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RESUMO DE LINGUAGEM

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RESUMO LINGUAGEM
Linguagem é uma comunicação de informações por meio de símbolos arranjados de acordo com regras sistemáticas. O uso da linguagem é uma habilidade cognitiva importante. Não é apenas importante para a comunicação, também está ligada ao modo como pensamos e compreendemos o mundo
É um sistema de signos que serve para expressar ideias e sentimentos. Possui forma (sistema ordenado. Adquirir a linguagem é aprender as regras gramaticais convencionais - sintaxe) e função (instrumento mediador da conduta para comunicação no meio social. Conhecemos e partilhamos significados socialmente).
A linguagem é para o Psicólogo, o instrumento principal do seu exercício profissional. No conhecer como o ser humano a adquire, a desenvolve, suas condições biológicas, seu uso e suas funções, além da influência sobre a ação e a construção do sujeito. Na Psicologia se torna fundamental observar a comunicação verbal e a não verbal que nos dá outras informações a respeito do que está acontecendo com o paciente.
Os psicólogos que estudam a linguagem são chamados de psicolinguistas e se concentram em 3 questões básicas: 1. Compreensão da linguagem: os processos mentais que capacitam as pessoas a compreender o que as outras pessoas comunicam 2. Produção da linguagem: os processos mentais que capacitam as pessoas a comunicar o que comunicam. 3. Aquisição da linguagem: como desenvolvemos habilidade de compreensão e produção.
Quanto a ordenação da linguagem, o que interessa aos linguistas é a gramática descritiva: conjunto de regras e princípios que informa às pessoas como criar e entender um número quase que infinito de elocuções em sua própria língua. É essencial para transmissão de pensamentos: cão ataca gato/gato ataca cão.
Quanto a significação: a palavra ou a combinação destas transmitem significados. Quanto a função social: no compartilharmos informações e ideias. Aplicamos regras que aprendemos. Quanto a criatividade: no renovar das frases. Repetimos muitas, mas temos a capacidade de renovar.
A linguagem permite ao homem ligar o presente ao passado e antecipar o futuro. É através dela que o homem pensa, lembra, elabora conceitos, organiza suas experiências, trabalha no nível de abstração, prevê, julga, planeja, idealiza.
TEORIAS DA LINGUAGUEM
VYGOTSKY
O sociointeracionismo de Vygotsky: linguagem é considerada como instrumento mais complexo para viabilizar a comunicação, a vida em sociedade. Sem linguagem, o ser humano não é social, nem histórico, nem cultural. Para Vygotsky, a relação entre pensamento e linguagem é estreita. A linguagem é nosso instrumento de relação com os outros e, por isso, é importantíssima na nossa constituição como sujeitos. Além disso, é através da linguagem que aprendemos a pensar. A linguagem é o signo fundamental.
Duas funções básicas da linguagem: O intercâmbio social: o homem cria e utiliza sistema de linguagem para se comunicar com seus semelhantes. Pensamento generalizante: a linguagem ordena o real, agrupando todas as ocorrências de uma mesma classe de objetos, eventos, situações, sob uma mesma categoria conceitual. Essa última torna a linguagem um instrumento de pensamento, pois, ela fornece os conceitos e as formas de organização do real que constituem a mediação entre o sujeito e o objeto de conhecimento.
O pensamento e a linguagem têm origens diferentes e desenvolvem-se seguindo trajetórias diferentes e independentes. Nestes processos há as fases de pensamento sem linguagem (fase pré-verbal do pensamento: antes de aprender a falar a criança demonstra uma inteligência prática que consiste na sua capacidade de agir no ambiente e resolver problemas práticos. Antes de dominar a linguagem, a criança demonstra capacidade de resolver problemas práticos, de conseguir determinados objetivos) e de linguagem sem pensamento (fase pré-intelectual da linguagem: nessa fase o riso, o balbucio, o choro, as expressões faciais cumprem a função de meio de contato com as outras pessoas, mas ainda são difusas. A criança que ainda não domina a linguagem como sistema simbólico já utiliza manifestações verbais para comunicar-se). 
