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NUTRIÇÃO E DIETÉTICA TERAPIA NUTRICIONAL NA GESTAÇÃO Dnd. Dayanna Queiroz 3 Aspectos Fisiológicos e Nutricionais da Gestação • Período Gestacional: 37 a 41 semanas e 6 dias • 1º. Trimestre: 12 semanas • 2º. Trimestre: 13 a 27 semanas • 3º. Trimestre: acima de 28 semanas • A gravidez normal é acompanhada por alterações anatômicas, fisiológicas e psicológicas que afetam quase todas as funções orgânicas da gestante. (VITOLO, 2015) 4 Características Gerais Duração: 40 semanas 1º trimestre • Grandes modificações biológicas • Saúde do embrião depende • Presença de enjoos e vômitos Condição nutricional pré-gestacional da mãe (reservas energéticas, vitaminas e minerais) Privação alimentar Intensa divisão celular Hiperplasia 5 Características Gerais 2º e 3º Trimestres Estado nutricional do feto •Ganho de peso adequado •Ingestão de nutrientes •Fator emocional •Estilo de vida Condições ambientais 6 Hormônios • Gonadotropina coriônica humana (hCG) • Atua no início da gestação quando a placenta não é capaz de produzir progesterona e estrogênio em quantidade suficiente • Detectada no sangue a partir de 8 dias após a fecundação e em 15 dias na urina. • Função: Impede regressão do corpo lúteo, estimula a secreção de relaxina pelo ovário, de estrógeno pela placenta. (Guertzenstein, 2007 in Silva & Mura, 2007) 7 Hormônios • Progesterona • Diminui a contratibilidade uterina e a motilidade do TGI • Maior tempo para absorção dos nutrientes • Desenvolvimento mamário • Favorece depósito de gordura • Aumenta a excreção de sódio • Interfere no metabolismo de ácido fólico • Estimula o mamogênese 8 Hormônios • Estrogênio • Prolifera a musculatura uterina e o tecido mamário • Interfere no metabolismo do ácido fólico e glicídico e na função da tireóide • Dilatação dos órgãos sexuais externos e do orifício vaginal • Participa da mamogênese • Crescimento vascular uterino e estímulo à contração uterina Vários fatores determinam o progresso e o resultado de uma gravidez, inclusive o estado nutricional da mãe antes de engravidar O estado nutricional da mãe pode afetar o peso ao nascimento do recém-nascido Os recém-nascidos que são pequenos para a idade gestacional (PIG) apresentam maior risco de conseqüências adversas para a saúde a longo prazo, como hipertensão, obesidade, intolerância a glicose e doença cardiovascular. GRAVIDEZ O tamanho da placenta é um indicativo de saúde placentária, que determina o aporte nutricional disponível para o feto e, basicamente, o peso ao nascimento do neonato. Mães com peso pré-gravídico abaixo do ideal possuem placentas de peso muito menor e apresentam maior risco de terem bebês de baixo peso e partos prematuros. Atingir o peso pré-gravídico normal pode melhorar o resultado da gravidez. TAMANHO MATERNO Menos da metade do ganho total de peso está no feto, placenta e fluido amniótico. O restante é encontrado nos tecidos reprodutivos, fluido, sangue e reserva materna. Quantidades gradualmente crescentes de gordura subcutânea no abdome, costas e parte superior das coxas servem como uma reserva de energia para a gravidez e lactação. GANHO DE PESO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ GANHO DE PESO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ Assistência Pré-Natal • Consultas: • Início: após a suspeita de gestação • Diagnóstico: clínico, hormonal (laboratorial) e/ou ultra-sonográfico • Intervalo: • máximo de 4 semanas até a 36ª semana • máximo de 15 dias após a 36ª Semana 14 “conjunto de cuidados médicos, nutricionais, psicológicos e sociais, destinados a proteger o binômio mãe-feto durante a gravidez, parto e puerpério, tendo