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HIPERTENSÃO PULMONAR O aumento da pressão arterial pulmonar (ou seja, pressão sistólica pulmonar > 30 mmHg) é denominado de hipertensão pulmonar. O diagnóstico é firmado com mais precisão por mensurações diretas de pressão obtidas por meio de cateterismo cardíaco, que é um procedimento raramente realizado em cães e gatos. Uma estimativa da pressão arterial pulmonar pode ser realizada por ecodopplercardiografia, em pacientes com insuficiência valvar pulmonar ou tricúspide. A crescente disponibilidade dessa tecnologia tem aumentado a consciência sobre a existência de hipertensão pulmonar em medicina veterinária. Causas da hipertensão pulmonar incluem obstrução à drenagem venosa, como pode ocorrer no caso de cardiopatias, aumento do fluxo sanguíneo pulmonar provocado por lesões cardíacas congênitas e aumento da resistência vascular pulmonar. Quando nenhuma doença subjacente puder ser identificada para explicar a hipertensão, é estabelecido um diagnóstico clínico de hipertensão pulmonar primária (idiopática). A resistência vascular pulmonar pode aumentar como resultado de tromboembolismo pulmonar ou dirofilariose. A resistência vascular também pode aumentar como uma complicação de doença do parênquima pulmonar crônica, como a bronquite crônica canina e fibrose pulmonar idiopática. Uma explicação simples para o aumento da resistência vascular como uma complicação de doença pulmonar é a resposta adaptativa do pulmão para melhorar a adequação do equilíbrio de ventilação/perfusão por meio da vasoconstrição hipóxica. ASPECTOS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICO A hipertensão pulmonar é mais frequentemente diagnosticada em cães do que em gatos. Os sinais clínicos incluem aqueles relacionados à hipoxemia progressiva e pode ser difícil distingui-los de qualquer doença cardíaca ou pulmonar subjacente. Os sinais de hipertensão pulmonar incluem intolerância ao exercício, fraqueza, síncope e angústia respiratória. O exame físico pode revelar hiperfonese da bulha cardíaca S2. Evidência radiográfica de hipertensão pulmonar pode estar presente em pacientes gravemente acometidos e inclui dilatação da artéria pulmonar e cardiomegalia do lado direito. As radiografias são cuidadosamente avaliadas para doença cardiopulmonar subjacente. O diagnóstico da hipertensão pulmonar é mais frequentemente feito por meio de ecodopplercardiografia. O uso dessa modalidade para estimar a pressão da artéria pulmonar requer a presença de regurgitação pulmonar ou tricúspide e um ecocardiografista altamente habilidoso. TRATAMENTO A melhor estratégica para o tratamento de hipertensão pulmonar é a identificação e o tratamento agressivo da doença subjacente. Oxigenoterapia em longo prazo muitas vezes é fornecida, mas esse tratamento é raramente prático para pacientes veterinários. Tratamento direto pode ser realizado em pacientes com sinais clínicos de hipertensão pulmonar, se nenhuma doença subjacente for identificada ou se o tratamento falhar em promover a melhora da pressão arterial pulmonar. Infelizmente, pouco se sabe sobre o tratamento da hipertensão pulmonar em animais, e as consequências adversas podem ocorrer por meio de agravamento do desequilíbrio ou outros efeitos secundários relacionados a fármacos. Portanto, indica-se uma monitoração cuidadosa dos sinais clínicos e da pressão arterial pulmonar. O fármaco mais comumente indicado para tratar a hipertensão pulmonar em cães é o citrato de sildenafil (Viagra®, Pfizer), um inibidor da fosfodiesterase V, que causa vasodilatação pela via de óxido nítrico. O medicamento tem sido estudado principalmente em cães com doença cardíaca valvular crônica. Estudos sobre a dosagem e toxicidade não foram publicados, mas tem-se relatado uma dosagem de 0,5 a 2,7 mg/kg (média de 1,9 mg/kg) por via oral, a cada 8 a 24 horas (Bach et al., 2006). Uma dose de 1 mg/kg via oral a cada 8 horas pode ser utilizada inicialmente e pode ser aumentada até produzir o efeito. O pimobendan, um inibidor da fosfodiesterase III, resulta em diminuição da pressão arterial pulmonar em cães com hipertensão pulmonar associada à doença cardíaca valvular crônica (Atkinson et al., 2009). Frequentemente são prescritos anticoagulantes por um longo prazo, como a varfarina ou heparina em humanos com hipertensão pulmonar primária, para prevenir a formação de pequenos trombos. Seus potenciais benefícios para os pacientes veterinários são desconhecidos. PROGNÓSTICO O prognóstico para a hipertensão pulmonar é presumivelmente influenciado pela gravidade da hipertensão, presença de sinais clínicos e qualquer doença subjacente.
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