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Biosegurança Unidade 2

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Prévia do material em texto

Biossegurança e 
Primeiros Socorros
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Solange de Fátima Azevedo Dias
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Revisão Técnica:
Prof.ª Esp. Fernanda Teixeira Borges
Biossegurança II
• Introdução;
• Gestão da Qualidade e Biossegurança;
• Meios de Evitar os Riscos Biológicos;
• Acidentes de Trabalho;
• Atribuições aos Geradores de Resíduos do Serviço de Saúde.
• Conhecer e analisar os riscos para a saúde humana e saiba elaborar um Mapeamento 
de Risco.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Biossegurança II
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Biossegurança II
Introdução
A Área da Saúde está intimamente ligada à Vigilância Sanitária (VS), que define 
ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos 
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da circulação 
de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde” (Lei Orgânica da Saúde 
– Lei 8.080 de 19/09/1990, Art. 6º, Inciso I). Essas ações incluem a garantia de 
qualidade de produtos, procedimentos e serviços prestados aos seres vivos.
As ações desenvolvidas pela Vigilância Sanitária são de caráter educativo (pre-
ventivo), normativo (regulamentador), fiscalizador e, em última instância, punitivo. 
A Vigilância Sanitária tem atuação no nível federal, nos estados e nos municípios, 
e tem as seguintes ações/fiscalização:
I. Proteger o ambiente e defender o desenvolvimento sustentável; 
II. Saneamento básico nas residências de qualquer tipo de construção;
III. Cuidar da qualidade de alimentos, água e bebidas para consumo humano;
IV. Medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de 
interesse para a saúde;
V. Ambiente e processos de trabalho e saúde do trabalhador;
VI. Serviços de Assistência à Saúde, como SUS (Sistema Único de Saúde);
VII. Produção, transporte, guarda e utilização de outros bens, substâncias 
e produtos psicoativos, tóxicos e radiativos;
VIII. Sangue e hemoderivados;
IX. Radiações de qualquer natureza;
X. Portos, aeroportos e fronteiras (BRASIL, 216, p. 42).
Na área da saúde a VS, tem atuação (alimentos, cosméticos, medicamentos, sa-
neantes domissanitários e produtos correlatos), certificando se estes estão próprios 
para os seres vivos, desta forma os laboratórios de Análises Clínicas, as Clínicas 
Estéticas (CE) e Salões de Beleza (SB) estão vinculados diretamente ao órgão.
Gestão da Qualidade e Biossegurança
A importância da Biossegurança advém da 1ª Guerra Mundial, e o homem tem 
estudado muito o assunto para evitar risco de saúde à vida humana.
No Brasil, desde 1995, a Biossegurança é regulamentada pela Comissão Téc-
nica Nacional de Biossegurança (CTNBio), com o objetivo de definir ações que 
8
9
visem à exterminação ou à minimização dos riscos que os indivíduos e também os 
profissionais de saúde correm durante procedimentos clínicos.
Os riscos podem ser como mostra o Quadro 1.
Quadro 1 – Tipos de riscos
Grupo Riscos Cor de Identifi cação Descrição
1 Físicos Verde Ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes, vibrações, etc.
2 Químicos Vermelho Poeiras, fumos, gases, vapores, névoas, neblinas, etc.
3 Biológicos Marrom Fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários, insetos, etc.
4 Ergonômicos Amarelo
Levantamento e transporte manual de peso, monotonia, 
repetitividade, responsabilidade, ritmo excessivo, posturas 
inadequadas de trabalho, trabalho em turnos, etc.
5 Acidentais Azul
Arranjo físico inadequado, iluminação inadequada, incêndio 
e explosão, eletricidade, máquinas e equipamentos sem 
proteção, quedas e animais peçonhentos.
Fonte: https://goo.gl/cxtgsA
Como demonstrado no Quadro 1, existem inúmeros riscos à saúde humana, 
mas vamos nos ater, neste momento, aos riscos em Clínicas de Estética.
A Lei 12.592/12 reconheceu, em âmbito nacional, o exercício das atividades de 
esteticista; no entanto, não especifica as atividades a serem exercidas. Dessa forma, 
vamos considerar que o profissional Esteticista exerça as seguintes atividades da 
Tabela 1, para classificar os riscos para esta categoria.
