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EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO

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Exame físico Neurológico 
1. Pescoço e coluna: avaliação artérias pescoço, limitação mo-
vimento e sinais meningoradiculares 
- Avaliação vascular artérias pescoço: palpação e ausculta arté-
rias carótidas e subclávia quanto presença frêmitos e sopros. 
 
Maior predisposição ocorrência AVE. 
 
- Busca limitação movimento: paciente em pé e solicite movi-
mentação ativa coluna cervical e lombossacra com inspeção. 
 Flexão, Extensão, Lateralização e Rotação 
 
Doença osteoarticular Meningite 
Doença vascular Hemorragia subaracnóide 
Radiculopatia 
 
- Avaliação sinais meningorradiculares 
 Sinais irritação meníngea -> Rigidez nuca, Brudzinski e Ker-
ning 
 Sind Meningismo: etiologia inflamatória, hemorrágica ou is-
quêmica 
 Meningite-> vômitos em jato, cefaleia, náuseas e convul-
sões. Instalação rápida ou gradual. 
 Hemorragia subaracnóidea-> “pior dor de cabeça da vida”, 
início súbito. 
 
 Sinais estiramento de raíz nervosa: Kerning, Laségue e Testes 
das pontas de séze 
 Lombociatalgia: etiologia neurológica da lombalgia. Lom-
balgia irradiada para face posterior coxa (trajeto n. ciático) 
acompanhada parestesia, déficit esfincteriano, redução força e 
sensibilidade. 
 *Lombalgias: etiologia osteomuscular, urinária (pielonefrite) 
ou neurológica. 
 
✓ Rigidez nuca: decúbito dorsal, flexão passiva coluna cervi-
cal. Positivo quando fizer resistência ao movimento e ainda 
relatar dor. 
✓ Teste de Brudzinski: semelhante teste rigidez de nuca po-
rém acompanhado mão face anterior tórax paciente. Fle-
xão rápida e brusca da coluna cervical. Positivo quando fle-
xão involuntária MMII. 
✓ Teste Kernig: iniciar membro que não relata dor. Decúbito 
dorsal realize flexão perna, e examinador faz extensão pas-
siva. Positivo quando relatar dor e defesa ao movimento. 
*Meningite a dor é bilateral, simétrica a intensidade. 
 *Radiculopatia a dor é unilateral 
 
✓ Teste Lasegue: iniciar primeiramente membro não afetado. 
Elevação perna em extensão. Positiva quando intensa dor 
a 30-45 graus, ou aumente caso tenha lombociatalgia. 
OBS: Para diferenciar dor origem muscular ou nervosa. Dor ori-
gem nervosa há maior estiramento raíz nervosa com ambos si-
nais, enquanto muscular não tende-se agravar quando feito 
testes. 
Sinal Bragard- dorsoflexão pé 
Sinal Sicard- dorsoflexão hálux 
 
✓ Teste pontas de séze: avalia o nível medular, solicitar cami-
nhe ponta calcanhar (L4 e L5) e ponta dos pés (S1 e S2). 
 Caso não consiga caminhar ponta calcanhar- déficit muscula-
tura extensora plantar 
Caso não consiga caminhar ponta pés- déficit musculatura fle-
xora plantar 
 
 
2. Equilíbrio 
▪ Dinâmica 
- Avaliação marcha: solicite caminhe cerca 3 metros corredor 
inicialmente olhos abertos e posterior fechados, sempre exa-
minador ao lado e realizado descalço. Observar marcha como 
todo (balanço braços, elevação joelhos, toque pé que deve co-
meçar região calcanhar e simetria das passadas). 
 Marcha eubásica- normal 
 
 Marcha disbásica 
✓ Ebriosa- maior instabilidade postural tendendo queda, 
base alargada projetando-se para frente e para lado com 
movimentos mais alargos e imprecisos, tende olhar MMII 
durante caminhada. Ataxia cerebelar (centro integrador 
funções equilíbrio). 
✓ Anulante- tocar pé no chão com maior força. Ataxia sensi-
tiva (perde informação sensorial MMII). 
✓ Escarvante- arrasta ponta pé. Lesão n. periférico (fraqueza 
dorsoflexão pé) 
✓ Estrela- lateropulsões ao caminhar me linha reta (para 
frente e para lado). Ataxia vestibular. 
*Pode pedir manobra caminhar frente e para trás, no qual ca-
minhar para frente, para trás, pro lado, pra frente pro lado.. 
formando estrela 
 
