Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Oftalmologia Thaís Morghana Catarata DEFINIÇÃO Principal causa de cegueira reversível e deficiência visual em todo o mundo, causada pelo turvamento progressivo e diminuição da transparência do cristalino. É mais comum em populações com baixo nível socioeconômico e países em desenvolvimento. FISIOPATOLOGIA O cristalino é composto por proteínas chamadas de cristalinas, responsáveis pela função refrativa. As cristalinas são transparentes e não possuem organelas e circulação sanguínea. Essas proteínas não são substituídas ao longo da vida, e a transparência depende da manutenção das estruturas e da solubilidade das cristalinas. O desenvolvimento da catarata ocorre devido à modificação, agregação e precipitação das cristalinas. Os danos à cristalinas levam ao desdobramento parcial das proteínas. Contudo, se as proteínas danificadas não forem redobradas, ocorre o processo de agregação e formação da catarata. Ainda não existem métodos que possam evitar esse processo. A maioria das cataratas é causada por degeneração relacionada à idade, mas pode também ocorrer devido a trauma ou secundária a outras doenças. EPIDEMIOLOGIA 1 INTRODUÇÃO Oftalmologia Thaís Morghana TIPOS DE CATARATA Catarata subcapsular anterior → encontra-se sob a cápsula do cristalino e está associada à metaplasia fibrosa do epitélio do cristalino. Catarata subcapsular posterior → encontra-se à frente da cápsula posterior do cristalino e tem aparência vacuolar, granular ou em forma de placas. Tem efeito mais profundo sobre a visão do que a catarata nuclear ou cortical. Geralmente, a visão de perto é a mais prejudicada e os pacientes referem grande incômodo sob condições de miose. Catarata nuclear → ocorre devido a alterações que envolvem o núcleo do cristalino. Alguns pacientes referem melhora da visão de perto (“segunda visão dos idosos”), que acontece em razão do aumento do índice de refração do cristalino e da aberração esférica. Nos estágios iniciais, há uma coloração amarelada por causa do depósito de pigmento urocromo. E nos estágios mais avançados, o núcleo passa a ficar marrom. Catarata cortical → pode envolver o córtex anterior, posterior ou equatorial. A opacidade inicia como fendas e vacúolos entre as fibras do cristalino, devido a hidratação do córtex. A opacidade é vista na forma cuneiforme ou radial. Os pacientes geralmente referem ofuscamento pela dispersão da luz. Catarata em árvore de natal → caracteriza-se por depósitos marcantes, policromáticos, em forma de agulhas, no córtex profundo e no núcleo. 2 Oftalmologia Thaís Morghana MATURIDADE DA CATARATA Catarata imatura → opacificação parcial do cristalino. Catarata madura → opacificação total do cristalino. Catarata hipermadura→ cápsula anterior pregueada e contraída devido ao vazamento de água para fora do cristalino. Catarata morganiana → é uma catarata hipermadura, na qual houve liquefação do córtex e deslocamento inferior do núcleo. 3 Oftalmologia Thaís Morghana Também chamada de catarata relacionada com a idade ou catarata senil. Geralmente acomete indivíduos com mais de 50 anos de idade. O cristalino aumenta em volume e tamanho ao longo da vida desde o nascimento, além de mudar sua coloração naturalmente para amarelado e próximo ao marrom com o envelhecimento. Suas fibras se tornam também mais duras e compactas, levando a alterações como esclerose nuclear e presbiopia. Essas alterações são consideradas normais no processo de envelhecimento. DIABETES MELLITUS A alta glicemia no humor aquoso se dissemina para o cristalino. A glicose é metabolizada em sorbitol e se acumula dentro do cristalino, causando super-hidratação. Em estágios leves, isso pode afetar o índice de refração do cristalino. E em estágios mais avançados, há o desenvolvimento de vacúolos de fluido cortical, com evolução para opacidades. Catarata diabética clássica → opacidade em flocos de neve, que geralmente ocorre em diabéticos jovens. Pode ter resolução espontânea ou