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Projeto Paisagismo

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA
CAMPUS DE ROLIM DE MOURA
PROJETO PAISAGÍSTICO DA FAZENDA EXPERIMENTAL – UNIR
CAMPUS ROLIM DE MOURA – RO
Rolim de Moura – RO
2020
EDINELIA ROSS
MARCOS ANTONIO DE AGUIAR
MELISSA DA SILVA PEREIRA
RAISSON L. DA SILVA VIEIRA
VANESSA MARCOLINO MANETI
PROJETO PAISAGÍSTICO DA FAZENDA EXPERIMENTAL – UNIR
CAMPUS ROLIM DE MOURA – RO
Trabalho elaborado como requisito parcial referente à disciplina de “Paisagismo e Jardinagem” para obtenção do grau em bacharelado em Agronomia apresentado à Universidade Federal de Rondônia - UNIR.
Prof. Dr. Anderson Cristian Bergamin
Rolim de Moura – RO
2020
SUMÁRIO 
1. Memorial Descritivo ........................................................................ 3
1.1. Localização ................................................................................. 3
1.2. Área do Projeto .......................................................................... 3
1.3. Planta Baixa ............................................................................... 4
1.4. Levantamento Florístico .......................................................... 5
1.5. Cerca de delimitação do terreno ............................................. 5
1.6. Características Edafoclimáticas .............................................. 5
1.7. Topografia do Terreno ............................................................. 6
2. Espécies a Serem Utilizadas ............................................................ 6
2.1. Eucalipto citriodora .................................................................... 6
2.1.1. Manejo do Eucalipto citriodora ...................................... 7
2.2. Grama Santo – Agostinho (Stenotaphrum secundatum) .......... 7
2.2.1. Manejo da Grama ........................................................... 8
2.3. Ipê-branco (Tabebuia róseo-alba) .............................................. 9
2.3.1. Manejo do Ipê-branco ..................................................... 9
3. Atividades a serem desenvolvidas ................................................... 10
4. Referências ........................................................................................ 11
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1. MEMORIAL DESCRITIVO
1.1. LOCALIZAÇÃO
O projeto paisagístico será implantado em uma fazenda experimental com área total de 747.805 m² (figura 1) pertencente à Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Campus Rolim de Moura – RO, na Rodovia 479, km15 com as coordenadas geográficas 11°43’ 18” S e 61°46’00” W.
Figura 1: Área total da Fazenda Experimental.
Fonte: Google Earth Pro.
1.2. ÁREA DO PROJETO
A área para implantação do projeto inicia-se após a porteira de entrada da Fazenda Experimental paralelamente a rodovia e a cerca de delimitação da Fazenda, terminando na cerca de divisória com vizinho, possuindo 10,5 m de largura e 133 m de comprimento, totalizando 1.314 m2, como descrito na Figura 2. 
Figura 2: Área do Projeto
Fonte: Google Earth Pro.
1.3. PLANTA BAIXA DA ÁREA
Figura 3. Planta Baixa da área.
Foi elaborada no programa AutoCAD, com escalas definidas (1:5m) e auxilio do Google Heart para visualização da aérea e delimitação do terreno. 
1.4. LEVANTAMENTO FLORÍSTICO 
A vegetação existente no local consiste em forragens do gênero Brachiaria sp., e o componente arbóreo formado por plantas de eucalipto, conforme pode ser observado na Figura 4. 
Figura 4: Forragem e Eucalipto presentes na área de implantação do projeto.
1.5. CERCA DE DELIMITAÇÃO DO TERRENO
A cerca de delimitação da área do projeto já existente no local será mantida, sendo realizada apenas limpeza, já que se encontra recoberta por plantas trepadeiras. Após a limpeza, a mesma será pintada reforçando a cor já desgastada, com óleo queimado e o ápice pintado de branco com cal.
1.6. CARACTERÍSTICAS EDAFOCLIMÁTICAS
Segundo a classificação de Köppen o clima que predomina no estado é do tipo Am - Clima Tropical Chuvoso, com uma média da temperatura do ar durante o mês mais frio superior a 18°C e um período seco bem definido durante a estação de inverno, quando ocorre um moderado déficit hídrico com índices pluviométricos inferiores a 50 mm/mês. A média anual de precipitação varia entre 1.400 a 2.600 mm/ano, enquanto a média anual da temperatura do ar varia entre 24 a 26 °C (SEDAM; COGEO, 2012).
