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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085– OPERAÇÕES UNITÁRIAS I Profa. Lívia Chaguri E-mail: lchaguri@usp.br Leito Porosos Conteúdo · Propriedades físicas do leito · Escoamento em leitos Tipo de Leito · Leito fixo · Leito fluidizado · Leito vibrofluidizado · Leito de jorro Profa. Lívia Chaguri E-mail: lchaguri@usp.br ( Muitas OPs ocorrem por causa da circulação intensa de sólidos em conjunto com um fluido (gás ou líquido). ) · Leito fixo: quando o sólido está em repouso. O fluido percola entre os espaços vazios entre as partículas. · Leito fluidizado: quando a velocidade do fluido é suficiente para provocar movimento aleatório nas partículas no leito. · Fluidização: grandes vazões do fluido, que carrega os particulados – operação de transporte. 3 ( Leito Porosos ) · Leito fixo ou coluna de recheios: · Leito fluidizado 4 · Propriedades físicas do leito · Os leitos são caracterizados pela granulometria das partículas nele contidas: · Área específica · Porosidade · Densidade · Forma e tamanho de partículas isoladas: aula anterior. · Para um conjunto de partículas, dependendo de como estão dispostas, o leito pode ser fixo, fluidizado ou vibrofluidizado (névoa). 5 ( Densidade global ( bulk ) do leito (ρ b ) ) · Definida para quando o material está empacotado ou empilhado em um leito; · Razão entre a massa do material e o volume total que ele ocupa. · Depende do formato, tamanho e propriedades das partículas individuais. b mp mfluido V mp V · mfluido V (1) L S V ρb densidade global do leito (kg/m3) mp massa das partículas (kg) mfluido massa do fluido que escoa VL volume do leito; VS volume ocupado pelos sólidos; VV volume dos através das partí. (kg) vazios (m3). 6 ( Porosidade global ( bulk ) do leito (ε b ) ) · Definida como a fração do volume total que está vazio; · Depende do formato, tamanho, distribuição do tamanho, rugosidade, tipo de empacotamento e razão entre diâmetro da partícula e o diâmetro da coluna; · Leito não é totalmente compacto: porosidade ou fração de vazios é o volume do leito não ocupado pelo material sólido. 7 ( Porosidade global ( bulk ) do leito (ε b ) ) · São considerados apenas os espaços vazios existentes entre as partículas do leito; · Poros internos das partículas não são considerados. b volumede espaçovazio volumetotal do leito volumetotal do leito volumede sólidos volumetotal do leito (2) VL Vp (3) ( V )b L ( A porosidade global (bulk) do leito também pode ser expressa em função das densidades da partícula e aparente (equação 4). )8 ( Porosidade global ( bulk ) do leito (ε b ) ) · Pode ser expressa em função da densidade da partícula (ρp) e da densidade aparente (ρap): b 1 ap p (4) 9 ( Área superficial específica do leito ( a sL ) ) · Definida pela relação entre a área de superfície do leito exposta pelo fluido por unidade de volume do leito. · Em razão da porosidade do leito, a área superficial específica do leito não coincide com a área superficial da partícula (ASP): ( a )ASP ( V )sL L (5) ( Pode ser expressa em função da porosidade global (bulk). ) 10 ( Escoamento em leitos ) · Para conhecer o escoamento em leitos como uma OP é preciso conhecer as equações fundamentais que explicam como ocorre a fluidização. · Fluidização: leito de sólidos particulados em uma coluna cilíndrica, suportado por uma superfície de distribuição de fluido. · O leito se comporta como líquido pela passagem do fluido a ( Perda de carga: várias situações que podem ocorrer no leito ) ( 11 )uma vazão volumétrica