Tabela 1 – Atividades desenvolvidas x riscos
Categoria/Atividade Risco Ilustração
Análise da pele Biológico
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
Auxílio o médico dermatologista e 
cirurgião plástico nos tratamentos 
pós procedimentos dermatológicos
Biológico -
Auxílio os setores de dermatologia em 
ambulatórios hospitalares dos centros 
de tratamento de queimaduras
Biológico -
9
UNIDADE Biossegurança II
Categoria/Atividade Risco Ilustração
Bandagens -
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
Banhos aromáticos e descoloração 
de pelos -
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
Depilação eletrônica Físico (radiação não ionizante) -
Drenagem linfática corporal
Ergonômico (esforço 
de mãos e braços de 
forma contínua)
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
Eletroterapia facial -
Figura 5
Fonte: iStock/Getty Images
Eletroterapia geral para fins estético - - 
10
11
Categoria/Atividade Risco Ilustração
Esfoliação corporal Ergonômica
Figura 6
Fonte: iStock/Getty Images
Limpeza de pele profunda Biológico -
Massagem mecânica Ergonômico
Figura 7
Fonte: iStock/Getty Images
Massagens cosméticas Ergonômico -
Massagens cosméticas Ergonômico -
Massagens relaxantes e aplicação 
da cosmetologia apropriada Ergonômico -
Procedimentos pré e pós cirúrgicos 
como drenagem linfática Ergonômico -
Tratamento de acne simples 
com técnicas cosméticas - -
Tratamento de manchas 
superficiais de pele - -
Vacuoterapia -
Figura 8
Fonte: iStock/Getty Images
Fonte: A própria autora, baseada em Audiência Pública, defende aprovação de Projeto que regulamenta categoria 
de esteticistas (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). Disponível em: https://goo.gl/kW9M2S
11
UNIDADE Biossegurança II
A Tabela 1 indica os riscos para o profissional de estética ao exercer suas ativi-
dades principais. Os riscos biológicos e ergonômicos são os mais frequentes, por-
tanto, iremos estudá-los.
Riscos Biológicos
Os riscos biológicos são: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e baci-
los, e são classificados em:
• Classe 1: Agentes que nãoapresentam riscos para o manipulador, nem para 
o cliente (por exemplo: E. coli, B. subtilis);
• Classes 2: Apresentam risco moderado para o manipulador e fraco para o clien-
te, e há sempre um tratamento preventivo (por exemplo: bactérias – Clostridium 
tetani, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus; vírus – EBV, herpes; fun-
gos – Candida albicans; parasitas – Plasmoium, Schistosoma);
• Classe 3: São os agentes que apresentam risco grave para o manipulador e mode-
rado para o cliente, sendo que as lesões ou os sinais clínicos são graves e nem sem-
pre há tratamento (por exemplo: bactérias – Bacillus anthracis, Brucella, Chlamy 
diapsittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus – Hepatites B e C, HTLV 1 e 2, 
HIV, febre amarela, dengue; fungos – Blastomyces dermatiolis, Histoplasma; pa-
rasitos – Echinococcus, Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi);
• Classe 4: Risco grave para o manipulador e para o cliente, não existe trata-
mento e os riscos em caso de propagação são bastante graves (por exemplo: 
vírus de febres hemorrágicas) ( NR-32, p. 748-757).
Riscos Ergonômicos
A Ergonomia é o estudo das relações entre o homem e seu ambiente de traba-
lho, em que os recursos e as técnicas da Engenharia devem ser usados para ajustar 
as partes biológicas humanas e as atividades que ela desenvolve.
Os riscos ergonômicos podem afetar partes físicas e psicológicas do profissional, 
causando doenças e desconforto. São eles: esforço físico, levantamento de peso, 
postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, traba-
lhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitivi-
dade e imposição de rotina intensa (NR-17, 2017, p. 372-84).
Os riscos ergonômicos são: LER/DORT, cansaço físico, dores musculares, 
hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, 
doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de 
coluna, etc.
LER/DORT: LER, significa lesões por esforços repetitivos e DORT Distúrbios Osteomusculares 
Relacionados ao Trabalho.
12
13
Estudaremos apenas os riscos ergonômicos que acometem os esteticistas, pois 
eles precisam tomar alguns cuidados em relação à postura, aos movimentos repe-
titivos, à altura das macas, aos equipamentos e aos acessórios, tornar o ambiente 
de trabalho saudável, sem ruído, com luz na medida certa (nem muito claro, nem 
escuro), limpo, ventilado e agradável.
