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Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
Hemograma 
- Faz parte de diversos protocolos para avaliação dos pacientes. 
- Avalia quantitativa e qualitativamente os elementos celulares do sangue; 
- Principal exame da hematologia; 
→ Indicação: saber o porquê de estar solicitando; 
→ Solicitação: fazer a solicitação correta; 
→ Coleta: deve ser bem feita, em um bom laboratório; 
→ Realização: deve ser cuidadosa, hoje em dia quase sempre com automação; 
→ Interpretação; 
- Eritrograma 
- Leucograma 
- Plaquetograma 
1. ERITROGRAMA 
- Analise da parte vermelha: massa eritróide circulante; 
- Avaliação quantitavia e qualitativamente; 
 AVALIAÇÃO QUANTATIVA 
→ Contagem de eritrócitos; 
→ Dosagem da hemoglobina; 
→ Hematócrito: calculado; 
→ Índices hematimétricos: 
 Volume corpuscular médio (VCM); 
 Concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM); 
 Hemoglobina corpuscular média (HCM); 
 RDW: amplitude da dispersão, quão diferente as células eritróides são em tamanho e forma; 
 Anisocitose: modificação do formato das células; 
a) Contagem de Eritrócitos 
- Câmara de Neubauer: não se usa mais (pouco acurada); 
- Contadores Eletrônicos: princípio de Coulter (contagem de pulsos de impedância), mais exata e 
confiável; 
→ Coeficiente de variação <2% (baixo); 
→ Causas de erro: crioaglutinação (+ comum), rouleaux; 
 
 
 
- Eritrocitopenia: diminuição, quase sempre acompanhada de diminuição da Hb (anemia); 
- Eritrocitose: aumento do número de células vermelhas, quando acompanhada de aumento de 
hematócrito (Ht) e Hb -> poliglobulia; 
Na prática qualquer um dos 
dois pode ser utilizado 
Valores normais: 
→ H: 5,3 +-0,6 
→ M: 4,7 +-0,5 
→ >70 anos – 4,6 +-0,7 
 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
- Microcitose: pode haver eritrocitose sem poliglobulia, e até mesmo anemia; 
b) Dosagem da Hemoglobina 
- Espectofotometria após conversão da hemoglobina em cianometemoglobina; 
- Feita pelo mesmo aparelho que faz a contagem; 
- Exatidão: coeficiente de variação aproximadamente 2%; 
- Causas de erro: 
→ Lipemia: 
→ Alta contagem de leucócitos: 
→ Sujeira na parede de leitura; 
c) Hematócrito 
- Volume de massa eritróide em uma amostra de sangue, expressa em % do volume total; 
- Contadores eletrônicos: cálculo derivado através da multiplcação do VCMxE (num eritrócitos) 
expresso em %; 
- Correlação com a viscosidade do sangue; 
- Diferença entre a quantidade de células que se depositam por 
centrifugação e a parte líquida; 
 
 
 
d) Relação Entre E, Hb, Ht e Volemia 
Em algumas situações clínicas ocorre retenção hídrica/desidratação: 
 ↑volemia → hemodiluição → falsa anemia 
→ Gestantes (anemia fisiológica gestacional), ICC, IRC, infusão excessiva de líquidas; 
↓volemia → hemoconcetração → falsa poliglobulia 
→ Diuréticos em excesso, queimaduras, sudorese excessiva, diarreia. 
e) Índices Hematimétricos 
 VCM → volume corpuscular médio → volume médio de cada eritrócito, calculado pela soma dos 
volumes das hemácias dividido pelo número de eritrócitos; 
- VCM = Ht x10 / E (fentolitros) → cálculo antes da automação 
- Inversamente proporcional ao número de E; 
- Causas comuns de erro: 
→ Crioaglutinação/rouleaux; 
→ Conservação prolongada in vitro: ↑ VCM; 
- Classifica anemias quanto ao tamanho da hemácia: 
→ Macrocítica; 
→ Normocítica; 
→ Microcítica; 
 HCM → conteúdo médio de hemoglobina por eritrócito 
- HCM = Hb x10/E (pg/Dl) 
 CHCM → % de Hb em 100 mL de hemácias; 
- CHCM = Hb / Ht x100 
- HCM e CHCM classificam anemias quanto à coloração (concentração de Hb) da hemácia: 
→ Hipercrômica; 
→ Normocrômica; 
Valores normais: 
→ H: 15,3 +-2,5 
→ M: 13,6 +-2,0 
 