acima de certo valor crítico. · ( Lei de Darcy (1856) )Escoamento em leitos – perda de carga depende do regime com que o fluido circula - equacionamento varia com regime de escoamento laminar ou turbulento. · Regime laminar Vazão volumétrica do fluido (m3/s) Velocidade média do fluido (m/s) ( K p A s ( P ) H L )Q (11) v Q As Kp (P) (12) ( H L )Kp – constante de permeabilidade (m2/Pa s) –prop físicas leito e fluido; As – área da seção de escoamento (m2); ( 12 )∆P – perda de carga (Pa); HL – altura do leito (m) – distancia percorrida no leito. · ( Equação de Carman – Koseny (1937) )Regime laminar - Carman ( f )90(1 )2 Área superficial da partícula ( p )6V ( A SP ) b 3 N (14) Dp (15) b Re, p · Quando o leito é formado por uma mistura de partículas de vários tamanhos e formatos, Vp e ASP podem ser obtidos dos valores médios de todas as partículas. Queda de pressão através do leito fixo: P 2 fv2 S (16) HL Dp vs – velocidade superficial do fluido percolando o leito livro de partículas (m/s); 13 f – fator de fricção (atrito) – adimensional · Regime laminar - Koseny · Derivou uma equação assumindo que determinado fluido escoa através de um leito de partículas homogêneas; · Formação de percursos de escoamento contínuo e uniformes entre as partículas; · Denominados dutos de escoamento; · Hipótese iniciou a equação geral para fluxo de fluidos através de um canal uniforme – necessário conhecer raio hidráulico; · Raio hidráulico: εb/aS · Superfície interna total e o volume interno total do grupo de canais similares paralelos são iguais à superfície da partícula e ao volume de vazios do leito. 14 ( Leito Porosos ) ( ) ( Equação de Carman – Koseny (1937) ) · Regime laminar – Koseny ( Diâmetro hidráulico ( D h ) ) A volume de vazios ( D 2 H ) 4 C L b Porosidade do leito Área superficial específica do leito Dh 4 s 4 4 (17) Pw perímetromolhado D2 H a As – área da seção de escoamento (m2); ( h )Pw– perímetro molhado (m); DC – diâmetro da coluna (m) HL – altura do leito (m). C ( 4 ) L SL ( a )Área superficial D 4 b (18) específica da partícula (eq. 8) s (1b ) 15 · Regime laminar – Koseny · Para estudar as características do leito: · Assumir: leito composto de partículas randomicamente dispostas; · Fluido atravessa dutos entre as partículas; · Assumir: comprimento dos dutos (Ld) são iguais e tem diâmetro hidráulico (Dh). 16 ( Equação de Carman – Koseny (1937) ) · Regime laminar – Koseny ( Área superficial específica da partícula considerando os dutos ( a S ) ) ( Leito Porosos ) a (númerototal de dutos no leito)(área int erfacial de um duto) ndDh Ld S volumeocupado pelas partículas VL (1b ) n' D2 D L d 4 C h d n' D L a d h d (19) S ( C L b )D2 H (1 ) 4 HL (1b ) nd – número total de dutos no leito; Ld– comprimento do duto (m); n’d – número de dutos por m2 de seção transversal no leito (m2). 17 ( Equação de Carman – Koseny (1937) ) · Regime laminar – Koseny ( Correlação da velocidade através do duto ( v d ) com a velocidade do fluido percolando o leito livre de partículas ( v S ) ) As vS Ad vd D2v n D2 v n' D2 D2 v ( 4 ) ( )4 C s v 4vs h d d C 4 4 h d (20) ( d ) ( D ) ( h )d n' 2 Ad – área de um duto (m2); 18 ( Equação de Carman – Koseny (1937) ) · Regime laminar – Koseny ( Velocidade do duto ( v d ) em função da velocidade do fluido ( v S ) ) · Substituindo n’d da equação (19) e Dh da equação (18) em (20) tem-se: v v Ld d s H (21) L b · Número de Reynolds equivalente para o duto (NReeq): NRe eq vd Dh (221)9 ( Equação de Carman – Koseny (1937) ) · Regime laminar – equação de Hagen-Poiseuille para cada duto