amadurecer em poucos dias. Catarata senil → ocorre mais precocemente em pacientes com DM. É mais comum a catarata nuclear, com progressão rápida. DISTROFIA MIOTÔNICA Caracteriza-se pelo atraso no relaxamento muscular após interrupção do esforço voluntário (miotonia). A grande maioria dos pacientes desenvolvem opacidades inócuas, opacidades iridescentes corticais, que evoluem para opacidades subcapsulares posteriores estelares e maturidade. Em alguns casos, a catarata pode preceder a miotonia. DERMATITE ATÓPICA Nos pacientes com DA, a catarata geralmente ocorre devido a formação de placa subcapsular anterior densa em forma de escudo ou de opacidades subcapsulares posteriores. NEUROFIBROMATOSE TIPO 2 A catarata associada à NF2 geralmente se desenvolve antes dos 30 anos e pode ser subcapsular posterior, capsular, cortical ou mista. Se desenvolve em consequência de outra doença ocular primária. UVEÍTE ANTERIOR CRÔNICA 4 CATARATA ADQUIRIDA CATARATA EM DOENÇAS SISTÊMICAS CATARATA SECUNDÁRIA Oftalmologia Thaís Morghana O desenvolvimento da catarata está associado com a duração e a atividade da inflamação intraocular, resultando em colapso da barreira hematoaquosa e/ou hematovítrea. O primeiro achado é um brilho policromático no polo posterior do cristalino. Se houver persistência da inflamação, há o desenvolvimento de opacidades anteriores ou posteriores, que podem evoluir para a maturidade. FECHAMENTO ANGULAR CONGESTIVO AGUDO Pode causar o desenvolvimento de opacidades capsulares ou subcapsulares anteriores, cinza-esbranquiçadas pequenas, na área da pupila. ALTA MIOPIA Associada a opacidades subcapsulares posteriores e início prematuro de esclerose nuclear. DISTROFIAS HEREDITÁRIAS DE FUNDO DO OLHO Desenvolvimento de catarata subcapsular posterior devido a retinite pigmentosa, amaurose congênita de Leber, atrofia girata e síndrome de Stickler. USO DE MEDICAMENTOS O uso de corticosteroides sistêmicos, tópicos ou inalatórios podem levar à catarata, dependente da dose e da duração. Outras drogas associadas à catarata são fenotiazinas, mióticos, amiodarona e estatinas. Pode ser congênita (presente no nascimento) ou juvenil (desenvolve-se após o nascimento). A catarata infantil geralmente está relacionada a doenças genéticas, doenças congênitas ou infecções intrauterinas. Causa mais comum de catarata unilateral em jovens. ❏ Trauma penetrante ❏ Trauma contuso: pode causar opacidade em formato de flor. ❏ Choque elétrico e fulguração: pode causar opacidades iridescentes anteriores ou posteriores, com padrão estelar. ❏ Radiação infravermelha: raramente causa esfoliação dacápsula anterior. ❏ Radiação ionizante: pode causar opacidades subcapsulares posteriores. As cataratas são visíveis durante a avaliação clínica do olho. Além disso, os pacientes devem ser avaliados quanto a deficiências visuais e outros sintomas, e doenças oculares concomitantes que possam influenciar o plano cirúrgico. A deficiência visual pode ser avaliada subjetivamente, pelo relato do paciente, ou por meio de exames de acuidade visual. 5 CATARATA INFANTIL CATARATA TRAUMÁTICA DIAGNÓSTICO Oftalmologia Thaís Morghana O único tratamento para catarata é a remoção cirúrgica do cristalino e substituição por uma lente intraocular (LIO). CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA A CIRURGIA Indicações para a cirurgia → melhora visual em pacientes que têm dificuldade na realização das tarefas diárias. E indicações médicas, como pacientes com patologias do fundo do olho que precisam ser acompanhadas e pacientes com glaucoma facolítico. Avaliação pré-operatória sistêmica → é obtido um histórico médico geral e quaisquer problemas devem ser tratados adequadamente - DM, HAS, IM, angina, doença respiratória, febre reumática, transplante ou prótese de valva cardíaca, endocardite, AVC prévio, artrite reumatóide, icterícia, HIV, doença falciforme, doença de Parkinson, epilepsia, distrofia miotônica. Avaliação pré-operatória oftalmológica → deve-se obter o histórico