como principal finalidade a diminuição da morbimortalidade materna e perinatal” (OMS, 1995) 15 Fonte: Atalah et al., 1997 (Ministério da Saúde, 2006) O risco de diabetes gestacional, hipertensão induzida pela gravidez e operações cesarianas aumenta em mulheres obesas O ganho de peso de 7 a 11,5 Kg proposto pelo IOM para as mulheres com sobrepeso permite o crescimento fetal adequado sem aumentar o tecido adiposo materno. Ganhos de peso menores que 6,8Kg estão associados a um risco maior de mal-formação intra uterina. OBESIDADE NA GRAVIDEZ Um objetivo nutricional adequado seria escolher alimentos nutritivos e evitar alimentos desnecessários ricos em calorias. Mesmo para as mulheres obesas, é importante lembrar que: a gestação não é um momento para perda de peso. OBESIDADE NA GRAVIDEZ Náuseas e Vômitos Comuns, principalmente durante o primeiro trimestre de gestação e normalmente se resolve por volta da décima terceira semana . Deve-se ter cuidado com vômitos excessivos, a fim de evitar um déficit de proteína, energia, vitaminas e minerais. COMPLICAÇÕES DA GRAVIDEZ E SUAS IMPLICAÇÕES http://http//www.assuntosgerais.com/wp-content/themes/freshnews/thumb.php?src=http://www.assuntosgerais.com/wp-content/uploads/2010/05/gravida_08.jpg&w=85&h=85&zc=1&q=90 Náuseas e Vômitos • Fazer refeições pequenas; frequentes e secas; • Consumir líquidos entre as refeições; • As gorduras, geralmente não são bem toleradas e de difícil digestão; • Dependendo do problema, é preferível que a gestante consuma apenas aquilo que a fizer sentir – se bem, evitando odores que provoquem a náusea. •Gengibre, camomila, vitamina B6 e/ou acupunctura são recomendados para aliviar as náuseas no início da gravidez, com base nas preferências da mulher e nas opções disponíveis (OMS, 2016) Comuns, principalmente durante o primeiro trimestre de gestação e normalmente se resolve por volta da décima terceira semana . Deve-se ter cuidado com vômitos excessivos, a fim de evitar um déficit de proteína, energia, vitaminas e minerais. Azia O refluxo gástrico é uma queixa comum durante a última fase da gravidez e com frequência ocorre a noite; Na maioria dos casos, é um efeito da pressão do útero aumentado sobre os intestinos e estômago; Cuidados dietéticos importantes: • Limitar a ingestão alimentar antes de dormir; • Beber líquidos entre as refeições; •Vestir roupas soltas na cintura; • Alimentar-se lentamente Constipação e Hemorróida As mulheres grávidas podem desenvolver constipação, em especial no último trimestre; As causas incluem: mobilidade intestinal reduzida, inatividade física e pressão exercida no intestino pelo útero aumentado; O maior consumo de líquidos , alimentos ricos em fibras e frutas secas (especialmente ameixas secas) em geral, controla esses problemas. O crescimento fetal e a gravidez demandam nutrientes adicionais. NECESSIDADES NUTRICIONAIS ENERGIA A energia adicional é necessária durante a gravidez para suportar as demandas metabólicas da gestação e do crescimento fetal. 23 ENERGIA • 1º passo: avaliação do estado nutricional pré-gestacional (IMC); • 2º passo: Calcular o VET a partir do gasto energético basal pré- gestacional (GEBpg) somado ao adicional recomendado. VET = GEBpg + adicional energético GEBpg = TMBpg x fa 24 ENERGIA • FAO/OMS (1985): *1º, 2º e 3º trimestres → 285Kcal/dia (atividade normal) 200Kcal/dia (atividade reduzida) • RDA (1989): *1º trimestre → 300Kcal/dia (acrescentar apenas se adolescente ou de baixo peso) *2º e 3º trimestres → 300Kcal/dia * Se obesa ou sobrepeso → não há adicional • Gestação gemelar: *adicional extra de 150Kcal/dia (ou seja, totalizando + 450Kcal/dia no 2º e 3º