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TRIBUNAL DO JÚRI Artigo 406 a 497 do CPP.

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1 
TRIBUNAL DO JÚRI - Artigo 406 a 497 do CPP. 
 
Serão levados ao Tribunal do Júri os crimes dolosos contra a vida na sua forma tentada ou 
consumada: - HISA - homicídio, infanticídio, induzimento, instigação ou auxilio ao suicídio e 
aborto - Artigo 121 a 128 Código Penal. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
XXXVIII - e reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, 
assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
O tribunal do Júri será dividido em duas partes distintas, primeira fase instrução preliminar 
semelhante ao rito ordinário, segunda fase plenário rito especial. 
 
PRIMEIRA FASE - DA INSTRUÇÃO PRELIMINAR 
Oferecida e recebida à denúncia ou queixa, o acusado será citado para oferecer resposta 
escrita em 10 dias a Resposta Acusação contados da efetiva citação válida. 
Após a defesa preliminar, abre-se vista à acusação; sobre preliminares e documentos, para 
manifestação em 5 dias. 
Audiência de Instrução - Haverá uma audiência de instrução na qual vigora os princípios da 
oralidade e da concentração dos atos. 
A instrução deverá obedecer a uma ordem e, de acordo com ela, serão inquiridos: 
- Vítima - se for possível. 
- Testemunhas de acusação e defesa 
- Produção de provas - peritos, para esclarecimentos quando requerido. 
- Interrogatório do acusado o interrogado já conhecedor das provas que foram 
produzidas. 
- Debates orais - tendo as partes 20 minutos, prorrogáveis por mais 10, para 
promoverem seus argumentos; havendo assistente de acusação, terá 10 minutos, depois 
do autor da ação, neste caso, o tempo da defesa será estendido por igual período 10 
minutos. 
- Sentença – Pronúncia, Impronúncia, Absolvição Sumária e Desclassificação. 
A decisão sobre a pronúncia deverá ser prolatada na própria audiência ou, excepcionalmente, 
em 10 (dez) dias. 
Pretende-se que não seja adiado nenhum ato e, sendo necessário, serão conduzidos 
coercitivamente os que deveriam comparecer à audiência, mas não o fizeram. 
 2 
O prazo para conclusão da instrução será de 90 dias. Caso não seja cumprido, caracterizando 
excesso, poderá acarretar a soltura do acusado preso, dependendo de cada caso. 
Pronúncia - A fundamentação do Magistrado, quando da pronúncia, permanece restrita, 
ligada agora ao juízo positivo de materialidade e indícios de autoria; a capitulação jurídica se 
refere ao tipo-base, qualificadoras e majorantes. 
Impronúncia - Não existem provas suficientes de autoria ou materialidade, mas caso surjam 
novas provas, nova denúncia deverá ser oferecida, caso não tenha ocorrido à extinção da 
punibilidade. 
Absolvição Sumária - A absolvição sumária será admitida em algumas hipóteses: 
a) inexistência do fato criminoso; 
b) não ser o réu autor do delito ou ter participado do fato; 
c) não ter o fato tipificação penal; 
d) diante de causa que exclua o crime ou de isenção de pena (exceção para o art. 26, 
caput, do Código Penal, se não for a única tese da defesa). 
Desclassificação - Desclassifica-se para outro tipo penal, por exemplo: não é caso de 
homicídio, mas de lesão corporal seguida de morte, desclassifica-se para o juiz singular. 
 
SEGUNDA FASE - DA INSTRUÇÃO DO PLENÁRIO 
Preparação para o Plenário - Intimação para que sejam arroladas as testemunhas para 
serem ouvidas no plenário do júri, requerer diligências e juntar documentos. 
Cabe ao Juiz, depois, a deliberação sobre provas, saneamento de irregularidades, diligências 
para esclarecimento de fatos relevantes e preparação do relatório do processo (escrito, que 
será, em momento oportuno, entregue aos jurados). 
O Juiz-Presidente - é a autoridade máxima do tribunal, faz valer a decisão dos jurados, mas 
não é responsável por ela nem pode induzi-la. Ele conduz o julgamento e resolve as questões de 
Direito, como definir a pena no caso de condenação. O escrivão – que registra tudo o que é dito 
no julgamento – fica ao seu lado. 
 
