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SISTEMA DE ENSINO
ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA E 
ORÇAMENTÁRIA
Despesa Pública – Parte I
Livro Eletrônico
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Manuel Piñon
Despesa Pública – Parte I
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Despesa Pública – Parte I ...............................................................................................4
1. Conceito de Despesa Pública .......................................................................................5
1.1. Definições .................................................................................................................5
1.2. Diferenciação – Despesas Orçamentárias e Extraorçamentárias .............................6
1.3. Diferenciação – Enfoque Orçamentário e Patrimonial .............................................. 7
2. Estágios da Despesa Pública Orçamentária ................................................................8
2.1. Diferença – Doutrina x Lei n. 4.320/1964 .................................................................8
2.2. Fixação .................................................................................................................. 12
2.3. Empenho ............................................................................................................... 13
2.4. Liquidação ..............................................................................................................17
2.5. Pagamento ............................................................................................................ 19
3. Classificação das Despesas Públicas Orçamentárias ................................................ 21
3.1. Quanto à Forma de Ingresso .................................................................................. 21
3.2. Classificação quanto à Efetividade/Afetação Patrimonial ......................................23
3.3. Classificação Institucional/Departamental ............................................................25
3.4. Classificação Funcional .........................................................................................26
3.5. Classificação por Estrutura Programática............................................................ 28
3.6. Quanto à Natureza da Despesa (por Categorias) ................................................... 31
3.7. Classificação por Categoria Econômica (1º Nível) ..................................................37
3.8. Quanto ao GND – Grupo de Natureza da Despesa (2º Nível) ...................................43
3.9. Quanto à Modalidade de Aplicação (3º Nível) ........................................................44
3.10. Quanto ao Elemento de Despesa (4º Nível) ..........................................................46
3.11. Classificação da Lei n. 4.320/1964 .......................................................................47
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Despesa Pública – Parte I
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3.12. Classificação na LRF ............................................................................................52
3.13. Portaria Interministerial n. 163/2001 ...................................................................52
3.14. Classificação Regional .........................................................................................53
3.15. Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado .....................................................54
3.16. Quanto à Regularidade ou Periodicidade ..............................................................54
3.17. Quanto à Esfera Orçamentária .............................................................................54
3.18. Por Identificador de Uso – IDUSO – e por Identificador de Doação/Operação de 
Crédito – IDOC ..............................................................................................................55
3.19. Por Competência Institucional ..............................................................................56
Resumo ........................................................................................................................57
Mapa Mental .................................................................................................................64
Questões Comentadas em Aula ....................................................................................65
Questões de Concurso ................................................................................................. 68
Gabarito ...................................................................................................................... 85
Gabarito Comentado .................................................................................................... 86
Referências Bibliográficas .......................................................................................... 120
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Despesa Pública – Parte I
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DESPESA PÚBLICA – PARTE I
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nesta aula é conhecer a primeira parte dos principais aspectos 
relacionados às Despesas Públicas presentes em nosso edital.
Como diria Abraham Lincoln, “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”! Então, vamos 
fazer nossa parte e criar o nosso futuro! Acredite! Acreditar já é meio caminho andado. O resto 
é ter persistência, disciplina e não desistir.
Seja IMPARÁVEL!
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon
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Despesa Pública – Parte I
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1. ConCeito de despesa públiCa
1.1. definições
De acordo com a melhor Doutrina, a Despesa Pública representa o conjunto de dispêndios 
do Estado, ou de outra pessoa de Direito Público, com a finalidade de funcionamento dos ser-
viços públicos e de atendimento às necessidades coletivas aplicando certa quantia dentro de 
uma autorização legislativa, buscando a manutenção das atividades do ente estatal ou para 
a conservação ou construção de bens públicos.
Despesa pública é o conjunto de dispêndios efetuados pelo Estado, em dinheiro, que fi-
nanciam o funcionamento dos serviços públicos. Está contida no orçamento e compreende 
as autorizações para gastos com as várias atribuições governamentais.
Ampliando um pouco mais o conceito, podemos dizer que a Despesa Pública é o conjunto 
de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de direito público a qualquer título, a fim de sal-
dar gastos fixados na lei do orçamento ou em lei especial, visando à realização e ao funciona-
mento dos serviços públicos.
De acordo com a definição presente no site do Tesouro Nacional, a despesa pública é:
A aplicação (em dinheiro) de recursos do Estado para custear os serviços de ordem pública ou para 
investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado. É o compromisso de gasto dos recursos 
públicos, autorizados pelo Poder competente, com o fim de atender a uma necessidade da coleti-
vidade previstano orçamento.
Para o saudoso Mestre Aliomar Baleeiro, despesa pública é: “a aplicação de certa quantia 
em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autoriza-
ção legislativa, para execução de um fim a cargo do governo”.
Nessa toada, a Despesa pública também pode ser definida como o conjunto de gastos 
realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade ou 
para a realização de investimentos.
As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, compondo o orçamento 
público, com exceção das chamadas despesas extraorçamentárias.
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Nessa linha de raciocínio, podemos dizer que a despesa é parte do orçamento e, assim, 
compõe a distribuição e emprego dos recursos públicos para custeio e investimento em 
diferentes setores da administração governamental.
No âmbito contábil-financeiro, a despesa pública nada mais é do que a aplicação de 
recursos monetários na realização de gastos efetivos (aqueles que geram decréscimo no pa-
trimônio público) ou por mutação patrimonial (aqueles que têm efeito permutativo, pela en-
trada de um bem ou valor patrimonial).
Do ponto de vista político-institucional, a despesa pública é, por seu turno, a realização de 
gastos na implementação de políticas públicas e no cumprimento das finalidades inerentes à 
existência do Estado.
Quando analisada sob a ótica econômica, a despesa é o gasto, é uma parcela dos 
agregados que expressam a atividade econômica nacional.
1.2. diferenCiação – despesas orçamentárias e extraorçamentárias
Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e extraorça-
mentários. Segundo o art. 35 da Lei n. 4.320/1964:
Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Dessa forma, podemos sintetizar esse quadro dizendo que a despesa orçamentária é toda 
transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orça-
mentária, para ser efetivada.
Já o chamado dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na LOA – Lei Orça-
mentária Anual – e compreende certas saídas de numerário oriundas de depósitos, pagamen-
tos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita ou ainda de 
recursos transitórios.
