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Samantha Ribeiro Rosas EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO 1. Nível de consciência 2. Conteúdo da consciência (funções corticais) 3. Nervos cranianos 4. Motricidade 5. Coordenação 6. Sensibilidade 7. Marcha e equilíbrio 8. Sinais meníngeos NÍVEL DE CONSCIÊNCIA CONTEÚDO DA CONSCIÊNCIA Avaliar • Orientação • Memória imediata • Atenção e cálculo • Evocação • Linguagem Score • > 24 • 1-8 anos de escolaridade >18 • Acima de 8 anos de escolaridade > 26 • Analfabetos > 13 NERVOS CRANIANOS NCI – OLFATÓRIO Não é rotineiramente examinado Exame: Informar o paciente que será apresentado odores para ele sentir, pedir para que ele feche os olhos e oclua uma das narinas, e o examinador fará apresentação ao paciente de odores familiares e não irritativos (café, chocolate) Importante: perguntar se houve alterações em sabores de comida (cerca de 80% provém do olfato) NC II- NERVO ÓPTICO 1. Fundoscopia 2. Acuidade visual 3. Campimetria Fundoscopia • Avaliação das papilas ópticas e da retina Samantha Ribeiro Rosas Acuidade visual • Pede-se para que o paciente identifique os caracteres da tabela de Snellen (distancia de mais ou menos 6m) ou de Rosenbaum (distancia de mais ou menos 35 cm) Campimetria • Confrontação visual • Testa-se um olho de cada vez • Pedir para que o paciente fixe o olhar • Utilizar as mãos alternando o movimento dentro do campo visual • Pedir para o paciente falar (exemplo: mexendo a mão esquerda em cima) ou apontar NC III (OCULOMOTOR), NC IV (TROCLEAR) E NC VI (ABDUCENTE) 1. Oculomotricidade 2. Pálpebras 3. Reflexo Fotomotor direto 4. Reflexo Consensual Oculomotricidade • Solicita-se ao paciente que acompanhe o movimento da ponta do dedo do examinador que descreve uma trajetória de um H Pálpebras • Avaliar presença de ptose: paralisia do elevador superior das pálpebras (NC III) • Pseudoptose (ptose incompleta) indivíduo consegue elevar a pálpebra por esforço voluntário – ocorre na paralisia do simpático Reflexo fotomotor • Examinador incide o feixe de luz em uma pupila e observa a contração ou constrição rápida da pupila do lado estimulado Reflexo consensual • Examinador incide o feixe de luz em uma pupila e observa a contração da pupila contralateral ao lado estimulado NC V (TRIGÊMEO) 1. Sensibilidade da face 2. Reflexo córneo-palpebral 3. Força da mastigação Sensibilidade da face • Pedir para o paciente fechar os olhos e responder quando sentir um toque nas regiões inervadas pelos ramos oftálmico (V1), maxilar (V2) e mandibular (V3) • Aplicar-se um pedaço de gaze de um lado da face e depois na posição correspondente do outro lado – fronte, maçãs do rosto e mandíbula • Perguntar ao paciente se a sensibilidade de um dos lados dá a mesma sensação que o outro lado Reflexo córneo-palpebral • Paciente com os olhos abertos olhando para um dos lados, com um chumaço de algodão ou cotonete o examinador irá tocar na córnea do olho contralateral • Resposta: oclusão de ambas as pálpebras Samantha Ribeiro Rosas • Estimulação mecânica da córnea (Trigêmeo – aferência) causa o fechamento bilateral dos olhos (facial- eferência) e o lacrimejamento – normalmente testado em pacientes comatosos) Força da mastigação • Pedir para o paciente morder ou cerrar os dentes enquanto palpam os músculos masseter e temporal bilateralmente NC VII- FACIAL Motricidade da face • Pedir para o paciente mostrar os dentes (sorriso) • Solicitar o paciente que enrugue a testa • Solicitar o paciente que feche os olhos o mais apertado possível NC VIII (VESTIBULO-COCLEAR) 1. Audição 2. Prova de Rinne 3. Prova de Weber Audição • Teste da fricção com os dedos • Realizado em um ouvido de cada vez • A mão do examinador deve ficar próxima ao ouvido do paciente • Pedir ao paciente que feche os olhos e avisar quando começar a ouvir um som • Esfregar os dedos de forma suave e afastando lateralmente do paciente – pedir para o paciente avisar quando parar de ouvir Prova de Rinne • Comparação da condução aérea com a óssea, de um mesmo ouvido • Diapasão é aplicado sobre o mastoide (condução óssea), e quando o som deixa de ser percebido, o diapasão é colocado próximo ao ouvido externo (audição aérea) • Resposta normal: condução aérea > condução óssea Teste de Weber • Permite detectar déficit na condução aérea • Posicionar firmemente o diapasão vibrando no meio da cabeça do paciente • Perguntar se ele ouve ou sente o som na orelha