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Razões Finais, Sentença e Coisa Julgada

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
PROCEDIMENTO COMUM
RAZÕES FINAIS, SENTENÇA E COISA JULGADA
PROFESSOR: CARLO COSENTINO
RAZÕES FINAIS
CLT. Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
Vê-se, assim, que no processo do trabalho, fiel ao princípio da oralidade e da concentração dos atos, as razões finais são apresentadas oralmente, tendo cada parte o prazo de dez minutos para oferecê-las;
Não raro, porém, principalmente quando a sentença não for proferida na própria audiência, os juízes tem permitido que as partes ofereçam razões finais por escrito, isto é, em forma de memoriais.
Não há obrigatoriedade da apresentação das razões finais pelas partes.
Tendo em vista que o processo do trabalho adota a audiência única ou una, as razões finais, embora facultativas, assumem um papel importantíssimo não apenas para arguição de nulidades (CLT, art. 795) como também para facilitação do convencimento do juiz.
Conciliação Pré-decisória
Findadas as alegações finais , o juiz, por força do art. 850 da CLT, deve renovar a proposta de conciliação. No mesmo sentido, o art. 831 do mesmo diploma legal determina que a decisão somente será proferida “depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação”
Essa segunda proposta de conciliação, segundo a jurisprudência, tem tido peso maior que a primeira, sendo que esta deve ser feita na abertura da audiência (CLT, art. 846). 
A ausência da primeira proposta conciliatória não nulifica o processo, mas se o juiz, antes de proferir a sentença, não apresentar a segunda proposta de conciliação, a sentença estará contaminada de vício insanável.
Acordo – Termo de Conciliação
CLT. Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
 Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas;
O acordo homologado judicialmente será equiparado à sentença de mérito, pois somente por ação rescisória poderá ser impugnado (TST, Súmula 259), e produzirá eficácia de coisa julgada em relação às partes que figurarem no título executivo, exceto ao INSS, uma vez que este não é sujeito a lide cognitiva.
SÚMULA Nº 259 DO TST. TERMO DE CONCILIAÇÃO. AÇÃO RESCISÓRIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT.
Conversão do Julgamento em Diligência
Se no momento de redigir a sentença o juiz verificar a existência de certas irregularidades que poderiam ter sido corrigidas no momento oportuno e não o foram, poderá converter o julgamento em diligência, cujo escopo reside na sanação da irregularidade.
O objetivo da conversão do julgamento em diligência constitui uma providência saneadora que se encontra em sintonia com o princípio da economia processual, na medida em que pode evitar a decretação de nulidade do processo pelo tribunal ao qual caberia processar e julgar o recurso correspondente
EX: hipótese em que o juiz verificar que não formulou a segunda proposta de conciliação ou não ofereceu oportunidade para uma parte manifestar-se dobre o laudo pericial ou documento juntado pela outra parte. Em tais circunstâncias, o juiz estará salvaguardando o processo de eventuais nulidades.
CLT. Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. 
CLT. Art. 796 - A nulidade não será pronunciada:
 a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato;
	 b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa.
Sentença – Atos do Juiz
CPC\2015. Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
* Sentença é o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa.
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e487 CPC\2015, põe fim á fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º.
§ 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte 
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.
Sentença – Atos do Juiz
CPC\2015. Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
CPC\2015. Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. 
Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei.(Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).