Valores normais: 
→ H: 47 +-7,0 
→ M: 42 +-1,0 
 
Valores normais: 89 +-9 
(varia com a bibliografia, usa-
se de 80 a 96 em média) 
 
Valores normais: 24-33 
 
Valores normais: 31-36% 
 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
→ Hipocrômica; 
 RDW (Red Blood cell distribution width) → expressão numérica da anisocitose: diferença de tamanho 
entre as hemácias; 
- Inversamente proporcional à homogeneidade da população eritróide; 
 
 
f) Histograma 
- Curva de frequência da distribuição e tamanho dos eritrócitos 
- Mostra onde se situa a média da maior parte das células 
 NORMAL: 
 
 ANEMIA MICROCÍTICA: curva deslocada para a esquerda (média menor que o valor normal); 
 
 
 ANEMIA MACROCÍTICA: aumento do tamanho das células, deslocamento para a direita; 
 
 
 
Valores normais: 11-14,5 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
 
 DUPLA POPULAÇÃO DE HEMÁCIAS: RDW alterado (anisocitose) 
 
g) Reticulócitos 
- Solicitar sempre que possível; 
- Hemácia jovem após a perda do núcleo; 
- Aumentado nas anemias quanto se tem vitaminas no organismo, por 
resposta do organismo à perda de sangue (principalmente) ou falta de 
síntese momentânea; 
- Diminuído quando não se tem medula (doença que reduza a capacidade 
de replicação medular) ou vitaminas para síntese de novas células; 
- Célula rica em RNA ribossômico: o RNA atribui aos eritrócitos coloração 
acinzentada/arroxeada, configurando POLICROMATOCITOSE; 
- Coloração com novo azul de metileno ou azul brilhante de cresil: 
precipitação do RNA, que se encadeia em forma de retículo → reticulócitos; 
 
AVALIAÇÃO QUALITATIVA 
→ Tamanho 
→ Distribuição 
→ Coloração 
→ Forma 
→ Inclusões 
→ Maturidade 
h) Tamanho Eritrocitário 
- Avaliar macro, normo ou microcitose; 
- Avaliar homogeneidade do tramanho (anisocitose) expressa pelo RDW; 
 
 
 
 
 
 
Valores normais: 
→ 0,5-1% 
→ 25000 – 50000 /microL 
[Digite uma citação do documento ou o 
resumo de um ponto interessante. Você 
pode posicionar a caixa de texto em 
qualquer lugar do documento. Use a guia 
Ferramentas de Desenho para alterar a 
formatação da caixa de texto de citação.] 
MACRO NORMO ANISOCITOSE 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
 Causas de macrocitose: 
- Alcoolismo: causa retardo na divisão celular, havendo saída de células maiores da MO; 
- Fármacos: azt, anticolvulsivantes (carbamazepina, ácido valpróico, fenitoína), quimioterápicos 
(fludarabina, cladribina, ciclofosfamida, melfalam, clorambucil, azatioprina, hidroxiuréia, 
metotraxate); 
- Hepatopatias; 
- Esplenectomia; 
- Hiper-regeneração eritróide: volume muito grande, acaba causando aumento do volume médio das 
células; 
- Anemia megaloblástica: principal causa de retardo da divisão celular, causada por deficiência de vit 
B12 e/ou ácido fólico; 
- Anemia plástica (mais raramente); 
- Síndrome mielodisplásica; 
 Causas de microcitose – deficiência de síntese de Hb: 
- Anemia ferropênica: principalmente países mais pobres em crianças desnutridas; 
- Talassemia; 
- Policitemia vera: tumor produtor de glóbulos vermelhos, aumento dos glóbulos vermelhos de 
forma monoclonal, pela não utilização do ferro, devido ao excesso de células o organismo deixa de 
absorver ferro, e as células tornam-se pequenas; 
- Hemoglobinopatias: a maior parte das hemoglobinopatias causa aumento, mas pode causar 
hemólise; 
 Anemias associadas à normocitose: 
- Anemia de doença crônica: 
- Deficiência combinada de vit B12/ácido fólico com deficiência de ferro: pode ocorrer em pacientes 
pós gastrectomia, por redução da absorção desses nutrientes; 
- IRC: 
- SMD (síndrome mielodisplásica): 
i) Distribuição 
Avaliar se a distribuição eritrocitária é homogênea ou há aglutinações como crioaglutinações (células 
aglomeradas, microcoagulação intravascular) ou rouleaux (empilhamento das células); 
 
j) Coloração 
Inferir conteúdo hemoglobínico através da 
coloração eritróide; 
→ Hipocromia; 
→ Normocromia 
→ Hipercromia 
CRIOAGLUTINAÇÕES ROULEAUX 
HIPER HIPO 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
 
