Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências Sociais Aplicadas Faculdade de Administração Docente: Wilson Rodrigues Ataide Junior Discente: Karina cassia Silva de Souza Conceito e Diferenças entre Concessão, Permissão e Autorização de Serviços Públicos A Concessão consiste no acordo entre a Administração Pública e uma organização particular, onde o governo cede a empresa o desempenho de um serviço público, para tal organização trabalhe de forma autônoma , em troca de um custo pago pelo utilizador, em sistema de monopólio ou não. ● Lei 8.987/95, Art. 2º, II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; ● É formalizada por contrato administrativo (art. 4º, Lei 8.987/95) ● Contrato administrativo bilateral, mediante prévia licitação. Uso obrigatório por prazo determinado e a rescisão antecipada pode ensejar o dever de indenizar. ● Preponderância do interesse público. A Permissão consiste na ação administrativa facultativo e indefinido através do qual é permitida ao particular alguma ação em que encontra-se disposição fundamentalmente da coletividade. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033819/lei-de-concessoes-lei-8987-95 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11583235/artigo-2-da-lei-n-8987-de-13-de-fevereiro-de-1995 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11583153/inciso-ii-do-artigo-2-da-lei-n-8987-de-13-de-fevereiro-de-1995 ● Lei 8.987/95, Art. 2º, IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. ● É formalizada por contrato de adesão (art. 40, Lei 8.987/95) ● Ato unilateral, discricionário, precário, mas com licitação (qualquer modalidade). ● Interesse predominantemente público. ● O uso da área é obrigatório. ● Prazo indeterminado mas pode ser revogado a qualquer tempo sem dever de indenizar. A Autorização consiste na ação administrativa através do qual a administração pública viabiliza ao particular a execução de alguma ação de principal interesse da organização, ou o gaste de um bem público. ● Alguns doutrinadores entendem que a autorização de serviço público encontra guarida no Art. 21, incisos XI e XII. A maioria entende incabível, em face do art. 175 da CF: Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. ● Ato unilateral, discricionário, precário e sem licitação. ● Interesse predominantemente privado. ● Facultativo o uso da área. As principais diferenças entre a concessão, a permissão e a autorização: SERVIÇOS PÚBLICOS Concessão Permissão Autorização Natureza Contrato administrativo Contrato administrativo (de adesão) Ato administrativo (1) Licitação Sempre exigida (Concorrência) (2) Sempre exigida (Depende do valor) dispensada (3) Vínculo Permanência Precariedade e revogabilidade Precariedade e revogabilidade Partes envolvidas Pessoas jurídicas ou consórcios de empresas (4) Pessoas jurídicas ou físicas (5) Pessoas jurídicas ou físicas http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033819/lei-de-concessoes-lei-8987-95 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11583235/artigo-2-da-lei-n-8987-de-13-de-fevereiro-de-1995 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11583089/inciso-iv-do-artigo-2-da-lei-n-8987-de-13-de-fevereiro-de-1995 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10659529/artigo-175-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 (1) Na Lei dos Portos (Lei 12.815/2013), o inc. XII do art. 2.º dispõe que a autorização é a outorga de direito à exploração de instalação portuária localizada fora da área do porto organizado e formalizada mediante contrato de adesão. (2) Nas privatizações havidas no âmbito do Programa Nacional de Desestatização, é possível o uso da modalidade de licitação leilão (§ 3.º do art. 4.º da Lei 9.491/1997). Com a venda das ações, o Estado transfere o controle acionário para particulares, os quais passam à condição de prestadores de serviços públicos. (3) A expressão “dispensada” não deve ser confundida com o conceito doutrinário de “licitação dispensada” do art. 17 da Lei 8.666/1993. Na Lei dos Portos (art. 8º), previu-se a autorização (contrato de adesão) precedida de chamada pública ou de processo seletivo público. (4) A concessão não pode ser formalizada com pessoa física, podendo ser celebrada com ente despersonalizado, como é o caso dos consórcios de empresas, os quais não têm personalidade jurídica. (5) As permissões não podem ser formalizadas com consórcios de empresas.
Compartilhar