direita, esquerda ou no meio da cabeça • Resposta normal: ouvir o som ou sentir a vibração no meio da cabeça- se o som não for ouvido no meio ou se lateralizar, considera-se que há perda auditiva NC IX E X (GLOSSOFARÍNGEO E VAGO) 1. Deglutição 2. Simetria de palato 3. Reflexo de vômito (coma) Samantha Ribeiro Rosas Deglutição • Verificar presença de disfagia para sólidos, pastosos ou líquidos Simetria do palato • Teste do AHHHH • Pedir para o paciente abrir a boca e dizer Ah • Observa-se se há elevação simétrica do palato mole (normal) e de há desvio da úvula (normal é a úvula na linha média- desvios representam lesões dos nervos) • Resposta anormal: em caso de paralisia unilateral, o palato do lado não afetado não sobre e a rafe mediana da faringe desviam para o lado são (sinal da cortina) NC XI (ACESSÓRIO) 1. Esternocleideomastoideo 2. Trapézio Exame do músculo esternocleideomastoideo • Pode ser testado pedindo- se ao paciente para que vire o pescoço e, em seguida, não deixe que o examinador puxe para o lado contrário Exame do músculo trapézio • Pode ser testado pedindo-se ao paciente para que eleve os ombros em direção aos ouvidos, e em seguida não deixe que o examinador empurre para baixo NC XII (HIPOGLOSSO) 1. Repouso 2. Mobilidade Repouso • Observação da posição da língua Movimento • Pedir para o paciente protuir a língua, ora para frente, ora para os lados • observar se há atrofia, fasciculações ou desvios MOTRICIDADE 1. Tônus muscular 2. Força e trofismo muscular 3. Reflexos superficiais 4. Reflexos Profundos 5. Modulação dos movimentos TÔNUS MUSCULAR Realizado com paciente em decúbito dorsal em complexo relaxamento muscular • Inspeção • Palpação • Movimentos passivos • Balanço passivo Inspeção • Observar a posição dos membros (em flexão e nas hemiplegias) e no contato das massas musculares com o leito/ maca Palpação • Identificar se os músculos estão flácidos demais (hipotonia), normais ou hipertônicos Movimentos passivos • Realizar movimentos naturais de flexão e extensão dos músculos com o objetivo de Samantha Ribeiro Rosas procurar por resistência (tônus aumentado) ou resistência abaixo do normal (tônus diminuído) • Procurar se existe ou nãoexagero no grau de extensibilidade da fibra muscular Balanço passivo • O examinador, com suas duas mãos, segura e balança o antebraço do paciente, observando se a mão se movimenta de forma normal, exagerada (hipotonia) ou diminuída (hipertonia) – manobra também pode ser aplicada nos membros inferiores FORÇA E TROFISMO MUSCULAR 1) Movimento 2) Hipertrofia 3) Força Membros superiores 1. Deltoide ▪ Abdução dos ombros > 45° 2. Bíceps ▪ Flexão do cotovelo 3. Tríceps ▪ Extensão do cotovelo 4. Flexores dos dedos ▪ Apertar dois dedos do examinador 5. Abdutores dos dedos 6. Prova dos braços estendidos ▪ Força mantida ▪ Queda? ▪ Paciente mantém os membros superiores estendidos para frente no plano horizontal, com os dedos afastados entre si, mais ou menos por 1 minuto Membros inferiores 1) Iliopsoas ▪ Flexão da coxa ▪ Pedir para o paciente sentado erguer a coxa contra a resistência 2) Quadríceps ▪ Extensão do joelho 3) Posteriores da coxa ▪ Flexão do joelho 4) Tríceps sural ▪ Flexão do tornozelo Samantha Ribeiro Rosas 5) Tibial anterior ▪ Extensão do tornozelo ▪ Pede para o paciente pisar no acelerador 6) Extensor do hálux 7) Prova de mingazzini ▪ Força mantida ▪ Queda? ▪ Paciente em decúbito dorsal, com as coxas fazendo ângulo de 90° com abdome e as pernas fazendo um ângulo de 90° com as coxas e os pés na vertical por mais ou menos 1 minuto REFLEXOS SUPERFICIAIS 1) Cutâneo abdominal 2) Sinal de Hoffmann 3) Cutâneo-plantar (Babinski) Reflexo cutâneo abdominal • Obtido pelo estímulo da parede do abdome com objeto semipontiagudo aplicado em sentido látero-medial nas regiões epigástricas e hipogástrica • Resposta: contração dos músculos abominais, desviando-se a cicatriz umbilical em direção ao estímulo Sinal de Hoffmann • Falange média do dedo médio do paciente é fixada entre o segundo e terceiro dedos do examinador enquanto com o polegar deve-se produzir a flexão brusca da última falange do paciente, pressionando a unha e relaxando-a subitamente Cutâneo plantar (Babinski) • Estimulação com instrumento semi- pontiagudo da borda externa da planta do pé no sentido posteroanterior • Resposta- contração dos músculos fleôres do pé • Sinal de babinski: Após a estimulação o hálux responde com extensão lenta e majestosa Samantha