Despesa Extraorçamentária corresponde às despesas que não vêm consignadas na lei do 
orçamento ou em créditos adicionais e compreende diversas saídas de numerário resultantes 
do levantamento de depósitos, cauções, pagamento de restos a pagar, consignações, resgate 
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de operações de crédito por antecipação da receita (ARO), bem como todos os outros valores 
que se apresentem de forma transitória.
1.3. diferenCiação – enfoque orçamentário e patrimonial
Em termos de regime a ser utilizado no registro de receitas e despesas públicas, tenha em 
mente que o regime a ser utilizado nas matérias Direito Financeiro e AFO é o regime misto, 
no qual receitas são contabilizadas pelo regime de caixa (arrecadadas – entradas efetivas de 
dinheiro) para as receitas e regime de competência para as despesas (empenhadas – com-
prometimento do recurso no orçamento).
Nosso mantra é o artigo 35 da Lei n. 4.320/1964 que define o seu enfoque orçamentário. 
O objetivo desse enfoque orçamentário é evitar o risco de que a execução das despesas or-
çamentárias ultrapasse a arrecadação efetiva que foi “colocada” na conta. Veja-o novamente:
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Entretanto, a própria Lei n. 4.320/1964 reconhece o enfoque patrimonial para contabilida-
de pública, sendo tratada em título específico da citada lei (Título IX – Da Contabilidade), no 
qual se determina que as variações patrimoniais devam ser evidenciadas, sejam elas inde-
pendentes ou resultantes da execução orçamentária.
Em relação à Receita, no enfoque patrimonial (que não é o nosso foco aqui), apenas guarde 
que o seu objetivo é o de evidenciar o impacto no patrimônio de transações realizadas mesmo 
que ainda os valores não tenham sido embolsados pela Administração Pública. Assim, basi-
camente deve ser registrada uma eventual variação patrimonial aumentativa, independente-
mente da execução orçamentária, em função do fato gerador, observando-se os princípios da 
competência e da oportunidade. Em suma, a receita deve ser reconhecida mesmo que o valor 
ainda não tenha sido efetivamente recebido.
Já para a Despesa, no enfoque patrimonial, a ideia é registrar a variação patrimonial di-
minutiva em função do fato gerador da despesa, que é um decréscimo nos benefícios eco-
nômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos, redução de ativos ou 
incremento em passivos, que resulte em decréscimo do patrimônio líquido.
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Normalmente, o fato gerador será simultâneo tanto na liquidação da despesa, como na 
aquisição de bens de consumo. Entretanto, em algumas situações, o fato gerador poderá 
ocorrer em momento diferente da liquidação.
Exemplo
Veja o caso da aquisição de um seguro com vigência de 12 meses. Enquanto no enfoque 
patrimonial, temos a apropriação de um direito ao seguro, no enfoque orçamentário, a despe-
sa será reconhecida apenas na liquidação durante o exercício corrente e, no fim desse exer-
cício, por meio do empenho.
questão 1 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas 
e despesas públicas.
Do ponto de vista orçamentário, as despesas públicas correspondem aos decréscimos nos 
benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos, redução 
de ativos ou incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido.
Errado.
Na verdade, a assertiva conceituou a despesa sob o ponto de vista patrimonial. Já do ponto 
de vista orçamentário, a despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização 
legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
2. estágios da despesa públiCa orçamentária
2.1. diferença – doutrina x lei n. 4.320/1964
No que diz respeito às fases, estágios ou etapas de realização da despesa pública, é im-
portante destacar que a execução da despesa orçamentária pública transcorre em três está-
gios, que, conforme previsto na Lei n. 4.320/1964, são: empenho, liquidação e pagamento.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4320.htm
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No entanto, a Doutrina majoritária e o MCASP incluem a Fixação (ou programação) da despesa 
como sendo um dos estágios. Logo, os estágios da despesa, doutrinariamente falando, são:
1 – fixação;
2 – empenho;
3 – liquidação;
4 – pagamento.
Merece destaque ainda a sistemática do “pré-empenho”, que, antecedendo os estágios da 
execução da despesa, funciona como uma espécie de reserva de dotação orçamentária, ocor-
rendo após o recebimento do crédito orçamentário e antes do seu comprometimento para a 
realização da despesa, de modo a “cobrir” o lapso de tempo inerente a todo o processo lici-
tatório de contratação dos respectivos bens e serviços a que se referem os gastos, servindo 
para “guardar” o crédito até o final da licitação.
Planejamento
ou pré-empenho
Execução
Fixação da despesa.
Pagamento.
Empenho.
Liquidação.
Descentralização
dos créditos.
Programação
orçamentária
e financeira.
Licitação
e contratação.
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Despesa Pública: Estágios
Fixação
• Fase entendida pela Doutrina.
• Autorização dada pelo Poder 
Legislativo ao Poder Executivo
?
Pré-empenho Empenho
Ordinário
Global
Por estimativa
PPA
LDO LOA
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Tenha em mente que, quando falamos em “executar o orçamento”, estamos falando que 
vamos realizar as despesas públicas nele previstas e apenas estas, já que, para que qualquer 
utilização de recursos públicos seja efetuada, o primeiro requisito é que esse gasto tenha sido 
legalmente autorizado pelo Poder Legislativo e que sejam seguidas as 3 etapas da execução 
das despesas previstos na Lei n. 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.
A fixação, etapa inerente ao Planejamento (programação) da Despesa, está presente na 
Doutrina e no MCASP – MANUAL DE CONTABILIDADE DO SETOR PÚBLICO –, mas não na 
legislação vigente.
questão 2 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos 
mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orça-
mentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assun-
to, julgue o item subsequente.
A autorização orçamentária deve preceder a execução financeira da despesa pública.
Certo.
Sem dúvida, inicialmente, a despesa deve ser fixada na LOA (autorização orçamentária) con-
forme disposto no MCASP – MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO:
A etapa do planejamento abrange, de modo geral, toda a análise para a formulação do plano e 
ações governamentais que servirão de base para a fixação da despesa orçamentária, a descen-
tralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária e financeira, e o processo de 
licitação e contratação.
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Depois, temos a execução financeira da despesa pública, com os estágios previstos. Con-
fira no MCASP: 
4.4.2. Execução
A execução da despesa orçamentária se dá em três estágios, na forma prevista na Lei n. 4.320/1964: 
empenho, liquidação e pagamento.
