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9-Primeiro dia

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PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a 
Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira:
a. as questões de número 01 a 45 são relativas à área de Linguagens, 
Códigos e suas Tecnologias;
b. Proposta de Redação;
c. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências 
Humanas e suas Tecnologias.
2 Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões 
e se essas questões estão na ordem mencionada na instrução anterior. Caso o 
caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3 Escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com 
caneta esferográfica de tinta preta.
4 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, pois ele não poderá 
ser substituído.
5 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadas 
com as letras , , , e . Apenas uma responde corretamente 
à questão.
6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA a opção de língua estrangeira.
7 Use o código presente nesta capa para preencher o campo correspondente no 
CARTÃO-RESPOSTA.
8 Com seu RA (Registro Acadêmico), preencha o campo correspondente ao 
código do aluno. Se o seu RA não apresentar 7 dígitos, preencha os primeiros 
espaços e deixe os demais em branco.
9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço destinado à opção escolhida 
para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo 
que uma das respostas esteja correta.
10 O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
11 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. 
Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não 
serão considerados na avaliação.
12 Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
13 Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este 
CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA / FOLHA DE REDAÇÃO.
14 Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do 
início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em 
definitivo a sala de provas nos últimos 30 minutos que antecedem o término 
das provas.
15 Você será excluído do Exame, a qualquer tempo, no caso de:
a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata;
b. agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante 
ou pessoa envolvida no processo de aplicação das provas;
c. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação das 
provas, incorrendo em comportamento indevido durante a realização 
do Exame;
d. se comunicar, durante as provas, com outro participante verbalmente, 
por escrito ou por qualquer outra forma;
e. portar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de comunicação 
durante a realização do Exame;
f. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício próprio ou 
de terceiros, em qualquer etapa do Exame;
g. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização do Exame;
h. se ausentar da sala de provas levando consigo o CADERNO DE 
QUESTÕES antes do prazo estabelecido e / ou o CARTÃO-RESPOSTA 
a qualquer tempo.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
*de acordo com o horário de Brasília
2020
Simulado 9 – Prova I
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
Father
Though it is more difficult to write about my father than 
about my mother, since I spent less time with him and knew 
him less well, it is equally as liberating. 
Since I share so many of my father’s characteristics, 
physical and otherwise, coming to terms with what he has 
meant to my life is crucial to a full acceptance and love of 
myself. I’m positive my father never understood why I wrote. 
What I regret most about my relationship with my father is 
that it did not improve until after his death. For a long time I 
felt so shut off from him that we were unable to talk. I hadn’t 
the experience, as a younger woman, to ask the questions 
I would ask now. 
I grew up to marry someone very unlike my father, 
as I knew him – though I feel sure he had these qualities 
himself as a younger man – someone warm, openly and 
spontaneously affectionate, who loved to talk to me about 
everything, including my work. I now share my life with 
another man who has these qualities. 
WALKER, A. Living by the Word (2011). Disponível em: 
<www.books.google.com.br>. Acesso em: 24 set. 2020. [Fragmento]
Em um livro de ensaios, a escritora estadunidense Alice 
Walker examina o papel de seu pai em sua vida. No trecho, 
ela revela que era distante do pai porque
A. 	 a relação deles era marcada pela falta de diálogo.
B. 	 os dois eram parecidos demais um com o outro.
C. 	 o casamento dela foi reprovado pelo seu pai.
D. 	 a maior parte de seu tempo era dedicado à mãe.
E. 	 a escolha dela de tornar-se escritora o desapontava.
QUESTÃO 02 
At the CIA, the challenges of today’s fast-paced global 
changes present opportunities for exceptional careers. 
Our intelligence mission is the work of the nation – and our 
success depends on a network of professionals around the 
world. 
From the technical expertise of scientists, engineers and 
IT professionals who develop the latest technical gizmo, to 
the adventurous individuals in the Clandestine Service who 
collect important national security secrets. From language 
instructors conducting research, examining foreign media and 
teaching crucial language skills, to analysts with experience 
in international economics, military analysis and quantitative 
methods, to administrative personnel who support everyone 
else in performing their work. Ours is a mission like no other. 
Candidates must successfully complete a medical 
examination, polygraph interview and an extensive 
background investigation. For additional career information, 
job postings and to apply, please visit: www.cia.gov.
Disponível em: <https://www.cia.gov>. 
Acesso em: 5 out. 2020. [Fragmento]
O anúncio explicita o papel desempenhado por diversos 
profissionais na Agência Central de Inteligência dos Estados 
Unidos. Com relação aos professores de línguas, o anúncio 
destaca sua participação no(a)
A. 	 criação de redes internacionais de informação e 
investigação ao redor do mundo. 
B. 	 desenvolvimento de novos aparatos tecnológicos 
usados em ações clandestinas. 
C. 	 avaliação das entrevistas feitas pelos candidatos com 
o auxílio de testes de polígrafo. 
D. 	 condução de análises sobre temas presentes nos 
meios de comunicação estrangeiros. 
E. 	 melhoria da capacidade de comunicação dos 
funcionários da área administrativa. 
QUESTÃO 03 
The Galapagos islands face an invasion of trawlers
On July 16th the Ecuadorian navy announced it had 
spotted a fleet of 260 fishing vessels, most of them Chinese, 
anchored in international waters near the Galapagos islands. 
Ecuador’s government reacted as if it were facing some sort 
of invasion. It increased patrols to ensure that the ships would 
not venture into the Galapagos Exclusive Economic Zone, 
where Ecuador claims a sole right to resources. President 
Lenín Moreno formally complained to China. Overfishing in 
high seas near the Galapagos is endangering the unique 
species that thrive there. Yet there is little Ecuador can do to 
stop foreign fleets from ransacking its stock of marine wildlife. 
No laws regulate fishing in international waters. The ships use 
bait to lure sharks out of Ecuadorian waters and then catch 
as many as they can. It is impossible to track how much the 
ships fish. The Chinese underreport the international catch 
coming in through their ports, says Alex Hearn, of MigraMar, 
a marine-wildlife research organization. But Ecuadorians got 
a glimpse in 2017, when one Chinese vessel was intercepted 
in the Galapagos Marine Reserve. The authoritiesfound 300 
tonnes of fish, most of it scalloped hammerhead shark, a 
critically endangered species. Two thirds of hammerhead fins 
found in Hong Kong markets belong to species that depend 
on Galapagos waters. 
Disponível em: <www.economist.com>. 
Acesso em: 5 out. 2020. [Fragmento]
De acordo com o texto, uma prova irrefutável das atividades 
praticadas por pesqueiros estrangeiros em águas próximas 
a Galápagos é a
A. 	 presença de uma frota de 260 pesqueiros em águas 
territoriais equatorianas. 
B. 	 reclamação formal feita pelo presidente equatoriano às 
autoridades chinesas. 
C. 	 venda de barbatanas de tubarões de Galápagos nos 
mercados de Hong Kong.
D. 	 prática chinesa de não fiscalizar a pesca desembarcada 
em seus portos. 
E. 	 ação da marinha chinesa para conter o saque à vida 
marinha selvagem.
ENEM – VOL. 9 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 04 
The Sheen effect: breaking the HIV taboo, one celebrity at a time
When Charlie Sheen went public with his diagnosis, related web searches rocketed. He wasn’t the first famous person to 
boost awareness but, thanks to the web, it was the first time we could measure the impact.
It has been dubbed “the Sheen effect”: the ability of a celebrity to raise awareness by disclosing a condition. 
In Charlie Sheen’s case, it was HIV. On 17 November last year, when the actor announced he was HIV positive during an 
NBC interview, the number of Google-related searches containing the word “HIV” rocketed. Last week, a study published in 
the Journal of the American Medical Association’s Internal Medicine showed by how much – 417%.
It’s not the first time a famous person has had a significant impact on the world by disclosing the fact they have HIV or 
Aids, but – thanks to the Internet – it’s the first time the effect has been measured so rigorously.
Did the celebrity effect exist before the Internet? “HIV and celebrity have been closely linked from the beginning,” says 
Dominic Edwardes, a director at Terrence Higgins Trust. “From Rock Hudson to Charlie Sheen, the ‘story’ of HIV has been 
driven by celebrities who have it or high-profile supporters such as Elizabeth Taylor and Princess Diana.”
When the US basketball star Magic Johnson said he was HIV positive in 1991, the world realized that, as Johnson put it, 
“it can happen to anybody, even me”. It drove home the message that HIV was not a death sentence – Johnson continues to 
manage his condition with antiretroviral drugs.
Disponível em: <http://www.theguardian.com>. Acesso em: 22 mar. 2016 (Adaptação).
Em novembro de 2015, o ator Charlie Sheen anunciou, em uma entrevista, que é portador do vírus HIV. O caso do ator foi 
chamado de Sheen effect porque teve como diferencial o fato de proporcionar o(a)
A. 	 debate acerca do preconceito sofrido por celebridades que se declaram soropositivos.
B. 	 reconhecimento de que a trajetória da Aids sempre esteve ligada às celebridades.
C. 	 participação maior de outros artistas em campanhas de prevenção da doença.
D. 	 divulgação das formas de prevenção do HIV por meio da Internet e da mídia.
E. 	 medição do impacto da notícia na conscientização das pessoas sobre o HIV.
QUESTÃO 05 
Buying fair trade coffee helps thousands of families in Africa and Latin America to live with dignity out of their work. 
This way, they can improve the lives of their families and their community. 
Disponível em: <www.adsoftheworld.com>. Acesso em: 5 out. 2020.
Considerando as informações do texto, a expressão fair trade sugere que o produto em questão
A. 	 promove práticas agrícolas ecologicamente corretas.
B. 	 mantém projetos assistenciais que atendem agricultores.
C. 	 propicia condições de vida mais justas para seus produtores.
D. 	 estimula o consumo responsável em países em desenvolvimento.
E. 	 garante oportunidades de trabalho em outros setores além da agricultura.
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 ENEM – VOL. 9 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
Ajedrez 
En su grave rincón, los jugadores 
rigen las lentas piezas. El tablero 
los demora hasta el alba en su severo 
ámbito en que se odian dos colores.
