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Fisiologia respiratória 1 FISIOLOGIA IMPORTANTE: pulmão tem 2 funções captar O2 e eliminar CO2 então só é possível ocorrer 2 falhas. RESPIRAÇÃO 1. Ventilação pulmonar 2. Difusão de gases na barreira alvéolo capilar 3. Transporte de gases no sangue 4. Respiração celular (mitocôndria) 5. Regulação da ventilação APARELHO SUPERIOR: narina, traqueia, brônquios e bronquíolos- caminho que o ar vai até o alvéolo, não faz troca gasosa APARELHO INFERIOR: alvéolos- onde ocorre a troca gasosa, só pode ocorrer falha do tipo 1 que é a captação do O2 (ex: pneumonia, doença alveolar, edema pulmonar, contusão pulmonar) VENTILAÇÃO PULMONAR Volume corrente + espaço morto anatômico+ gás alveolar • Ventilação total: volume corrente X frequência • Ventilação alveolar: (volume total+ espaço morto) volume residual • Volume residual maior na base menor do ápice: individuo deitado *Volume corrente é quanto inspira e expira a cada ciclo. Normalmente avalia pelo kg porque ele é dependente de via aérea superior e com a conformação anatômica variada dos cães é bem diferente. **Espaço morto anatômico: inspira e quando expira fica um pouco de ar na parte superior, um ar rico em CO2 (proveniente de expiração), na próxima inspiração o ar será rico em CO2. Depende de volume corrente alto para lavar esse CO2. ***Gás alveolar: todos alvéolos não fecham então os que ficam abertos tem um ar de CO2 dentro deles. Vol. inspirado Vol. expirado Nitrogênio 78% 78% Oxigênio 21% 16% Gás carbônico 0,04% 4,4% Água 0,96% 1,6% Volume corrente (tidal): • Normal de 6 a 10 ml/Kg • Todos os mamíferos tem volume corrente similar • Depende do tamanho da traqueia, da caixa torácica e do tamanho do paciente Volume minuto: • Volume corrente X frequência • Qualquer alteração ocorrerá falha do tipo 2 porque o CO2 fica dentro do alvéolo por falta de volume corrente (ex: colapso traqueal) • CO2 alto e oxigenação normal- o @ terá mais dificuldade de expirar (alto PEEP) Ex: Um paciente de 10 kg com volume corrente de 10 e FR de 20 10X10=100 100X20=2.000 Ventilação minuto de 2 litros • Ventilação alveolar: volume total + espaço morto Não dar furosemida para esse paciente e sim um broncodilatador porque facilitará a saída do ar ZONA DE WEST • Relação entre ventilação e perfusão no pulmão • Capilar sofrendo muita influência da pressão alveolar perfunde muito menos o alvéolo Se o alvéolo inflar demais vai hiper-distender e os capilares que estão em volta não conseguem ter uma troca gasosa. Os alvéolos que abrem demais (não são todos) e os que não abriram são os responsáveis. EX: paciente cianótico em decúbito lateral aumenta a zona de west porque a anatomia dele é em esternal. No decúbito lateral esses alvéolos não conseguem Fisiologia respiratória 2 FISIOLOGIA abrir (pulmão embaixo) e no pulmão em cima vão abrir demais. PACIENTE SEMPRE EM ESTERNAL. CONTROLE RESPIRATÓRIO • Neuroreceptores torácicos em todo pulmão e quimioreceptores fazem o controle da ventilação. Neuroreceptores respondem a distensão Quimiorreceptores respondem PCO2 e PH • A resposta é enviada através de glossofaríngeo e vaso até o centro respiratório e com isso o centro resp. envia a resposta • Quando se trata de pH a resposta é imediata, porém existem indivíduos com menor resposta EX: @ asmático, braquicefálico com retentores crônicos CO2 como consequência aumento do bicarbonato. Bulldog com problema de via superior chega menos ar no alvéolo, ele terá um alto PEEP e um CO2 sempre alto. O corpo se adapta aos níveis de CO2 do indivíduo porque quando aumenta