De acordo com a EMBRAPA (2013) o solo no local de implantação do projeto é classificado como Latossolo Vermelho Amarelo distrófico. Os solos de Rondônia são considerados velhos proveniente do alto grau de intemperismo, possuindo elevado índice de acidez pH inferior a 5.5 e CTC a baixo de 50% sendo recomendado o uso de corretivo para redução da acidez, maior disponibilidade de nutrientes como Ca2+ e Mg2+ e aumentando a eficiência de adubos químicos (SCHLINDWEIN et al. 2012).
1.7. TOPOGRAFIA DO TERRENO
Para se obter uma maior precisão de nivelamento do terreno que irá ser trabalhado, deve-se conhecer a topografia do terreno. A partir dos dados coletados no campo é possível realizar os ajustes de corte ou aterro que atenda às exigências de topografia do cultivo em interesse. O terreno a ser trabalhado possui 133 m de comprimento e 10,68 m de largura. O terreno impossibilita o tráfego de máquinas no local, pois já possui algumas espécies implantada, portando o replantio das mudas ocorrerá de forma manual.
2. ESPÉCIES A SEREM UTILIZADAS
As arvores de Eucalipto serão mantidas, sendo feito replantio de mudas onde ouve morte de plantas, totalizando 22 mudas, adquiridas no Viveiro Cidadão em Rolim de Moura. A Brachiaria presente na área será controlada por meio de roçagem, para posterior plantio de mudas de grama Santo-Agostinho adquiridas dentro da área total do projeto (Figura 5). A muda de Ipê-branco a ser plantada no início da área próximo a porteira será adquirida do viveiro municipal.
2.1. Eucalipto citriodora.
Fonte: mfrural.com.br
Nome científico: Eucalyptus citriodora Hook.
Família: Myrtaceae.
O Eucalipto citriodora é originaria do estado de Queensland na Austrália, sua madeira apresenta grande potencial para uso em construção civil, lenha, moveis, carvão, pisos entre outras finalidades. Tem como característica marcante, folhas com forte odor de citronela (BÔAS et al., 2009).
A espécie apresenta crescimento moderado, variando entre 20 a 24 m de altura, 60 a 120 cm de diâmetro, folhagem rala e longa que permite a formação de uma copa aberta, com formato largo-lanceolada e estreito-lanceoladas de acordo o estado de maturidade (D`ÁVILA, 2018; BÔAS et al., 2009). 
2.1.1. Manejo do Eucalipto citriodora.
· Cova: 20x20x20.
· Podas: A desrama (ou poda dos ramos de uma árvore) consiste em uma prática silvicultural que agrega valor à madeira, tem por objetivo a obtenção de madeira sem livre de nós, de qualidade e sem redução na produção (MONTE et al. 2009). Essa pratica deve ser realizada de forma leve e evitando a retirada de mais de 30% do volume de folhas na forma de galhos, os cortes devem ser rentes ao tronco evitando assim ferimentos na casca. A idade adequada para realizar a desrama varia de acordo com a espécie e as condições de solo e clima da área, quanto mais rápido o crescimento das arvores, mais cedo deve ser feita a desrama (AHRENS., EMBRAPA).
· Adubação: No plantio e manutenção recomenda-se 150g de SS solo argiloso, potássio para teores no solo superior aos críticos de manutenção, não aplicar adubo potássico. Para os teores inferiores aos critérios de manutenção, aplicar 1,8 kg/há de K2O para cada mg/dm3. Adubação nitrogenada, 80 g de sulfato de amônia um ano após o plantio. 
· Irrigação: A irrigação em plantações de eucalipto é mais utilizada para garantir a sobrevivência das mudas após o plantio. Na prática, é uma irrigação periódica das mudas durante o primeiro mês do plantio caso ocorram estiagens prolongadas. Indica-se três litros de água por muda em cada operação. Considerando um raio de 25 cm ao redor da muda (EMBRAPA).
2.2. Grama Santo Agostinho
Figura 5: Grama Santo Agostinhoda Fazendo Experimental
Nome científico: Stenotaphrum secundatum (Walt.) Kuntze
Família: Poaceae.