trim) (Rosellón- Soberón, 2005) 25 ENERGIA • Taxa de metabolismo basal • 10 a 18 anos = TMB: 12,2 P(kg) + 746 • 18 a 30 anos = TMB: 14,7 P (kg) + 496 • 30 a 60 anos = TMB: 8,7 P (kg) + 829 (FAO/OMS, 1985) • Fator atividade (fa): • Atividade leve: 1,56 • Atividade moderada: 1,64 • Atividade intensa: 1,82 *fator diário de atividade física 26 ENERGIA – FAO-OMS - 2004 • Acompanhamento desde o início da gestação • 1º trimestre: 85 kcal/dia • 2º trimestre: 285 kcal/dia • 3º trimestre: 475 kcal/dia FATOR DE ATIVIDADE FÍSICA • Estilo de vida sedentário ou atividadeleve: NAF = 1,40 – 1,69 (1,53) • Pessoas com ocupações que não requerem esforço físico; usam veículos motorizados para transporte; não praticam esportes regularmente e gasta muito tempo sentado ou parado, com pequena movimentação (falando, lendo, ouvindo rádio, usando computador). • •Estilo de Vida Ativo ou moderadamente ativo: NAF = 1,70 – 1,99 (1,76) • Pessoas com ocupações que não demandam muita energia, mas demandam mais do que o estilo de vida sedentário e atividade leve. Podem ser pessoas com ocupação sedentária e que fazem alguma atividade física moderada ou vigorosa durante a rotina diária. • •Estilo de Vida muito ativo ou Atividades intensas: NAF = 2,00 – 2,40 (2,25) • Pessoas com trabalhos que demandam muita energia e que realizam atividades de lazer, também gastando energia. Ex: pessoas com atividades ocupacionais que exigem esforço e ainda fazem exercícios como correr, dançar, nadar. Trabalhadores que usam enxadas, machados e andam longas distâncias levando cargas pesadas. EXEMPLO 29 ENERGIA • Método Simplificado, segundo RDA (RDA, 1989) *Peso ideal encontrado a partir do IMC ideal pré- gestacional • Recomendação para adolescentes (ADA, 1989) • 38 a 50Kcal/Kg Pi (Também Peso ideal pelo IMC) • Varia de acordo com a presença de fatores de risco VET = 36 x Pi pré-gestacional* + 300 (2º e 3º trim) 30 ENERGIA • Requerimento Energético Estimado (EER)- DRIs (IOM, 2002/2005) • 1º trimestre → manter ingestão energética do período pré- gestacional. • 2º trimestre → + 340 kcals/d à NEE • 3º trimestre → + 112 kcals/d à recomendação do 2º trim. Calcular as Nec Estimadas de Energia (NEE) da gestante, considerando o peso pré-gestacional e acrescentar valor adicional. • NEE gestante = NEE x AF + adicional • PA = peso atual; A = altura • PI = peso ideal pré-gestacional: IMC entre(18,5-24,9) 31 ENERGIA • Cálculo do energético pré gestacional – DRIs (IOM, 2002/2005)-NEE Idade (anos); Peso (Kg); Altura (m) IDADE (anos) NEE pré-gestacional 9 a 18 153,3 – (30,8 x Id) + AF x (10 x P + 934 x Alt) + 25 19 a 50 354 – (6,91 x Id) + AF x (9,36 x P) + (726 x Alt) FATOR DE ATIVIDADE Tipo de atividade 9 -18 anos 19 – 50 anos Sedentária 1,00 1,00 Pouco ativa 1,16 1,12 Ativa 1,31 1,27 Muito ativa 1,56 1,45 ENERGIA ONDE: 1º. Trimestre = NEE de adulta + 0 (deposição de energia da gravidez) 2º. Trimestre = NEE de adulta + 160 Kcal (8Kcal/semana x 20 semanas) + 180 Kcal 3º. Trimestre = NEE de adulta + 272 Kcal (8Kcal/semana x 34 semanas) + 180 Kcal 33 MACRONUTRIENTES • Contribuição calórica - DRI, 2005 • Carboidratos = 45 – 65% do VET • Lipídeos* = 20 – 35% do VET • Proteínas** = 10 – 35% do VET *Guertzenstein (2007) sugere que o consumo não deve ultrapassar 30% do VET **atentar para o consumo em g/Kg de peso corporal. • Lipídeos. • ω6 = 13g/dia e ω3 = 1,4g/dia • Gordura saturada < 10% e colesterol < 300mg CARBOIDRATOS De acordo com o Instituto de Medicina, a necessidade média estimada de carboidrato na gestação é de 135g/dia e a RDA é de 175g/dia (45-65% do VCT). Essas quantidades são suficientes para fornecer calorias adequadas, prevenir a cetose e manter os níveis de