 
- Teste Fukuda: posição ortostática e faça elevação braços a al-
tura ombros, solicitando em seguida marchar parado de olhos 
abertos e posterior olhos fechados. 
 Positivo- deslocamento >1m em relação posição início, ou ro-
tação >30 graus (sempre para lado lesionado do aparelho ves-
tibular) 
 
▪ Estática 
- Prova Romberg: avalia propriocepção e sistema vestibular. So-
licita ficar posição ortostática braços paralelos e pés juntos, fi-
car nesta posição 1 min olhos abertos e depois fechados. 
*Manobra Tandem: aumenta sensibilidade prova. Posicionar 
pé imediatamente após outro a fim diminuir superfície contato. 
 
 Se Alteração- realizar mín 3 vezes 
 
✓ Negativo- pode apresentar pequena oscilação, no entanto 
sem gerar quedas 
✓ Positivo- grandes oscilações posturais e quedas para qual-
quer um dos lados e ocorre imediatamente após fechar 
olhos. Lesão sistema proprioceptivo 
✓ Pseudoromberg/Sinal Romberg estereotipado- queda após 
fechar olhos porém período há latência entre fechamento 
olhos e a queda, somente para único lado (exato local sis-
tema vestibular lesioando). Lesão vestibular 
 
Em Cerebelopatas, no qual Prova não avaliará a função cerebe-
lar já que há ataxia cerebelar há grande dificuldade permanecer 
em pé (distasia) e dança dos tendões (tibiais anterior e aqui-
leus) agravando instabilidade postural. 
 
3. Motricidade 
- Involuntária: inspeção (coréias, tremores, fasciculações, 
clônus, tiques e convulsões) 
 Informar localização, amplitude e duração 
 
Fasciculação-> tremor não causa dor, apenas incômodo. Co-
mum pálpebra. Decorre estimulação céls nervosas espontâneo. 
Clônus-> movimentação passiva e brusca pelo examinador (fle-
xão dorsal pé) ocorrendo contração rítmica. É espasticidade. 
Esgotável quando soziho, ou inesgotável que só para quando 
músculo é estirado. Balanço pé para frente e para trás. Sempre 
patológico- lesão piramidal. 
 
- Voluntária: auxílio suspeita Sind piramidais e extra-piramidais 
✓ movimentação ativa: amplitude, velocidade e coordena-
ção. Buscando ataxia e limitações. 
✓ força muscular: movimentação ativa seguida contra-resis-
tência (quanto mais proximal é menor a resistência) 
- Tronco e pescoço: flexão, extensão, inclinação lateral e rota-
ção. 
- MS: oponência entre polegar e cada um dos dedos, flexão e 
extensão dedos, flexão e extensão punhos e antebraços, abdu-
ção e adução braços, elevação ombros. 
- MI: flexão e extensão pés, pernas e coxas. 
 
Graduação força muscular 
0- sem contração e movimentação 
1- apenas contração palpável sem movimentação 
2- contração visível e movimentação que não vence gravi-
dade (movimenta somente se apoiado superfície mas não 
acima dela) 
3- contração visível e movimentação vence a gravidade, po-
rém não vence pequenas resistências 
4- Movimentação vence pequenas mas não grandes resis-
tências 
5- Força plena 
 
Paresia- diminuição força 
Plegia- abolição força 
Paraplegia- abolição segmento medular para baixo atingindo 
MMI 
Tetraplegia- abolição movimento 4 membros 
 
 
- Manobras deficitárias: valia déficit motor discreto 
✓ Manobras MS 
 Manobra braços estentidos- ortostase, extensão membros 
em pronação 1 min olhos abertos e após 1 min olhos fechados. 
Positivo quando houver desvio pronador e assimetria dos 
membros em relação ao início da prova. 
 
 Manobra Raimiste- decúbito dorsal, solicita flexão antebraço 
ficando angulação próximo 90 graus e afasta braços do tronco 
com mãos espalmadas e dedos entreabertos, estando 1 min 
olhos abertos seguido 1 min olhos fechados. Positivo quando 
houver decaimento membro par ético sobre o tronco. 
 