Reticulócito acinzentado também é considerado hipercromia 
k) Forma 
- Hemácia normal: célula anucleada, rosada, palidez central, ocupa cercade 
1/3 da célula com dimensões de 7-7,5 micrometros; 
- Formas anormais: pecilócitos ou poiquilócitos; 
- Pecilocitose/Poiquilocitose: presença de formas anormais de hemácias, 
comum em anemias ferropênicas severas, anemia megaloblástica, 
mielofibrose; 
 
2. LEUCOGRAMA 
- Avaliação qualitativa e quantitativa dos leucócitos; 
- Avaliação quantitativa: 
→ Câmara de Neubauer (assim como eritrograma); 
→ Contadores eletrônicos: coeficiente de variação de 5% para contagens entre 2000 e 70-80000, 
>10% para contagens <2000; 
 
 
 
 
- Reduzem a contagem: 
→ Coleta matinal: 5-10% inferior à vespertina; 
→ Após refeições copiosas; 
- Preferência: coleta ao final da manhã, entre 15-18h, sem exercício físico/trabalho braçal prévio 
(aumenta); 
- Cada pessoa tem uma contagem própria: muito variável na população, pode haver variabilidade no 
leucograma de uma mesma pessoa devido às condições da coleta do exame (que podem aumentar ou 
reduzir a contagem); 
- A proporção entre os tipos de leucócitos varia POUCO de pessoa para pessoa: 
→ Todas tem mais ou menos a mesma fórmula leucocitária 
→ Predomínio de neutrófilos 
→ Alguns eosinófilos e monócitos; 
→ 1/3 de linfócitos; 
→ Basófilos raros; 
→ Plasmócitos vistos ocasionalmente; 
 
HIPO NORMO HIPER 
Reticulócito 
Valores normais: 
→ 3.600 – 11.000 /microL 
Neutropenia racial: 10-20% menor na 
raça negra 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
 Valores de referência: 
 % - relativo /µ - absoluto 
Leucócitos ---- 3.600-11.000 
Neutrófilos 40-70 1.500 -7.000 
Linfócitos 20-50 1.000-4.000 
Monócitos 2-10 100-1.000 
Eosinófilos 1-7 50-500 
Basófilos 0-3 0-200 
- Valor absoluto é mais importante! 
- Neutrófilos totais são a soma de: 
→ Bastonados (0-5%): no caso dos bastonados os % é tão importante quanto o valor absoluto, pois a 
redução dos neutrófilos totais (neutropenia) com aumento do % de bastões configura DESVIO À 
ESQUERDA. 
o Exceção em que o valor % tem significado interpretativo; 
→ Segmentados; 
→ Formas mais jovens mielóides: metamielócito, mielócito; 
- Infância: predomínio de linfócitos sobre neutrófilos (7:3) até os 6-7 anos – nessa fase existe o primeiro 
contato com diversos antígenos, ocorre a montagem da imunidade humoral; 
- Puberdade: equivalência 
- Citopenias e citoses relativas não significam nada se não acompanhadas de citopenias ou citoses 
absolutas; 
Erro ao interpretar a fórmula relativa: 
- Esquerda: 
Leucócitos em 20.000 
90% de neutrófilos = 18.000 -> neutrofilia 
7% de linfócitos = 1.400 -> valor normal, não tem linfopenia absoluta; 
- Direita: 
70% de linfócitos = 1.400 (normal) num caso de leucopenia com neutropenia (neutrófilos =400), não existe 
linfocitose absoluta. 
 