 
Adentro irradian mágicos rigores 
las formas: torre homérica, ligero 
caballo, armada reina, rey postrero, 
oblicuo alfil y peones agresores.
 
Cuando los jugadores se hayan ido, 
cuando el tiempo los haya consumido, 
ciertamente no habrá cesado el rito.
 
En el oriente se encendió esta guerra 
cuyo anfiteatro es hoy toda la tierra. 
Como el otro, este juego es infinito. 
BORGES, J. L. El hacedor. Madrid: Alianza, 2006. [Fragmento]
O trecho do poema “Ajedrez”, do escritor argentino Jorge Luis 
Borges, usa uma partida de xadrez como metáfora para se 
referir à vida. Nesses versos, o autor destaca o(a)
A. 	 caráter eterno do jogo, que sobrevive a seus jogadores 
e segue sua marcha.
B. 	 magia das peças do xadrez para representar aquilo 
que engana os jogadores.
C. 	 soberba dos jogadores, que não veem que a morte é 
inevitável e chegará ao amanhecer. 
D. 	 ganância de quem joga, que, ao fim, destrói as peças e 
o tabuleiro num ato de não aceitação. 
E. 	 resistência dos jogadores, que, ao competirem por dias 
a fio, mostram suportar adversidades.
QUESTÃO 02 
¿Te sientes que no puedes ahorrar, porque no te 
alcanza el dinero? Quiero convencerte de que cada 
uno puede hacerlo, incluso ganando el mínimo.
A veces buscamos ahorrar pero siempre surgen muchas 
excusas: 
•	 el dinero no me alcanza, tengo muchos gastos, 
•	 la vida está muy cara, 
•	 las mensualidades del colegio subieron… 
Entre ellas también se encuentra una muy usada: “No 
puedo ahorrar porque gano solo el salario mínimo”. 
Sí, puedes hacerlo. Pero, Leticia, ¿cuándo únicamente 
gano el salario mínimo? Hago malabares para que este me 
alcance para todo, y ahora tú me hablas de ahorrar. 
Sí, es lo que dije. ¡Puedes ahorrar! Y es precisamente, 
porque no te alcanza, que deseo darte 6 herramientas para 
que no tengas que vivir del salario mínimo el resto de tu vida. 
– Pon un destino para tu dinero. 
– Asigna primero tu ahorro. 
– Usa el preahorro. 
– Pon metas para el ahorro. 
– Ahorra cuidando lo que ya tienes. 
– Invierte tus ahorros. 
Disponível em: <www.aprendizfinanciero.com>. 
Acesso em: 20 ago. 2018. [Fragmento] 
O artigo anterior dedica-se a sanar um questionamento 
recorrente dos leitores sobre como economizar dinheiro 
mesmo recebendo baixos salários. Nele, a utilização da 
expressão hago malabares indica que os leitores
A. 	 desejam ganhar mais que um salário mínimo por mês. 
B. 	 confiam nos conselhos dos blogueiros para economizar. 
C. 	 acreditam que gastar dinheiro é mais vantajoso do que 
guardar. 
D. 	 consideram que poupar é uma tarefa praticamente 
impossível.
E. 	 apresentam desculpas para justificar sua incapacidade 
de poupar.
QUESTÃO 03 
15 de junio de 1985: se funda 
el Estudio Ghibli en Japón
Si te gustan las películas de este famoso estudio, 
entonces te agradará enterarte de que hoy se cumple el 
aniversario número 35 de la fundación del Estudio Ghibli. 
Sin embargo, a pesar de que se fundó en 1985, el equipo 
liderado por Hayao Miyazaki e Isao Takahata ya había 
trabajado en una película, Nausicaä del Valle del Viento, la 
cual se estrenó en 1984.
Sin embargo, una de las películas más famosas del 
estudio (y a la cual le debe su logotipo), es Mi vecino Totoro, 
la cual fue estrenada tres años luego de la fundación del 
estudio. Acerca de esta película hay mucho de qué hablar, 
incluso algunas teorías interesantes acerca de la historia.
Disponível em: <www.tekcrispy.com>. Acesso em: 17 jun. 2020. 
[Fragmento] 
A notícia trata do aniversário de um famoso estúdio de filmes 
de animação. De acordo com o texto, o(s)
A. 	 Estúdio Ghibli e suas produções costumam agradar a 
muitos públicos.
B. 	 filmes de Hayao Miyazaki são famosos por gerarem 
muitas teorias dos fãs.
C. 	 integrantes doestúdio japonês lançaram um filme 
antes da fundação oficial do Ghibli.
D. 	 longa-metragem Mi vecino Totoro estreou há três anos, 
conquistando fãs no mundo todo.
E. 	 diretores Hayao Miyazaki e Isao Takahata entraram 
para a equipe anos após a fundação do estúdio. 
ENEM – VOL. 9 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 04 
¡Qué será de nosotros cuando se hayan ido
las cámaras de televisión!
Disponível em: <elroto@inicia.es>.
Diante de catástrofes naturais, a charge expõe o medo do(a)
A. 	 ausência de solidariedade da comunidade mundial frente à fúria da natureza.
B. 	 sensacionalismo das imagens transmitidas pela televisão durante uma tragédia.
C. 	 exploração da pobreza alheia como forma de se garantir a audiência dos canais de TV.
D. 	 falta de infraestrutura para atender as vítimas nos hospitais em caso de catástrofes naturais.
E. 	 desamparo dos afetados por uma tragédia após serem esquecidos pelas agências de notícias.
QUESTÃO 05 
Carne de perro, “manjar” estival en Corea del Norte
Con las temperaturas marcando récords en Corea del Norte, sus ciudadanos tratan de enfriar el cuerpo de una forma muy 
particular: comiendo carne de perro. Varios restaurantes famosos por esta especialidad en Pyongyang han visto aumentar 
significativamente su clientela en las últimas semanas, según informa la agencia Associated Press (AP). 
Comer carne de can, especialmente cuando el calor acecha, es una costumbre arraigada en la tradición culinaria de 
varios países asiáticos y especialmente en la península coreana. 
Comer perro no es una tradición exclusiva de Corea del Norte. Es una tradición arraigada también en Corea del Sur 
y en algunas regiones de China, principalmente su noreste – fronterizo con la península coreana – y en el centro y sur. 
El internacionalmente conocido festival de Yulin, en la provincia china de Guangxi, se celebra también coincidiendo con el 
solsticio de verano. Tanto en China como en Corea del Sur su consumo disminuye año tras año y la carne es repudiada sobre 
todo entre los más jóvenes, más habituados a tener al animal como mascota que al plato. Es algo, de acuerdo con AP, que 
también estaría empezando a suceder en Corea del Norte, donde en las principales ciudades se observan cada vez más 
vecinos que pasean a sus perros. 
Disponível em: <https://elpais.com>. Acesso em: 2 ago. 2018. [Fragmento]
A notícia anterior apresenta o costume de comer carne de cachorro em certas regiões asiáticas. De acordo com o texto, o 
consumo dessa carne 
A. 	 significa para os restaurantes da Coreia do Norte a possibilidade de apresentarem pratos requintados.
B. 	 popularizou-se pelo mundo com o festival de Yulin, uma vez que é uma festa de renome internacional.
C. 	 está relacionado à chegada ou intensificação do verão, já que, segundo se acredita, esse alimento esfria o corpo.
D. 	 choca-se com os valores culturais dos jovens na Coreia do Sul, pois, para eles, o cachorro é um animal sagrado.
E. 	 está em queda na China e na Coreia do Sul porque, nesses países, o movimento vegano tem feito pressão.
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 ENEM – VOL. 9 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
Disponível em: <http://www.hortifruti.com.br/comunicacao/campanhas/
e-de-familia/>. Acesso em: 15 fev. 2016.
O efeito de sentido da publicidade anterior se ancora, 
mormente, em um recurso linguístico que promove o humor. 
Esse recurso é a
A. 	antonímia, pois há uma contradição entre as palavras 
“água” e “bagaço”. 
B. 	hiperonímia, pois “bagaço” pertence ao campo semântico 
de “laranja”.
C. 	paronímia, pois usa-se “bagaço” no lugar de palavra 
com escrita e pronúncia parecidas.
D. 	polissemia, pois há dois sentidos no texto para a palavra 
“bagaço”.
E. 	sinonímia, pois “bagaço”, “água” e “laranja” se equiparam 
semanticamente.
QUESTÃO 07 
Justiça dos EUA estipula indenização de R$ 4,8 bi para 
vítimas do voo da Chape
Decisão do juiz Martin Zilber, da corte estadual da 
Flórida, nos Estados Unidos, deu procedência ao pedido 
de indenização das famílias de 40 vítimas do voo da 
Chapecoense.
O número de beneficiados representa mais da metade 
dos 77 passageiros do voo 2 933 da companhia boliviana La 
Mia, que levava o time da Chapecoense para a final da Copa 
Sul-Americana de 2016. O avião caiu nas proximidades do 
aeroporto de Rionegro, em Medellín, na Colômbia, e matou 
71 pessoas. 
Disponível em: <www.otempo.com.br>. 
Acesso em: 30 set. 2020.
O texto exibe problema de coesão devido ao emprego de 
A. 	 “proximidades” no plural, em discordância com 
“aeroporto”, que está no singular.
B. 	 “Sul-Americana” no lugar de “Sul-Americano”, visto que 
deve se referir ao continente.
C. 	 “caiu”, no pretérito perfeito, em vez de ser no infinitivo, 
“cair”, conforme o gênero notícia. 
D. 	 “EUA” no título, sem que haja descrição da sigla, 
dificultando o entendimento geral.
E. 	 “matou” concordando com o sujeito “avião”, atribuindo 
à aeronave a ação de matar as pessoas.
QUESTÃO 08 
TEXTO I
EUA querem reduzir proteção legal de Google e 
Facebook e exigir “policiamento” de postagens
O Departamento de Justiça americano enviará ao 
Congresso uma proposta para reduzir as proteções legais 
que dão imunidade a gigantes de tecnologia como Google, 
Facebook e Twitter, informou o Wall Street Journal.
Em paralelo, as grandes plataformas da internet 
chegaram a um acordo para combater os conteúdos que 
incitam o ódio, após um movimento de boicote por sua 
suposta “vista grossa”.
