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TECNOLOGIA ASSISTIVA E SALA DE RECURSOS

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Coordenação de 
ensino Instituto IPB 
TECNOLOGIA ASSISTIVA E SALA DE 
RECURSOS MULTIFUNCIONAIS 
IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Ternologia Assistiva 
 
 
www.institutoipb.com.br | atendimento@institutoipb.com.br | +55 (31) 3411-3143 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................. 03 
 
 
UNIDADE 2 – AJUDAS TÉCNICAS OU TECNOLOGIA ASSISTIVA? .................. 06 
2.1 Evolução e definição ......................................................................................... 06 
2.2 Objetivos ........................................................................................................... 10 
2.3 O processo de desenvolvimento das ajudas técnicas ....................................... 11 
2.4 O processo de avaliação de Tecnologia Assistiva ............................................ 13 
2.5 Características dos serviços de Tecnologia Assistiva – equipe 
multi/transdisciplinar ............................................................................................... 
15 
2.6 Atuação da Tecnologia Assistiva...................................................................... . 18 
2.6.1 A funcionalidade ............................................................................................. 18 
2.6.2 Modelos Conceituais para incapacidade ........................................................ 21 
 
 
UNIDADE 3 – MODALIDADES, CATEGORIAS OU CLASSIFICAÇÃO DE 
TECNOLOGIA ASSISTIVA..................................................................................... 23 
3.1 Auxílio para a vida diária ................................................................................... 24 
3.2 CAA - Comunicação Aumentativa e Alternativa ................................................ 25 
3.3 Recursos de acessibilidade ao computador ...................................................... 26 
3.4 Sistemas de controle de ambiente .................................................................... 27 
3.5 Projetos arquitetônicos para acessibilidade ...................................................... 28 
3.6 Órteses e próteses ............................................................................................ 28 
3.7 Adequação postural .......................................................................................... 29 
3.8 Auxílios de mobilidade ...................................................................................... 30 
3.9 Auxílios para cegos ou para pessoas com visão subnormal ............................. 31 
3.10 Auxílios para pessoas com surdez ou com déficit auditivo.............................. 32 
3.11 Adaptações em veículos ................................................................................. 32 
 
 
UNIDADE 4 – OS SÍMBOLOS DA TA .................................................................... 34 
4.1 Tipos de símbolos ............................................................................................. 35 
4.2 Técnicas de seleção dos símbolos.................................................................... 38 
 
 
UNIDADE 5 – TECNOLOGIA ASSISTIVA, INCLUSÃO ESCOLAR E O 
UNIVERSO DA INFORMÁTICA ............................................................................. 40 
 
 
UNIDADE 6 – “VIVER SEM LIMITES” ................................................................... 50 
6.1 O plano nacional ............................................................................................... 51 
6.2 A Convenção internacional sobre os direitos das pessoas com deficiência – 
Decreto Nº 6.949 de 2009 ....................................................................................... 57 
 
 
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 58 
 
 
ANEXOS ................................................................................................................. 63 
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Ternologia Assistiva 
 
 
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO 
 
 
 
Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. 
Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis. 
(RADABAUGH, 1993). 
 
Inclusão, adaptação, oportunidades de acesso, direitos sociais, direitos 
humanos, escolha de recursos, efetivação de políticas e programas, são algumas 
das ações/conquistas, não necessariamente nessa ordem, que fazem parte da 
nossa história, da história da educação e da aquisição da cidadania por nós 
brasileiros. É uma luta que começou algumas décadas passadas e só vem se 
fazendo crescer pela união entre governo e sociedade de maneira geral. 
 
A Constituição Federal (CF), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
 
Nacional (LDBEN); as reuniões dos Comitês Técnicos, decretos como o 
Decreto nº 
 
6.949 de 2009 que promulgou a Convenção Internacional (2007) sobre os 
Direitos das pessoas com Deficiência e o Decreto nº 7.612 de 17 de novembro de 
2011 que instituiu o Plano Nacional dos Direitos da pessoa com deficiência “Viver 
sem limites” são apenas alguns dos documentos oficiais e, digamos, “ordens” do 
legislativo que corroboram com os direitos de acesso das pessoas com alguma 
deficiência, sem esquecermos da Lei nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000 que 
estabeleceu normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das 
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. 
 
O Decreto nº 3298 de 20 de dezembro de 1999 considera “Ajudas Técnicas” 
como os elementos que permitem compensar uma ou mais limitações funcionais 
motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficiência, com o objetivo e 
permitir-lhe superar as barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar 
sua plena inclusão social. 
 
O art. 61 do Decreto nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004 diz que Ajudas 
 
Técnicas é o termo utilizado na legislação brasileira que 
engloba 
 
produtos, instrumentos e equipamentos ou tecnologias adaptadas ou especialmente 
projetadas para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade 
reduzida, favorecendo a autonomia pessoal total ou assistida. 
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O termo Tecnologia Assistiva (TA), por sua vez, pode ser entendido como 
um arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar 
habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, promover 
vida independente e inclusão. 
 
Na verdade, como afirmam Bersch e Pelosi (2006, p. 8), duas das 
pesquisadoras que nortearão nosso trabalho, Ajudas Técnicas e Tecnologia 
Assistiva são expressões sinônimas quando se referem aos recursos desenvolvidos 
e disponibilizados às pessoas com deficiência e que visam ampliar suas habilidades 
no desempenho das funções pretendidas. Contudo, o conceito da Tecnologia 
Assistiva é mais abrangente e agrega a organização de serviços destinados ao 
desenvolvimento, indicação e ensino relativo à utilização da tecnologia. O trabalho 
na TA busca promover a autonomia e a independência funcional de seu usuário. 
 
Esperamos que essas breves explicações deixem claro que nosso objetivo 
neste módulo é trabalhar com a Tecnologia Assistiva, passando por conceitos, 
objetivos, sua implementação, os símbolos, as técnicas de seleção, os materiais 
como órteses, próteses e outros e sua classificação, a aplicabilidade prática,os 
benefícios, enfim, todo o universo que permeia a TA. 
 
O uso da informática tem espaço reservado e não poderíamos nos furtar a 
levantar alguns questionamentos e levá-los a refletir sobre a questão da inclusão 
escolar que ainda, mesmo que veladamente, é tabu e um tanto rejeitada por uma 
parcela da sociedade. Afinal de contas, inclusão não é somente abrir as portas da 
escola e falar, podem vir! Não mesmo. 
 
A inclusão de alunos com necessidades especiais na classe regular implica o 
desenvolvimento de ações adaptativas, como a flexibilização do currículo, para que 
ele possa ser desenvolvido de maneira efetiva em sala de aula, e atender as 
necessidades individuais de todos os alunos. Essas adaptações curriculares 
realizam-se em três níveis: 
 
a) Adaptações no nível do projeto pedagógico (currículo escolar) que devem 
focalizar, principalmente, a organização escolar e os serviços de apoio, propiciando 
condições estruturais que possam ocorrer no nível de sala de aula e no 
nível individual. 
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b) Adaptações relativas ao currículo da classe, que se referem, 
principalmente, à programação das atividades elaboradas para sala de aula. 
 
c) Adaptações individualizadas do currículo, que focalizam a atuação do 
professor na avaliação e no atendimento a cada aluno. 
 
Uma escola inclusiva é aquela em que todos os alunos recebem 
oportunidades adequadas às suas habilidades e necessidades. O princípio 
orientador da declaração de Salamanca de 1994 é de que todas as escolas devam 
receber todas as crianças independentemente das suas condições físicas, sociais, 
emocionais ou intelectuais (CARVALHO, 1997 apud WALTER, 2010). 
 
Em anexo, disponibilizamos uma lista com a legislação para pessoas com 
necessidades e sites eletrônicos de empresas que trabalham e vendem produtos para 
ajudas técnicas. 
 
Alguns podem estar se perguntando porque falar em leis, convenções, se o curso é 
voltado para capacitar o profissional a trabalhar com TA. Simples: vocês podem vir a 
serem gestores, podem participar de comissões técnicas, de grupos de trabalho, portanto, 
nada mais embasador do que conhecer as leis e políticas que regem esse universo para 
ajudarem a construir um futuro melhor. 
 
Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha como 
premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um pouco 
às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados cheguem de 
maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar, deixamos claro 
que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores, incluindo aqueles que 
consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma redação original e tendo em 
vista o caráter didático da obra, não serão expressas opiniões pessoais. 
 
Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se outras 
que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo modo, podem servir 
para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo dos estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 2 – AJUDAS TÉCNICAS OU TECNOLOGIA 
ASSISTIVA? 
 
 
2.1 Evolução e definição: 
 
Podemos pontuar como segunda na metade da década de 1980, o 
surgimento dos movimentos e lutas que almejavam ampliação do acesso e da 
qualidade na educação das pessoas com deficiência. 
 
Estamos falando de algo em torno de 30 anos e muitas têm sido as 
oportunidades para que os sujeitos com alguma deficiência, principalmente aqueles 
impossibilitados de se expressar de maneira adequada pela fala, de utilizarem 
recursos alternativos para se efetivar a comunicação. 
 
Walter (2010) sintetiza assim a história da comunicação alternativa: 
 
 início no Brasil, na década de 70, na escola Quero-Quero em São Paulo com 
o uso do método Bliss por estudantes com deficiência motora, porém sem alterações 
cognitivas, possibilitando o uso de um sistema simbólico altamente abstrato; 
 
 na década de 80, as escolas especiais começaram a utilizar alguns sistemas 
com fotos e figuras como sistema de comunicação alternativa com alunos não oralizados e 
com deficiência motora e também nas escolas destinadas ao atendimento de pessoas 
com autismo; 
 
 na década de 90, a Comunicação Alternativa começa a ser questionada e 
implementada no campo científico, passando a compor a metodologia utilizada por 
pesquisadores de programas de pós-graduação em educação especial, sendo colocados 
a prova diferentes métodos e recursos destinados a compensar a ausência de fala por 
sujeitos com diferentes deficiências. 
 
Nesta última década, temos visto inúmeros trabalhos já publicados e os 
resultados vêm apontando grande vantagem no uso da Comunicação Alternativa e 
Tecnologia Assistiva nos diferentes contextos da vida, pois elas são de extrema 
importância para suprir e compensar os graves distúrbios da comunicação oral de 
pessoas não verbais incluídas no ensino regular e, como dito, em outros contextos da 
vida. 
 
Em 16 de novembro de 2006, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da 
Presidência da República – SEDH/PR –, através da portaria nº 142, instituiu o Comitê 
de Ajudas Técnicas – CAT –, que reúne um grupo de especialistas brasileiros e 
representantes de órgãos governamentais, em uma agenda de trabalho. O CAT tem 
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como objetivos principais: 
 
 apresentar propostas de políticas governamentais e parcerias entre a 
sociedade civil e órgãos públicos referentes à área de tecnologia assistiva; 
 
 estruturar as diretrizes da área de conhecimento; 
 
 realizar levantamento dos recursos humanos que atualmente trabalham com 
o tema; 
 
 detectar os centros regionais de referência, objetivando a formação de rede 
nacional integrada; 
 
 estimular nas esferas federal, estadual, municipal, a criação de centros de 
referência; 
 
 propor a criação de cursos na área de tecnologia assistiva, bem como o 
desenvolvimento de outras ações com o objetivo de formar recursos humanos qualificados 
e propor a elaboração de estudos e pesquisas, relacionados com o tema da tecnologia 
assistiva (BRASIL, 2006). 
 
Segundo nos conta Bersch (2010), para elaboração de um conceito de 
tecnologia assistiva que pudesse subsidiar as políticas públicas brasileiras os 
membros do CAT fizeram uma profunda revisão no referencial teórico internacional, 
pesquisando os termos Tecnologia Assistiva, Tecnologia de Apoio, Ajudas Técnicas, 
Ayudas Tecnicas, Assistive Technology e Adaptive Technology. 
 
O conceito português era muito abrangente, extrapolando a concepção de 
produto e agrega outras atribuições ao conceito de ajudas técnicas como: 
 
estratégias, serviços e práticas que favorecem o desenvolvimento de habilidades 
de pessoas com deficiência, como se observa, 
 
Entende-se por ajudas técnicas qualquer produto, instrumento, estratégia, serviço e prática utilizada 
por pessoas com deficiência e pessoas idosas, especialmente, produzido ou geralmente disponível para
 prevenir, compensar, aliviar ou neutralizar uma deficiência,incapacidade ou desvantagem e melhorar a autonomia e a qualidade de vida dos indivíduos (PORTUGAL, 
2007 apud BERSCH, 2010). 
 
A legislação americana apresenta a TA como recursos e serviços sendo 
:
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Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em 
série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas 
com deficiência. Serviços são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência 
a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos. (ADA - American with Disabilities (ACT 1994 apud 
BERSCH, 2010). 
 
 
 
A partir destes e outros referenciais o CAT – aprovou, em 14 de dezembro de 
2007, o seguinte conceito: 
 
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba 
produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, 
relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade 
reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (CORDE – Comitê de 
Ajudas Técnicas – ATA VII, disponível em: 
http://www.mj.gov.br/sedh/ct/corde/dpdh/corde/comite_at.asp). 
 
 
 
De acordo com Dias de Sá (BRASIL, 2006), a tecnologia assistiva deve ser 
compreendida como resolução de problemas funcionais, em uma perspectiva de 
desenvolvimento das potencialidades humanas, valorização de desejos, habilidades, 
expectativas positivas e da qualidade de vida, as quais incluem recursos de 
comunicação alternativa, de acessibilidade ao computador, de atividades de vida diárias, 
de orientação e mobilidade, de adequação postural, de adaptação de veículos, 
órteses e próteses, entre outros. 
 
Um último conceito importante que compõe essa área que leva as pessoas a 
obterem autonomia, temos o conceito de “Desenho Universal”, definido no Decreto nº 
5.296 de 2004 como: 
 
 
 
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concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender 
simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características 
antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos ou 
soluções que compõem a acessibilidade. 
 
 
 
Acreditamos que este importante conceito do desenho universal, que 
contempla a realidade da diversidade humana, deva estar cada vez mais presente na 
formação das nossas engenharias de edificações e de produtos. Desta forma, não 
precisaríamos investir em reformas e adaptações para atender a um grupo específico 
de pessoas, mas novos ambientes e produtos seriam originalmente criados buscando 
atender a todos, independente de sua idade, tamanho, condição física ou sensorial. 
 
Precisamos também ultrapassar o entendimento de que o Desenho 
Universal se destina exclusivamente à concepção e desenvolvimento de espaços e 
artefatos. Ele se aplica devidamente à ação educacional, quando esta é preparada e 
exercida levando-se em conta a diversidade existente na escola e o seu valor, na 
qualificação da educação para todos (BERSCH, 2008). 
 
Segundo Rose e Meyer, 
 
 
O Desenho Universal para Aprendizagem (Universal Design for Learning - UDL), é um conjunto de 
princípios baseados na pesquisa e constitui um modelo prático para maximizar as oportunidades de 
aprendizagem para todos os estudantes. Os princípios do Desenho Universal se baseiam na pesquisa do 
cérebro e mídia para ajudar educadores a atingir todos os estudantes a partir da adoção de objetivos de 
aprendizagem adequados, escolhendo e desenvolvendo materiais e métodos eficientes, e 
desenvolvendo modos justos e acurados para avaliar o progresso dos estudantes (ROSE; MEYER, 2002 
apud BERSCH, 2008). 
 
Pois bem, sendo a Tecnologia Assistiva composta e pensando em termos de 
escola, de sala de aula, enfim de educação, temos. 
a) O recurso – é o equipamento utilizado pelo aluno, que lhe permite ou 
favorece o desempenho de uma tarefa. 
 
b) O serviço de tecnologia assistiva na escola é aquele que buscará resolver os 
problemas funcionais do aluno, no espaço da escola, encontrando alternativas para que 
ele participe e atue positivamente nas várias atividades neste contexto. 
 