✓ Manobras MI 
 Manobra Mingazzini- decúbito dorsal, flexão perna sobre coxa 
e coxa sobre quadril. Permanecer 1min com olhos abertos se-
guido 1 min olhos fechados. Positivo quando oscilação ou 
queda progressiva pé, perna ou coxa, combinadas ou isoladas 
(deficiência musculatura quadríceps-decaimento distal/perna; 
deficiência musculatura do psoas- decaimento proximal/coxa 
ou combinado quando ambas). 
 Prova de Barré- decúbito ventral, flexão perna sobre coxa em 
90 graus. Permanecer 1 min olhos abertos e 1 min seguido 
olhos fechados. Positivo quando houver oscilação ou queda 
progressiva do membro par ético (déficitmúsculos flexores 
perna). 
 
 
✓ tônus muscular: estado tensão músculo se apresenta. 
Avaliado por: 
o Inspeção- decúbito dorsal, busca-se por abaulamentos, re-
trações, lesões elementares e sinais flogísticos. No caso de 
hipotonia o músculo irá se achatar forma mais fácil sobre 
superfície, e hipertonia estará com tônus exacerbado. 
o Palpação- análise consistência. Normotônico é fibroelás-
tico, hipotônico é flácido, e hipertrônico mais enrijecido. 
o Movimentação passiva-> Manobra punho ombro e Mano-
bra calcanhar nádega (decúbito ventral) 
 Normotônico estruturas não se encostam, hipotônico tendem 
encostar ou ficar intimamente próximo, hipertônico não se en-
costam e tendem ter distância maior que no normotônico. 
 
Passividade e Extensibilidade: grau dificuldade ao movimento 
e amplitude do segmento terá movimentação respectiva-
mente. 
 Hipotonia- hipopassividade e hiperextensibilidade 
 Hipertonia- hiperpassividade e hipoextensibilidade 
 
Sinal roda denteada-> resistência constante seguida interrup-
ções. Lesões extrapiramidais; ex. Parkinson 
 
Sinal canivete-> resistência exorbitante ao início movimento e 
com tempo cessando de forma abrupta permitindo movimento 
rápido. Indica espasticidade. Lesões piramidais; ex. AVE 
 
o Balanço passivo articular: segurar antebraço e calcanhar, 
de forma que mão e pé fiquem relaxados e pendulados 
para promover o balanço das articulações. 
Hipotonia- balanço excessivo 
Hipertonia- balanço reduzido 
 
 Normotonia 
 Hipotonia-> Sind neurônio motor inferior ou Sind paralisia flá-
cida 
 Hipertonia-> Sind neurônio motor superior ou Sind paralisia 
espástica 
 
 
 
 
 
 
 
4. Coordenação: controle pela propriocepção (parte sensibili-
dade profunda quando posicionamento corporal no espaço 
auxiliando equilíbrio e tônus) e cerebelo (movimentos finos 
do corpo). 
Ataxia- origem cerebelar, proprioceptiva ou mista 
Sensitiva/proprioceptiva-> melhora com controle visual como 
forma compensação do movimento incoordenado 
Cerebelar-> sem melhora com controle visual 
 
- Coordenação axial (tronco) 
o Prova Assinergia de tronco-membros- decúbito dorsal cru-
zar braços sobre tronco e tentar sentar sem auxílio braços. 
Ataxia cerebelar não conseguem fazer isso, tendem a “gan-
gorrar sobre maca”. 
o Manobras Fournier- dar comandos ao paciente e surpre-
endê-lo mudando os comandos de forma abrupta. EX. ande 
e pare, vire-se. 
 
- Cordenação apendicular 
o Manobra índex-nariz: extensão braços para lados e tentar 
encostas dedo indicador na ponta do nariz, primeiro de um 
lado e em seguida do outro e após ambos dedos juntos. Pri-
meiro olhos abertos e depois olho fechado. 
Dismetria-> não acerto do alvo nariz. Lesão cerebelar. 
Hipermetria-> ultrapassar alvo 
Hipometria-> não atinge alvo (dedo fica antes nariz) 
 
o Manobra indez-narix-index: mesma manobra porém agora 
tentar colocar indicador no indicador examinador e poste-
rior ao nariz do paciente. 
 
o Prova calcanhar-joelho: sentado, paciente tenta encostar 
calcanhar na crista da tíbia contralateral. 
 
o Manobra hálux-dedo: decúbito dorsal e deve tentar en-
costa seu hálux no dedo indicador do examinador. 
 
o Diadococinesia/Prova movimentos alternados: mão em 
pronação e outra em supinação deve alternar movimentos, 
e feita com maior velocidade possível. 
Eudiadococinesia- normal 
Disdiadococinesia- decompõe ou lentifica movimento 
Adiadococinesia- não consegue fazer prova 
*Incapacidade realizar este teste-> Oposição polegar sucessiva-
mente e bilateral. 
 
o Manobra do Rechaço (Stewart-Holmes): sentado e exami-
nador pede flexão forçada antebraço com contra-resistên-
cia e bruscamente retirar contra-resistência, se paciente 
tem capacidade freiar movimento antes atinja tronco ou 
face. Examinador deve apoiar uma mão antes rosto impe-
dindo paciente se machuque. 
 
