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Imunodeficiências Adquiridas Profª. Drª. Rosimara Gonçalves Leite Vieira Desenvolvem-se como consequência de ▪ Desnutrição ▪ Câncer disseminado ▪ Tratamento com drogas imunossupressoras ▪ Infecção de células do sistema imunológico Imunodeficiências Adquiridas ou secundárias Imunodeficiências Adquiridas ou secundárias Fonte: ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 9ed. 2019 O desenvolvimento da aids está relacionado: ▪ À capacidade do HIV de destruir o sistema imunológico do hospedeiro ▪ À incapacidade da resposta imunológica do hospedeiro para erradicar a infecção Síndrome da Imunodeficiência Adquirida História natural da infecção pelo HIV A progressão da infecção pode ser caracterizada em 3 fases: ▪ Fase aguda ▪ Fase persistente crônica ▪ Aids Os marcadores de progressão para a Aids que definem clinicamente essas etapas: ▪ Contagem de células T CD4+ ▪ Carga viral plasmática ▪ Presença ou não de manifestações clínicas A doença inicia-se com infecção aguda, que é controlada apenas parcialmente pela resposta imunológica adaptativa, e avança para a infecção progressiva dos tecidos linfoides periféricos Progressão da infecção causada pelo HIV Fonte: ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 9ed. 2019 Estrutura e organização genômica Genoma do HIV-1 Principais proteínas que cada gene codifica Principais proteínas do HIV com importância diagnóstica O vírus HIV é transportado • Nas células T CD4+ infectadas • Células dendríticas • Macrófagos Como um vírus livre: • No sangue • No sêmen • No líquido vaginal • No leite materno Transmissão da infecção por HIV A capacidade de o HIV infectar um indivíduo depende: Fatores biológicos ▪ Concentração no fluido biológico (inóculo viral) ▪ Integridade e vulnerabilidade da mucosa envolvida ▪ Tipo de amostra viral transmitida Fatores comportamentais ▪ Múltiplos parceiros ▪ Não uso de preservativos ▪ Compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados ▪ Intensa replicação viral/altíssima carga viral plasmática ▪ Queda brusca transitória de LTCD4+ circulantes ▪ Algumas soroconversões são assintomáticas ou subclínicas ▪ Outras estão associadas a síndromes autolimitadas, semelhantes à Influenza ou Mononucleose Fase aguda primária - Infecção por HIV Febre, calafrios, artralgias, mialgias, linfoadenopatia, perda de peso, mal-estar, anorexia, náusea, diarréia, dentre outros Anormalidades laboratoriais: ▪ Leucopenia ▪ Linfopenia ▪ Monocitose relativa ▪ Trombocitopenia ▪↑ VHS Fase aguda primária - Infecção por HIV ▪ O sistema imunológico permanece competente nas infecções oportunistas ▪ Pouca ou nenhuma, manifestação clínica presente ▪ Baixos níveis do vírus são produzidos ▪ Destruição das células TCD4+ dentro dos tecidos linfóides progride lentamente ▪ Baixos níveis de LTCD4+ na circulação/ níveis acima de 350/mm3 Fase persistente crônica (latência clínica) – Infecção por HIV ▪ Quando o número de células TCD4+ fica abaixo do nível crítico (200 células/mm3) ▪ Perde-se a imunidade celular e surgem infecções por uma variedade de agentes oportunistas Fase crônica – Infecção por HIV Altos níveis de vírus circulante Patogênese da infecção pelo HIV Os mecanismos envolvidos na geração de imunodeficiência parecem estar associados não somente à depleção das células TCD4+, mas também: ▪ À disfunção de APCs ▪ Ativação crônica exacerbada da resposta imunológica ▪ Exaustão de linfócitos TCD8+ e B ▪ Perda da arquitetura dos diversos tecidos linfoides Incapacitando o sistema imune de montar uma resposta adequada para o controle dessa e de outras infecções que acometem o indivíduo Fase eclipse (eclipse phase), antes que o RNA viral seja detectável no plasma Nas primeiras horas após a infecção pela via sexual, o HIV e células infectadas atravessam a barreira da mucosa, permitindo que