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Atlas de citopatologia Outubro 2020 DISCENTES IASMIM DE ALMEIDA LIMA FRANCIELLE ASIS LAILA VERONE DE OLIVEIRA VIEIRA CEDRAZ COLETA DE EXAME CITOLOGIA CERVICAL MATERIAIS: Espéculo Lâmina com extremidade fosca Espátula de Ayre Escova endocervical Luvas Lápis n.º 2 (para identificação da lâmina) Máscara cirúrgica Fixador citológico Recipiente para acondicionamento das lâminas Lençol para paciente Amostras Adequadas Não estar menstruada - a presença de pequeno sangramento de origem não menstrual, não é impeditivo para a coleta, principalmente em mulheres na pós-menopausa; Não usar creme ou ducha vaginal nem se submeter a exames intravaginais (ultrassonografia) por 2 dias antes do exame; Evitar relações sexuais nas 24 horas que antecedem o exame; Solicitar à paciente que esvazie a bexiga; Amostras Inadequadas Amostras com leituras prejudicadas por razões técnicas ou presença de outras células. Sem células ou material com poucas células. Leitura prejudicada devido à existência de células sanguíneas, linfócitos, artefatos de dessecação, contaminantes externos ou forte sobreposição de células. Vale ressaltar um fator muito importante, a presença das células endocervicais e mataplásicas são consideradas um indicador importante da qualidade do esfregaço, quando não há representatividade desses dois tipos de células sugere-se que houve uma inadequada coleta do local ou ausência de células da endocérvice no material coletado. ECTOCÉRVICE NORMAL Diferentes tipos de células escamosas A - células superficiais B - células intermediárias C - células parabasais D - células metaplásicas Células escamosas intermediárias basofílicas e células superficiais com citoplasma basofilico ou eosinofílico. Esfregaço do meio do ciclo (fase ovulatória) Escamosas superficiais eosinofílicas, fundo limpo. Esfregaço da fase luteínica com células Escamosas, células basofílicas com citoplasma dobrado. ENDOCÉRVICE NORMAL Diferentes tipos de células glandulares endocervicais: A e B: células secretoras; C: células ciliadas; D: núcleos nus de células glandulares endocervicais. Células escamosas superficiais e intermediárias normais e um aglomerado de células colunares endocervicais Inflamações especifícas: A: Cândida B: Trichomonas vaginalis. C: Herpes. D: Gardnerella vaginalis. Ectocérvice inflamatória fundo sujo, infecção por Trichomonas vaginalis (setas: parasitas visíveis). Micose cérvico-vaginal detalhes das hifas setas e esporos. Ectocérvice infecção fúngica presença de fundo inflamatório. Grupamento de células glandulares secretoras normais com padrão típico em favo de mel. Células endocervicais normais do tipo ciliadas. Células endocervicais colunares secretoras normais. Coletado no período menstrual: Aglomerado de células endometriais normais com núcleos pequenos e escuros, em meio a células escamosas. Endocervicite inflamação e edema do tecido conjuntivo. Endocervicite inespecífica lesão inflamatória endocervical. Endocervicite subaguda inespecífica: infiltrado inflamatório e congestão vascular no tecido conjuntivo. Entocérvice inflamatória fundo sujo, infecção por trichomonas vaginalis. Gardnerella vaginalis as bactérias são visualizadas no fundo, principalmente sobre as células escamosas resultando em células indicadoras (clue cells). Os polimorfonucleares são ausentes ou raros. Esfregaço ectocervical microfilarias do tipo wuchereria bancrofti. Actinomicose aglomerados típicos de material pseudofilamentoso. Esfregaço de uma mulher em uso de DIU. c\zc Infecção herpética célula multinucleada seta com inclusão viral intranuclear. Esfregaço endocervical Aglomerado de células atípicas do tipo glandular com núcleos volumosos e padrão de cromatina regular. Comparar com as células colunares normais. Os nucléolos são ocasionalmente visíveis. Esfrregaço inflamatório e hemorrágico células glandulares atípicas conservando sua forma colunar, com núcleos volumosos (setas). Carcinoma escamoso invasor aglomerado pouco coeso de células malignas pleomórficas pouco diferenciadas e algumas células isoladas discreta inflamação e necrose no fundo. Adenocarcinoma endocervical bem diferenciado. aspecto do esfregaço AGC, possivelmente neoplásicas. Células colunares em paliçada, com núcleos regulares, aumentados de tamanho (comparar com os núcleos das células escamosas). Carcinoma escamoso invasor, bem diferenciado, queratinizante grupos de células malignas de morfologia fusiforme (setas). Carcinoma escamoso invasor células malignas pleomórficas, isoladas ou agrupadas, predominantemente do tipo pouco diferenciado, e núcleos nus. Diferentes tipos de células queratinizadas anormais (elipses). Fundo inflamatório, hemorrágico e necrótico. Esfregaço ectocervical inflamatório e hemorrágico com uma significativa população de células colunares atípicas sob a forma de agregados irregulares e células atípicas bem preservadas isoladas. adenocarcinoma endocervical histologicamente comprovado. Adenocarcinoma invasor muco com núcleos nus de células endocervicais normais ao lado de agregados de células colunares malignas. Adenocarcinoma invasor área com células colunares malignas mais ou menos coesas. Esfregaço endocervical de uma mulher com diagnóstico de adenocarcinoma de endométrio, um grupo de células glandulares atípicas associadas a algumas células escamosas normais em meio a