2.2. fixação
A etapa do planejamento e contratação abrange, de modo geral, a fixação ou programação da 
despesa orçamentária, a descentralização e movimentação de créditos, a programação orçamen-
tária e financeira e o processo de licitação, embora não esteja prevista na Lei n. 4.320/1964.
Nessa linha de pensamento, a fase de fixação engloba a adoção de medidas em direção 
a uma situação idealizada, tendo em vista os recursos disponíveis e observando as diretrizes 
e prioridades traçadas pelo governo. A criação ou expansão da despesa requer adequação 
orçamentária e compatibilidade com a LDO e o PPA.
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Lembre-se de que o processo da fixação da despesa orçamentária é concluído com a au-
torização dada pelo poder legislativo por meio da LOA, Lei Orçamentária Anual, ressalvadas, 
claro, as eventuais aberturas de créditos adicionais no decorrer da vigência do orçamento.
Nesse sentido, é importante destacar que a legislação não permite a troca de ordem entre 
os estágios, com exceção apenas para o estágio da programação, apenas para aquelas des-
pesas realizadas via abertura de créditos extraordinários, que, tendo em vista a sua natureza 
de imprevisibilidade e urgência, não passa pela fase da programação.
2.3. empenho
A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 35, II, dispõe que pertencem ao exercício financeiro as 
despesas nele legalmente empenhadas.
Você sabe o que é empenho?
Sim, eu sei que você está se empenhando muito nesse curso, mas vamos ver para fins de 
Finanças Públicas o que vem a ser o empenho de uma despesa pública:
O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Nos termos do disposto no art. 
58 da Lei n. 4.320/1964: “o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente 
que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição”.
Vale dizer que o empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações 
orçamentárias destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito.
Guarde que, nos casos de despesas relativas a contratos ou convênios de vigência plu-
rianual, deve-se as empenhar em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no 
referido exercício.
2.3.1. Modalidades de Empenho
Aluno(a), tenha em mente que o empenho, de acordo com sua natureza e finalidade, pode 
ser ordinário, global ou por estimativa.
Usa-se o empenho ordinário para acudir despesas normais com montante previamente 
conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
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Já o empenho global é aquele que serve para aquelas despesas com montante previa-
mente conhecido, mascujo pagamento seja parcelado, como nos casos das despesas com 
aluguéis, prestação de serviços, salários etc.
Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente, 
usa-se o empenho por estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias 
etc. São gastos que ocorrem regularmente, mas cujos valores oscilam bastante.
2.3.2. Anulação de um Empenho
Um empenho pode ser anulado, ao longo do exercício, seja parcial ou totalmente.
Quando o valor empenhado é superior ao montante da despesa, deve-se anulá-lo parcial-
mente, no valor correspondente ao excesso.
Entretanto, quando o serviço contratado não tenha sido prestado ou o material encomen-
dado não tiver sido entregue, bem como se houver incorreção na emissão do empenho, nes-
ses casos, deve-se anular o empenho totalmente.
No fim de cada exercício, o empenho deve ser totalmente anulado caso ainda não tenha 
sido liquidado, exceto para aqueles que se enquadrarem nas condições previstas para 
inscrição em Restos a Pagar.
E qual o destino dos valores correspondentes aos empenhos anulados?
Os valores correspondentes à anulação do empenho revertem ao programa de trabalho, 
tornando-os novamente disponíveis para empenho.
Veja o que nos diz a esse respeito o Decreto n. 93.872/1986 em seus artigos 35 e 28:
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para 
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, 
ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
Art. 28. A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o em-
penho, implicará sua anulação parcial ou total, revertendo a importância correspondente à respectiva 
dotação, pela qual ficará automaticamente desonerado o limite de saques da unidade gestora.
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2.3.3. Características do Empenho
O empenho serve, na verdade, para reservar parte dos créditos disponíveis, em consonância 
com o artigo 60 da Lei n. 4.320/1964, que veda a realização de despesa sem prévio empenho.
Em outras palavras, após a realização do empenho, o montante correspondente da do-
tação necessário para fazer face à despesa fica protegido, evitando-se, assim, que, depois 
de executado o contrato, não haja recursos financeiros para o pagamento do bem ou serviço 
prestado à Administração Pública.
O empenho da despesa não pode exceder o limite dos créditos concedidos, ou seja, as 
despesas só podem ser empenhadas até o limite dos créditos orçamentários iniciais e dos 
créditos orçamentários adicionais, em consonância com o cronograma de desembolso da 
unidade gestora, devidamente aprovado.
Guarde também que o empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação orça-
mentária, nem o cronograma de pagamento o limite de saques fixado.
questão 3 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à 
execução do orçamento, julgue o item que se segue.
O empenho de despesa impõe ao Estado uma obrigação de pagamento, ainda que o bem cor-
respondente não tenha sido fornecido ou o serviço correspondente não tenha sido prestado.
Certo.
Numa primeira leitura, nossa tendência é achar que a assertiva está errada, mas, DE acordo 
com a Lei n. 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para 
o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Assim, o empenho em verdade é uma garantia ao credor que, se ele cumprir os termos do que 
foi tratado com a Administração, receberá o pagamento que estará reservado para ele.
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Mas é bom destacar que, mesmo estando a despesa legalmente empenhada, o Estado ainda 
não se vê obrigado a efetuar o pagamento, já que o implemento de uma determinada condição 
poderá estar concluído ou não.
Guarde que a Lei n. 4.320/1964 determina que o pagamento de qualquer despesa pública, 
independentemente do valor, passe pela fase “decisiva” da liquidação.
Somente com a liquidação, segundo estágio da execução da despesa, que será cobrada a 
prestação dos serviços, a entrega dos bens ou a realização da obra, de modo a impedir o 
pagamento sem o implemento de condição.
Nesse contexto, devemos mencionar ao princípio do equilíbrio, quando a Lei n. 4.320/1964 
determina que os empenhos não podem ultrapassar o limite dos respectivos créditos concedi-
dos, evitando-se, assim, a criação de obrigação de pagamento superior à capacidade do Estado.
O Decreto n. 93.872/1986, aquele que dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do 
Tesouro Nacional, também dispõe acerca dos estágios da despesa. De acordo com o referido 
Decreto, o empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a realizar, por 
força do compromisso assumido.
