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Linguagem A Psicologia da linguagem começou a aparecer apenas na década de 50, e fortaleceu-se na década de 80 e o foco era medir inteligência. Linguagem não é fixa - existe uma evolução, Teoria evolucionista (aquisição de uma ou mais línguas). Linguagem não-verbal - incapacidade de entender sinais (representação simbólica). Na teoria de Piaget, o acesso ao nível pré-operatório, que surge entre os 18 meses e os dois anos, é caracterizado pelo aparecimento da função simbólica. Segundo Piaget, a constituição da função simbólica, que possibilita diferenciar o significante do significado, permite o reforço da interiorização das ações. Ou seja, a função simbólica permite que a criança represente os objetos ou acontecimentos fora do seu campo de perceção atual, por meio de símbolos ou signos diferenciados. A partir desta diferenciação, o sujeito pode recordar-se, através dos significantes, dos significados afastados no tempo e/ou espaço. Para Piaget, a função simbólica é assim a capacidade de evocar objetos ou situações através de várias ações. Manifesta-se por exemplo através da imitação "cujos prolongamentos diferidos e cuja interiorização garantem a sua diferenciação dos significantes e significados"; pelo jogo simbólico, isto é, o jogo do "faz de conta"; no desenho, na imagem mental e pela linguagem. Com o progresso provocado pela representação, surge a capacidade de o sujeito evocar o ausente e realizar operações somente a um nível mental Corpora/corpus – Corpos linguísticos inseridos em robôs (conjunto linguístico) De um modo geral, corpus, na área da Linguística, indica uma coleção de textos reunidos, de áreas variadas ou não, com um propósito específico de análise. Ele difere-se, portanto, de uma coletânea (coleção de trechos de obras) ou de uma antologia (uma coleção de textos de autores consagrados), que reúnem obras ou parte de obras dispersas com um intuito didático ou simplesmente comercial. ... corpus constitui um conjunto homogêneo de amostras da língua de qualquer tipo (orais, escritos, literários, coloquiais, etc.). Tais amostras foram escolhidas como modelo de um estado ou nível de língua predeterminado. A análise dos dados linguísticos de um corpus deve permitir ampliar o conhecimento das estruturas linguísticas da língua que eles representam. O que é Corpora: S.M. Conjunto de informações sobre um determinado assunto, o qual servirá como base para algum estudo. Noção de Comunicação: Verbal e não verbal Língua – É um instrumento de comunicação sendo composto por regras gramaticais que possibilitam que determinado grupo de falantes consiga enunciados que lhes permite comunicar e compreender a língua portuguesa. É uma ferramenta de linguagem. Materna, estrangeira e segunda. Um sujeito que esteja num território estrangeiro e tenha de aprender essa língua, é segunda língua. Um sujeito que esteja num território estrangeiro, mas de passagem e não reside é língua estrangeira. Mas também já há terceira língua e língua de herança. Cada língua traça o mapa cognitivo do interlocutor. Tudo tem a ver aspetos fonéticos. Quem fala mandarim tem um mapa cognitivo diferente do nosso. A língua molda o encéfalo do sujeito. Esse tipo de molde e consolidação cerebral vai ter consequências na tomada de decisão e a todos os níveis da vida. Linguagem – é o sistema através do qual o homem comunica as suas ideias e sentimentos seja através da fala, da escrita ou outros signos convencionais. A linguagem é única dos seres humanos, serve para comunicar. Permite expressar ideias e conceitos abstratos, permite construir frases complexas. A linguagem é um sistema adaptativo complexo que através da sua própria dinâmica de rede. Sistema simbólico partilhado por uma comunidade que serve para comunicar. Possui uma estrutura (regras gramaticais) que permite combinar um número finito de unidades num número infinito de frases de forma a expressar uma infinidade de ideias e emoções. LATERALIDADE – ação inter-hemisférica da linguagem que produz uma série de informações diferenciadas, na linguagem o lado predominante é o esquerdo, áreas de wernik e broca correspondem ao desenvolvimento da linguagem. NSE e PEL - PEL diz respeito às perturbações da linguagem muito específica como por exemplo uma perturbação nos dígrafos. NSE é uma necessidade de saúde específica por exemplo a dislexia, afasia, disfasia, ETC. A intervenção em ambas é distinta. Recall e recognition - Recall tem a ver com o reconto ou prova. Capacidade de evocar eventos, muito aplicado em contextos de Alzheimer e para diferenciar as suas 3 fases. Recognition é a descodificação. Pidgin - nova língua, no entanto é uma língua inacabada e com muitas agramaticalidades (erros gramaticais). A linguagem é aprendida no período crítico de desenvolvimento, no entanto esta não é fixa é uma aprendizagem ao longo da vida, que passa por uma significação e re-significação de conceitos A language that has developed from a mixture of two or more languages and is used for communicating by people who do not speak each other’s language Pidgins are “on-the-spot” languages that develop when people with no common language come into contact with each other. Nobody speaks a pidgin as their first language. Usually, a pidgin language is a blend of the vocabulary of one major language with the grammar of one or more other languages. The major languages are usually the languages of the former major colonial powers, such as English, French, and Portuguese. For example, the establishment of plantation economies in the Caribbean, with large groups of slaves from different language backgrounds who came from West Africa, gave rise to a number of pidgins based on English, French, Spanish, Dutch, and Portuguese. Período Crítico - Há período Crítico em todas as idades. Período Crítico é plasticidade. A robótica distingue-se pela rapidez. A linguagem e as emoções é o que mais desafia as emoções. Começa aos 2 anos de idade. Período ideal para a aquisição da linguagem. Organização e especialização linguística neuronal para a aquisição da linguagem, após este período dá-se a chamada cristalização ou fossilização, os défices existentes neste período podem comprometer o futuro linguístico do indivíduo. Se os pais ou tutores não desenvolverem comunicação com a criança, haverá um défice ontogenético ao nível da leitura e escrita e as estruturas cristalizam. Organização e especialização linguística neuronal para a aquisição da linguagem, após este período dá-se a chamada cristalização, os défices existentes neste período podem comprometer o futuro linguístico do indivíduo. Fossilização/especialização/Cristalização de estruturas - Polígono da Linguagem. Aos 2 anos perdem sinapses que dá origem à especialização. Fossilização das estruturas cerebrais, as dominantes para a linguagem. (áreas de Broca e Wernike) Só ficam ativadas quando as sinapses vão se especializar, redes neuronais especializadas. Período crítico a fechar, por volta dos 12 anos, por causa da puberdade, hormonas focam-se noutras competências. Componentes e dimensões da linguagem - 1-Léxico, 2-Prosódia, 3-Sintaxe,4- Semântica, 5-Fonética, 6-Pragmática, Morfologia. 1-Léxico é o conjunto de palavras existente em um determinado idioma (língua), que as pessoas têm à disposição para expressar-se, oralmente ou por escrito em seu contexto. O sistema léxico é um acervo geolinguístico transmitido entre gerações; traduz a experiência cultural acumulada por uma sociedade através do tempo; patrimônio vocabular de uma comunidade linguística através de sua geografia. Os usuários de um idioma não são capazes de dominar por completo o léxico de seu idioma materno, pois sua principal característica é a mutabilidade, devido o idioma ser vivo e as relações humanas estarem em constante transformação. Algumas palavras se tornam arcaicas, outras são gestuais, algumas mudam de sentido, e tudo isso ocorre de forma gradual, quase imperceptível. Este é um processoinerente à língua e não uma ameaça à continuidade. O léxico de um idioma não é finito. O léxico de um idioma é composto de palavras semânticas agrupadas em classes, conforme a gramática do idioma. Há classes de palavras que existem em praticamente todos os idiomas, como: substantivos, adjetivos e verbos. 2-Prosódia é a parte da linguística que estuda a entonação, o ritmo, o acento (intensidade, altura, duração) da linguagem falada e demais atributos correlatos na fala. A prosódia descreve todas as propriedades acústicas da fala que não podem ser preditas pela transcrição ortográfica (ou similar); em resumo, é uma parte da fonética que trata da correta acentuação tônica das palavras. A prosódia também é importante na sinalização de emoções e atitudes. Quando este é involuntária (como quando a voz é afetada por ansiedade ou medo), a prosódia da informação não é linguisticamente significativa. No entanto, quando o interlocutor varia seu discurso, por exemplo, para indicar o sarcasmo, isso geralmente envolve o uso de recursos prosódicos. O recurso mais útil em detectar o sarcasmo é uma redução intencional na média da frequência fundamental em relação às outras [variáveis] para humor, neutralidade ou sinceridade. A prosódia de um enunciado é utilizada pelos ouvintes para orientar as decisões sobre como o emocional afeta a situação. Se uma pessoa decodifica a prosódia como positiva, negativa ou neutra, isto influência o papel na forma de uma pessoa, descodifica uma expressão facial que acompanha um enunciado. Como a expressão facial torna-se mais próxima ao ponto neutro, a interpretação da prosódia influencia a interpretação da expressão facial. 