Em torno dos 2 anos de idade os processos se encontram e passam a caminhar de forma espiralada e interdependente. O ser humano passa a ter a possibilidade do funcionamento psicológico mais sofisticado, mediado pelo sistema simbólico da linguagem. O pensamento verbal passa a predominar na ação psicológica tipicamente humana. A aquisição da linguagem passa por três fases: o discurso social; a fala egocêntrica e o discurso interior.
Portanto, sua função inicial, no discurso social, é a comunicação, expressão, seria a primeira linguagem que surge. A progressão da fala social para a fala interna, ou seja, o processamento de perguntas e respostas dentro de nós mesmos, representa a transição da função comunicativa para a função intelectual. Nesta transição, surge a chamada fala egocêntrica. Trata-se da fala que a criança emite para si mesmo, em voz baixa, enquanto está concentrado em alguma atividade. É um instrumento para pensar em sentido estrito, isto é, planejar uma resolução para a tarefa durante a atividade na qual a criança está entretida. Não é uma linguagem social, com funções de comunicação e interação. Esse “falar sozinho” é essencial pois organiza melhor as ideias e planeja melhor as ações. 
O declínio da vocalização egocêntrica é sinal de que a criança progressivamente abstrai o som, adquirindo capacidade de “pensar as palavras”, sem precisar dizê-las. Aí estamos entrando na fase do discurso interior. É quando as palavras passam a ser pensadas, sem que necessariamente sejam faladas. É um pensamento em palavras.
Para a expressão verbal do pensamento, às vezes é preciso um esforço grande para concentrar todo o conteúdo de uma reflexão em uma frase ou em um discurso. O pensamento não se reflete na palavra; realiza-se nela, a medida em que é a linguagem que permite a transmissão do seu pensamento para outra pessoa
SKINNER
Para Skinner, a linguagem pode ter um reforço, onde a linguagem, sendo o comportamento, se manteria. Propôs a substituição do termo “linguagem” por comportamento verbal, por entender inadequado o primeiro termo, pois em geral, chama atenção que língua está comprometido com a “doutrina da expressão das ideias”. Significado”, “informação” ou “conhecimento” são sucessores dessa doutrina e supõem uma “estrutura interna”. O termo “comportamento verbaI” é mais preciso e inclui todas os tipos de comunicação, não importando se o produto criado for auditivo, gráfico, cinestésico ou em movimento. Os comportamentos verbais resultam da interação contínua entre o organismo e o ambiente. O ambiente verbal inclui, necessariamente, o ouvinte.
É um fenômeno social e não biológico. Sem uma comunidade social que através de gerações transmita o comportamento adquirido por outros no grupo, nenhuma linguagem é possível. A verbalização da linguagem pelo falante, se desenvolve através do seu contato com o comportamento dos outros cujo comportamento por sua vez, se desenvolveu através do seu contato com o seu mundo social. O comportamento verbal é um tipo de comportamento operante: ele altera o ambiente e é modificado por essas alterações. Entretanto, as palavras dos outros se tornam nossas palavras, sua maneira de falar, nossa maneira de falar, as ideias que eles veiculam através da palavra se tornam nossas ideias e as respostas esperadas ao estímulo de meio social.
Os estímulos e respostas são, portanto, as unidades básicas da descrição deste processo de aquisição da linguagem. As vocalizações que não são reforçadas declinam e se os pais controlam o reforço, estimulam a criança a aprender significados e pronúncias corretas. Como linguagem é comportamento verbal e este é comportamento, a aquisição da linguagem se dá seguindo os mesmos princípios da aquisição de qualquer outro comportamento. A ideia é que os primeiros sons que uma criança por acaso emita podem ser modelados pelo reforço, até alcançarem o emprego correto na completa gama de sons verbais, exibidas porum adulto. Ainda que o comportamento verbal se aplique ao falante, o comportamento do ouvinte, embora possa ser não-verbal, precisa ser considerado pois é ele que modela e mantém o comportamento verbal do falante.