O Decreto n. 93.872/1986 admite que, em caso de urgência, o ato do empenho seja contemporâ-
neo à realização da despesa, podendo ser dispensada a nota de empenho, mas nunca o empenho.
A Nota de Empenho – NE – é a materialização do empenho, sendo que é elaborada no 
SIAFI quando da União e tendo uma NE para cada empenho, que serve para registrar as 
operações que geram o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando 
o nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor 
do saldo da dotação própria.
2.3.4. Outra Classificação dos Empenhos
Existem situações em que o valor do empenho original não é suficiente, sendo necessária 
uma espécie de “empenho de reforço” para complementar o valor original inicial.
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Seguindo essa linha de raciocínio, somos agora apresentados ao empenho denominado 
“empenho de anulação”, que é aquele empenho emitido posteriormente e que se destina à 
anulação parcial ou total dos empenhos originais ou, eventualmente, dos empenhos de refor-
ço, que são chamados de empenho excedente (anulação parcial) e empenho incorreto ou de 
objeto não cumprido (anulação total).
Parte da Doutrina ainda classifica/divide o empenho em função das fases a que se refe-
rem: licitação ou sua dispensa, autorização e formalização.
Lembrando que licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar, 
entre vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para a aqui-
sição de bem ou serviço, enquanto a autorização é a permissão dada por autoridade compe-
tente para a realizaçãoda despesa. A formalização é a dedução do valor da despesa, feita no 
saldo disponível da dotação ou do crédito apropriado comprovada pela Nota de Empenho.
2.4. liquidação
A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e 
serviços contratados. Nos termos do disposto no artigo 63 da Lei n. 4.320/1964, a liquidação 
da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos 
e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
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Colega, na liquidação da despesa, é verificada a correção da execução do contrato pelo 
fornecedor, para apurar:
• a origem e o objeto do que se deve pagar; 
• a importância exata a pagar; 
• a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
Assim, a liquidação visa verificar a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para 
extinguir a obrigação, sendo realizada no SIAFI, por meio da Nota de Lançamento (NL), nos 
casos de despesas federais. Além disso, é na fase de liquidação que é cobrada a prestação 
dos serviços ou a entrega dos bens, ou, ainda, a realização da obra, evitando, dessa forma, o 
pagamento sem o implemento de condição.
De acordo com a Doutrina, existe ainda a fase denominada em liquidação, entre o em-
penho e a liquidação propriamente dita. Ocorre, por exemplo, quando se recebe a nota fiscal, 
mas demora-se para conferir se o serviço foi efetivamente prestado ou o material efetivamen-
te recebido. Nesse caso, registra-se essa nota fiscal como “em liquidação”.:
questão 4 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Despesa pública é o conjunto de dispên-
dios realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade 
ou para a realização de investimentos. A respeito de despesa pública, julgue o item.
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De acordo com a legislação vigente, para que determinado ente público efetue o pagamento 
a fornecedores de material de consumo, basta que, no processo de execução orçamentária, a 
despesa a que se refira o pagamento tenha sido empenhada.
Errado.
Na verdade, para que a despesa seja paga, é necessário que tenha sido empenhada e liquida-
da. Confira essa condição no MCASP, com grifos nossos:
4.4.2.4. Pagamento
O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens 
de pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa.
2.5. pagamento
O pagamento é o terceiro e último estágio da execução da despesa. Regulado no arti-
go 64 da Lei n. 4.320/1964, “a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade 
competente, determinando que a despesa seja paga”.
Grave que o pagamento da despesa só pode ser efetuado quando ordenado após sua 
regular liquidação, ou seja, desde que seja verificado o direito adquirido do credor, no estágio 
da liquidação.
Em regra, o pagamento deve ser realizado via de ordem bancária, precedida da autoriza-
ção do titular da Unidade Gestora ou seu preposto. Em termos de União, é realizado via SIAFI, 
mediante ordem bancária correspondente à respectiva dívida líquida.
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De acordo com a definição da Lei n. 4.320/1964: “a ordem de pagamento é o despacho 
exarado por autoridade competente determinando que a despesa seja paga”.
Em outros termos, equivale à assinatura do gestor público determinando o pagamento.
Tecnicamente falando, a ordem bancária (OB) é o documento do SIAFI utilizado para o 
pagamento de compromissos, bem como para a liberação de recursos para fins de supri-
mento de fundos.
O Decreto n. 93.872/1986 determina, em seu artigo 38, que:
Art. 38. Não será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de materiais, execução de 
obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade pública, admitindo-se, todavia, mediante as 
indispensáveis cautelas ou garantias, o pagamento de parcela contratual na vigência do respectivo 
contrato, convênio, acordo ou ajuste, segundo a forma de pagamento nele estabelecida, prevista no 
edital de licitação ou nos instrumentos formais de adjudicação direta.
Um ponto que merece destaque diz respeito à reposição de valores pagos indevidamente, 
no mesmo exercício financeiro, que deve ser procedida à conta bancária da Unidade Gestora 
de origem, usando-se a Guia de Recebimento. Caso a reposição ocorra em outro exercício 
financeiro, no caso da União, deve-se usar o DARF, a crédito do Tesouro Nacional.
questão 5 (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item seguinte, relativo a receitas e 
despesas públicas.
O estágio de pagamento da despesa caracteriza-se pelo despacho por meio do qual a autori-
dade competente determina que a despesa seja liquidada.
Errado.
O examinador colocou uma casca de banana no final da assertiva colocando a palavra “liqui-
dada”, quando deveria ser “paga”. Veja a reprodução do artigo 64 da Lei n. 4.320/1964, com 
grifos nossos: “A ordem de pagamento é despacho exarado por autoridade competente, de-
terminando que a despesa seja paga”.
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3. ClassifiCação das despesas públiCas orçamentárias
Seguindo o que a legislação orienta, a classificação da despesa no orçamento público 
deve ser desdobrada de acordo com os seguintes critérios: institucional (órgão e unidade 
orçamentária), funcional (função e subfunção), por programas (programa, projeto, atividade e 
operações especiais) e segundo a natureza (categorias econômicas, grupos, modalidades de 
aplicação e elementos). Entretanto, temos também classificações doutrinárias que também 
são cobradas em prova. Então, vamos agora conhecer as classificações das Despesas Públi-
cas mais relevantes para concursos públicos.
