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Lesões Ortopédicas


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ESTADO DA PARAÍBA 
POLÍCIA MILITAR 
CENTRO DE EDUCAÇÃO 
ACADEMIA DE POLICIA MILITAR DO CABO BRANCO 
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS 
 
 
 
 
 
 
PABLO RAPHAEL OLIVEIRA HONORATO DA SILVA 
DANTON VICTTOR DE LIMA CARNEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCIDÊNCIA DE LESÕES ORTOPÉDICAS NOS ALUNOS DO CURSO DE 
FORMAÇÃO DE OFICIAIS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2012 
1 
 
 
PABLO RAPHAEL OLIVEIRA HONORATO DA SILVA 
DANTON VICTTOR DE LIMA CARNEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCIDÊNCIA DE LESÕES ORTOPÉDICAS NOS ALUNOS DO CURSO DE 
FORMAÇÃO DE OFICIAIS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Academia de Polícia Militar do Cabo Branco como 
requisito parcial para a conclusão do curso de 
Formação de Oficiais da Paraíba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Profº José Alexandre Fragoso Correia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2012 
2 
 
 
INCIDÊNCIA DE LESÕES ORTOPÉDICAS NOS ALUNOS DO CURSO DE 
FORMAÇÃO DE OFICIAIS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA 
 
 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi submetido à avaliação do Professor 
José Alexandre Fragoso Corrêia, como parte dos requisitos necessários à obtenção 
do título de Engenharia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, outorgado pela 
Academia de Polícia Militar do Cabo Branco – APMCB. 
A citação de qualquer trecho desta monografia é permitida, deste que feita de 
acordo com as normas de ética científica. 
 
 
 
 
Aprovado em:____/____/____ 
 
 
 
 
_________________________________________________________________ 
Coordenação do Curso de Formação de Oficiais 
 
 
 
 
 
 
 
Considerações:_______________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dedicamos este trabalho à Deus, que 
nos dá força, amor e sabedoria à todo 
momento de nossas vidas. 
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AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos a Deus para que ilumine nossa inteligência e nos conduza 
ainda mais em direção ao aperfeiçoamento pessoal e profissional, guiando nossos 
passos, nos dando saúde, força e perseverança. 
 
Agradecemos a nossa família que nos serviu de suporte nessa caminhada 
nos últimos três anos, e, certamente, sem eles essa caminhada seria muito mais 
árdua e atribulada. 
 
Agradecemos ao Professor Alexandre Fragoso, o qual nos orientou com muita 
atenção e profissionalismo, incentivando e auxiliando de maneira concreta, tornando 
possível essa conclusão com êxito. 
 
Agradecemos a todos os instrutores e professores que contribuíram com 
excelência para a nossa formação, ajudando na nossa capacitação profissional. 
 
Por fim, agradecemos a todos os nossos companheiros e amigos de turma, 
pois certamente essa convivência durante o curso foi inesquecível e insubstituível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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"Atividade física não é apenas uma 
das mais importantes chaves para um corpo 
saudável. Ela é a base da atividade 
intelectual criativa e dinâmica." 
(John F. Kennedy) 
 
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RESUMO 
 
O Curso de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado da 
Paraíba, CFO-CBMPB, tem como objetivo formar o oficial bombeiro militar, titulado 
de Engenheiro de Segurança contra Incêndio e Pânico. No decorrer do curso, os 
alunos são submetidos a disciplinas teóricas e práticas que necessitam de um bom 
preparo físico, característica marcante de um bombeiro militar bem capacitado. Esta 
pesquisa teve o objetivo de verificar a incidência de lesões ortopédicas nos alunos 
do CFO – CBMPB e relaciona-las com o gênero, segmento associado, tempo de 
curso, índice de massa corporal, idade e prática de exercícios anteriores. A amostra 
foi composta por 81 alunos dos três anos do CFO-CBMPB e a coleta dos dados 
ocorreu através da aplicação de questionário específico nos dias 22 e 23 de outubro 
na APMCB e os dados foram analisados no software Microsoft Excel através de 
gráficos de frequência e análises de proporção. Dentre os participantes da pesquisa 
54 deles relataram ter sofrido alguma lesão após o ingresso no CFO, o que traduz 
em um índice de 66,7 %, entre eles, 73,3% com faixa etária de 25 a 28 anos e 63,3 
% de 21 a 24 anos. O segmento mais acometido por lesões foi o joelho, presente em 
68,5% dos lesionados. Ainda 43% dos que relataram lesão apresentaram 
sobrepeso/obesidade leve quanto ao IMC. A partir desta reflexão, sugerimos estudos 
mais aprofundados que avaliem o grau de incidência de lesões nos alunos e até que 
ponto podem ser evitadas sem comprometer seu condicionamento físico. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Condicionamento Físico, CFO, lesões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ABSTRACT 
 
The Training Course for Officers of the Fire Brigade of the State of Paraíba, CFO-
CBMPB, aims to form the official military firefighter, titled Engineer of Fire Safety and 
Panic. During the course, students are subjected to theoretical and practical 
disciplines that needs a good physical preparation, a typical feature of a well-trained 
military firefighter. This research aimed to determine the incidence of orthopedic 
injuries in students of CFO - CBMPB and relates them with gender, associated 
segment, time on course, body mass index, age and practice of exercises. The 
sample consisted of 81 students from three years of CFO-CBMPB, and data 
collection occurred through the application of specific questionnaire on 22 and 23 
October in APMCB and the data were analyzed in Microsoft Excel software, through 
graphs of frequency and ratio analysis. On the research, 54 participants reported 
having suffered an injury after joining the CFO, which translates into a rate of 66.7%, 
among them, 73.3% aged 25-28 years and 63.3% 21-24 years. The segment most 
affected by the knee injury was present in 68.5% of the injured. Yet 43% of those 
who reported injuries were overweight / mild obesity as Body Mass Index. From this 
reflection, we suggest further studies to assess the degree of incidence of injuries on 
the students and how can be avoided without compromising your fitness. 
 