o vírus se estabeleça no local de entrada e continue infectando linfócitos T CD4+, macrófagos e células dendríticas A maioria das infecções pelo HIV-1 ocorre através das mucosas do trato genital durante a relação sexual Infecção e Resposta Imune contra o HIV 10 dias Infecção e Resposta Imune contra o HIV A partir dessa pequena população de células infectadas, o vírus é disseminado inicialmente para os linfonodos locais e depois sistemicamente e em número suficiente Estabelecendo e mantendo a produção de vírus nos tecidos linfoides, além de estabelecer um reservatório viral latente, principalmente em linfócitos T CD4+ de memória Infecção e Resposta Imune contra o HIV A ativação de linfócitos T citotóxicos CD8+ específicos contra o HIV ocorre normalmente antes da soroconversão O aparecimento de uma resposta imune celular HIV- específica e a subsequente síntese de anticorpos anti- HIV levam a uma queda da viremia e à cronicidade da infecção pelo HIV Infecção e Resposta Imune contra o HIV A resposta imune celular é mais importante do que a resposta imune humoral no controle da replicação viral durante a infecção aguda, mas os anticorpos têm um papel relevante na redução da disseminação do HIV na fase crônica da infecção A resposta imunológica humoral contra vários antígenos do vírus é vigorosa. A maioria das proteínas do HIV é imunogênica, mas uma resposta de anticorpos precoce e preferencial é induzida contra a gp120 e gp41, e contra a proteína do core/ capsídeo viral p24 Resposta dos anticorpos a uma variedade de antígenos do HIV são detectados no soro 20 a 60 dias após a infecção, sendo muito raro indivíduos ainda negativos por volta dos 3 meses pós-infecção Resposta imunológica à infecção com HIV Fonte: ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 9ed. 2019 Viremia plasmática/contagens de células TCD4+ Estágios clínicos da doença Fonte: ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 9ed. 2019 Resposta imunológica à infecção com HIV Os testes diagnósticos são baseados na detecção: ▪ Componentes do vírus no sangue como o Ag p24 ▪ Anticorpos anti-HIV ▪ Testes complementares ▪ Testes moleculares Diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV Ag utilizados: p24 gp 41 e/ou gp 120 Obtidos a partir: ▪Purificação do lisado viral ▪Antígenos recombinantes e/ou peptídeos sintéticos ▪ Elisa indireto Diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV Ensaio Elisa – 1ª Geração ▪ Permite a detecção de anticorpos anti-HIV IgG ▪ Janela de soroconversão dos ensaios de primeira geração é de 35 a 45 dias. Fonte: Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. MS, 2018 Ensaio Elisa – 3ª Geração Tem o formato Elisa sanduiche. Utiliza antígenos recombinantes ou peptídeos sintéticos. ▪ Permite a detecção simultânea de anticorpos anti-HIV IgM e IgG. ▪ Janela de soroconversão é de aproximadamente 20 a 30 dias. Fonte: Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. MS, 2018 Ensaio Elisa – 4ª Geração Tem o formato Elisa sanduiche. ▪ Detecta simultaneamente o antígeno p24 e anticorpos específicos anti- HIV (contra gp 41 e gp 120/160). ▪ Janela diagnóstica é de aproximadamente 15 dias. Fonte: Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. MS, 2018 Os testes complementares utilizam diferentes formatos e princípios. Estão incluídos nessa categoria: ▪ Western blot (WB), imunoblot (IB). ▪ Os testes moleculares também foram incluídos como testes complementares, pois, auxiliam no esclarecimento dos resultados da infecção aguda pelo HIV (CDC, 2014). Testes complementares da infecção pelo HIV Reação de Western blot O MS define o padrão mínimo aceitável de interpretação do WB como reagente, em pelo menos 2 das proteínas: p24, gp41, gp120/160 Fonte: Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. MS, 2018
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