O acordo inclui o desenvolvimento de critérios para 
detectar o discurso de ódio, o estabelecimento de uma 
supervisão independente e ferramentas para evitar anúncios 
com conteúdo prejudicial, acrescentou a WFA.
Disponível em: <www.ovale.com.br>. Acesso em: 29 set. 2020. 
[Fragmento]
TEXTO II
Internet sem ódio
Uma das grandes brechas para os discursos de ódio 
na internet, a chamada “imunidade das redes sociais”, está 
em xeque. Na semana passada, o Departamento de Justiça 
dos Estados Unidos enviou ao Congresso uma proposta 
para reduzir as proteções legais a gigantes como Facebook, 
Google e Twitter em relação a conteúdos produzidos por 
terceiros. 
O lado perverso dessa liberação são as mais de 800 
denúncias diárias de discursos de ódio, assédio, racismo, 
xenofobia e ameaças em redes sociais relatadas apenas no 
Brasil à SaferNet, ONG de promoção dos direitos humanos 
na rede.
A responsabilização das gigantes do setor sobre o 
conteúdo de terceiros é um passo crucial para acabar com 
a impunidade e tornar o ambiente virtual um espaço de 
integração, e não de ódio. 
Editorial. O Tempo. Disponível em: <www.otempo.com.br>. 
Acesso em: 29 set. 2020. [Fragmento]
O texto I, uma notícia, e o texto II, um editorial, abordam o 
mesmo assunto, mobilizando diferentes recursos linguísticos 
para a progressão textual. Nesse sentido, além do tema, os 
textos apresentam semelhança no(a) 
A. 	 escolha linguística ao tratar as empresas envolvidas, 
denominadas “gigantes”.
B. 	 menção de que a investigação irá acabar com a 
impunidade das empresas.
C. 	 argumentação exposta para criticar a decisão do 
Departamento de Justiça.
D. 	 apresentação de uma crítica às empresas de tecnologia 
contemporâneas. 
E. 	 tratamento cuidadoso na abordagem dos detalhes 
sobre o fato apontado.
ENEM – VOL. 9 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 09 
Ofendi-vos, meu Deus, bem é verdade,
É verdade, meu deus, que hei delinquido,
Delinquido vos tenho, e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.
Maldade que encaminha à vaidade,
Vaidade, que todo me há vencido; 
Vencido quero ver-me, e arrependido,
Arrependido a tanta enormidade.
Arrependido estou de coração.
De coração vos busco, dai-me abraços,
Abraços, que me rendem vossa luz.
Luz, que claro me mostra a salvação,
A salvação pretendo em tais abraços,
Misericórdia, amor, Jesus, Jesus.
MATOS, G. Antologia da poesia barroca brasileira. 
São Paulo: Valer, 2010. p. 45.
A produção do poeta barroco Gregório de Matosdivide-se 
entre as vertentes lírica, satírica e religiosa. No soneto 
anterior, pertencente a esta última, o eu lírico caracteriza-se 
como um indivíduo
A. 	inferior, atormentado pelo remorso e pela culpa mesmo 
diante da iluminação divina.
B. 	orgulhoso, divulgador das maldades e mazelas pessoais 
que infringem as leis de Deus.
C. 	calculista, empenhado em conquistar a compaixão do 
próximo ao aproximar-se do sagrado.
D. 	consciente dos próprios erros, disposto a se arrepender 
e a encontrar o caminho da salvação.
E. 	ambíguo, apaziguado por Deus, apesar da manutenção 
das próprias falhas e dos ressentimentos.
QUESTÃO 10 
O primeiro livro de cada uma das minhas vidas
Perguntaram-me uma vez qual fora o primeiro livro de 
minha vida. Prefiro falar do primeiro livro de cada uma das 
minhas vidas. Busco na memória e tenho a sensação quase 
física nas mãos ao segurar aquela preciosidade: um livro 
fininho que contava a história do patinho feio e da lâmpada 
de Aladim. Eu lia e relia as duas histórias, criança não tem 
disso de só ler uma vez: criança quase aprende de cor e, 
mesmo quase sabendo de cor, relê com muito da excitação 
da primeira vez. A história do patinho que era feio no meio 
dos outros bonitos, mas quando cresceu revelou o mistério: 
ele não era pato e sim um belo cisne. Essa história me fez 
meditar muito, e identifiquei-me com o sofrimento do patinho 
feio – quem sabe se eu era um cisne?
LISPECTOR, C. Disponível em: <https://contobrasileiro.com>. 
Acesso em: 29 set. 2020. [Fragmento]
Quanto ao aspecto da narrativa, o conto de Clarice Lispector 
traz um relato intimista, configurado por meio do
A. 	 discurso indireto livre, que evidencia um foco narrativo 
na terceira pessoa.
B. 	 foco narrativo em primeira pessoa, caracterizando um 
narrador-protagonista.
C. 	 relato da protagonista enquanto representação fiel da 
própria escritora Clarice.
D. 	 símbolo dos livros como uma parte indissociável da 
vida da narradora-protagonista. 
E. 	 relato onisciente para demonstrar que o narrador 
conhece intimamente a personagem.
QUESTÃO 11 
Disponível em: <https://agenciamoove.com.br>. Acesso em: 1 out. 2020.
A campanha utiliza elementos verbais e não verbais para 
transmitir sua mensagem. O elemento para alcançar 
o objetivo de convencer o leitor a doar roupas para a 
Campanha do Agasalho de 2018 é a
A. 	 menção à solidariedade como um tesouro inexistente.
B. 	 crítica ao consumo exagerado de roupas pelas 
pessoas.
C. 	 ludicidade do texto, representada pelas roupas do 
garoto.
D. 	 expressão figurativa para abordar a importância das 
doações.
E. 	 presença de objetos infantis buscando engajamento de 
crianças. 
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 ENEM – VOL. 9 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 12 
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco, 
Monstro de escuridão e rutilância, 
Sofro, desde a epigênese da infância, 
A influência má dos signos do zodíaco. 
Profundíssimamente hipocondríaco, 
Este ambiente me causa repugnância... 
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia 
Que se escapa da boca de um cardíaco. 
Já o verme – este operário das ruínas – 
Que o sangue podre das carnificinas 
Come, e à vida em geral declara guerra, 
Anda a espreitar meus olhos para roê-los, 
E há de deixar-me apenas os cabelos, 
Na frialdade inorgânica da terra!
ANJOS, A. Eu e outras poesias. 48. ed. 
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.
Indo na contramão dos realistas e naturalistas, os artistas 
do Simbolismo não mais se preocupam com a análise da 
sociedade. Como se pode inferir no poema, a voz poética 
se volta para uma 
A. 	 melancolia diante dos fatos corriqueiros.
B. 	 preocupação com as questões metafísicas.
C. 	 referenciação aos valores gregos clássicos.
D. 	 sondagem do “eu” enquanto ser de reflexão.
E. 	 tentativa de anular o social diante do indivíduo.
QUESTÃO 13 
O trigo que semeou o pregador evangélico, diz 
Cristo que é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, 
o caminho e a terra boa em que o trigo caiu são os diversos 
corações dos homens. Os espinhos são os corações 
embaraçados com cuidados, com riquezas, com delícias; 
e nestes afoga-se a palavra de Deus. As pedras são os 
corações duros e obstinados; e nestes seca-se a palavra 
de Deus, e se nasce, não cria raízes. Os caminhos são 
os corações inquietos e perturbados com a passagem e 
tropel das coisas do Mundo, umas que vão, outras que 
vêm, outras que atravessam, e todas passam; e nestes 
é pisada a palavra de Deus, porque a desatendem ou a 
desprezam. Finalmente, a terra boa são os corações bons 
ou os homens de bom coração; e nestes prende e frutifica 
a palavra divina, com tanta fecundidade e abundância, 
que se colhe cento por um: Et fructum fecit centuplum. 
VIEIRA, A. Sermão da Sexagésima. In: Sermões escolhidos. 2. ed. 
São Paulo: Edameris, 1965. p. 2-3.
Padre Antônio Vieira é reconhecido como o maior expoente 
da prosa barroca no Brasil. Ao traçar um paralelo entre os 
sujeitos passíveis de conversão e os elementos da natureza, 
o autor
A. 	 facilita a compreensão dos dogmas religiosos pelos 
ouvintes ainda não convertidos.
B. 	 problematiza a relação danosa estabelecida entre os 
infiéis e os maus pregadores.
C. 	 convence os padres a acreditarem que a conversão 
dos infiéis é uma tarefa imprevista. 
D. 	 aponta para a multiplicidade de fiéis, cujas 
características dificultam o trabalho do pregador.
E. 	 sugere que a existência de infiéis é responsabilidade 
da natureza e, também, da Igreja Católica.
QUESTÃO 14 
Os desaires da formosura com as pensões da 
natureza ponderada na mesma dama
Rubi, concha de perlas peregrina,
Animado cristal, viva escarlata,
Duas safiras sobre lisa prata,
Ouro encrespado sobre prata fina.
Este o rostinho é de Caterina;
E porque docemente obriga e mata,
Não livra o ser divina em ser ingrata
E raio a raio os corações fulmina.
Viu Fábio uma tarde transportado
Bebendo admirações, e galhardias
A quem já tanto amor levantou aras:
Disse igualmente amante e magoado:
Ah muchacha gentil, que tal serias
Se sendo tão formosa não cagaras!
MATOS, G. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 30 set. 2020.
Desaires: deselegâncias.
Perlas: pérolas. 
Galhardias: elegâncias; elogios. 
Aras: altares. 
Muchacha: mulher jovem.
No poema barroco de Gregório de Matos, observa-se, por 
parte do eu lírico, um posicionamento 
A. 	 idealizador da formosura feminina.
B. 	 crítico, questionando a doçura feminina.
C. 	 socialmente rebaixado diante da mulher.
D. 	 satírico com aparente construção amorosa.
E. 	 reprovador quanto aos aspectos da mulher.
ENEM – VOL. 9 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 15 
Disponível em: <https://sardeseantunesaprendizes.blogspot.com>. 
Acesso em: 29 set. 2020. 