Fazer TA na escola é buscar, com criatividade, uma alternativa para que o 
aluno realize o que deseja ou precisa. É encontrar uma estratégia para que ele possa 
fazer de outro jeito. É valorizar o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades 
de ação e interação a partir de suas habilidades. É conhecer e criar novas alternativas 
para a comunicação, escrita, mobilidade, leitura, brincadeiras, artes, utilização de 
materiais escolares e pedagógicos, exploração e produção de temas através do 
computador, etc. É envolver o aluno ativamente, desfiando-se a experimentar e conhecer, 
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permitindo que construa individual e coletivamente novos conhecimentos. É retirar do 
aluno o papel de espectador e atribuir-lhe a função de ator (BERSCH, 2007). 
 
É importante ressaltar que a legislação brasileira garante ao cidadão 
brasileiro com deficiência ajudas técnicas, portanto o professor especializado, 
sabendo desse direito do aluno, deve ajudá-lo a identificar quais são os recursos 
necessários para a sua educação, a fim de que ele possa recorrer ao poder público e 
obter esse benefício. 
 
Podemos resumir que: 
 
Tecnologia Assistiva significa resolver problemas funcionais 
 
Enquanto: 
 
Ajudas Técnicas é sinônimo de tecnologia assistiva no que diz respeito aos 
recursos que promovem funcionalidade de pessoas com deficiência ou com 
incapacidades advindas do envelhecimento. 
 
 
 
2.2 Objetivos 
 
Concordamos plenamente com Bersch (2008) quando afirma que num 
sentido amplo, a evolução tecnológica caminha na direção de tornar a vida mais fácil. 
Sem nos apercebermos, utilizamos constantemente ferramentas que foram 
especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar as atividades do cotidiano, como 
os talheres, canetas, computadores, controle remoto, automóveis, telefones celulares, 
relógio, enfim, uma interminável lista de recursos, que já estão assimilados à nossa rotina 
e, num senso geral, são instrumentos que facilitam nosso desempenho em funções 
pretendidas. 
 
Se decorrente desse sentido, TA deve ser então entendida como um auxílio que 
promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização 
da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou 
pelo envelhecimento, podemos então dizer que o seu maior objetivo é proporcionar à 
pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, 
através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de 
seu ambiente, habilidades de seu aprendizado e trabalho. 
 
 
 
 
 
 
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OBJETIVO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA: 
 
PROMOVER QUALIDADE DE VIDA E INCLUSÃO SOCIAL DE SEUS 
USUÁRIOS. 
 
 
 
2.3 O processo de desenvolvimento das ajudas técnicas 
 
Consta no Manual do Ministério da Educação intitulado “Portal de Ajudas 
Técnicas para Educação” (MANZINI; DELIBERATO, 2006), o processo que serve de 
orientação para os profissionais da educação no sentido de encontrarem soluções por 
meio da utilização de objetos que auxiliem o aprendizado de pessoas com 
necessidades educacionais especiais. 
 
Cada necessidade é única e, portanto, cada caso deve ser estudado com muita 
atenção. A experimentação deve ser realizada muitas vezes, pois permite observar 
como a ajuda técnica desenvolvida está contemplando as necessidades percebidas. 
 
Abaixo temos o fluxograma e suas respectivas explicações: 
 
1. Entender a situação que envolve o estudante: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
escutar seus desejos; 
identificar 
características 
físicas/psicomotoras;
observar a dinâmica 
do estudante no 
ambiente escolar;
reconhecer o 
contexto social.
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Fluxograma para o desenvolvimento de ajudas técnicas. 
 
 
Fonte: Manzini e Deliberato (2006, p. 8). 
 
 
 
2. Gerar ideias: 
 
 conversar com usuários (estudante/família/colegas); 
 
 buscar soluções existentes (família/catálogo); 
 
 pesquisar materiais que podem ser utilizados; 
 
 pesquisar alternativas para confecção do objeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Escolher a alternativa viável: 
 
 considerar as necessidades a serem atendidas (questões do 
educador/aluno); 
 
 considerar a disponibilidade de recursos materiais para a construção do 
objeto – materiais, processo para confecção, custos. 
 
 
4. Representar a ideia: (por meio de desenhos, modelos, ilustrações) 
 
 definir materiais; 
 
 definir as dimensões do objeto – formas, medidas, peso, textura cor, etc. 
 
 
5. Construir o objeto para experimentação: 
 
 experimentar na situação real do uso. 
 
 
6. Avaliar o uso do objeto: 
 
 considerar se atendeu o desejo da pessoa no contexto determinado; 
 
 verificar se o objeto facilitou a ação do aluno e do educador. 
 
 
7. Acompanhar o uso: 
 
Verificar se as condições mudam com o passar do tempo e se há 
necessidade de fazer alguma adaptação no objeto (MANZINI; DELIBERATO, 2006). 
 
 
2.4 O processo de avaliação de Tecnologia Assistiva 
 
Um protocolo de avaliação para implementação da TA, conhecido como 
Processo Básico de Avaliação, foi apresentado pelo ATACP – Assistive Technology 
Application Certificate Program – do Center on Disabilities da California State 
University de Northridge, EUA, para auxiliar a organização dos passos necessários ao 
conhecimento do aluno, a implementação e o seguimento da utilização da TA. 
Segundo Bersch e Pelosi (2006), neste protocolo de avaliação para 
implementação da TA foram propostas dez fases: 
 
1ª) Coleta de informações do usuário: 
 
Compreende o conhecimento do aluno, sua história, necessidades e 
intenções com o uso da TA. 
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2ª) Identificação de necessidades: 
 
Identificação das necessidades do contexto escolar, incluindo as 
necessidades do professor, dos colegas, os desafios curriculares, as tarefas 
exigidas no âmbito coletivo da sala de aula e as possíveis barreiras encontradas que 
impeçam o acesso do aluno aos espaços da escola, às relações interpessoais e/ou ao 
conhecimento. 
 
3ª) Identificação de resultados desejados: 
 
A partir do conhecimento e da identificação das necessidades do aluno, são 
estabelecidas metas e definidos os objetivos que a equipe pretende alcançar. Para tal 
consideram-se as expectativas do aluno e do contexto escolar. 
 
4ª) Mecanismos de fortalecimento da equipe: 
 
Em um serviço de TA, a ação interdisciplinar deve ser acompanhada da 
participação da família e do aluno para que se obtenha um bom resultado. Durante todo o 
processo de avaliação e implementação da TA deve-se buscar a valorização e 
organização do serviço implementado, o gerenciamento de tarefas, a escolha de 
lideranças para cada caso, trocas efetivas de experiências entre os membros da equipe, 
objetividade das ações implementadas e a participação igualitária de todos os membros 
do grupo. 
 
5ª) Avaliação das habilidades: 
 
O principal objetivo da avaliação do aluno é pesquisar suas habilidades. Em TA 
aproveita-se o que o aluno consegue fazer e amplia-se esta ação por meio da 
introdução de um recurso. 
 
6ª) Seleção/confecção e teste de recursos: 
 
Conhecendo as necessidades e habilidades do aluno e, determinando 
claramente os objetivos a atingir, faz-se a pesquisa sobre os recursos disponíveis para 
aquisição ou desenvolve-se um projeto para confecção de um recurso 
personalizado, que corresponda aos objetivos traçados. 
 
7ª) Revisão dos resultados esperados: 
 
O aluno poderá necessitar de algum tempo para experimentar, aprender e 
avaliar se o resultado obtido com o auxílio do recurso corresponde as suas 
expectativas e necessidades. A avaliação da eficácia do recurso é fundamental antes 
da aquisição do material, principalmente, quando estiver relacionado a um recurso de 
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alta tecnologia e alto custo. 
 
8ª) Compra do recurso: 
 
Confirmada a eficácia do recurso proposto, este deve ser fornecido ao aluno na 
escola ou sua família deverá ser orientada para a aquisição. 
 
9ª) Implementação da TA: 
 
Todo o projeto de TA encontra sentido se o aluno termina o processo de 
avaliação e leva consigo o recurso que lhe garante maior habilidade. O recurso de 
Tecnologia Assistiva pertence ao usuário e não pode ficar restrito ao espaço do 
atendimento especializado. A implementação da TA se dá, de fato, quando o recurso fica a 
serviço do aluno em todos os espaços. A equipe de TA deverá conhecer fontes de 
financiamento e propor à escola a aquisição dos recursos que venham atender às 
necessidades de sua clientela. 
 