3-Sintaxe é o estudo das regras que regem a construção de frases nas línguas naturais. A sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e das frases no discurso, incluindo a sua relação lógica, entre as múltiplas combinações possíveis para transmitir um significado completo e compreensível. Na linguística, a sintaxe é o ramo que estuda os processos generativos ou combinatórios das frases das línguas naturais, tendo em vista especificar a sua estrutura interna e funcionamento. O termo "sintaxe" se refere ao estudo das regras que regem o comportamento de sistemas matemáticos, como a lógica, e as linguagens de programação de computadores. 4-Semântica Incide sobre a relação entre significantes, tais como palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a sua denotação. A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos para se expressar através da linguagem. Outras formas de semântica incluem a semântica nas linguagens de programação, lógica formal, e semiótica. A semântica contrapõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a primeira se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se debruça sobre as estruturas ou padrões formais do modo como esse algo é expresso (por exemplo, as relações entre predicados e seus argumentos). 5-Fonética A fonética é o ramo da Linguística que estuda os sons produzidos pela fala humana. Essa área procura estudar todos os sons que os seres humanos são capazes de produzir durante a fala, de fácil maneira que todo som produzido durante a fala é importante para a fonética. 6-Pragmática é o ramo da linguística que estuda a linguagem no contexto de seu uso na comunicação. A pragmática está além da construção da frase, objeto da sintaxe, ou do seu significado, objeto da semântica. A pragmática estuda essencialmente os objetivos da comunicação. As palavras, em sua significação comum, assumem muitas vezes outros significados distintos no uso da língua e, mais recentemente, o campo de estudo da pragmática passou a englobar o estudo da linguagem comum e o uso concreto da linguagem, enquanto a semântica e a sintaxe constituem a construção teórica. A pragmática, portanto, estuda os significados linguísticos determinados não exclusivamente pela semântica proposicional ou frásica, mas aqueles que se deduzem a partir de um contexto extralinguístico: discursivo, situacional, etc.. A capacidade de compreender a intenção do locutor é chamada de competência pragmática. Como exemplo, suponha uma pessoa queira fazer uma segunda pessoa não fumar numa sala. Pode simplesmente dizer, de uma forma muito direta: "Pode deixar de fumar, por favor?". Ou, em alternativa, pode dizer: "Huumm, esta sala precisa de um purificador de ar". Repare que a palavra 'fumo' ou 'fumar' não é utilizada, mas indiretamente revela a intenção do locutor SINTAGMA - Toda a combinação de morfemas; um sintagma autónomo formado de morfemas não separáveis é o que normalmente se chama uma palavra. Assim, uma unidade é formada por uma ou várias palavras que, juntas, desempenham uma função na frase. [Sintagma é visto como uma unidade formada por uma ou várias palavras que, juntas, desempenham uma função na frase.] holófrase - é uma palavra - exemplo: uma criança quando pega numa colher pode querer dizer que quer sopa. É o uso pré-linguístico de uma única palavra para expressar uma ideia complexa. Uma holófrase pode se assemelhar a uma interjeição, mas enquanto uma interjeição é linguística e tem uma função gramatical específica, uma holófrase é simplesmente uma vocalização memorizada por aspeto e usada sem intenção gramatical.Uma característica interessante da holófrase é sua economia e sua ênfase na certeza, e não na totalidade conceitual. Ao expressar uma ideia complexa, a criança geralmente omite os conceitos mais familiares e usa apenas a palavra aprendida mais recentemente. Por exemplo, ao solicitar uma bola, é muito mais provável que uma criança especifique "bola" do que "deseja". Embora a holófrase não seja gramatical, ela forma a base do vocabulário de uma criança. https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem Outro uso desse termo (junto com a forma adjetiva holofrástica) é encontrado na linguística para se referir a palavras que formam frases inteiras por si mesmas, especialmente em línguas com polissíntese. Nesse sentido, as palavras holofrásticas não são pré-linguísticas ou não gramaticais, mas são palavras que podem permanecer sozinhas sem nenhuma outra palavra em um enunciado ou sentença Simpráxica (Luria) Uma expressão fonética qualquer, emitida diante, por exemplo, de um feroz animal, poderia ser repetida sempre que tal animal comparecesse, em uma relação restrita de reciprocidade automática. A fase simpráxica da linguagem, ainda pouco rica em termos da sua virtualidade simbólica. Ausência de objetos torna nos mais abstratos para formulação de linguagem Sobre a relação entre linguagem, pensamento e memória, Luria atribui ao processo de ensino na escola uma importância significativa. A intensa estimulação para o desenvolvimento da fala no contexto escolar proporciona uma série de mudanças essenciais na mente da criança, tornando possível o desenvolvimento de uma nova lógica, inexistente até então. Em estudos realizados por Vygotski e Luria, identifica-se que "funções tais como a memória mudaram acentuadamente a partir do momento em que a fala começou a dominar o comportamento da criança. Tem sido constatado com bastante precisão que, na idade escolar, a memória visual pictórica evolui para memória verbal" (1996, p. 213). O processo de transformação da memória, da fala e do pensamento é identificado também pelo movimento que o significado da palavra assume quando são alteradas as relações sociais em que os indivíduos se envolvem. No caso da criança, as pesquisas sobre o desenvolvimento infantil apontam a escola como o agente preponderante no processo de transformação. Tendo como referência que o significado da palavra evolui, Vygotski (1999, 2001b, v. 2) considera que, diante desse fenômeno, alteram-se também os processos psicológicos que orientam o uso da palavra. As funções de generalização e de abstração no pensamento assumem características distintas nesse processo de transformação. Na idade pré-escolar,quando a memória e o pensamento são diretamente ligados à perceção do objeto material, a classificação dos objetos e a identificação de conceitos baseiam-se no pensamento situacional, "no qual os objetos são agrupados não de acordo com algum princípio geral de lógica, mas por razões idiossincráticas várias" (Luria, 1983, p. 66). Tal condição possibilita a classificação dos objetos por complexo que tem como fator determinante "a perceção gráfica ou a recordação gráfica das várias inter-relações entre os objetos. A operação intelectual fundamental para essa classificação ainda não adquiriu a qualidade lógico-verbal do pensamento maduro, mas é por natureza, gráfica, baseada na memória" (ibid., p. 69). Para o enfoque histórico-cultural, a influência da linguagem é decisiva na transformação do pensamento situacional para o pensamento conceitual. Quando o pensamento é situacional, a classificação dos objetos é considerada por complexo; no pensamento conceitual, a classificação dos objetos baseia-se no significado social que o objeto assume como termo linguístico - o conceito. Vygotski (2001b, v. 2) faz uma análise minuciosa do processo de formação de conceitos, evidenciando a complexidade do movimento de transformação do pensamento, da formação de conceitos e do processo de abstração. Tal complexidade é comentada por Vygotski e Luria (1996, p. 207) ao afirmarem que "o processo de abstração só se desenvolve com o crescimento e com o desenvolvimento cultural da criança; o desenvolvimento desta [a abstração] está intimamente ligado ao início do uso de ferramentas externas e à prática de técnicas complexas de comportamento". Sendo assim, a abstração pode ser estudada como uma das técnicas culturais no processo de seu desenvolvimento. Metarepresentação - domínio simbólico, pensar sobre os símbolos. A capacidade de compreender os estados mentais (i.e. sentimentos, desejos, crenças e intenções) dos outros e de si mesmo é uma das características sociais do ser humano. Quando essa habilidade emerge e como se desenvolve são aspetos que têm sido pesquisados por psicólogos desenvolvimentistas e cognitivistas sob o nome de Teoria da Mente das crianças. A meta-representação (Teoria da Mente) faz referência a uma habilidade cognitiva que permite à criança inferir o estado mental (pensamentos, intenções e emoções) de outros indivíduos. Tal habilidade é fundamental para o desenvolvimento da linguagem Fone/Fonema/Som/Letra- Fone é a caracterização acústica. Nós guardamos os nossos fonemas na nossa cabeça. O sistema fonológico está lá todo. Estamos sempre a emitir Fones. Fonema é o sentido conceptual do Fone. O fone é como se fosse o som. O fonema está relacionado tanto com o som como com a letra. Compreender um som é consciência fonológica. Compreender tudo bem é um conhecimento fonético. Fone é uma entidade física do som. Vários fonemas podem dar origem ao morfema (partes das palavras). Está no domínio da palavra. LAD (Language acquisition Device) - Dispositivo de aquisição de Linguagem. Todos nós temos uma estrutura predisposta à nascença para desenvolver a linguagem. De forma natural e inata. Inatistas e cognitivistas. Estrutura dominante para a linguagem. Também é polígono da Linguagem. I-Language - Tem a ver com o sistema que o sujeito cria de forma internalizada, é o seu próprio código linguístico, a própria visão da língua enquanto estrutura externa. Atribui um significado a cada palavra guardada no Corpus Lexical. Porque tem nuances diferentes de acordo com as experiências que se vive (perceção)ao longo da vida. está sempre a mudar. Parte afetiva da linguagem. Mutável. É uma forma de Computação Cognitiva. Está a ser modificada a toda a hora. Neologismos - Sobretudo na era Digital. Criam-se novas palavras e novas gírias. SES e Linguagem - Status socioeconómico (variável) está a influenciar