Na charge em análise, a fala da mulher apresenta uma 
incompatibilidade com a situação comunicativa, devido ao 
A. 	 emprego de uma variedade linguística inadequada 
para o contexto da entrevista de emprego. 
B. 	 uso inadequado do advérbio de modo para caracterizar 
os idiomas falados por ela.
C. 	 fato de ela desconhecer a língua utilizada na empresa 
para a qual se candidatou.
D. 	 contraponto que é feito entre a linguagem formal usada 
pelo homem diante do erro dela.
E. 	 questionamento feito pelo homem, que busca testar a 
entrevistada ao constrangê-la.
QUESTÃO 16 
TEXTO I
Pela margem do grande rio caminha Jaguarê, o jovem 
caçador. O arco pende-lhe ao ombro, esquecido e inútil. 
As flechas dormem no coldre da uiraçaba. Os veados saltam 
das moitas de ubaia e vêm retouçar na grama, zombando 
do caçador. Jaguarê não vê o tímido campeiro, seus olhos 
buscam um inimigo capaz de resistir-lhe ao braço robusto. 
O rugido do jaguar abala a floresta; mas o caçador também 
despreza o jaguar, que já cansou de vencer. Ele chama-se 
Jaguarê, o mais feroz jaguar da floresta; os outros fogem 
espavoridos quando de longe o pressentem. [...] Jaguarê 
chegou à idade em que o mancebo troca a famado caçador 
pela glória do guerreiro.
ALENCAR, J. Ubirajara. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 1 out. 2020. [Fragmento]
TEXTO II
Camargo era pouco simpático à primeira vista. Tinha as 
feições duras e frias, os olhos perscrutadores e sagazes, 
de uma sagacidade incômoda para quem encarava com 
eles, o que o não fazia atraente. Falava pouco e seco. 
Seus sentimentos não vinham à flor do rosto. Tinha todos 
os visíveis sinais de um grande egoísta; contudo, posto que 
a morte do conselheiro não lhe arrancasse uma lágrima ou 
uma palavra de tristeza, é certo que a sentiu deveras. [...] 
Era difícil saber se Camargo professava algumas opiniões 
políticas ou nutria sentimentos religiosos. Das primeiras, se 
as tinha, nunca deu manifestação prática [...]. Quanto aos 
sentimentos religiosos, a aferi-los pelas ações, ninguém 
os possuía mais puros. Era pontual no cumprimento dos 
deveres de bom católico. Mas só pontual; interiormente, 
era incrédulo.
ASSIS, M. Helena. In: ______. Obra Completa. v. I. 
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. [Fragmento]
Os fragmentos das obras, pertencentes a diferentes 
movimentos literários, trazem narradores oniscientes. 
Considerando as diferenças na apresentação das 
personagens, o narrador do texto II se afasta do movimento 
literário anterior pela descrição centrada
A. 	 na postura cética e insensível.
B. 	 na temática nacional e política. 
C. 	 em elementos visíveis e sociais.
D. 	 em aspectos culturais e religiosos. 
E. 	 na representação heroica idealizada.
QUESTÃO 17 
Somos mais de 400 empresas de diversos setores 
econômicos que representam 90% do capital transacionado 
em bolsa no país. Sabemos que a mudança do clima é um 
dos maiores desafios a serem enfrentados pela humanidade 
neste século e que o Acordo de Paris foi fundamental para 
estabelecer o compromisso internacional para assegurar 
que o aumento da temperatura global não ultrapasse 
2 °C, buscando esforços para 1,5 °C. Diante desse 
compromisso, setores público e privado e sociedade civil têm, 
conjuntamente, a responsabilidade de liderar os esforços 
de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e 
evoluir na construção de uma economia de baixo carbono. 
Nós, l ideranças empresariais, defendemos o 
estabelecimento de um mecanismo de precificação de 
carbono adequado às características da economia e ao 
perfil de emissões de GEE do nosso país, que incentive 
investimentos, garanta a competitividade das empresas e 
estimule a inovação tecnológica de baixa emissão no Brasil. 
Nesse sentido, mesmo na ausência de um mecanismo 
público obrigatório de redução de emissões, e entendendo 
a escala e urgência do desafio acima mencionado, temos 
realizado importantes esforços para reduzir nossas emissões 
de GEE. 
O custo de uma ação tardia é desproporcionalmente 
superior ao custo de se tratar esse desafio preventivamente. 
Precisamos agir hoje para alcançar resultados de baixo 
carbono no longo prazo. Os cenários para o Brasil já 
demonstram que diversas tecnologias de baixo carbono se 
viabilizam, apenas, com o estabelecimento de um preço para 
a emissão de GEE. 
Disponível em: <https://cebds.org>. Acesso em: 13 abr. 2019. 
Considerando as características do gênero carta aberta, a 
principal intenção da carta analisada é 
A. 	 informar a população sobre o aumento da temperatura 
global por meio de dados concretos. 
B. 	 divulgar as ações sustentáveis adotadas pelas 
empresas na redução da emissão de poluentes. 
C. 	 convencer a população a reivindicar a redução da 
emissão de gases poluentes pelas empresas. 
D. 	 instigar os governos a implantarem uma precificação 
sobre a emissão de gases de efeito estufa. 
E. 	 convocar as empresas que ainda não aderiram à causa 
para o enfrentamento da mudança do clima. 
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 ENEM – VOL. 9 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 18 
Canção do Tamoio
I 
Não chores, meu filho; 
Não chores, que a vida 
É luta renhida: 
Viver é lutar. 
A vida é combate, 
Que os fracos abate, 
Que os fortes, os bravos 
Só pode exaltar. 
[...]
V
E pois que és meu filho, 
Meus brios reveste; 
Tamoio nasceste, 
Valente serás. 
Sê duro guerreiro, 
Robusto, fragueiro, 
Brasão dos tamoios 
Na guerra e na paz
DIAS, G. Canção do Tamoio. Disponível em: 
<www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 30 set. 2020. [Fragmento]
O poema lido anteriormente pertence à Primeira Geração 
Romântica, e as propostas desse período ficam claras, no 
fragmento, pela 
A. 	 figura do índio como símbolo nacional, retratado por 
meio da idealização do guerreiro.
B. 	 voz poética customizada, que se dirige diretamente ao 
herói da narrativa e o caracteriza.
C. 	 menção ao índio tamoio como estranho no cenário 
nacional e, por isso, menos valorizado.
D. 	 nacionalidade exacerbada, apontando os guerreiros 
lusitanos como representantes do país.
E. 	 natureza exorbitante, que é reverenciada na figura do 
homem branco e suas características.
QUESTÃO 19 
O lobo e o burro
Um burro estava comendo quando viu um lobo 
escondido espiando tudo que ele fazia. Percebendo que 
estava em perigo, o burro imaginou um plano para salvar 
a sua pele. Fingiu que era aleijado e saiu mancando com 
a maior dificuldade. Quando o lobo apareceu, o burro todo 
choroso contou que tinha pisado num espinho pontudo.
– Ai, ai, ai! Por favor, tire o espinho de minha pata! Se 
você não tirar, ele vai espetar sua garganta quando você 
me engolir.
O lobo não queria se engasgar na hora de comer 
seu almoço, por isso, quando o burro levantou a pata, ele 
começou a procurar o espinho com todo cuidado. Nesse 
momento o burro deu o maior coice de sua vida e acabou 
com a alegria do lobo. Enquanto o lobo se levantava todo 
dolorido, o burro galopava satisfeito para longe dali.
Cuidado com os favores inesperados.
Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 2 out. 2020.
Considerando o caráter moral do gênero textual fábula, 
com a finalidade de atrair a atenção do leitor e estabelecer 
um fio condutor para a transmissão da mensagem, o texto 
utiliza-se de
A. 	 anedotas com animais humanizados.
B. 	 conhecimentos culturais e recursos orais. 
C. 	 construção narrativa e sentença injuntiva.
D. 	 personificação de seres do folclore popular.
E. 	 metáforas com elementos temáticos infantis.
QUESTÃO 20 
Raízes Profundas 
Dona de Casa está com medo e fala para a plateia. 
DONA DE CASA: Historinhas eu tenho mil. Poderia 
contar várias aqui para vocês. Tem a da senhora que brotou 
uma alface no meio do corpo dela. E ela se abriu para a 
vida. Essa é ótima. Uma das melhores que já ouvi por aqui. 
Tem a daquela mulher que estava triste andando na rua e 
caiu no bueiro: só que lá dentro ela encontrou um homem 
na mesma situação. E então eles ficaram alegres. Olha que 
loucura. Tem a da família japonesa que a mãe colocou botox 
nos olhos. E ficou cega. É claro! Mas, sabe, esses orientais 
são imprevisíveis! Dizem que eles inventaram samambaias 
azuis! Você liga na tomada e elas ficam verdes. E há outras 
histórias sobre moradores daqui… como dizia o Valico: 
“histórias vitalícias!” Oh! Valico. 
Ela se lembra de Valico.
DONA DE CASA: Ele teve um enfarte no coração e 
durante o enfarte começou a dizer, me dizer uma porção de 
palavras bonitas e espontâneas. A vida dele se enfartou e 
ele teve um ataque de lirismo. Eu juro. Muitas das coisas que 
eu falo são dele, que gravei daquele momento. 
PASSÔ, G. Por Elise. Rio de Janeiro: Cobogó, 2012. 
Os gêneros teatrais contemporâneos são marcados por 
hibridismo em sua composição, valendo-se de recursos 
estéticos diversos. O trecho do texto dramático de Grace 
Passô caracteriza-se dessa forma, pois 
A. 	 apresenta personagens que mantêm interlocução com 
a plateia. 
B. 	 surpreende o leitor ao mesclar narração poética a um 
monólogo. 
C. 	 constrói o conflito por meio do discurso direto em 
primeira pessoa. 
D. 	 privilegia uma linguagem conotativa junto a situações 
inesperadas. 
E. 	 utiliza da ficção como recursoestilístico em uma peça 
dramática.
ENEM – VOL. 9 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 21 
DAHMER, A. Disponível em: <https://catracalivre.com.br>. Acesso em: 2 out. 2020.