 
 
 
 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
a) Neutrófilos 
Precursores de neutrófilos: 
- Pool mitótico: blastos a mielócitos pré-mitóticos – passagem da forma jovem para a 
forma amadurecida, evolução em 8 dias; 
→ Se houver necessidade, um neutrófilo pode ser formado em 6 horas; 
- Pool pós-mitótico (maturativo): mielócitos pós mitóticos e metamielócitos; 
- Neutrófilos de reserva: bastonados e segmentados – vida intra-medular de 3-7 dias; 
→ Contém 14x o número de neutrófilos circulantes; 
→ Predomínio bastonatos sobre segmentados (3:2); 
→ Existem também no sangue periférico; 
- Células anteriores aos bastões e segmentados na sequência de formação dos 
neutrófilos só chegam ao sangue periférico se houver algum problema; 
- Distribuição dos neutrófilos na circulação 
→ Na corrente circulatória (pool circulante) 
→ Outra parte adere ao endotélio vascular (pool marginal): não é contado na avaliação quantitativa 
leucocitária, disponíveis caso haja necessidade (não precisa produzir mais); 
Características celulares: 
- Mielócito neutrófilo 
→ 12-18µ 
→ Núcleo arredondado/oval, relação N/C 3:1-2; 
→ Podem ter nucléolos visíveis; 
→ Citoplasma rosa azulado, pequenos, granulações cor rosa-avermelhada, aparecem primeiro junto 
ao núcleo, espalhando-se depois pelo citoplasma; 
- Metamielócito: núcleo maior, chanfrado 
- Bastonete: 
→ Grânulos 
→ Não tem segmentação importante (no máximo 2); 
- Segmentados: 
→ Grânulos 
→ Segmentação nítida, 
 Neutrofilia→ aumento no número absoluto de neutrófilos no sangue (>7.000 e 10-12% menos nas pop 
negras); 
→ Expressão hematológica da resposta defensiva do organismo; 
→ Descargas adrenérgicas (cafeína, exercícios...) podem causar neutrofilia rápida e fugaz (mobilização 
do pool marginal); 
 Desvio à esquerda: quebra da hierarquia de liberação dos neutrófilos da reserva granulocítica medular 
para o sangue; 
→ Pode ser mielócitos, mas o mais comum é aumento no número de bastonados; 
→ Única eventualidade em que o valor % é o parâmetro a ser julgado na avaliação; 
→ Quase sempre indica infecção; 
→ Leucemia mielóide crônica: quadro clínico bem diferente do infeccioso; 
 Causas mais comuns de neutrofilia: 
→ Doenças infecciosas; 
→ Algumas doenças inflamatórias agudas e crônicas; 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
→ IAM: neutrofilia com eosinopenia; 
→ Fármacos: lítio, corticoides ((>20.000 neutrofilia importante); 
→ Após trauma severo: stress (descarga adrenérgica); 
→ Pós-operatório; 
→ Neoplasias; 
 Neutropenia → Redução do número absoluto de neutrófilos; 
- Valores <1.500 - paciente branco; 
- Valores <1.200 – paciente negro; 
- Neutropenia moderada: 500-1.000 
- Neutropenia severa: <500 – alto risco de infecção; 
- Causas: 
→ Fármacos: anti-tireoidianos, fenotiazinas, clozapina (antidepressivos), quimioterápicos; 
→ Neoplasias: invasão de MO; 
→ Doenças infecciosas: mononucleose infecciosa por ex; 
→ Neutropenias crônicas: neutropenia cíclica, neutropenia crônica benigna, síndromes genéticas 
(Chediak-Higashi) 
 Alterações Reacionais 
- Granulações Tóxicas: 
→ Granulopoiese continuamente exigida pela extensão e duração de um foco inflamatório: 
encurtamento do estágio intermitótico (+rápido) + redução dos prazos de maturação de células 
precursoras; 
→ Neutrófilos chegam ao sangue periférico com granulações primárias, próprias de pró-mielócitos; 
→ Grânulos grandes, ricos em enzimas, coram roxo escuro; 
→ Ocorre em infecções graves; 
→ Podem surgir por tratamento com filgrastima; 
- Vacuolização Citoplasmática: (+raro) 
→ Ocorrem pela exocitose de material fagocitado e do conteúdo de conglomerados de lisossomos; 
→ Frequêntes em infecções; 
→ Causados também por conservação in vitro com EDTA; 
- Hipersegmentação Nuclear 
→ Neutrófilo com 5 ou mais lóbulos; 
→ Ocorre em: 
 Defeito genético; 
 IRC: por deficiência de elementos de formação do sangue; 
 Neutrofilias de longa duração: pacientes graves de UTI, sepses de repetição; 
 Hematopoiese megaloblástica: falta de vit B12 e/ou ácido fólico; 
 SMD e SMP: 
 Tratamento com HU; 
 Queimaduras extensas: neutrófilos botrióides – hipersegmentação nuclear bizarra com aspecto 
de cacho de uva; 
- Presença reacional de células mielóides imaturas (reação leucemóide) - aguda 
→ Células imaturas, com predomínio de mielócito, pode ter blastos, reacional a determinadas 
patologias: 
 Neutrofilia da gravidez: não necessariamente patológico; 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
 Fármacos: corticoides, filgrastima; 
 Neoplasias; 
 Infecções graves: 
 OBS: coloração da fosfatase alcalina dos leucócitos é útil no diagnóstico diferencial 
→ Não é leucemia: leucemia tem predomínio de blastos; 
 Bastões de Auer-Rod 
- Inclusões citoplasmáticas presentes em mieloblastos e monoblastos: vermelho-
púrpura, forma de bastão, corresponde ao alinhamento de grânulos primários; 
- Leucemia mielóide; 
 Defeitos genéticos notados à microscopia: 
- Anomlia de Pelger-Huët: 
→ Defeito genético autossômico dominante sem significado patológico; 
→ Hipossegmentação de neutrófilos: presença apenas de bastonados e bissegmentados; 
→ Desvio à esquerda constanteem paciente assintomático: normal para portadores da anomalia; 
→ SMD – sd.mielodisplásica (frequente) e SMP – sd.mieloproliferação (raramente): defeito na 
segmentação dos neutrófilos, semelhante à anomalia genética – neutrófilos peigeróides 
 