5. Reflexos: resposta muscular estímulo específico, rápida e 
involuntária e inconsciente (não chega até encéfalo). Tra-
jeto arco reflexo (receptor estímulo->neurônio sensitivo-
>substância cinzenta medular->neurônio motor-> órgão 
efetor). Diferencia lesão SNC e SNP 
 
 
- Profundos (Proprioceptivos): avalia receptores músculos e 
tendões, sempre comparando resposta dos hemicorpos. Avalia 
com martelo Buck com paciente distraído (contar 1-10). 
 
Graduação: 0 a ++++ 
 0- Arreflexia +- hiporreflexia ++- Normorreflexia 
+++- Reflexo vivo (fisiológico- como mulher jovem) 
++++- Hiperreflexia (patológica- neurológica, hipertireoidismo) 
 *Policinesia- testa reflexo e obtém mais de 1 resposta 
 *Sinreflexia- resposta é bilateral 
 
Hiperreflexia- sinal característico lesão piramidal 
Hiporreflexia ou Arreflexia- sinal sind neurônio motor inferior 
 
MI- pode solicitar a distrair paciente entrelaçar dedos e pedir 
puxe lados opostos e cabeça flexão lateral (Manobra Jendras-
sik). 
o Adutor da coxa-> em decúbito dorsal com MMI semifleti-
dos em ligeira adução com pés apoiados cama ou sentado 
com pernas pendentes, percute tendão no côndilo medial 
fêmur com interposição de seu dedo, e observa adução da 
coxa ipsilateral ou bilateralmente. N. obturador (L2 a L4) 
o Patelar-> membro pendente percute ligamento patelar, 
observando a extensão da perna. N. femoral (L2 a L4) 
o Aquileu-> pernas pendentes ao sentar, ponto de pesquisa 
maléolos e face anterior tíbia tendo como resposta a flexão 
plantar pé. N. tibial (L5 a S2) 
 
MS 
o Flexores dedos-> mão apoiada percutindo superfície pal-
mar das falanges, com interposição 2 e 3 dedos do exami-
nador. Resposta é flexão dedos. N. mediano e ulnar (C7 a 
T1). 
o Estilo-radial-> antebraço semi-fletido é apoiado sobre mão 
do examinador com punho em ligueira pronação. Percute 
epicôndilo lateral do úmero provocando contração bra-
quiorradial levando flexão e ligueira pronação antebraço. 
N. radial (C5 a T1). 
o Biccipital-> apoio antebraço sobre o do examinador, e estí-
mulo tendão distal com interposição polegar. Resposta es-
perada é contração bíceps com flexão e supinação ante-
braço. N. músculo-cutâneo (C5-C6) 
o Tricipital- abdução braço e sustentar com mão examinador 
de modo fique pendente membro em semiflexão. Resposta 
esperada é extensão antebraço. N. radial (C6-C8). 
 
Glabelar-> percute glabela face e observa fechamento pálpe-
bras. 
Oro-orbicular-> percute lábio superior linha axial, observa-se 
projeção lábios para frente por contração principalmente m. 
orbicular lábios. 
Mandibular- > percussão omento, com boca entreaberta e in-
terposição dedo examinador. Observa-se elevação mandíbula 
secundariamente à contração dos masseters. 
 