10ª) Seguimento e acompanhamento constante: 
 
A equipe de TA deverá seguir o aluno e acompanhar o seu desenvolvimento no 
uso da tecnologia. Modificações poderão ser necessárias, novos desafios funcionais 
poderão surgir e as necessidades do dia-a-dia trarão novos objetivos de intervenção para 
estes profissionais (BERSCH; PELOSI, 2006). 
 
 
2.5 Características dos serviços de Tecnologia Assistiva – equipe 
multi/transdisciplinar 
 
Os serviços de TA são geralmente de característica multidisciplinar ou 
transdisciplinar e devem envolver profundamente o usuário da tecnologia e sua família, 
bem como os profissionais de várias áreas, já envolvidos no atendimento deste aluno. 
Outros profissionais como os fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e 
psicólogos poderão auxiliar os professores na busca da resolução de dificuldades do 
aluno com deficiência.Convênios com secretaria da saúde e integração das equipes 
sempre serão bem-vindos (BERSCH, 2007). 
 
Outra alternativa interessante será o estabelecimento de contatos do 
professor especializado com os profissionais que já atendem seu aluno em 
instituições de reabilitação. 
 
Esses profissionais, que já conhecem o aluno, poderão compor com a 
escola a equipe de TA. É importante, também, que o professor especializado saiba que a 
reabilitação é um direito garantido por lei (Decreto nº 5.296/04) a todo brasileiro 
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com deficiência e, se seu aluno não está recebendo acompanhamento nesta área, 
poderá também solicitar ao Estado. 
 
No âmbito da educação, o serviço de TA vai além do simplesmente auxiliar o aluno 
a fazer tarefas pretendidas. As palavras de Mantoan (s.d.) sobre o encontro entre a 
tecnologia e a educação fala muito bem do papel do educador e sua função primordial 
junto ao aluno com deficiência: 
 
O desenvolvimento de projetos e estudos que resultam em aplicações de natureza reabilitacional 
são, no geral, centrados em situações locais e tratam de incapacidades específicas. Servem para 
compensar dificuldades de adaptação, cobrindo déficits de visão, audição, mobilidade, 
compreensão. Assim sendo, tais aplicações, na maioria das vezes, conseguem reduzir as incapacidades, 
atenuar os déficits: Fazem falar, andar, ouvir, ver, aprender. Mas tudo isso só não basta. O que é o falar 
sem o ensejo e o desejo de nos comunicarmos uns com os outros? O que é o andar se não podemos traçar 
nossos próprios caminhos, para buscar o que desejamos, para explorar o mundo que nos cerca? O que é o 
aprender sem uma visão crítica, sem viver a aventura fantástica da construção do conhecimento? E criar, 
aplicar o que sabemos, sem as amarras dos treinos e dos condicionamentos? 
Daí a necessidade de um encontro da tecnologia com a educação, entre duas áreas que se 
propõem a integrar seus propósitos e conhecimentos, buscando complementos uma na outra. 
 
Sartoretto e Bersch (2013) elencam as seguintes áreas de atuação: 
 
 Fisioterapia; 
 
 Terapia ocupacional; 
 
 Fonoaudiologia; 
 
 Educação; 
 
 Psicologia; 
 
 Enfermagem; 
 
 Medicina; 
 
 Engenharia; 
 
 Arquitetura; 
 
 Design; 
 
 Técnicos de muitas outras especialidades. 
 
 
 
 
 
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Lembrem que a TA deve ser entendida como o “recurso do usuário” e não 
como “recurso do profissional” ou de alguma área específica de atuação. Isto se justifica 
pelo fato de que ela serve à pessoa com deficiência que necessita desempenhar 
funções do cotidiano de forma independente. Por exemplo, uma bengala é de uma 
pessoa cega ou que precisa apoio para a locomoção, a cadeira de rodas é de quem 
possui uma deficiência física, a lente servirá a quem tem baixa visão. Esta característica 
diferencia a TA de outras tecnologias como a médica (desenvolvida para avaliação e 
terapêutica da saúde) ou a tecnologia educacional (projetada para favorecer o ensino e 
aprendizagem) (BERSCH, 2008). 
 
O serviço de TA tem, então, como objetivo, a avaliação, prescrição e ensino da 
utilização de um recurso apropriado. Todo este processo deverá envolver 
diretamente o usuário e terá como base o conhecimento de seu contexto, a 
valorização de suas intenções e necessidades funcionais pessoais, bem como suas 
habilidades atuais. A equipe de profissionais contribuirá com o conhecimento sobre os 
recursos de TA disponíveis e indicados para cada caso, ou desenvolverá um novo 
projeto que possa atender uma necessidade particular do usuário em questão. 
 
 
2.6 Atuação da Tecnologia Assistiva 
 
Para que os recursos e a resolução de problemas sejam efetivos, a 
Tecnologia Assistiva precisa ser funcional, como veremos adiante. Aqui também se faz 
necessário conhecer alguns modelos conceituais que explicam a incapacidade para, 
mais uma vez, se tornar efetivo o uso da TA. 
 
 
 
2.6.1 A funcionalidade 
 
De acordo com os objetivos propostos para a Tecnologia Assistiva, podemos 
inferir que ela visa melhorar a funcionalidade de pessoas com deficiência. O termo 
funcionalidade deve ser entendido num sentido maior do que habilidade em realizar tarefa 
de interesse. 
 
Segundo Sá (2003), o sucesso de alunos com deficiência pode ficar 
comprometido pela falta de recursos e soluções que os auxiliem na superação de 
dificuldades funcionais no ambiente da sala de aula e fora dele. É o que se observa nas 
escolas, a partir das situações e necessidades específicas destes alunos, cujo 
aprendizado e a realização de atividades próprias da rotina escolar, junto com toda a turma, 
são desafiadores para eles, seus familiares, colegas e professores. Os recursos e 
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as alternativas disponíveis são considerados algo caro e pouco 
acessíveis para todos. Por isso, torna-se necessário disseminar esse 
conhecimento e fomentar a produção de tecnologias assistivas e torná-las funcionais, é 
claro! 
 
A professora que busca a resolução de problemas funcionais, no dia a dia da 
escola, mesmo sem o saber, produz tecnologia Assistiva. Por exemplo, ao engrossar o 
lápis para facilitar a preensão e a escrita ou ao fixar a folha de papel com uma fita adesiva 
para possibilitar que não deslize com a movimentação involuntária do aluno, ou ainda, ao 
projetar um assento e um encosto de cadeira que garanta estabilidade postural e 
favoreça o uso funcional das mãos. Ao fazer isso, a professora cria soluções e 
estratégias, a partir do reconhecimento de um universo particular. Assim, mais uma vez 
afirmamos que a tecnologia assistiva deve ser compreendida como resolução de 
problemas funcionais, em uma perspectiva de desenvolvimento das potencialidades
 humanas, valorização de desejos, habilidades, expectativas 
positivas e da qualidade de vida. 
 
Segundo a CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade –, o modelo de 
intervenção para a funcionalidade deve ser biopsicossocial e diz respeito à avaliação 
e intervenção em: 
 
1) Funções e estruturas do corpo – deficiência. 
 
2) Atividades e participação – limitações de atividades e de participação. 
 
3) Fatores Contextuais Ambientais e Pessoais. 
 
Vejamos cada uma delas: 
 
1. Funções e Estruturas do Corpo e Deficiências 
 
Definições: 
 
 funções do Corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos 
 
(incluindo as funções psicológicas); 
 
 estruturas do Corpo são as partes anatômicas do corpo, tais como, órgãos, 
membros e seus componentes; 
 
 deficiências são problemas nas funções ou na estrutura do corpo, como um 
desvio importante ou uma perda. 
 
 
 
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2. Atividades e Participações/Limitações de Atividades e Restrições de Participação 
 
Definições: 
 
 atividade é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo; 
 
 participação é o envolvimento numa situação da vida; 
 
 limitações de Atividades são dificuldades que um indivíduo pode encontrar na 
execução de atividades. 
 
 restrições de Participação são problemas que um
 indivíduo pode experimentar no envolvimento em situações 
reais da vida. 
 