b) Linfócitos 
- Linfócitos pequenos que predominam no sangue: 7-15µ, cromatina densa ocultando os nucléolos, 
escasso citoplasma hialino azul-celeste/azul-escuro, geralmente sem granulosrelação N/C3:1. 
- Lonfócitos grandes: mais citoplasma, núcleo pode ser chanfrado, pode ser confundido com monócitos; 
- Normalmente: linfócitos T = 70-90% dos linfócitos sanguíneos, 5-20% B – não dá pra saber qual é qual; 
- Vivem longamente: circulação no sangue e linfa; 
- Localização por período variável em órgãos linfoides, onde sofrem ativação e proliferação em respostas 
imunes; 
- Quando ativados: cromatina frouxa, nucléolos perceptíveis, citoplasma amplo; 
→ Chamados de linfócitos atípicos quando presentes no sangue; 
- Proliferação terminal de linfócitos B – plasmócitos: núcleo denso e excêntrico, citoplasma basófilo, 
margem esbranquiçada, especializados na síntese de imunoglobulinas; 
- Linfócitos ativados e plasmócitos migram para o sangue em respostas imunes (principalmente viral); 
 Linfocitose → aumento no número absoluto de linfócitos no sangue; 
Causas importantes: 
→ Esplenectomia: não ocorre morte da célula no baço, acaba circulando por mais tempo; 
→ Hemopatias malignas: leucemias linfocíticas crônicas; 
→ Sífilis; 
→ Mononucleose infecciosa EBV, acompanhada de monocitose; 
→ CMV; 
→ HIV após incubação, com linfócitos atípicos; 
 Linfopenia → redução <1.000 
Causas importantes: 
→ Linfopenia passageira: estresse agudo (eixo hipófise-suprarrenal); 
→ Drogas imunossupressoras: globulina anti-linfocítica, altas doses de corticoide; 
→ Linfoma de Hodgkin; 
→ LES; 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
→ AIDS; 
 Plasmocitose 
- Achado medular: normalmente não são circulantes; 
- 9-20µ, núcleo roxo escuro, sem nucléolos, excêntrico, citoplasma azul escuro abundante, área clara 
junto ao núcleo; 
- Pequeno número: vistos no sangue em viroses e reações imunológicas; 
- Hepatite A: plasmocitose 2-6%, sem linfocitose; 
- Rubéola: plasmocitose 3-30% + neutropenia com desvio à esquerda; 
- Mieloma múltiplo: alguns plasmócitos no sangue, patologia tumoral da medula óssea, doença 
monoclonal que causa formação de um anticorpo em detrimento dos outros; 
 Eosinófilos 
- Células mielóides, podem ser: bastonetes, segmentados com granulação grosseira em núcleo cor 
negro-azulada e citoplasma vermelho/laranja; 
- Eosinofilia → aumento no número absoluto >500/µL; 
→ Causas: 
 Parasitoses; 
 Doenças alérgicas/da pele; 
 Radioterapia; 
 Síndrome hipereosinofílica; 
 Leucemias que cursam com aumento de lifnócitos; 
→ Eosinofilia discreta em: colagenoses, serosites, TB; 
- Eosinopenia → <50/µL 
→ Causas: 
 Todos os casos de estímulo do eixo hipófise-suprarrenal: estresse, doenças infecciosas; 
 Infecções no geral; 
 Corticoides; 
 Basófilos 
- Aparecimento raro: relacionado com leucemia mielóide crônica; 
- Constante na LMC: em etapas tardias chega a >4.000; 
- Demais SMP: 2-4% usual; 
- Basopenia: não existe – limite inferior normal é zero; 
 Monócitos 
- Circulam brevemente no sangue; 
- Exercem funções nos tecidos: macrófagos fixos; 
- 14-21µm, núcleo grande em ferradura/chanfrado, imagens semelhantes a circunvoluções, relação N/C 
1:1, sem nucléolos; 
- Numerosas granulações azuladas finas (lembrando poeira), vacúolos ocasionais; 
- Monocitose → >1.000/µL 
→ Reacionais entre 1.000 e 2.000/µL: comuns; 
→ Acompanha neutrofilia nos processos inflamatórios; 
→ Doenças infecciosas: endocardite, TB, brucelose,; 
→ Monocitose varicante na neutropenia crônica benigna, agranulocitose por fármacos, neutropenia 
cíclica; 
→ Regeneração pós-aplasia por QT: monocitose precede neutrofilia; 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
→ Leucemia mielomonocítica crônica; 
c) LEUCOGRAMA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 
Varia com: 
→ Localização/extensão do processo; 
→ Magnitude de manifestações sistêmicas; 
→ Agente etiológico; 
→ Grupo etário; 
→ Condições imunes do paciente; 
- Neutrofilia importante na pneumonia; 
→ Ocorre também em: meningites, peritonites, artrites infecciosas, osteomielite, septicemia, 
coleções purulentas teciduais intra-cavitárias ou serosas; 
→ Cocos G+ (G- também causam em processos similares); 
→ Pode não ocorrer em doenças infecciosas em: RN, lactentes, desnutridos, pacientes muito idosos, 
debilitados, alcoolistas, pacientes sem reserva granulocítica (radio/quimioterapia), 
imunossuprimidos 
- Abdome agudo cirúrgico: neutrofilia + desvio à esquerda são tão precoces que podem anteceder sinais 
clínicos; 
→ 12.000-18.000 com 70-90% de neutrófilos, geralmente com eosinopenia; 
→ Linfocitopenia inicialmente relativa, torna-se absoluta com a evolução; 
→ Persistindo o processo infeccioso sem resolução: pode esgotar a reserva granulocítica 
 Queda súbita da neutrofilia; 
 Piora clínica; 
 Choque séptico; 
 Óbito 
→ Leucocitose com neutrofilia, dor abdominal e eosinopenia: eram utilizados como marcador de 
necessidade de cirurgia antigamente; 
 