pode ser aplicada: P 64 L (v )2 NRe eq d d 2Dh (23) · Substituindo as equações (18) (21) (22) em (23): a 2 L 2 (1 )2 P 2v S d b ( b ) ( L )( )3 H (24) ( ∆P depend e d o c o mprimento d e c a d a dut o e da s c a racter í s t ic as d o leit o 20 ) · Comprimento do duto é superior ao comprimento do leito; · Supondo que distintos comprimentos sejam proporcionais a altura do leito: Ld = τHL; · Definindo umaconstante K” = 2(τ)2 a equação (24) torna-se a conhecida equação de Koseny-Carman: ( Leito Porosos ) ( ) ( Equação de Carman – Koseny (1937) ) 22 2 (1 )2 ( H ) P 2vS aS b L ( )3 H P ( S S )HL K '' v a2 b L ( b )(1 )2 ( )3 ou b vs P H 3 ( ) b K ''a2 (1 )2 (25) ( τ – é a tortuosidade (adimensional); K” constante de Koseny (adimensional). )L S b 21 · Substituindo a expressão (-ΔP/HL) da equação (25) na Lei de Darcy (12) obtém-se a expressão para a constante K” em função da permeabilidade específica: vs Kp P HL Kp K ''v a2 (1 )2 ( ) ( b )3 b K '' 1 K 3 ( s S ) ( ) b a2 (1 )2 3 ( ) ( ) b P a2 (1 )2 (26) p S b '' 1 3 S S b K b P a2 (1 )2 S S b 22 · Carman demonstrou que: K '' K0 Ld HL (27) ( A relação τ = L d / H L recebe o nome de tortuosidade; K 0 é um fator que depende da seção transversal do duto. A tortuosidade será sempre maior que a unidade ( L d > H L ) e quanto maior seu valor, mais tortuoso serão os dutos no interior do leito. ) 23 · Equação de Koseny-Carman foi derivada para escoamento em regime laminar. · Se o regime é turbulento a equação de Hagen-Poiseuille pode ser aplicada para escoamento de fluido através de duto; · Para regime turbulento: P L v 2 ( Leito Porosos ) ( ) ( Equação de Burke – Plumer ) 4 f d d 2Dh (28) · f – fator de atrito de Fanning (adimensional) · Substituindo Dh e vd na equação 28: P 1 v L 2 L a 1 4 f S d d S b (29) ( 2 ) 2 b HL b 24 · Supondo que Ld= τ HL e que a área superficial específica da partícula está relacionada com seu diâmetro, sabendo que aS=6/Desf: P 3 2 1 3 f S b (30) ( 3 )HL Desf b · Definindo o fator de atrito modificado f’=f(τ)3: P 3 f ' 1 b v2 ( 3 ) ( S )HL Desf b (31) · Equação (31): Burke-Plumer – fator de atrito obtido experimentalmente e depende do NRe,p 25 · Equação única que considera Regime Laminar e Turbulento; · Das equações de Koseny-Carman e Burke Plumer, é possível descrever a perda de carga por unidade de altura do leito em: ( v 2 S )Velocidade do fluido P 1 2 1 ( Leito Porosos ) ( ) ( Equação de Ergun ) ( v S ) ' b ' b (32) ( 3 ) ( 3 )HL b b α’ e β’ são coeficientes experimentais · Equação (31): se obtém a equação para o fator de atrito modificado: 3 f ' P Desf b (33) ( S ) ( 3 ) ( L ) ( b )H v2 1 26 · Multiplicando a equação (33) pela expressão Desf 3 ( ) b : ( S )v2 (1 b ) P D 3 v 1 2 D 3 v2 1 D 3 esf ( S ) ( L ) ( S ) b a b esf ( 2 ) ( ) ( b ) ( S ) b b S b esf b ( ) ( b ) ( S ) H v2 1 b Desf 3 v2 1 b Desf 3 v2 1 b ( )3 f ' a D v 1 b b esf s 3 f ' a 1 b b NRe, p (34) ( Na equação (34) em que aparece o N Re,p , deve-se considerar que o diâmetro da partícula é uma esfera. 27 ) · ( H )Grande número de resultados experimentais sobre leitos de sólidos granulares mostraram que a = 150 e b = 1,75: P 1 2 1 ( D ) ( ) ( D ) 150 b v 1,75 b v2 (35) ( ) ( 2 )3 S L esf b 3 S esf b ( Equação (35) pode ser utilizada para o cálculo da perda de carga do fluido que percola um leito de partículas esféricas independente do regime de escoamento. ) ( Baixos valores de Re da partícula: equação de Ergum se reduz à equação de Koseny-Carman e Burke-Plumer; Altos valores de Re da partícula: equação de Ergum se reduz à equação de Burke-Plumer. 