A criança é uma “tábula rasa” que nada traz consigo, tudo o que aprende é adquirido através de experiências com o ambiente e desenvolve conhecimentos linguísticos por meio de: Estímulo-resposta-reforço, Imitação, Ecoico (Diga exatamente o que foi dito), Textual (Diga o que foi escrito), Cópia (Escreva o que foi escrito) e Ditado (Escreva o que foi dito).
PIAGET
Para Piaget, a aquisição da linguagem, centrada na capacidade cognitiva, busca entender o desenvolvimento natural da criança. Tendo como base e finalidade a inteligência, que começa a se organizar por meio de uma ação lógica sobre o biológico, isto é, os atos biológicos são adaptados ao meio físico. A linguagem faz parte de uma organização cognitiva mais geral. Desta forma, ele entende o cognitivo como uma adaptação, que organiza a função de estruturar o universo do indivíduo, relacionando o pensamento e os objetos, onde a capacidade cognitiva irá construir mentalmente as estruturas capazes de serem aplicadas às do meio. 
Piaget entende a linguagem como um sistema simbólico de representações. Sendo assim, a linguagem se torna possível quando tais conquistas cognitivas se unem, superando a inteligência sensório-motora, a caminho da inteligência pré-operatória, surgindo a possibilidade de a criança adotar os símbolos da comunidade. Piaget ressalta que o indivíduo aprende do individual para o coletivo, por isso é importante a relação do sujeito com ambiente. A aquisição e o desenvolvimento da linguagem são processos derivados do desenvolvimento do raciocínio na criança. 
O sujeito constrói estruturas com base na experiência com o mundo físico, ao interagir e ao reagir biologicamente a ele, no momento dessa interação. A fonte do conhecimento está na ação sobre o ambiente. Seu interesse não é pela linguagem em si, mas a linguagem como porta para a cognição. A teoria piagetiana sugere que o desenvolvimento linguístico depende do desenvolvimento da inteligência, sendo considerada uma forma de representação desta última. Para o teórico, o desenvolvimento cognitivo que irá possibilitar o nascimento do simbolismo. A linguagem não é suficiente para explicar o pensamento, uma vez que o mesmo tem raízes na ação.
PIAGET x VYGOTSKY
Para Vygotsky na teoria de Piaget a linguagem pode ser dividida em fala egocêntrica e fala socializada. Ambos os autores descrevem que na fala egocêntrica a criança não tenta se comunicar, pois, o que ela simplesmente faz é um comentário em voz alta do que está fazendo. Eles discordam com relação à função da fala egocêntrica no comportamento da criança, pois, para Piaget, a fala egocêntrica não cumpre nenhuma função verdadeiramente útil; já para Vygotsky, a fala egocêntrica assume um papel definido e importante. 
Discordam também no desaparecimento ou transformação de fala egocêntrica, pois, Piaget descreve que a fala egocêntrica simplesmente desaparece. Vygotsky afirma que a fala egocêntrica não se atrofia, mas, se esconde, transforma-se em fala interior. Com relação a fala social, os dois pesquisadores discordam profundamente, pois, para Piaget a fala social é representada como sendo subsequente, e não anterior à fala egocêntrica. Já Vygotsky afirma que o desenvolvimento evolui da fala social para egocêntrica e desta para o interior. A fala mais primitiva da criança é, portanto, essencialmente social.