CPC\2015. Art. 205. § 3º Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e as ementa dos acórdãos serão publicados do Diário de Justiça Eletrônico
É certo que existem outros atos, não escritos, que o juiz pratica no processo, como, por exemplo, o ato de presidir audiências, a inspeção judicial, etc., os quais não se encaixam adequadamente na moldura do art.203 do CPC\2015;
Sentença – Atos do Juiz
A CLT emprega o Termo “decisão” em sentido amplo, o que exige do intérprete a devida cautela para desvendar, no contexto, o seu exato sentido. Noutro falar, a expressão, “decisão” pode ser utilizada em lugar de “sentença” ou de “decisão interlocutória”;
Ex: art. 799, § 2º da CLT: “Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final”
“decisão sobre exceções”, estamos diante de decisão interlocutória, pois por meio dela o juiz resolve questão incidente sem extinguir o processo;
“decisão terminativa do feito sobre incompetência”, estamos diante de decisão interlocutória, pois a decisão que denuncia incompetência na Justiça do Trabalho para processar a causa não extingue o processo, mas, tão-somente, remete os autos ao juízo que o magistrado entender competente para prosseguir no julgamento da demanda
“decisão final” estamos diante de autêntica sentença, que pode ser terminativa ou definitiva, ou seja, com ou sem resolução do mérito;
Sentença – Atos do Juiz
Nº 214 DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 
Sentença(Lei n.11.232/2005)
Sentença deixa de ser ato do juiz que põe termo ao processo, com ou sem julgamento do mérito, e passa a ser “ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 485 e 487”do CPC\2015;
Com o desaparecimento do “processo de execução de título judicial”e o surgimento de uma “fase de execução”dentro do próprio processo de conhecimento, a sentença definitiva deixa de ser o ato pelo qual o juiz “esgota”a sua função jurisdicional;
Com a vigência da nova lei processual, a prolação da sentença definitiva, isto é, aquela que aprecia mérito (pedido), já não maisimplicará o término do ofício jurisdicional, na medida em que o juiz continuará praticando, no mesmo processo cognitivo, isto é, independentemente de instauração de um “novo” processo (de execução), atos destinados ao cumprimento das obrigações nela contidas, nos termos do novel Capítulo X do Titulo VIII do CPC.
Houve substancial alteração do conceito de sentença, pois o sistema anterior apenas levava em conta seus efeitos, enquanto no atual o que importa, a rigor, é o seu conteúdo.
Sentença(Lei n.11.232/2005)
É possível esboçar, com base no seu conteúdo, dois conceitos de sentença;
Sentença Terminativa (Art. 485 CPC\2015)
Provimento judicial que, sem apreciar o mérito, pode extinguir o procedimento no primeiro grau de jurisdição;
Nas situações previstas nos arts. 331, 494 do CPC\2015 e no art. 897-A CLT a sentença, mesmo terminativa, não implica na automática extinção do procedimento em primeiro grau;
Sentença(Lei n.11.232/2005)
Sentença Definitiva (CPC\2015.Art 487)
Provimento judicial que, apreciando e resolvendo o mérito da demanda, pode implicar a extinção ou não do procedimento em primeiro grau de jurisdição;
Com efeito, a sentença pode implicar a extinção do procedimento em primeiro grau, tal como se dá com a sentença de improcedência (CPC\2015. ART. 332, §3º);
A CLT não define a sentença, impõe-se a aplicação subsidiária do CPC, tendo em vista a lacuna normativa e ontológica do texto obreiro e a perfeita compatibilidade do novel conceito de sentença do processo civil com as normas (gênero), princípios e regras (espécies de normas) do processo do trabalho (CLT, art. 769);
A CLT emprega genericamente o vocábulo “decisão”, ora no sentido de acórdão ou sentença (terminativa ou definitiva), ora de decisão interlocutória (v.g., arts. 65, IX e X. 672, §2º, 797, §2º, 832, 833, 834, 835 e 850);
A sentença definitiva, salvo a de conteúdo eminentemente declaratório ou constitutivo, passa a ser com a vigência da Lei n. 11.232, o ato pelo qual o juiz resolve o mérito, sem, contudo, extinguir o processo. 
E a razão é simples: o cumprimento da sentença dar-se-á, a princípio, no mesmo processo e nos mesmos autos, perante o mesmo “juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição”(CPC\2015, art. 496-P,II), independentemente de instauração de um “processo de execução de sentença”.