KEYWORDS: Fitness, CFO, Injuries 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 01 – Curso de Formação de Oficiais 17 
Figura 02 – Treinamento Físico Militar 19 
Figura 03 – Desfile militar de cadetes BM 21 
Figura 04 – Síndrome Femoropatelar 22 
Figura 05 – Tendinite Calcânea 23 
Figura 06 – Canelite 24 
Figura 07 – Carga equipamento de Combate à Incêndio 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
CFO – Curso de Formação de Oficiais 
CBMPB – Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba 
O.U. – Ordem Unida 
SFP – Síndrome Fêmoro-patelar 
SETM – Sídrome do estresse tibial medial 
CBT - Combate 
OMS – Organização Mundial de Saúde 
IMC – Índice de Massa Corporal 
APMCB – Academia de Polícia Militar do Cabo Branco 
HDL – High density lipoprotein 
LDL – Low density lipoprotein 
EME – Estado Maior do Exército 
TFM – Treinamento Físico Militar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 - Incidência de Presença ou Ausência de lesão distribuída por turma 29 
Gráfico2 - Presença de Lesão relacionada a faixa etária 30 
Gráfico 3 - Presença de lesão relacionada com a faixa etária e gênero 31 
Gráfico 4 - Prevalência de lesões relacionadas a prática de atividades externas 33 
Gráfico 5 – Relação dos alunos que não praticam atividade física fora do curso e 
opinião deles se a atividade física proporcionada pelo curso é suficiente. 33 
Gráfico 6 – Segmentos referidos pelos alunos que foram acometidos por lesões 
durante o curso 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 
1.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 13 
1.1.1 Objetivos Específicos ............................................................................. 13 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 14 
2.1 ATIVIDADE FÍSICA E SEUS BENEFÍCIOS ..................................................... 14 
2.2 A PROFISSÃO BOMBEIRO MILITAR ............................................................. 15 
2.3 O CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS ...................................................... 17 
2.4 ATIVIDADE FÍSICA NO CONTEXTO MILITAR ............................................... 18 
2.5 LESÕES ORTOPÉDICAS VERSUS ATIVIDADE FÍSICA ............................... 20 
2.5.1 Lesão no Joelho ...................................................................................... 21 
2.5.2 Lesão no Tornozelo ................................................................................ 23 
2.5.3 Lesão na Tíbia ......................................................................................... 24 
2.5.4 Lesão nas Costas .................................................................................... 25 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .......................................................... 27 
4 RESULTADOS, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ................................. 29 
5 CONCLUSÃO .................................................................................................... 36 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 37 
(APENDICE A) ................................................................................................... 40 
(APENDICE B) ................................................................................................... 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O Curso de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado da 
Paraíba, CFO-BMPB, tem como objetivo formar o oficial bombeiro militar, titulado de 
Engenheiro de Segurança contra Incêndio e Pânico, que ao final do curso tem a 
habilidade de atuar na área de Segurança contra Incêndio e Pânico, além das 
atribuições inerentes ao Oficial subalterno e intermediário do Corpo de Bombeiros 
Militar da Paraíba. 
 O ingresso para participação no curso é mediante a aprovação em um 
Processo Seletivo, o qual é realizado pela Universidade Federal da Paraíba e 
atualmente se apresenta como um dos que possui concorrências mais altas. 
(FERREIRA, 2011) 
 O curso tem carga horária de 4.000 horas, as quais são cumpridas durante 
três anos integrais, totalizando seis semestres. O curso é ministrado na Academia de 
Polícia Militar do Cabo Branco – APMCB, situada no Centro de Educação da Polícia 
militar da Paraíba. 
 No decorrer do curso, os alunos são submetidos a disciplinas teóricas, ligadas 
diretamente à área de engenharia, além de disciplinas essencialmente militares e de 
atividades bombeirísticas. As disciplinas práticas, geralmente necessitam de um bom 
preparo físico, característica marcante, entre outras, de um bombeiro militar bem 
capacitado. 
 Com isso, um trabalho voltado para uma melhor capacidade física é realizado 
transversalmente durante todo o curso, sendo enfocado principalmente nas 
disciplinas de Educação Física e Desportos. Tal disciplina é ministrada com uma 
carga horária total de 360 horas durante os três anos. 
 Com a ênfase no trabalho de condicionamento físico, os alunos, por mais que 
sejam orientados por profissionais capacitados, tornam-se susceptíveis a lesões ao 
realizar a atividade física. Simões (2005) fala sobre a importância de se conhecer os 
principais fatores determinantes das lesões provenientes da atividade física, bem 
como compreender e identificar a extensão dos agravos daí resultantes, a partir de 
tais resultados onde a prevenção possa ser aplicada. 
 No dia-a-dia dos atletas, principalmente os profissionais, as lesões 
desportivas tiveram sempre um enfoque bastante negativo, visto que, tal 
comprometimento gera complicações quanto ao seu retorno às atividades normais. 
13 
 
 
Durante o curso de formação de oficiais não é muito diferente, pois, quando 
lesionado, o aluno se afasta de várias atividades inerentes ao curso, atuando de 
maneira a desestabilizar seu aprendizado prático. (Kurata, Junior e Nowotny, 2007) 
 Com isso, se faz necessário um trabalho que sistematize a incidência dessas 
lesões, bem como o segmento anatômico de maior ocorrência, visando estabelecer 
um projeto que minimize a ocorrência das mesmas, além de favorecer um maior 
rendimento dos alunos nas atividades inerentes ao curso. 
 De maneira empírica, é sabido pelos alunos e coordenadores do CFO-BMPB 
que o número de lesões decorrentes da atividade física é constante, prejudicando o 
desempenho dos cadetes em algumas instruções práticas. 
 Dessa forma, surge à necessidade de se verificar o quanto a incidência 
dessas lesões decorre da duração do curso, isto é, se quanto mais tempo de curso o 
aluno torna-se mais susceptível a lesões, ou até mesmo se sofre influência de 
variáveis como o gênero, segmento anatômico, índice de massa corporal, idade ou 
prática de exercícios anteriores ao ingresso no curso. 
 
1.1 OBJETIVO GERAL 
 
 Verificar a incidência de lesões ortopédicas nos alunos do CFO – CBMPB 
1.1.1 Objetivos Específicos 
 
 a) Relacionar o número de lesões dos alunos do CFO-BMPB com o gênero, 
segmento associado, tempo de curso, índice de massa corporal, idade e prática de 
exercícios anteriores; 
 b) Orientar trabalhos futuros que visem à diminuição do número de lesões 
relacionadas à atividade física nos alunos do CFO-BMPB; 
 c) Servir de embasamento teórico para trabalhos futuros acerca do 
treinamento físico militar dos alunos do CFO-BMPB; 
 d) Mensurar e enfatizar o grau de incidência de lesões ortopédicas nos 
alunos do CFO-BMPB no ano de 2011. 
 