Na tirinha, como forma de completar o sentido pretendido, o autor utiliza os elementos visuais para 
A. 	 caricaturar o casal da narrativa.
B. 	 representar o cenário da história. 
C. 	 ilustrar as tecnologias abordadas.
D. 	 estabelecer a sequência de eventos.
E. 	 expressar as reações das personagens. 
QUESTÃO 22 
Brasil precisa de providências contra o abuso de poder policial
O sistema normativo e judicial de proteção das liberdades constitucionais no Brasil está enferrujado, e há um desequilíbrio 
do sistema penal brasileiro. A pena de quem rouba uma correntinha de ouro pode ser de cinco anos e quatro meses de prisão 
em regime fechado. Já o policial que surrupia indevidamente a liberdade da pessoa está simbolicamente submetido a juízo 
de “pequenas causas”.
Abordagens policiais arbitrárias e buscas indiscriminadas, sobretudo em bairros periféricos das cidades, embaraços 
ilegais e agressões ao trabalho da imprensa e à liberdade de expressão: as violações são cotidianas, e a tolerância com a 
truculência, infinita.
CARVALHO FILHO, L. F. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br> Acesso em: 20 mar. 2016 (Adaptação).
Com o objetivo de alcançar maior grau de persuasão, o autor do texto lançou mão de
A. 	 contra-argumentação, haja vista que antecipa um ponto de vista contrário e refuta-o demonstrando suas falhas.
B. 	 ironia, uma vez que satiriza alguns indivíduos que praticam pequenos delitos e caracteriza-os como amadores.
C. 	 raciocínio de causa e efeito, pois apresenta motivos que justificam e explicam a ocorrência de abuso de poder.
D. 	 comparação, já que traça um paralelo entre a ocorrência de abuso de poder em periferias e em bairros nobres.
E. 	 modalizadores, porque utiliza termos que demarcam e intensificam a opinião sobre o abuso de poder policial.
QUESTÃO 23 
CUSTÓDIO. Disponível em: <http://www.custodio.net>. Acesso em: 1 out. 2020.
Na tirinha, ao citar Machado de Assis, busca-se 
A. 	 destacar a relevância do autor realista.
B. 	 apresentar as temáticas da prosa machadiana. 
C. 	 abordar as dificuldades na compreensão textual. 
D. 	 expressar uma metáfora sobre o cânone literário.
E. 	 construir um posicionamento sobre as obras clássicas.
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 ENEM – VOL. 9 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 24 
Inania verba
Ah! quem há de exprimir, alma impotente e escrava,
O que a boca não diz, o que a mão não escreve?
– Ardes, sangras, pregada à tua cruz, e, em breve,
Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava...
O Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava:
A Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve...
E a Palavra pesada abafa a Ideia leve,
Que, perfume e clarão, refulgia e voava.
Quem o molde achará para a expressão de tudo?
Ai! quem há de dizer as ânsias infinitas
Do sonho? e o céu que foge à mão que se levanta?
E a ira muda? e o asco mudo? e o desespero mudo?
E as palavras de fé que nunca foram ditas?
E as confissões de amor que morrem na garganta?!
BILAC, O. In: Alma inquieta. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 2 out. 2020.
A obra de Olavo Bilac é um dos exemplos mais conhecidos 
do Parnasianismo, movimento estético do século XIX. 
No poema em análise, a característica do movimento literário 
é explicitada devido ao(à)
A. 	 desprezo pelos recursos poéticos clássicos.
B. 	 valorização de sentimentos inexplicáveis. 
C. 	 busca por maneiras de se expressar.
D. 	 recusa da reflexão metalinguística.
E. 	 exagero da subjetividade lírica. 
QUESTÃO 25 
A borboleta
Carta de amor dobrada em duas busca um endereço 
de flor.
RENARD, J. Histórias naturais: o dia a dia dos animais. São Paulo: 
Landy, 2006. p. 12.
Própria da obra literária, a função poética da linguagem 
relaciona-se à elaboração não usual da forma pela qual se 
apresenta dado conteúdo. Em “A borboleta”, ao trabalhar 
esteticamente a dimensão poética do texto, o autor
A. 	 instaurou uma leitura que transforma em beleza uma 
imagem considerada desprezível.
B. 	 subverteu a materialidade do inseto em um elemento 
próprio da subjetividade humana.
C. 	 reproduziu a imagem do amor como elemento 
inesgotável de desejo no interior dos seres. 
D. 	 revelou a capacidade humana de apropriar-se da 
beleza animal para conquistar o ser amado.
E. 	 relacionou a presença da borboleta na natureza ao 
momento de entrega amorosa entre dois seres.
QUESTÃO 26 
O TEMPO. Disponível em: <www.otempo.com.br>. 
Acesso em: 29 set. 2020.
A construção do sentido crítico na charge é formulada, no 
campo linguístico, pela
A. 	 classificação igual dos substantivos utilizados.
B. 	 construção das orações na ordem indireta.
C. 	 utilização de termos adjetivos sinônimos. 
D. 	 repetição da mesma estrutura sintática. 
E. 	 afirmação duvidosa das personagens.
QUESTÃO 27 
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no
[morro da Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu 
[afogado.
 BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
O poema de Manuel Bandeira é construído por meio de 
uma intertextualidade com o gênero textual notícia. Essa 
intertextualidade é evidenciada 
A. 	 pelo teor sensacionalista adotado na abordagem da 
fatalidade ocorrida.
B. 	 pela apresentação detalhada e objetiva de fatos reais 
coletados no cotidiano.
C. 	 pelo caráter temporal do texto, que relata um 
acontecimento muito específico.
D. 	 pela presença dos elementos estruturais constituintes 
de uma notícia real.
E. 	 pelo predomínio de tipologia narrativa e linguagem 
referencial na abordagem do assunto.
ENEM – VOL. 9 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 28 
Como dois animais
Foi mistério e segredo
E muito mais
Foi divino brinquedo
E muito mais
Se amar como
Dois animais
Meu olhar vagabundo
De cachorro vadio
Olhava a pintada
E ela estava no cio
E era um cão vagabundo
E uma onça pintada
Se amando na praça
Como os animais
VALENÇA, A. Como dois animais. In: ______. Cavalo de pau. 
Rio de Janeiro: Gravadora Eriola, 1982. [Fragmento]
A música “Como dois animais”, de Alceu Valença, se 
relaciona com a estética do período naturalista, na medida 
em que
A. 	 alude ao aspecto primário dos seres, que recorrem a 
instintos primitivos quando em sociedade.
B. 	 aproxima os seres humanos de animais, evidenciando 
um forte elemento social condicionante.
C. 	 aborda a temática do desejo sexual e as condições 
sociais que impedem a sua concretização.
D. 	 argumenta sobre a necessidade do ser humano de ser 
colocado em evidência na sociedade.
E. 	 atesta a natureza animalesca dos homens quando 
dominados por seus desejos antinaturais. 
QUESTÃO 29 
Primavera feminista no Brasil 
Em 31 de outubro, cerca de 15 000 mulheres brasileiras 
saíram às ruas em São Paulo e outros milhares em outras 
grandes cidades do país. Não é comum que as mulheres 
brasileiras saiam à rua para dizer “basta” ao machismo. Por 
isso, é algo que surpreendeu os cidadãos. Até o ponto de 
haver revistas, como Época, que batizaram a questão como 
“a primavera das mulheres brasileiras”. 
Em outras nações as mulheres lutam por salários iguais, 
por paridade nos conselhos de administração, por leis que 
permitam conciliar o trabalho com a vida familiar. No Brasil, 
também. Mas, além disso, brigam hoje, nesta primavera 
brasileira, para não retrocederem em suas conquistas e, 
sobretudo, pelo direito de poder ir à rua (num ônibus ou no 
metrô) sem que ninguém as assedie ou insulte ou lhes falte 
com o respeito: para que as meninas de hoje não sofram 
os mesmos maus-tratos que sofreram e sofrem suas avós, 
suas mães e irmãs mais velhas. 
Disponível em: <https://brasil.elpais.com>. Acesso em: 12 out.2018. 
A estratégia utilizada no texto para argumentar sobre 
a necessidade de as mulheres brasileiras lutarem para 
reivindicar direitos básicos se baseia principalmente na
A. 	 citação de provas concretas, que evocam o grande 
número de mulheres participantes da manifestação. 
B. 	 autoridade argumentativa da revista de circulação 
nacional, mencionada para conferir credibilidade aos 
atos. 
C. 	 comparação entre os pontos reivindicados pelas 
mulheres brasileiras e a pauta de movimentos de 
outras nações. 
D. 	 exemplificação dos direitos conquistados pelas 
manifestações, de forma a não retroceder nas 
conquistas femininas. 
E. 	 gradação, que estende a outras gerações os maus- 
-tratos infligidos às mulheres na sociedade, desde as 
mães e avós. 
QUESTÃO 30 
Ser jornalista é possível 
Não há dúvida de que há uma crise no jornalismo e, 
embora eu esteja certa da sobrevivência de um dos 
produtos mais nobres do mundo, a notícia, acredito 
também que há caminhos a percorrer para que ela 
mantenha intacta sua dignidade. Não, não sou uma purista. 
Sei que a versão do fato pode ser incrivelmente mais 
poderosa do que o fato em si, a depender da maneira 
como é contada. Sei também que os interesses comerciais 
e políticos colocados nesse tabuleiro podem determinar 
antecipadamente o resultado do jogo. E tenho perfeita noção 
de que o contador de histórias é só peão nesse xadrez. 
Mas quanto significado há nessa incumbência! Contar a 
história que sobreviverá ao tempo!
[...] A função do repórter se apequenou diante do 
gigantismo do mercado de mídia e seus esforços para 
superar a crise. Uma crise que não é da notícia, que jamais 
morrerá. O que vai mudar, e muito, é o modelo de negócios 
em torno da embalagem da notícia. 
PADRÃO, Ana Paula. Disponível em: <http://www.istoe.com.br/
colunas-e-blogs/coluna/345878_ 
SER+JORNALISTA+E+POSSIVEL>. 
Acesso em: 12 fev. 2014 (Adaptação). 
Com base no texto anterior, infere-se que a dignidade da 
notícia deve ser mantida porque a
A. 	 crise não alcança a notícia e sim o próprio jornalismo 
contemporâneo.