Como evitar LER/DORT:
• Temperatura ambiente: a temperatura de conforto: no verão, deverá variar 
de 23°C a 26°C e, no inverno, entre 20 e 22ºC;
• Postura estática durante atividade de categorias (Tabela 1) 12 a 17: o profis-
sional deve ter uma maca com regulagem que varia entre 50cm e 85 cm de altura 
e deve proporcionar ao profissional postura correta e que lhe seja confortável.
Veja no link a seguir, demonstra quais as possibilidades de desenvolver atividades laborais 
que limitam os problemas e postura: https://goo.gl/H3gdjW.
• Estresse: o excesso de trabalho e algum tipo de tensão muscular pode leva o 
profissional esteticista a tencionar tendões e músculos das mãos, braços, pernas 
e coluna, durante a atividade desenvolvida. Procure fazer sessões de relaxamento 
e alongamentos nos intervalos de atendimento a clientes.
Assim como todos os trabalhadores, as esteticistas também deveriam realizar exer-
cícios de preparação para o trabalho, como relaxamento e alongamento dos grupos 
musculares das mãos, braços e pescoço.
Esses alongamentos deveriam ser realizados no mínimo duas vezes ao dia, o que 
ajudaria muito no desenvolvimento do trabalho e na prevenção de lesões por esforços 
repetitivos e por tensão dos músculos.
Meios de Evitar os Riscos Biológicos
Em uma Clínica Estética é muito importante implantar um Plano de Gestão da 
Qualidade e Biossegurança. Nesse plano, será necessário que a CE indique um gestor 
para implantar o PGQB. Essa pessoa deve ter perfil conciliador, habilidade para re-
lacionar conceitos científicos x competência técnica x prática, para lidar com o time.
Ações
1. Elaborar um cronograma de reuniões do time (deve ser composto por to-
dos os funcionários da CE, desde o pessoal de limpeza, até o proprietário), 
levantando os problemas que cada um dos participantes aponte; levanta-
mento de soluções, objetivos e metas.
13
UNIDADE Biossegurança II
Quadro 2 – Cronograma
MESES MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO
Dia 19 e 26 9 e 16 28 11 9
Horário 10 h 10 h 14 h 10 h 15 h
Objetivos Implantação do PGQB.
Avaliação das 
ações do mês do 
mês de março.
Levantamento das 
alterações para 
melhorias do trabalho.
Fechamento do semestre. 
Verificação dos problemas 
e soluções.
Planejamento para o 
2º semestre.
Metas
Melhoria na 
qualidade 
dos serviços.
Alinhamento 
de metas.
Redução de lixo.
Redução de consumo 
de água.
Comparar os dados de 
dezembro, janeiro e 
fevereiro, quanto aos 
objetivos e metas previstas.
Manter as metas no 
2º semestre e prever 
aumento de carteira 
de clientes e lucro.
Fonte: Elaborado pela própria autora
2. Elaborar o Quadro 3, com envolvidos, responsabilidade de cada um e correções.
Quadro 3 – Envolvidos, responsabilidade de cada um e correções
Estratégias para a 
implantação do plano
Responsabilidade Execução Prazo 
Levantamento de prioridades · Esteticista Todos Dia 29 de março
Levantamento de gasto de 
materiais: um membro de 
cada Setor
· Esteticista
· Limpeza Todos Dia 29 de março
Levantamento de materiais 
sem condições de uso
· Esteticista
· Limpeza 1 de cada Setor Dia 29 de março
Redução de quantidade de 
lixo (meta: 10 %)
· Esteticista
· Limpeza Todos
Dia 30 de abril (resultados 
em nº de embalagens 
plásticas de lixo)
Fonte: Elaborado pela própria autora
3. Elaborar o Quadro 4 – Cronograma de Cursos de Aperfeiçoamento/Reci-
clagem, com envolvidos, responsabilidade de cada um e avaliação.
Quadro 4 – Cronograma de Cursos de Aperfeiçoamento/Reciclagem
Curso/Orientação Data Tema/Assunto Responsável Participantes
Como separar os diferentes 
tipos de lixo/resíduo
16/03
14 h
Aprender a separar os diferentes 
tipos e os cuidados com o lixo 
biológico e perfurocortante
Profissional de Segurança 
de Trabalho (parceria com 
a Escola Técnica X)
Todos
Como higienizar as mãos 16/0316 h
Como se proteger de riscos 
biológicos e químicos com 
produtos de beleza e de limpeza
Técnico em Segurança do 
Trabalho Todos
Como trabalhar sem correr 
risco ergonômicos
02/04
20 h
A altura das macas e
posicionamento do esteticista. 