 
 
 
14 
 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 ATIVIDADE FÍSICA E SEUS BENEFÍCIOS 
 
 Segundo Caspersen et al (1985 apud Simões, 2005, p. 125), “atividade física 
pode ser considerada como qualquer movimento produzido pelos músculos 
esqueléticos que resultam em gasto de energia.” 
 Sentir-se disposto, com saúde e com o corpo em forma, podem ser objetivos 
daqueles que se exercitam e pensam em uma melhor qualidade de vida, porém, 
para algumas categorias profissionais, o condicionamento físico faz parte do dia-a-
dia e deve ser uma meta. (MANUAL TÉCNICO DE BOMBEIRO MILITAR DE SÃO 
PAULO – 31, 2006) 
 No contexto atual de saúde mundial, os estímulos a pratica de atividade física 
vêm desde os médicos, educadores físicos e outros profissionais da área, até 
mesmo de instituições esportivas, secretaria de esportes e da própria família. Com 
isso, tal atitude vem sendo difundida de maneira mais precoce atualmente, 
começando a partir da infância e da adolescência o início da prática de exercícios. 
(TOMAZZONI, ZANETTO E LEAL JÚNIOR, 2011) 
 Para Gandolfi e Skora (2001), boa qualidade de vida, é entendida, do ponto 
de vista orgânico, como a condição de conseguir realizar os esforçosda vida diária e 
de não apresentar grande quebra de homeostase durante as atividades. 
Uma melhora na qualidade de vida vem sendo um objetivo cada vez mais 
desejado pelos seres humanos, e combinados com uma alimentação adequada, os 
exercícios físicos são a chave para conseguir atingir essa meta. Em segundo lugar, 
os treinamentos físicos são feitos por muitas pessoas que buscam melhoras na 
aparência, de acordo com os padrões da sociedade atual. (CONTE, 2008) 
Cientificamente, os efeitos dos exercícios físicos foram profundamente 
estudados, e de acordo com Nelson et. al. (2007), estes incluem: 
Efeitos antropométricos 
- Controle da gordura corporal; 
- Incremento da massa muscular; 
- Melhora na flexibilidade; 
Efeitos metabólicos 
- Aumento do volume do sangue circulante e ventilação pulmonar; 
15 
 
 
- Melhora nos níveis de HDL (lipoproteínas de alta densidade), e diminuição 
nos níveis de triglicérides, colesterol total e LDL (lipoproteínas de baixa densidade); 
- Diminuição do risco de doença cardiovascular, hipertensão, diabetes tipo 2, 
osteoporose, câncer de cólon e de útero; 
Efeitos cognitivos e psicossociais 
- Melhora da autoestima, estado de humor e insônia; 
- Diminuição do risco de depressão; 
- Diminuição do estresse, ansiedade e consumo de medicamentos. 
 
 A escolha da atividade física ideal é feita individualmente, levando-se em 
conta os seguintes fatores como a preferência pessoal, onde o benefício da 
atividade só é conseguido com a prática regular da mesma, e a continuidade 
depende do prazer que a pessoa sente em realizá-la. Assim, não adianta indicar 
uma atividade que a pessoa não se sinta bem praticando. A aptidão necessária, 
onde algumas atividades dependem de habilidades específicas. (KURATA, JÚNIOR 
E NOWOTRY, 2007) 
 Para conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um 
programa de condicionamento gradual, começando de atividades mais leves. 
Algumas atividades podem apresentar risco associado a alguns tipos de lesão em 
determinados indivíduos que já são predispostos. (PITANGA, 2002) 
 
2.2 A PROFISSÃO BOMBEIRO MILITAR 
 
 Apesar de mais de um século de existência, a maioria da população ainda 
não sabe precisar, ou conhece apenas algumas das atribuições de um bombeiro 
militar. Em primeiro lugar, este profissional é responsável pela segurança da 
sociedade. Como ressaltado na Constituição Brasileira: 
Art. 144 - A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de 
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das 
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
16 
 
 
V - polícia militar e corpos de bombeiros militares. (BRASIL, 1998). 
 Percebe-se que, apesar de vários órgãos terem a mesma finalidade, estes 
executam tarefas específicas, pois de modo geral, a responsabilidade de um 
bombeiro militar é garantir a proteção da vida e do patrimônio dos cidadãos 
brasileiros, mesmo com o risco de sua própria integridade física, inerente a esta 
atividade profissional, e de acordo com o Estado Maior das Forças Armadas, “o 
exercício da atividade militar, por natureza, exige o comprometimento da própria 
vida” (Id. 1995, p. 11). 
 Na ideia do militarismo estão imbuídos os conceitos da hierarquia e da 
disciplina, que norteiam o comportamento do militar para que todos estejam de 
acordo com as diretrizes propostas pela instituição. 
 Apenas a intervenção em momentos de crise não compreende a profissão do 
bombeiro, além disso, existe o envolvimento na prevenção, preparação, ação de 
resposta e, porventura, a recuperação em casos de situações adversas. O combate 
a incêndios, o resgate às vítimas de afogamento, inundações, desabamentos e 
catástrofes em todos os tipos de ambientes, perícias de incêndio, fiscalização quanto 
ao cumprimento das leis que dizem respeito à prevenção contra incêndios em 
estabelecimentos comerciais e residenciais, e a orientação da população sobre os 
diversos riscos que as cercam são alguns dos exemplos práticos das atividades 
desempenhadas por este profissional. 
Um trabalho eficiente em operações de salvamento ou de extinção de 
incêndio dependerá de vários fatores, que podem ser descritos como: preparo 
técnico, recursos materiais, motivação e etc. Porém, se a capacidade física do 
bombeiro na hora do evento for um fator limitante, todo o preparo anterior terá sido 
em vão. Algumas pesquisas revelam que qualquer que seja o nível de 
condicionamento físico de uma pessoa, quando ela for submetida a condições 
estressantes, isto é, calor, alta umidade entre outras, sua capacidade de atuação 
será inferior a normal e muito significativa será esta redução quanto pior for o 
condicionamento físico em condições normais. (MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO 
MILITAR – RJ) 
 Diante destes conceitos, podemos vislumbrar alguns aspectos inerentes ao 
plano de condicionamento físico do bombeiro militar, o qual deve conter itens 
principais como trabalhos de condicionamento aeróbico e anaeróbico, de 
17 
 
 
aclimatação, além de adaptação as atividades inerentes a sua profissão. Com isso, o 
treinamento proporcionará um melhor bem-estar físico, maior disposição para as 
atividades diárias e melhor produtividade no trabalho. (MANUAL TÉCNICO DE 
BOMBEIRO MILITAR DE SÃO PAULO – 31, 2006). 
 Existem duas maneiras para o ingresso no Corpo de Bombeiros Militar da 
Paraíba. Pode-se fazer o concurso para a formação como soldado, e o concurso, por 
meio de vestibular, para o ingresso no Curso de Formação de Oficiais. 
 