glicose sanguínea apropriados durante a gravidez. FIBRAS O consumo diário de pães integrais, vegetais folhosos verdes e amarelos e frutas frescas deve ser encorajado. A DRI para fibras durante a gravidez é de 28g/dia. LIPÍDEOS Não foram estabelecidas DRI para os lipídeos totais durante a gravidez, mas a faixa de distribuição aceitável é de 20-35% do VCT (IOM) A quantidade de gordura na dieta deve depender das necessidades de energia para o ganho de peso apropriado. Entretanto, pela primeira vez o IOM recomenda um AI de 13g/dia para a quantidade de ácidos graxos poliinsaturados ômega-6 e uma AI de 1,4g/dia para a quantidade de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 na dieta. PROTEÍNA As mulheres grávidas têm necessidades aumentadas de proteína para fazer frente à síntese de tecidos maternos e fetais. As necessidades de proteína aumentam durante a gestação e atingem um pico no terceiro trimestre. A RDA de 71g de proteína para mulheres grávidas é 25g maior do que a RDA para mulheres não grávidas. A DRI para gestantes é de 10-35% do valor calórico da dieta (IOM, 2002). PROTEÍNA Necessidade média de Proteína para Gestação é estimada: • Feto •Placenta •Tecidos maternos (Proteina (g/dia) = D.I x Peso pré gravídico + Adicional)) PROTEÍNA TABELA 01: NÍVEL SEGURO DE PROTEÍNA ADICIONAL DURANTE A GRAVIDEZ Trimestre Ganho de N (g/dia) (Média) (+30%) Eficiência (0,70) Proteína g/dia Adicional 1 0,104 0,14 0,20 1,2 2 0,525 0,68 0,98 6,1 3 0,922 1,20 1,71 10,7 39 PROTEÍNAS • Adicional de proteínas para a síntese de tecidos maternos e fetais • Recomendações para adolescentes (ADA, 1989) ≤ 15 anos → 1,7g/Kg peso e > 15 anos → 1,5g/Kg peso • Recomendações para gestantes gemelares (Mares e Casanueva, 2002) FAO/OMS (1985): 0,75 a 1,0g/Kg peso + 20g/dia ESTÁGIO FISIOLÓGICO FAO/OMS (1985) SBAN (1990) DRI (2002) Mulheres ≥ 18 anos 0,75 a 1,0g/Kg 1,0g/Kg 0,8g/Kg Gestantes + 6g/dia + 8g/dia + 25g/dia ou 1,1g/Kg/dia EXEMPLO • Fabiana, de 23 anos, medindo 1,65m, esteve em um consultório nutricional com o intuito de obter uma alimentação mais saudável, já que a mesma está gestante no 2 trimestre de gestação. O nutricionista marcos Franca escutou atentamente a paciente e após realizar avaliação antropométrica, identificou que a mesma estava pesando atualmente 68 kg e tinha como peso pré-gravídico 63 Kg. Sabendo que a dose inócua para esta paciente é de 0,80 g/ptn/kg/dia + adicional 6,1 g de e assumindo a digestibilidade da proteína de 85%, responda: Qual a quantidade mínima de proteína que esta paciente precisa absorver e ingerir, respectivamente? • ( ) DI=50,4/PTN/dia; digestibilidade= 66,47g/PTN/dia. • ( ) DI=56,5g/PTN/dia; digestibilidade= 66,47g/PTN/dia. • ( ) DI=66,47/PTN/dia; digestibilidade= 56,5g/PTN/dia. • ( ) DI=50,4/PTN/dia; digestibilidade= 59,29g/PTN/dia. 41 MINERAIS • Cálcio • Deficiência: retardo no crescimento e desenvolvimento fetal, hipertensão arterial (DHEG), contrações prematuras e precipitação do parto. • Recomendações (DRIs) *adultas: 1.000mg/dia *adolescentes: 1.300mg/dia • Fontes alimentares: leite e derivados, sardinha, feijão preto* e vegetais folhosos verde-escuros* * menor biodisponibilidade 42 MINERAIS • Ferro • Deficiência: aumento da mortalidade perinatal e prematuridade, hemorragias, alterações no sistema imune e prejuízos no crescimento e desenvolvimento fetais. • Recomendações (DRIs): 27mg/dia • Dieta habitual: 6 – 7mg/1.000Kcal • Suplementação (Programa do Min. Saúde): 60mg de ferro + 5mg de ácido fólico/dia a partir da 20ª semana • Priorizar a ingestão de ferro heme e melhorar a biodisponibilidade do ferro não-heme • Fontes alimentares: carnes, vísceras, feijão, vegetais