Como transportar lixo/resíduo. 
Como limpar os ambientes da CE.
Fisioterapeuta da 
Faculdade Y
Esteticistas 
e pessoal de 
limpeza
Como trabalhar sem correr 
risco biológico
30/04
19 h
Como manusear agulhas, 
seringas, pinças, tesoura, alicate 
e afins.
Técnica em Enfermagem 
da Escola Técnica Z Todos
Como utilizar corretamente 
os EPIs e o que prevê a 
Legislação
30/04
21 h
Os riscos para a saúde do 
profissional e para o cliente
Bombeiro do 3º Batalhão 
de São Paulo Todos
Fonte: Elaborado pela própria autora
14
15
Toda área de Saúde é muito complexa e cada uma tem suas particularidades, por 
isso, são necessárias adequações, correções e avaliações. O que deve estar sempre 
em mente, por todos os envolvidos, inclusive, clientes, é a necessidade de trabalhar 
como se fosse um time.
Este time tem como objetivo: vencer os obstáculos a fim de prestar serviço de 
qualidade e com segurança. Existem inúmeros modelos de Plano de Gestão da Qua-
lidade e Biossegurança (PGQB), o importante é que o líder do time tenha consciência 
crítica, saiba ouvir, tomar decisões, saiba agir e realizar autoavaliações. Dessa forma, 
o PGQB terá sucesso, haverá a ligação científica tecnológica, mesclada à prática de 
trabalho com a segurança.
Ver a NR-24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. A Resolução da 
ANVISA nº 79/2000 estabelece a definição e a classificação de produtos de higiene pessoal, 
cosméticos e perfumes e outros com abrangência nesse contexto, para teracesso a todas as 
instruções cabíveis ao setor.
Acidentes de Trabalho
O brasileiro adora cuidar da pele, do corpo e da cabeça; com isso, cresce numa 
velocidade espantosa o número de Salões de Beleza e Clínicas estéticas. No entanto, 
nem sempre os profissionais estão habilitados e têm competência técnica para as 
diferentes atividades que o Mercado lança.
Assim, crescem também os problemas por falta de higiene, material contami-
nado, inexperiência, falta de conhecimento da técnica e do equipamento, além de 
utilização de produtos químicos sem os devidos cuidados.
Os maiores problemas que ocorrem em CE, são:
• Queimaduras:
 » Por excesso de Raios Ultravioletas (UV), assim como o perigo das câmaras 
de bronzeamento artificial e das lâmpadas artificiais;
 » Queimaduras por temperatura elevada de ceras para depilação;
 » Queimadura química, com produtos de limpeza de pele, com erros de con-
centração de reagentes e tempo de aplicação;
 » O peeling químico pode causar desde vermelhidões até queimaduras graves, 
chegando a cicatrizes;
• Irritações:
 » Pele, olhos e axilas;
15
UNIDADE Biossegurança II
• Traumas e lesões musculares:
 » Excesso de força em tratamento como massagens levam à piora do paciente;
• Aparelhos desregulados ou com defeito:
 » A falta de manutenção e treinamento do profissional pode levar a ocorrên-
cias múltiplas para o cliente e também para os funcionários.
Os laboratórios de Análises Clínicas (LAC) oferecem vários riscos ao profissional 
biomédico. Segundo publicações na área, o acidente com material biológico mais 
comum no LAC é a contaminação percutânea com material biológico contamina-
do, devido ao descarte inadequado de material perfurocortante (seringas, agulhas). 
Uma causa frequente de acidentes com material biológico é o ato de reencapar 
agulhas com as duas mãos. 
De acordo com o Quadro 1, mostrado anteriormente, os principais riscos encon-
trados no LAC são:
• Riscos ergonômicos: LER/DORT, má postura no transporte de peso, estres-
se podem causar danos ao trabalhador, assim mapear essas ameaças pode 
evitar problemas e dificuldades para o profissional.
• Riscos físicos: variações intensas de temperaturas (elevadas ou muito baixas), pres-
sões anormais e materiais escorregadios no piso são exemplos de riscos físicos.