28 ) ( Equação de Kuni e Levenspiel (1991) ) · Partículas do leito apresentam formas variadas; · Kuni e Levenspiel expressaram a equação (35) em termos de esfericidade e diâmetro da partícula: ( Leito Porosos ) P 1 2 1 ( D eq 2 ) ( H ) 150 b v 1,75 b v2 (36) ( D eq ) ( ) ( )3 S 3 S L b b ( O primeiro termo da equação de Ergun é predominante para o regime laminar, O segundo termo tem maior importância para valores mais elevados de Reynolds, devido ao termo quadrático de velocidade. ) 29 Exemplo 1: As propriedades físicas de sementes de maça, secas a 30ºC com teor de umidade de 0,442 kg água/kg, foram obtidas experimentalmente em laboratório. A densidade do leito de sementes foi de 706,9 kg/m3, com densidade aparente de 1232,7 kg/m3 e altura de 0,4 m. O diâmetro médio da partícula foi determinado experimentalmente a partir de dados obtidos pela passagem das sementes entre 2 peneiras de aberturas consecutivas sendo seu valor igual a 7,253 mm. A densidade do ar de secagem a 30ºC é de 1,167 kg/m3 e a viscosidade é 1,988 x 10-5 Pa.s. As condições estudadas foram: (i) perda de carga = 998,8 Pa exercida com velocidade = 0,922 m/s; (ii) perda de carga = 1217,8 Pa exercida com velocidade = 1,027 m/s. Determine a esfericidade efetiva das sementes de maça. 30 · Leitos tem princípios semelhantes, mas apresentam diferenças em seu funcionamento. · Escolha do leito depende do tipo de material e da OP envolvida no processo. · Leitos mais utilizados: fixo, fluidizado, vibrofluidizado e jorro. ( Tipos de leito ) Fixo Fuidizado Vibro Jorro · Baixo consu mo de energi a; · Não forma aglom erados · Aumento da TC e TM; · Maior v de reação (uniformidade do leito); · Fácil escoamento em dutos; · Estrutura simples; · Compactos e baixo custo · Dificuldade em manter T; · Aglomerados · Facilitar a fluidização; · Redução do t processo; · Redução da qqtdade de ar; · Uniformidade de aglomerantes; · Eliminação de zonas mortas; · Maior custo equipamento. · Movimento cíclico do leito; · Contato efetivo entre fluido e partícula; · Altas taxas de TC e TM; · Bom controle de T no interior; · Difícil estabelecer regime fluidodinâmico31 larga escala. · Fluido escoa através de uma fase sólida particulada estacionária. · Velocidade do fluido (v) é menor que a velocidade mínima necessária para o leito expandir (vmf); · v < vmf (velocidade mínima de fluidização); · Leito não fluidiza – partículas permanecem estáticas. · Exemplos de leito fixo: colunas de destilação, secagem, extração s-l. ( Leito fixo ) ( Perda de carga ) · ΔP em leito fixo é proveniente: tubulações, placa de orifícios, ciclone etc e pelo leito de partículas; · ΔP em leito fixo é determinada: ( Regime laminar – N Re,p < 10 ) ( Regime turbulento – N Re,p > 100 ) ( D ) ( H )P 1 2 ( b ) P 1 b 2 150 2 L esf 3 vS ( )b 1,75 HL Desf 3 vS ( )b ( Koseny-Carman ) ( Burke-Plumer ) ( Regime de escoamento desconhecido ) P 1 2 1 ( D ) ( ) ( ) ( 2 ) ( D ) 150 b v 1,75 b v2 ( Ergun ) ( H )3 S L esf b 3 S esf b ( Potência de bombeamento ) · A potência de bombeamento do fluido através do leito é determinada pela equação (37): Po P m ( ) P Q PQ (37) Po = potência (W); m = vazão mássica (kg/s); Q = vazão volumétrica (m3/s). Exemplo 2 Sementes de maracujá dispostas em um secador semi-industrial de leito fixo são submetidas ás seguintes condições: velocidade do ar 0,7 m/s e temperatura de 50ºC (ρar=1,095 kg/m3; µar = 2,05 x 10-5 Pa.s). A altura do leito fixo é de 20 cm e as dimensões da bandeja do secador são 70 x 80 cm. A variação das dimensões das sementes, bem como da porosidade do