A importância da utilização de gramas em uma área, está associado aos benefícios que ela proporciona como controle da erosão do solo, aumento na absorção de água, menor temperatura do solo, absorção de CO2 entre outros. A grama Santo Agostinho atualmente vem sendo muito utilizada em residências e jardins, onde o objetivo do gramado é o aspecto estético, com uma coloração verde intensa e boa densidade (gramado fechado, sem falhas onde não há exposição do solo). Além do mais a cobertura vegetal por gramas próxima a rodovias torna-as esteticamente mais agradável aos motoristas e a composição da paisagem (GODOY & BÔAS, 2003). (GODOY & BÔAS, 2003). 
A grama Santo Agostinho, tem sua origem na américa central, possui habito de crescimento estolonífero, media a alta densidade de folhas de textura grossa, de coloração verde escuro e sem pelos, baixa resistência ao pisoteio, baixa tolerância a seca e de ciclo perene. 
2.2.1. Manejo da grama Santo – Agostinho
· Plantio: Como se trata de uma planta estolonífera no momento da colheita de mudas, deve-se deixar faixas de 5 cm de largura entre os tapetes colhidos para que haja a emissão de estolões fechando novamente a área colhida (GODOY, 2005). No plantio por meio de mudas, estas devem estar distantes no máximo 10 x 10 cm entre si (PIAUILINO, 2012).
3. Podas: De acordo com Piedade (2005), essa grama é recomendada para solos de media a alta fertilidade, com boa drenagem. Sendo mantida com uma altura de corte de 2,5 a 6,0 cm, locais sombreados devem manter o limite superior de corte e em locais ensolarados deve-se manter o limite inferior de altura de corte. 
4. Irrigação: Deve ser realizada diariamente até 20 dias após o plantio ou até o pegamento dos tapetes. Esta operação é muito importante para o sucesso da formação do gramado, pois a rapidez do enraizamento dos tapetes é diretamente proporcional à umidade do solo.
2.3. Ipê-branco
Fonte: sitiodamata.com.br
Nome científico: Tabebuia róseo-alba (Ridl.) Sandwith
Família: Bignoniaceae
O ipê-branco é uma arvore que possui grande valor ornamental, sendo muito valorizada nos projetos de paisagismo pela sua forma elegante e florescimento vistoso, além de uma sombra fresca pela copa ampla que possui nos meses mais frescos, luz e calor no inverno, trata-se de uma árvore decídua nativa do cerrado e pantanal brasileiro (TEUTONIA, 2020). 
A espécie possui troco reto, de 40 a 50 cm de diâmetro, porte de pequeno a médio alcançado de 7 a 16 metros na fase adulta, floração ocorre no final do inverno ou primavera (entre agosto e outubro) quando a arvore está totalmente despida de suas folhas. As flores são brancas ou levemente rosadas, em forma de trompete, os frutos são capsulas semelhantes a vagens contendo inúmeras sementes pequenas, esbranquiçadas e aladas. É uma planta rústica e pouco exigente em fertilidade, e se estabelece bem em solos pobres e pedregosos (SAMPAIO & KASTEN, 2016). 
2.3.1. Manejo do Ipê-branco
· Cova: 60cm x 60cm, com 60cm de profundidade.
· Plantio: Misture partes iguais de terra retirada da cova, areia grossa e esterco curtido. A terra para o plantio deverá estar livre de lixo e entulho. Deve-se preparar a terra misturando-a com o húmus. Recomenda-se usar 15 litros de esterco de curral ou de composto orgânico, ou 5 litros de esterco de galinha já curtido, mais 150 gramas de superfosfato misturados na terra retirada dos primeiros 20 centímetros da cova. Essa mistura deverá ir para o fundo da cova.
Para ajudar a muda a se manter em pé, pode-se instalar um tutor, colocando um pedaço de madeira (2 m) ao lado da muda, firmando bem com um pedaço de sisal ou corda amarre a muda ao tutor sem apertar muito e nem deixar frouxo demais
· Adubação: Nos dois primeiros anos após o plantio, é necessária uma adubação de cobertura a cada seis meses utilizando uma mistura de 50 gramas de uréia, 100 gramas de superfosfato simples e 50 gramas de cloreto de potássio. Essa mistura deve ser aplicada ao redor da muda, na figura de um círculo formada pela projeção da copa da planta no solo.
· Poda: Apenas poda de formação. 
· Irrigação: Quando jovem, regar 1 a 2 vezes por semana (STIO DA MATA, [s.d.]). 