Sentença (Lei n11.232/2005)
É, pois, na Justiça do Trabalho que o princípio da máxima efetividade da tutela jurisdicional encontra solo fértil para ampla aplicação, mormente na fase de cumprimento de sentença que contenha obrigação por quantia certa (créditos de natureza alimentícia). Eis ai a aproximação do direito processual ao direito material, propiciando o acesso à jurisdição justa;
“diante da transformação da concepção de direito, não há mais como sustentar antigas teorias da jurisdição, que reservaram ao juiz a função de declarar o direito ou de criar a norma individual, submetidas que deram ao princípio da supremacia da lei e ao positivismo acrítico. O Estado constitucional inverteu os papéis da lei e da Constituição, deixando claro que a legislação deve ser compreendida a partir dos princípios constitucionais de justiça e dos direitos fundamentais. Expressão concreta disso são os deveres de o juiz interpretar a lei de acordo com a Constituição, de controlar a constitucionalidade da lei, especialmente atribuindo-lhe novo sentido para evitar a declaração de inconstitucionalidade, e de suprir a omissão legal que impede a proteção de um direito fundamental, isso para não falar do dever, também atribuído à jurisdição pelo constitucionalismo contemporâneo, se tutelar os direitos fundamentais que se chocam no caso concreto” (MARINONI, Luiz Guilherme. A jurisdição no estado contemporâneo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005, p.65)
Sentença – Classificação Quinaria das Sentenças
Sentença Declaratória
Em todas as ações cujos pedidos são julgados procedentes ou improcedentes há, de forma implícita, uma declaração positiva ou negativa, na medida em que o juiz, preambularmente, acerte o direito em questão para, ao depois, extrair desse direito as consequências impostas pela sentença. 
São sentenças declaratórias não apenas as que julgam procedente o pedido inscrito em ação exclusivamente declaratória como também as proferidas em ações condenatórias ou constitutivas
São declaratórias as sentenças que reconhecem a existência de relação empregatícia entre autor e réu. Na prática, porém, o pedido não se limita à declaração de reconhecimento do vínculo de emprego, pois o autor também formula pedidos condenatórios correspondentes às verbas trabalhistas contratuais ou rescisórias de que alega ser credor.
Sentença – Classificação Quinaria das Sentenças
Sentença Constitutiva
É aquela que julga procedente a ação constitutiva;
Diz-se que uma ação é constitutiva quando visa criar, modificar ou extinguir determinada relação jurídica. Ex.: divórcio, anulação de casamento, falência, interdição, etc;
No processo do trabalho, são exemplos de sentenças constitutivas as que julgam procedente pedido de rescisão indireta (CLT, art. 483), autorizam a resolução do contrato de trabalho do empregado portador de estabilidade ou garantia no emprego (CLT, art. 494), etc.
Sentença – Classificação Quinaria das Sentenças
Sentença Condenatória
É aquela que julga procedente a ação condenatória;
Tecnicamente, a expressão “sentença condenatória” só deveria ser usada na ação condenatória. Todavia, no quotidiano forense ela tem sido observada no decisum (parte dispositiva) da sentença proferida em qualquer tipo de ação.
Sentença – Classificação Quinaria das Sentenças
Sentenças Mandamentais e Executivas Lato Sensu
Sentença Executiva Lato Sensu:
Na decisão executiva, em sentido amplo, o objetivo é entregar o bem litigioso ao credor, proporcionando transformações no plano empírico mediante a transferência do domínio da coisa litigiosa.
Há pois atividade essencialmente executiva na sua operação: retirar do patrimônio do sucumbente o bem e transferir esta para a órbita material do credor;
Sentença mandamental:
O objeto imediato é a imposição de uma ordem de conduta, determinando a imediata realização de um ato pela parte vencida ou sua abstenção quanto à certa prática.
Atua sobre a vontade do vencido e não sobre o seu patrimônio, utilizando medidas não propriamente executivas, no sentido técnico do termo, mas meios para pressionar psicologicamente o obrigado a satisfazer a prestação devida.
Sentença – Classificação Quinaria das Sentenças
Sentenças Mandamentais e Executivas Lato Sensu
Tais sentenças não podem ser adequadamente inseridas na classificação trinária, pois. A rigor, não são tipicamente declaratórias, constitutivas ou condenatórias;
Ex: mandado de segurança, habeas corpus e habeas data, bem como as previstas nos arts. 537 caput e 498 do CPC\2015.