B. 	 determinação pelos interesses comerciais e políticos 
não pode durar.
C. 	 dimensão do texto jornalístico ultrapassa seus limites 
cronológicos.
D. 	 função do jornalista é ser coadjuvante em um jogo de 
interesses.
E. 	 versão do fato é mais poderosa que o fato em si.
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 ENEM – VOL. 9 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 31 
De maneira geral, pode-se perceber, na poesia árcade, 
um efeito de fuga da realidade, marcada pelo negativismo 
da voz poética, idealizando-se uma Arcádia idílica. Por outro 
lado, houve uma produção poética que retrata criticamente 
a realidade.
Das alternativas a seguir, compostas por versos de Cláudio 
Manuel da Costa, percebe-se esse tom de crítica social em:
 A “Este é o rio, a montanha é esta, 
Estes os troncos, estes os rochedos; 
São estes inda os mesmos arvoredos; 
Esta	é	a	mesma	rústica	floresta.”
 B “Se sou pobre pastor, se não governo
Reinos, nações, províncias, mundo, e gentes;
Se em frio, calma, e chuvas inclementes
Passo o verão, outono, estio, inverno; 
[...]
Nem por isso trocara o abrigo terno
Desta choça, em que vivo, coas enchentes.”
 C “Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda a terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado”
 D “Leia a posteridade, ó pátrio Rio,
Em meus versos teu nome celebrado;
Por que vejas uma hora despertado
O sono vil do esquecimento frio: 
[...]
Turvo banhando as pálidas areias
Nas porções do riquíssimo tesouro
O vasto campo da ambição recreias.”
 E “Oh quão lembrado estou de haver subido 
Aquele monte, e às vezes, que baixando 
Deixei do pranto o vale umedecido!
Tudo me está à memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vêm as mortas espécies despertando.”
QUESTÃO 32 
Para as ciências da linguagem, não existe erro na 
língua. Se a língua é entendida como um sistema de sons e 
significados que se organizam sintaticamente para permitir a 
interação humana, toda e qualquer manifestação linguística 
cumpre essa função plenamente. A noção de “erro” se prende 
a fenômenos sociais e culturais, que não estão incluídos 
no campo de interesse da Linguística propriamente dita, 
isto é, da ciência que estuda a língua “em si mesma”, em 
seus aspectos fonológicos, morfológicos e sintáticos. Para 
analisar as origens e as consequências da noção de “erro” 
na história das línguas, será preciso recorrer a uma outra 
ciência, necessariamente interdisciplinar, a Sociolinguística, 
entendida aqui, em sentido muito amplo, como o estudo das 
relações sociais intermediadas pela linguagem. [...] 
BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: ciência e senso comum na 
educação em língua materna. In: Presença Pedagógica. 
Setembro, 2006. 
Considerando a construção textual e a sequência lógica 
estabelecida no fragmento, o autor busca 
A. 	 desenvolver um raciocínio que leve à generalização do 
posicionamento. 
B. 	 produzir o suspense no leitor por não revelar 
inicialmente seu ponto de vista. 
C. 	 atrair o leitor com sua ideia inicial e construir, a partir 
dela, seus argumentos. 
D. 	 apresentar conceitos relevantes para o leitor sem se 
posicionar sobre o tema. 
E. 	 comover o leitor com os exemplos listados para 
convencê-lo com argumentos. 
QUESTÃO 33 
Pela autogestão das fake news
Uma das tristezas de viver num país colonizado é 
depender de ideias importadas das nações mais ricas. 
Imitamos os termos e métodos na administração, os hábitos 
de consumo, o audiovisual e os padrões de beleza – até 
o hediondo mullet, veja só, nós imitamos. Por que seria 
diferente com as teorias da conspiração?
Terraplanismo, movimento antivacina, “globalismo”, 
“ideologia de gênero” e agora QAnon (deem um Google, 
não tenho palavras) são todas ideias de jerico estrangeiras. 
Como uma nação forte depende de uma cultura forte, eu, 
patriota e cidadão de bem, [...] venho colaborar na produção 
de delírios coletivos 100% nacionais: chega de viajar na 
maionese imperialista, metamos o pé na jaca patrícia.
A escravidão nunca existiu. Os africanos se jogavam 
dentro das caravelas portuguesas e se escondiam nos 
porões porque queriam vir para o Brasil viver com casa 
e comida de graça em nossas fartas plantações. Tudo 
custeado pelo cidadão de bem que pagava seus impostos. 
Depois de 300 anos os ingratos abandonaram seus zelosos 
cuidadores, se espalharam pelos morros e criaram a Lei 
Rouanet, para sustentar seus batuques. É urgente uma 
reparação aos brancos, tão explorados em nosso país.
Repassem sem dó!
PRATA, A. Folha de S.Paulo. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 29 set. 2020. [Fragmento adaptado]
O texto é uma crônica argumentativa publicada na Folha 
de S.Paulo. O cronista evidencia sua crítica e seu ponto de 
vista acerca do tema proposto
A. 	 argumentando sobre o papel central do brasileiro de 
divulgar novas teorias da conspiração para todo o 
mundo.
B. 	 criticando o fato de os brasileiros não serem 
nacionalistas ou patriotas e admirarem o legado 
cultural estadunidense.
C. 	 entregando uma visão simplista da gravidade de 
notícias falsas para a sociedade, rejeitando teorias 
plausíveis.
D. 	 promovendo um diálogo aberto com o leitor sobre 
a natureza das fake news e os seus impactos na 
sociedade.
E. 	 ironizando a criação de uma teoria tipicamente 
brasileira, partindo de elementos da história do país.
ENEM – VOL. 9 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 34 
SANZIO, R. A mulher com o unicórnio. Roma, Galleria Borghese.
A pintura de Rafael Sanzio situa o contexto social e cultural de 
sua produção de acordo com o Renascimento devido ao(à)
A. 	 presença de elementos místicos, como o unicórnio, 
evidenciando a delicadeza do sexo feminino.
B. 	 representação da burguesia pela imagem da mulher, 
cujas postura e vestimenta evidenciam a sobriedade.
C. 	 desprezo pela idealização feminina e valorização da 
independência e autoridadedas mulheres.
D. 	 retomada dos valores realistas, observando os 
aspectos naturais e constitutivos das mulheres. 
E. 	 visão espalhafatosa da mulher, com excesso de 
vestimentas e adereços para chamar atenção.
QUESTÃO 35 
Internet causa isolamento, diz estudo 
A obsessão pela internet está fazendo com que muitos 
norte-americanos passem menos tempo com seus amigos 
e familiares ou em lojas fazendo compras e mais tempo 
trabalhando em casa, segundo um dos primeiros grandes 
estudos sobre o impacto da internet na sociedade. 
“Quanto mais tempo as pessoas usam a internet, menos 
elas convivem com seres humanos ‘de verdade’”, disse 
Norman Nie, cientista político da Universidade de Stanford 
(oeste dos EUA) e principal coordenador do estudo. 
Nie afirmou que a internet está criando uma onda de 
isolamento social nos EUA, aumentando o risco de um 
mundo sem contato com humanos ou emoções. 
Essa afirmação certamente causará controvérsia, pois 
alguns entusiastas da internet sustentam que ela propiciou 
o aparecimento de relações eletrônicas alternativas que 
podem substituir, ou mesmo aumentar, contatos familiares 
e sociais. [...] 
MARKOFF, J. The New York Times. Tradução de Márcio Senne de 
Moraes. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 7 out. 2019. [Fragmento]
Considerando o fragmento da introdução da reportagem, o 
autor defenderá, no desenvolvimento do texto, que
A. 	 a internet possibilitou, entre os norte-americanos, o 
surgimento de relações eletrônicas que aumentam o 
contato familiar. 
B. 	 a internet é benéfica, na medida em que propicia o 
aumento de conexões entre pessoas diversas mesmo 
que a distância. 
C. 	 a internet pode ser um recurso saudável de interação 
social, desde que não haja um comportamento 
obsessivo. 
D. 	 nos Estados Unidos, o uso da internet está provocando 
isolamento social, reduzindo o tempo com amigos e 
família. 
E. 	 não há comprovação científica de que a internet cause 
prejuízos para os usuários norte-americanos. 
QUESTÃO 36 
Para as Estrelas de cristais gelados 
As ânsias e os desejos vão subindo, 
Galgando azuis e siderais noivados 
De nuvens brancas a amplidão vestindo… 
Num cortejo de cânticos alados 
Os arcanjos, as cítaras ferindo, 
Passam, das vestes nos troféus prateados, 
As asas de ouro finamente abrindo… 
Dos etéreos turíbulos de neve 
Claro incenso aromal, límpido e leve, 
Ondas nevoentas de Visões levanta… 
E as ânsias e os desejos infinitos 
Vão com os arcanjos formulando ritos 
Da Eternidade que nos Astros canta... 
CRUZ E SOUSA. Siderações. In: ______. Obra completa. 
Rio de Janeiro: José Aguilar, 1961.
O poema de Cruz e Sousa apresenta um vocabulário de 
cunho litúrgico religioso, como em “arcanjos”, “turíbulos” e 
“incenso”, característico nos poemas dos simbolistas como 
uma maneira de 
A. 	 manifestar o dualismo humano dos sentidos à 
sublimação. 
B. 	 expressar a emotividade e os anseios individuais do 
eu lírico. 
C. 	 privilegiar a espiritualidade em oposição ao realismo 
objetivo. 
D. 	 construir um universo onírico para fugir da realidade 
grosseira. 
E. 	 transcender os sentidos materiais no rumo de virtudes 
eternas. 
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 ENEM – VOL. 9 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 37 
DAHMER, A. Disponível em: <www.malvados.com.br>. Acesso em: 28 ago. 2020. 
O recurso da intertextualidade, na tirinha anterior, tem como função 
A. 	 promover o debate sobre benefícios da alimentação natural. 
B. 	 exemplificar o tom fantasioso das propagandas de alimentos. 
C. 	 apresentar fatos sobre o consumo de alimentos industrializados. 
D. 	 denunciar a falta de ética nas propagandas de algumas empresas. 
E. 	 intensificar o tom crítico à qualidade dos alimentos industrializados. 
QUESTÃO 38 
Disponível em: <https://twitter.com>. Acesso em: 30 set. 2020.