Somente as despesas orçamentárias são objeto de classificação, ou seja, as despesas extra-
orçamentárias nem classificadas são.
3.1. quanto à forma de ingresso
Parte da Doutrina utiliza o termo “natureza” nessa classificação, mas não devemos con-
fundir com a classificação por natureza da despesa, que estudaremos ao longo da aula. Des-
sa forma, penso que o termo “forma de ingresso” seja o mais adequado para utilizar no que 
diz respeito ao critério aplicado nessa classificação.
3.1.1. Despesas Orçamentárias
Basicamente, podemos dizer que as despesas orçamentárias são aquelas que PRECISAMestar previstas na LOA ou nas Leis de Créditos Adicionais e que financiam o funcionamento 
dos serviços públicos. Guarde que a sua realização depende de autorização legislativa.
Em outras palavras, são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos 
adicionais, instituídas em bases legais, dependendo de autorização legislativa e obedecendo 
aos estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento.
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Contabilmente falando, constituem despesas orçamentárias a redução do Ativo em 
decorrência de desembolso financeiro pela execução da despesa à vista ou aumento do 
Passivo em decorrência da despesa a prazo, posto que a despesa orçamentária deve seguir 
o regime da competência.
A partir da classificação da despesa em orçamentária é que vêm as demais classificações, ou 
seja, as despesas extraorçamentárias não são objeto de outras classificações.
3.1.2. Despesas Extraorçamentárias
São despesas extraorçamentárias aquelas que não constam na LOA ou nas leis de Cré-
ditos Adicionais, tendo em vista o seu caráter transitório. Em suma, a sua realização não se 
vincula à execução do orçamento.
Em outras palavras, são aquelas despesas não presentes no orçamento ou nas leis de 
créditos adicionais, correspondendo à devolução de recursos transitórios que foram obtidos 
como receitas extraorçamentárias que pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos.
Nessa toada, contabilmente falando, constituem despesas extraorçamentárias a redução 
do Ativo em decorrência da desincorporação de bens e direitos e o aumento do passivo em 
decorrência do surgimento de obrigações, ambas independentes da execução orçamentária. 
Em suma, são, na verdade, restituição ou a entrega de valores arrecadados sob o título de 
receitas extraorçamentárias.
I. As despesas extraorça-
mentárias constituem-se em 
saídas do ativo e do passivo 
financeiro do Estado
PORQUE
II. As despesas extraordinárias se tratam de 
mera devolução dos valores cuja entrada no 
ativo financeiro do Estado se deu através de 
receitas extraorçamentárias
Podemos citar as seguintes para exemplificar: devoluções de cauções, fianças, salários e ven-
cimentos não reclamados; pagamentos de restos a pagar, restituições a pagar e consigna-
ções em folha de pagamento.
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Enquanto o pagamento do principal das operações de crédito por antecipação de receita 
orçamentária é despesa extraorçamentária, o pagamento da parte relativas aos encargos 
referentes a tais despesas é despesa orçamentária classificada no elemento de despesa 
“25 – Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita”.
questão 6 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) No que se refere às despesas pú-
blicas, julgue o item.
Denomina-se despesa orçamentária a despesa que tenha sido realizada com o sacrifício de 
receitas orçamentárias, ainda que não tenha sido objeto de dotação orçamentária.
Errado.
Na verdade, guarde que a despesa orçamentária é toda transação que depende de autoriza-
ção legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
3.2. ClassifiCação quanto à efetividade/afetação patrimonial
Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na 
situação líquida patrimonial em:
• Despesa Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento de sua realização, reduz a si-
tuação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo;
• Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não 
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. 
Também chamada de despesa por mutação/mudança patrimonial.
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DICA
A grande dica aqui é que, no geral, a despesa orçamentária efe-
tiva é despesa corrente, mas pode haver despesa corrente não 
efetiva, como, por exemplo, a despesa com a aquisição de ma-
teriais para estoque e a despesa com adiantamentos, que repre-
sentam fatos permutativos, embora sejam despesas correntes.
Já a despesa não efetiva normalmente é uma despesa de capital, mas existem despesas 
de capital que são efetivas como as transferências de capital, que causam variação patrimonial 
diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva, embora sejam despesas de capital.
Guarde:
Efetiva
No momento de sua realização, reduz a situa-
ção líquida patrimonial da entidade. Constitui 
fato contábil modificativo diminutivo
No momento da sua realização, não reduz 
a situação líquida patrimonial da entidade e 
constitui fato contábil permutativo.
Também chamada de despesa “por mutação/
mudança patrimonialNão Efetiva
Despesa 
Orçamentária
questão 7 (CESPE/CNJ/TÉCNICO/2013) Consoante à despesa pública, julgue o item 
subsequente.
Uma despesa pública é considerada não efetiva quando não reduz a situação líquida patrimo-
nial da entidade no momento de sua realização.
Certo.
A despesa pública considerada não efetiva é aquela que, no momento da sua realização, não 
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Tam-
bém chamada de despesa por mutação/mudança patrimonial.
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3.3. ClassifiCação instituCional/departamental
A Classificação Institucional da Despesa ordena as despesas de acordo com o ente polí-
tico competente à sua instituição ou realização, quais sejam: Governo Federal, Estadual, Dis-
trital e Municipal, relacionando os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades orça-
mentárias.
Para facilitar a sua compreensão, vamos nos basear na estrutura administrativa do Poder 
Executivo Federal, que se divide em:
• Administração Direta
 – Presidência da República
 – Ministérios
 – Órgãos Autônomos – são órgãos que se destinam à pesquisa, ao ensino e às ati-
vidades industriais, comerciais e agrícolas (A estrutura funcional desses órgãos é 
dotada de um Fundo Especial de Natureza Contábil).
• Administração Indireta
 – Autarquias
 – Fundações Públicas
 – Empresas Públicas
 – Sociedades de Economia Mista
A ideia básica é que as dotações são confiadas diretamente a um Órgão, cujo dirigente é o 
titular da responsabilidade pela execução e que, por sua vez, é subdividido em Unidades Or-
çamentárias, às quais caberá a execuçãodas despesas, bem como a fiscalização a ser exe-
cutada pelo órgão setorial de controle interno.
Guarde que uma Unidade Orçamentária é o agrupamento de serviços subordinados ao 
mesmo órgão ou repartição para a qual serão consignadas dotações próprias.