folhosos verde- escuros, farinhas de milho e de trigo (fortificada) 43 MINERAIS • Zinco • Deficiência: malformações congênitas, prematuridade e BPN. • Recomendações (DRIs) *adultas: 11mg/dia **adolescentes: 12mg/dia • Fontes alimentares: carnes, peixes, aves, cereais integrais, nozes, fígado, ostras e mariscos, queijos e leguminosas 44 VITAMINAS • Ácido Fólico • Deficiência: anemia megaloblástica (final da gestação), abortos espontâneos, retardo do crescimento intra-uterino (RCIU), hemorragias, malformações fetais e atraso na maturação do sistema nervoso. *Distúrbios do tubo neural (DTN) • Recomendações (DRIs): 600µg/dia *Mulheres em idade fértil: 400µg/dia (período de 1 mês antes da concepção até a 8ª semana de gestação) • Suplementação pelo MS: 5mg ác. fólico a partir da 20ª semana de gestação • Fontes alimentares: carnes, fígado, feijão, espinafre e grãos integrais e vegetais verde-escuros, farinhas de trigo e milho fortificadas (150µg/100g alimento) 45 VITAMINAS • Vitamina A • Deficiência: RCIU, morte fetal, defeitos congênitos. • Toxicidade: efeitosteratogênicos • Recomendações (DRIs): * adultas: 770µg/dia ** adolescentes: 750µg/dia • Fontes alimentares: fígado de boi, queijo e manteiga, leite integral, abóbora, cenoura, manga, goiaba vermelha, mamão, gema do ovo, couve e agrião. 46 VITAMINAS • Vitamina C • Deficiência: ruptura prematura da placenta, parto prematuro e maior risco de infecções. • Recomendações (DRIs): * adultas: 85mg/dia ** adolescentes: 80mg/dia • Fontes alimentares: laranja, acerola, goiaba, manga, morango, caju, lima e limão. ÁCIDO FÓLICO • Causas de deficiência – redução na ingestão, aumento do metabolismo e/ou aumento das necessidades,má absorção, interferência medicamentosa. • Gravidez – a necessidade de ácido fólico aumenta devido ao feto consumir rapidamente os depósitos maternos dessa vitamina • Suplementar 4 semanas antes até 12 semanas de idade gestacional • A IOM recomenda que 400 microgramas venham de alimentos fortificados com folato ou suplementos e 200 microgramas de alimentos e bebidas. http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.depoisdosvinte.blogger.com.br/verdes.jpg&imgrefurl=http://www.depoisdosvinte.blogger.com.br/2008_01_01_archive.html&usg=__75d3TfevZZvPvkPOHQ_tOubT86s=&h=229&w=300&sz=52&hl=pt-BR&start=14&sig2=8PbQi1txL4zsBHgLsx3kBg&tbnid=3zbr6TXoMRAxJM:&tbnh=89&tbnw=116&ei=6l-jSfGHL8ibtwfw8_zsBQ&prev=/images%3Fq%3Dhortali%25C3%25A7as%2Bverdes%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG ÁCIDO FÓLICO As necessidade de ácido fólico aumentam durante a gravidez em resposta às demandas de eritropoiese materna, crescimento fetal e placentário e, o mais importante, para a prevenção de Defeitos do Tubo Neural. É possível obter as quantidades necessárias a partir de uma alimentação bem equilibrada. Para garantir que a quantidade certa esteja sendo ingerida, e, assim, prevenir malformações, os obstetras recomendam a suplementação.. Recomendações (Instituto de Medicina, 2002): 400mcg (baseada em mulheres em idade fértil) e 600mcg (gestantes) ÁCIDO FÓLICO As evidências apontam que em seres humanos a deficiência de folato pode estar associada a abortos espontâneos e complicações obstétricas como parto prematuro e Baixo Peso ao Nascer. A anemia megaloblástica é o estágio mais avançado de deficiência de folato e seus sintomas (perda de apetite, diarréia, pele pálida, cansaço, dores de cabeça) podem não se desenvolver até o terceiro trimestre. O maior significado do ácido fólico durante a gravidez é o seu papel na prevenção de defeitos no tubo neural, que estão entre os defeitos de nascimento mais comuns. VITAMINA D A AI para vitamina