o desenvolvimento do sujeito. Estímulo Ambiental. O tipo de escola, o tipo de método e programa educativo. Background familiar. Salário, habilitações académicas e atividades profissionais CORRENTES é o que define o SES. Prosódia – A informação prosódica de discurso fala do ritmo, acentuação, entoação. Contribui para o processamento da estrutura sintática das frases. (ritmo, acentuação, entoação) Significação / Resignificação - A linguagem é adquirida no período crítico de desenvolvimento, no entanto esta não é fixa, é uma aprendizagem ao longo da vida, que passa por significação e resignificação de conceitos. Paralinguagem - som ou espasmo para justificar o que estamos a comunicar (falar), são artifícios de forma de estar, ou seja, estratégias que utilizados de comunicação não verbal que tornam a comunicação verbal mais expressiva. É o conjunto de elementos não verbais que tem por finalidade alterar as características e sentido do que está sendo transmitido, através das palavras durante a comunicação, seja presencial ou através de algum aparelho eletrônico, rádio ou TV, fazendo assim a junção da dicção vocal, tonalidade, altura e velocidade. Expressada de forma consciente ou inconsciente, a Paralinguagem pode mostrar energia ou cansaço, alegria ou tristeza, raiva ou amor.A paralinguagem foi recentemente introduzida em diversas redes sociais através dos emojis ou emoticons, com intuito de expressar um sentimento de como gostaríamos de sermos interpretados através das escritas. Mapa Cognitivo- o encéfalo não é igual em todas as línguas. Ou seja, um português não tem o mesmo mapa cognitivo de linguagem que um Inglês, derivado à complexidade da línguas e fonemas, que são diferentes. Como é que é o léxico em contexto de IA? É completamente computado e organizado por meio de uma programação. é o ser humano que a faz. Ele produz léxico porque tem um Corpus Lexical que lhe foi introduzido. é o que está mais protegido nos humanoides. O Robot não consegue imitar o ser humano em termos prosódicos. (Falha na prosódia) a não ser que os programem para tal. Falham em quase todos os níveis. Não falham apenas no léxico. https://periodicos.ufsc.br/index.php/workingpapers/article/download/4711/3951/14596 Linguística Actual (É a ciência que se ocupa de estudar a linguagem humana) Filogenese- A língua só importa como veículo de para compreender a linguagem. Isto é, como o ser humano se foi desenvolvendo e compreendendo a linguagem. (história da evolução de um espécime ou qualquer grupo hierarquicamente reconhecido) A linguagem alfabética antigamente era um sistema de escrita, ou seja, grafismo (pictórica). Ontogénese – O desenvolvimento ontogenético inicia-se com a fecundação e prolonga-se por toda a vida do indivíduo. A linguagem alfabética – antigamente era um sistema de escrita (grafismo) Signos - palavras ou gestos, com significado (conceito mental) e significante (forma acústica). É a linguagem formalmente completa, com a interação dos dois. São artefactos ou atos que se referem a atos que não eles próprios, são construções significantes Para Saussure o signo é a união entre conceito e uma imagem acústica, ou seja, a união do som com a representação mental desse som. Inteligibilidade- Compreender o que é dito (o discurso é inteligível). O discurso pode não ser suficientemente explícito e interfere com a compreensibilidade. O discurso pode não ser suficientemente explícito e interfere com a compreensibilidade. Compreensibilidade- Diferente de inteligibilidade, ou seja, é a dificuldade na compreensão de um discurso inteligível. Avaliação da linguagem: a linguagem era o principal foco para medida da inteligência. Através da análise do discurso espontâneo; análise de narrativa; provas estandardizadas; relatos parentais. As fases Silábica, Intra silábica e fonémica - São indicadores fortes da consciência fonológica. Fase silábica tem a ver com a divisão silábica. Intra silábica tem a ver como foi dito, distinção entre início e fim de palavras e rimas. Fonémica, os segmentos, os vocábulos são segmentadospor diferentes fonemas. A Consciência Fonológica é o conhecimento que cada um de nós tem sobre os sons da língua materna, ou seja, é uma competência que permite identificar, manipular e refletir sobre os sons da fala. Por outras palavras, é a capacidade de perceber que a linguagem é formada por palavras, as palavras por sílabas, e as sílabas por fonemas (sons).A marca dos três anos de idade representa um ponto importante no desenvolvimento da linguagem. É até esta idade que as crianças desenvolvem a capacidade de discriminação auditiva, ou seja, é a capacidade de distinguir os diferentes sons do ambiente e da fala. É a partir dessa idade que as crianças começam a ser capaz de fazer jogos de rimas, de produzir palavras novas ou inventadas, de dividir e de juntar sílabas. As crianças começam então a aceder à capacidade de consciência fonológica ou consciência dos sons da fala. A consciência fonológica é uma capacidade metalinguística, que se refere à consciência de que a linguagem falada pode ser dividida em várias unidades, ou seja, a frase pode ser dividida em palavras, as palavras em sílabas e as sílabas em fonemas. A criança será ainda capaz de identificar que essas mesmas unidades se podem repetir em diferentes palavras. A consciência fonológica envolve a capacidade de identificação, de manipulação, de combinação, de isolamento e segmentação os segmentos fonológicos da língua. Antes que as crianças possam ter qualquer compreensão do princípio alfabético, devem entender que aqueles sons se associam às letras são precisamente os mesmos sons da fala. Para aqueles que já sabem ler e escrever, esta compreensão parece básica, quase automática. Pesquisas fidedignas revelam que a noção de linguagem falada é composta de sequências desses pequenos sons, e não surge de forma natural ou fácil nos seres humanos. A consciência fonológica divide-se em dois níveis muito complexos: a consciência silábica e a consciência fonémica, sendo esta a ordem de trabalho durante a aquisição da leitura e escrita. As etapas de aquisição da consciência fonologia dependem das experiências linguísticas, do desenvolvimento cognitivo da criança, e da exposição ao sistema alfabético para aquisição da leitura e escrita. Níveis da consciência fonológica: • Noção de palavra (capacidade de segmentar a frase em palavras, organizá-las e dar-lhe sentido); • Noção de rima (capacidade de identificar rimas); • Aliteração (capacidade de identificar ou repetir a sílaba ou fonema no início da palavra); • Consciência silábica (capacidade de segmentar palavras em sílabas, a criança tem de identificar e discriminar as sílabas); • Consciência fonémica (capacidade de manipular e isolar os fonemas que compõem a palavra). Relação da Consciência Fonológica com a Leitura e Escrita Na entrada para o 1º ciclo a criança faz duas das mais importantes aquisições, que decerto será preponderante na sua vida futura: a Leitura e a Escrita. Na verdade, a Escrita é a exposição gráfica da oralidade. No caso da Língua Portuguesa é principalmente de constituição fonémica, isto é, para cada representação gráfica (letra) existe pelo menos uma correspondência fonémica (som). As palavras escritas são compostas por combinações de letras que estão constantemente relacionadas com as unidades sonoras que representam. A capacidade para fazer esta relação só é possível se a criança conseguir identificar e manipular os sons da língua, ou seja, ter acesso à Consciência Fonológica. A capacidade de identificar os sons e as suas combinações que constituem a fala são um marco importante na aprendizagem da leitura e escrita. Esta tarefa resulta da relação entre a escrita e a oralidade, o que implica a identificação dos fonemas e a sua manipulação, para que seja estabelecida a relação necessária entre eles para formar as palavras pretendidas. Tendo em conta que a Consciência Fonológica tem uma influência positiva na aquisição da Leitura e Escrita, é fundamental que à entrada para o 1º ciclo, a criança tenha adquirido competências a este nível. Porém, há crianças que terminam o ensino pré-escolar com lacunas na aquisição da Consciência Fonológica, o que nem sempre é percetível até à aprendizagem da Leitura e Escrita. Nesta fase podem surgir perturbações na literacia que se vão repercutir noutras aprendizagens e consequentemente no sucesso escolar. É fundamental que pais e professores estejam atentos a alguns sinais de alerta para que haja um encaminhamento precoce para Terapia da Fala. ● As crianças que têm alterações ao nível da fonologia apresentam um desempenho inferior ao esperado para a sua idade nas tarefas de consciência fonológica, sobretudo nas tarefas de soletração, o que pode vir a interferir na aprendizagem da leitura; ● As crianças com perturbações articulatórias apresentam por norma maior probabilidade de iniciarem a aprendizagem com capacidades fonológicas atrasadas, o que vai influenciar a aprendizagem da leitura e escrita; ● As crianças que vivem em meios socioeconómicos desfavorecidos têm menor contato com a estrutura fonológica da linguagem, por isso apresentam níveis de realização de leitura inferiores às crianças que vivam em meios mais favorecidos. Rotas de codificação lexical/fonológica - 2 vias principais para descodificar linguagem. Erros constantes, pois, vai se buscar palavras que são visualmente parecidas. Estratégias cognitivas usadas neuronalmente. Que via é que usamos para codificar algo (rotas). Dislexia só usa a via lexical. Relação Convencional Linguística - Capacidade que todos nós temos que uma palavra e um referendo tem uma relação convencional pois foi assim que foi estipulado pelas sociedades e pela língua. Mesa chama-se mesa e nem vale a pena questionar. Para crianças até aos 7 anos isto não faz sentido e não compreendem. Demência Semântica - Dificuldade de