CO2 o pH abaixa, esse paciente elimina menos bicarbonato pelo rim para que esse pH seja tamponado. Se o @ é crônico o CO2 é alto e bicarbonato também está alto. EFEITO HALDANE Quimiorreceptores, corpos carotídeos e aórticos respondem a hipoxemia (porém com uma resposta mais lenta quando comparada ao pH) essa resposta só inicia com PO2 abaixo de 60. Resposta a hipoxemia drive depende da hipóxia Ocorrendo falha do tipo 1 (parênquima alvéolo) o paciente não tem problema com CO2, mas ele terá taquipneia porque a PO2 abaixo de 60 (normal 85- 102) quem vai controlar a FR é a hipóxia. Não é uma maneira eficaz então é necessário uma oxigenioterapia por chance ter uma parada cardiorrespiratória. Aumentando o O2 no ar inspirado será possível o aumento do PO2. ESTRUTURA PULMONAR • Traqueia • Brônquios • Bronquíolos • Alvéolos em bifurcação TIPOS DE FALHAS RESPIRATÓRIAS 1. Falha do tipo I- captação do O2 2. Falha do tipo II- extração de CO2 3. Mista- falha do tipo I e II ex: broncopneumonia- precisa broncodilatar para o ar passar e dar atb para tratar o parênquima pulmonar Tipo I- furosemida Tipo II- broncodilatador Mista- ambos CLASSIFICAÇÃO 1. Pulmonar: tudo do parênquima 2. Extra pulmonar: circulação 3. Crônico ou agudo 4. Com ou sem compensação INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA • Incapacidade do sistema de manter as trocas gasosas *Dispneia inspiratória- falha tipo I **Dispneia expiratória- falha tipo II (doenças obstrutivas) Tipo I • PaO2 <60 mmHg (efeito haldane) • SaO2 < 90% pH normal: 7,35- 7,45 Tipo II • pH < 7,30- 7,34 • PCO2 > 45-50 INSUFICIÊNCIA TIPO I • Mais comum • PaO2 < 60 mmHg *dentro do alvéolo tem surfactante que faz com que ele feche e abra sem ter lesão, mas quando tem um problema do tipo I ocorre uma lavagem desse surfactante que acaba colabando. Aumenta a PEEP para que recupere esses alvéolos que colabaram Fisiologia respiratória 3 FISIOLOGIA CAUSAS DE FALHA RESPIRATÓRIA DO TIPO I • Redução da [ ] ambiental de O2 • Redução da ventilação alveolar • Anormalidade da difusão (não faz troca) • Alteração na ventilação perfusão V/Q (ex: não tem fluxo sanguíneo perto do alvéolo, geralmente ocorre no tromboembolismo alveolar) o Hipotensão, parênquima preservado SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO É uma síndrome de insuficiência respiratória de instalação aguda, caracterizada por infiltrado pulmonar bilateral à radiografia de tórax, compatível com edema pulmonar; hipoxemia grave, definida como relação PaO2/FIO2 ≤ 200; pressão de oclusão da artéria pulmonar ≤ 18 mmHg ou ausência de sinais clínicos ou ecocardiográficos de hipertensão atrial esquerda; presença de um fator de risco para lesão pulmonar (AMATO e Colaboradores, 2007). É caracterizada por inflamação difusa da membrana alvéolo-capilar, em resposta a vários fatores de risco pulmonares ou extrapulmonares. Esses fatores de risco causam lesão pulmonar através de mecanismos diretos (p.ex: pneumonia, contusão pulmonar, lesão inalatórias) ou indiretos (p.ex: sepse, traumatismo, pancreatite). Ocorre lesão na membrana alvéolo- capilar, independente da causa desencadeante da lesão pulmonar, com extravasamento de fluído rico em proteínas para o espaço alveolar. (AMATO e Colaboradores, 2007). CAUSAS DE FALHA DO TIPO II • Hipoventilação • Aumento da produção de CO2 • Espaço morto aumentado • Aumento do trabalho respiratório (asma dpco.) INSUFICIÊNCIA DO TIPO II • Insuficiência ventilatória • Pode haver hipoxemia ou não • PaCO2 >60 mmHg TRATAMENTO: broncodilatador
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