2.3 O CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS 
 
 A Academia de Polícia Militar do Cabo Branco, unidade de educação 
profissional de militares é a responsável pela formação e aperfeiçoamento dos 
oficiais do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba. 
 “O CFO é reconhecido como de nível superior pelo Conselho Estadual de 
Ensino, com duração total de três anos, divididos em seis períodos, perfazendo um 
total e 4270 horas-aula.” (Autor desconhecido, em 
<http://www.pm.pb.gov.br/ce/pagina.php?conteudo=institucional&sub=inst_apmcb>. 
Acesso em 19 set. 2011.) 
 
Figura 01 – Curso de Formação de Oficiais 
 
Fonte: http://www.pm.pb.gov.br/pagina_noticia_6786.htm 
18 
 
 
 Os cadetes durante o curso permanecem em regime de semi-internato, tendo 
ingressado pelo processo seletivo realizado pela Universidade Federal da Paraíba. 
 Além do posto de oficial bombeiro militar, o concludente recebe o certificado 
de Engenharia Contra Incêndio e Pânico. Terminado o curso, o aluno passa para a 
condição de aspirante a oficial, na qual fica durante oito meses de estágio 
probatório, a seguir, é nomeado ao primeiro posto de segundo tenente, seguindo 
carreira e podendo atingir até o posto de coronel. 
Ao longo de suas atividades escolares, o aluno recebe treinamento físico 
militar e preparo intelectual, com sentido de administrar as situações cotidianas do 
profissional de segurança publica. Durante o período de formação, o cadete é 
habilitado para o serviço do oficialato, nas funções inerentes aos diversos cargos na 
instituição. 
Além das matérias de treinamento físico militar, os cadetes possuem outras 
disciplinas que demandam preparo físico considerável, temos como exemplo o 
Salvamento em Altura, Salvamento Terrestre, Salvamento Aquático, Natação 
Utilitária, Combate a Incêndio Urbano e Florestal. 
 
2.4 ATIVIDADE FÍSICA NO CONTEXTO MILITAR 
 
 Segundo a Portaria Nº 089-EME( Estado Maior do Exército) de 07 de 
novembro de 2002, ou seja, o manual de campanha de treinamento físico militar do 
Exército Brasileiro, a inatividade física pode gerar diversos transtornos no contexto 
da saúde do indivíduo, desde diabetes e osteoporose até mesmo algumas doenças 
no sistema cardiorrespiratório. 
 Além do supracitado, o manual também versa sobre a relaçãoentre o estado 
físico e a eficiência profissional do militar destacando que os militares que estiverem 
mais bem preparados fisicamente resistirão melhor as debilidades as quais forem 
submetidos do combate. Além disso, os militares bem preparados fisicamente 
resistirão melhor a doenças e se recuperarão das mesmas mais rapidamente, 
estando prontos para o combate. 
 Uma evidência importante também citada neste manual, é que alguns estudos 
comprovam que a prática de atividade física aumenta o rendimento intelectual e uma 
maior concentração para as atividades rotineiras, tornando o militar um melhor 
profissional. 
19 
 
 
Figura 02 – Treinamento Físico Militar 
 
Fonte: http://www.ipcfex.com.br/interna.asp?idcat=14 
 
No manual, ainda podemos encontrar os principais objetivos do treinamento 
físico militar os quais são contribuir, manter ou recuperar a aptidão física do militar, 
contribuir para a saúde do mesmo, assegurar o condicionamento físico necessário 
para o cumprimento das missões, além de cooperar para o desenvolvimento de 
atributos da área afetiva e despertar interesse para a prática desportiva em geral. 
Nele está contida a definição para o Treinamento Físico Militar em si. 
 Os programas de treinamento para atletas servem para prepará-los para o 
esporte individual. Da mesma forma, o treinamento físico militar tem a finalidade de 
preparar os soldados para as exigências dos campos de batalha, para as forças 
armadas, e para o trabalho operacional, no caso das forças auxiliares. 
 
Existem evidências verificadas em diversos relatos, como os da 
campanha do Exército Britânico nas Ilhas Falkland e os das ações do 
Exército Americano em Granada, de que os militares bem 
preparados fisicamente são mais aptos para suportarem o estresse 
debilitante do combate. A atitude tomada diante dos imprevistos e a 
segurança da própria vida dependem, muitas vezes, das qualidades 
físicas e morais adquiridas por meio do treinamento físico regular, 
convenientemente orientado. 
A melhoria da aptidão física contribui para o aumento significativo da 
prontidão dos militares para o combate, e os indivíduos aptos 
fisicamente são mais resistentes à doenças e se recuperam mais 
rapidamente de lesões do que pessoas não aptas fisicamente. Além 
20 
 
 
disto, e mais importante, os indivíduos mais aptos fisicamente têm 
maiores níveis de autoconfiança e motivação. 
Estudos comprovam que uma atividade física controlada pode 
melhorar o rendimento intelectual e a concentração nas atividades 
rotineiras, levando a um maior rendimento no desempenho 
profissional, mesmo em atividades burocráticas. (BRASIL, 2002, p.1-
3) 
 
 O TFM compreende uma padronização de movimentos, seguindo uma 
sequência uniforme, onde o guia se coloca à frente da tropa, executando os 
exercícios e sendo copiado pela tropa, que os executa com energia e disciplina. A 
instrução tem início com a abertura do dispositivo, onde cada homem se posiciona 
de maneira que todos fiquem de frente para o guia, mantendo com o mesmo contato 
visual. Primeiro executa-se a primeira fase da aula, que é o aquecimento. 
 
Aquecimento é o conjunto de atividades físicas que visa preparar o 
militar, orgânica e psicologicamente, para a execução do trabalho 
principal, por intermédio do aumento da temperatura corporal, da 
extensibilidade muscular e da freqüência cardíaca. É importante que 
haja uma transição gradual do repouso para o esforço, já que uma 
atividade física intensa e repentina não provoca um fluxo suficiente 
de sangue para os músculos, além de aumentar a possibilidade de 
lesões músculo articulares. Sendo assim, deve ser respeitada a 
individualidade biológica, mesmo que em detrimento da 
padronização dos movimentos, em todas as fases do aquecimento, 
particularmente no tocante à limitações da amplitude articular e às 
dificuldades particulares na execução dos exercícios. (Id. Ibid. p. 5-4) 
 
Em seguida, executa-se o treinamento em si. Cada corporação desenvolve 
exercícios que proporcionam ao militar um desenvolvimento centrado em 
movimentos que ele deverá executar com precisão e eficiência em sua profissão. 
Por exemplo, os exercícios de barra fixa e flexões irão ajudar o bombeiro quando o 
mesmo deverá ter resistência para segurar a mangueira de combate a incêndio 
durante a extinção das chamas de um edifício, que podem durar várias horas. 
 