desenvolver discursos com semântica variada. Discursos fracos com sentidos diferenciados. Redução drástica de palavras e sentidos. Não dá valor e nem entende o que está a ser produzido. Apenas debita palavras, mas não compreende o sentido das mesmas. Frequência Lexical - Índices de dificuldade das palavras. Todas as línguas têm níveis diferentes e repertórios. Está afetada sobretudo na psicopatia. Qualidade de discurso. Fluência Verbal - Capacidade que o sujeito tem de falar muito e muitas palavras num determinado contexto de tempo. A frequência diminui se houver perturbação permanente ou num período menos aprazível. Na mulher, existe um período por mês em que falam menos, devido aos estrogénios e igualmente tb durante a gestação. Quantidade do discurso do sujeito. Intervenção (programas individualizados) - De acordo com cada perturbação vai haver um programa diferente. Se uma pessoa tem uma alexia tem um programa diferente de afagia. Princípio de Grice - Relevância, quantidade, qualidade e coerência. Discursos num quadro de psicopatia estão afetados nestes quatros pontos. Para Grice, um princípio geral de cooperação, em conjunto com quatro categorias e suas respetivas máximas, expressam e asseguram a eficiência e efetividade do uso da linguagem em conversações cooperativas. Este Princípio de Cooperação é enunciado da seguinte maneira: “Faça sua contribuição conversacional tal como é requerida, no momento em que ocorre, pelo propósito ou direção do intercâmbio conversacional em que você está engajado”. Esses princípios específicos, junto com as máximas, afirmam o que os participantes têm que fazer com o intuito de conversarem de um jeito o mais eficiente, racional e cooperativo possível. Ou seja, falar sincera, relevante e claramente, fornecendo informação suficiente (LEVINSON, 1983). Obviamente, os traços gerais elaborados nessas máximas, longe de existirem de modo concreto, são pressuposições lógicas acerca de como os falantes se comportam e como esperam que os outros se comportem durante a conversa Quantidade (Quantity) “Faça com que sua informação seja tão informativaquanto o requerido (para o propósito corrente da conversação)” “Não faça sua contribuição mais informativa do que é requerido.” Qualidade (Quality) “Trate de fazer uma contribuição que seja verdadeira.” “Não diga o que acredite ser falso.” “Não diga senão aquilo para o qual você possa fornecer evidência adequada.” Relação (Relation) “Seja relevante.” Modo (Manner) “Seja claro.” “Evite obscuridade de expressão.” “Evite ambiguidades.” “Seja breve (evite prolixidade desnecessária)” “Seja ordenado Essas máximas surgem da natureza racional que o homem utiliza ao conduzir uma conversa ou então ao participar de atividades que são cooperativas e, de certa forma, culturalmente ensinadas e incentivadas. Do ponto de vista da racionalidade, essas máximas se aplicam a toda atividade na qual a cooperação se faz necessária ou é esperada. Para Grice (1975/1982), os passos cooperativos têm como principal justificativa o costume social As máximas conversacionais de Grice, inspiradas nos imperativos categóricos kantianos, estabelecem muitas exigências de perfeição, estando longe de retratarem a realidade das trocas conversacionais de cada dia. Existe, portanto, um exagero e ao mesmo tempo um certo elogio ao consciencialismo e à racionalidade, nessa meta de clareza e eficiência. Levinson (1983) nos fala que uma conversação que segue estritamente essas máximas pode ser vista como o “paraíso do filósofo”, e Grice reconhece isso na criação do conceito de implicatura. Para o autor, o falante consegue significar algo a mais do que aquilo que disse de modo explícito, exato, através do abandono de alguma máxima, produzindo, com isso, de forma intencional, o sentido a mais, que ele denomina, então, implicatura. Grice trabalha com a ideia de discurso consciente, da racionalidade inerente às tarefas cooperativas, e com a intenção consciente dos falantes. Desenvolve uma teoria da conversação baseada na racionalidade, mas que leva em consideração a intenção dos falantes na determinação do significado das sentenças. Esse aspecto pragmático, envolvido em sua teoria, da influência da intenção consciente daquele que fala na determinação de sentido, aponta-nos, na psicanálise, para a influência da pulsão, do desejo, na determinação de sentido daquilo que é dito Artigo completo sobre as máximas de Grice aqui https://www.scielo.br/pdf/agora/v5n2/v5n2a04.pdf https://www.scielo.br/pdf/agora/v5n2/v5n2a04.pdf Aparelho Fonador - é o conjunto das estruturas, modos e pontos de articulação. Os modos são as formas como nós colocamos as nossas estruturas físicas e periféricas, desde os pulmões até aos lábios tudo implica uma mestria para manipular os vários pontos de articulação. (terapia da fala) corrige os nossos pontos e consegue-se moldar o aparelho para fala. O sono e a linguagem (retenção e generalização do léxico e outros níveis adquiridos diariamente) - Os nossos ritmos(circadianos) significam a volta do dia, um deles, o sono vai influenciar qualquer tipo de aprendizagem e tipo de estado ou emoção. Quando dormimos mal ou poucas horas afeta-nos a retenção, ou seja, a nossa capacidade de aprender, e graves problemas no desenvolvimento lexical. Um léxico que tem partes apagadas no futuro. Se não retemos também não conseguimos relacionar todas as palavras (generalização). Estruturalismo/Funcionalismo- Estruturalismo, tem a ver com a forma de ver a linguagem apenas de uma forma mais inerte com estruturas que estão relacionadas umas com as outras, mas sem se ligar ao significado. E com a competência do sujeito compreender e produzir linguagem. Reprodução como imitação. Não lhe interessa o significado. O Funcionalismo pára para pensar e porque é que cada palavra significa o que significa num contexto frásico em que se encontra. Foca-se no sentido e função das coisas, nas partes da linguagem. Aquilo que se observa e se pode investigar. Uma visão do Mundo. Saussure - Quatro dicotomias saussurianas: • significante e significado, • sincronia e diacronia, • e paradigma e sintagma • Denotação e conotação. (teoria linguística sobre o signo) Estruturalista Puro-Linguista, (significado e significante). Uma criança compreende o significado e depois o significante. Sincronia/Diacronia. Na base do seu trabalho, Saussure assumiu o signo como conceito básico e organizativo da estrutura linguística. A arbitrariedade inerente a este expressa-se através da natureza convencional, normal, da língua, que enaltece a forma fonológica das palavras de cada uma. No reverso, está a não- arbitrariedade, em que vários tipos de significados linguísticos são transmitidos a partir de diferentes tipos de estruturas gramaticais, que são percebidas de forma funcional. Pai da Linguística Saussure significado – conceito mental do signo significante – forma acústica, forma gráfica e fonética do signo Sincronia- Não é necessária evolução. Pode haver alteração do significado muito rápido. Por exemplo, acordo ortográfico. Estudo dos fenómenos semióticos num determinado momento, independentemente da sua evolução no tempo. Diacronia- há evolução do significado e do significante. Carácter dos fenómenos linguísticos considerados do ponto de vista da sua evolução no tempo, por oposição à sincronia. Diacronia e sincronia são conceitos operatórios tirados da linguística estrutural. A linguística atribui à estrutura da linguagem um carácter diacrónico e sincrónico. Todas as línguas estão em contínua evolução e, se a maior parte de nós - sujeitos falantes - mal damos conta disso, é porque a evolução linguística é demasiado lenta para a nossa curta vida. Ferdinand de Saussure foi o primeiro a descobrir que, nas línguas, se distinguiam dois aspetos diferentes que de certo modo se completam e mutuamente se explicam: o funcionamento e a mudança. Quando observa a(s) língua(s), o linguista pode tomar duas atitudes: ou estuda o funcionamento da(s) língua(s) num dado momento histórico ou então as alterações que a(s) língua(s) sofre(m) através dos tempos. À primeira perspetiva damos o nome de sincronia e à segunda de diacronia. A linguística sincrónica (também chamada estática ou descritiva) tem como objeto "a descrição de um estado de língua num dado ponto sobre o eixo do tempo, em função da sua estrutura própria e sem qualquer referência à sua evolução. Também pode descrever um determinado sistema linguístico, como as variedades locais e sociais de uma determinada língua. Abrange, portanto, a dialetologia (incluindo a dialetologia social) e a estilística. A linguagem diacrónica, também denominada dinâmica ou histórica, tem como objeto o estudo das alterações sofridas por um determinado sistema linguístico duma época para outra. Na linguagem histórica, a diacronia representa a evolução de certos elementos, de factos singulares; a sincronia encontra-se nos factos simultâneos, coexistentes, relativos a uma determinada época. Diacronia e sincronia encontram a sua plena significação nas noções de tempo histórico, de tipo sociocultural, tal como deduziu Braudel. O historiador considera todos os problemas humanos "porque a sincronia - o que coexiste, simultaneamente, num dado momento de tempo - implica, para ser compreendida e explicada, a diacronia - e reciprocamente." Diacronia e sincronia são momentos dialéticos presentes em todo o tempo histórico; presentes, necessariamente, em toda a investigação. Jakobson -Teoria da Comunicação. Função conativa/poética/fática/metalinguística/emotiva (mais em baixo a descrição destas funções) Roman Jakobson foi um proeminente linguista russo que elaborou essa teoria procurando explicar de forma prática a comunicação, visto que os sistemas computacionais que começavam a aparecer na época precisavam aprender a reconhecer, por exemplo, mensagens enviadas entre países inimigos. Sua proposta, portanto, procurava explicar o que seria a comunicação a partir de seis elementos: emissor, mensagem, recetor, canal, código e referente. O emissor correspondeàquele que toma a palavra; o recetor, àquele que a recebe; a mensagem é o tema, o assunto sobre o que se fala; o referente é aquilo sobre o que se fala. No entanto, para que a mensagem chegue ao recetor, ela precisa ser codificada e transmitida por um canal. Por exemplo, este texto possui como código a língua portuguesa e chega até você através da internet. Ainda, Jakobson já vislumbrava, naquela época, que sempre que colocamos a língua em funcionamento, estamos agindo de um modo ou de outro sobre o mundo. Ou seja, a linguagem possui diferentes funções. Para ele, cada uma dessas funções era focada em um dos elementos que compunham o sistema de comunicação: 1. Quando o foco é sobre o referente (chamado, por ele, de contexto), ou seja, sobre objetos, acontecimentos ou pessoas sobre quem se fala, a função é a referencial. Para este linguista, a maior parte dos usos linguísticos recai sobre essa função. Justamente, falar sobre o mundo. 