciona perfeitamente, além de render momentos de TOTAL desconforto e vergonha alheia.
O filme pode ser bom nesses aspectos que eu mencionei, mas o que brilha mesmo é o seu elenco sensacional, magnífico, incrível, brilhante e todos os outros adjetivos positivos possíveis (também não se pode esperar menos de um filme com o Hanz Landa, a Rose e a Clarice)
Todos os quatro (o elenco também conta com o John C. Reilly) estão EXCELENTES, EXPLÊNDIDOS E INCRÍVEIS, nos dando sutilezas de suas reais personalidades logo no início do longa, além de também fazerem diversas variações de humor e terem uma naturalidade invejável na atuação.
Tá, todo mundo tá muito bem, mas o verdadeiro destaque está na Kate Winslet, no começo sua personagem é bem tímida (no sentido de recatada) até começar o roteiro começar a nos dar traços de sua personalidade (a primeira vez que surge o assunto do Hamster), tudo isso evoluindo até a cena em que todos ficam bêbados, meu amigo, foram poucas as vezes que eu vi uma bêbada tão convincente como a Kate no longa, tudo, desde o jeito de falar até mínimos trejeitos e variações foram mostrados pela atriz, ela é realmente uma das melhores atrizes da sua geração (me surpreende ela só ter um Oscar).
Enfim, Deus Da Carnificina consegue nos irritar e incomodar (o celular, uma certa personagem tocando em certo assunto repetidas vezes, certas falas totalmente machistas, racistas e misógenas em certos momentos, entre outros), consegue nos fazer rir e entretém bastante, fugindo do marasmo e do tedioso.
- Por Ruan Souza

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