3. Fatores Contextuais: 
 
Representam o histórico completo da vida e do estilo de vida de um 
indivíduo. Eles incluem dois fatores – Ambientais e Pessoais – que podem ter efeito num 
indivíduo com uma determinada condição de saúde e sobre a Saúde e os estados 
relacionados com a saúde do indivíduo. 
 
a) Fatores Ambientais: 
 
Constituem o ambiente físico, social e atitudinal, no qual as pessoas vivem e 
conduzem sua vida. Esses fatores são externos aos indivíduos e podem ter uma 
influência positiva ou negativa sobre o seu desempenho, enquanto membros da 
sociedade, sobre a capacidade do indivíduo para executar ações ou tarefas, ou sobre 
a função ou estrutura do corpo do indivíduo. 
 
b) Fatores Pessoais: 
 
Fazem parte do contexto pessoal, o histórico particular da vida e do estilo de vida 
de um indivíduo e englobam as características do indivíduo que não são parte de uma 
condição de saúde ou de um estado de saúde. Esses fatores podem incluir o sexo, raça, 
idade, outros estados de saúde, condição física, estilo de vida, hábitos, educação 
recebida, diferentes maneiras de enfrentar problemas, antecedentes sociais, nível de 
instrução, profissão, experiência passada e presente (eventos na vida passada e na 
atual), padrão geral de comportamento, caráter, características psicológicas individuais e 
outras características, todas ou algumas das quais podem desempenhar um papel na 
incapacidade em qualquer nível. 
 
2.6.2 Modelos Conceituais para incapacidade 
 
Para compreender e explicar a incapacidade e a funcionalidade, foram 
propostos vários modelos conceituais, dentre eles citamos: 
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a) Modelo Médico: 
 
Considera a incapacidade como um problema da pessoa, causado 
diretamente pela doença, trauma ou outro problema de saúde, que requer 
assistência médica sob a forma de tratamento individual por profissionais. Os 
cuidados em relação à incapacidade têm por objetivo a cura ou a adaptação do 
indivíduo e mudança de comportamento. A assistência médica é considerada como a 
questão principal e, a nível político, a principal resposta é a modificação ou reforma 
da política de saúde. 
 
b) Modelo Social: 
 
O modelo social de incapacidade, por sua vez, considera a questão 
principalmente como um problema criado pela sociedade e, basicamente, como uma 
questão de integração plena do indivíduo na sociedade. A incapacidade não é um 
atributo de um indivíduo, mas sim um conjunto complexo de condições, muitas das quais 
criadas pelo ambiente social. Assim, a solução do problema requer uma ação social e é 
da responsabilidade coletiva da sociedade fazer as modificações ambientais 
necessárias para a participação plena das pessoas com incapacidades em todas as 
áreas da vida social. Portanto, é uma questão atitudinal ou ideológica que requer 
mudanças sociais que, a nível político, se transformam numa questão de direitos 
humanos. De acordo com este modelo, a incapacidade é uma questão política. 
 
- Abordagem Biopsicossocial: 
 
A CIF baseia-se numa integração desses dois modelos opostos. Para se obter 
a integração das várias perspectivas de funcionalidade é utilizada uma abordagem 
"biopsicossocial". Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão 
coerente das diferentes perspectivas de saúde: biológica, individual e social 
(SARTORETTO; BERSCH, 2013). 
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UNIDADE 3 – MODALIDADES, CATEGORIAS OU 
CLASSIFICAÇÃO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA 
 
 
 
A TA se organiza em modalidades ou especialidades e essa forma de 
classificação varia conforme diferentes autores ou instituições que trabalham com a TA. A 
organização por modalidades contribui para o desenvolvimento de pesquisas, recursos, 
especializações profissionais e organização de serviços (SÁ; 2003; BERSCH, 2007). 
 
Igualmente afirmam Sartoretto e Bersch (2013) que a importância das 
classificações no âmbito da tecnologia assistiva se dá pela promoção da 
organização desta área de conhecimento e servirá ao estudo, pesquisa, 
desenvolvimento, promoção de políticas públicas, organização de serviços, 
catalogação e formação de banco de dados para identificação dos recursos mais 
apropriados ao atendimento de uma necessidade funcional do usuário final. 
 
Bersch (2008) explica que os recursos de tecnologia assistiva são 
organizados ou classificados de acordo com objetivos funcionais a que se destinam. 
 
Os profissionais que trabalham com a Tecnologia Assistiva são responsáveis pela 
avaliação do usuário e seleção do recurso apropriado; o desenvolvimento de novas 
tecnologias; o ensino sobre a utilização do equipamento e a implementação nos 
diferentes ambientes como a casa, a escola, a comunidade e o local de trabalho. 
Relembrando que a equipe de TA é de característica multidisciplinar e envolve
 professores, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, 
engenheiros, entre outras áreas (BERSCH; PELOSI, 2006). 
 
Várias classificações de TA foram desenvolvidas para finalidades distintas e ela 
cita a ISO 9999/2002 como uma importante classificação internacional de recursos, 
aplicada em vários países. 
 
O Sistema Nacional de Classificação dos Recursos e Serviços de TA, dos 
Estados Unidos, diferencia-se da ISO ao apresentar, além da descrição ordenada dos 
recursos, o conceito e a descrição de serviços de TA. 
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A classificação HEART, é apresentada de forma adaptada no documento 
EUSTAT – Empowering Users Through Assistive Technology –, que foi elaborado por um 
grupo de pesquisadores de vários países da União Europeia e é considerada por eles, 
como sendo a mais apropriada para a formação dos usuários finais de TA, bem como para 
formação de recursos humanos nesta área. 
 
Como Sá (2003), Bersch (2008) justifica que ao apresentar uma 
classificação de TA, seguida de redefinições por categorias, destaca-se que a sua 
importância está no fato de organizar a utilização, prescrição, estudo e pesquisa de 
recursos e serviços em TA, além de oferecer ao mercado focos específicos de 
trabalho e especialização. 
 
A classificação abaixo foi construída com base nas diretrizes da ADA, 
tomamos também contribuições de Bersch (2008); Manzini (2006), Sá (2003) porém, não é 
definitiva e pode variar segundo alguns autores. 
 
3.1 Auxílio para a vida diária 
 
Materiais e produtos que favorecem desempenho autônomo e independente em 
tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em situação de dependência de 
auxílio, nas atividades como se alimentar, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar 
necessidades pessoais.São exemplos os talheres modificados, suportes para utensílios domésticos, 
roupas desenhadas para facilitar o vestir e despir, abotoadores, velcro, recursos para 
transferência, barras de apoio, etc. 
 
Alimentação 
 
 
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Vestuário 
 
 
 
Materiais escolares que favorecem recorte, escrita e leitura 
 
 
 
3.2 CAA - Comunicação Aumentativa e Alternativa 
 
Destinada a atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem 
entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. 
Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica 
(BLISS, PCS e outros), letras ou palavras escritas, são utilizados pelo usuário da 
CAA (na próxima unidade falaremos dos símbolos destinados ao CAA) para 
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expressar suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos. A alta tecnologia 
dos vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou o computador com softwares 
específicos, garantem grande eficiência à função comunicativa. 
 
Prancha de comunicação, vocalizador com varredura e vocalizador 
portátil. 
 
 
 
3.3 Recursos de acessibilidade ao computador 
 
Conjunto de hardware e software especialmente idealizado para tornar o 
computador acessível, no sentido de que possa ser utilizado por pessoas com 
privações sensoriais e motoras. 
 
São exemplos de equipamentos de entrada os teclados modificados, os 
teclados virtuais com varredura, mouses especiais e acionadores diversos, softwares 
de reconhecimento de voz, ponteiras de cabeça por luz, entre outros. 
 
Como equipamentos de saída podemos citar a síntese de voz, monitores 
especiais, os softwares leitores de texto (OCR), impressoras braile e linha braile. 
 
Teclado Intellikeys, acionadores com mouse adaptado, mouse por 
movimento da cabeça, monitor com tela de toque e órtese para digitação 
 
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Fonte: Bersch (2008, p. 7). 
 
 
 
Dispositivo de saída linha Braille e software para controle do computador 
com síntese de voz 
 
 
 
Fonte: Bersch (2008, p. 7). 
 