D é de 5 micrograma/dia para mulheres grávidas e não- grávidas. A vitamina D tem sido apreciada há muito tempo por seus possíveis efeitos sobre o equilíbrio de cálcio durante a gravidez. VITAMINA D A deficiência materna de vitamina D está associada a hipocalcemia neonatal e hipoplasia de esmalte dental. A mineralização óssea fetal pode ser afetada pela deficiência materna de vitamina D. Porém, as quantidades excessivas de vitamina D podem também ser prejudiciais durante a gestação. Quantidades excessivas pode levar a hipercalcemia neonatal grave. VITAMINA B12 Atua na produção sangüínea e na produção de células novas A deficiência de vitamina B12 é rara, uma vez que ela está presente em todos os alimentos de origem animal. As gestantes que consomem dieta vegetariana devem receber suplementação (vegetais não são fontes de vitamina B12). A DRI´para gestantes é de 2,6 micrograma/dia. Alimentos ricos em vitamina B12: carnes, peixes, aves, leite e derivados, ovos. LÍQUIDOS A gestante deve ser encorajada a beber de seis a oito copos de água diariamente. Estase intestinal(demora excessiva das fezes no intestino) geralmente ocorre como resultado da atividade limitada e pressão do útero que está aumentando.. No entanto, a dieta com fibras juntamente com a ingestão de líquidos tende a neutralizar a constipação na maioria das mulheres. 56 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES • Café(180ml de café)- 300 mg/dia caféina • Excesso: BPN (se, > 900ml/d) e teratogenicidade (se, 10 – 14 xíc/dia) *estudos controversos • Recomendações (DRI): < 2 – 3 xícaras pequenas (100 – 150ml) • Cuidado: chás, refrigerantes e chocolates • Chás • Estudos não conclusivos • Investigar na anamnese alimentar esta prática, especialmente no 1º trimestre 57 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES • Edulcorantes artificiais (ADA, 1998) Restringir o uso a gestantes diabéticas. Não há recomendações dietéticas oficiais na gestação e lactação. • Sacarina: uso restrito *permeável à placenta, além de aparecer no leite humano **pouco excretado pelo feto ***associado a tumores malignos e prejuízo no crescimento A sacarina foi um dos edulcorantes que sofreu redução na recomendação de consumo pela ANVISA. Passou de 22 a 30 mg por 100ml de produto para 10 a 15mg por 100ml. O limite diário máximo recomendado é de 5mg por kg de peso. 58 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES • Edulcorantes artificiais (ADA, 1998) • Aspartame: o uso não preocupa *níveis séricos de 600mol/L representam danos neurológicos ao feto **para atingir esses níveis, faz-se necessário consumir 1 lata de refrigerante a cada 8min. Para aspartame, os limites da ANVISA mantiveram-se os mesmos, de 56 a 75mg por 100ml de produto, e o limite diário máximo continua 40mg/kg de peso. • Ciclamato: *efeitos teratogênicos **redução da fertilidade ***menor ganho de peso O ciclamato também teve suas quantidades ateradas pela ANVISA. Diminuiu de 97 a 130mg para 40 a 56mg por 100ml de produto. O limite diário máximo ficou em 11mg/kg de peso. PASSOS PARA O PLANEJAMENTO DO CARDÁPIO INFORMAÇÃO E DADOS DETERMINAÇÃO DO VALOR ENERGÉTICO TOTAL SELEÇÃO DAS REFEIÇÕES PLANEJAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DO VET SELEÇÃO DE ALIMENTOS/PREPA RAÇÕES COR, APRESENTAÇÃO E SABOR GUIA E PIRÂMIDE ALIMENTAR CONSIDERAÇÃO DE INFORMAÇÃO TÉCNICA SELEÇÃO DE QUANTIDADES DE ALIMENTOS, PER CAPITA E MEDIDAS E SUSBTITUOS ALIMENTARES ADEQUAÇÃO NUTRICIONAL • o número de refeições que compõem o cardápio pode variar, conforme o público ao qual ele se destina. • Levar em consideração a rotina diária em relação a horários e disponibilidade para realizar