Ribeiro Rosas REFLEXOS PROFUNDOS 1) Biccipital 2) Estilorradial 3) Tricipital 4) Patelar 5) Aquileu Biccipital • Percute-se o tendão do bécps na dobra do cotovelo com interposição do polegar do examinador • Resposta: Contração do bíceps e consequente flexão e supinação do antebraço • Teste dos nervos nas raízes C5- C¨- nervo musculocutâneo Reflexo estilorradial • Percute-se a apófise estiloide do radio • Resposta: Contração do braquirradial, flexão do antebraço • Teste dos nervos das raízes C5- C6- Nervo radial Reflexo Tricipital • Percute-se o tendão do tríceps acima da inserção do processo olecrano da ulna • Resposta: contração do tríceps, com extensão do cotovelo • Teste dos nervos nas raízes C6-C8- nervo radial Reflexo patelar • Percute-se o tendão patelar firmemente com a base do martelo de reflexos • Resposta: Contração do quadríceps e extensão no joelho • Teste dos nervos nas raízes L2-L4 – nervo femoral Reflexo aquileu • Tensão do calcâneo é percutido pouco acima de sua inserção na parte posterior do calcâneo • Resposta: flexão plantar do tornozelo • Teste dos nervos nas raízes S1- S2 – nervo tibial MODULAÇÃO DO MOVIMENTO 1) Bradicinecia 2) Hipercinesia 3) Tremor 4) Instabilidade postural COORDENAÇÃO • Metria • Diadococinesia METRIA • Indéx- naso • Index- index • Calcanhar-joelho Samantha Ribeiro Rosas Prova index- nariz- index • Com o membro superior estendido lateralmente, o paciente é solicitado a tocar o dedo do examinador, e em seguida, tocar o próprio nariz Prova index- nariz • Com o membro superior estendido lateralmente, o paciente é solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador Prova calcanhar- joelho • Realizado na posição de decúbito dorsal com os membros inferiores estendidos, o paciente é solicitado a tocar o joelho oposto com a ponta do calcanhar do membro a ser examinado DIADOCOCINESIA • Consiste na alternância de movimentos rápidos- realização de movimentos alternativos de pronação e supinação SENSIBILIDADE a) Superficial b) Profunda SENSIBILIDADE SUPERFICIAL 1) Tato grosseiro e pressão 2) Térmica e dolorosa Térmica • Uso de dois tubos de ensaio ou copos com água quente ou fria, ou até mesmo objetos com diferentes condutâncias térmicas • Membros superiores: dorso das mãos (10X) • Membros inferiores: dorso dos pés (10x) Algesia • Estimulação dos pés e mãos com uma agulha, ora com a ponta (estímulo semi-algésico), ora com a base (estímulo tátil), de modo aleatório e com o indivíduo com os olhos fechados PROFUNDA 1) Tato epicrítico 2) Vibratória Vibratória • Examinada por meio de aplicações de estímulos vibratórios em proeminências ósseas ou em articulações – estimulo vibratório produzido por diapasão de 128Hz • Membro superior: pinça entre o polegar e indicador. Se alterado fazer nos cotovelos Samantha Ribeiro Rosas • Membro inferior: interfalângica do 1° pododáctilo (critério – no mínimo 11s). Se alterado fazer nas patelas e cristas ilíacas TESTES ESPECÍFICOS 1) Estereognosia 2) Propriocepção Consciente 3) Sinal de Romberg Esteroagnosia • Reconhecimento de objetos comuns pelo tato da mão Prppriocepção Consciente • Pesquisada colocando-se passivamente o segmento do membro em determinada posição, solicitando- se ao paciente que reconheça essa posição sem o auxílio da visão Sinal de Romberg • Paciente é colocado em posição ortostática, com calcanhares unidos e pontas dos pés separadas em 30°, cabeça reta. Braços ao longo do corpo na posição anatômica, olhos fechados (para inibir a visão) por um período de 30-60s sem apoio • Negativa: ocorre apenas oscilação mínima MARCHA E EQUILÍBRIO 1) Equilíbrio estático 2) Deambulação- apoio? 3) Ataxia – marcha com o pé um atrás do outro 4) Caminha nas pontas dos pés 5) Caminha nos calcanhares 6) Marcha típica SINAIS MENÍNGEOS 1) Rigidez de Nuca 2) Sinal de kernig 3) Sinal de Lasegue 4) Sinal de Brudzinski Rigidez de nuca Sinal de Kernig • resposta em flexão da articulação do joelho, quando a coxa é colocada em certo grau de flexão, relativamente ao tronco. • paciente em decúbito dorsal: eleva-se o tronco, fletindo-o sobre a bacia; há flexão da perna sobre a coxa e desta sobre a bacia Sinal de Lasègue • Levantamento de uma das pernas estando o paciente deitadoSamantha Ribeiro Rosas Sinal de Brudzinski • Ao se tentar fletir passivamente o pescoço como na pesquisa de rigidez de nuca, ocorre ligeira flexão das coxas e joelhos FIM
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