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Capítulo 3 A Escola Fisiocrática

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História do Pensamento Econômico / Stanley L. Brue 
 
Capítulo 3 – A Escola Fisiocrática 
O autor aborda que os fisiocratas surgiram na França próximo ao final da época 
mercantilista. O início da escola foi por volta de 1756, quando Quesnay publicou seu 
primeiro artigo sobre economia. Posteriormente, a escola termina em 1776, quando 
Turgot perdeu seu alto posto no governo francês. A escola perdurou por mais de duas 
décadas, liderando o mundo do pensamento econômico. 
 
Visão geral dos Fisiocratas 
O cenário histórico da escola fisiocrática 
 Segundo o autor, a fisiocracia foi uma forma de se opor ao mercantilismo e as 
características do antigo regime da França. 
 Conforme Stanley, a indústria francesa teve seu desenvolvimento retardado 
devido aos pedágios, impostos e tarifas internas. Por outro lado, os camponeses eram 
submetidos a impostos sobre a terras e os lucros da lavoura, enquanto outras classes 
detinham de isenção de impostos. Ainda assim, os impostos variavam de ano a ano e 
dependia da vontade do coletos de impostos e da riqueza do camponês. 
 O autor ainda aborda que o governo francês havia submetido o comércio de grãos 
a uma série de regulamentações. Logo, a exportação de grãos da França era proibida, as 
autoridades estavam preocupadas em manter o controle de fornecimento ao invés de 
desenvolvimento na agricultura. Além do mais, o grão era sujeito a restrição adicional 
dentro de cada província, sendo que as leis especificavam o preço dos grãos e onde 
deveriam ser vendidos. 
 Entretanto, surge ainda as guildas de mercadores e artesãos durante o período 
medieval, passando mais tempo na França do que na Inglaterra. Logo, as guildas 
mantinham o controle o direito de exercer um comércio em uma cidade, afirma o autor. 
 
Principais dogmas da escola fisiocrática 
Segundo Stanley, os principais princípios que norteiam essa escola são: 
1. Ordem natural. Os fisiocratas introduziram a ideia de ordem natural ao 
pensamento econômico. Sob esse ponto de vista, as leis da natureza governam as 
sociedades humanas da mesma maneira que as descobertas de Newton governam o 
mundo físico. 
 2. Laissez-faire, laissez-passer. Portanto, esse modelo econômico enfatiza que a 
interferência do Estado deveria ser mínima. Segundo o autor, os governos nunca deveriam 
estender sua interferência sobre assuntos econômicos ou somente sobre o essencial para 
proteger a vida e a propriedade e para manter a liberdade de adquirir. 
3. Ênfase na agricultura. O autor diz que para os fisiocratas somente a agriculta 
(e, possivelmente, a mineração) era produtiva. Em síntese, a fisiocracia se baseia que toda 
riqueza seria proveniente da terra. Para tanto, a agricultura seria a única fonte de riquezas. 
 4. Taxação do proprietário de terra. Os fisiocratas pensavam que somente o 
proprietário da terra deveria ser taxado. Logo, era preferível uma taxa direta aos 
proprietários de terra e que aumentava à medida que eram impostas a outros. 
 5. Inter-relação da economia. Quesnay e os fisiocratas analisaram o fluxo circular 
de bens e dinheiro dentro da economia. 
 
Quem a escola mercantilista beneficiou ou procurou beneficiar? 
 Conforme afirma o autor, os camponeses poderiam ser beneficiados, mas se os 
fisiocratas tivessem conseguido o que queriam, os camponeses teriam se tornado 
trabalhadores assalariados em grandes fazendas. 
Os fisiocratas eram a favor de fazenda capitalistas que empregavam o trabalho 
assalariado e técnicas avançadas. A nobreza e o clero eram isentos da multiplicidade de 
impostos. Assim com a ideia de um único imposto aplicável a toda terra produtiva teria 
ajudado a disseminar o ônus dos impostos na sociedade. A conversão dos impostos de 
uma base indireta para uma base direta reduziria o ônus geral. Essa análise era errônea. 
Ela era baseada na análise falha de que todos os excedentes taxáveis poderiam vir somente 
da terra. 
 Como a escola mercantilista foi válida, útil ou correta em sua época? 
 Segundo o autor, antes da Revolução Industrial, a indústria era caracterizada por 
produtividade extremamente baixa. A produção de itens de luxo para a nobreza em um 
país miseravelmente pobre, poderia facilmente parecer inútil. A agricultura por outro 
lado, algumas vezes produzia colheitas abundantes, apesar dos métodos primitivos de 
cultivo. 
 O autor ainda aborda que ao promover o laissez-faire, os fisiocratas tornaram-se 
um obstáculo ao desenvolvimento capitalista da economia. Inconscientemente, eles 
promoveram a Revolução Francesa de 1789, que varreu os números obstáculos ao 
progresso ao enfatizar a produtividade da agricultura, eles estavam saindo do conceito 
mais antigo de que somente o comércio produz e aumenta a riqueza. Os fisiocratas 
enfatizaram a produção, em vez da troca, como fonte de riqueza. O apoio deles aos 
impostos diretos era uma reação válida aos impostos indiretos que permeavam e corroíam 
a sociedade francesa de sua época. Eles eram a favor do acúmulo de capital por meio do 
consumo subjugado pelos ricos. 
Quais dogmas da escola mercantilista tornaram-se contribuições duradouras? 
 Para o autor, várias das ideias defendidas pelos fisiocratas eram incorretas. Os 
industriais ricos podiam sorrir à medida que endossavam a doutrina de que eles não 
deveriam pagar impostos porque não acrescentavam nada à riqueza. Esse conceito de 
imposto fisiocrático deixou um grande legado. O fazendeiro capitalista, principal figura 
do desenvolvimento econômico francês era exaltado pelos fisiocratas. 
 Todavia, os fisiocratas deram várias contribuições duradouras para a economia. 
Ao examinar toda a sociedade e analisar as leis que governam a circulação de riqueza e 
bens, eles estabeleceram a economia como uma ciência social. O quadro econômico de 
Quesnay é um precursor do diagrama de fluxo econômico e a contabilidade da renda 
nacional. A lei de retornos cada vez menores, atribuída ao fisiocrata Turgot. Os fisiocratas 
originaram a análise de alteração de impostos e incidência que hoje é uma parte 
importante da microeconomia aplicada. Finalmente, ao defender o laissez-faire, os eles 
chamaram a atenção dos economistas para a questão do papel adequado do governo na 
economia.

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