O Promotor - seu papel é defender os interesses da sociedade. Se ele perceber que o réu é 
inocente – ou que merece tratamento diferenciado em virtude das circunstâncias do crime – 
deve pedir a sua absolvição ou a atenuante aplicável à provável pena. A família da vítima pode 
contratar um assistente que dividirá o tempo da acusação com o promotor 
Jurados - pessoas comuns escolhidas entre os cidadãos maiores de 18 anos. O alistamento de 
jurados será de acordo com o número de habitantes: 800 a 1.500 nas comarcas com mais de 
1.000.000 habitantes, e de 300 a 700 nas de mais de 100.000, e 80 a 400 nas com menos. 
Desaforamento - O desaforamento passa a servir também como mecanismo de controle do 
tempo processual, acelerando-o. Hipóteses previstas: para garantia da ordem pública, quando 
houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou para segurança pessoal do acusado (artigo 
427 do CPP). 
 3 
Sorteio e da Convocação dos Jurados - Serão sorteados 25 jurados, se houver recusa pelo 
jurado no seu alistamento ou o mesmo não comparecer ao julgamento, sofrerá multa de 1 
(um) a 10 (dez) salários mínimos. 
Conselho de sentença - Dos 25 jurados intimados, só sete participam do julgamento, formando 
o conselho de sentença. Eles são sorteados e podem ser recusados pelas partes. São permitidas 
até três recusas sem motivo. Nesse caso, novos nomes serão sorteados. 
Adiamentos por Ausências Injustificadas - No caso de ausência do representante do 
Ministério Público ocorrerá redesignação para o primeiro dia desimpedido após a mesma 
reunião. Se a ausência for do advogado, não sendo constituído novo defensor, haverá um 
único adiamento. Será dada ciência à Ordem dos Advogados, com designação de novo 
julgamento no prazo mínimo de 10 (dez) dias. 
Ausência do Acusado Solto - Estando o acusado, solto, intimado, o julgamento não será 
mais adiado. 
Ausência do Acusado preso - Na ausência do acusado que se encontra preso, o julgamento 
será adiado para o primeiro dia livre após a mesma reunião. 
Exceção para o caso de pedido de dispensa de comparecimento assinado pelo acusado e por 
seu defensor, isto é um direito do acusado. 
Ausência de Testemunhas - Não comparecendo para testemunhar, serão trazidas por 
condução coercitiva, responderão por crime de desobediência e haverá aplicação de multa. 
Será admitido adiamento quando as mesmas forem arroladas art. 422 CPP em caráter de 
imprescindibilidade e pedido de intimação por mandado. Certificada a não localização da 
testemunha, o julgamento será realizado. 
 
DA INSTRUÇÃO DO PLENÁRIO 
Após a instalação do plenário, os jurados passarão a receber cópias da pronúncia e do 
relatório do processo. O Juiz, o representante do Ministério Público, o assistente e advogado 
de defesa poderão inquirir diretamente o ofendido e as testemunhas, os jurados deverão fazê-
lo por intermédio do Juiz. As partes e os jurados poderão requerer acareações, 
reconhecimentos, esclarecimento dos peritos, e a leitura de peças. 
Interrogatório - Após o interrogatório do acusado, o Ministério Público, o assistente, o 
ofendido e o defensor fazem perguntas diretamente ao acusado, se presente. 
*O emprego de algemas no acusado se dará apenas em casos excepcionais. 
Debates - Os debates iniciar-se-ão com a sustentação da acusação, conforme admitida, e de 
suas eventuais agravantes. Após, a defesa apresenta seus argumentos. Ambos terão até uma 
hora e meia cada um; ambos terão também uma hora para a tréplica; haverá a possibilidade 
de reinquirição de testemunha já ouvida em plenário, após a tréplica. 
Quesitos - Perguntas que deverão ser respondidas pelos jurados, serão formuladasquesitos 
sobre matéria de fato e a possível absolvição do acusado. Os quesitos deverão ser elaborados 
com base na pronúncia, interrogatório e alegações das partes e na seguinte 
ordem:materialidade do fato; autoria ou participação; se o acusado deve ser absolvido; se 
 4 
existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa; se existe circunstância qualificadora 
ou causa de aumento de pena. 
Sala secreta - Para cada quesito a ser votado, os jurados recebem uma cédula com a palavra 
"sim" e outra com a palavra "não". As decisões são tomadas por maioria simples de votos e a 
votação é sigilosa, ou seja, os jurados não podem falar sobre suas impressões do processo. Se 
um julgamento demorar dois dias ou mais, os jurados se hospedam em alojamentos e são 
acompanhados por oficiais de justiça, para garantir que não troquem informações entre si, vinte 
e cinco cidadãos são intimados a comparecer ao tribunal na data do julgamento. Devem ser 
maiores de 18 anos, alfabetizados e não ter antecedentes criminais. Sete formarão o conselho de 
sentença. Os outros serão dispensados. O serviço do júri é obrigatório e recusá-lo por convicção 
política, religiosa ou filosófica implica a perda dos direitos políticos. 
Votação dos Quesitos - Se os jurados negarem a materialidade ou a autoria absolve-se. Se 
afirmadas, será perguntado se o jurado “absolve o acusado”, se condenado, prossegue-se na 
votação. Em caso de respostas que coincidam em número superior a três, estará encerrada a 
votação (sigilo dos veredictos), assim, não saberemos se a decisão unânime. 
 
