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GINECO – LESÕES PRÉ NEOPLÁSICAS E CA DE ENDOMÉTRIO LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 8 GINECO – LESÕES PRÉ NEOPLÁSICAS E CA DE ENDOMÉTRIO PÓLIPOS ENDOMETRIAIS Definição: principal entidade, podem evoluir para carcinoma de endométrio. São projeções epiteliais no endométrio que se dão devido a algum estímulo estrogênico focal; Sintomatologia: sangramento excessivo e no menacme e também no pós menopausa; Diagnóstico: USG (endométrio mais espesso/irregular) e videohisteroscopia (visualização direta do pólipo); 2 – 5% dão malignidade nos pólipos que sangram; Todos devem ser retirados (polipectomia por VHS cirúrgica com ressectoscópio). HIPERPLASIAS ENDOMETRIAIS Definição: proliferação anormal (espessamento) do endométrio por estímulo do estrógeno. Com proliferação das glândulas endometriais que pode progredir ou coexistir com o carcinoma de endométrio; Podem ser: Simples: proliferações endometriais sem nenhum tipo de atipia celular; Complexas: não tem relação com evolução cancerígena; Atípicas: relação com câncer endometrial. Endométrio normal: Endométrio proliferativo normal; Glândulas endometriais com contorno regular predominantemente arredondado, espaçamento regular e relação glândula/estroma inferior (tem mais estroma que glândula). Hiperplasia endometrial: A hiperplasia endometrial e caracterizada por proliferação de glândulas do endométrio; Mais aglomeradas que o comum; Relação glândula/estroma > 1:1. Histopatológico (HTP): aumento da relação glândula/estroma + glândulas de formas e tamanhos variados, podendo exibir atipia celular; Quadro clínico: ⅔ apresentam sangramento pós menopausa; TODO sangramento uterino pós menopausa implica em investigação diagnóstica; USG: endométrio > 5mm (em pcte pós menopausa) deve ser investigado. Valores < 5mm foram atribuídos a atrofia endometrial; Espessamento endometrial é sempre indicativo de biópsia; Alterações nos ecos estruturais do endométrio: pólipos, endométrio heterogêneo, padrão de espessamento homogêneo indica hiperplasia; Os achados USG norteiam, mas não podem ser usados isoladamente; Endométrio < 10mm: menacme. Classificação de hiperplasia do endométrio (OMS): I: Hiperplasia simples; II: Hiperplasia complexa; III: Hiperplasia atípica simples; IV: Hiperplasia atípica complexa. Diagnóstico e tto: USG com espessamento endometrial; Videohisteroscopia com biópsia (diagnóstico definitivo); Se no histopatológico não vem atipia: tto clínico (repor progesterona, DIU de levanogestrel MIRENA, repetir VHS com 6 meses, se não há mais hiperplasia, suspender progesterona ou retirar DIU; se repetir VHS e apresentar ainda hiperplasia deve manter progesterona por mais 6 meses; se ainda persistir, indicar histerectomia); Quando indicar histerectomia nas hiperplasias sem atipias? Se sangramento durante tto com progesterona; recorrência após tto adequado; Hiperplasia com atipia = histerectomia simples. GINECO – LESÕES PRÉ NEOPLÁSICAS E CA DE ENDOMÉTRIO LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 8 GINECO – LESÕES PRÉ NEOPLÁSICAS E CA DE ENDOMÉTRIO NEOPLASIA INVASORA DE ENDOMÉTRIO 4ª causa mais comum de câncer em mulheres (obesidade); Doença maligna de maior incidência no TGF; O câncer de corpo do útero pode ter origem no endométrio em 90% dos casos; Incidência no Brasil: 1º mama, 2º colo de útero, 3º endométrio; FR: obesidade, menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade, terapia hormonal com estrogênio exclusivo, altas doses cumulativas de Tamoxifeno (resumindo, tudo que estiver relacionado com o aumento do estímulo de estrogênio e sem oposição da progesterona – fator protetor); Clínica: Sangramento pós menopausa; Hematometra (sangue retido dentro do útero); Piometra (infecção); Aumento da espessura endometrial (USG); Raro CA de endométrio sem sintomatologia (vai dar vários sinais); Lembrar da espessura até 5mm. Diagnóstico: sangramento pós menopausa → USG transvaginal → USG endometrial < 5mm sem FR = controle, o sangramento pode ser atrofia OU USG endometrial > 5mm ou normal com FR = indicar histeroscopia + biópsia de endométrio. PO: VHS + Biópsia; Na dúvida, biópsia. Achados na VHS: mioma, pólipo, útero todo polipoide; Tipos histológicos: Adenocarcinoma endometrióide tipo I: 75% dos casos. Estrogênio dependentes, baixo grau, originam-se de hiperplasia endometrial atípica; Adenocarcinoma endometrióide tipo II: histologia com células serosas ou claras, não há uma lesão precursora, quadro clínico mais agressivo (pior prognóstico). Graus de diferenciação histológica: G1: bem diferenciado (melhor prognóstico); G2: moderadamente diferenciado; G3: indiferenciado (pior prognóstico). Graus de estadiamento: I (sobrevida 85%) IA: restrito ao corpo do útero, tem invasão de menos da metade do miométrio; IB: invade metade do miométrio; II: tumor que invade o estroma do colo do útero, mas não se estende além do útero (sobrevida 60%); III: disseminação local ou regional do tumor (sobrevida 30%) IIIA: a serosa do corpo do útero e anexos; IIIB: envolve vagina e paramétrios; IIIC: metástase para linfonodos pélvicos ou paraórticos; IV: tumor invade bexiga ou intestino e metástase a distancias (sobrevida 10%); IVA: invasão de mucosa vesical ou intestinal; IVB: metástase a distância. TTO cirúrgico: Pan histerectomia: histerectomia com anexetomia bilateral; Paciente 40 anos, com USG endometrial < 5mm sem FR = controle, o sangramento pode ser atrofia sangramento uterino anormal, USG com endométrio espessado (20mm) e hiperplasia com atipias e desejo de gestar. O que fazer? Usar progesterona oral, injetável ou endoceptivo por 3 meses, depois repetir VHS e reavaliar endométrio; Se em 3 meses houver regressão do endométrio, liberar pcte para engravidar; Se não houver regressão, realizar histerectomia. Pode ser feito diagnóstico através de curetagem? Pode, mas o procedimento é feito às cegas, o que pode gerar um falso-negativo. Se encontrar diagnóstico, ok, porém se não encontrar tem que fazer VHS + biópsia. GINECO – LESÕES PRÉ NEOPLÁSICAS E CA DE ENDOMÉTRIO LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 8 GINECO – LESÕES PRÉ NEOPLÁSICAS E CA DE ENDOMÉTRIO Linfadenectomia: todos exceto estadio 1, do tipo endometrióide e G1 e comprometimento linfonodal < 5%. Radioterapia adjuvante: Invasão linfonodal; Carcinoma de células claras ou serosa- papilífero; Células claras: radio + quimio. Outra classificação: Prevenção: Rastreamento: não há indicação de rastreio rotineiro para em mulheres com risco médio ou aumentado; Orientar pctes sobre os riscos e sintomas do câncer de endométrio e serem estimuladas a procurarem seu médico em caso de qualquer sangramento anormal ocorrido; Pctes portadoras de câncer colorretal hereditário não poliposo (HNPCC) devem iniciar rastreio aos 35 anos com biópsia; Cirurgia profilática: HNPCC tem alto risco de desenvolver CA de endométrio, então a cirurgia profilática é uma opção.
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