2. Quando o foco se dá sobre o emissor, fala-se da função emotiva, já que, por vezes, o emissor deixa transparecer no seu enunciado algum índice de emoção, como através do uso de interjeições (hoje, sabemos que todo e qualquer texto apresenta, de uma forma ou de outra, marcas dessa subjetividade...). 3. Quando o foco é sobre a mensagem, temos a função poética, que tem a intenção de proporcionar prazer estético. É o uso literário, artístico da língua. 4. A função conativa, por sua vez, focaliza o receptor da mensagem e diz respeito a todo uso da linguagem que procura levar o outro a agir. Um pedido, uma ordem, a utilização de verbos no imperativo são alguns exemplos. 5. A função fática corresponde à necessidade de se confirmar se o canal de comunicação está funcionando perfeitamente. Como dissemos antes, essa teoria seria aplicada nas engenharias e telecomunicações, portanto, abarcava a comunicação efetuada através de aparelhos eletrônicos. Hoje, poderíamos dizer que o "alô, você está me ouvindo?" dito ao telefone corresponderia a um bom exemplo dessa função. No entanto, até mesmo um "oi", ou "bom dia", ditos para iniciar-se uma interação também seriam exemplos. 6. Por fim, quando a língua se volta sobre ela mesma, falamos sobre a função metalinguística. Basta pensarmos numa coisa: quando os físicos explicam os fenômenos atmosféricos, fazem isso através da língua; quando os biólogos explicam a divisão celular, fazem isso através da língua; e quando explicamos um fenômeno linguístico, fazemos isso através (óbvio) da língua. Ou seja, é a própria língua que é usada para explicá-la. Mas essa função não abarca apenas os termos técnicos (como esses grifados aqui), ou o dicionário, por exemplo, um poema que fala sobre poemas, uma música que fala sobre música e até a reflexão "o que isso quer dizer?" são exemplos da função metalinguística Comportamentalismo - Behaviorismo Radical (Skinner, Bloommfield) - a linguagem é aprendida. Processo mecânico e automático. Imitem e produzem igual à interação. Para Skinner, a linguagem é um comportamento verbal que a criança aprende através da mediação social e de práticas de reforço da comunidade que convive com ela. Assim, o domínio da língua da comunidade de pertença é conseguido através da experiência verbal, de acordo com os princípios propostos pela Teoria da Aprendizagem. Para este autor, a aquisição da linguagem não é diferente de qualquer outra aprendizagem. Os pré-requisitos inatos não são linguísticos; estão confinados à capacidade de associação entre o estímulo e a resposta, à discriminação e à generalização de estímulos, comuns a qualquer animal. A imitação de sons e o reforço oferecido pelos adultos consolidam ou extinguem comportamentos verbais. A aquisição da linguagem, numa perspetiva behaviorista (ou comportamental) traduz-se na aprendizagem de um conjunto de respostas verbais, consolidadas através da imitação e de processos de condicionamento operante. Em síntese, a tese de Skinner é a de que a linguagem humana é um comportamento comunicativo aprendido pela criança e essa aprendizagem depende essencialmente de fatores externos ao próprio sujeito, i.e., os estímulos que a criança ouve e a recompensa à resposta verbal que emite. Como em qualquer comportamento animal. Chomsky contesta a perspetiva behaviorista da linguagem e contraria a explicação de que a aquisição pela criança depende das contingências do reforço recebido da comunidade verbal que com ela interage. Para Chomsky, os princípios subjacentes à estrutura das línguas naturais são universais e geneticamente transmitidos. As línguas naturais são realizações particulares da linguagem humana, não divergem arbitrariamente entre si, partilham propriedades universais, e as crianças nascem predispostas biologicamente para adquirir qualquer língua constituída de acordo com essas propriedades. Chomsky designou esta capacidade especificamente humana como Language Acquisition Device (Dispositivo/Mecanismo de Aquisição da Linguagem) (LAD). Para Chomsky e os seus seguidores, a rapidez e a uniformidade do processo de aquisição da linguagem derivam da arquitetura da mente, da qual faz parte a faculdade da linguagem. É essa mesma capacidade que permite que o falante de qualquer língua, tendo adquirido um número finito de regras gramaticais da referida língua, compreenda e produza qualquer frase nunca anteriormente ouvida ou produzida nessa língua. Adquirir uma língua significa para Chomsky progredir de um estado zero de conhecimento até ao conhecimento adulto, ou estável Para Lenneberg, o desenvolvimento da linguagem na criança pode ser explicado através da biologia. Como o autor afirma, a sua perspectiva sobre o desenvolvimento da linguagem baseia-se na interpretação de factos observáveis, tais como a correlação entre o desenvolvimento motor e marcos de desenvolvimento da linguagem, e.g., sentar-se, gatinhar e andar pela mão de um adulto e produzir lalação,20 compreender e produzir as primeiras palavras. Chomsky Inativismo (a linguagem é inata) Estamos predispostos desde que nascemos. Produzimos linguagem (sons) sem nunca a termos ouvido. Temos uma predisposição à nascença, produzimos sons sem nunca os termos ouvido. Language Acquisition Device – LAD Nos anos 50, Noam Chomsky, linguista americano, discípulo de um distribucionalista também americano conhecido por Z. Harris, começa a propor que a linguagem não seja tão presa à classificação de dados, mas que dê um lugar importante à teoria. Inspirado no racionalismo e da tradição lógica dos estudos da linguagem, ele apresenta uma teoria a que chama de gramática e seu estudo se dá especificamente na sintaxe que, para ele, constitui um nível autônomo e central para a explicação da linguagem. A função dessa gramática não é ditar regras, mas envolver todas e apenas as frases gramaticais, ou seja, as que pertencem à língua. É assim que surge a Gramática Gerativa de Noam Chomsky. Gerativa (gerar – criar frases) porque permite, a partir de um número limitado de regras, gerar um número infinito de sequências. Esse processo é dedutivo: parte do que é abstrato, isto é, um axioma (proposição evidente por si mesma) e um sistema de regras, e chega ao concreto, ou seja, as frases existentes na língua. É com essa proposta que a teoria da linguagem deixa de apenas descritiva para ser também explicativa. Para Chomsky, é tarefa do linguista descrever a competência do falante. Ele define competência como capacidade inata que o indivíduo tem de produzir, compreender e de reconhecer a estrutura de todas as frases de sua língua. Ele defende que língua é conjunto de infinito de frases e que se define não só pelas frases existentes, mas também pelas possíveis, aquelas que se podem criar a partir interiorização das regras da língua, tornando os falantes aptos a produzir frases que até mesmo nunca foram ouvidas por ele. Já o desempenho (performance ou uso), é determinado pelo contexto onde o falante está inserido. Otermo gramática é usado de forma dupla: é o sistema de regras possuídos pelo falante e, ao mesmo tempo, é o artefato que o linguista constrói para caracterizar esse sistema, A gramática é, ao mesmo tempo, um modelo psicológico da atividade do falante e uma “máquina” de produzir frases. A teoria chomskiana conduz ao universalismo, segundo Orlandi, pois o que está em questão é o “falante ideal”, e não locutores reais do uso concreto da linguagem. A capacidade para desenvolver a linguagem é uma habilidade inata do ser humano: já nascemos com ela. E como a espécie humana é caracterizada pela racionalidade, a questão fundamental para essa linha de estudo é a relação entre linguagem e pensamento. Seus estudos se centralizam no percurso psíquico da linguagem como e, em consequência disso, no domínio da razão. Desta forma, a reflexão de Chomsky acaba por trazer para a Linguística toda uma contribuição de estudos nas áreas da Lógica e da Matemática e, por outro lado, apresenta uma nova abordagem até então inexplorada: estudos sobre os fundamentos biológicos da linguagem (característica da espécie humana). Piaget Cognitivismo - A linguagem é construída através de estádios. (pré-operatório) Vygotsky Interacionismo - Teoria do pensamento que gera a linguagem. Envolve o inato e o meio. É o pensamento estruturado que gera a linguagem. Zona de desenvolvimento proximal. Só há passagem entre estádios quando há estimulação. Opõe-se a Chomsky, a gramática é construída na interação com o ambiente. No campo da psicologia cultural os estudos de Vygotsky sobre o desenvolvimento da linguagem e a sua relação com o pensamento, dizem/definem que a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo são processos construídos culturalmente, fundados sócio-historicamente e não apenas influenciado pelo contexto cultural. Esse