 
2.5 LESÕES ORTOPÉDICAS VERSUS ATIVIDADE FÍSICA 
 
 Segundo Fong et al. (2007, apud Atalaia, Pedro, Santos, 2008), a lesão 
desportiva é uma das principais causas de lesões ortopédicas, isto quando levada 
em comparação com acidentes de viação, acidentes em casa, acidentes de lazer, 
acidentes laborais ou violência, sendo que as lesões desportivas podem resultar em 
dor, afastamento dos jogos ou do trabalho e gastos médicos. E se para aqueles que 
21 
 
 
vivem o desporto de forma amadora, uma lesão pode trazer pequenas alterações ao 
seu dia-a-dia, podendo não comprometer de todo as suas tarefas de vida diária. 
Para os que têm no desporto a sua atividade profissional, podem ter a sua carreira 
comprometida. 
 O nível de aptidão física possui uma relação estreita com as lesões 
desportivas. Domingues et al (2005), relata que ao investigar homens e mulheres 
das forças armadas dos Estados Unidos que as mulheres apresentam índices de 
lesões duas vezes maiores que o sexo masculino e que o baixo nível de 
condicionamento físico apresenta uma maior predisposição às lesões desportivas. 
 Na atividade física do profissional bombeiro militar, a corrida é algo bastante 
presente como artifício para melhorar o condicionamento aeróbico. Segundo Rodim 
et al ( apud Simões, 2005, p. 124), durante as corridas, há um alto impacto nas 
articulações, principalmente dos membros inferiores, e mais precisamente na 
articulação do calcanhar, o que pode causar lesões na cartilagem. Além disso, o 
militar torna-se vulnerável a entorses, fraturas e outros prejuízos de cunho 
ortopédico ao realizar tal exercício. Logo abaixo citaremos algumas principais 
regiões acometidas, suas definições, fatores de risco e principais sintomas. 
 
 2.5.1 Lesão no Joelho 
 
 No CFO, os alunos se submetem a uma rotina de ordem unida, que se 
caracteriza por movimentos militares em conjunto, os quais envolvem a marcha, 
movimentos com fuzis, espadas e outras posições em que o joelho sofre uma tensão 
significativa. 
Figura 03 – Desfile militar de cadetes BM 
 
Fonte: https://picasaweb.google.com/lh/photo/3ra-1FHAUDHl4wboM2XDKQ 
https://picasaweb.google.com/lh/photo/3ra-1FHAUDHl4wboM2XDKQ
22 
 
 
 
 Adicionando a Ordem Unida às atividades físicas cotidianas da preparação do 
cadete à profissão bombeirística, os mesmos foram inclusos, segundo a pesquisa, 
no grupo de risco da Síndrome Femoropatelar. 
 
Figura 04 – Síndrome Femoropatelar 
 
Fonte:http://www.clinicadeckers.com.br 
 
 A definição da SFP é objetivamente apresentada Cabral e cols. (2008) como 
o resultado de um desequilíbrio das forças direcionadas à patela no decorrer de 
seus movimentos relacionados ao dia-a-dia. O mesmo ainda destaca que 
rotineiramente o indivíduo apresenta pouca idade e tem uma rotina ativa de 
exercícios jovem e ativo, e, algumas vezes sofre de dor retro-patelar e peri-patelar 
resultante de longos períodos na posição sentada. Tais atividades influem 
diretamente nas forças compressivas da articulação femoropatelar que aumenta 
significantemente a dor nestes pacientes, os quais referem dor de maneira geral 
após sobrecargas fora da rotina diária. 
 A revista Runners World (2012, p. 34) também discursa acerca do tema e 
relata A síndrome femoropatelar como uma irritação da cartilagem que envolve a 
porção anterior da patela (rótula), que manifesta durante ou após longos períodos de 
caminhada moderada, ou corrida mais intensas e algumas vezes quando se mantém 
23 
 
 
por muito tempo na posição sentada, ou até mesmo descendo escadas.Ainda 
segundo a revista os principais sintomas são a dor na face interna ou externa dos 
joelhos, logo após acordar, que não para ao longo do dia, e uma sensação 
incômoda depois de ficar sentado por muito tempo. 
 
2.5.2 Lesão no Tornozelo 
 
 Movimentos repetitivos, como agachamentos e corridas longas, assim como 
calçados inadequados para prática desportiva – muitas vezes os militares realizam 
corridas longas calçando tênis inadequados para sua pisada ou outros tipos, como 
botas ou coturnos – são atividades que tornam os militares da pesquisa parte do 
grupo de risco da lesão chamada de Tendinite Calcânea. 
Segundo o Neto e Cols. (2009), A tendinite calcânea é considerada como 
uma grave inflamação do tendão calcâneo, que liga dois dos maiores músculos da 
panturrilha à parte posterior do calcanhar, também chamado de tendão de Aquiles. 
Seus principais sintomas referidos pelos pacientes são dor e inchaços logo acima do 
calcanhar até mesmo repouso. Por vezes, o ato de apoiar-se nas pontas dos pés 
colocando o peso do corpo sobre eles pode causar uma sensação dolorosa. 
 
Figura 05 – Tendinite Calcânea 
 
 Fonte: http://www.podcorrer.com 
 
24 
 
 
2.5.3 Lesão na Tíbia 
 
Alguns dos entrevistados apresentaram dores na tíbia, popularmente 
chamada de canela. No CFO ocorrem momentos em que o treinamento físico sofre 
um intervalo por vezes demasiado, e o retorno do aluno às atividades com esforço 
físico (neste caso, corridas e marchas) deve ser gradativo. Caso contrário o cadete 
sofre o risco de ter canelite. Conforme Runners World (2012, p. 37) “A canelite é a 
síndrome do estresse tibial medial, uma dor proveniente de pequenas fissuras nos 
músculos que envolvem a tíbia (osso da canela)”. 
Esta condição é bem mais encontrada em jovens corredores e logo no retorno 
a atividades após um longo período de parada. Apresenta fatores de risco como o 
uso de calçados inadequados ou gastos e principais sintomas como sensibilidade na 
canela segundo Favaro e cols. (2011). 
 