Foram positivadas em nosso ordenamento as sentenças executivas lato sensu, pois, nas ações que tenham por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz poderá, na sentença, se procedente o pedido, determinar providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento, independentemente da instauração e um processo de execução.
EX: arts. 536, e 498 do CPC\2015.
As referidas normas, tendo em vista a lacuna normativa da CLT e a perfeita compatibilidade com a principiologia do processo do trabalho, podem e devem ser amplamente utilizadas na Justiça Obreira.
Sentença – Colusão ou Lide Simulada
Outra hipótese de sentença terminativa que está prevista não no art. 485, mas no art. 142 do CPC\2015:
“Convencendo-se, pelas circunstâncias da causa, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim proibido por lei, o juiz proferirá sentença que obste aos objetivos das partes”.
Na verdade essa forma de extinção do processo sem apreciação do pedido está autorizada no inciso XI do próprio art. 485 do CPC\2015, não obstante a jurisprudência vem interpretando o preceptivo em causa como hipótese de extinção do feitosem julgamento do mérito, ora por ausência de pressuposto processual (CPC\2015, art. 485, IV), ora por carência do direito de ação (CPC\2015, art. 485, VI).
Sentença – Sentença e Termo de Conciliação
No âmbito do processo do trabalho, existe cizânia doutrinária e jurisprudencial acerca da natureza do termo de conciliação previsto no art. 831, parágrafo único, da CLT.
“No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas”
Alguns o equiparam à sentença de mérito, a teor do art. 487, III do CPC\2015, uma vez que, na literalidade do preceptivo em causa, o termo de conciliação “valerá como decisão irrecorrível”, desafiando, apenas, ação rescisória, nos estreitos limites dessa ação especial – nos termos da Súmula n. 259 do TST;
Outros mencionam que o termo de conciliação não corresponde à sentença de mérito, pois o Judiciário não apreciou a lide, isto é, não houve pronunciamento judicial acerca do pedido, mas mera administração judicial dos interesses privados.
Para os defensores dessa corrente, o termo de conciliação seria mero ato processual de jurisdição voluntária, com o que, “em ação ordinária, poder-se-á discutir o alcance do conteúdo e rescindir o ato jurídico que não constitui coisa julgada”
Sentença – Requisitos Essenciais da Sentença
CPC. Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais, que as partes Ihe submeterem. 
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que :
I- Se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II- Empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo
Concreto de sua incidência no caso;
III- Invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV- não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de , em tese, infirmar a conclusão 
adotada pelo julgador;
V- Se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula,sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos
VI- Deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
§ 2º No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.
§ 3º A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé.
CLT Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
	§ 1º - Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as condições para o seu cumprimento.
	§ 2º - A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida.
 § 3º - As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso. (Incluído pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000) 
A interpretação lógica do art. 832 da CLT autoriza-nos a dizer que os requisitos constantes das alíneas “a”e “b” supra equivalem ao relatório (inciso I do art. 458 do CPC); os das letras “c”e “d”, aos fundamentos (inciso II), e a “conclusão”(letra “e”) correspondente ao dispositivo (inciso III);
Sentença – Requisitos Essenciais da Sentença - Relatório
No relatório deve constar o nome das partes.