• Riscos químicos: reagentes (ácidos ou bases concentradas), substâncias radio-
ativas são exemplos de riscos químicos.
• Riscos biológicos: estes são os riscos mais presentes no LAC, principalmente 
devido a manipulação de amostras contaminadas de pacientes ou durante o 
procedimento de coleta. 
• Riscos de acidentes: incêndios, problemas na manipulação de máquinas, 
cortes com material perfurocortante, armazenagem inadequada de produtos, 
entre outros fatores.
A Anvisa e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) desenvolveram pa-
drões e normas de condutas para garantir a segurança do trabalhador no LAC, são elas:
A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) Nº 302, de 13 de outubro de 2005 
que define requisitos para o funcionamento dos laboratórios clínicos e postos de 
coleta laboratorial. 
Esta resolução estabelece a necessidade de um manual de biossegurança para 
treinar e capacitar a equipe de trabalho, além da descrição dos procedimentos la-
boratoriais, por meio dos POP ou Procedimentos Operacionais Padrão, que têm 
o objetivo de padronizar as condutas do dia a dia, a fim de minimizar a ocorrência 
de erros. 
Por meio do manual de biossegurança, os funcionários devem ser informados 
sobre normas e condutas de segurança biológica, química, física, ocupacional e 
ambiental; instruções para uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) e de 
16
17
proteção coletiva (EPC); procedimentos em caso de acidentes; transporte e manu-
seio de materiais e amostra biológica.
A NBR 14785, criada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), 
estabelece as especificações para a segurança no laboratório clínico. 
Determina que o pessoal que trabalha no laboratório clínico deve estar treinado 
para interromper quaisquer atividades que ofereçam risco imediato; deve identificar 
e notificar qualquer problema de segurança; iniciar, recomendar ou providenciar 
ações corretivas para situações de risco; participar e acompanhar a implementação 
das ações corretivas.
Para implementar a NBR 14785, os laboratórios clínicos devem investir em trei-
namento contínuo. Além disso, o ambiente de trabalho deve ser projetado de modo 
a prevenir riscos de todos os tipos.
O Ministério da Saúde determina que os trabalhadores de laboratórios clínicos 
utilizem equipamentos de proteção individual (EPI) e coletivos (EPC), a fim de mi-
nimizar os acidentes de trabalho. Estes equipamentos visam proteger o profissional 
contra agentes infecciosos, materiais perfurocortantes, etc. O laboratório deve for-
necer e cobrar o uso dos equipamentos de proteção pelos funcionários.
Importante!
• Equipamentos de Proteção Individual: são touca, óculos, máscaras, protetores auri-
culares, respirador, jalecos, luvas descartáveis, calças, botas etc.
• Equipamentos de Proteção Coletiva: são materiais fixos ou móveis instalados no 
local de trabalho, servem para a proteção de toda a equipe de trabalho. São exemplos 
de EPC no laboratório clínico Cabines de Segurança Biológica (CSB), kit de primeiros 
socorros, kit de desinfecção para acidentes com materiais biológicos, corrimão, piso 
antiderrapante, etc. 
Você Sabia?
Medidas que podem prevenir acidentes no LAC incluem:
1. Treinamento dos trabalhadores para o uso de equipamentos; 
2. Capacitação dos profi ssionais para atuação em casos de emergências;
3. A mobília do laboratório deve ser de superfície rígida para facilitar a limpeza; 
4. Instalação de pisos antiderrapantes;
5. Estabelecer POP para todos os procedimentos do LAC;
6. Garantir que os trabalhadores do LAC usem os EPIs (luvas descartáveis, 
jaleco, etc.);
7. Realizar o manejo adequado dos resíduos (reagentes, fl uidos infectantes, 
materiais contaminados);
8. Mapeamento dos riscos, confecção de um mapa de risco;
17
UNIDADE Biossegurança II
9. Sinalização das áreas do laboratório e difusão dos símbolos; 
10. Desenvolver um manual de boas práticas no LAC, de acordo com as es-
pecificidades do local de trabalho.
Análise de Riscos
O mesmo time que faz parte da Implantação de Gerenciamento de Qualidade 
pode, também, elaborar um mapa de riscos da Clínica.
A seguir, a Tabela 2 ilustra um Mapa de Riscos e as respectivas cores que a ANVISA 
exige. Esse mapa deve ser afixado em local visível e em todos os ambientes da Clínica.