campo de estudo de/esses estudos de Vygotsky definem a base da aquisição e do desenvolvimento da linguagem como sendo mais social e cultural do que individual e biológica, diferente da visão cognitivista e construtivista que propôs Piaget. Os pensamentos/estudos de Vygotsky buscam romper a visão clássica que vê o pensamento e a linguagem como elementos dissociáveis, diferentes, autônomos e reduzido apenas a sua época e aos reflexos e hábitos – individuais. Junto ao conceito de aprendizagem e desenvolvimento o autor propõe outro conceito: o conceito da mediação, que configura como chave para a compreensão da noção de gênero como ferramenta. Assim, para Vygotsky, as formas iniciais de conhecimento, que seria o acesso do sujeito aos objetos de conhecimento, se dão de forma mediática, possibilitada pelos sistemas semióticos, destacando-se o papel da linguagem (VYGOTSKY, 1996). A aquisição e o desenvolvimento da linguagem podem então ser vistos como aquisição de um sistema representativo que se da através de signos que são construídos culturalmente e capazes de transformar as funções elementares de origem biológica - processos psicológicos - do sujeito e funções superiores - de origem sociocultural - a medida em que vai se apropriando de instrumentos culturais. No caminho desta perspetiva vygotskiana, o autor se distingue do proposto por Tomasello (2003) em relação as linhas individual e cultural de desenvolvimento. Vygotsky ([1932]1996), tem para linha individual de desenvolvimento uma visão natural de que o conhecimento pode ser aprendido por conta própria, sem influência direta de outro sujeito ou mesmo sem a intervenção com algum artefato; já a linha cultural de desenvolvimento cognitivo diz respeito ao tipo de conhecimento adquirido proveniente da capacidade cognitiva de ver o mundo na perspetiva do outro, incluindo nesse processo de aquisição as perspectivas incorporadas pelos próprios artefatos. O conceito de ZPD se configura como uma busca de equilíbrio nesse processo de co-construção, e expressa o lugar significativo atribuído por Vygotsky (2010) à interação social. Ainda, junto aos conceitos de aprendizagem e desenvolvimento sociocultural estão os conceitos científicos, que segundo o autor são importantes na aquisição por parte da criança, principalmente em situações formais de aprendizagem, pois através do conhecimento desses conceitos abrem-se as portas para a capacidade cognitiva de produzir generalizações e abstrações, requisitos importantes para o desenvolvimento da competência para o argumentar por escrito. Assim, os fundamentos psicológicos e cognitivos da teoria vygotskiana sobre a aquisição e desenvolvimento da linguagem, junto dos estudos de Tomasello (2003) em relação as origens culturais da cognição humana, são utilizados para explicar a gênese dos processos mentais que estruturam nosso conhecimento de mundo, que são expressos através dos esquemas conceptuais, do conjunto de crenças culturalmente constituídos, concebidos como construtos responsáveis pela capacidade do sujeito de categorizar tipos textuais, por apropriação de eventos comunicativos através da interação. Bates e Halliday Pragmática - Com base em Signos, a linguagem surgiu com a necessidade de comunicar. A pragmática diz respeito ao uso adequado da linguagem nas interações sociais e engloba comportamentos não verbais e comportamentos verbais Nos estudos sobre a linguagem infantil, as teorias pragmáticas concentram-se basicamente em dois aspectos: funções comunicativas e habilidades conversacionais. As funções comunicativas são unidades abstratas e amplas que refletem a intenção comunicativa do falante, envolve motivação e metas e fins que se quer conseguir ao comunicar-se com o outro. Habilidades conversacionais referem-se à capacidade do sujeito em participar de uma seqüência interativa de atos de fala, tendo como objetivo intercâmbio comunicativo Bates et al. (1976) classificaram as funções comunicativas em dois tipos: protodeclarativos e protoimperativos. Os proto declarativos foram definidos como atitudes da criança em dirigir a atenção do adulto para algum evento ou objeto no mundo de seu interesse ou para chamar a atenção do adulto para si. Já os proto imperativos são atitudes que têm a finalidade de fazer com que o adulto faça alguma coisa como pegar um objeto ou realizar uma ação que ela deseja. Essas atitudes ou comportamentos são caracterizados como, por exemplo, abrir e fechar a mão na tentativa de agarrar um objeto, olhando de volta para o adulto. As habilidades conversacionais têm como precursores a comunicação pré-verbal, na medida em que os intercâmbios comunicativos dos quais as crianças participam propiciam a ela uma espécie de modelo de conversação (Zorzi e Hage, 2004). A habilidade para conversar envolve uma sequência interativa de atos de fala e é o resultado de intercâmbio comunicativo entre dois ou mais interlocutores inseridos num contexto social Lenneberg Biológica - Teoria genética da linguagem. O homem possui um aparato biológico (LAD) que o possibilita criar a linguagem. Ou seja, período crítico para aquisição de linguagem (encéfalo) tem que haver uma predisposição genética. LAD é um dispositivo de aquisição de linguagem, tem que haver sinapses entre a área de Broca e a área de Wernicke (vocabulário, sintaxes e gramática). Lennenberg (1967) propôs a existência de um período crítico Lenneberg- plasticidade-período crítico - acção inter hemisférica Aprendizagem da linguagem depende da maturação biológica e da interação com um contexto minimamente apropriado Hipótese do período crítico: existe uma predisposição biológica, mas só está presente até uma determinada altura (período crítico) Pressupostos: 1 – Maturação biológica, especialização hemisférica (à nascença ambos hemisférios têm potencial para receber linguagem 2 – Alguns acontecimentos críticos têm de ocorrer neste período Maturação Biológica e estimulação ambiental (Skinner comportamental)- Hereditariedade e linguagem. Behaviorismo Radical. Imitação e generalização, pensamento empirista. O sujeito só aprende a linguagem por meio daobservação e reprodução. Copia o que ouve. Oposto a Chomsky. Significado e valor (Saussure) Sincronia/Diacronia Sincronia- Não é necessária evolução. Pode haver alteração do significado muito rápido. Por exemplo, acordo ortográfico. Diacronia- há evolução do significado e do significante. Sintagma/Paradigma Sintagma - Estrutura composta por de unidades mínimas, isto é, nome; sujeito. São estruturas mentais em línguas, ou seja, a estrutura do Português, não é igual ao do Inglês. Paradigma - Conhecimento mental é princípio da oposição, isto é, conhecimento mental dentro da linguagem e é o princípio da oposição de consciência fonológica. Distinguir conceitos mentais apenas pelas diferenças acústicas (pares mínimos). Denotação/Conotação Denotação- linguagem literal. Conotação- Linguagem metafórica, é a função pragmática, ou seja, o ênfase que se dá (ironia, hipérbole). Os autistas não percebem a conotação, exemplo das piadas. Resumindo, na denotação, há uma relação simples entre significante (chamado pelo linguista de “plano de expressão”) e significado (“plano de conteúdo”), o que constitui um signo. Já na linguagem conotativa, esse mesmo signo comporta- se como um outro significante, relacionado, por sua vez, a outro significado. A conotação, nesse sentido, constituiria um uso expressivo do signo linguístico, ao passo que a denotação se fundamentaria na associação entre o significante e seu significado, que apontaria para o elemento extralinguístico que o signo representa. Fica evidente que o significado da linguagem conotativa não é totalmente desvinculado do significado denotativo. Além disso, a compreensão da distinção proposta por Hjelmslev deixa claro o potencial polissêmico do signo, tendo em vista que uma mesma forma seria capaz de ter seus sentidos multiplicados. Abordagem pragmática Jakobson Funções da linguagem – Intenção emissor Função referencial (denotativa) – linguagem literal, (objetivo informativo), informal, clara, e o objetivo sem opinião (textos jornalísticos, científicos) Função Emotiva – Expressiva – subjetiva, centrada no emissor, textos poéticos, diários, fala sobre si mesmo o emissor Função poética - (segmentos prosódicos, persuasão) Poesias, letras musicais Função fática (reforço) Ocorre entre emissor e recetor, é a dos telefonemas, cumprimentos e saudações Função metalinguística (idioma) Linguagem para falar de ela mesmo Ex: um filme que fala como se faz um filme; Ex: utilizar o youtube para ensinar como fazer um canal do youtube; Ex: nas aulas utiliza-se a língua para ensinar a língua. Função conativa (destinatário - Apelativa) Emissor apela (convence, influencia o recetor) Textos publicitários, manuais de auto-ajuda e receitas. Linguagem Literal e Conotativa - que se entende tal como está dita/escrita, sem metáforas, sem ironias e sem recursos expressivos ou figuras de estilo. A conotativa depende da integridade do nosso encéfalo. O Espectro do Autismo não consegue codificar linguagem Conotativa. A psicopatia tb não compreende. Temos de nos saber adequar (competência Pragmática). Blomfield - Agimos por imitação de estruturas (língua). É a capacidade de entender tudo o que compõe a linguagem. Teoria do comportamental, estruturalismo, funcionalismo. A reprodução dos sons e capacidade degenerativa. São alterações gravitacionais, que possibilitam criar o próprio código. N.Chomsky - funcionalista e inatista Base psicológica da linguagem. Ex.caso da Genie, não ativou o LAD e é irrecuperável, depois dos 6 anos, se privado da linguagem não é possível recuperar. Capacidade de codificar e decodificar (I-language). Capacidade de distinguir línguas diferentes e falar nos contextos corretos. Os universais linguísticos ou teoria generativa (Chomsky) - Sequência universal de aquisição de