Em se tratando de ações individuais plúrimas, todos os litisconsortes devem estar nominados;
Na substituição processual, a parte é o substituto, e não o substituído, razão pela qual não há necessidade da identificação destes últimos;
O relatório da sentença tem poro objetivo registrar o objeto da lide, com o resumo do pedido e da resposta, bem como as principais ocorrências processuais, como provas, propostas de conciliação, razões finais, etc;
Objetiva a comprovação de que o juiz examinou e estudou as questões discutidas nos autos;
Sentença sem relatório, salvo se for prolatada em procedimento sumaríssimo, é nula de pleno direito, tendo em vista o caráter imperativo do art. 832 da CLT, combinado com o art. 489, I, do CPC\2015;
Sentença – Requisitos Essenciais da Sentença – Fundamentação
A fundamentação ou motivação constitui a base intelectual da sentença ou as razões de decidir do magistrado;
Nela o juiz revela todo o raciocínio desenvolvido acerca da apreciação das questões processuais, das provas produzidas e das alegações das partes, que são os dados que formarão o alicerce da decisão;
A fundamentação de toda e qualquer decisão judicial, seja sentença terminativa ou definitiva, seja decisão interlocutória, ostenta dignidade de garantia constitucional, porquanto encontra residência expressa no art. 93, IX, da CF;
Sua inobservância implica nulidade absoluta da decisão judicial;
Deve ser objeto do exame circunstanciado da fundamentação: em primeiro lugar, os pressupostos processuais (de constituição e de desenvolvimento); em seguida, as condições da ação (possibilidade jurídica do pedido, legitimação das partes e interesse processual); depois as questões prejudiciais de mérito (prescrição e decadência), e por último, o mérito propriamente dito, ou seja, o pedido, a lide, o objeto litigioso.
Sentença – Requisitos Essenciais da Sentença – Dispositivo
Dispositivo, conclusão ou decisum são expressões sinônimas empregadas para designar a parte final da sentença que será, posteriormente, coberta pelo manto da coisa julgada;
O decisum há de observar o princípio lógico ou da congruência. Isso significa que a conclusão deve guardar rigorosa sintonia com as demais partes da sentença, ou seja, com razões fáticas e jurídicas que conduziram o raciocínio do juiz e com os elementos notificados no relatório;
É, pois, a conclusão que o juiz cumpre a sua função no processo de cognição, acolhendo ou rejeitando as pretensões das partes ou, ainda, declarando extinto o processo sem julgamento do mérito;
Sentença sem dispositivo é mais que nula. É inexistente. Essa assertiva é de fundamental importância para se aferir, por exemplo, a necessidade ou não de propositura de ação rescisória para a sua desconstituição;
Sentença – Requisitos Essenciais da Sentença – Dispositivo
Dispositivo Direto – o juiz exprime diretamente, com as suas próprias palavras, a conclusão da sentença, como, por exemplo: “...julgo procedente o pedido, para condenar o réu a pagar ao autor as diferenças salariais decorrentes do desvio de função, referentes ao período de 1º.1.1999 a 10.3.2000...”
Dispositivo Indireto – o juiz reporta-se ao pedido descrito na petição inicial, declarando-o procedente ou improcedente. Exemplo: “...julgo procedente o pedido formulado na alínea “a” do item 15 da petição inicial...” há casos em que o juiz simplesmente sentencia: “...julgo procedente a ação na forma do pedido”
Decisum remissivo a fundamentação – quando o dispositivo se limita a reportar-se à fundamentação. 
Pode redundar em insegurança e incertezas a respeito do que, efetivamente, transitou ou não em julgado. 
Sentença – Requisitos Complementares da Sentença
 Art. 832 CLT - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.§ 1º - Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as condições para o seu cumprimento.
 § 2º - A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida.
 § 3o As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso. (Incluído pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000)
 § 4o O INSS será intimado, por via postal, das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizatória, sendo-lhe facultado interpor recurso relativo às contribuições que lhe forem devidas. (Incluído pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000)
 § 4o A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizatória, na forma do art. 20 da Lei no 11.033, de 21 de dezembro de 2004, facultada a interposição de recurso relativo aos tributos que lhe forem devidos. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007)
 § 5o Intimada da sentença, a União poderá interpor recurso relativo à discriminação de que trata o § 3o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007)
 § 6o O acordo celebrado após o trânsito em julgado da sentença ou após a elaboração dos cálculos de liquidação de sentença não prejudicará os créditos da União. (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007)
 § 7o O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato fundamentado, dispensar a manifestação da União nas decisões homologatórias de acordos em que o montante da parcela indenizatória envolvida ocasionar perda de escala decorrente da atuação do órgão jurídico. (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007)
Sentença – Requisitos Complementares da Sentença
Prazo e Condições para o Cumprimento da Sentença
Despesas Processuais
Prazo e Condições para o Cumprimento da Sentença 
CLT. Art. 832,§ 1º - Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as condições para o seu cumprimento.