Ele serve para alertar, relembrar e corrigir algumas posturas e procedimentos. 
As cores são os padrões para indicar o tipo de risco.
O diâmetro da esfera indica em ordem crescente a gravidade do risco, ou seja, 
quanto maior o diâmetro da esfera, maior será o risco.
Esse mapa ou a adequação dele em CE deve ser afixado em todos os ambientes 
físicos da Clínica, cada mapa com suas peculiaridade e indicações, até mesmo na 
área de armazenamento de descarte.
Tabela 2 – Mapa de Risco 
Simbologia das Cores 
No mapa de risco, os riscos são representados 
e indicados por círculos coloridos de três 
tamanhos diferentes, a saber.
Risco Químico Leve Risco Acidentais Leve
Risco Químico Médio Risco Acidentais Médio
Risco Químico Elevado Risco Acidentais Elevado
Risco Biológico Leve Risco Ergonômico Leve Risco Físico Leve
Risco Biológico Médio Risco Ergonômico Médio Risco Físico Médio
Risco Biológico Elevado Risco Ergonômico Elevado Risco Físico Elevado
Fonte: https://goo.gl/p1icKG
Etapas de Elaboração do Mapeamento de Risco
Após o levantamento de todos os riscos de todos os espaços físicos da CE, ela-
borase o mapeamento de risco, utilizando as cores correspondentes dos riscos e 
afixado nos ambientes, como mostra a Tabela 3.
18
19
Tabela 3 – Mapeamento de risco
Recepção
Sala de drenagem 
linfática
Risco ergonômico médio
Sala de limpeza de pele 
profunda
Risco biológico elevado
Riscoergonômico leve
Sala de massagem
Risco ergonômico médio
Cozinha
Risco biológico médio
Sala de reuniões
Risco biológico médio
Sala de descarte
Risco biológico elevado
Risco ergonômico elevado
Garagem Garagem Garagem
Garagem Garagem Garagem
Fonte: Elaborado pela própria autora
Tabela 4 – Mapeamento de risco no LAC
Bioquímica, Hematologia, Imunologia Expurgo Triagem Sanitários
 
 
 
 
 
 
Parasitologia Microbiologia Urinálise Coordenação Salas de Coleta
 
 
DML Recepção
 
Risco Físico Risco Químico Risco Biológico Risco Ergonômico Risco Acidental
Leve Leve Leve Leve Leve
Moderado Moderado Moderado Moderado Moderado
Grave Grave Grave Grave Grave
Fonte. Elaborado pela autora
19
UNIDADE Biossegurança II
Mapa de risco no LAC
Os Mapas de Risco são elaborados pela Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes (CIPA). No Quadro 5 estão as principais áreas de um LAC. Os princi-
pais riscos e suas classificações, enquanto a Tabela 4 contém um mapa de risco 
deste LAC.
Quadro 5 – Principais áreas de um laboratório de Análises 
Clínicas, principais riscos e suas classificações
Área Risco Classificação de Risco
Sala de Coleta
Material Biológico
Material Perfurocortante
Postura Inadequada
Biológico Grave
Acidental Moderado
Ergonômico Leve
Sanitários Estrutura InadequadaDejetos
Risco físico leve
Risco biológico moderado
Coordenação Estresse, repetitividade Risco ergonômico grave
Recepção Postura inadequada Risco ergonômico moderado
Triagem
Material Perfurocortante
Material Biológico
Postura Inadequada
Risco de acidentes moderado
Risco biológico grave
Risco ergonômico grave
Microbiologia e Urinálise
Material Biológico
Repetitividade
Gás Carbônico (CO2)
Risco biológico grave
Risco ergonômico moderado
Risco acidental moderado
Risco físico grave
Imunologia, Bioquímica, 
Hematologia e Parasitologia
Material Biológico
Postura Inadequada e repetitividade
Produtos Químicos
Risco biológico moderado
Risco ergonômico moderado
Risco acidental moderado
Risco químico leve
Sala de Expurgo
Material Biológico
Material Perfurocortante
Produtos Químicos
Postura inadequada e repetitividade
Risco biológico grave
Risco ergonômico moderado
Risco químico grave
Risco acidental grave
Depósito de materiais de 
limpeza (DML) 
Produtos químicos
Excesso de peso e repetitividade
Material biológico
Material perfurocortante
Risco químico grave
Risco ergonômico grave
Risco biológico grave
Risco acidental grave
Fonte. Hokerberg YHM, dos Santos MAB, Passos SRL, Cotias PMT, Alves L, Mattos UAO. O processo de construção 
de mapas de risco em um hospital público. Ciência & Saúde Coletiva, 11(2):503-513, 2006, com adaptações
Atribuições aos Geradores de 
Resíduos do Serviço de Saúde
Os resíduos das CE e laboratórios de análises clínicas devem ser gerenciados 
dentro de um espaço físico definido. A importância da equipe de limpeza fazer par-
te de reuniões, capacitações e orientação no Plano de Gerenciamento de Qualidade 
se justifica perfeitamente, dada à responsabilidade contínua do gerenciamento e 
destino final dos resíduos da CE e dos LAC.