fundo inflamatório e hemorrágico. Grande aumento de um corte histológico onde se observa a proliferação celular linfomatosa circundando uma glândula endocervical (canto superior esquerdo). Linfoma maligno não hodgkin, esfregaço hemorrágico ,contendo numerosos núcleos nus e células linfocitárias, que nesse aumento podem sugerir uma cervicite folicular. Esfregaço insatisfatório hemorrágico e pobre em células algumas células escamosas e muito raras células colunares endocervicais (elipses). Esfregaço insatisfatório devido à inflamação e hemorragia. AMOSTRA INSATISFATÓRIA Mostra atrofia menopausa. Grande aglomerado de epitélio escamoso com contornos irregulares. Esfregaço dessecado antes da fixação. Alterações morfofisiológicas do tecido epitelial Hiperceratose – hipermaturação do epitélio escamoso da ectocérvice com aparecimento de uma camada de células granulares e ceratinização sobrejacente; escamas anucleadas em número variável; intensamente eosinofílicas e núcleos fantasmas. Celulas escamosas poligonais maduras anucleadas podem indicar uma alteração celular reativa benigna/inadvertidas contaminações da amostra com material vulvar. Alterações morfofisiológicas do tecido epitelial Paraceratose – ceratinização anormal com persistência dos núcleos no estrato córneo do epitélio escamoso estratificado. Camadas múltiplas de células escamosas superficiais em miniatura ceratinizadas com núcleos picnóticos. Células poligonais, arredondadas ou alongadas, citoplasma denso e alaranjado. Usualmente representam uma alteração reativa benigna e não poderiam ser consideradas como uma anomalia celular epitelial. Pérola córnea Alterações morfofisiológicas do tecido epitelial Pseudoceratose – células orangeofílicas, pequenas com núcleos picnóticos que não se deve a produção de queratina, mas decorre de um fenômeno degenerativo. Citoplasma granular vacuolizado. Esfregaço cervicovaginal,Papanicolaou, 400x. Há nesta figura vários histiócitos ao lado de células pequenas, arredondadas, com intensa eosinofi lia e núcleos excêntricos, correspondendo à pseudoparaqueratose Alterações morfofisiológicas do tecido epitelial Disceratose – processo anormal de maturação: células imaturas ceratinizadas. Células jovens de forma arredondada, núcloeos densos e coloração citoplasmática alaranjada. Alterações morfofisiológicas do tecido epitelial Metaplasia - Transformação morfológica e funcional de um tecido em outro, com morfologia e função diferentes. Alterações morfofisiológicas do tecido epitelial Acantose – hiperplasia de células basais por aumento da atividade reprodutiva dessascélulas. Núcleos grandes, membrana nuclear espessada e presença de pequenos nucléolos. Alterações morfofisiológicas do tecido epitelial Reparo típico – Alterações morfológicas observadas em células parabasais ou metaplásicas. Em um fundo aparentemente inflamatório, faixas de células com citoplasma abundante, núcleos aumentados (mas com relação N/C aproximadamente normal), com cromatina granular e nucléolos proeminentes. Algumas pilosidades dos núcleos apresentam polaridades alteradas. Diagnóstico diferencial principal com carcinoma invasor. Alterações morfofisiológicas do tecido epitelial Reparo atípico- Após uma agressão, o epitélio escamoso com estrutura preservada sofre modificações. Os núcleos tem forma e tamanho uniformes, a cromatina torna-se densa, o epitélio é infiltrado por células inflamatórias, as figuras de mitose são normais e limitam-se às células basais e parabasais. As células superficiais não são anormais mas a maturação encontra-se retardada. Células de reparação atípicas. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou,400x. No Sistema Bethesdatal quadro citológico é categorizadoncomo ASC-H. Agrupamentocelular com sobreposição nuclear. Há aumento nuclear, anisocariose, com bordas nucleares regulares e cromatina finamente granular. Os nucléolos são proeminentes, às vezes múltiplos. Epitélio endocervical glandular Critérios para células glandulares normais Células mucosecretoras grandes e pequenas dispostas em Favo de mel Paliçada Isoladas Autolíticas Epitélio endocervical glandular Critérios para células glandulares normais Presença de cílios Presença de nucléolos Maiores na segunda fase do ciclo Menores e escuras na pós menopausa Epitélio endocervical glandular Critéerios para células glandulares atípicas AGC – SOE (sem outras especificações) – possivelmente não neoplásica. AGC- NEO – possivelmente neoplásica. 1 – células com pouca ou muita sobreposição. 2 – cílios ausentes. 3 – presença de pequenos (SOE) ou grandes aglomerados (NEO). 4 – Núcleos presentes (SOE) ou núcleos ausentes (NEO) Epitélio endocervical glandular Critérios para células glandulares atípicas AGC- SOE células discretamente amontoadas, agrupadas em tiras ou placas. Citoplasma abundante. Núcleos aumentados. Variação no tamanho e forma nuclear. Leve hipercromasia nuclear. Epitélio endocervical glandular Critérios para células glandulares atípicas AGC – NEO Células amontoadas em tira ou placa com sobreposição Raras rosetas ou aspecto de plumagem núcleos aumentados de volume com leve ou moderada hipercromasia. Aumento em relação núcleo citoplasma. Menor quantidade de citoplasma com bordas indefinidas. Mitoses ocasionais. Lâminas com alterações neoplásicas Lesões provocadas por HPV
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