 
Figura 06 – Canelite 
 
Fonte: http://connectedtothesubject.blogspot.com.br 
 
 
 
 
 
25 
 
 
2.5.4 Lesão nas Costas 
 
No contexto geral de sua profissão, os bombeiros se submetem à 
levantamentos súbitos de carga, (erguendo uma vítima pesada, utilizando um 
machado, carregando mangueiras, extintores), ou mesmo utilizando seu 
equipamento de combate à incêndio básico, que chega à uma carga de mais de 
25kg. E um cadete do CFO realizam muitos treinamentos de simulação de 
salvamentos e combate à incêndio, levando-os à um provável risco de lombalgia. 
 
Figura 07 – Carga equipamento de Combate à Incêndio 
 
Fonte: http://sertencaico.blogspot.com.br/2011/02/o-peso-de-ser-bombeiro.html 
 
 
 
O levantamento de carga ainda é necessário para muitas tarefas. O manuseio 
de carga com peso excessivo pelo bombeiro, especialmente o levantamento de 
carga, pode aumentar consideravelmente a incidência de lombalgia, devido 
principalmente às posturas inadequadas assumidas pelos militares durante a 
realização destas atividades, levando a um esforço muscular aumentado e a uma 
26 
 
 
maior compressão entre as articulações da coluna vertebral. A manipulação e o 
levantamento de cargas são as principais causas de lombalgia, as quais podem 
surgir devido à sobrecarga mecânica ou como resultado de movimentos repetitivos. 
Segundo Azevedo e Cols.(2008) a dor nas costas ou Lombalgia é um termo 
usado para fazer referência ao surgimento de dor na região lombar da coluna 
vertebral. Sua origem é diversificada, o que normalmente exige do médico 
responsável a realização de uma anamnese detalhada e alguns exames 
complementares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
De acordo com Gil (2002) a presente pesquisa inclui-se num grupo de 
pesquisas denominadas descritivas, tendo em vista que seu principal objetivo é 
descrever as características de uma determinada população ou fenômeno e 
estabelecer relações entre as variáveis. 
Baseia-se em uma pesquisa de campo exploratória, que visa como 
objetivo metodológico verificar a incidência de lesões ortopédicas nos alunos do 
CFO – CBMPB. A abordagem foi quantitativa, realizada através da análise dos 
dados referentes ao número absoluto de lesões dos alunos do CFO-BMPB, gênero, 
segmento associado, tempo de curso, índice de massa corporal, idade e prática de 
exercícios anteriores. 
A amostra foi composta por 81 alunos dos três anos do Curso de 
Formação de Oficiais Bombeiro Militar, valor que não corresponde também à 
população total do grupo de interesse neste estudo, visto que 5 alunos do 2º ano e 1 
aluno do 3º ano não estavam presentes na Academia de Polícia Militar do Cabo 
Branco durante o período de realização da pesquisa. Não existem critérios de 
exclusão para a pesquisa, e o requisito mínimo para a inclusão é que o sujeito esteja 
atualmente em curso. 
A coleta dos dados ocorreu através da aplicação de questionário 
específico nos dias 22 e 23 de outubro na Academia de Polícia Militar do Cabo 
Branco, situada no Centro de Educação da Polícia Militar, localizado no bairro de 
mangabeira, João Pessoa – PB. 
 Inicialmente, foi estabelecido o contato direto com os sujeitos, e exposto aos 
participantes os objetivos e métodos da presente pesquisa, realizando a leitura do 
termo de consentimento livre e esclarecido para aprovação e assinatura do sujeito 
da pesquisa. 
 Em seguida, foi realizada uma entrevista estruturada, com protocolo 
previamente elaborado, contendo perguntas objetivas, para preenchimento de todos 
os dados necessários de cada indivíduo de modo a caracterizar os sujeitos e coletar 
os dados referentes às variáveis apresentadas. 
Após a coleta e tabulação, os dados foram analisados no Excel através 
de gráficos de frequência e análises de proporção com o intuito relacionar com 
28 
 
 
estudos semelhantes anteriormente realizados e na bibliografia consultada, analisar 
os resultados e sugerir algumas discussões. 
Com isso, houve uma leitura das informações e o estabelecimento de 
relações entre os dados obtidos de acordo com princípios teóricos, visando a análise 
coerente dos dados obtidos e o estabelecimento de conclusões. Foram realizadas 
também inferências práticas a partir dos resultados encontrados, através da 
produção de novas informações e orientações voltadas à população alvo. 
A variável dependente ou variável desfecho representa a presença ou não 
de lesão ortopédica. Já as variáveis independentes, ou explicativas, correspondem 
a: gênero, segmento associado, tempo de curso, índice de massa corporal, idade e 
prática de exercícios anteriores. 
Conforme a lei 196/96 ,não existe para este tipo de procedimento nenhum 
tipo de risco para o sujeito e a qualquer momento ele poderá se desligar da 
pesquisa, apenas comunicando ao pesquisador. É importante ressaltar que com a 
presente pesquisa busca-se identificar a incidência de lesões ortopédicas nos alunos 
do CFO – CBMPB, sem que possa haver nenhum risco à integridade física, mental 
ou moral dos alunos. 
 
 
 
29 
 
 
4 RESULTADOS, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS 
 
 Após a coleta e tabulação dos dados podemos observar que dos 81 alunos 
que participaram da pesquisa, 61 eram do sexo masculino e 20 do sexo feminino, 
situados em uma faixa etária de 17 a 32 anos, todos eles matriculados no Curso de 
Formação de Oficiais Bombeiro Militar do Estado da Paraíba (CFO-BMPB) no ano 
de 2012. 
Dentre os participantes da pesquisa 54 deles relataram ter sofrido alguma 
lesão após o ingresso no CFO, o que traduz em um índice de 66,7 %. O Gráfico 1 
apresenta essa distribuição para os alunos de cada ano específico, revelando uma 
certa tendência no número proporcional de lesionados por turma, o que pode sugerir 
que a maioria das lesão decorrem no início do curso, ou pelo menos no período de 
adaptaçãoa nova rotina de atividades físicas. Hootman e cols.(2002) apud Hino e 
cols. (2008) concluem que existe aumento do risco de lesão musculoesquelética 
entre corredores conforme o incremento do volume semanal de treinamento, o que 
condiz com a principal atividade dos cadetes assim que ingressam no curso de 
formação. 
 
 
Gráfico 1 - Incidência de Presença ou Ausência de lesão distribuída por turma. 
 