- Superficiais (Extereoceptivos): estímulo com objeto ponta 
romba, receptores pele e mucosas provocando contrações 
musculares. 13:21 
 
o Cutâneo-abdominal: estimulação parede abdominal sen-
tido látero-medial provocando contração músculos abdo-
minais ipsilaterais (desvio linha alba e cicatriz umbilical 
para lado estimulado). Avalia T6-T12. Dificulta pesquisa 
obesidade, cicatriz cirúrgica e flacidez. 
Teste abdome superior-> altura epigástrica; T6-T8 
Teste abdome médio-> altura umbilical, T9-T10 
Teste abdome inferior-> hipogástrico, T11-T12 
 
Abolidos -> Sind piramidal aguda 
 
o Cutâneo-plantar em flexão-> estímulo pele plantar em sua 
margem interna no sentido posterio-anterior provocando 
flexão hálus e artelhos. N. ciático e tibial (L5-S2). 
*Sinal Babinski- extensão lenta do háluz. Indicativo lesão pira-
midal. 
 
 
o Cremastérico-> estímulo terço superior face medial coxa, 
estando em decúbito dorsal com MMII estendidos e abdu-
ção. Desencadeia contração cremáster e elevação testículo 
psilateral. 
o Anal-> contração esfíncter anal externo em resposta esti-
mulação cutânea região perianal. 
o Palmomentual-> contração ipsilateral m. mentual e oro-or-
biclar após estímulo cutâneo eminência tenar. 
o Corneopalberal-> oclusão ambas pálpebras quando uma 
das córneas é ligeiramente estimulada com mecha fina de 
algodão. 
 *Via aferente reflexo-> N.trigêmeo ipsilateral 
 *Via aferente-> N. facial bilateral 
 
 
6. Sensibilidade 
▪ Primária: Superficial (tátil, térmica e dolorosa) e Profunda 
(cinético-postural e vibratória) 
*Face deve respeitar 3 ramos inervação n. trigêmeo (oftálmico, 
maxilar e mandibular). Tronco dermátomos dispõem-se forma 
longitudinal e membros transversal. 
 Orientar antes iniciar teste- mostrar o estímulo irá fazer, de-
pois solicitar feche olhos e iniciar o teste. Perguntar se sentiu, 
o que sentiu, onde e se semelhante bilateral. 
 
- Tátil: chumaço algodão 
- Térmico: 2 tubos ensaios um frio e quente 
- Dolorosa: objeto pontiagudo sem causar lesão 
 
- Cinético-postural: polegar movimentar e solicitar identificar 
se está para cima ou para baixo 
- Vibratória: diapasão 128Hz, saber identificar o toque do dia-
pasão e vibração. Teste em proeminências ósseas (maléolos, 
clavícula, processo xiloide) 
 
▪ Secundária: grafestesia, estereognosia 
- Estereognosia: capacidade identificar objetos apenas estí-
mulo tátil, olhos fechados. 
- Grafestesia: escrever letra ou número face palmar, saber iden-
tificar qual é. 
 
 
7. Pares cranianos 
▪ NC I/Olfatório: sensitivo olfato. Narina por vez, odores não 
irritativos (pó café, hortelã). Solicitar que identifique 
cheiro. 
Anosmia- ausência 
Hiposmia- diminuição 
Parosmia- perversão (troca cheiro) 
Cacosmia- sensação odores fétidos 
Agnosia olfativa- não identifica cheiro 
 
▪ NC II/Óptico: sensitivo visão. 
- Acuidade visual: tabela Snellen. Se não enxerga, examinador 
mostra dedos e solicita contagem dedos. Se mesmo assim, mo-
vimentos rápidos com mão pelo examinador, solicitando que o 
paciente identifique os vultos. Se mesmo assim, apagar e ligar 
luz da sala e identificar se enxerga claro ou escuro. 
 
 Ambliopia- diminuição acuidade visual sem lesão perceptível 
 Amaurose- cegueira resultante lesão neurológica 
 
- Campimetria: distância 1m entre paciente, tampe mão um 
dos olhos e outro olho aberto tentando e examinador o mesmo 
de forma que fiquem com mesmo campo visual. Utiliza objeto 
e solicitar fixe o olhar para ponta nariz examinador, e movi-
menta objeto e pergunta se enxerga. Comparando campo vi-
sual do examinador e do paciente. 
 
- Fundoscopia: inspeção mácula, disco óptico, vasos intraocula-
res, fóvea central. 
 