as refeições SELEÇÃO DAS REFEIÇÕES o ideal é que seja planejado de 5 a 6 refeições ao dia. 3 principais refeições ( café da manhã , almoço e jantar) e lanches intermediários observe um intervalo de 3 a 4 horas entre uma refeição Intervalos muito longos ou muito curtos podem atrapalhar o metabolismo, além de influenciar na quantidade de alimentos consumidos, que podem colaborar para o ganho de peso. DISTRIBUIÇÃO DO VET Café́ da manhã: 10 a 20% „ Colação: 5 a 10% Almoço: 20 a 30% Lanche da tarde: 10 a 15% JANTAR : 20 a 30% CEIA : 5 A 10 % As refeições principais variam de 20 a 35 % do VET e os lanches de 5 a 15 % Café da manhã: alimentos do grupo de arroz, grupo do leite e grupo das frutas ( pão com requeijão, café com leite e banana) Almoço e jantar : alimentos do grupo do arroz, grupo de verduras e legumes, grupo das frutas, grupo dos feijões e oleaginosas e grupo das carnes e ovos Lanche e outras refeições : alimentos do grupo de arroz , grupo de leite ou grupo das frutas • Utilizar tabelas de medidas caseiras para identificar per capita do alimento ou preparação • ARAÚJO, M.O.D., GUERRA, T.M. Alimentos “per capita”. 3 ed. Natal: UFRN. Ed. Universitária, 2007. 323p. • TOMITA, L.Y. Relação de medidas caseiras, composição química e receitas de alimentos nipo-brasileiros. 2 ed. São Paulo: Ed. Metha Ltda, 2002. 85p. • IBGE. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ministério da Saúde. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Tabelas de Medidas Referidas para os Alimentos Consumidos no Brasil. Rio de janeiro: IBGE, 2011. 545p • Utilizar tabelas de composição de alimentos para analise da composição dos alimentos e preparações , identificando o teor de macro e micro nutrientes. • IBGE.Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ministério da Saúde. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Tabelas de Composição Nutricional dos Alimentos Consumidos no Brasil. Rio de janeiro: IBGE, 2011. 351p. • TABELA DE COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS/NEPA-UNICAMP. 4 ed. rev. e ampl.. Campinas: NEPA - UNICAMP, 2011. 161p. SELEÇÃO DE QUANTIDADES DE ALIMENTOS, PER CAPITA E MEDIDAS E SUSBTITUOS ALIMENTARES SELEÇÃO DE QUANTIDADES DE ALIMENTOS, PER CAPITA E MEDIDAS E SUSBTITUOS ALIMENTARES • SUBSTITUTOS • Evitar a monotonia • Conhecer os alimentos – Substituir adequadamente • Guia Alimentar – Pirâmide Alimentar • Grupos de alimentos • Porções e medidas caseiras • Valor calórico ( tabela do guia alimentar/pirâmide redesenhada ) SELEÇÃO DE QUANTIDADES DE ALIMENTOS, PER CAPITA E MEDIDAS E SUSBTITUOS ALIMENTARES GRUPO PÃES, CEREAIS E TUBÉRCULOS 1 porção = 150 Kcal • As recomendações da dieta planejada deve atingir 100 % ADEQUAÇÃO NUTRICIONAL ADEQUAÇÃO DA DIETA QUANTIDADE RECOMENDADA 100% QUANTIDADE INGERIDA X% X = 95% - 105% • micronutrientes • Será possivelmente adequados quando atingir a RDA E não ultrapassar a UL ADEQUAÇÃO NUTRICIONAL Modelo de Cardápio para Gestantes O planejamento das refeições deve suprir o fornecimento adicional de nutrientes para suportar as exigências metabólicas da gravidez e ganho de peso. A necessidade energética diária é individualizada variando de acordo com o peso pré-gravidez e estágio da gestação. Exemplo de Cardápio Café da manhã Laticínios: leite ou iogurte ou queijo magro Pão integral Frutas ou sucos de frutas ou ambos Lanche da Manhã Vitaminas de frutas ou leite com frutas, laticínios magros ou frutas Almoço Verduras e legumes crus ou cozidos, consumir todos os dias em grandes quantidades. Arroz integral Carnes magras, no caso de frango, sem pele ( retirar a pele no preparo) Acompanhamento – legumes e verduras cozidos, evite