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ROTURA PREMATURA DE MEMBRANAS (RPM) CONCEITOS · RPM = rotura de membranas antes do trabalho de parto · Se < 20 sem = abortamento inevitável · Se < 37 sem = rotura prematura pré-termo de membranas (RPPTM) · Período de latência = intervalo entre a rotura de membranas e o início do trabalho de parto · Inversamente proporcional à IG · Gestações a termo: 90% em 24h · Gestações pré-termo: 80% em 1 semana EPIDEMIOLOGIA · 5-10% de todas as gestações · 60% dos casos em gestações a termo · RPTTM = 3% das gestações; 1/3 dos partos pré-termo · Maior fator de risco de complicações em Obstetrícia · Frequente associação com morbimortalidade perinatal · Causas de prematuridade: interrupção eletiva por complicações maternofetais, TPPT e RPM (1/3) · Desafio – resultados obtidos nem sempre favoráveis · Riscos associados: infecção, compressão de cordão umbilical, descolamento prematuro de placenta, TPPT, hipoplasia pulmonar, deformidades fetais, SARA, displasia broncopulmonar, ducto arterioso patente, enterocolite necrosante, hemorragia intraventricular, apneia, sepse neonatal, sequelas neurológicas e morte · Importante: evitar complicações associadas à rotura prolongada de membranas FISIOPATOLOGIA · Membrana amniótica: · Âmnio: avascular, domina a resposta mecânica da integridade das membranas – secreção de colágeno e glicoproteínas · Córion: celular, mais espesso · Consequência direta de um processo de fragilização bioquimicamente mediado, coordenado com forças físicas · Fatores envolvidos: · ↓colágeno – ocorre progressivamente com o avançar da gravidez (amadurecimento). Ocorre em rotura espontânea ou prematura · ↓fosfatidilinositol - ↓lubrificação entre córion e âmnio e ↓distensibilidade das membranas · Infecção intrauterina – presente em 32-35% dos casos de RPM. As bactérias infectantes produzem proteases/colagenases/elastases que enfraquecem as membranas. A resposta inflamatória desencadeada também contribui, com a produção de citocinas, PGs, metaloproteinases e glicocorticoides · Fatores de risco: · TPPT ou RPM prévios · Tabagismo · Sangramento genital · Insuficiência cervical · Vaginose bacteriana · Distensão uterina – polidrâmnio, gemelaridade, macrossomia · Procedimentos invasivos – biópsia de vilo corial, amniocentese, cordocentese · Deficiências nutricionais (vitamina C e cobre) · Doenças maternas – deficiência de alfa 1 antitripsina, drepanocitose, síndrome de Ehlers-Danlos · Colo uterino < 35 mm às 23 semanas · IMC baixo · Trabalho durante a gestação · Complicações gestacionais · Contrações sintomáticas · Muitas vezes, a RPM pode ocorrer sem fatores de risco identificáveis DIAGNÓSTICO Clíni Laboratorial Ecográfico COMPLICAÇÕES CONDUTA
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