 
Reflexo fotomotor: NC II e III (aferência NC II e eferência NC III). 
Incide luz de fora para dentro a observar miose. 
 Fotomotor direto preservado-> miose ipsilateral à luz 
 Fotomotor indireto ou consensual preservado -> miose con-
traletral à luz 
 
 
▪ NC III/Oculomotor, IV/Troclear, VI/Abducente: motores 
oculares 
 
Observar achados prévios: ptose, estrabismo. 
Inspeção globo ocular e avaliar motricidade extraocular (rosa 
ventos)- para cima e direita, para cima e esquerda, laterais, 
para baixo e esquerda, para baixo e direita, e convergência 
(aproximar dedo próximo nariz paciente) 
 
Reflexo acomodação: convergência olhar associado miose 
 
- Oculomotor: Reto superior, Reto inferior (adução), Reto me-
dial, Oblíquo inferior 
- Troclear: Oblíquo superior 
- Abducente: Reto lateral (abdução) 
 
▪ NC V/Trigêmeo: misto (sensibilidade facial + m. mastiga-
ção). 
- Avaliação ramo sensitivo: V1, V2, V3 (oftálmico, maxilar e 
mandibular) 
- Reflexo córneo-palpebral: aferência NC V e eferência NC VII. 
Chumaço algodão e estimular região súperolateral do limbo 
olho paciente estando com olhar lado oposto. Reflexo presente 
quando piscar olhos. 
 
- Ramo motor: inspeção m. temporal, masseter e pterigoideos 
(mais internos) 
 Fechamento forçado boca- palpar temporal e masseter 
 Teste força- morder ambas espátulas e tracioná-las en-
quanto paciente morde, e se há desvio mandíbula. 
 
▪ NC VII/Facial: misto (sensibilidade gustativa 2/3 anteriores 
língua + motricidade face) 
- Inspeção simetria face 
 Estática- desvio rima labial, incapacidade fechar olho, altera-
ção rugas testa. 
 Dinâmica- Mímica facial (sorrir, enrrugar testa, levantar so-
brancelhas, fazer bico) + m. platisma (mostrar dentes) 
 
▪ NC VIII/Vestibulococlear: sensitivo (equilíbrio e audição) 
- Avaliação ramo vestibular: exame equilíbrio e coordenação 
- Avaliação ramo coclear: fala examinador ou atrito dedos com 
paciente olhos fechados. Testes com diapasão 128Hz. 
 
 Teste Weber- diapasão sobre topo cabeça paciente, vértice. 
Acionar diapasão e solicitar se paciente ouve e se ambos lados. 
 Indiferente-> Consegue ouvir igual ambos lados 
 Lateralizado-> Ouve mais de um lado que outro, sempre 
referir o lado (à direita ou à esquerda) 
 
 Teste Rinne- diapasão sobre processo mastoideo, perguntar 
se está ouvindo e solicitar que avise quando parar ouvir. Ao pa-
rar ouvir, imediatamente colocar à frente pavilhão e perguntar 
se continua ouvir. 
 Positivo->Se continuar ouvir (condução aérea>óssea)- fi-
siológico 
 Negativo-> não consegue mais ouvir (condução óssea>aé-
rea) 
 
 Acuidade Rinne Weber 
Hipoacusia 
condução 
↓ CO>CA 
(Negativo) 
Lateralização lado 
anormal 
Hipoacusia 
neurossen-
sorial 
↓ CA>CO 
(Positivo) 
Lateralização lado 
íntegro 
 
 
 
▪ NC IX/Glossofaríngeo e X/Vago: inervação próxima de-
vendo ser avaliado em conjunto. Mistos relacionados mo-
tricidade palato mole, úvula e m. deglutição. 
- Inspeção cavidade oral: atentar para úvula (centralizada) e 
véu palatino (se há decaimento) 
*pode solicitar que diga “A” para observar- avalia ramo motor 
inerva m. laringe e faringe. 
 
Sinal cortina: lateralização úvula para lado contralateral da le-
são. *pensar m. puxando o palato para cima 
 
*Ramo sensitivo: inerva faringe e laringe, viscerocepçãoe gus-
tação 1/3 posterior língua e da faringe. Não é possível avaliar. 
 
▪ NC XI/Acessório: motor (inerva M. trapézio e esternoclei-
domastóideo) 
- Movimentação ativa e teste de força (contrarresistência) 
 Elevação ombro 
 Rotação cervical 
 
▪ NC XII/Hipoglosso: inervação m. genioglosso 
- Inspeção língua (solicitar projete para fora): atrofias, desvio 
 Desvio língua é ipsilateral da língua *pensar m. projetando-a 
para frente mesmo 
 
- Palpação: toque na buchecha tentando empurrar língua no lu-
gar que está a mão examinador, e tentar associar consistência 
 
- Movimentação interna e externa em todas direções

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