3. ATIVIDADES A SEREM DESELVOLVIDAS
· Medição da área – realizada com auxílio de uma trena.
· Limpeza da área (Roçar).
· Plantio de mudas de eucalipto nas falhas onde ouve morte das plantas, totalizando 22 mudas plantadas.
· Desrama do eucalipto.
· Plantio de mudas de grama retiradas da própria fazenda experimental.
· Plantio da arvore ipê-branco.
· Instalação banco na chegada da área experimental. 
4. REFERÊNCIAS
AHRENS, S. Eucalipto – Desrama. EMBRAPA. Disponível em: <agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/eucalipto/arvore/CONTAG01_46_2572006132315.html>. Acessado em: 27 de Março de 2020.
BÔAS, O. V.; MAX, J. C. M.; MELO, A. C. G. Crescimento Comparativo De Espécies De Eucalyptus E Corymbia No Município De Marília, SP. Rev. Inst. Flor., São Paulo, v. 21, n. 1, p. 63-72, 2009. 
D’ ÁVILA, A. R. F. AVALIAÇÃO DA Germinação De Sementes De Corymbia Citriodora (Hook.) K.D. Hill & L.A.S. Johnson Utilizando Diferentes Dosagens De Biocarvão De Casca De Coco Como Substrato. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Federal do Sergipe. São Cristóvão – SE, 2018, 33P. 
Delonix regia. SiSTSP // Banco de Plantas Notáveis. Disponível em: https://www.tudosobreplantas.com.br/asp/plantas/ficha.asp?id_planta=23026. Acessado em: 13/12/2020. 
DUTRA, F. V., CARDOSO, A. D., DA SILVA BANDEIRA, A., DA SILVA, R. M., MORAIS, O. M., & PRATES, C. J. N. Características Biométricas De Frutos E Sementes De Flamboyant. Scientia Agraria Paranaensis, v. 16, n. 1, p. 127-132, 2017.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Sistema brasileiro de classificação de solos. 3. ed. Brasília, 2013. 353p.
GODOY, L. J. G. Adubação nitrogenada para produção de tapete de grama Santo Agostinho e Esmeralda. Tese de Doutorado em Agricultura, UNESP - Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu – SP, 2005, 122p.
GODOY, L. J. G.: BÔAS, R. L. V. NUTRIÇÃO DE GRAMADOS. I SIGRA – Simpósio Sobre Gramados – “Produção, Implantação e Manutenção”. Unesp – Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu SP. 2003, 48p. 
MONTE, M. A., REIS, M. D. G. F., REIS, G. G. D., LEITE, H. G., CACAU, F. V., & ALVES, F. D. F. (2009). Crescimento de um clone de eucalipto submetido a desrama e desbaste. Revista Árvore, 33(5), 777-787.
PIAUILINO, R. F. Projeto De Paisagismo Da Associação Dos
Docentes Da Universidade De Brasília – Adunb. Monografia de Graduação - Universidade de Brasília. Brasília, DF, 2012, 58p.
PIEDADE, A. R. Desenvolvimento vegetativo de quatro espécies de grama irrigadas com efluente de Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico. Dissertação de Mestrado em irrigação e drenagem. UNESP - Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu – SP, 2004, 93p.
RIBERIRO, A.C., GUIMARAES, P.T.G, ALVAREZ, V. H. (1999). Recomendação para ouso de corretivos e fertilizantes em minas gerais. 5 aproximação. Comissão de fertilidade do solo do estado de minas gerais-CFSEMG, VISOSA -1999. 
SAMPAIO, D. R. B.; KARSTEN, J. Crescimento Inicial De Ipê Branco (Tabebuia Roseoalba) Em Resposta A Doses De Fósforo. 2016, 11P. 
SCHLINDWEIN, J. A.; MARCOLAN, A. L.; PEREIRA, E. C. F.; PEQUENO, P. L. DE. LUNA.; MILITÃO, S. L. T. Solos de Rondônia: usos e perspectivas. Revista Brasileira de Ciências da Amazônia/Brazilian Journal of Science of the Amazon, v. 1, n. 1, p. 213-231, 2012.
SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL
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Sitio da mata. IPÊ BRANCO (Tabebuia roseo-alba). Disponível em: https://www.sitiodamata.com.br/ipe-branco-tabebuia-roseoalba-ridl-sandwith. Acessado em: 18 de dez. 2020. 
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