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A relevância do trabalho de conscientização desses profissionais é importantís-
sima. São eles que, conjuntamente com os demais funcionários, farão o time jogar 
com o mesmo objetivo: vencer os riscos das atividades exercidas nos estabelecimen-
tos da área de saúde, para que sejam minimizados, reduzidos e aniquilados. 
Se todos se conscientizarem da importância de gerenciar corretamente os resí-
duos, a Saúde de todos os profissionais e dos clientes estará protegida.
A responsabilidade do descarte desse tipo de resíduo se encerra nos estabeleci-
mentos da área de saúde, no espaço reservado a isso. A partir da coleta, esse tipo 
de resíduo fica nas mãos das autoridades municipais de coleta de lixo especial.
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UNIDADE Biossegurança II
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Biossegurança e Saúde Pública
ANVISA. Biossegurança e Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 6., dez. 2005.
https://goo.gl/bDyk9c
Salões de beleza e similares
ANVISA. Salões de beleza e similares. São Paulo: Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária.
https://goo.gl/rEHfmM
O RISCO oculto no segmento de estética e beleza: uma avaliação do conhecimento dos profissionais e das práticas 
de biossegurança nos salões de beleza
https://goo.gl/aQRT12
CONSELHO Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Resolução nº 5 de 5/8/1993
CONSELHO Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Resolução nº 5 de 5/8/1993. 
Dispõe sobre o plano de gerenciamento, tratamento e destinação final de resíduos 
sólidos de serviços de saúde, portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários.
https://goo.gl/UtcLjj
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Referências
AS CLÍNICAS de estética e os perigos que elas trazem. 7 out. 2008. Disponível 
em: <http://www.baixinho.net/as-clinicas-de-estetica-eos-perigos-queelas-trazem/>. 
Acesso em: 19 mar. 2018.
BIOSSEGURANÇA. Comissão de Biossegurança da Fundação Oswaldo 
Cruz, 2003.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MET). Equipamentos de proteção 
individual (EPI). Norma regulamentadora 6 – NR 6. Saraiva, 2016.
COSTA, M. A. F. Segurança química em Biotecnologia: uma abordagem crítica. In: 
TEIXEIRA, P.; VALLE, S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio de 
Janeiro: Fiocruz, 1996.
MINISTÉRIO da Saúde. Manual de controle de infecção hospitalar. 2.ed. Brasília: 
Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1986.
MINISTÉRIO do Trabalho e Emprego (BR). Secretaria de Segurança e Saúde no 
Trabalho. Legislação de segurança e saúde no trabalho. Brasília: MTE, 1999.
ODA, Leila, Ávila, Suzana. et al. Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. 
Brasília: Ministério da Saúde, 1998.
PRADO-PALOS, Marinésia A; CANINI, Silvia R. M. S; Gir, ELUCIR; Melo, Lílian L; 
MATA, Daniela H; SANTANA, Raide M. T; SOUZA, Lorena R; SOUZA, Adenícia C. 
S. Acidentes com material biológico ocorridos com profissionais de laboratórios 
de análises clínicas. DST j. bras. doenças sex. transm; 18(4): 231-234, 2006.
REV. Saúde e Ambiente no Processo de Desenvolvimento, Série Fiocruz/Eventos 
Científicos Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2000, p.183. v.2
REVISTA CIPA, n. 253, jan. 2002.
ROCHA, S. S.; SANTOS, C. M. D. G. Avaliação de Risco das Atividades do 
Laboratório Central de Saúde Pública.
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