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3.4 Sistemas de controle de ambiente 
 
Através de um controle remoto, as pessoas com limitações motoras, podem 
ligar, desligar e ajustar aparelhos eletroeletrônicos como a luz, o som, televisores, 
ventiladores, executar a abertura e fechamento de portas e janelas, receber e fazer 
chamadas telefônicas, acionar sistemas de segurança, entre outros, localizados em 
seu quarto, sala, escritório, casa e arredores. O controle remoto pode ser acionado 
de forma direta ou indireta e, neste caso, um sistema de varredura é disparado e a 
seleção do aparelho, bem como a determinação de que seja ativado, se dará por 
acionadores (localizados em qualquer parte do corpo) que podem ser de pressão, de 
tração, de sopro, de piscar de olhos, por comando de voz, etc. 
 
Representação de controle de ambiente 
 
 
 
 
 
 
3.5 Projetos arquitetônicos para acessibilidade 
 
Projetos de edificação e urbanismo que garantem acesso, 
funcionalidade e mobilidade a todas as pessoas, independente de sua 
condição física e sensorial. Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou 
ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em 
banheiros, mobiliário, entre outros, que retiram ou reduzem as barreiras físicas. 
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Rampa de acesso 
 
 
 
 
 
 
Projeto de acessibilidade arquitetônica em elevadores, calçadas e 
banheiros 
 
 
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3.6 Órteses e próteses 
 
Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes do corpo. 
 
Órteses são colocadas junto a um segmento do corpo, garantindo-lhe um 
melhor posicionamento, estabilização e/ou função. São normalmente 
confeccionadas sob medida e servem no auxílio de mobilidade, de funções manuais 
(escrita, digitação, utilização de talheres, manejo de objetos para higiene pessoal), 
correção postural, entre outros. 
 
Prótese de membro inferior e órtese de mão 
 
 
 
Fonte: Bersch (2008, p. 8). 
 
3.7 Adequação postural 
 
Ter uma postura estável e confortável é fundamental para que se consiga 
um bom desempenho funcional. Fica difícil a realização de qualquer tarefa quando 
se está inseguro com relação a possíveis quedas ou sentindo desconforto. Um 
projeto de adequação postural diz respeito à seleção de recursos que garantam 
posturas alinhadas, estáveis e com boa distribuição do peso corporal. 
 
Indivíduos cadeirantes, por passarem grande parte do dia numa mesma 
posição, serão os grandes beneficiados da prescrição de sistemas especiais de 
assentos e encostos que levem em consideração suas medidas, peso e flexibilidade 
ou alterações músculo-esqueléticas existentes. 
 
Adequação postural diz respeito a recursos que promovam adequações em 
todas as posturas, deitado, sentado e de pé, portanto, as almofadas no leito ou os 
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estabilizadores ortostáticos, entre outros, também podem fazer parte deste 
recurso da TA. 
 
Desenho representativo da adequação postural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carrinho para transporte 
 
 
 
 
3.8 Auxílios de mobilidade 
 
A mobilidade pode ser auxiliada por bengalas, muletas, andadores, 
carrinhos, cadeiras de rodas manuais ou elétricas, scooters e qualquer outro veículo, 
equipamento ou estratégia utilizada na melhoria da mobilidade pessoal. 
 
Cadeira de rodas motorizada e cadeira de rodas de alta-propulsão 
 
 
 
Cadeira de rodas especial para praia e andador com freio 
 
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3.9 Auxílios para cegos ou para pessoas com visão subnormal 
 
Equipamentos que visam a independência das pessoas com deficiência 
visual na realização de tarefas como: consultar o relógio, usar calculadora, verificar a 
temperatura do corpo, identificar se as luzes estão acesas ou apagadas, cozinhar, 
identificar cores e peças do vestuário, verificar pressão arterial, identificar chamadas 
telefônicas, escrever, ter mobilidade independente, etc. Inclui também auxílios 
ópticos, lentes, lupas e telelupas; os softwares leitores de tela, leitores de texto, 
ampliadores de tela; os hardwares como as impressoras braile, lupas eletrônicas, linha 
braile (dispositivo de saída do computador com agulhastáteis) e agendas eletrônicas. 
 
Termômetro falado e teclado falado 
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3.10 Auxílios para pessoas com surdez ou com déficit auditivo 
 
Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para 
surdez, telefones com teclado-teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre 
outros. 
3.11 Adaptações em veículos 
 
Acessórios e adaptações que possibilitam uma pessoa com deficiência física 
dirigir um automóvel, facilitadores de embarque e desembarque como elevadores para 
cadeiras de rodas (utilizados nos carros particulares ou de transporte coletivo), rampas 
para cadeiras de rodas, serviços de autoescola para pessoas com deficiência. 
 
Elevador para cadeira de rodas 
 
 
 
 É importante que, a partir do entendimento conceitual, o professor que 
trabalha: 
 
 Com a lun os cegos saiba que o livro em braile, o material 
pedagógico confeccionado em relevo, os programas de computador que 
fazem o retorno auditivo, também são TA; 
 
 Para o aluno surdo, o material especificamente produzido com 
referencial gráfico visual e que procura traduzir o que é comumente 
escutado, ou a campainha que é substituída por sinalização visual etc., 
também é TA; 
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 para o aluno com dificuldades de aprender a ler e a escrever, 
podemos construir ou disponibilizar recursos e materiais especiais com apoio 
de símbolos gráficos junto à escrita. Para esse aluno, o computador, com 
software de retorno auditivo, auxiliará a explorar mais facilmente os 
conteúdos de textos e tudo isso é TA (BERSCH, 2007). 
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UNIDADE 4 – OS SÍMBOLOS DA TA 
 
 
Os símbolos são as representações visuais, auditivas ou táteis de um 
conceito. Na CAA utiliza-se de vários símbolos como os objetos, a fala, os gestos, a 
linguagem de sinais, as fotografias, os desenhos e a escrita. 
 
Há vários tipos de símbolos que são usados para representar mensagens. 
Eles podem ser divididos em: 
 
a) Símbolos que não necessitam de recursos externos – o indivíduo utiliza 
apenas o seu corpo para se comunicar. São exemplos desse sistema os gestos, os 
sinais manuais, as vocalizações e as expressões faciais. 
 
b) Símbolos que necessitam de recursos externos – requerem instrumentos 
ou equipamentos além do corpo do usuário para produzir uma mensagem. Esses 
sistemas podem ser muito simples, ou de baixa tecnologia ou tecnologicamente 
complexos ou de alta tecnologia. 
 
 
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4.1 Tipos de símbolos 
 
a) Objetos reais – os objetos reais podem ser idênticos ao que estão 
representando ou similares, onde há variações quanto ao tamanho, cor ou outra 
característica. 
 
b) Miniaturas – os objetos em miniatura precisam ser selecionados com 
cuidado para que possam ser utilizados como recursos de comunicação. Devem ser 
consideradas as possibilidades visuais e intelectuais dos indivíduos na sua 
utilização. 
 
c) Objetos parciais – em situações onde os objetos a serem representados são 
muito grandes a utilização de parte do objeto pode ser muito apropriada. 
 
d) Fotografias – fotos coloridas ou preto e branco podem ser utilizadas para 
representar objetos, pessoas, ações, lugares ou atividades. Nas escolas muitas vezes 
são utilizados recortes de revistas ou embalagens de produtos. 
 
e) Símbolos gráficos – há uma série de símbolos gráficos que foram 
desenvolvidos para facilitar a comunicação de pessoas com necessidades 
educativas especiais. Alguns deles são: 
 
e.1) Picture Communication Symbols (PCS) ou símbolos de comunicação 
pictórica foi desenvolvido pela fonoaudióloga Roxana Mayer Johnson em meados de 
1981, como forma de promover a CAA entre adultos e crianças. Atualmente, 
conta 
 
com mais de 6.000 símbolos coloridos ou em preto e branco (MAYER-
JOHNSON, 
 
2010 apud AVILA, 2011; SCHIRMER; BERSCH, 2007). 
 
Os PCS têm sido muito difundidos no âmbito internacional. Ao todo, já foram 
traduzidos para 10 idiomas distintos, incluindo o português (BERSCH e SCHIRMER, 
2007). O conjunto de símbolos PCS pode ser encontrado nos softwares 
Boardmaker 
 
e Escrevendo com Símbolos ou em livro (Combination Book). 
 