Bernstein
Bernstein buscou compreender a relação causal entre classe social, linguagem e rendimento escolar, partindo dos dados concretos segundo os quais os estudantes da classe média obtinham, contrariamente aos da classe trabalhadora, êxito em sua vida acadêmica. Pretendia impedir o que chamou de “desperdício do potencial educativo da classe trabalhadora”. A linguagem não é somente condições, mas também, produto de integração social. É um sistema de sinais convencionais desenvolvidos, ensinados e aprendidos socialmente. Não se pode afirmar que a performance linguística de uma pessoa é um dom natural. A atividade linguística individual tem íntima relação com a situação social do indivíduo e as condições do meio.
Ele distingue a linguagem formal (classe média) e a linguagem informal (classe operaria). Mais tarde denominadas: código elaborado e código restrito. Código: Princípio fundamental na sua teoria, regulador, que não apenas reflete as relações de poder estabelecidas na sociedade, como as regula. Usa o termo código referindo-se a linguagem, à fala enquanto atividade concreta exercida pelos sujeitos falantes. Código designa um conjunto de princípios, de aquisição tácita, que regulam as interações comunicativas, dinamizando significados propostos pelos sujeitos envolvidos nesse processo. Ao regular os processos de comunicação, regula também a formação de identidades e práticas, posicionando os sujeitos nos contextos comunicativos em que atuam.
Os códigos formais ou elaborados apresentam um alto grau de planejamento, são acessíveis apenas a certos grupos. Opera com uma gramática mais complexa e precisa e o restrito com gramática mais simples e recursos não verbais. Deixando claro que um código não era melhor que o outro, o meio social é um fator importante para o surgimento de um código ou outro e que não dependem da capacidade intelectual dos indivíduos, mas da forma de relação social a que estão submetidos. 
Bernstein também define em sua teoria dois tipos de família: As centradas na posição (onde a comunicação é realizada predominantemente através do código restrito) e as centradas nas pessoas (onde a comunicação é realizada predominantemente através do código elaborado). Nas centradas na posição, a diferenciação entre os membros baseia-se em definições claras e precisas do status de cada um. Predominam formas de socialização que orientam para os significados particularistas e, portanto, leva à aquisição do código restrito. Já centradas na pessoa, a diferenciação entre os membros baseia-se nas características pessoais de cada um predominam formas de socialização que orienta para significados universalistas e que, portanto, levam à aquisição do código elaborado. 
Embora ambos os tipos de família sejam encontrados tanto na classe média como na trabalhadora, Bernstein afirma que famílias centradas na posição é que são típicas das classes trabalhadoras, o que significa que a socialização das crianças dessas classes leva à aquisição do código restrito e que o fracasso escolar das crianças, também dessa classe, se dá pelo uso do código elaborado nas escolas. Enfatiza a importância da educação para a construção de uma sociedade democrática.
Chomsky
	Chomsky mostrava que a aquisição da linguagem não é um simples processo de repetição e reforço, como pregava Skinner. Dizia que os falantes podem produzir um número infinito de frases dispondo de um repositório finito de regras gramaticais, sugeriu então que a capacidade de produzir e estruturar frases é inata ao ser humano, isto é, faz parte do patrimônio genético. Traz a teoria da Gramática Transformacional / Gerativa para conceituar a linguagem. A função dessa gramática não é ditar regras, mas envolver todas e, essencialmente, as frases gramaticais. Gerativa (gerar – criar frases) porque permite, a partir de um número limitado de regras, gerar um número ilimitado de sequências. A aprendizagem da língua não é uma questão de hábito e condicionamento, mas um processo criativo, uma atividade cognitiva, e não uma resposta a estímulos externos. 
Então, ele diz que, o acesso a linguagem requer a GU, que tem base biológica, colocando assim como inatos os mecanismos mentais que permitem à criança a aquisição e evolução da linguagem. Chomsky indicava haver um número infinito de sentenças numa língua, portanto seria impossível uma criança aprender por imitação. Algumas razões dadas para explicar que o desenvolvimento da linguagem seja determinado por maturação biológica ao invésde experiência são: Adquire a linguagem sem muito esforço; Desenvolvimento tão complexo em tão pouco tempo; Praticamente mesmo ritmo e idade, mesmo que morem em culturas e ambientes diferentes. Chomsky propôs que os humanos nascem com uma habilidade de colocar as palavras juntas de maneira que tenham significado, ou seja, com uma gramática mental inata.