Em postagens em mídias sociais, por vezes, opta-se por um padrão mais informal de linguagem, sem, contudo, incorrer em 
desvios gramaticais, o que se percebe no texto em análise, em que o
A. 	 emprego do verbo “haver” demonstra-se inadequado para o contexto comunicativo.
B. 	 uso apenas de “Rio” para referir-se à cidade apresenta sentido completo pelo contexto.
C. 	 termo “Operações” é grafado com falta do cedilha e do til para gerar engajamento na rede. 
D. 	 local dos fatos apresenta-se isolado pelas vírgulas para facilitar a mensagem comunicativa.
E. 	 verbo “seguir” apresenta concordância com o referente para enfatizar quem é seu interlocutor. 
QUESTÃO 39 
LAERTE. Piratas do Tietê. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 4 set. 2020. 
O cartum de Laerte constrói sua coerência ao relacionar imagem a texto verbal, desenvolvendo uma crítica sobre a(s)
A. 	 pequenez humana diante das construções arquitetônicas atuais. 
B. 	 barreiras que separam as pessoas de nacionalidades diferentes. 
C. 	 solidão humana frente ao desenvolvimento tecnológico atual. 
D. 	 dificuldades do sujeito frente às burocracias tecnológicas. 
E. 	 busca para sustentar as relações na contemporaneidade. 
ENEM – VOL. 9 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 40 
Vídeo com notícia falsa viraliza no WhatsApp e causa 
linchamento de inocente na Índia
Em plena luz do dia, uma criança sozinha na rua 
é agarrada por um motociclista e, de repente, levada 
embora, para desespero dos vizinhos. Essa sequência de 
acontecimentos aparece em um vídeo, que foi amplamente 
compartilhado na Índia e espalhou pânico. Mas, na verdade, 
se trata de mais um caso de notícia falsa – ou fake news, 
como o termo ficou popularmente conhecido.
O vídeo original tinha cunho informativo e havia sido 
gravado por autoridades do Paquistão para alertar sobre 
a segurança de crianças nas ruas de Karachi. Na segunda 
parte do vídeo, o “sequestrador” pode ser visto devolvendo a 
criança e segurando um cartaz em que se lê: “Basta apenas 
um momento para uma criança ser sequestrada nas ruas 
de Karachi”. Segundo as autoridades indianas, essa parte 
foi retirada do filme compartilhado. TVs locais também 
contribuíram para semear o pânico, ao alertar moradores de 
que 5 mil sequestradores de crianças haviam entrado pelo 
sul da Índia. O resultado do vídeo falso não poderia ser mais 
trágico. Kaalu, de 26 anos, estava em Bangalore procurando 
emprego. Alguns moradores acreditaram que ele era um dos 
sequestradores de crianças. Kaalu teve as mãos e pernas 
amarradas, foi agredido e arrastado pelas ruas. Ele morreu 
a caminho do hospital.
“Antes de espalhar esse tipo de informação, que não 
é verificada, peço à imprensa que confirme sua veracidade 
e, então, a divulgue”, diz T. Suneel Kumar, comissário de 
polícia de Bangalore.
Disponível em: <www.bbc.com>. Acesso em: 1 out. 2020 (Adaptação).
Tendo em vista os efeitos negativos da notícia propagada, 
a fala do comissário de polícia de Bangalore explicita que 
essa prática contemporânea necessita de
A. 	 responsabilidade dos envolvidos pela propagação 
massiva.
B. 	 manipulação do conteúdo para o convencimento 
assertivo. 
C. 	 compartilhamento rápido dos relatos enviados aos 
jornalistas.
D. 	 ajuda dos usuários para verificar os fatos da sociedade.
E. 	 intenção clara do veículo para a divulgação enganosa.
QUESTÃO 41 
Café: agricultura e sustentabilidade
Somos um dos maiores produtores e exportadores 
de café do mundo, mas acabamos bebendo um café 
de qualidade inferior, porque o melhor a gente exporta. 
Exportamos a matéria-prima (o café verde) de qualidade, e 
muitas vezes acabamos consumindo por aqui uma matéria-
-prima de qualidade inferior. Isso porque o grão brasileiro, 
como matéria-prima, é muito valorizado fora daqui, mas o 
café torrado nem sempre. Então, o que acaba acontecendo 
muitas vezes é que a gente exporta os grãos verdes pra 
Itália, por exemplo, e depois compra eles torrados de novo 
na embalagem de um café conhecido.
Meu ponto é que num país que tem tanto café bom, o 
gourmet é que deveria ser o tradicional. Isso quer dizer que 
todo mundodevia beber um café de mais qualidade no país 
do café e o gosto do afeto não deveria ser de queimado. 
Tem muita gente nesse mundo do café empenhada nisso; 
em fazer todo mundo beber café de qualidade. Muitos deles 
acreditam que essa é também uma maneira de valorizarmos 
a nós mesmos, pois é um jeito de aproveitar essa riqueza 
que temos por aqui, em forma de cafezinho. 
ASSUMPÇÃO, L. Disponível em: <www.uol.com.br>. 
Acesso em: 3 out. 2020. [Fragmento adaptado]
No artigo de opinião, a autora aponta que o café consumido 
no Brasil não é de boa qualidade, sustentando essa 
afirmação com o argumento de que o país
A. 	 estimula o consumo gourmet pelo lucro.
B. 	 construiu uma memória afetiva pelo paladar.
C. 	 produz o café verde com foco na exportação.
D. 	 apresenta uma produção insuficiente do insumo. 
E. 	 desconhece a dinâmica mercadológica da agricultura.
QUESTÃO 42 
O foco no resultado é uma maldição
Que o foco no resultado é positivo, todos estão cansados 
de saber. Estamos aprisionados, há décadas, a modelos 
mercadológicos de treinamento nos quais os fins justificam 
os meios, o tal foco no resultado, estimulando que o aluno 
vivencie o treinamento como uma forma de autopunição, um 
sofrimento necessário visando alcançar resultados estéticos 
acelerados. A soma entre a expectativa alta e a pressa 
de resultados detona a “bomba” da desistência coletiva, 
dificultando que o aluno consiga encontrar sentido ou 
prazer no treinamento. O foco no resultado pode corromper 
o sentido da nossa existência, invertendo a ordem natural, 
na qual o prêmio não pode se colocar à frente do mergulho 
voluntário e prazeroso no processo, sob pena de inviabilizar 
ou desvirtuar o nosso caminho.
A dependência excessiva ao resultado final é perniciosa, 
se o resultado não aparece com rapidez (o que é irreal, 
idealizado e antinatural), o aluno desiste, perdendo a fé em 
sua capacidade de aderir ao treinamento, e isso é o pior 
cenário possível, como veremos mais à frente. Precisamos 
resgatar a origem, o sentido maior, a naturalidade e a 
inocência do movimento. Uma criança não corre, pula ou 
faz mil estripulias porque quer chegar a algum resultado, 
ela faz isso porque está totalmente imersa e absorvida por 
essas brincadeiras, está inteira, entregue, divertindo-se 
intensamente através dessa atividade.
COBRA JR, N. Disponível em: <www.uol.com.br>. 
Acesso em: 2 out. 2020. [Fragmento adaptado]
Pelo fragmento do artigo de opinião, infere-se que o articulista 
busca
A. 	 apontar as brincadeiras como impedimentos para os 
resultados positivos.
B. 	 desconstruir a exagerada importância atribuída ao foco 
no resultado.
C. 	 valorizar a permanência das metodologias clássicas de 
treino. 
D. 	 expressar sua opinião com um viés de moralidade.
E. 	 impor uma alternativa ao assunto em questão.
LCT – PROVA I – PÁGINA 18 ENEM – VOL. 9 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 43 
Disponível em: <https://ineditacomunicacao.wordpress.com>. 
Acesso em: 3 out. 2020.
Na publicidade, a metáfora da imagem do urso, vinculada 
ao texto verbal, constrói uma estratégia argumentativa para 
persuadir o leitor a
A. 	 realizar ginástica em ambientes abertos.
B. 	 utilizar uma bicicleta em treinos em casa.
C. 	 praticar exercícios mesmo no inverno.
D. 	 consolidar hábitos saudáveis no frio. 
E. 	 comprar equipamentos de ginástica.
QUESTÃO 44 
Durante as aulas da professora Carmen Orofino, na 
Escola Viva, em São Paulo, as crianças soltam a imaginação: 
derretem-se no chão como um sorvete, flutuam imitando um 
floco de algodão, correm como um rio e até voam feito uma 
borboleta. Isso porque, todos os anos, elas são convidadas 
a se envolver num projeto de expressão corporal baseado no 
uso intencional de movimentos inspirados em brincadeiras 
e histórias recorrentes na vida dos pequenos. Seguindo a 
metodologia bem planejada pela professora, eles acabam 
descobrindo que o corpo fala e chegam à 1ª série com os 
membros mais flexíveis, praticando Educação Física com 
mais prazer. 
A apresentação para os pais no fim do ano é sempre 
muito esperada, mas ela não deve ser o único objetivo 
do trabalho. Outra coisa que se evita é focar o projeto no 
estudo sistematizado de uma técnica de dança específica. 
“Isso até pode acontecer com alunos que já passaram dos 
7 anos”, aconselha Carmen. “O mais importante, ao longo 
do calendário de atividades, é a sala virar um laboratório de 
experimentos e que o corpo das crianças se transforme de 
fato num instrumento de comunicação e expressão”, resume 
a coordenadora pedagógica Leila Bohn. As estratégias 
utilizadas na escola paulistana deixam todo mundo falando 
pelos cotovelos e pelos pés, mãos, braços, cabeça… 
Disponível em: <https://novaescola.org.br>. 
Acesso em: 21 nov. 2019. [Fragmento adaptado]
A linguagem corporal tem relevância para a própria vida do 
indivíduo, uma vez que é integradora social e formadora da 
identidade. Para defender a importância de se abordar a 
linguagem corporal nas escolas, o texto apresenta a 
A. 	 linguagem corporal como meio de se expressar no 
mundo, com função comunicativa. 
B. 	 informação de que alunos de 7 anos desenvolvem 
melhor as habilidades corporais. 