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As Unidades Orçamentárias podem corresponder a uma estrutura administrativa, como 
Tribunais, Ministérios etc., bem como podem se constituir apenas em uma classificação para 
agrupar despesas afins, tais como “Encargos Financeiros”, “Reserva de Contingência” etc.
Guarde ainda que na classificação institucional, a nível federal, são Órgãos: Presidência 
da República e Ministérios, Câmara dos Deputados, Senado Federal e TCU, STF, STJ, Justiça 
Federal, Justiça Militar da União, Justiça Eleitoral, Justiça do Trabalho e a Justiça do Distrito 
Federal e dos Territórios.
Além das subdivisões de cada Órgão, são também Unidades Orçamentárias os chamados 
órgãos autônomos, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as socieda-
des de economia mista.
O código da classificação institucional é composto por cinco dígitos, sendo que os dois pri-
meiros identificam o Órgão e os três últimos, a Unidade Orçamentária.
3.4. ClassifiCação funCional
A ideia-chave da classificação Funcional é funcionar como elemento de ligação dos gas-
tos públicos nas três esferas de governo, sendo utilizada, tanto no orçamento da União, quan-
to no orçamento dos Estados. Também os Municípios estão obrigados a observar essa regra.
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O objetivo é que as funções representem as ações desenvolvidas pelo Governo, seja dire-
ta ou indiretamente, aglutinadas em grupos maiores, de acordo com os objetivos nacionais.
Atualmente temos 28 funções com códigos de dois dígitos, já que as funções são dividi-
das em subfunções. A subfunção representa uma partição da função, visando agregar deter-
minado subconjunto de despesas do setor público.
Guarde que, enquanto o código das funções é composto por dois dígitos numéricos, o das 
subfunções, por três dígitos, sem significado especial.
A Portaria n. 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata a Lei 
n. 4.320/1964, estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, 
operações especiais e dá outras providências.
Guarde ainda que não mais existe a classificação funcional programática.
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questão 8 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentá-
ria, julgue o item.
Na classificação funcional da despesa orçamentária, a função, via de regra, relaciona-se 
com a missão institucional do órgão, e a subfunção deve evidenciar cada área da atuação 
governamental.
Certo.
Sim, a assertiva conceituou corretamente a classificação funcional da despesa. Vamos apro-
veitar a oportunidade para dar uma lida, com grifos nossos, no que diz o MCASP – Manual de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público – sobre esse assunto:
4.2.2. Classificação Funcional
A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções, buscando 
responder basicamente à indagação “em que área” de ação governamental a despesa será realiza-
da.
(…)
4.2.2.1. Função
A função é representada pelos dois primeiros dígitos da classificação funcional e pode ser tradu-
zida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. A função 
quase sempre se relaciona com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, 
saúde, defesa, que, na União, de modo geral, guarda relação com os respectivos Ministérios.
(…)
4.2.2.2. Subfunção
A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional, representa um nível de 
agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, 
por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza 
básica das ações que se aglutinam em torno das funções.
3.5. ClassifiCação por estrutura programátiCa
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos 
objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos.
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O Plano Plurianual (PPA) para o período de 2020-2023 (Lei n. 13.971/2020) apresenta 
quatro pilares em sua construção, quais sejam: simplificação metodológica; realismo fiscal; 
integração entre planejamento e avaliação; e visão estratégica e foco em resultados.
Conforme a figura abaixo, a metodologia do PPA 2020-2023 compreende três dimensões:
• a Dimensão Estratégica, composta pelos eixos da Estratégia Nacional de Desenvolvi-
mento Econômico e Social (Endes), as diretrizes do PPA e os Temas;
• a Dimensão Tática, composta pelos Programas e seus objetivos, meta e indicador de 
resultado; e
• a Dimensão Operacional, na qual estão as ações orçamentárias e não orçamentárias.
Segundo a metodologia para elaboração do PPA 2020-2023, foram adotados os seguintes 
conceitos.
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• Diretrizes – possuem a finalidade de retratar as declarações de governo e indicam as 
preferências políticas dos governantes eleitos.
• Temas – buscam refletir a estrutura institucional adotada pela administração federal.
• Programa – é a categoria que articula um conjunto de ações (orçamentárias e não or-
çamentárias) suficientes para enfrentar um problema. Seu desempenho deve ser pas-
sível de aferição.
Assim sendo, a ótica de organização governamental integrando Planejamento e Orça-
mento está consubstanciada na ligação das ações orçamentárias e não orçamentárias dire-
tamente aos novos programas. Portanto, o produto de uma ação, como resultado, deve visar 
à concretização/realização dos objetivos pretendidos nos programas.
O conjunto dos produtos de determinadas ações viabilizará a execução do objetivo e ocumprimento da meta geral estabelecida para um programa finalístico, mensurada por um 
indicador de resultado.
Ao se resgatar o modelo lógico como organizador dos elementos constitutivos dos progra-
mas do novo PPA, a metodologia visa contribuir para um adequado desenho dos programas, 
o que posteriormente auxilia na avaliação das políticas públicas na medida em que identifica 
claramente os objetivos e resultados esperados do programa, bem como os indicadores de 
resultado.
A ação orçamentária representa operação da qual resultam produtos (bens ou serviços) 
que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito 
de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pesso-
as físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, entre outros, 
e os financiamentos.
A Atividade é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um 
programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e perma-
nente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. 
Exemplo: ação 4339 – Qualificação da Regulação e Fiscalização da Saúde Suplementar.
O Projeto é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um 
programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um 
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produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo. Exemplo: 
ação 7M63 – Adequação de Trecho Rodoviário – km 714 – km 725 – na BR-364/RO.
A Operação Especial é usada para despesas que não contribuem para a manutenção, ex-
pansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não 
geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Destaque-se que as opera-
ções especiais têm como característica não retratar a atividade produtiva no âmbito federal, 
podendo, entretanto, contribuir para a produção de bens ou serviços à sociedade, quando 
caracterizada por transferências a outros entes.
Guarde que, por sua vez, o Plano Orçamentário (PO) é, nas palavras do MTO, uma iden-
tificação orçamentária, de caráter gerencial (não constante da LOA), vinculada à ação or-
çamentária, que tem por finalidade permitir que tanto a elaboração do orçamento quanto o 
acompanhamento físico e financeiro da execução ocorram em um nível mais detalhado do 
que o do subtítulo (localizador de gasto) da ação. O código do PO é uma identificação alfa-
numérica de quatro posições.