Despesas Processuais (Custas e Emolumentos)
São todos os gastos que as partes realizem dentro ou fora do processo, para prover-lhe o andamento ou atender com mais segurança a seus interesses na demanda (José Algusto Rodrigues Pinto);
Voluntárias ➔ honorários do assistente técnico, honorários do contador
SÚMULA.Nº 341 TST. HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia. 
Obrigatórias 
Custas - natureza jurídica de taxa, espécie de tributo, pois são valores pagos pela parte ao Estado, em decorrência da efetiva prestação de serviço público específico;
Emolumentos – ressarcimentos das despesas efetuadas pelos órgãos da Justiça do Trabalho pelo fornecimento de traslados, certidões, cartas, etc. a parte interessada 
Sentença – Requisitos Complementares da Sentença
Responsabilidade pelo Recolhimento da Contribuição Previdenciária
CF Art. 114, inc. VIII. A execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004);
CLT Art. 832, § 3º. As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso. (Incluído pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000);
SÚMULA Nº 368 TST. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO (inciso I alterado) - Res. 138/2005, DJ 23, 24 e 25.11.2005 
I. A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário-de-contribuição. (ex-OJ nº 141 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998 ) Súmulas A-109 
II. É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de condenação judicial, devendo incidir, em relação aos descontos fiscais, sobre o valor total da condenação, referente às parcelas tributáveis, calculado ao final, nos termos da Lei nº 8.541, de 23.12.1992, art. 46 e Provimento da CGJT nº 01/1996. (ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 - inseridas, respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001) 
III. Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração encontra-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição. (ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001) 
Sentença – Requisitos Complementares da Sentença
Responsabilidade pelo Recolhimento da Contribuição Previdenciária
SÚMULA Nº 401 TST. AÇÃO RESCISÓRIA. DESCONTOS LEGAIS. FASE DE EXECUÇÃO. SENTENÇA EXEQÜENDA OMISSA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À COISA JULGADA (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 81 da SB-DI-2) - Res. 137/2005 – DJ 22, 23 e 24.08.2005. Os descontos previdenciários e fiscais devem ser efetuados pelo juízo executório, ainda que a sentença exeqüenda tenha sido omissa sobre a questão, dado o caráter de ordem pública ostentado pela norma que os disciplina. A ofensa à coisa julgada somente poderá ser caracterizada na hipótese de o título exeqüendo, expressamente, afastar a dedução dos valores a título de imposto de renda e de contribuição previdenciária. (ex-OJ nº 81 da SBDI-2 - inserida em 13.03.2002) 
Sentença Julgamento Citra, Ultra e Extra Petita
A validade da sentença não fica adstrita à satisfação dos requisitos essenciais consubstanciados no art. 832 da CLT;
CPC\2015 Art. 492 É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que Ihe foi demandado.
Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.
Julgamento extra petita (fora do que o autor pretendeu):
CLT. Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte.
SÚMULA. Nº 396 TST. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA" (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 106 e 116 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. (ex-OJ nº 116 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) 
II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº 106 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997) 
Sentença - Julgamento Citra, Ultra e Extra Petita
Julgamento ultra petita (além do pleiteado):
CLT. Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento". (Redação dadapela Lei nº 10.272, de 5.9.2001);
Nesse caso o juiz poderá, mesmo se omissa a petição inicial, proferir decisão que condene o empregador a pagar as verbas incontroversas acrescidas de cinquenta por cento;
Julgamento citra petita (que não se manifesta sobre algum dos pedidos):
CLT. Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade.
TST, SDBI-2 OJ Nº 41. AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA “CITRA PETITA”. CABIMENTO (inserida em 20.09.2000). Revelando-se a sentença "citra petita", o vício processual vulnera os arts. 128 e 460 do CPC, tornando-a passível de desconstituição, ainda que não opostos embargos declaratórios. 
Sentença – Intimação da Sentença
CLT ART. 852, § 3º. As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada;
	
CLT ART. 841, § 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.
TST SÚMULA Nº 197 PRAZO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação. 