- Paciente da esquerda: 35% de bastões = infecção grave 
- Leucopenia importante com 56% de bastões + granulações tóxicas = apesar da leucopenia, paciente 
apresenta infecção grave; 
 PNEUMONIAS – Hemograma varia com as condições do paciente e com agente etiológico: 
- Pneumococo: 
→ Neutrofilia + desvio à esquerda acentuados e precoces; 
→ Leucocitose >20.000 comum; 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
→ Eosinopenia não é constante; 
→ Granulações tóxicas comuns; 
→ Eritrossedimentação acelera precocemente; 
- Estafilococo: neutrofilia considerável + grande desvio à esquerda + granulações tóxicas; 
- H.influenzae: neutrofilia + desvio à esquerda (=pneumocócica); 
- Legionella: desvio à esquerda desproporcional à leucocitose; 
- Mycoplasma: neutrofilia moderada, sem linfocitose, presença de alguns linfócitos atípicos, 
crioaglutinação característica; 
- Pneumocystis carinii: imunossuprimidos, neutrofilia >15.000; 
 Outras infecções 
- Endocardites subaguda: neutrofilia moderada, com ou sem desvio à esquerda, monocitose; 
- Artrites sépticas: neutrofilia + desvio à E; 
- Infecções faríngeas e amigdalianas: linfocitose com linfócitos atípicos na mononucleose, neutrofilia 
discreta em infecções estreptocócicas; 
 Toxiinfecções Alimentares: hemograma importante para identificar causa infecciosa ou não. 
- Diarréias sem leucócitos fecais: coli-enterotóxicos, rotavírus, cepas de yersínia, hemograma 
inexpressivo; 
- Diarréia com leucócitos fecais com ou sem sangue: 
→ Colite por germes invasivos: enorme desvio à esquerda, por grande perda de neutrófilos; 
→ Shigueloses: neutrofilia; 
→ Coli-invasivos, campilobacter, Yersinias invasivas e Salmonella: neutropenia com grande desvio à 
esquerda que normaliza rápido; 
→ Pode ocorrer outras alteraões infecciosas; 
- Leucograma no 2º dia de disenteria e repetição em 48h: observa-se melhora do paciente, redução de 
bastões, possivelmente em uso de atb; 
 
