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DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS

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DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS
	O ciclo de resposta sexual masculino é diferente do feminino. Masters e Johnson propuseram um modelo na década de 60 que consistia em 4 etapas: excitação, platô, orgasmo e resolução, que se mostrou adequado à sexualidade masculina. 
Dez anos depois Kaplan aperfeiçoou esse modelo formulando um modelo que consiste em: desejo, excitação, orgasmo e resolução. Não se emprega mais a fase de platô acreditando que a excitação, cada vez mais intensa, culmine no orgasmo.
Para a sexualidade feminina, nenhum dos dois se encaixava. Basson em 2004, prega em seu modelo que a mulher sai de uma situação de neutralidade (em que não está pensando em sexo), a partir de estímulos oriundos do ambiente, fundamentalmente do parceiro (estímulos táteis, auditivos, olfativos ou visuais), há o despertar do interesse sexual. A partir desse ponto, inicia-se o desejo, seguido de excitação, do orgasmo - não obrigatório para a satisfação sexual feminina - e da resolução.
Disfunção sexual significa falta ou excesso, desconforto ou dor na expressão ou no desenvolvimento do ciclo de resposta sexual. Para o estabelecimento de um diagnóstico, deve-se identificar uma função sexual precária associada à insatisfação ou ao desconforto do parceiro com essa condição. Deve-se afastar outras comorbidades, fundamentalmente a depressão que pode desencadear ou piorar casos já existentes. Ficar atento para o período puerperal imediato e primeiros anos da maternidade, bem como a fase de perimenopausa quando os transtornos hormonais geram alteração da vida sexual das pacientes.
· Diminuição do desejo sexual → transtorno do desejo sexual hipoativo
· Distúrbios da excitação (dificuldade ou falha)
· Distúrbios orgásmicos (anorgasmia ou inibição orgásmica)
· Vaginismo (orgânico ou psicogênico)
· Dispareunia (orgânica ou psicogênica)
· Excesso de apetite sexual (ninfomania)
Diagnóstico
	Importante anamnese completa, devendo ser incluídas questões relacionadas ao histórico sexual da mulhere como sexarca, sensações associadas às primeiras relações, tipos de parceiros, grau de envolvimento com o parceiro. História ou alusão à abuso deve ser investigada, uma vez que sua coexistência é fator importante para disfunção sexual. Deve-se dar especial atenção para 7 itens na anamnese:
· Idade biológica e aspectos relacionados
· Situação conjugal e afetiva
· Crenças sexuais
· História da vida sexual
· Iniciação sexual e evolução dos relacionamentos
· Comorbidades como depressão ou hipotireiodismo
· Avaliação hormonal
	Causas orgânicas devem ser sempre pesquisadas e afastadas. Doenças que podem levar a dispareunia ou vaginismo como vaginites, infecções pélvicas, endometriose, adenomiose, miomas ou outras doenças devem ser investigadas e tratadas se presentes.
	Pode ser usada o quociente sexual de Abdo, questionário autorresponsivo para avaliação do desempenho sexual.
Tratamento
	Não há modelos de sexualidade normal ou anormal, devendo ser ajustado o que é bom para um casal em particular. Se a mulher não trouxer uma queixa sexual espontaneamente ou ao responder às indagações, não cabe ao médico abordar o assunto.
A abordagem psicoterápica deve englobar o casal. Pode se utilizar a terapia cognitivo-comportamental, baseada em entrevistas previamente estruturadas associadas à técnicas envolvendo exercícios que podem ser praticados em si mesmo ou na parceira. Importante esclarecer mitos e tabus e fornecer noções básicas sobre a anatomia e fisiologia da sexualidade, orientar o autoconhecimento físico, o toque individual e da parceira e o relaxamento necessário.
A terapia medicamentosa específica para disfunções sexuais envolve hormônios (reposição estrogênica na pós menopausa, reposição androgênica em casos selecionados) e uso de lubrificantes vaginais. Tratar previamente se presença de disfunções orgânicas que podem explicar as disfunções sexuais.

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