linguagem. São as etapas pelas quais toda a espécie humana passa para a aquisição de linguagem. Ordem sequencial previsível (etapas) e desenvolvimento na mesma idade para todas as crianças, quando expostas e meio linguísticos. Compreensão dos sistemas linguísticos e distinguir sons da fala de outros sons. Há uma ordem inata e vários princípios universais a cada um de nós. Termo usado em linguística no âmbito da gramática generativa para referir propriedades comuns das línguas humanas. Podemos falar em Universais fonológicos,sintáticos, semânticos etc. Universais linguísticos são importantes porque lançam luz em questões fundamentais da Cognição Humana. Teoria da competição Machwhinney (?) e J.Cummins - sistema de processamento que seleciona entre as várias opções, pistas fonológicas lexicais disponíveis (Teoria da 2º Língua) Elabora a teoria da Língua primeira e língua segunda. O mapa cognitivo em que a linguagem é elaborada, verifica-se uma dupla-codificação. Ou seja, identificam uma complexidade do processo cognitivo quando a descodificação da segunda língua. Uma vez que se verifica 2 grandes repertórios lexicais. ● Nível Lexical (vocabulário/significado) Conjunto de palavras usadas numa língua ou texto ● Nível sintático (ordem) Estudo das regras que regem a construção das frases e das frases no discurso ● Nível Semântico (sentido) é o estudo das significações das palavras, ou seja, do significado de cada vocábulo existente no texto ● Nível fonético (reprodução), o mais afetado na língua segunda - Estuda os sons produzidos na fala (articulatório, acústico, auditivo) ● Nível prosódico (entoação) É o estudo da entonação, ritmo, acento, intensidade, altura, duração da linguagem falada ● Produção da fala – Sistema articulatório (dentes, nariz, língua, palato) Sistema fonatório (laringe) Sistema Respiratório (pulmões, músculos, traqueia) Abordagem Cognitivista Linguística Cognitiva – Linguagem e cognição: Perspetiva da Gestalt (BUHLER) (atenção seletiva- os componentes, Ex: prosódicos). Estratégias utilizadas no ensino/aprendizagem: ● Priming effect Exposição a estímulos (lexical, semântica, fonológica, expressão facial). Sujeitos induzidos inconscientemente a produzirem um texto, ex: filme Focus. São técnicas de intervenção. É uma técnica pelo qual a exposição a um estímulo influencia a resposta a um estímulo subsequente ● Estratégia cognitiva Topdow/bottom-up Estratégias mentais que foram ensinadas, ou seja, estratégias de codificação cognitiva. Ensinadas de acordo com o método de ensino, não utilizamos todos as mesmas estratégias. Topdpw: estratégia das áreas frontais para as occipitais. Bottom-up: das áreas occipitais para as frontais (reconhecimento facial). ● I-Language Linguagem interna. Estratégia como nos apropriamos da nossa própria língua (língua primeira). Discurso individual, conhecimento que temos sobre a própria linguagem. Conceito que temos do repertório lexical e o significado que atribuímos. ● Pseudo-palavras Violação gramatical e cognição. Palavras inventadas, sem significado, não há entendimento, mas sim identificação. A linguagem é entendida como um código, quando há problemas a nível da comunicação, não há descodificação de alguns componentes da linguagem. Por exemplo, os autistas não têm função de conotação (presente nas funções pragmáticas), logo não descodificam as pseudo palavras. ● Frequência lexical Níveis de dificuldade lexical (o CORLEX, níveis de frequência lexical). ● Recall e Recognition São diferentes! Recall (recordar, recontar); Recognition (Reconhecer, descodificar). Taxonomia das capacidades funcionais da linguagem Capacidade expressiva ● Fala - Atividade coordenada destinada à comunicação oral. Déficit está frequentemente associado ao hemisfério lesado dito dominante, ou outros problemas de ordem neurológica. ● Semântica- Uso de palavras e expressões exatas. Déficit está frequentemente associado ao hemisfério lesado dito dominante. ● Sintaxe- Capacidade de dar forma gramaticalmente correta a sentenças (frases). Déficit está frequentementeassociado a ao hemisfério lesado dito dominante. ● Pragmática- Capacidade de apropriar a linguagem ao ambiente. Déficit associado aos dois hemisférios. ● Discurso- Alta competência de uma comunicação, com a capacidade de manter o fluxo e contexto da conversação. Déficit associado aos dos hemisférios. ● Linguagem escrita- Qualquer expressão escrita, símbolos básicos e letras que exprimem ou produzem ideias completas. Déficit associado aos dois hemisférios dependendo do nível disruptivo da escrita. Capacidade Receptiva ● Leitura- Compreensão da comunicação escrita que exprima ou produza ideias complexas completas. Déficit associado aos dois hemisférios dependendo do nível da leitura e também da escrita. ● Compreensão Auditiva- Compreensão da informação e da componente emocional que esta contém. Déficit associado aos dois hemisférios. Desenvolvimento da Linguagem 1- Fonológica - Aquisição e domínio dos sons da linguagem 2- Semântica e conceptual – Aquisição do significado das palavras e frases 3- Sintaxe – Aquisição das regras gramaticais que indicam como as palavras devem ou não ser usadas: combinadas para formar frases; de uma forma geral estas regras nunca são explicitamente ensinadas 4- Pragmática – aquisição dos princípios que determinam como a linguagem deve ser utilizada de acordo com o contexto. Em geral a criança aprende a linguagem segundo esta ordem. Período Pré-Linguístico- Choro, palreio, balbucio. E depois proto palavras (palavras inventadas) (linguístico) Período Linguístico- Proto Palavras, omissões, substituição de letras e sons. Palavra inventada e não parecida em nada com palavras reais. Linguístico - Pseudo Palavras - Estágio de uma palavra - São erros. As crianças estão no processo de imitação. Palavras sem nexo, mas parecidas com palavras existentes. Imaginação fértil nas crianças. Estágio de duas palavras - Em algum momento do segundo ano, a criança passa a combinar duas ou mais palavras. Estágio das múltiplas combinações - Em termos sintáticos, a criança apresenta um desenvolvimento significativo Discriminação, depois produção - Primeiro compreende-se e depois produz-se. Ex. Aos 36 meses a criança já compreende ao nível do adulto (fonema inicial). Aos 12M ainda não tem essa compreensão, mas já produzem. Aos 12 M já produz, mas não ainda na capacidade de distinguir todas as palavras no campo semântico (super extensão Semântica). Lennenberg (1967) propôs a existência de um período crítico para a aquisição da linguagem tendo como pressuposto a ideia de que a linguagem é inata. O período crítico se iniciaria por volta dos 2 anos e se encerraria por volta da puberdade. Discurso egocêntrico (Piaget) até aos 5 anos (reversibilidade) - A criança até a esta altura não consegue colocar-se no lugar do outro. Valores morais, a criança consegue perceber (valor da reversibilidade) após este período. Durante este período não há irreversibilidade, é tudo ela, ela e ela. Não consegue lidar com o abstrato, com aquilo que não é concreto. LINGUAGEM SIMBÓLICA Conteúdo proposicional (ato ilocutório) - Supõe sempre algo intencional para com o outro. Sempre que emitimos um discurso há sempre uma intenção, mas nem sempre é perceptível em termos de pragmática para o interlocutor. Ilocutório (aquele que fala, mesmo entrelinhas) não é conotativo nem metafórico. Desacoplamento - Quando a criança evolui de um estado simpráxico em que só sabe lidar com as palavras e objetos quando sem objeto estar à sua frente já consegue dizer o nome. Uma criança para conseguir funcionar tem de evoluir numa maturidade neurológica. Aos 5 anos começa a modificar a ideia que já tem do mundo, e das palavras e a questão da meta representação e, que já consegue compreender os conceitos e entra na fase Semântica. Sim práxico vem do grego práxis que é prático, é aquilo que se vê, é a ação. Função simbólica - Na teoria de PIAGET o acesso ao nível pré-operatório que surge entre os 18 meses e os 2 anos é caracterizado pelo aparecimento da função simbólica. Permite que a criança represente os objetos ou acontecimentos fora do seu campo de perceção atual por meio de signos ou símbolos. Para Piaget a função simbólica é assim a capacidade de evocar objetos ou situações através das várias ações. LEITURA E ESCRITA-DESENVOLVIMENTO Maturidade Perceptual - Dominância lateral. Evolução da plasticidade. Especialização hemisférica. Dá-se a poda sináptica. Dominância principal nas áreas esquerdas. Atenção/Noção espacial/constância de formas e tamanhos/e seriação. Maturidade Linguística - Capacidade que o sujeito tem de elaborar uma narração em que consegue estabelecer categorias e dizer organizar eventos do início ao fim. Consegue usar categorias semânticas. Desenhos - Faz parte da linguagem e começa nas garatujas. Começa aos 3/4 anos. Ainda não tem motricidade fina. Aos 5 anos já faz um desenho completo(retrato) Orientação esquerda/direita - Línguas europeias fazem tudo da esquerda para a direita. Propriedades da linguagem Arbitrariedade – Não há relação entre som ou o sinal da língua e o seu significado Unidades discretas – A linguagem é composta por unidade discretas que se combinam para criar significação Produtividade – Um número finito de palavras pode ser usado para criar um número infinito de frases Abstração – A linguagem pode ser usada para enumerar ideias abstratas e que não estão na proximidade temporal ou espacial Transmissão cultural – A linguagem é transmitida de um falante para outro de forma consciente ou implícita Aquisição de língua materna – processos e fatores Etapas do desenvolvimento do poder discriminação da linguagem materna (Nascimento) Reação a variáveis alusivas relacionadas com a voz humana (1 a 2 semanas) Distinção entre voz e outros sons (1 a 2 meses) Discriminação base no fonema (2 a 4 meses) Discriminação entre vozes e expressões afetivas (5 