O leucograma pode trazer alterações típicas de doenças primárias hematológicas: leucemias, aplasias de 
medula... 
3. PLAQUETOGRAMA 
- Avaliação qualitativa e quantitativa; 
- Contadores contam e medem plaquetas pelo princípio de Coulter, no mesmo canal de eritrócitos, 
através do limiar de volume plaquetas<20 fl e eritrócitos>30fl; 
- Exatidão deixa a desejar: diferente dos leucócitos e eritrócitos ocorre variabilidade maior na contagem 
de plaquetas; 
- Satisfatória com coeficiente de variação <10% em contagens entre 40.000-500.000; 
Clínica Mariana Scheffer Sucolotti 
 ATM 23 
- Insatisfatória em baixas contagens: coef.variação 50% entre 10.000-20.000, até 100% se <10.000.; 
- Por isso, em caso de baixa contagem de plaquetas, costuma-se repetiro exame (a não ser que o 
paciente tenha sintomas específicos, como hemorragia); 
 Plaquetograma 
- Causas de erro: 
→ Agregação plaquetária (EDTA – anticoagulante usado nos lab): atraso na coleta, conservação in 
vitro... pode-se trocar o anticoagulante (para heparina por ex); 
 Plaquetas agregadas podem causar erro na contagem: conta uma quando na verdade tem 
mais; 
→ Satelismo plaquetário: medido por fator plasmático (IgG ou IgM), plaquetas aderem in vitro aos 
neutrófilos, envolvendo-os como uma coroa; 
- Contadores medem plaquetas e fornecem resultado médio do volume plaquetário (VPM): 7-10 fl; 
 
 Avaliação Qualitativa 
- São vistas no sangue periférico como pequenos discos/ovoides de 1-4µ 
- Macroplaquetas: >4µ, notadas em microscopia sem alterar o VMP (se pequena quantidade), podem ser 
confundidas com outras células (como eritrócito) e por isso influenciar na contagem de plaquetas; 
- Nas síndromes mielodisplásicas e mieloproliferativas: plaquetas gigantes e dismórficas; 
- Algumas síndromes genéticas acompanham plaquetas anormalmente pequenas: Sd. Wiscott-Aldrich; 
- Trombocitose: aumento na contagem; 
→ Pode ser reacional (anemia ferropênica por ex) 
→ Doença monoclonal da medula; 
→ Doenças inflamatórias, infecciosas ou reumatológicas; 
→ Pós-operatório; 
→ Pós esplenectomia; 
→ Doença primária da MO: SMP (trombocitemia essencial) 
- Trombocitopenia: redução; 
→ Infecções virais; 
→ Esplenomegalia: sequestro; 
→ Anemias hemolíticas microangiopáticas; 
→ Heparina principalmente IV; 
→ PTI (trombocitopenia imune primária) aguda (idiopática ou não) – púrpura; 
→ PTI crônica; 
→ Na gestação: pré-eclâmpsia, HELLP (hemólise, alterações enzimáticas hepáticas e plaquetopenia), 
trombocitopenia gestacional); 
→ Causas mais raras – Síndromes genéticas: 
 S. Bernard Soulier: trombocitopenia com plaquetas gigantes (VPM>15) e agregação defeituosa; 
 Sd. Wiscott-Aldrich: trombocitopenia com microplaquetas, insuficiência imunológica, 
 TAR: trombocitopenia com ausência de rádio; 
 
 
 
Valores de referência: 
130.000 – 400.000/µL 
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