 Quanto à média de idade das turmas não houveram diferenças significativas, 
visto que foram encontrados os valores de 24,3, 23,2 e 25,8 anos no 1º, 2º e 3º ano, 
30 
 
 
respectivamente. Já em relação ao grupo que relatou presença de lesão 
encontramos algumas particularidades expostas no gráfico 2. 
 
 
 Gráfico 2 - Presença de Lesão relacionada a faixa etária. 
 
 Verificamos que 73,3% dos alunos com faixa etária de 25 a 28 anos e 63,3 % 
dos alunos com 21 a 24 anos apresentaram lesões. Ainda segundo o gráfico, vimos 
que apenas 2 dos 9 alunos com idade entre 29 e 32 anos não sofreram lesões, o 
que pode indicar que com o aumento da idade e do tempo de exposição ao fator de 
risco a lesões, há uma tendência de aumento de sua prevalência. Além disso, dos 7 
alunos que apresentaram lesão 6 deles apresentaram sobrepeso/obesidade leve 
segundo a taxa de índice de massa corporal (IMC) apresentada pela Organização 
Mundial de Saúde (OMS), enquanto os dois que não apresentram lesão, 
apresentaram IMC com taxa classificada como normal. 
 Apesar dos resultados indicarem que existe uma tendência de lesões 
conforme o avanço da idade, Hino e cols. (2009) relatam em sua pesquisa este 
aspecto não foi considerado um fator de influência, justificando que, com o aumento 
da idade é comum ocorrer uma diminuição na frequência e intensidade dos 
exercícios, o que faz com que indivíduos de idades mais avançadas apresentem 
prevalência menor de lesões, estando estas concentradas em uma faixa etária 
inferior. Contudo, nesta pesquisa, independente da faixa etária, todos os alunos são 
31 
 
 
submetidos aos mesmos exercícios, inclusive sem distinção de sexo, o que indica 
uma tendência natural de aumento da prevalência de lesões com o tempo. 
 Quanto ao índice de massa corporal, 43%, isto é, 23 dos 54 alunos que 
relataram lesão apresentaram sobrepeso/obesidade leve, confrontando com 37%, 
ou seja, 10 dos 27 alunos do grupo dos que não relataram. 
 Esse resultado corrobora com os estudos de Domingues e cols. (2005) os 
quais relatam que pessoas com índice de massa corporal elevado apresentam risco 
adicional de ocorrência de problemas ortopédicos. Porém, alguns autores 
classificam essa relação ainda como inconclusiva. (HINO E COLS. 2008) 
 Ao relacionarmos a incidência de lesão com gênero encontramos uma certa 
proximidade entre os dois sexos, visto que 70% das mulheres entrevistadas 
apresentaram lesões, assemelhando-se aos 65,6 % encontrados no sexo masculino 
(Gráfico 3). Pastre e cols. (2007) estudou um universo de 120 pessoas, sendo 60 de 
cada gênero, e revelou que também foram encontrados valores consideralvelmente 
semelhantes entre o sexo masculino e femino quanto a prevalência de lesões, 
estando de acordo com o estudo em questão. 
 
 
Gráfico 3 - Presença de lesão relacionada com a faixa etária e gênero. 
 
 Ao nos depararmos com a variável relacionada à prática de atividade externa, 
isto é, fora das proporcionadas pelo curso, verificamos que aproximadamente 30% 
32 
 
 
das pessoas que sofreram lesões não praticam atividade externa, isto é, 16 das 54 
pessoas. Além disso, 74,1% dos alunos que praticam atividade fora do curso 
relataram ter sofrido lesão. Com isso podemos sugerir que a atividade física 
oferecida no curso pode não estar sendo aplicada de maneira a prevenir lesões ou 
oferecer um suporte musculoesquelético necessário ao aluno, visando um preparo 
físico razoável para desenvolver as atividades as quais lhes são requisitadas. 
(Gráfico 4) 
 
 
 
Gráfico 4 - Prevalência de lesões relacionadas a prática de atividades externas 
 
Hino e cols. (2009) relatam que uma das principais formas de promover uma 
maior susceptibilidade a lesões está relacionada ao aumento repentino da 
intensidade do treinamento, o que pode estar ligado diretamente à relação do 
número de lesões nos alunos que não praticam atividade externa e são submetidos 
pontualmente a atividades intensas em algum momento da semana de aula. Com 
isso, os alunos que seguem uma rotina mais disciplinada de exercícios conseguem 
superar essa adversidade com mais facilidade, porém, a sobrecarga de exercícios 
parece ser algo muito prejudicial, principalmente quando relacionada com a rotina 
semanal dos cadetes que vão além de atividades físicas e desportivas, atuando 
também no contexto nutricional, psicológico e motivacional. 
A partir desta reflexão, verifica-se que é necessária a realização de estudos 
mais aprofundados com relação a este aspecto que visem avaliar o grau de 
33 
 
 
benefício da prática de atividades físicas externas ao curso, e até que ponto aquelas 
oferecidas são suficientes para atingir o objetivo de fazer com que os alunos 
obtenham um condicionamento físico condizente com a profissão que irão exercer. 
Outra variável que merece destaque e tem íntima relação com essa dinâmica 
da atividade física desenvolvida é que dos 23 alunos que relataram não praticar a 
atividade física externa, apenas 2 deles classificam a atividade proporcionada pelo 
curso como suficiente, demonstrando um conflito de ideias, visto que se a atividade 
não é satisfatória, teoricamente a atividade complementar seria a melhor opção para 
buscar um melhor condicionamento (ver gráfico 5). Porém, tendo em vista que o 
condicionamento físico é indiscutivelmente necessário para exercer a atividade 
profissional, vale ressaltar a necessidade de que o próprio Curso de Formação 
ofereça um treinamento eficiente, aliado também ao perfil dos alunos, oferecendo 
suporte suficiente para a preparação que se deseja obter. 
 Com isso, podemos sugerir uma problemática no âmbito motivacional de 
alguns alunos quanto à atividade física, o que pode ser motivo de estudos 
posteriores. 
 
 
Gráfico 5 – Relação dos alunos que não praticam atividade física fora do 
curso e opinião deles se a atividade física proporcionada pelo curso é suficiente. 
 
Quanto ao segmento associado a maior presença de lesões, observou-se que 
o joelho é o segmento mais acometido, o qual foi relatado por 37 das 54 pessoas 
34 
 
 
que referiram lesão, isto é, das pessoas que referiram ter sofrido alguma lesão 
68,5% deles citaram este segmento como um dos locais acometidos. 
Após o joelho, encontramos ainda tornozelo, punho e coluna referidas como 
regiões as quais os cadetes disseram ter sofrido lesão durante o CFO, conforme 
apresentado no Gráfico 6. 
 