a 6 meses) Identificação de padrões de entoação e ritmo (9 a 13 meses) Compreensão sequências fonológicas (10 a 22 meses) Associação de sílabas sem significado a objetos (36 meses) Discriminação de nível adulto para sons língua materna (4 a 5 anos) Indicadores de consciência fonológica Etapas para a aquisição de consciência Níveis: 1ºPré Silábico 2º Silábico - Manipulação fonémica (consciência) (+ 7 anos) (sílaba a sílaba) 3º Intra-silábicas - Segmentação fonémica (6 a 7 anos); Reconstrução fonémica (6 anos) (rimas, cantorias, ditongos) 4º Fonético ou alfabético - Conhecimento de inset/rime (6 anos); Conhecimento sílabas (4 a 5 anos) (Saber que é constituída por x fonemas) Processos de aquisição: compreensão e produção de fala ● Etapa de discriminação e articulação Antes do nascimento o indivíduo já está sujeito a sons, quando nasce tem reação a vibrações acústicas relacionadas com a voz humana; Distinção entre voz e outros sons; Discriminação com base no fonema (som associado a um significado), distinguem as palavras, não por saber o significado, mas porque percebem a diferença do som da primeira letra. ● Consciência fonológica (nível básico aos 2anos) Indicadores de consciência fonológica: -Silábico (Silabas. Co-mi-da, 3 silabas); -Intersilábico (como começa e termina a palavra. Rimas); -Fonémico (c,o,m,i,d,a) (ocorre de unidades maiores para mais pequenos) Associam os sons a comportamentos, animais, pessoas, atitudes, para dar significado. É um conhecimento que o sujeito adquire e sistematiza ao longo do tempo, transformando-se numa ferramenta de explicitação e análise da linguagem verbal. Ex: ão ão, é uma sequência fonológica para associação a CÃO. Óh-óh, é uma sequência fonológica para dormir. Conhecimento dos Fonemas, ter consciência que sempre que um fonema se altera na nossa língua materna o significado também se altera. O sujeito tendo uma consciência fonológica plena significa que ele percebe plenamente o significado de cada som e cada letra, e conseguemanipular os fonemas de tal forma que os constrói e consegue construir novos enunciados. Tem normalmente 2 grandes origens, uma é a falta de literacia, escolarização baixa. E a outra é uma perturbação neurológica como o caso da dislexia. Os dialetos ajudam-nos a ser mais conhecedores e ter uma maior consciência fonológica da nossa língua. É um conhecimento que o sujeito adquire a sistematizar ao longo do tempo, transformando-se numa ferramenta de explicação e análise da linguagem verbal. A consciência fonológica não tem de ser necessariamente uma consciência do sistema fonológico de um código linguístico, aliás a consciência neste contexto não é a tradução mais correta do termo. A consciência fonológica começa por ser conhecimento e depois conhecimento do espaço cognitivo. Com a consciência fonológica desenvolvida o processo de discriminação e evocação dos segmentos diferencia quanto às vias lexical e fonológica ● Fonética e Fonologia Fonética é a representação acústica do fonema. Aos 3 anos já discriminam bem os fonemas e já têm consciência do significado. Processar a cristalização do cérebro e se inicia as sinapses e acaba o período crítico. Uma vez que já têm as etapas todas do desenvolvimento. Começam a ser aspiradores lexicais (núcleo do vocabulário), associação das memórias aos significados. Duas vias para descodificar: Via fonológica (área de Broca); Via lexical (área de wernicke, descriminação). Rota fonológica Utiliza-se exclusivamente a via fonológica, não há apenas associação a imagens. Passa por cima do giro Angular. Ou seja, quando a leitura ocorre via rota fonológica, o item escrito é analisado pelo sistema de análise visual. Depois disso, é processado pelo sistema de reconhecimento visual das palavras. Se a representação ortográfica do item não estiver presente no léxico ortográfico, então o item não é reconhecido como uma palavra, neste caso, ele sofre processos de segmentação, conversão e síntese fonológicas. A rota fonológica está comprometida nos disléxicos. Rota Lexical O item também sofre, primeiramente, uma análise visual antes de ser processado pelo sistema de reconhecimento visual das palavras. Para que o item seja reconhecido como uma palavra, sua forma ortográfica tem de estar representada no léxico ortográfico. A forma ortográfica ativa a sua representação semântica antes de ativar a forma fonológica, a qual ficará armazenada até que a pronúncia ocorra. Reconstrução fonémica - colocar os fonemas todos, reconstruir a palavra, capacidade de decompor as palavras. Segmentação fonémica - Manipulação fonémica - maturação cerebral, muda o fonema, muda o significado, ex bola, diferente de mola. Lalação - duplicação silábica (infantilização). Filogenética - etapas do desenvolvimento da produção em linguagem. Afasia A afasia é um distúrbio da comunicação adquirido que interfere na capacidade de processamento da linguagem, sem afetar a inteligência. A afasia prejudica a capacidade de falar e de compreender outras pessoas, e, em muitos casos, também compromete a leitura e a escrita. A causa mais comum da afasia é um acidente vascular cerebral (cerca de 25-40% das pessoas com acidente vascular cerebral apresentam afasia) Perturbações SEM COMPROMISSO COGNITIVO E AFETIVO ex. Disfagia - Se uma pessoa tem uma disfagia, ao nível da laringe, não significa que tenha problemas de cognição, nem problemas afetivos. Demência semântica em esquizofrenia, existe problema cognitivo, mas sobretudo afetivo. Alzheimer tem perturbação da linguagem. No espectro do Autismo qual é o compromisso principal com a linguagem? É a pragmática e o vocabulário. Patologias - Saber o nome das Afasias e o caso específico de Bramwell (stroke após a gravidez) a paciente ouve tudo, todos os sons, mas não ouve linguagem. Disfagia tem a ver com a descapacidade articulatória, perturbação periférica. Período holofrástico (McNeill, 1970) A criança atribui mais significado à palavra do que aquilo que ela significa (uma palavra substitui uma frase) Erros típicos: sobre generalização - generaliza em excesso o significado da palavra (ex: chamar cão ao gato) Sub generalização – o significado aplicado a uma palavra refere-se a poucos objetos (ex: só chama cão a determinado cão, aos outros chama bicho) No final do período holofrástico, a criança começa a fazer frases com duas palavras (Ex: pai cadeira) Período Telegráfico Etapa de desenvolvimento da linguagem entre os 18 e os 30 meses onde predomina o uso de nomes e verbos com ausência de partículas funcionais (linguagem típica de quem escreve telegramas) O que é a alexitimia? É um construto com três componentes principais: extrema dificuldade em usar a linguagem correta para nomear, expressar, descrever sentimentos e diferenciá-los de sensações corporais; uma imaginação muitíssimo pobre; e um funcionamento cognitivo baseado no concreto, no funcional, no utilitário. No fundo, designa a falta de palavras para descrever as emoções (do grego a – falta, lexis – palavra, thymus – emoção ou ânimo). Em 1967, o termo foi utilizado pela primeira vez pelos psiquiatras Peter Sifneos e John Nemiah, depois de notarem que doentes psicossomáticos que observavam tinham uma tremenda dificuldade em falar dos seus próprios sentimentos. Discurso egocêntrico piaget - não é valorizado Discurso egocêntrico Vygotsky - é valorizado Piaget: estádios estanques - predisposição genética; a criança recebe os estímulos do meio se tiver o organismo intacto. Assim os estádios são cumpridos. Vygotsky: estádios não são taxativos, nem fixos; mas admite que o desenvolvimento tenha ritmo de acordo com os estímulos recebidos pelo meio - interacionismo. Valoriza o egocentrismo. A ideia de signo e conceito é o que importa. Algumas perguntas dos artigos. 1. Identifique autores e os seus princípios teóricos (fulcrais na Psicolinguística), considerando a linha cronológica abordada em aula. Ferdinand de Saussure, a linguagem (no sentido relevante) é um armazém de imagens de palavras no cérebro de um grupo de indivíduos, fundada sobre uma "espécie de contrato". Signo - significado estruturalista Para Leonard Bloomfield, a linguagem é um conjunto/sistema de hábitos para responder a situações com sons de fala convencionais, e para responder a estes sons com ações. Alternativamente, nos seus "Postulados para a Ciência da Linguagem" (Bloomfield 1926), a linguagem é "a totalidade de afirmações feitas numa comunidade de fala". é observável, estrutura pura da linguagem William Dwight Whitney a linguagem é como "a soma de palavras e frases pelas quais qualquer homem expressa o seu pensamento" Sapir define a linguagem como "um método puramente humano e não-instintivo de comunicar ideias, emoções e desejos por meio de um sistema de símbolos produzidos voluntariamente". Otto Jespersen: O estudo da língua procura descobrir a "noção de estrutura" que os utilizadores da língua interiorizaram, permitindo-lhes produzir e compreender (...). 2. Diferencie Bloomfield e Saussure nos quadros funcionalista e estruturalista? Ferdinand de Saussure - estruturalista com alguns princípios funcionalistas. Leonard Bloomfield - estruturalista 3. O que é um corpus? Linguística de Corpus é a área da Linguística utilizada para coleta e análise de bases com dados textuais produzidos por falantes reais, a exemplo de discursos, debates em mídias digitais, textos históricos, e outras formas de produção, como as transcrições de entrevistas para análises posteriores. Em Linguística de Corpus, estas bases de dados textuais são objetos de pesquisa chamadas de Corpus. Corpora é o plural de corpus – conjunto de dados linguísticos pertencentes ao uso oral ou escrito da língua e que podem ser processados por computador*. Contamos com suporte da tecnologia na Linguística de Corpus para potencializar as análises, usando ferramentas como concordanciadores,
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