oftalmológico completo do paciente e analisar os seguintes fatores: - Agudeza visual: tabela de Snellen. - Teste de cover: permite identificar heterotropias. - Reações pupilares - Anexos oculares: dacriocistite, blefarite, conjuntivite crônica, lagoftalmo, ectrópio, entrópio e anormalidades do filme lacrimal podem predispor à endoftalmite. - Córnea: pode ser útil fazer a microscopia especular e a paquimetria. - Câmara anterior: avaliar dilatação da pupila e reflexo vermelho. - Cristalino: avaliar o tipo de catarata. - Fundoscopia: avaliar patologias que podem afetar o resultado visual, ex.: degeneração macular relacionada com a idade. - Estado refrativo atual: obtenção de detalhes do erro refrativo a fim de orientar a escolha da lente intraocular. Biometria → engloba a medida da ceratometria e do comprimento axial (anteroposterior), de modo a facilitar o cálculo da lente intraocular (LIO) para chegar ao resultado pós-operatório esperado. 6 TRATAMENTO A facoemulsificação (emulsificação ultrassônica do conteúdo da lente) é o padrão-ouro e é bastante usada em países desenvolvidos. A cirurgia manual de catarata com incisão pequena é realizada com uma incisão autovedante sem sutura e é bastante usada em países em desenvolvimento. Oftalmologia Thaís Morghana - Ceratometria: consiste na determinação da curvatura da superfície anterior da córnea, em dioptrias ou mm de raio de curvatura. Pode ser realizada com o equipamento de interferometria ou de forma manual (ceratômetro de Javal-Schiotz). - Biometria por coerência óptica: medida axial sem contato que utiliza 2 feixes de laser coaxiais de baixa energia, que produzem um padrão de interferência. - Ultrassonografia modo A: é um método menos exato para determinar a dimensão axial, pode ser obtido por contato direto ou pelo método de imersão. - Cálculo da LIO por fórmulas: desenvolvidas a partir da ceratometria e do comprimento axial. - Cirurgia refrativa anterior: cirurgias corneanas provavelmente farão uma diferença significativa na LIO. - Lentes de contato: o uso de lentes gelatinosas deve ser interrompido 1 semana antes da biometria e o uso de lentes rígidas deve ser interrompido 3 semanas antes. - Constante-A personalizada: essa constante pode ser programada no equipamento de biometria para levar em consideração desvios devido a técnica cirúrgica. Refração pós-operatória - Emetropia: é o estado refrativo ideal pós-operatório. No entanto, podem ser necessários óculos para perto, pois a LIO não sofre acomodação. - Olho contralateral: se houver erro refrativo significativo e sem necessidade de cirurgia de catarata, o olho operado poderá ser ajustado em 2,0 D a menos que o olho contralateral. Em alguns casos, quando a opacidade é mínima ou a ametropia é extrema pode ser proposta a implantação de LIO no olho contralateral para que ambos os olhos fiquem em emetropia. - Monovisão: o olho não dominante é ajustado abaixo de -2,o D de miopia para permitir a leitura, enquanto se visa à emetropia no olho dominante. - Lentes multifocais: utilizam uma variedade de meios ópticos para obter a visão de perto, de longe e intermediária. Lentes intraoculares → a LIO consiste em uma parte óptica (responsável pela refração) e uma parte háptica (braços e alças que entram em contato com as estruturas oculares para o posicionamento ideal da parte óptica). - Posicionamento: a posição ideal é no saco capsular. Mas, quando há a ruptura da cápsula posterior, a parte háptica pode ser colocada no sulco ciliar ou na câmara anterior. - LIOs flexíveis: podem ser dobradas ou carregadas por meio de um sistema injetor. ○ Silicone - háptica em alça (1 ou 3 peças) e em placa (1 peça). Essas lentes têm maior biocompatibilidade, com menos reações inflamatórias. ○ Acrílica - de 3 peças ou 1 peça. Podem ser hidrofóbicas (maior índice de refração, mais fina, produzem mais reações em olhos com uveíte); hidrofílicas/hidrogel (maior biocompatibilidade, maior índice de opacificação da cápsula posterior); ou, collamer (composta de colágeno e apresenta alta biocompatibilidade). - LIOs rígidas: são feitas de polimetilmetacrilato (PMMA). Não podem ser dobradas ou inseridas por injeção, sendo necessária uma incisão maior. Ainda são muito utilizadas por questões econômicas. E apresentam índice de opacificação da cápsula posterior maior que o das lentes flexíveis. - LIOs de borda quadrada: menos associadas a opacificação da cápsula posterior, sendo a configuração predominante. - Filtragem de luz azul: diversas lentes vêm com um filtro de luz azul para reduzir os danos à retina. 