frituras Sobremesa - frutas ricas em vitamina C - acerola, Kiwi, morango, goiaba, laranja, limão, tomate e couve – antioxidante e melhor absorção de ferro. Lanche da Tarde Leite denatado + café + bolachas ou torrada Jantar As preparações devem ser de fácil digestão, pois geralmente as pessoas têm atividade muito sedentária após o jantar (assistir televisão, dormir, ler, estudar). Sopas ou saladas completas. Caso opte pelo consumo de carne, recomenda-se a ingestão de pequenas quantidades de carne e prefira as brancas e no caso das vermelhas em preparações moídas ou em sopas. Optar pela salada + sopa ou pela salada + lanches. Lanches com frios magros + verduras cruas e cozidas + fruta Ceia Mingau de aveia + leite magro ou chá + fatia de queijo magro ou um copo de iogurte magro + uma fruta. • Marcela de 18 anos, descobriu a pouco tempo que se encontra gestante. Com a notícia resolveu procurar um profissional especializado em nutrição materno infantil para um adequado acompanhamento dela e do bebê, uma vez que estava ganhando peso muito rápido e após a gestação começou a ter azia de forma frequente. Marcela sempre gostou de atividade física, mas após a gestação começou a realizar pilates com um nível leve, sendo considerada nesse período POUCO ATIVA. Durante a consulta a nutricionista identificou que Marcela possuía IMC pré gestacional dentro da eutrofia com peso pré-gestacional de 60 kg e altura de 1,66, porém já havia ganhado 5 kg e se encontrava com 16 semanas (2 trimestre gestacional). Após a avaliação do IMC para idade gestacional foi possível identificar que Marcela ainda estava no estado nutricional de eutrofia, porém seria necessário o planejamento de uma dieta visando o ganho de peso adequado por semana e promovendo a ingestão correta de macro e micronutrientes e melhorando os sintomas que podem ser encontrados durante a gestação. Calcule um cardápio de acordo com os critérios abordados na disciplina, utilizando tabelas de medidas caseiras e tabela de composição dos alimentos (TACO), devendo apresentar uma substituição para cada alimento e por fim e faça a adequação do planejado e atingido, devendo adequar dentro do limite de recomendação aceitável. DIETA DA GESTANTE PEDE-SE: •Identificação do paciente; •Cálculo da NEE; •Distribuição Percentual Geral dos Nutrientes ( você deve escolher segundo as recomendações) •Calculo do vet. por refeição e distribuição de macronutrientes por refeição ( a sua escolha) •Recomnedação de todo os micronutrientes abordados na aula •Cardápio Qualitativo; •Cardápio Quantitativo COM UMA SUBSTITUIÇÃO segundo a pirâmide •Ficha de Análise , sendo uma por refeição •Adequação geral dos nutrientes e do VET (VET, PTN, HC, LIPÌDIO); •Adequação do vet e nutrientes por refeição •Adequação dos micronutrientes • Adequação da vitamina Cálculo da Dose Inócua e Digestibilidade (85 %); •Análise da quantidade de proteína ingerida na dieta (com a interpretação) •Estudo da qualidade da proteína da dieta: cálculo do NDPcal e NDPcal% (com a interpretação) •Ficha final de adequação; •Fracionamento – 5 A 6 refeições. COM OS PERCENTUAIS POR REFEIÇÃO SEGUNDO RECOMNEDADO Observações • o grupo é de ate 5 pessoas • O grupo deve escolher a distribuição e macronutrientes e percentual por refeição, devendo atingir o valor de 100 % e estar presente no planejado • Os alimentos devem ser calculados pelo alimento cru e somente pela tabela da taco e as preparações devem ter os ingredientes • Deve ter dois cardápios quantitativo , o 1 calculado e o 2 que é o substituto • deve seguir a ordem do pede-se • Data de entrega dia 06/06/2017
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