Os sistemas simbólicos podem ser explorados em recursos de baixa 
tecnologia, constituindo-se elementos representativos em pranchas, álbuns ou 
cadernos de comunicação, por exemplo. Além disso, pode-se explorá-los em 
recursos de alta tecnologia, como é o caso dos PCS, que constituem o sistema 
simbólico do software Boardmaker. 
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Os PCS são símbolos que representam grande parte do vocabulário. São de fácil 
reconhecimento e, por isso, muito utilizado para crianças ou indivíduos que apresentam
 dificuldades em compreender representações abstratas. São 
disponíveis em livro ou software. 
 
 
 
Exemplo de prancha de comunicação com símbolo PCS 
 
 
 
 
 
e.2) Símbolos para alfabetização da Widgit (Rebus Symbols). e.3) 
Picsyms. 
e.4) Pictogram Ideogram Communication Symbols (PIC) Blissy symbolic. 
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e.5) COMPIC. e.6) 
Self Talk. 
e.7) Pick 'N Stick. 
 
e.8) Brady-Dobson Alternative Communication (B-DAC). e.9) 
Talking Pictures I, II e III. 
e.10) Oakland Schools Picture Dictionary. 
 
e.11) Pictogramas ARASAAC1 (Sistemas Aumentativos e Alternativos de 
Comunicação). 
 
e.12) Letras (PELUSI, 2010). 
 
 
 
O método TEACH (Treatment and Education of Autistic and related 
Communication-handicapped Children) objetiva, especificamente aos autistas, 
aumentar o funcionamento independente. É um método que valoriza o aprendizado 
estruturado (principalmente no início do tratamento). Dá importância à rotina e a 
informação visual. 
 
Segundo Gikovate (2013), é necessário organizar e simplificar o ambiente, 
apresentando menos estímulos sensoriais concomitantes. Isto facilita a criança a focar a 
atenção nos detalhes relevantes. 
 
Vale as seguintes anotações: 
 
 quando se utiliza de material com informação visual, esta tem como objetivo 
amenizar as dificuldades de comunicação existentes; 
 
 a programação das atividades do dia deve ser dada visualmente; 
 
 pode existir um quadro indicando, em sequência, quais atividades ou tarefas a 
criança deve realizar; 
 alguns quadros são feitos de maneira a induzir a criança a retirar o cartão 
com a foto ou desenho da próxima atividade e depositá-la no local onde deve 
 
 
1 O portal ARASAAC oferece recursos gráficos e materiais para facilitar a comunicação das 
pessoas com algum tipo de dificuldade nesta área. Este projetofoi financiado pelo Departamento de 
Indústria e Inovação do Governo de Aragão e faz parte do Plano de Atuações do Centro Aragonês 
de Tecnologias para a Educação (CATEDU), centro dependente do Departamento de Educação, 
Universidade, Cultura e Esporte do Governo de Aragão – comunidade autônoma da Espanha. 
 
 
ir. Por exemplo, retirar a foto da piscina do quadro e colocá-la em um lugar 
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com o mesmo símbolo na piscina; 
 
 é claro que a utilização dos quadros requer um aprendizado. Inicialmente 
alguém fará cada passo com a criança, colocando os cartões em sua mão e ensinando-a 
a colocá-lo no local. Quando a atividade tiver acabado, a criança deve voltar ao quadro de 
tarefas para ver qual a próxima atividade e pegar seu respectivo cartão. Com o tempo 
ela poderá realizar a tarefa de maneira independente. 
 
O fundamental é a persistência até que a criança aprenda a utilizar a 
informação visual. Na maioria das vezes, a utilização deste método traz 
tranquilidade à criança, já que possibilita melhor compreensão e comunicação. 
 
 
4.2 Técnicas de seleção dos símbolos 
 
As técnicas de seleção referem-se à forma pela qual o usuário escolhe os 
símbolos no seu sistema de comunicação. 
 
É importante determinar a técnica de seleção mais eficiente para cada 
indivíduo. Deve ser determinado o posicionamento ideal da prancha e do usuário, a 
precisão do acesso, a taxa de fadiga e a velocidade. O terapeuta ocupacional é o 
profissional que realiza essa avaliação 
 
a) Seleção direta – é o método mais rápido e pode ser feito através do 
apontar do dedo ou outra parte do corpo, com uma ponteira de cabeça ou com uma luz 
fixada à cabeça. 
 
b) Técnica de varredura – exige que o indivíduo tenha uma resposta 
voluntária consistente como piscar os olhos, balançar a cabeça, sorrir ou emitir um som 
para que possa sinalizar sua resposta. Nos recursos de baixa tecnologia, o usuário vai 
necessitar de um facilitador para apontar os símbolos. Os métodos de varredura podem 
ser linear, circular, de linhas e colunas ou blocos. 
 
c) Técnica da codificação – permite a ampliação de significados a partir de um 
número limitado de símbolos e o aumento da velocidade. É uma técnica bastante eficiente 
para usuários com dificuldades motoras graves, mas exige um maior grau de abstração 
(PELOSI, 2010). 
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UNIDADE 5 – TECNOLOGIA ASSISTIVA, INCLUSÃO 
ESCOLAR E O UNIVERSO DA INFORMÁTICA 
 
 
 
Vamos começar a unidade com uma fala de Pelosi (2010), muito adequada ao 
propósito do tema: 
 
 
 
O sucesso do processo de inclusão está diretamente ligado à possibilidade de reconhecer as 
diferenças e aceitá-las. Isso não significa ignorá-las, isso não significa colocar crianças com necessidades 
educacionais especiais na sala de aula regular e esperar que elas aprendam pela proximidade com seus 
colegas da mesma idade. 
Respeitar as diferenças é oportunizar os recursos necessários para que a criança aprenda. Muitas 
vezes esses recursos serão simples como letras soltas ou textos escritos em letras maiúsculas, e outras 
vezes, poderá ser o uso de um computador adaptado. 
 
 
 
Não temos dúvida de que a inclusão escolar e social de pessoas com 
deficiência tem sido amplamente discutida na literatura especializada a exemplo de 
pesquisadores como Manzini e Deliberato (2004; 2006); Pelosi (2008 e vários 
outros); Schirmer, Nunes, Walter, Delgado (2008); Pelosi e Nunes (2009); Nunes e 
Schirmer (2011) citados por Schirmer (2012), pedindo desculpas antecipadas se 
esquecemos outros. 
 
O uso do computador nessa seara é, sem nenhuma dúvida, uma ferramenta para 
inclusão de alunos com necessidades especiais, mas antes vamos entender como o 
conceito de acessibilidade tem que ser ampliado associando compromisso de melhorar 
qualidade de vida de todas as pessoas para o contexto escolar, o que se dá pelo 
atendimento às dimensões de acessibilidade, que são: 
 
 arquitetônica – elimina barreiras em todos os ambientes físicos (internos e 
externos) da escola, incluindo o transporte escolar; 
 
 comunicacional – transpõe obstáculos em todos os âmbitos da comunicação, 
considerada nas suas diferentes formas (falada, escrita, gestual, língua de sinais, digital, 
entre outras); 
 
 metodológica – facilita o acesso ao conteúdo programático oferecido pelas 
escolas, ampliando estratégias para ações na comunidade e na família, favorecendo 
a inclusão; 
 
 instrumental – possibilita a acessibilidade em todos os 
Instrumentos, utensílios e equipamentos, utilizados na escola, nas atividades de vida 
diária, no lazer e recreação; 
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 programática – combate o preconceito e a discriminação em todas as normas, 
programas, legislação em geral que impeçam o acesso a todos os recursos oferecidos 
pela sociedade, promovendo a Inclusão e a equiparação de oportunidade; 
 
 Atitudinal – extingue todos os tipos de atitudes preconceituosas que impeçam 
o pleno desenvolvimento das potencialidades da pessoa com deficiência 
(ITS/BRASIL, 2008). 
 
Dentre essas acessibilidades, uma vez que nas escolas não deve haver 
obstáculos que impeçam a participação efetiva da pessoa com deficiência, vamos 
pontuar as dimensões instrumental e comunicacional, caminho pelo qual deve-se buscar 
recursos e estratégias que promovam acesso e permanência em todo contexto 
escolar. 
 