CLT Art. 851 § 2º - A ata será, pelo presidente ou juiz, junta ao processo, devidamente assinada, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, contado da audiência de julgamento, e assinada pelos juízes classistas presentes à mesma audiência.
SÚMULA. Nº 30 TST. INTIMAÇÃO DA SENTENÇA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença. 
Sentença – Coisa Julgada
O objeto da coisa julgada repousa na segurança nas relações jurídicas e na pacificação dos conflitos possibilitando, assim, a convivência social;
Verifica-se a coisa julgada quando se reproduz a ação anteriormente ajuizada, sendo certo que uma ação é idêntica a outra quando têm as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido;
Modernamente, a coisa julgada deixa de ser mero efeito e passa a ser concebida como qualidade especial da sentença, que, por força de lei, a torna imutável e indiscutíveis as questões decididas dentro ou fora do processo. 
A coisa julga que produz efeitos dentro (coisa julgada formal) ou fora do processo (coisa julgada material).
CPC\2015 Art. 337
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido
§ 3º Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; 
§ 4º Há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
Sentença – Coisa Julgada Formal
Forma de preclusão impeditiva da impugnação e reexame da sentença na mesma relação processual;
A coisa julgada formal representa a estabilidade que a sentença adquire no processo em que foi proferida, quer tenha havido análise de mérito, quer não tenha ocorrido tal investigação;
A coisa julgada formal não impede a propositura de nova demanda, portanto torna a decisão imodificável apenas no processo em que esta foi prolatada, salvo nas hipóteses previstas no art. 485, V do CPC\2015, isto é, quando o processo anterior tenha sido extinto sem resolução de mérito em virtude de sentença que pronunciara a coisa julgada, a litispendência ou a perempção;
Sentença – Coisa Julgada Material	
A sentença que resolve o processo com apreciação do pedido, acolhendo-o total ou parcialmente, que transitada em julgado, produz a coisa julgada material, também chamada de res judicata;
CPC\2015 Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade, que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.
CF. Art 5º inc XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Evento típico que só diz respeito as sentenças de mérito:
CPC\2015 Art. 503. A decisão, que julgar total ou parcialmente o mérito, tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida.
§ 1º O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se:
I- dessa resolução depender o julgamento do mérito;
II- a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia;
III- o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como quetão principal. 
§ 2º A hipótese do § 1º não se aplica se no processo houver restrições probatórias ou limitações à cognição que impeçam o aprofundamento da análise da questão prejudicial. 
A coisa julgada material abrange a coisa julgada formal;
A distinção basilar entre a coisa julgada formal e material repousa na circunstância de que aquela limita a sua eficácia ao processo onde a sentença foi proferida, não impedindo, assim, que a lide possa ser novamente submetida à apreciação judicial, contanto que em outro processo, salvo nas hipóteses previstas no inciso V do art. 267 do CPC, por expressa determinação do art. 268 do mesmo diploma; enquanto esta projeta sua eficácia para for a do processo onde foi prolatada a sentença, tornando-a imutável, não apenas no processo originário, mas em qualquer outro que porventura venha a ser iniciado;
Somente a coisa julgada material pode ser impugnada pela ação rescisória (CPC, Art. 485);
A sentença pode resolver o processo sem apreciação do mérito transitada em julgado, fazendo apenas coisa julgada formal, porém não gera os drásticos efeitos da coisa julgada material, pois esta só se forma na sentença que resolve o processo com análise do mérito.
Sentença – Coisa Julgada Relativização da Coisa Julgada Material
CLT. Art. 884 § 5º. Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)
Presentes hipóteses mencionadas na medida provisória, a coisa julgada não seria obstáculo a que fosse afastada a exequibilidade do título judicial. Em suma, ter-se-ia a relativização da coisa julgada sempre que esta fosse “inconstitucional”;
Há grande resistência da doutrina e jurisprudência quanto a “coisa julgada inconstitucional”;
A EC 31/01vedou, taxativamente, a edição desses expedientes legislativos em matéria processual, para evitar os abusos cometidos nessa área;

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