 
Gráfico 6 – Segmentos referidos pelos alunos que foram acometidos por lesões 
durante o curso. 
 
Indivíduos sujeitos a altas demandas físicas que, por vezes, vão além de 
sua preparação e capacidade, podem estar expostos a diversos tipos de lesões. 
Esta exposição pode representar sérias alterações no sistema 
musculoesquelético, ou até mesmo lesões ortopédicas, que variam das mais leves 
às mais severas, que podem conduzir a intervenções cirúrgicas. Por este motivo, 
acredita-se que os alunos do Curso de Formação de Oficiais, podem adquirir 
diversas lesões provenientes da atividade física à qual são expostos, no decorrer do 
seu curso de formação. (ABRAHÃO E COLS., 2009) 
 Tomazoni e cols.(2011) relacionaram a prática de atividade física que possui 
saltos, caminhadas e corridas com um alto índice de lesões em membros inferiores, 
o que condiz com o nosso estudo. Outros autores como Domingues e cols. (2005) 
também já haviam elucidado este fato, sugerindo essa prevalência de maior número 
35 
 
 
de lesões encontrada principalmentena região do joelho e tornozelo pode resultar 
dessas sobrecargas de corridas, impactos nos membros inferiores e, por vezes, uso 
de calçados inadequados. (RODRIGUES, SILVA, 2007) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
5 CONCLUSÃO 
 
 Os dados do presente estudo nos indicam uma prevalência elevada quanto 
ao número de lesões presentes nos alunos do CFO-CBMPB. Com essa estimativa, 
inevitavelmente tais agravos prejudicam o rendimento dos mesmos no que se refere 
ao desempenho das atividades rotineiras do curso. 
 Um fator que mereceu observação especial foi a quantidade de cadetes que 
referiram a região do joelho como segmento acometido, isto é, 37 do total de 81 que 
participaram da pesquisa, sugerindo uma pesquisa mais específica posteriormente. 
 Diante do exposto, verifica-se a necessidade de um trabalho de 
condicionamento físico direcionado para a população estudada em questão, no 
contexto de que as lesões possam atingir um número de incidência menor, porém, o 
desempenho nas atividades físicas exigidas seja condizente com o que a profissão 
propõe. 
 Além disso, com este estudo podemos alimentar um banco de dados escasso 
de pesquisas relacionadas ao CFO-CBMPB, sugerindo e motivando ainda mais 
estudos nessa área e potencializando a capacitação dos profissionais do Corpo de 
Bombeiros Militar da Paraíba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
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40 
 
 
(APENDICE A) 
 
QUESTIONÁRIO 
 
INCIDÊNCIA DE LESÕES ORTOPÉDICAS NOS ALUNOS DO CURSO DE 
FORMAÇÃO DE OFICIAIS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA 
 
1 – Dados Gerais (Identificação) 
a) Idade _______ anos 
b) Sexo ( ) masc. ( ) fem. 
c) Peso atual _______Kg 
d) Altura _______ 
2 – Qual foi o seu ano de ingresso no CFO-BM? 
( ) 2010 ( ) 2011 ( ) 2012 
3 - Já adquiriu alguma lesão após o ingresso no CFO-BM? 
( ) SIM ( ) NÃO 
4 – Caso responda SIM no item anterior, qual(is) parte(s) do corpo afetada(s)? 
( ) Joelho ( ) Punho ( ) Cabeça ( ) Mãos 
( ) Tornozelo ( ) Cotovelo ( ) Dedos ( ) Pés 
( ) Quadril ( ) Ombro ( ) Coluna ( ) Outras _________________________ 
5 – Você pratica algum exercício fora do horário do curso? 
( ) SIM ( ) NÃO 
6 – Caso responda SIM no item anterior, qual o exercício praticado? 
( ) Musculação ( ) Handebol ( ) Hipismo 
( ) Voleibol ( ) Futebol/Futsal ( ) Artes Marciais 
( ) Atletismo ( ) Natação ( ) Outros _________________________ 
7 – Quanto à frequência da prática de exercícios fora do horáriodo curso, você 
a classifica em: 
( ) Nunca ( ) Diariamente ( ) Semanalmente 
( ) Mensalmente ( ) Raramente ( ) Outros _________________________ 
8 - Quanto à intensidade dos exercícios praticados fora do horário do curso, 
você a classifica em: 
( ) LEVE (10min-30min) ( ) MODERADO(30min-1h) ( ) INTENSO(mais de 1h) 
9 – Você considera o treinamento físico proporcionado pelo curso adequado 
para a profissão Bombeiro Militar? 
( ) Sim ( ) Não ( )Talvez 
 
 
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(APENDICE B) 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ( TCLE) 
 
1. Você está sendo convidado para participar da pesquisa intitulada: “INCIDÊNCIA DE 
LESÕES ORTOPÉDICAS NOS ALUNOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE 
OFICIAIS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA”. Você foi 
selecionado por ser aluno do Curso de Formação de Oficiais Bombeiro Militar e estar 
devidamente matriculado no ano de 2012. A sua participação não é obrigatória e a 
qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua 
recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a 
instituição. 
2. O objetivo deste estudo é verificar a incidência de lesões ortopédicas no alunos do 
Curso de Formação de Oficiais Bombeiro Militar e relacionar com as variáveis: 
gênero, idade, índice de massa corporal, prática de exercícios fora do curso e tempo 
de curso. 
3. Sua participação neste projeto está relacionada ao preenchimento deste 
questionário em relação às variáveis definidas anteriormente. 
4. Não existem, portanto, riscos relacionados à sua participação nesta pesquisa. 
Também não existem benefícios diretos, já que, os resultados nesta pesquisa, 
poderão contribuir para verificar a incidência das lesões e servir de alicerce para 
estudos futuros. 
5. As informações obtidas através desta pesquisa serão confidenciais e os dados não 
serão divulgados de forma a possibilitar sua identificação. 
6. Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço 
eletrônico dos pesquisadores principais, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto 
e sua participação, agora ou a qualquer momento. 
 
Professor José Alexandre Fragoso Correia (Orientador) 
Danton Victtor de Lima Carneiro (Pesquisador) 
 (83) 88230992 / dantonvicttor@gmail.com 
Pablo Raphael Oliveira Honorato da Silva (Pesquisador) 
(83) 87234155 / pablohonorato@hotmail.com 
 
Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios da minha participação na 
pesquisa e aceito participar. 
 
__________________________________ João Pessoa ____/____/____ 
 Sujeito da Pesquisa