leito para diferentes unidades, foram obtidas em laboratório, com valores representados na Tabela abaixo. Adote a esfericidade das sementes constantes ao longo do processo e igual a 0,76. Determine a potencia do ventilador para atender as condições desejadas do secador. Xw (kg/kg total) Dp (mm) εb (adimensional) 0,493 5,034 0,357 0,408 4,967 0,366 0,295 4,922 0,372 0,211 4,894 0,374 · Estado de fluidização no leito: equilíbrio entre a força de atrito das partículas sólidas e o fluxo ascendente. · Sólidos suspensos ou fluidizados: aumento da velocidade do fluido, aumentoda resistência até se igualar ao peso dos sólidos; · Fluidização: circulação dos sólidos junto com o fluido; · Não há existência de regiões estagnadas; · Não há diferenças significativas de temperatura; · Velocidade de escoamento necessária fluidizar sólidos – vmf – velocidade mínima de fluidização; · Sólidos suspensos no fluido – v=vmf; · Expansão do leito: mantém as características do leito fixo, mas com maior porosidade; · Sistemas G-S, quando v>vmf: instabilidade do leito, formação de bolhas ou canais; · Elutriação: arraste de partículas mais leves para o fluido. ( Leito fluidizado ) ( H f v > v mf ) ( Comportamento do leito fluidizado, com formação de bolhas ou canais, qdo leito atinge a altura de fluidização na condição de v > v mf . ) ( H f H f H L H mf ) v<vmf v=vmf v>vmf v>vmf ( Perda de carga ) · Força de arraste causa a dissipação da energia mecânica, essa dissipação deve incluir a energia para converter o empuxo estático original da partícula em um estado não fluidizado para o empuxo dinâmico no estado fluidizado. · No instante que a fluidização começa a queda de pressão por atrito deve ser dada pelo peso específico da suspensão corrigida pela coluna hidroestática: · dP dz P HL (1 b )( p )g (44) · Igualando a ΔP por atrito da eq. (44) considerando a porosidade do leito (εb= εmf): · dP dz P Hmf (1 mf )( p )g (45) P Hmf (1 mf )( p )g (46) · vmf – parâmetro fundamental mais importante na fluidização; · vmf – representa a transição entre o leito fixo e o fluidizado; · vmf – determinada experimentalmente, obtendo dados de ΔP x v. · Assim como a ΔP, a vmf pode ser calculada de acordo com o regime de escoamento. · Fluidização incipiente, a ΔP da eq (45), para fluido newtoniano, pode ser igualada a eq de Ergun (36) (Kuni). ( Leito fluidizado Velocidade mínima de fluidização ( v mf ) ) P (1 H mf )( p )g 150 ( ) ( 2 )D 1 2 ( mf )3 vmf 1,75 D 1 ( v ) ( mf ) ( 2 )3 mf mf · Considerando: eq mf eq mf (47) N vmf Dp ; N D3( ( p ) p )g Re mf Ar 2 · Rearranjando a equação (47) e introduzindo a definição de Deq, tem-se: ( Regime laminar – N Re,mf < 20 ) ( Regime turbulento – N Re,mf > 1000 ) ( D )2 v eq ( p )g 3 (48) v 2 Deq ( p )g 3 (49) ( ) ( ) ( mf )mf mf 150 (1 mf ) 1,75 ( mf ) ( Conhecimento dos parâmetros: D eq , ρ p , ρ e µ e de N Re mf e da esfericidade, para resolver a equação (47), para obter N Re mf e então a v mf . ) Exercício 1 Deseja-se desidratar sementes de maracujá em um secador semi-industrial de leito fluidizado de seção transversal de 70 cm x 80 cm, utilizando ar a temperatura de 50 ºC (ρar = 1,095 kg/m3; µar = 2,025 x 10-5 Pa.s). A altura do leito no seu estado fixo equivale a 20 cm e as propriedades físicas das sementes de maracujá, em diferentes umidades, estão apresentadas na tabela. Adote a esfericidade das sementes constante ao longo de todo processo e igual a 0,76. Determine a velocidade mínima de fluidização e a potência (equação 37) do ventilador do secador semi-industrial de leito fluidizado. Xw (kg/kg total) Deq (mm) ρp (kg/m3) 0,493 5,034 1108,0 0,408 4,967 1114,4 0,295 4,922 1110,9 0,211 4,894 1092,3 Resposta: vmf = 1,47 m/s e P0 = 1,9 HP ( Leito fluidizado ) · Leito convencional com aplicação de vibração mecânica; · Aplicação da vibração mecânica: aumento da TC e TM; · Aplicações em materiais particulados de características adesivas e pastosas; · Atenua zonas mortas de canais preferenciais e reduz bolhas. ( Perda de carga ) ( Velocidade mínima de vibrofluidização ) ( Leito vibrofluidizado ) Pmf Pmvf n (50) v v ( )1 1/ 2 ( ) (53) ΔPmvf · perda de carga no leito vibrofluidizado (Pa); mvf mf vf ΔPmf – perda de carga no leito fluidizado (Pa); Γ – intensidade da vibração (adm); n – constante adimensional. 1 2 2 vf (54) v g ou v 2f g (51) Pmvf As ( 1 ) ( mg ) n 0,15 0,241Dp p (52) Γvf – intensidade de vibração na vmvf; λv – amplitude de vibração (m); ω – veloc. Angular de vibração (rad. s) f – frequencia de vibração (Hz) ΔPmvf – perda de carga de mínima vibração (Pa) m – massa do leito (kg) As – área de seção transversal do leito (m2) Exercício 2 Com as informações referentes ao leito e as partículas do exemplo 1, cuja massa é 80 kg, calcule a perda de carga, a velocidade mínima de vibrofluidização e a potência necessária que um ventilador deverá exercer para desidratar sementes de maracujá por meio de um secador semi- industrial de leito vibrofluidizado sob as seguintes condições de vibração: i) Amplitude de 2 cm e frequencia de vibração de 4 Hz; ii) Amplitude de 2 cm e frequencia de vibração de 5 Hz; iii) Amplitude de 2,5 cm e frequencia de vibração de 4 Hz. Respostas: i) ΔPmvf = 1,15 kPa, vmvf = 1,331 m/s, Po = 0,86 kW = 1,15 HP; ii) ΔPmvf = 0,59 kPa, vmvf = 0,952 m/s, Po = 314 kW = 0,42 HP; iii) ΔPmvf = 0,82 kPa, vmvf = 1,126 m/s, Po = 519 kW = 0,69 HP. · Aplicado na secagem, recobrimento de partículas, mistura de sólidos etc; · ( Superfície do leito H L H C Espaço anular Interface jorro- espaço anular Base cônica Entrada do fluido D i Jorro Fonte )Por meio de movimentos cíclicos promove contato efetivo entre fluido e sólido particulado. ( Leito de jorro ) HL – altura total do leito; HC – altura da coluna; DC – diâmetro da coluna; · Principais parâmetros ligados ao projeto de equipamentos de leito de jorro: · Perda de carga em função da vazão do fluido; · Perda de carga no jorro estável; · Velocidade mínima de jorro; · Altura máxima do jorro estável. Di – diâmetro interno do tubo alimentador ( Perda de carga ) · Perda de carga no jorro é a queda de pressão que ocorre durante o funcionamento estável do leito; · Estabilidade do leito: dimensões do leito e propriedades das partículas; · Perda de carga máxima: ocorre um pouco antes do jorro ser estabelecido. P 6,8 D Dp ( f ) ( ) máx i 0,8 34,4 (54) ( )HLb g a DC HL Indica a vmf e a ΔPmáx HL – altura total do leito; HC – altura da coluna; DC – diâmetro da coluna; Condições mínimas de velocidade em que ainda tem jorro. Condição inicial do leito, redução de ΔP Início do jorro Di – diâmetro interno do tubo alimentador; fa – fator de atrito interno entre 1,25 e 3,2 (adm). ( Velocidade mínima de jorro ( v mj ) ) · Menor velocidade superficial do fluido na qual o jorro ainda existe; · Parâmetro fluidodinâmico dependente das características do geométricas do sistema e dos parâmetros físico químicos dos fluidos e das partículas. · vmf aumenta com aumento da altura do leito e com a diminuição do diâmetro da coluna. D D 1/ 3 2gH ( ) 1/ 2 vmj p i L p (55) DC DC ( Altura máxima de jorro estável ( H L ) ) (D )4 / 3 HL 0,67 C (56) (Dp )1/ 3