 
TRIBUNAL DO JÚRI - PRIMEIRA FASE 
 
INSTRUÇÃO PRELIMINAR 
 
 
 
1 2 3 4 5 6 7 
Denuncia 
do MP 
Recebimento 
da Denuncia 
pelo Juiz 
Citação 
do réu 
Resposta 
Acusação 
Diligencias 
Provas 
Audiência 
Instrução e 
Julgamento 
90 dias 
- Oitiva daVítima 
- Testemunhas 
- Provas 
- Interrogatório 
- Debates orais 
 Art. 406 CPP Art. 411 
 
 
SENTENÇA: Art. 411 § 9º do CPP 
- Pronuncia – Artigo 413 do CPP – caberá recurso RESE - art. 581, IV CPP. 
- Impronuncia – Artigo 414 do CPP- caberá recurso APELAÇÃO - art. 593, II CPP. 
- Absolvição Sumária – Artigo 415 do CPP- caberá recurso APELAÇÃO - art. 593, I CPP. 
- Desclassificação – Artigo 419 do CPP - caberá recurso RESE – art. 581, II CPP. 
• Pronúncia remete o réu a Plenário. 
 
 
 5 
 
TRIBUNAL DO JÚRI - SEGUNDA FASE 
 
1 2 3 4 5 
Transito 
julgado da 
Sentença 
Pronuncia 
Desaforamento Pedido partes 
produção provas rol 
test. 5 
Juiz delibera 
requerimentos e faz 
relatório do processo 
Designação 
Plenário 
 Art. 427 CPP Art. 422 CPP 
 
 
 
DA INSTRUÇÃO DO PLENÁRIO 
 
 
1 2 3 4 5 
Instalação da 
Sessão 
Julgamento 
Formação 
Conselho 
Sentença 
7jurados 
 
Juramento solene 
dos Jurados 
 
Oitiva da Vitima 
 
Oitiva das 
Testemunhas de 
Acusação e 
Defesa 
Art. 463 CPP Art. 469 a 471 Art. 472 CPP Art. 473 CPP Art. 473 CPP 
 
 
 
6 7 8 9 10 
Leitura de 
Peças 
Interrogatório do 
réu 
Debates orais 1h30 
Acusação Defesa 
Réplica e Treplica 
1 hora 
Conclusão dos 
debates 
 
Art. 473 CPP Art. 474 CPP Art. 477 CPP Art. 477 CPP Art. 480 CPP 
 
 
 
11 12 13 
Leitura dos Quesitos em 
Plenário 
Votação Quesitos na sala 
secreta 
Sentença 
Leitura em Plenário 
Art. 484 CPP Art. 485 CPP Art. 492 e 493 CPP 
 
- Das sentenças proferidas pelo tribunal do júri caberá recurso de Apelação – Artigo 593, III 
alíneas “a”, “b”, “c”, ou “d” do CPP.

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