7 Oftalmologia Thaís Morghana - Revestimento de heparina: reduz a atração e adesão de células inflamatórias, podendo ser benéfica em casos com uveíte. Contudo, ainda não há evidências suficientes. - LIOs tóricas: contêm um componente refrativo cilíndrico para compensar o astigmatismo. - LIOs ajustáveis: possibilitam a alteração do potencial refrativo após a implantação. Anestesia → a maioria das cirurgias de catarata usa a anestesia local. - Bloqueio subtenoniano - inserção de uma cânula de ponta romba através de uma incisão na conjuntiva e na cápsula de Tenon 5mm a partir do limbo em posição inferonasal, passando-a através do espaço subtenoniano. O anestésico é injetado atrás do equador do globo ocular. - Bloqueio peribulbar - realizado através da pele ou conjuntiva. Deve ser evitado em olhos mais longos, por risco de penetração no globo ocular. - Anestesia tópica: gotas de proximetacaína a 0,5% , tetracaína a 1% ou gel de lidocaínaa 2%. Tende a ser menos eficaz que os bloqueios subtenoniano e peribulbar. Complicações → a cirurgia de catarata pode levar a uma pupila pequena ou ruptura da cápsula posterior durante a cirurgia. Contudo, se tratadas adequadamente, essas complicações são compatíveis com bons resultados visuais. A endoftalmite é a complicação mais grave, mas tem uma baixa incidência e tem diminuído com o uso de ATB intracameral injetados na câmara anterior. FACOEMULSIFICAÇÃO Foi desenvolvida na década de 1960 por Charles Kelman e tem como princípio o uso de energia ultrassônica, que faz vibrar uma agulha de titânio e fragmenta o núcleo rígido da lente. A partir disso, a emulsão é aspirada e uma LIO dobrável é implantada no saco capsular. A grande vantagem da facoemulsificação é a retirada do núcleo a partir de uma incisão pequena ≤ 3 mm. CIRURGIA DE CATARATA COM PEQUENA INCISÃO MANUAL (MSICS) 8 OBS.: Todas as técnicas modernas são variações da cirurgia extracapsular de catarata, nas quais a maior parte da cápsula do cristalino transparente ao redor é preservada para dar suporte permanente à LIO. As zônulas (ligamentos microscópicos) se fixam e se inserem circunferencialmente no equador capsular da lente para suspender e apoiar a lente. Oftalmologia Thaís Morghana As vantagens da cirurgia manual estão no custo baixo, simplicidade do processo, bons resultados, além de ser a melhor escolha para cataratas duras e maduras. A técnica mais popular é a MSICS sem sutura. Contudo, vem ganhando popularidade a técnica que envolve uma grande incisão sem sutura, que permite maior segurança na remoção da catarata. CIRURGIA DE CATARATA ASSISTIDA POR LASER DE FEMTOSEGUNDO O laser de femtosegundo atua de modo a automatizar certas etapas da cirurgia de catarata. Essa técnica é relativamente nova e várias questões ainda precisam ser estudadas. O laser é usado para realizar a incisão da córnea, a abertura capsular anterior e a fragmentação parcial do núcleo. Para isso, o olho anestesiado é encaixado no instrumento de laser e o laser infravermelho passa a emitir energia em pulsos curtos para fazer cortes no tecido. Após isso, segue o procedimento habitual da facoemulsificação. A desvantagem do laser de femtosegundo está no aumento dos custos da cirurgia. PUPILAS PEQUENAS Para todas as cirurgias de catarata é necessário fazer uso de medicamentos midriáticos tópicos para dilatar a pupila e melhorar o acesso cirúrgico e a visualização do núcleo. Dessa forma, a dilatação limitada