A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em programação qualita-
tiva e programação quantitativa. Vamos conhecê-los e diferenciá-los.
Programação qualitativa: o programa de trabalho define qualitativamente a programação 
orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que carac-
terizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos 
de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional, 
Estrutura Programática e principais informações do Programa e Ação.
Programação quantitativa: compreende a programação física e financeira. A programação 
física define quanto se pretende desenvolver do produto por meio da meta física, que correspon-
de à quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num 
determinado período e instituída para cada ano. Já a programação financeira define o que adquirir 
e com quais recursos, por meio da natureza da despesa, identificador de uso, fonte de recursos, 
identificador de operações de crédito, identificador de resultado primário, dotação e justificativa.
3.6. quanto à natureza da despesa (por Categorias)
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A classificação “por natureza”, também chamada de classificação econômica, basica-
mente divide as despesas em correntes (não contribuem diretamente para a formação de ou 
aquisição de um bem de capital) e as despesas de capital (que contribuem diretamente para 
a formação de ou aquisição de um bem de capital).
A classificação econômica foi instituída pela Lei n. 4.320/1964, sendo adotada até hoje, com 
as devidas atualizações instituídas pela Portaria SOF/STN 163/2001. Aqui temos um ponto 
importante: as bancas cobram tanto as classificações da Lei n. 4.320/1964 quanto da Portaria 
n. 163/2001. Por isso, precisamos conhecer as 2 classificações e prestar MUITA ATENÇÃO AO 
COMANDO DA QUESTÃO, de modo a identificar exatamente qual classificação a banca quer.
Pela Lei n. 4.320/1964, as despesas correntes são divididas em despesas de custeio e 
transferências correntes. Já as despesas de capital são divididas em investimentos, inver-
sões financeiras e transferências de capital.
A Lei n. 4.320/1964 trata da classificação da despesa por categoria econômica e elemen-
tos em seus artigos 12 e 13, mas atualmente, em regra, devemos seguir o Anexo II da Portaria 
Interministerial SOF/STN 163/2001. Registre-se ainda que, de acordo com o artigo 6º dessa 
Portaria, “Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, 
por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação”.
O conjunto de informações que formam o código é conhecido como classificação por na-
tureza de despesa e informa a Categoria econômica, o Grupo a que pertence, a Modalidade de 
aplicação e o Elemento, e o desdobramento facultativo do elemento da Despesa (subelemento).
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DICA
Guarde o mnemônico: C-G-MM-EE-DD ou CGMED!
Em outras palavras, a classificação por natureza, na verdade, engloba as classificações 
por categoria econômica, por grupo de despesa, por modalidade de aplicação e pelo ele-
mento de despesa.
Dessa forma, constitui-se um código de seis dígitos, no qual o primeiro dígito indica a cate-
goria econômica (3-corrente ou 4-capital), o segundo, o grupo de natureza de despesa (1 a 6), o 
terceiro e quarto indicam a modalidade de aplicação e os dois últimos, o elemento de despesa.
No que diz respeito à categoria econômica, obedece ao critério econômico e denota o 
impacto dos gastos públicos na economia do país, sendo classificada em duas categorias 
econômicas, com os seguintes códigos:
3 – Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despe-
sas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital;
4 – Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa categoria aquelas despe-
sas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
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No que diz respeito ao Grupo de natureza de despesa (GND), podemos dizer que é um 
agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de 
gasto.
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No que diz respeito à Modalidade de aplicação, podemos dizer que, visando eliminar a 
dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados, indica se os recursos serão 
aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização orça-
mentária para outros níveis de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para enti-
dades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade 
detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível 
de Governo. Ressalte-se que a modalidade de Aplicação 90 é a mais utilizada, pois é a aplica-
ção direta do recurso público pelo próprio ente.
No que diz respeito ao Elemento de despesa, podemos dizer que tem por finalidade identi-
ficar os objetos de gasto, enquanto o seu desdobramento facultativo visa atender necessida-
des específicas de escrituração contábil e controle da execução orçamentária.
A título meramente exemplificativo, podemos mencionar o caso das despesas com aqui-
sição de material de consumo que têm a natureza da despesa classificada como 3.3.90.30.
São classificadas como “3 – Despesas Correntes”, no grupo de despesa “3 – Outras Despe-
sas Correntes”. Como essa despesa executada diretamente pela União, quanto à modalidade de 
aplicação, é classificada “90 – Aplicações Diretas”. Já o elemento de despesa no qual devem ser 
registrados os gastos com aquisição de material de consumo é o “30 – Material de Consumo”.
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A classificação por natureza de despesa é obrigatória para todos os entes da federação e tem 
por finalidade a obtenção de informações macroeconômicas sobre os efeitos dos gastos do 
setor público na economia e o controle gerencial do gasto. Guarde ainda que o conjunto de 
informações que constitui a natureza de despesa orçamentária forma um código estruturado 
que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento. Também 
compõe o código o subelemento que é facultativo.
Ressalte-se que a categoria econômica e o grupo de natureza integram a classificação eco-
nômica, que tem por objetivo de evidenciar o efeito econômico da realização da despesa.
Nessa pegada, essa classificação viabiliza o fornecimento de elementos para avaliação 
do efeito econômico das transações do setor público, com ênfase no efeito dos gastos sobre a 
economia. A seguir uma visão sistematizada da classificação quanto à natureza da despesa:
Quanto à natureza 
Efeito na Economia
Desdobramento facultativo
Identificar os objetos de gasto 
O que será adquirido?
Aplicação direta ou por transferência 
Evita dupla contagem
Agrupa elementos de despesa de mesma característica
Efeito econômico 
Corrente ou Capital
Categoria 
econômica 
Grupo de 
natureza
Modalidade de aplicação
Elemento 
Não sai na LOA 
Subelemento
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Registre-se que o 5º nível, desdobramento facultativo ou subelemento deve ser aplicado 
de acordo com as necessidades de cada Ente em termos de escrituração contábil e controle 
da execução orçamentária.
questão 9 (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item 
subsequente.
Independentemente do ente federativo, para fins de escrituração contábil e controle da exe-
cução orçamentária, é obrigatório o desdobramento dos elementos de despesa em níveis 
menores de classificação.
Errado.