A fala que os adultos apresentam às crianças não é plena e total, portanto, não acreditava que uma criança aprendia a linguagem a partir dessas fontes externas. Para ele, existia algum mecanismo mental inato para a aquisição da linguagem. Chomsky põe em questão o fato de que todo sujeito nasceria com uma Gramática Universal (competência inata): conjunto de princípios (responsáveis pelos aspectos comuns a todas as línguas humanas) e parâmetros (explicam a variação encontrada entre as línguas) que permitem a uma criança o desenvolvimento da linguagem durante os primeiros anos de vida. Ele chamou os princípios e parâmetros da gramática universal de Dispositivo de Aquisição da linguagem e estão presentes nas estruturas mentais inatas. Assim a GU pode ser entendida como a expressão da “essência” da linguagem humana. Portanto, para Chomsky o ser humano tem propensão inata (“nativa”) para o desenvolvimento da linguagem.
Acredita que nos seres humanos há um poder aquisitivo para formular de forma criativa as frases – construção e criações das frases, inclusive a transformações dessas frases gramaticais. Para Chomsky, toda frase tem uma estrutura superficial (como a frase se apresenta, palavras usadas para expressar ideias - desempenho) e profunda (sentido abstrato da frase - competência). Linguisticamente competência seria a capacidade inata que o indivíduo tem de produzir, compreender e de reconhecer as frases de sua língua. É o conhecimento que nos permite emitir, receber e julgar enunciados de nossa língua. E o desempenho seria o uso que fazemos da língua, a análise da execução da língua, algo mais individual. O inatismo linguístico e a criatividade dos indivíduos são os responsáveis pela geração e transformação das infinitas frases da língua.
Whorf
Whorf, observou que há uma relação entre as formas linguísticas e a estruturação do mundo. Isso o despertou para a necessidade de deixar de tratar a linguagem como um sistema abstrato e independente dos falantes. Achou relevante relacioná-la, portanto, ao pensamento e à cultura. Ele acreditava que a linguagem influencia a forma como as pessoas pensam e abordam os problemas (Ele propôs que a estrutura de nossa linguagem cotidiana determina a estrutura do nosso pensamento). Ele diz que usuários de línguas diferentes utilizam representações conceituais diferentes. Então diferentes línguas utilizam diferentes categorias linguísticas; e categorias linguísticas determinam aspectos do pensamento de seus falantes; consequentemente os aspectos do pensamento de cada indivíduo variam de acordo com a língua que o indivíduo fala. 
Ele elaborou a Tese da Relatividade Linguística, essa tese vai de encontro com as propriedades universais nas línguas humanas e consequentemente contra a teoria gerativista de Chomsky. A relatividade linguística é a relação entre a linguagem e pensamento, mediada pela cultura. A cultura, através da linguagem, afeta o nosso modo de pensar, principalmente, devido as nossas experiências de vida. Se os modos de pensar determinam a concepção que se tem da realidade, então, em certa medida, a linguagem delimita a forma como concebemos a realidade e, possivelmente, também o modo como agimos diante dela.
Whorf acredita que é completamente ilusório imaginar que alguém se ajusta à realidade sem o uso da linguagem e que a linguagem é meramente um meio de resolver problemas específicos de comunicação e reflexão. Pode haver uma confusão de termos linguísticos nos diferentes contextos, pois, se não houver entendimento da linguagem no contexto inserido, poderá ocorrer conflito/desentendimento. A variação das interpretações da linguagem faz com que as pessoas tenham visão de mundos diferentes e visão/constituição (pensamento) do sujeito em si.

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