representa um risco de complicações cirúrgicas, como trauma da íris ou ruptura da cápsula anterior ou posterior. As pupilas pequenas podem ser aumentadas no intra-operatório pela injeção de agonistas do receptor α 1 -adrenérgico, como fenilefrina ou adrenalina, no olho ou pela inserção de dispositivos mecânicos, como afastadores de íris ou anéis de expansão da pupila, para expandir temporariamente a pupila. CATARATAS MADURAS 9 CATARATA COMPLICADA Oftalmologia Thaís Morghana Branca → o córtex torna-se liquefeito a ponto de ficar branco leitoso e opaco. Isso obscurece a visão do cirurgião da cápsula anterior do cristalino e do núcleo subjacente do cristalino. A criação da abertura capsular anterior é muito difícil devido à pouca visibilidade e ao aumento da pressão intralenticular causada pela liquefação cortical. Brunescente (marrom) → à medida que o núcleo transparente envelhece, ele fica gradualmente descolorido antes de se tornar opaco, e sua cor muda de amarelo claro para marrom e eventualmente até preto. Além de mudar de cor, o núcleo fica maior e mais duro. FRAQUEZA ZONULAR As zônulas enfraquecidas aumentam o risco de ruptura capsular durante a cirurgia e podem estar associadas a instabilidade e deslocamento da LIO. O manejo cirúrgico foi aprimorado com o uso de afastadores temporários para apoiar a bolsa capsular durante a cirurgia. A longo prazo, a estabilidade capsular pode ser melhorada pela implantação de um anel de tensão capsular de plástico permanente. 10 CATARATA PEDIÁTRICA Oftalmologia Thaís Morghana A abordagem de pacientes pediátricos com catarata deve levar em conta diferenças na resistência à tração dos vários tecidos oculares, um trato uveal mais reativo, uma capacidade proliferativa aumentada nas células residuais do cristalino, o crescimento contínuo do olho, mudanças nas dimensões oculares após a cirurgia e o sistema visual imaturo. Se a cápsula posterior for deixada intacta durante a cirurgia de catarata em crianças, ela se tornará opaca em quase todos os casos devido à proliferação de células epiteliais. Devido a isso, pode ser realizada uma capsulorrexe posterior primária e vitrectomia anterior para remover o suporte para células do cristalino em proliferação. Para evitar a remoção do vítreo, a LIO pode ser colocada na cápsula e movida através da capsulorrexe posterior para o humor vítreo. Uma abordagem mais recente - 'bolsa na lente' (BIL) - envolve uma LIO com uma ranhura circunferencial na qual o anel externo restante da cápsula, que não foi removido, se encaixa. Quando colocada corretamente, a própria lente atua como uma barreira mecânica, que restringe o acesso de células epiteliais em proliferação do cristalino e mantém um eixo visual claro. Mesmo que ocorra opacificação pós-operatória, a vitrectomia anterior e a capsulotomia cirúrgica parecem ser seguras e eficazes. De acordo com a idade da criança, pode ser indicado o implante de lentes hipermetropes para conter a miopia que se desenvolve com a idade: Além disso, a cirurgia de catarata na infância pode estar associada ao desenvolvimento de ambliopia. Portanto, é necessário adotar estratégias paar atingir a visão máxima pós cirurgia. ARIETA, Carlos Eduardo Leite; FARIA, Marco Antônio Rey de; ALVES, Milton Ruiz. Cristalino e Catarata. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. KANSKI, Jack J. Oftalmologia clínica: uma abordagem sistemática. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. LAM, Dennis; RAO, Srinivas K.; RATRA, Vineet; LIU, Yizhi; MITCHELL, Paul; KING, Jonathan; TASSIGNON, Marie-José; JONAS, Jost; PANG, Chi P.; CHANG, David F.. Cataract. Nature Reviews Disease Primers, [S.L.], v. 1, n. 1, p. 12-13, 11 jun. 2015. Springer Science and Business Media LLC. RIORDAN-EVA, Paul; WHITCHER, John P. Oftalmologia geral de Vaughan & Asbury. 17. ed. Porto Alegre: AMGH, 2011. 11 < 2 anos +4 dioptrias 2-4 anos +3 dioptrias 4-6 anos +2 dioptrias 6-8 anos +1 dioptrias > 8 anos ± 0 dioptrias (emetropia) REFERÊNCIAS
Compartilhar