As redes de ensino devem organizar-se para implementar o atendimento 
educacional especializado que inclui o serviço de TA em informática acessível. Nesse 
serviço, o aluno conhece e experimenta diferentes ferramentas de acesso ao computador 
e decide, com o auxílio de sua equipe de TA, qual delas corresponde a sua necessidade 
educacional. 
 
Um “Laboratório de Informática Acessível” deverá dispor de um kit básico de 
avaliação que inclui: computadores conectados à internet, adaptações para facilitar o 
acesso de comandos, hardwares específicos e softwares que garantam autonomia de 
produção para o aluno com necessidades educacionais especiais. 
 
O serviço de TA em informática poderá ser locado em uma sala de recursos 
multifuncionais de uma escola ou estar em um Centro de Atendimento Educacional 
Especializado de referência que receba alunos de várias escolas. 
 
Cada aluno deverá ter um projeto individualizado a partir da avaliação de suas 
necessidades, habilidades pessoais e do contexto escolar, considerando os recursos já 
disponíveis e as demandas educacionais. 
 
O professor especializado, responsável pelo atendimento educacional deste 
aluno, gerenciará este projeto individualizado de implementação da TA e, para isso: 
 
 atuará de forma colaborativa com o professor da classe comum para 
definições de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do aluno ao currículo; 
 
 identificará, apoiado pela equipe, qual o melhor recurso de TA considerando a 
necessidade educacional de seu aluno; 
 
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 capacitará o alunoa utilizar o recurso; 
 
 trabalhará em parceria com a escola para que o recurso de TA seja 
implementado na sala de aula comum, sempre que necessário; 
 
 levará formação e informações aos professores da escola comum e buscará 
apoios da equipe diretiva da escola; 
 
 realizará ações compartilhadas com as famílias buscando sua participação no 
processo educacional; 
 
 estabelecerá contatos de parcerias com outros profissionais e instituições, 
também envolvidas com o atendimento de seu aluno, para a implementação do projeto 
(BERSCH; PELOSI, 2006). 
 
As autoras acima também nos alertam que alguns alunos poderão 
necessitar de recursos especiais que os auxiliarão a utilizar o computador de forma 
autônoma. 
 
 
 
a
luno: 
Esses recursos podem estar relacionados a algumas 
habilidades deste 
 
a) Habilidade de introduzir informações no computador. 
 
b) Habilidade de perceber os sinais visuais e auditivos emitidos 
pelo computador. 
 
 
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c) Habilidade de processar as informações (entender comandos e 
conteúdos). 
 
Para selecionar os recursos de acessibilidade mais adequados ao usuário é 
preciso considerar as habilidades do aluno e a tarefa que ele deseja ou necessita 
executar. 
 
Pode-se pensar em quatro grupos de usuários: 
 
a) Usuários que não precisam de recursos
 especiais: são alunos que apresentam limitações visuais, 
motoras ou cognitivas, mas não o suficiente para necessitar equipamentos ou 
adaptações especiais. Para esses alunos será apenas necessário selecionar e/ou 
ajustar o software mais adequado para o desenvolvimento de suas atividades. 
 
b) Usuários que necessitam de adaptações em seu próprio corpo: são os alunos 
que se beneficiam de órteses colocadas nas mãos ou dedos, ponteiras de boca ou 
cabeça para facilitar o teclar. Alguns necessitam de pulseira de peso para diminuir a 
incoordenação e, outros, de faixas para restringir o movimento dos braços. Para estes 
alunos não serão necessárias modificações no computador. 
 
c) Usuários que necessitam de modificações no computador: são os alunos para 
os quais a introdução de recursos no próprio corpo não é suficiente ou não é eficaz. 
Neste caso, pode-se trabalhar com adaptações no equipamento convencional ou 
hardware alternativo. 
 
Adaptações no equipamento convencional: são exemplos a colmeia de 
acrílico, arranjos no mouse ou nas teclas do teclado para uso como um acionador, base 
móvel para aproximação e regulagem da altura do monitor e a base de inclinação 
do teclado. 
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Abaixo temos uma modelo de teclado com colmeia de acrílico 
 
 
 
 
 
 
 
O teclado reduzido, o teclado expandido, o teclado programável, o mouse para 
pé, boca, ou o mouse acionado pelo deslocamento da cabeça e direcionamento do olhar. 
Os vários tipos de acionadores que valorizam habilidades como os de pressão, tração, 
sopro, piscar de olhos e contração muscular também devem ser considerados. 
 
Teclado expandido 
 
 
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d) Usuários que necessitam de programas especiais: para esses alunos, as 
partes que compõem o computador são inacessíveis, sendo necessária a utilização de 
softwares que viabilizem o comando sobre o equipamento. Pode-se citar os 
softwares que auxiliam a introdução de comandos e instruções como os teclados 
virtuais e os mouses virtuais, os programas que possuem sistema de varredura visual 
e/ou auditiva, os softwares com reconhecimento de voz e os leitores de tela. 
 
Vamos falar de alguns sistemas computacionais que podem ser utilizados com a 
finalidade de desenvolver estratégias de CAA, sendo alguns deles softwares específicos 
para CAA e outros, apenas aplicativos que implementam estratégias pedagógicas de 
uso da mesma. 
 
a) Amplisoft 
 
O Amplisoft é um conjunto de aplicativos desenvolvidos para pessoas com 
deficiência motora. Dentre os aplicativos encontram-se o Editor Livre de Prancha e a 
Prancha Livre (ilustrados abaixo). O Editor Livre de Prancha é um aplicativo que permite 
construir uma prancha com espaços definidos para a inserção de imagens para uso 
impresso. 
 
1) 2) 
 
 
 
1) Tela principal do editor livre de prancha. 
 
2) Tela para a construção de pranchas no prancha livre. 
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A Prancha Livre, embora possua o mesmo banco de imagens do Editor Livre, 
foi construída com o propósito de uso de pranchas incorporando recursos de áudio e
 varredura. O sistema de varredura consiste no software apontar 
sequencialmente os objetos na tela, permitindo ao usuário o controle através do uso de 
comutadores ou outros dispositivos. A presença destes recursos na Prancha Livre leva 
o seu uso a ser eficaz quando diretamente no computador. 
 
b) Boardmaker 
 
O Boardmaker é um software proprietário, cuja sexta versão contém mais de 
 
4500 símbolos (PCS) que são utilizados para a confecção de pranchas 
de comunicação (MAYER-JOHNSON 2010 apud ÁVILA, 2011). 
 
Tela principal do Boardmaker 
 
 
 
O Boardmaker é ferramenta destinada à confecção de pranchas, oferecendo 
opções de localização e aplicação de símbolos (já contidos no software) e imagens (as 
quais podem ser importadas). As imagens e legendas podem ser editadas dentro do 
software. São oferecidas também as opções de imprimir, para que se possa trabalhar 
as pranchas construídas em material concreto, e salvar, para que as pranchas 
construídas possam ser retomadas posteriormente. Além disso, o Boardmaker 
também oferece uma série de templates que permitem ao usuário, por exemplo, organizar 
agendas, calendários e atividades. 
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c) HagáQuê 
 
Este software foi desenvolvido pelo Núcleo de Informática Aplicada à 
Educação (NIED) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) com vistas a 
proporcionar a criação de histórias em quadrinhos por crianças dos primeiro e 
segundo ciclos do ensino fundamental, ainda não familiarizadas com o computador. 
Embora seu uso não seja específico para CAA, o mesmo pode ser utilizado em função 
de que os recursos que contém possibilitam o desenvolvimento de estratégias 
diversificadas voltadas para a comunicação e o letramento. 
 
O software dispõe de um conjunto de personagens, objetos e cenários a serem 
utilizados em suas histórias. Possibilita a inserção de novas imagens, o que permite que 
o sistema seja adaptado às necessidades do aluno. 
 
d) Bitstrips 
 
O Bitstrips é uma ferramenta on-line para a construção de charges 
animadas. Não se trata de um software educativo, mas pode ser utilizado para tal fim. 
 
Esta ferramenta oferece diversas opções de cenários e personagens, com 
possibilidades de modificações dos

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