C. 	 comunicação entre as crianças prioritariamente por 
meio dos membros do corpo. 
D. 	 importância do evento anual para convencer os pais 
sobre a linguagem do corpo. 
E. 	 construção do imaginário infantil como influência para 
a aceitação corporal. 
QUESTÃO 45 
A cesta
Quando a cesta chegou, o dono não estava. Embevecida, 
a mulher recebeu o presente. Procurou logo o cartão, leu 
a dedicatória destinada ao marido, uma frase ao mesmo 
tempo amável e respeitosa. Quem seria? Que amigo seria 
aquele que estimava tanto o marido dela? Aquela cesta, sem 
dúvida nenhuma, mesmo a uma olhada de relance custava 
um dinheirão. Como é que ela nunca tivera notícia daquele 
nome? Ricos presentes só as pessoas ricas recebem. Eles 
eram remediados, viviam de salários, sempre inferiores ao 
custo das coisas. Sim, o marido, com o protesto dela, gostava 
de bons vinhos e boa mesa, mas isso com o sacrifício das 
verbas reservadas a outras utilidades. De qualquer forma, 
aquela cesta monumental chegava em cima da hora. E se 
fosse um engano? Não, felizmente o nome e o sobrenome 
do marido estavam escritos com toda a clareza e o endereço 
estava certo. Alvoroçada, examinou uma a uma as peças 
envoltas em flores e serpentinas de papel colorido. Garrafas 
de uísque escocês, champanha francês, conhaque, vinhos 
europeus, pâté, licores, caviar, salmão, champignon, 
uma lata de caranguejos japoneses... Tudo do melhor. 
Mulher prudente, surripiou umas garrafas e escondeu-as 
nas gavetas femininas do armário. Conhecia de sobra a 
generosidade do marido: à vista daquela cesta farta, iria 
convidar todo o mundo para um devastador banquete. Isto 
não tinha nem conversa, era tão certo quanto dois e dois 
são quatro. Mas quem seria o amigo? Esperou o regresso 
do marido, morrendo de curiosidade.
CAMPOS, P. M. In: ______. Crônicas I. São Paulo: Ática, 2003. v. I. 
(Coleção para gostar de ler). 
O fragmento, enquanto introdução de uma crônica, para 
garantir o desenvolvimento e encadear os momentos da 
narrativa, apresenta um narrador que recorre à estratégia 
discursiva de
A. 	 listar os produtos da cesta.
B. 	 omitir o cenário na descrição. 
C. 	 narrar a história com distanciamento.
D. 	 descrever a personalidade do marido.
E. 	 explicitar os questionamentos da mulher.
ENEM – VOL. 9 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 19BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
TEXTO I
É difícil calcular o tamanho do mercado ilegal de compra e 
venda de animais silvestres, já que a regra da clandestinidade 
é justamente operar fora das vistas da sociedade – e do rigor 
da lei. No epicentro deste mercado mundial, está a Amazônia 
e, consequentemente, o Brasil. As estimativas apontam que, 
anualmente, cerca de 38 milhões de animais são afetados 
pela caça e comércio ilegal no país. Uma análise aponta que 
os animais mais traficadosna região são as tartarugas e os 
peixes ornamentais.
“Nós temos diferentes mercados consumidores sendo 
supridos, tanto domesticamente quanto transnacionalmente 
para diferentes locais do mundo, com diferentes usos e 
diferentes espécies sendo exploradas. Nós temos um 
comércio ilegal grande pros EUA que varia de peixe 
ornamental a aves e a répteis, com um comércio crescente 
pelo couro do pirarucu. Tem um mercado enorme de 
colecionadores de aves, principalmente para Europa, e de 
répteis e anfíbios, principalmente para Alemanha; de aves 
de rapina pro Oriente Médio. Tem também toda medicina 
tradicional asiática [que consome] pepino-do-mar, cavalo-
-marinho, barbatana de tubarão, onça. E tem crescido o 
número tanto de jabutis quanto de cágados de água doce 
saindo pro mercado de pet e pra medicina tradicional 
asiática”, enumera a pesquisadora Juliana Ferreira.
Disponível em: <www.oeco.org.br>. Acesso em: 5 out. 2020. 
[Fragmento adaptado]
TEXTO II
Art. 1º. Os animais de quaisquer espécies, em qualquer 
fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente 
fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como 
seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades 
do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, 
destruição, caça ou apanha.
Art. 2º. É proibido o exercício da caça profissional.
Art. 3º. É proibido o comércio de espécimes da fauna 
silvestre e de produtos e objetos que impliquem a sua caça, 
perseguição, destruição ou apanha.
 § 1º Excetuam-se os espécimes provenientes legalizados.
BRASIL. Lei n° 5 197, de 3 de janeiro de 1967. Disponível em: 
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 5 out. 2020. [Fragmento]
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de 
linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema 
“Meios para combater o tráfico de animais silvestres no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos 
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO III
O comércio de animais silvestres é a terceira atividade ilícita 
mais lucrativa do mundo, perdendo apenas para o tráfico 
de drogas e armas, movimentando de US$ 10 a US$ 20 
bilhões por ano. Mas o desejo de ter um animal de estimação 
silvestre faz com que, em média, a cada dez espécies 
traficadas, apenas uma sobreviva. Além disso, segundo o 
Ibama, a sensação de impunidade faz com que os traficantes 
também falsifiquem anilhas de controle, vendendo, como se 
fossem lícitas, 80% das espécies à disposição no mercado 
de criadores.
Por sua inteligência, sociabilidade e capacidade de imitar 
vozes humanas, os papagaios são algumas das espécies 
mais traficadas do mundo. Existem no Brasil doze espécies 
de papagaios, das quais seis fazem parte de um Plano de 
Ação Nacional, coordenado pelo ICMBio. Essas seis são 
espécies cuja população está em risco ou é muito visada 
pelos traficantes de animais silvestres.
Disponível em: <https://ciclovivo.com.br>. Acesso em: 5 out. 2020. 
[Fragmento]
TEXTO IV
TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES
No Brasil, a caça e o comércio predatório e indiscriminado
da fauna silvestre PASSARAM A SER ILEGAIS em 1967
Lei federal n°. 5.197 Lei de Proteção à Fauna:
Os animais de qualquer espécie, em qualquer fase do 
seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do 
cativeiro constituindo a fauna silvestre, bem como seus 
ninhos, abrigos e criadouros naturais, são propriedade
do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição,
destruição, caça ou apanha.
38 MILHÕES
de animais são retirados do Brasil por ano
para comércio de animais vivos,
de 10 traficados apenas 1 sobrevive
para cada produto animal
comercializado, pelo menos
3 espécimes são sacrificados
é a terceira atividade
ilícita do mundo,
depois das armas
e das drogas
!
o comércio ilegal de vida 
silvestre movimenta de 
10 A 20 BILHÕES
de dólares por ano
$
Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 5 out. 2020 
(Adaptação).
LCT – PROVA I – PÁGINA 20 ENEM – VOL. 9 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46 
DA VINCI, L. A Anunciação. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/
wiki/Leonardo_da_Vinci>. Acesso em: 25 fev. 2016.
A obra de Leonardo da Vinci pertence ao Renascimento 
Cultural, movimento que refletiu as mudanças socioeconômicas 
que ocorreram na Europa a partir do século XI. Opondo-se 
à mentalidade teocêntrica, o Renascimento, no entanto, 
não significou uma ruptura entre o Medievo e os Tempos 
Modernos, mas uma transição entre esses contextos 
históricos.
Um aspecto presente na obra que sinaliza uma continuidade 
da cultura medieval no Renascimento é o(a) 
A. 	 respeito ao ideal clássico de beleza.
B. 	 uso da perspectiva geométrica.
C. 	 representação de cenas bíblicas.
D. 	 abordagem realista do espaço e das formas.
E. 	 valorização da natureza e da vida terrena.
QUESTÃO 47 
Sobretudo a partir da década de 1990, começou a se 
intensificar no Brasil mudanças na distribuição espacial 
das indústrias, pois, desde o início do processo de 
industrialização, a tendência era de concentração na Região 
Sudeste, com destaque para o estado de São Paulo. Essas 
mudanças, apoiadas na maior abertura econômica do 
país e no desenvolvimento técnico-científico, geraram um 
processo de desconcentração industrial em que localidades 
como estados da Região Nordeste e Norte ou do interior 
das regiões Sul e Sudeste passaram a receber a instalação 
de indústrias. Esse processo de desconcentração acabou 
acompanhado de uma disputa entre alguns estados e 
municípios pela atração de empresas.
Disponível em: <https://educacao.uol.com.br>. 
Acesso em: 14 out. 2020 (Adaptação).
Ao migrarem das tradicionais áreas industrializadas do 
Brasil para outras localidades e regiões, as indústrias foram 
atraídas por fatores como a
A. 	 presença de metrópoles nacionais.
B. 	 deficiência da infraestrutura viária.
C. 	 rigidez da legislação ambiental.
D. 	 atuação forte dos sindicatos.
E. 	 oferta de incentivos fiscais.
QUESTÃO 48 
O imaginário da Restauração, dada a sua força e 
atuação, significou, por conseguinte a experiência fundadora 
da identidade provincial. [...] A ideia de “nobreza da terra” 
muito deve às guerras holandesas que forçaram uma 
consciência identitária, “fazendo vir à tona, com mais vigor 
do que seria o caso na rotina da vida colonial, as diferenças 
entre o local e o metropolitano”.
MARRAS, S. Rubro Veio [resenha]. Revista de Antropologia, São 
Paulo, USP, 1998, v. 41, n. 2, p. 260-261 (Adaptação).
A expulsão dos holandeses de Pernambuco em meados do 
século XVII impactou futuramente na Guerra dos Mascates 
(1710), uma vez que 
A. 	 imprimiu o forte caráter nativista e antilusitano às 
motivações do conflito.
B. 	 fortaleceu o sentimento separatista da província com 
relação à metrópole.
C. 	 garantiu unidade entre as cidades pernambucanas 
contra a dominação portuguesa.
D. 	 determinou o pacto entre a elite local e colonos vindos 
de Portugal contra os revoltosos. 
E. 	 estimulou a resistência

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