Na verdade, o Elemento de Despesa identifica o objeto do gasto e o Desdobramento do Ele-
mento de Despesa é facultativo, conforme necessidades de escrituração contábil e controle 
da execução orçamentária.
No que diz respeito à natureza da despesa orçamentária, as reservas não são classificadas 
como despesas correntes nem como despesas de capital. Para efeito de classificação, as 
reservas do RPPS – Regime Próprio de Previdência Social – e as reservas de contingência 
serão identificadas como grupo “9”, mas não são passíveis de execução, servindo de fonte 
para abertura de créditos adicionais, mediante os quais se dará efetivamente a despesa que 
será classificada nos respectivos grupos.
3.7. ClassifiCação por Categoria eConômiCa (1º nível)
A Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 12, instituiu a classificação das despesas segundo sua 
categoria econômica, que é dividida em duas categorias: Despesa Corrente e Despesa de Capital.
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As Despesas Correntes são as que não contribuem diretamente para a formação ou aquisi-
ção de um bem de capital. São, portanto, as que contribuem para a manutenção das atividades.
As Despesas de Capital, ao contrário, contribuem diretamente para a formação ou aquisição 
de um bem de capital, implicando aumento patrimonial.
Despesa 
Corrente
Despesa de 
capital
Classificação 
da Despesa 
por Categoria 
Econômica
Não contribui para formação ou 
aquisição bem de capital
Contribui para formação ou 
aquisição de bem de capital ou 
amortização de dívida
Pode provocar registro em ativos 
ou passivo circulantes.
Provoca, em geral, registro no ativo 
ou no passivo não circulante
questão 10 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Despesa pública é o conjunto de dispên-
dios realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade 
ou para a realização de investimentos. A respeito de despesa pública, julgue o item.
Segundo a categoria econômica, as despesas públicas são classificadas em despesas cor-
rentes e despesas de capital.
Certo.
Confira a classificação da despesa pública quanto à categoria econômica diretamente no 
MCASP, com grifos nossos:
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4.2.4.2. Categoria Econômica
A despesa orçamentária, assim como a receita orçamentária, é classificada em duas categorias 
econômicas, com os seguintes códigos:
3 Despesas Correntes
4 Despesas de Capital
Vamos detalhar mais isso!
Despesas Correntes
As Despesas Correntes são subdivididas em Despesas de Custeio e Transferências Correntes.
3. Despesas Correntes
3.1. Despesas de Custeio
3.2. Transferências Correntes
Segundo o artigo 12, § 1º, da Lei n. 4.320/1964, as Despesas de Custeio são aquelas des-
tinadas à manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a 
obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
As Transferências Correntes, por outro lado, são as dotações para despesas às quais não 
corresponda contraprestação direta em bens ou serviços.
Além dessas, classificam-se como correntes as contribuições e subvenções destinadas 
a atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado, neste caso, evi-
dentemente, com contraprestação em bens ou serviços deficitários, mas de interesse público.
As transferências podem ser constitucionais, legais, decorrentes de convênios ou contra-
tos de repasse ou simplesmente decorrentes de autorizações orçamentárias.
As subvenções são transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades 
beneficiadas, distinguindo-se como subvenções sociais e econômicas.
As subvenções sociais são as que se destinem a instituições públicas ou privadas de ca-
ráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa.
As subvenções econômicas são as que se destinem a empresas públicas ou privadas de 
caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de 
subvenções sociais visará à prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e 
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educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses 
objetivos revelar-se mais econômica.
O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de 
serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos aos 
padrões mínimos de eficiência previamente fixados.
Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pe-
los órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
A cobertura dos deficit de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica 
ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas 
correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.
Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas as dotações destinadas a co-
brir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros 
alimentícios ou outros materiais e as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a 
produtores de determinados gêneros ou materiais.
A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins 
lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente 
autorizada em lei especial.
Despesas de Capital
As Despesas de Capital são subdivididas em Investimentos, Inversões Financeiras e 
Transferências de Capital.
4. Despesas de Capital
4.1. Investimentos
4.2. Inversões Financeiras
4.3. Transferências de Capital
Investimentos: são as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as 
destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à sua realização, bem como 
para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material 
permanente e constituição ou aumento do capital de empresas industriais ou agrícolas.
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São classificados como investimentos as Sentenças Judiciárias e Despesas de Exercícios 
Anteriores, quando expressamente se referirem a investimentos.
Inversões Financeiras: são as dotações destinadas à aquisição de imóveis, ou de bens 
de capital já em utilização, aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou 
entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do 
capital e a constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objeti-
vos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
A construção de um prédio, portanto, constitui investimento, enquanto a aquisição de 
um prédio já em utilização consiste em inversão financeira. A aquisição de um imóvel novo 
para ser utilizado especificamente no fim a que se destina o órgão público é classificada 
como investimento.
As despesas de capital do grupo investimento contribuem para a formação do Produto Inter-
no Bruto, diferentemente da despesa de capital do grupo inversão financeira, que não contri-
bui para o incremento do PIB.
Saiba que o PIB – Produto Interno Bruto – se refere ao valor agregado de todos os bens 
e serviços finais produzidos dentro do território econômico do país, independentemente da 
nacionalidade dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços.
Assim, a despesa de capital só impacta o PIB se servir para agregar valor aos bens e ser-
viços finais dessa economia.
No caso de uma inversão financeira, como, por exemplo, a aquisição de um prédio já pronto 
(usado) para a instalação de um serviço público não agrega valor à economia, não alterando o PIB.
Já os investimentos são as despesas de capital que agregam valor aos bens, gerando 
acréscimos ao PIB. Veja, por exemplo, a construção de um novo prédio para abrigar um órgão 
público, que é uma despesa de capital – investimento, incrementou o PIB ao agregar valor a 
um bem que não existia (prédio novo).
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questão 11 (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Se determinado órgão público precisar adquirir 
equipamentos novos necessários à execução de determinada obra, a despesa corresponden-
te será classificada como
a) subvenção econômica.
b) transferência de capital.
c) inversão financeira.
d) investimento.
e) subvenção social.
Letra d.
Caro(a) aluno(a), a despesa correspondente à aquisição de equipamentos novos necessários 
à execução de determinada obra, deve ser classificada como investimento, pois se enquadra 
na definição legal desse tipo de gasto:
Despesas com softwares e com o planejamento e a execução de

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